Você está na página 1de 64

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA

IBRAM e Dep. Engª. Minas – Esc. Engª da UFMG


BELO HORIZONTE (MG) - 25 SETEMBRO 2008

MINERAÇÃO SUBTERRÂNEA
Características e Desafios
C. Dinis da Gama, Prof. Catedrático
Instituto Superior Técnico
Universidade Técnica de Lisboa, Portugal
(dgama@ist.utl.pt)
INTRODUÇÃO
Vivemos presentemente uma fase optimista na industria
extractiva, com as altas cotações das matérias primas
minerais, conduzindo a empresas muito prósperas,
numerosas outras pretendendo entrar no sector, forte
procura de mão de obra especializada, etc.
É oportuno desenvolver uma síntese das características
actuais deste sector, com destaque para a utilização de
adequadas metodologias de Concepção, Projecto,
Operação, Segurança, Economia e Inovação nas minas
contemporâneas, capazes de garantir a viabilidade e
vitalidade das empresas desta especialidade.
Simultaneamente, justifica-se a adopção de métodos de
trabalho cada vez mais dirigidos para a sustentabilidade
das operações mineiras, em harmonia com os actuais
requisitos de qualidade ambiental inerentes à globalização
contemporânea.
V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA
MINERAÇÃO SUBTERRÂNEA
Características e Desafios
• 1ª PARTE – A ENGENHARIA DE
MINAS SUBTERRÂNEAS

• 2ª PARTE – CARACTERIZAÇÃO

• 3ª PARTE – SUSTENTABILIDADE DA
MINERAÇÃO SUBTERRÂNEA

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


ENGENHARIA
DEFINIÇÃO (*)
É a profissão aprendida, na qual o conhecimento
da matemática e das ciências naturais, obtido
pelo estudo, pela experiência e pela prática, é
aplicado conscientemente para utilizar econó-
micamente os materiais e as forças da Natureza
para o progressivo bem-estar da Humanidade.
____________
(*) U. S. Engineers’ Council for Professional Development

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


ENGENHARIA E CIÊNCIA
O Engenheiro aplica inteligentemente o conhecimento científico
para a solução de problemas técnicos.
Pelo contrário, o Cientista está interessado em ampliar o
conhecimento sobre um dado aspecto do mundo natural,
querendo saber como acontecem os fenómenos, sem estar
preocupado com aplicações úteis das suas descobertas. Os
produtos da sua actividade são ideias e/ou conceitos.
O Engenheiro investiga como e porquê os fenómenos acontecem,
procurando desenvolver novas e melhores aplicações, mais
económicas e mais amigas do Ambiente.
Também diferente do Cientista, o Engenheiro possui uma
enorme responsabilidade perante a segurança individual e
colectiva, competindo-lhe introduzir criatividade e inovação em
todos os projectos que executa.
V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA
ENGENHARIA DE MINAS
Ramo de Engenharia destinado a promover o aproveitamento
racional dos recursos minerais da Terra, de forma segura e
económica.
No passado, havia que gerir bem a extracção do recurso
mineral. Hoje, o engenheiro tem de gerir também outro
importante recurso: o Ambiente remanescente.
Ele será julgado não só pela sua eficiência na extracção do
primeiro, mas também pela sua actuação na protecção do
segundo. Assim, considerando que a mineração constitui um uso
temporário do solo, há que garantir uma adequada recuperação
das zonas afectadas após o encerramento da sua extracção.
Para garantia de sustentabilidade, essas zonas deverão ser
preparadas para um uso mais nobre do que tinham antes do seu
aproveitamento.
V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA
PECULARIEDADES DA ENGENHARIA DE MINAS

Todas as especialidades de Engenharia são importantes,


mas a Engª de Minas é especial, dado que envolve
Ciência, Tecnologia, Terra, Natureza, Arte e o Homem.
A Engenharia de Minas pode assim ser considerada a
Mãe de todas as Engenharias, porque os minerais foram
a primeira actividade industrial da Antiguidade, quando
o Homem começou a viver em cavernas, a esculpir a
pedra, fazendo utensílios com a mesma, e até a usar
argilas para pintar.
Não é por acaso que os ciclos de vida das diferentes
civilizações foram baseados em sucessivos períodos de
utilização de recursos minerais dominados pelo Homem.

