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CAPÍTULO 26
2º TRATAMENTO
NOVELA DE
Ueliton Abreu
ESCRITA POR
Ueliton Abreu
DIREÇÃO DE NÚCLEO
Lucas Luciano
u
DIREÇÃO
João Carvalho. Lucas Luciano. Vitor Abou. Wesley Vitoritti
re
DIREÇÃO GERAL
Wesley Vitoritti
Ab
n
to
li
Ue
1 INT. MANSÃO DOS CALLADO. ESC REGINA - DIA 1
PAULO
E aí, ninguém vai falar nada não? Ninguém vai me
explicar o que caralhos tá acontecendo aqui?
REGINA
Paulo, eu te explico, querido. Calma! Isso aqui
que cê acabou de presenciar, foi um simples beijo
na boca. Sabe o que é?
u
PAULO
Você não tem vergonhar na sua cara não? Legalmente
você ainda é casada comigo!
re
E Regina se volta a Sampaio.
REGINA
Ab
Sampaio, amado. Eu acho que é hora de você ir,
porque eu e o meu digníssimo esposo aqui vamos
discutir relação.
SAMPAIO
Sim, madame! Qualquer coisa que precisar, é só
ligar. Estarei sempre às ordens!
n
REGINA
Obrigada, querido. Ele é tão compreensivo
li
PAULO
(ENCARANDO)
Quem é esse cara? E há quanto tempo cês vêm tendo
um caso?
Ue
REGINA
O Sampaio? O Sampaio/... ele/... ele é meu
namorado, Paulo!
PAULO
Ah, namorado?
REGINA
É, por que não, hum? (PAUSA) Porque é assim,
Paulo, se você pode me trair com aquela vaca da
sua secretária ou com qualquer outra putinha de
esquina, eu também posso te trair com quem eu
quiser.
A TEIA CAPÍTULO 26 2.
PAULO
E quem foi que te disse que eu tenho um caso com a
Lena, hein, sua perturbada? Isso aí é tudo coisa
da sua cabeça! Vai se tratar mulher!
REGINA
Você não me chama de perturbada, Paulo!
PAULO
Eu já te disse que eu e a Lena matemos apenas o
vínculo profissional e de amizade. E ponto! Para
de procurar um problema que não existe!
REGINA
u
Ai, para! Para, Paulo! Por acaso tem escrito
otária aqui na minha testa?
re
PAULO
Não diria otária, mas sim hipócrita/... porque
vivia dizendo que eu estava te traindo e no final
quem tava me traindo era você. Sua hipócrita!
REGINA Ab
Quer saber? Trai/... trai "mermo!" E não me
arrependo um segundo se quer ter feito o que eu
fiz alguns minutos atrás aqui neste escritório.
Sabe por quê? (P) Porque o Sampaio é melhor do que
você. Ele sim é um homem de verdade, um homem que
n
sabe satisfazer uma mulher.
to
PAULO
Me poupa, Regina. Eu não quero e nem preciso estar
a par desses pormenores sórdidos. O que você e
aquele rapaz fizeram aqui nesse escritório pouco
li
REGINA
Mudando aqui um pouquinho de assunto, quando que
os papéis do nosso divórcio vão sair?
PAULO
Muito em breve. Não se preocupe. Assim que
estiverem prontos, entrarei em contato com seu
advogado.
REGINA
Ótimo. Não vejo a hora de me livrar de você!
PAULO
Eu te digo o mesmo!
REGINA
Agora, vem cá, o que cê veio fazer aqui? me ver é
que não foi, né?
(MORE)
REGINA
Bom, cê pode ficar à vontade aí, que eu vou tomar
uma ducha agora. Ah, e não repara muito na
bagunça, não tá? É que cada canto desse escritório
aqui foi usado hoje por mim e pelo Sampaio.
E SAI rindo. Em Paulo enojado.
u
PAULO
Baixa!
re
2 INT. HOSPITAL. QUARTO - DIA 2
ESTEBAN
Ab
Oto, Lívia e Esteban. Elisa ENTRA trazendo um suco e um
ESTEBAN
Obrigado!
li
LÍVIA
Vim saber notícias do Esteban! Como que cê tá?
