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FACULDADE PITÁGORAS – UNIDADE VENDA NOVA

Curso de Graduação em Psicologia

BRUNA STEFANY SOARES DE MELO

ESTAGIO II: ÊNFASE DE RECURSOS HUMANOS


Resenha artigo: Aprisionado pelos ponteiros de um relógio: o caso de um
transtorno mental desencadeado no trabalho.

Belo Horizonte
2021
BRUNA STEFANY SOARES DE MELO

ESTAGIO II: ÊNFASE DE RECURSOS HUMANOS


Resenha Artigo: Aprisionado pelos ponteiros de um relógio: o caso de um
transtorno mental desencadeado no trabalho.

Resenha: Aprisionado pelos ponteiros de um


relógio: o caso de um transtorno mental
desencadeado no trabalho. 9º período do
curso de Psicologia da Faculdade Pitágoras,
unidade Venda Nova.

Professora: Naiara Cristiane da Silva.

Belo Horizonte
2021
Aprisionado pelos ponteiros de um relógio: o caso de um transtorno
mental desencadeado no trabalho

O Artigo “Aprisionado pelos ponteiros de um relógio: o caso de um


transtorno mental desencadeado no trabalho” dos autores: Maria Elizabeth
Antunes Lima, Ada Ávila Assunção e João Manuel Saveia Daniel Francisco
vem nos trazer um estudo de caso de vivencia real de como é de suma
importância a saúde mental abordando Carlos, que realizava tratamento no
Ambulatório de Doenças Profissionais (ADP) do Hospital das Clínicas (UFMG),
foi realizado em equipe e dividido em dois momentos: o atendimento médico e
o atendimento psicológico. Desde o primeiro momento, pela relevância dos
fatores relativos ao trabalho e pelas fortes evidências de sua associação com o
surgimento e a evolução do quadro desenvolvido pelo paciente. Abordando
sempre de uma forma clara e bem explicativa todos os procedimentos.

Um dos pontos abordados de grande relevância é o do caminho aberto por


Le Guillant que traz seu conhecimento sobre como deve ser o entendimento
da situação e exploração do saber da importância de se entender os
fenômenos psíquicos, sem simplificá-los, mas, ao contrário, admitindo e
respeitando sua complexidade. Leve os autores a expor essa abordagem de
trabalho.

Em um discurso da historia de Carlos, paciente de 48 anos, atendido pela


primeira vez no ADP em 1998, encaminhado por um psiquiatra do SUS com
diagnostico de transtorno de adaptação (CID XX – 4322), evidenciando
questões clinicas relacionadas ao trabalho que ele realizava e um objetivo em
especial: Um relógio. Trabalhou durante cinco anos em um estacionamento,
jornada de 12 horas, controlando a entrada e saída de veículos, de 25 em 25
minutos acionava um relógio. Esse instrumento de trabalho afetou o paciente
profundamente trazendo sequelas ainda visíveis e que vem se agravando,
quando Carlos tem suas crises e os de maior estabilidade ele consegue se
acalmar após acionar um relógio que fica desenhado em seu quarto, fazendo o
mesmo gesto que fazia no seu antigo trabalho durante cinco anos no período
noturno. Dando um parecer determinante para compreensão dos seus
sintomas.
A autora sempre segue a abordagem de trabalho de Louis Le Guillant,
contemporâneo de Sivadon, de desdobram em conhecimentos e singularidades
dos processos de trabalho em suas teorias. “Impasses e fracassos da pesquisa
em patologia mental no trabalho”. Esse embasamento e extremamente
necessário para se compara a teoria e a pratica ali vivenciada, e sentida pelo
Carlos.
Sendo feita uma investigação ao fundo das À história de Carlos, – A
infância e a vida familiar, A vida adulta, A história ocupacional pregressa, A
história do último emprego, A situação atual profundo e intenso “O desenho do
relógio foi depois que parei de trabalhar. Quando eu trabalhava eu dormia
pouco, mas não desenhava ele não. Desenhava assim de brincadeira, em
casa, mas eu não chegava a operar ele não... Agora, eu desenho e fico
operando ele, depois rasgo. Desenho de novo, rasgo, desenho...” Todos os
procedimentos ali trabalhados mostram a necessidade de ajuda a qual o
paciente precisava, o qual grave estava sua situação, seus medos, receito, e
temores evidenciados nas dificuldades.
Para “Le Guillant (1983), sempre reconheceu a dificuldade maior enfrentada
pelos pesquisadores, no campo da saúde mental: a de mostrar, concretamente,
como se dá a passagem entre a vivência e o distúrbio psíquico”. Na maioria
das vezes, o que se consegue evidenciar é apenas um paralelismo entre essas
vivências e a emergência dos distúrbios.
Portanto, apesar de todos os esforços despendidos pelos pesquisadores,
ainda não foi possível, estabelecer, de forma satisfatória, o nexo causal entre
certas vivências e certos distúrbios mentais. Ninguém está “isentos dessa há
dificuldade”.

REFERÊNCIAS

LIMA, Maria Elizabeth Antunes; Assunção, Ada Ávila; Francisco, João Manuel
Saveia Daniel de: Aprisionado pelos ponteiros de um relógio: o caso de um transtorno
mental desencadeado no trabalho. 2002. 36 f. Artigo publicado na coletânea "Saúde
Mental e Trabalho - leituras". Codo, W & Jacques, M. G (orgs). Ed. Vozes.

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