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


ETAPAS IMPORTANTES DA MINERAÇÃO
1 – Descoberta dos recursos minerais úteis;
2 – Análise de alternativas do custo dos empreendimentos, tipos de
equipamentos e materiais necessários, disponibilidades de energia, de
água e de mão de obra, acesso ao mercado das matérias primas
minerais, preços de venda, etc.
3 – Decisão sobre a viabilidade técnica e económica da sua extracção,
incluindo o tipo de lavra (superficial, subterrânea ou mista);
4 – Dimensionamento, optimização e projecto das operações unitárias
da produção (perfuração, desmonte, carregamento, transporte e
britagem), da unidade de beneficiamento, das vendas e “marketing”;
5 – Construção de infraestruturas e de instalações industriais;
6 – Produção, gestão das actividades extractivas e controle de custos;
7 – Minimização dos impactes ambientais e recuperação paisagística
das áreas afectadas.
V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA
IMPORTÂNCIA DA MECÂNICA DAS ROCHAS

“Como as duas actividades essenciais de


mineração consistem na fragmentação das rochas
e em manter o controle sobre as formações
adjacentes, considera-se que a ciência básica da
mineração é a Mecânica das Rochas”.
J. Convey

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


PERGUNTAS IMPORTANTES A FORMULAR,
NO INÍCIO DE UM NOVO PROJECTO

MATERIAL ..................QUAL?
ESPAÇO.........................ONDE?
TEMPO..........................QUANDO?
PESSOAS.......................QUEM?
CAPITAL.......................QUANTO?
OBJECTIVO.................PORQUÊ?
V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA
AS DUAS OPÇÕES CLÁSSICAS NA MINERAÇÃO

Lavra a céu aberto Lavra subterrânea

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


MINA DE CAMADA INCLINADA

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


MINA SUBTERRÂNEA DE CORPO 3-D DE MINÉRIO

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


TRANSIÇÃO DA LAVRA A CÉU
ABERTO PARA SUBTERRÂNEA

Open Pit

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


TRANSIÇÃO DA LAVRA A CÉU ABERTO PARA SUBTERRÂNEA
CRITÉRIO DE DECISÃO

P
Profundidade limite de lavra a céu aberto
V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA
MINERAÇÃO SUBTERRÂNEA
Características e Desafios
• 1ª PARTE – A ENGENHARIA DE
MINAS SUBTERRÂNEAS

• 2ª PARTE – CARACTERIZAÇÃO

• 3ª PARTE – SUSTENTABILIDADE DA
MINERAÇÃO SUBTERRÂNEA

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


LAY-OUT DE MINA

SUBTERRÂNEA

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


FACTORES INFLUENTES NA SELECÇÃO DOS
MÉTODOS DE LAVRA SUBTERRÂNEA

1 – Morfologia do depósito mineral (forma, tamanho e


posição espacial)
2 – Distribuição 3-D dos teores de minério
3 – Propriedades mecânicas da rocha e do minério
4 – Disponibilidades financeiras iniciais e subsequentes
5 – Segurança, higiene e respeito pela legislação
6 – Efeito das operações subsidiárias (ventilação,
drenagem, redes eléctrica, de água, ar comprimido, etc.)
7 – Outros factores específicos.

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


FLUXOGRAMA DE ESTUDOS DE MINERAÇÃO

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA
MÉTODOS DE LAVRA
MINEIRA SUBTERRÂNEA

OS 4 PRINCIPAIS TIPOS

1 – Cavidades Auto-Suportadas
2 – Cavidades com Suporte
Artificial
3 – Desabamento controlado dos
tectos
4 – Métodos mistos e não
convencionais

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS DE LAVRA SUBTERRÂNEA
(segundo Brady & Brown-Rock Mechanics for Underground Mining)

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS DE LAVRA SUBTERRÂNEA
(segundo o U.S. Bureau of Mines)
a) Para pequenas jazidas
1) Abertas e sem pilares b) Sublevel stoping
CAVIDADES
AUTO-SUPORTADAS c) Longhole stoping
2) Com pilares a) Pilares pontuais
b) Câmaras e pilares regulares
a) Com pilares
3) Com enchimento b) Sem pilares
temporário (“shrinkage”)
CAVIDADES c) Com enchimento subsequente
ARTIFICIALMENTE 4) Corte e enchimento (“cut and fill”)
SUPORTADAS
5) Madeiramento contínuo (“stulled stopes”)
6) Madeiramento reticulado (“square set stoping”)
7) Com desabamento a) Block caving
DESABAMENTO CON- (“caving”) b) Sublevel caving
TROLADO DO TECTO
8) Corte de fatias superiores (“top slicing”)
MÉTODOS MISTOS 9) Combinações dos outros métodos