Ue
ELISA
Vou bem, meu amor! E você como é que tá? Não te vi
mais desde que cê saiu lá de casa, e foi morar num
apart-hotel. E esse moço bonito quem é?
LÍVIA
Esse aqui é Oto.
ELISA
O seu sócio bonitão lá da joalheria?
LÍVIA
O próprio! Oto, essa aqui é a Elisa mãe do Esteban
e do Mario, minha ex-sogrinha do coração.
ELISA
(ESTENDE A MÃO)
Prazer em conhecê-lo rapaz!
OTO
(CUMPRIMENTA)
Prazer é todo meu senhora Gonzáles.
ELISA
Senhorita, né, querido? Por favor! Afinal, eu não
sou tão velha assim, sou?
OTO
Não, não é senhorita!
ELISA
Já estão aqui há muito tempo?
u
LÍVIA
Faz um pouquinho que estamos aqui. Falando nisso a
gente já tá indo, né Oto? A gente marcou de
re
almoçar depois de darmos uma passada aqui no
hospital.
ELISA
LÍVIA
Ab
Mas já? Logo agora que eu cheguei/...
OTO
n
Tchau pra vocês!
to
ELISA
Tchau, amado/...
ESTEBAN
li
Obrigado, Lívia!
Lívia e Oto saem. Doutor Marcos ENTRA com seu IPAD em mãos.
DOUTOR MARCOS
Ue
ELISA
Que isso, doutor Marcos, imagina! Pode ficar à
vontade!
DOUTOR MARCOS
Vim só trazer os resultados dos últimos exames que
faltavam analisar.
ESTEBAN
E aí, doutor? O que deram esses exames?
DOUTOR MARCOS
Constatei em seu hemograma um pequeno quadro de
anemia. Fora isso, está tudo perfeitamente bem.
Vou te prescrever alguns medicamentos e também é
essencial que sua alimentação seja regrada a base
de ferro.
ELISA
Não se preocupe doutor, que eu mesma vou me
encarregar de cuidar da alimentação desse
rapazinho aqui.
DOUTOR MARCOS
Faça isso.
ESTEBAN
E enquanto a alta, Doutor? Quando que eu vou poder
receber?
DOUTOR MARCOS
Hoje mesmo, no final da tarde, trago sua alta
u
assinada.
ESTEBAN
re
Ah, que notícia maravilhosa, meu Deus! Obrigado,
Doutor.
DOUTOR MARCOS
Ab
Não há de quê rapaz! Bom, vou indo nessa, que eu
ainda tenho outros pacientes pra atender. Até logo
mais. Com licença. (SAI)
ELISA
Toda, doutor! (IMPRESSIONADA) Que médico gato,
né, filho? Que homem, meu Deus!
n
ESTEBAN
to
(RINDO)
Ai, ai, dona Elisa. Só a senhora mesmo/...
li
EDGAR
Ue
EDGAR
Sim, chefe. De fato, o infeliz não conseguiu
cumprir a missão. Mas não se preocupe. Este já
recebeu sua devida punição.
HOMEM
E eu posso saber por que ele não cumpriu a tarefa
que lhe foi dada?
EDGAR
Segundo ele uma garota o impediu/... a mesma que
mora com esse tal de Rui Andrade/... Fany seu
nome. Disse que a moça é forte, que sabe lutar
como ninguém.
HOMEM
Não gosto de percalços no meu caminho/... eu vou
te dar duas missões, Edgar. E dessa vez eu não vou
admitir falhas, tá ouvindo? A primeira: você vai
dar um fim definitivo no senhor Rui Andrade e a
segunda: eu quero essa moça aí, que sabe lutar e
que é forte, morta.
u
EDGAR
Sim, senhor. Missão dada, é missão cumprida
re
HOMEM
Assim espero!
BETTY
(AO CEL)
Tá, Ivan. Já entendi. Vou dar um jeito de dá uma
li
BETTY (CONT'D)
Precisa de algo, senhor Gonzáles?
MARIO
Sim! Eu tô de saída agora. Vou à delegacia de
polícia. Recebi uma intimação pra prestar alguns
esclarecimentos. Preciso que você ligue pro senhor
Norman e remarque pro final da tarde a reunião que
eu teria com ele hoje pela manhã.
BETTY
Sim, senhor. Farei isso!
