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POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA

MULHER
Profa. Esp. Ilana Moura
e-mail: ilanamoura.prof@gmail.com
POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER

✓EMENTA
Fornece elementos para a compreensão do aluno de graduação sobre as
diretrizes básicas da atenção à saúde da mulher no âmbito nacional,
fundamentada na epidemiologia e nas ações de promoção e prevenção em
saúde, bem como nas desigualdades de gênero, raça e etnia.
✓CARGA HORÁRIA SEMESTRAL - 60h.
✓ENCONTROS – 19 encontros - 20h20min às 22h.
POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER

✓OBJETIVOS GERAIS

Subsidiar o aluno na compreensão da política de atenção à saúde da mulher.

✓OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Possibilitar a identificação da amplitude de ações relacionadas à prática

profissional desde a atenção primária até o nível terciário de saúde.


POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

• Exame físico ginecológico (Prevenção do câncer de mama e do câncer de colo uterino);

• Saúde da Mulher sob o enfoque de gênero;

• Direito à saúde e direitos reprodutivos;

• Saúde sexual e reprodutiva, IST’s, Violência doméstica e sexual;

• Saúde materna e perinatal;

• Saúde integral da mulher no climatério e na adolescência;

• Políticas de atenção à saúde da mulher no Brasil;

• Humanização da assistência (pré-natal; parto; puerpério; alojamento conjunto; aleitamento


materno).
POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER

METODOLOGIA DE ENSINO
• Aulas dispositivas e dialogadas;

• Leitura e discussões de artigos;

• Estudos de caso;

• Discussões de caso;

• Trabalho em equipe;

• Estudo dirigido.
POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER
POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER

AULA 01

A construção das políticas de atenção à saúde da mulher no Brasil,


com ênfase: no contexto sociopolítico e econômico; no papel do
movimento feminista; no movimento da Reforma Sanitária; na
implantação do PAISM e do SUS.
POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER
• O movimento sanitário foi um dos importantes núcleos de resistência à implantação, no país,
de programas de controle demográfico e parte desse movimento subsidiou a sustentação
técnica e política conferida ao Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM)
concebido em 1983;

• Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres, ao lado do Ministério da Saúde e do movimento
feminista foram alianças estratégicas envolvendo setores de governo.

• Em 1983, o Ministério da Saúde cria o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher


(PAISM), no qual prevalece a análise da complexidade das questões de saúde das mulheres
orientando a integralidade da política e ressaltando a autonomia destas sobre questões
reprodutivas.
POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER
• Em 1994, na Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, a saúde
reprodutiva foi definida como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social
em todas as matérias concernentes ao sistema reprodutivo, suas funções e processos, e
não apenas mera ausência de doença ou enfermidade;

• No Brasil, a saúde da mulher se incorpora às políticas nacionais de saúde nas primeiras


décadas do século XX, tendo como base atender às demandas relativas à gravidez e ao
parto. Programas materno-infantis, elaborados nas décadas de 30, 50 e 70, traduzem
uma visão restrita sobre a mulher, baseada em sua especificidade biológica e no seu
papel social de mãe e doméstica, responsável pela criação, pela educação e pelo
cuidado com a saúde dos filhos e demais familiares (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007);
POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER
• Em 2003, a Área Técnica de Saúde da Mulher identifica a necessidade de articulação
com outras áreas técnicas e de propor novas ações para a atenção das mulheres rurais,
com deficiência, negras, indígenas, privadas de liberdade, lésbicas e a participação nas
discussões e atividades sobre saúde da mulher e meio ambiente;

• A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, foi aprovada e legitimada


pelas instancias de controle social e reflete o compromisso de garantir os direitos civis,
políticos e sociais das mulheres e redução da morbimortalidade por causas preveníveis
e evitáveis (BRASIL, 2004);
POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER

• Se desenvolve por meio de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e


participativas, sob a forma de trabalho em equipe no território delimitado, onde a
mulher deve ser considerada em sua singularidade, complexidade e inserção
sociocultural;

• Visa atender à população feminina brasileira acima de 10 anos de idade, em suas


necessidades de saúde, em todas as fases de sua vida, de acordo com as
características apresentadas em cada fase.
PRINCÍPIOS DA POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA
MULHER
Humanização e a qualidade que resultam:
• No reconhecimento e reivindicação de seus direitos e na promoção do autocuidado;
• Na qualidade da atenção deve estar referida a um conjunto de aspectos que englobam as
questões psicológicas, sociais, biológicas, sexuais, ambientais e culturais;
• Superação do modelo biologicista e medicalizador hegemônico;
• Na qualificação da atenção em saúde;
• Cuidar sem impor valores, opiniões ou decisões individuais;
• Acessibilidade aos serviços de saúde;
• Acolhimento e escuta qualificada;
• Disponibilidade de informações;
• Acompanhamento longitudinal.
DIRETRIZES DA POLÍTICA DE ATENÇÃO À
SAÚDE DA MULHER
• Atender as mulheres em todos os ciclos de vida, resguardadas as
especificidades das diferentes faixas etárias e dos distintos grupos
populacionais (mulheres negras, indígenas, residentes em áreas
urbanas e rurais, residentes em locais de difícil acesso, em situação
de risco, presidiárias, de orientação homossexual, com deficiência,
dentre outras).
• A atenção integral à saúde da mulher refere-se ao conjunto de ações
de promoção, proteção, assistência e recuperação da saúde,
executadas nos diferentes níveis de atenção à saúde (da básica à alta
complexidade).
• Garantir o acesso das mulheres a todos os níveis de atenção à saúde,
no contexto da descentralização, hierarquização e integração das
ações e serviços.
DIRETRIZES DA POLÍTICA DE ATENÇÃO À
SAÚDE DA MULHER
• O atendimento à mulher a partir de uma percepção
ampliada de seu contexto de vida, do momento em que
apresenta determinada demanda, assim como de sua
singularidade e de suas condições enquanto sujeito capaz
e responsável por suas escolhas.
• Respeito a todas as diferenças, sem discriminação de
qualquer espécie e sem imposição de valores e crenças
pessoais.
• As práticas em saúde deverão nortear-se pelo princípio da
humanização.
• Fortalecimento da participação social.
REFERÊNCIAS

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento


de Ações Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral
à saúde da mulher: princípios e diretrizes / Ministério da Saúde, Secretaria
de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

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