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


1-a) Abertas sem pilares

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


1-b) Abertas com sub-níveis

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


1-c)Abertas com furos longos

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


2) Câmaras e pilares

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


2) Câmaras e pilares com recuperação parcial

MINA DA PANASQUEIRA, W e Sn (Portugal)

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


MINA DA PANASQUEIRA, W e Sn (Portugal)
Recuperação: e= (8x8-3x3)/(8x8)=0.86
Tensão de compressão no pilar: s=(yH)/(1-e)= (25x300)/(1-0.86)= 53.6 MPa
Tensão de tracção no meio da câmara: t=-(yL2)/(2D)= -(25x25)/2= -0.31 MPa

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


3) Enchimento temporário

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


4) Corte e enchimento

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


5) Madeiramento contínuo

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


6) Madeiramento recticulado

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


7-a) Desabamento de grande volume

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


7-b) Desabamento em sub-níveis

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


8) Corte de fatias superiores

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


9) MINERAÇÃO INOVADORA, NÃO INTRUSIVA
PRINCIPAIS TIPOS:
- Aplicação de técnicas para abertura rápida de túneis e poços
- Monitorização permanente dos trabalhos (exemplo MEMCOT)
-Lixiviação “in situ”
-Gasificação e combustão de carvão “in situ”
-Escavação hidráulica
-Mineração robótica e automação de operações
-Mineração submarina
-Mineração com artefactos nucleares
-Etc.

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


MINERAÇÃO INOVADORA, NÃO INTRUSIVA-Exemplo

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


RAISE BORING

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


CUSTOS OPERACIONAIS TÍPICOS DOS
MÉTODOS DE LAVRA SUBTERRÂNEA
(segundo Pierce et al., actualizados para 2008)
Block Caving………………8.51 US$ / t
Room and Pillar……………8.52 US$ / t
Open (Stull) Stoping………10.07 US$ / t
Sublevel Stoping………….11.22 US$ / t
Shrinkage………………….18.53 US$ / t
Sublevel Caving…………..22.88 US$ / t
Cut and Fill……………….28.94 US$ / t
Square Sets……………….33.11 US$ / t

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


A ESCOLHA DO “MELHOR” MÉTODO
DE LAVRA SUBTERRÂNEA
PARA UMA NOVA MINA, USA-SE A SOLUÇÃO
INVERSA , EM QUE AS LIMITAÇÕES QUE
APRESENTAM OS VÁRIOS MÉTODOS NA SUA
APLICABILIDADE, SERVEM COMO CRITÉRIO
PARA ELIMINAR A MAIORIA DOS MÉTODOS
DE LAVRA CONHECIDOS, SOBRANDO ASSIM
“O MENOS MAU”.
CRITÉRIO TAMBÉM CONHECIDO COMO “O
COMPROMISSO MENOS OBJECCIONÁVEL”
(Least Objectionable Compromise).

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


MINERAÇÃO SUBTERRÂNEA
Características e Desafios
• 1ª PARTE – A ENGENHARIA DE
MINAS SUBTERRÂNEAS

• 2ª PARTE – CARACTERIZAÇÃO

• 3ª PARTE – SUSTENTABILIDADE
DA MINERAÇÃO SUBTERRÂNEA

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


Zona do
Modelo interactivo de Desenvolvimento
sustentabilidade – 4 sistemas sustentável

Sistema governamental
Sistema económico

Sistema natural Sistema social

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


Objectivo: Compatibilização entre sistemas

Sistema Natural

Sistema
Governamental

Sistema Social

Sistema Económico

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


Marcos do desenvolvimento sustentável (DS)
e sua interacção com a Indústria Mineira

• Em 1987 é definido por Brundtland o conceito


de DS, considerando que o crescimento
industrial deve ser limitado pelos ditames de
qualidade ambiental e pelo abastecimento de
matérias primas para as gerações futuras.
• Em 1992, Conferência de Meio Ambiente e
Desenvolvimento, denominada Cimeira do Rio,
declara o primado do DS.
• Em 2002, Conferência sobre DS em
Joanesburgo, onde se define o aspecto político,
planos de acção e compromissos do DS.
• Em Maio de 2003, Conferência sobre
Indicadores de Sustentabilidade para a Indústria
Extractiva Mineral em Milos, Grécia. Nesta
conferência elaborou-se a importante Declaração
de Milos.