MARIO
Ótimo!
FANY
O chefão vai aonde?
BETTY
Delegacia. Parece que foi intimado a prestar
alguns esclarecimentos. Agora que esclarecimentos
são esses? Não faço a minha ideia! Enfim. Vou
precisar de um favor seu.
FANY
Tá. E qual seria o favor?
BETTY
Quero que cê segure as pontas aqui pra mim é que
u
tenho que resolver um assunto com o Ivan lá em
casa.
re
FANY
Ivan/... e quem seria é esse?
BETTY
É o meu novo namorado!
FANY
Ab
Ah, sim! Pode ir tranquila, que eu cuido de tudo
aqui. Aliás, há algo aqui quem tem que ser feito?
BETTY
n
Tem sim! Ele saiu e deixou uma tarefa/...
to
FANY
Ue
IVAN
Sobre isso aqui!
E mostra a BIO do Instagram em seu celular pra ela.
u
BETTY
Tá, é minha BIO do Instagram. O quê que tem?
re
IVAN
O quê que tem? É que eu não gostei dessas fotos
aqui!
Que fotos?
BETTY
IVAN
Ab
Fotos com decote, de sais curtas, mostrando as
pernas. E isso aqui? Olha isso aqui: você de
biquíni! (MOSTRA A FOTO ABERTA PRA ELA) e os
n
comentários? Um bando de marmanjo comentando/...
(AUTORITÁRIO) apaga!
to
BETTY
Não! Não, eu não vou apagar! Para com isso, Ivan.
Você tá vendo coisa onde não tem. Tá procurando
li
pêlo em ovos.
IVAN
Apaga, ou eu--
Ue
BETTY
(CORTA/ ENFRENTA)
Ou o quê?! Você vai me bater? Como cê sempre faz.
É isso, Ivan?!
IVAN
Você acha que eu gosto de te bater? Não gosto não,
mas você procura. Se você me respeitasse e me
obedecesse mais isso não aconteceria/... agora
pega o caralho do teu celular e apaga a merda
daquelas fotos.
BETTY
Tá, tá, eu/... eu/... vou apagar/...
IVAN
É isso aí. Boa menina! Vai, faz, mas faz na minha
frente que eu quero ter a certeza que cê vai fazer
tudo certinho.
CONNOR
Senhor Mario Gonzáles!
MARIO
u
Agente Connor. Vim porque recebi uma intimação pra
vir até aqui prestar alguns esclarecimentos.
re
CONNOR
Sim, já sei do que se trata. Queira me acompanhar,
por favor. O delegado Fonseca já o aguarda em sua
sala.
Claro!
MARIO Ab
Connor SAI na frente. Mario o acompanha. Câm desvia e vai de
encontro a Moreira que acompanha com o olhar os dois seguindo
pra sala do delegado. Clima de suspense.
n
to
CONNOR
Delegado, aqui está o senhor Gonzáles.
D FONSECA
Ue
MARIO
(PUXA CADEIRA, SENTA)
Com licença!
D FONSECA
Bom, chamei-o até aqui porque tenho alguns
questionamentos a fazê-lo acerca de um moço
chamado José Ribamar.
MARIO
Eu soube pela intimação que ele está morto. Vocês
podem me explicar o que de fato aconteceu? E o que
motivou a sua morte?
CONNOR
Esse moço, senhor Gonzáles, foi encontrado morto
hoje cedo em um parque, pendurado com uma corda no
pescoço e já em estado de putrefação.
MARIO
Vocês tão querendo dizer--
CONNOR
u
(CORTA)
Sim, ele se suicidou/... ele mesmo tirou sua
própria vida. Agora, o porquê dele ter cometido
re
tal ato: é o que queremos saber.
MARIO
Meu Deus do Céu, que loucura! Nunca pensei que ele
D FONSECA
Ab
pudesse a vir cometer algo desse tipo.
MARIO
Sim, era como eu o chamava e como era conhecido
por todos na construtora.
Ue
CONNOR
E ele fazia o que exatamente pro senhor? Porque
segundo consta nossos levantamentos, ele não
possuía nenhum tipo de formação acadêmica para
atuar numa construtora.
MARIO
O Zé trabalha comigo há anos/... na verdade, ele
trabalhava pro meu pai, como seu segurança
particular, e após sua fatídica morte passou a ser
meu fiel escudeiro. Trabalhando alternadamente
como meu segurança particular e também meu
motorista.
CONNOR
Ah, entendi/...
MARIO
Vocês podem até pesquisar, se quiserem, mais a
fundo, você vão ver que ele realmente trabalhava
pro meu pai/...
D FONSECA
E vem cá, como que ele se portava na sua presença?
MARIO
Como qualquer funcionário: normalmente. Você quer
saber se ele demonstrava, se ele dava indícios de
ser um cara suicida, é isso? Porque se for, não.
Zé sempre foi um cara fechado, delegado. E também
trocávamos poucas palavras. Apenas o essencial:
u
bom dia, boa tarde, boa noite; onde levo, onde
deixo.
re
D FONSECA
Certo/... (FAZ ALGUMAS ANOTAÇÕES)
Moreira ENTRA com alguns papéis em mãos.
MOREIRA Ab
Com licença, delegado! Preciso que o senhor assine
esses documentos, é sobre aquele caso, o do
psicólogo que cometeu suicídio.
D FONSECA
n
Ah, o senhor Bruno Vieira.
to
MARIO
(REAÇÃO)
Esperai, você disse Bruno Vieira?
li
D FONSECA
Sim, você o conhece, seu Mario?
Em Mario,
Ue
D FONSECA
Por favor!
MOREIRA
Aqui, esse é senhor Bruno Vieira.
Coloca a pasta aberta com a foto de Bruno diante de Mario,
que de cara o reconhece.
MARIO
A gente estudou junto no começo do ensino médio. E
até alguns dias atrás ele era meu psicólogo/... eu
me consultava com ele.
u
D FONSECA
(PUXA A PASTA PRA SI)
Uhm! Aqui, agente, tá assinado! Pode ir!
re
MOREIRA
Sim, delegado. Obrigado. Com licença! (SAI)
MARIO
Ab
Eu ouvi direito? Ele/... ele se suicidou? Foi isso
mesmo?
D FONSECA
Sim, o senhor Bruno Vieira foi encontrado em seu
apartamento alguns uns dias atrás, diante de um
n
computador, no qual na tela havia um texto
redigido por ele mesmo, onde explicava o porquê
to
D FONSECA
Igualmente!
CONNOR
E eu vou voltar pro meu posto!
D FONSECA
Só um segundo, agente: como é que estão suas
investigações a respeito daquela jovem que foi
atirada do alto de um prédio?
CONNOR
Estou revisando tudo/... tentando entender algumas
coisas, sabe, tentando traçar o que de fato
u
aconteceu naquela noite/...
D FONSECA
re
Certo/... assim que tiver algum resultado, venha
até a mim e me comunique.
CONNOR
10
Felipe e Petra caminhando por ali.
n
FELIPE
O Esteban recebe alta médica hoje à tarde!
to
PETRA
Sério? Que notícia boa, primo! Fico muito feliz em
saber da sua recuperação, e que bom, né, que foi
li
PETRA
Ah, é? Conta, que surpresa é essa?
FELIPE
Tô pensando em preparar algo pra recebê-lo lá na
mansão dele. Já falei com a Elisa e ela super
topou a ideia.
PETRA
Tá, mas o quê exatamente cê pensando em fazer?
Fala pra mim!
FELIPE
Só que pra isso eu vou precisar contar com sua
ajuda/...
E ambos param a caminhada. Ficam um de frente pro outro.
PETRA
Claro/... como sempre eu sendo seu anjo da guarda.
Fala, o que cê quer fazer, meu príncipe?
FELIPE
Então, é o seguinte/... eu quero/...
Segue explicando fora de áudio. Petra ouvindo tudo
atentamente. Música.
u
12 EXT. CAMPO DE TREINAMENTO DA PF. DIA 12
re
A trilha da cena anterior continua aqui.
Ab
de defesa pessoal com arma e praticando tiro ao alvo sempre
seguindo as orientações de seu Trainer. Tempo.
PEDRO
(AO CEL)
Como assim, Connor? (P) Você ficou maluco? Eu não
posso fazer isso, men! E outra, esse assunto não é
Ue
PEDRO
Não, tava só aqui falando com meu irmão/...
entra, entra. Fica à vontade.