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


PERENIDADE DA INDUSTRIA MINEIRA

• O sector mineral é imprescindível


para a o progresso e prosperidade
económica dos países.
•Esta importância foi e será
determinante para futuras gerações;
portanto, é imprescindível que a
comunidade do sector mineiro
contribua para o DS.
•Justificam-se, assim, os projectos
economicamente viáveis, em harmonia
com a protecção ambiental,
socialmente responsáveis e com forte
interacção social e governamental
(TRIO: empresa, governo e
comunidade).

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


Para atingir o desejado DS são
necessárias mudanças significativas

Estratégia
comercial ACTORES
Tecnologias o Responsabilidade
operativas profissional
Educação e DESENVOLVIMENTO
Condutas o
pessoais capacitação
técnico-científico SUSTENTÁVEL
Políticas
públicas o Comunicação

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


Novo paradigma no desenvolvi-
mento do sector mineral
Velho paradigma
(tipo colonial)
Novo paradigma
Empresa
mineira
(3) (1)
(1) (3)

Governo (2) Comunidade


central local
(2)

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


Parâmetros económicos
associados ao novo paradigma

Estrutura de acordos de impactes e benefícios


entre a comunidade e a empresa;
Análise da exploração dos recursos minerais
considerando a aceitação regional e local;
Critério de desenvolvimento regional.

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


O papel e políticas do sector mineral no DS

Papel
Rentabilizar o projecto mineiro em equilíbrio com a protecção
ambiental e a responsabilidade social, considerando como eixo
principal a participação da comunidade, em coordenação com o
governo.

Políticas de DS
Bom relacionamento com as autoridades;
Qualidade no relacionamento com os clientes;
Respeito pelas comunidades ;
Gestão responsável do ambiente;
Eficiência no uso dos depósitos minerais;
Respeito aos padrões do Ambiente, Saúde, Segurança e Comunidade;
Avaliação económica, social e ambiental das operações, aquisições e
projectos.
V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA
Avaliação do Ciclo de Vida (LCA) e emissões
na exploração e tratamento mineralúrgico
Poeiras, gases,
ruído
Reserva Mineral
mineral extraído
EXPLORAÇÃO
Perfuração, desmonte(explosivo)
carga e transporte Drenagem
Escombros ácida
Poeiras, gases,
Mineral ruído
Concentrado
extraído de mineral
CONCENTRAÇÃO

Água e reactivos Rejeitados Agua residual de


da lavaria lavaria, reciclado

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


Gestão ambiental proactiva com o sistema
SEM ( ISO 14001) e o EHSMS

AMBIENTE
(1) Alta direcção estabelece política ambiental Início
Monitorização e
medidas
(2) Planificação correctivas

Planificação
SEGURANÇA
(3) Implementação e operação Políticas
deEHSMS
(4) Verificação e acções correctivas

(5) Revisão administrativa Implementação


e operações
Protecção ambiental
(Melhora contínua, poupança nos custos SAÚDE
boa imagem da empresa mineira)

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


Acções de responsabilidade das Empresas

Acções de responsabilidade Acções de governo


social Apoiar a tomada de decisões
Distribuição justa dos custos e benefícios partilhadas e evitar concen-
do desenvolvimento; tração excessiva de poder;

Respeitar e reforçar os direitos Estimular a livre empresa


fundamentais dos seres humanos; dentro de um sistema de
normas claras, justas e de
Assegurar que a diminuição dos recursos promoção;
naturais não irá privar as gerações futuras,
através da sua substituição por outras formas Assegurar a transparência;
de capital. Garantir a responsabilidade
por todas as decisões e acções;
Assegurar que as decisões
são tomadas de forma
apropriada.

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


Factores dinamizadores do DS nas minas
a) Estratégia comercial (oferta vs. procura)

OFERTA
(Para legislação ambiental excessivamente
rigorosa)
B Zona de valores óptimos
Preço (€/t)

(equilibrados)

C OFERTA
(Para legislação ambiental
A permissiva ou inexistente)
POCURA

0 Produção Mineira

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


Factores dinamizadores do DS
b)Tecnologias inovadoras
(Exemplo: Gasificação Subterrânea de Carvão)

Água
CO2
Óleo carvão
Gás húmido UGEE
300 ºC
Ar/Oxigénio UPG Gás seco MW
120 ºC

Sequestração do CO2
Água
1200 ºC GASUCA
Carvão

Cinzas e escombros

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


Factores dinamizadores do DS
c) Condutas pessoais
Organizações de
desenvolvimento ONGs
Investigação e
3 educação
Autoridades
2
Accionistas
Agen. cotações 1
Bancos comerciais Empregados
Bancos de desenv
Seguros MINA
Outros
fornecedores Comunidades

Compradores

Imprensa Part políticos


Consumidores

Associações industriais

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


Factores dinamizadores do DS
d) Políticas públicas
Devem ser capazes de legislar,
dar normas e fiscalizar em todos
os elementos que condicionam e
contribuam para o DS.
Tais normas devem procurar
criar as condições mais
favoráveis para o DS e garantir
a protecção, promoção e
incentivo aos empreendimentos.
É importante a participação
de responsáveis do sector
mineral na definição das
políticas públicas.
V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA
A declaração de Milos
a) Considerações gerais

O futuro sustentável não pode ser


conseguido sem a aplicação dos
princípios profissionais,
conhecimentos científicos,
capacidades técnicas, atitudes
educativas e de investigação.
São importantes as descobertas
científicas e os avanços tecnológicos
que transformam matérias primas
em recursos, contribuindo para
melhorar o bem-estar humano.

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


A declaração de Milos
b) Visão

A comunidade mineira contribuirá para


atingir um futuro sustentável através da
aplicação das nossas capacidades
científicas, técnicas, educativas e de
investigação na área mineira,
metalúrgica e dos combustíveis.

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


A declaração de Milos
c) Acções para atingir a visão
1. 2. 3.
Responsabilidade Educação e Comunicação
profissional capacitação
Usar a ciência e a Atrair pessoal Apoiar actualização a
engenharia altamente capacitado todo nível
Promover o Apoiar o Partilhar com o
desenvolvimento e desenvolvimento de público os
transferência tecnológico um alto nível de conhecimentos
Dar prioridade a educação e Disseminar
solução de problemas capacitação informação sobre DS e
ambientais Promover ensino de papel do sector na
Considerar a justiça DS em todos os níveis qualidade de vida
social Apoiar o melhor Difundir os avanços
Participar no diálogo equipamento nos dos membros da
global centros de ensino comunidade mineira
Participar em todas as Promover
etapas das decisões intercâmbio global

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


A declaração de Milos
d) Necessidade da participação no trinómio
Universidade, Empresa e Governo
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Responsabilidade

 EDUCAÇÃO

Comunicação
 INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
E TECNOLÓGICA
profissional

(Para o DS do sector mineral)

Universidades Empresas mineiras Governo

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


CONCLUSÕES 1
O desenvolvimento global precisa e precisará dos
produtos minerais, facto que exige e justifica adoptar
medidas para o DS do sector mineral.
A gestão do sector mineral deve ser baseada num
novo paradigma, onde a comunidade participa como
o eixo central na relação com a empresa mineira e o
governo.
A sustentabilidade do sector mineral será possível
quando se elimine a desigual competição de produtos
minerais no mercado internacional, e se apliquem
tecnologias eficientes e limpas, com mudanças nas
condutas pessoais e nas políticas públicas.
V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA
CONCLUSÕES 2

O DS depende de uma participação multisectorial e


multidisciplinar a nível local, regional, nacional e
global.
Para um efectivo e real DS do sector mineral é
muito importante a responsabilidade e ética
profissional, a educação, o desenvolvimento técnico e
científico e uma adequada comunicação.
Finalmente, para o DS do sector mineral é
determinante, a efectiva e coordenada participação
do trinómio: Universidade, Empresa e Governo.

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA


AGRADECIMENTOS
À Comissão Organizadora do Evento

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA

Você também pode gostar