MARIO
(ENTRANDO)
Irmão? Não sabia que cê tinha família aqui em São
Paulo, Pedro. Lembro-me muito bem que você me
falou uma vez que eles eram de Recife.
PEDRO
Pois é, há muitas coisas sobre mim que você não
sabe.
u
MARIO
É, mas no momento não me interessa saber.
re
PEDRO
E por falar em irmão, sinto muito pelo Esteban. A
Betty e a Fany me contaram do ocorrido. É
lamentável que em pleno século XXI isso ainda
aconteça!
MARIO
Ab
Esse não será o primeiro e nem o último caso de
homofobia aqui neste país de merda.
PEDRO
n
E como é que ele tá? Soube que ele teve que ficar
lá no hospital em observação.
to
MARIO
Tá bem, tirando as escoriações e os traumas/...
seus exames deram todos negativos, e hoje mesmo
li
MARIO
Sim, fui chamado pra prestar alguns
esclarecimentos sobre o Zé.
PEDRO
Zé/... é aquele seu capacho que cê mandou me dá
uma sova?
MARIO
O próprio!
PEDRO
(SONDA)
Mas prestar esclarecimentos sobre o quê
exatamente? Pode falar, ou a investigação do caso
ocorre em segredo de justiça?
MARIO
Sobre a sua morte. Este fora encontrado hoje mais
cedo em um parque, morto. Disseram que foi
suicídio.
PEDRO
Suicídio? Sério?
MARIO
Como disse antes, foi o que me disseram.
Em Pedro não muito convencido,
u
16 EXT. STOCK-SHOTS. SÃO PAULO. DIA. TARDE 16
re
17 INT. APTO FANY/ COZINHA. DIA. TARDE 17
u
D ALMEIDA
E cê conseguiu descobrir o que seriam esses
re
esclarecimentos?
FANY
Infelizmente não, delegado.
PEDRO Ab
É sobre o José Ribamar, vulgo Zé, assim como era
conhecido lá na construtora.
FANY
O braço direito dele?
n
PEDRO
to
D ALMEIDA
Em que estado?
PEDRO
Pendurado numa árvore pelo pescoço.
Ue
D ALMEIDA
Estamos então diante de um caso de suicídio?
PEDRO
Foi o que disseram pro Mario lá na delegacia. E o
que fora constado nos laudos preliminares que eu
tive acesso.
FANY
Como é que cê obteve todas essas informações,
hein, Pedro?
PEDRO
O próprio me contou por autos! E também, eu fiz
meus levantamentos. Os esclarecimentos eram mais
pra saber como e com quê ele trabalhava pro Mario,
e como ele era como funcionário.
FANY
E vem cá, cê acha que essa morte aí, foi suicídio
mesmo?
PEDRO
Aí é que tá, eu tenho minhas dúvidas.
FANY
Alguém aqui sabe do Caio? Ele devia estar aqui com
a gente, não?
D ALMEIDA
Caio deve estar em casa, tá envolvido em uma nova
operação.
u
FANY
Ah, é. Ele havia me comentado mesmo sobre.
re
D ALMEIDA
Então, essas são as informações que cês têm sobre
o senhor Gonzáles?
PEDRO Ab
Por ora, sim delegado. Mas vamos continuar de olho
nele, não é Fany?
FANY
Sim, claro. Com toda certeza.
n
D ALMEIDA
to
PEDRO
Até mais, delegado.
Ue
Volta à cena...
Em Mario que associa as duas mortes como uma só. Lembra-se de
uma fala de Edgar.
u
INSERT: cena 7 do Capítulo 24, apenas:
EDGAR
re
(OFF)
É assim que geralmente eu me livro dos meus
desafetos, sem deixar rastros. Fazer os outros
acreditarem que a pessoa se matou, entendeu?
Volta à cena.
Mario que já sacou tudo.
Ab
MARIO
Filho da puta, desgraçado!
n
to
EDGAR
Chamou?
MARIO
(SEM OLHA-LO)
Chamei! Vou ser curto e direto: por que cê matou
meu funcionário e o meu psicólogo? Hum? (SE VOLTA
A EDGAR) O que o teu superior ganha com essas duas
mortes?
Em Edgar posto contra a parede,