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Daniel Albiero
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ANTONIO J. S. MACIEL1
DANIEL ALBIERO2
RESUMO
1
Professor Doutor Engenharia Agrícola, UNICAMP, Campinas, SP, E-mail: amaciel@agr.unicamp.br
2
Mestre Engenheiro Agrícola – Faculdade de Engenharia Agrícola, UNICAMP, Campinas-SP
ABSTRACT
The conservationist tillage is used for erosion control in every world. The system of
tillage more efficient it is the No-Till, that maintain the maximum residual covering over
the surface, however the no-tillage have some disadvantages, for instance: it needs
seed furrow further affecting the development of the plant’s roots, and the fertilizer
distribution, decreasing the yield; the no-tillage uses heavy construction machinery
generating more power consumption, and rather soil compaction; and the weed control
depends of herbicides. This research evaluates a new rotary tiller named Rotary
Paraplow, which objective was to eliminate the found disadvantages, and its concept
involves the fusion between a rotary tiller and a Paraplow, using the power take off
(PTO) of a small tractor. The new tool it is very light. Several geometries of Rotary
Paraplows were selected for the study, which had been carried out in tests in laboratory
and in field, with a power tiller of 9 kW, and a small tractor of 40 kW. This new tool
showed a good operational performance.
plantio de milho, não tendo sido utilizado na foi avaliado o desempenho do equipamento
área nenhum tratamento químico com em condições reais de trabalho.
herbicidas.
Na caixa de solo procurou-se RESULTADOS E DISCUSSÃO
desenvolver a geometria da lâmina de forma
que utilizasse menor quantidade de energia. Todas as ferramentas obtiveram
Todos os Paraplows Rotativos foram bons resultados na caixa de solo. A Tabela
comparados com o desempenho de um 1 mostra os resultados dos testes realiza-
Paraplow de Tração e de uma Enxada dos na Caixa de solo.
Rotativa Vertical. No experimento em campo
Tabela 1. Resultados dos Testes na Caixa de Solo para a Enxada Rotativa Vertical.
IC DAS UH FT FV TP ÁP TC PR PRR PRT
(kPa) (g cm )
-3
(%) (kN) (kN) (kNm) (m2) (m3s-1) (kW) (kW) (kW)
MODELO Enxada Rotativa Vertical
Média 2736 1,27 13,7 0,08 0,09 0,048 0,034 0,0069 0,015 0,906 0,921
CV 35 28 5 31 24 14 17 17 31 14 20
MODELO PR1
Média 2649 1,16 23,9 0,07 0,23 0,058 0,054 0,0101 0,015 1,097 1,112
CV 29 19 6 28 21 19 19 25 28 19 27
MODELO PR2
Média 2567 1,16 22,1 0,07 0,14 0,103 0,035 0,0071 0,015 1,933 1,948
CV 37 29 3 37 29 19 19 20 37 19 29
MODELO PR3
Média 2461 1,25 15,3 0,43 0,20 0,066 0,054 0,0078 0,086 1,241 1,327
CV 35 25 5 31 30 20 20 19 31 20 28
MODELO PR4
Média 2545 1,24 15,8 0,43 0,22 0,048 0,054 0,0074 0,086 0,910 0,996
CV 27 20 5 30 28 19 19 25 30 19 20
MODELO PR5
Média 2120 1,26 19,0 0,30 0,22 0,045 0,067 0,0091 0,060 0,845 0,905
CV 29 13 4 25 21 13 11 18 25 13 15
MODELO PR6
Média 2600 1,16 20,2 0,25 0,22 0,138 0,053 0,0061 0,051 2,600 2,651
CV 21 19 3 29 16 18 19 20 29 18 19
MODELO Paraplow Tração
Média 2938 1,26 16,5 0,86 0,37 0 0,017 0,0034 0,173 0 0,173
CV 38 27 8 28 28 0 9 7 28 0 17
CV= coeficiente de variação (%); PR1= Paraplow Rotativo 1; PR2= Paraplow Rotativo 2; PR3= Paraplow
Rotativo 3; PR4= Paraplow Rotativo 4; PR5= Paraplow Rotativo 5; PR6= Paraplow Rotativo 6.
campo como na caixa de solo, sendo entanto, não obteve bom desempenho no
possível optar-se entre dois modelos com campo, pois a geometria curva da lâminas
diferentes diâmetros do tubo central (60 ou aumentou o enrolamento de raízes e
25 mm). O modelo de menor diâmetro tem resíduos. O Paraplow Rotativo Modelo 6 teve
um consumo energético 21% menor em ótimo desempenho operacional em campo,
relação ao de diâmetro maior. Foi sendo que foram possíveis distâncias entre
constatado que para estas geometrias o lâminas entre 100 e 50 mm não ocorrendo
limite de distância entre facas verticais é de enrolamentos de resíduos e raízes, no
170 mm, pois menores valores acarretam o entanto, este modelo teve um alto consumo
enrolamento de raízes e resíduos. energético como constatado pela Tabela 1
O Paraplow Rotativo Modelo 5 teve o e Figura 3.
melhor resultado na caixa de solo, no
2,5
Pot. Rotativa
Potência (kW)
Pot. Trativa
1,5
0,5
0
Enxada Rot. Paraplow Rot. Paraplow Rot. Paraplow Rot. Paraplow Rot. Paraplow Rot. Paraplow Rot. Paraplow
Vertical 1 2 3 4 5 6 Trativo
Modelo de Ferramenta
0,012
0,01
0,008
Taxa de Corte (m3 s-1)
0,006
0,004
0,002
0
Enxada Rot. Paraplow Rot. 1 Paraplow Rot. 2 Paraplow Rot. 3 Paraplow Rot. 4 Paraplow Rot. 5 Paraplow Rot. 6 Paraplow Trativo
Vertical
Modelo de Ferramenta
máquina funcionou bem com um micro-trator teor de água, sendo este parâmetro
de 9 kW (um Paraplow Rotativo) e um considerado constante, portanto com
pequeno trator de 22 kW (dois Paraplow influências iguais em todos os tratamentos.
Rotativos). Os sulcos produzidos possuíam Foi percebido que em campo o
as características para o plantio direto de consumo energético foi maior do que na caixa
terem uma área superior movimentada de solo, medidas mais detalhadas serão
pequena, enquanto que a área inferior do realizadas em trabalhos futuros.
sulco é grande gerando uma seção
transversal trapezoidal bem preparada para CONCLUSÃO
o plantio. Além disso, possuíam uma área
de fissuras no solo expressiva. Segundo Conforme os testes efetuados pode-se
ALBIERO & MACIEL (2006) tem-se uma concluir que a máquina de preparo da linha
largura das fissuras geradas pela ação de de plantio desenvolvida por CHANG (2001)
subsolagem volumétrica do “Paraplow” denominada de Paraplow Rotativo funcionou
Rotativo variando entre 40 e 45 cm, o que a contento com ambos os tratores de 9 kW
demonstra a propagação das fissuras usando um Paraplow Rotativo e um pequeno
geradas no solo devido às ações dinâmicas trator de 22 kW, quando usando dois
perpetradas devido à rotação do Paraplow Paraplow Rotativos. A máquina mostrou-se
Rotativo aliada à forma geométrica de um interessante para uso para o plantio direto em
Paraplow movimentação do solo sem pequenas áreas.
revolvimento e inversão, além do efeito de
elevação do solo, sobre tensões de AGRADECIMENTOS
cisalhamento variáveis, conforme as fases
da propagação de fissuras, descritas por Os autores agradecem a
KARMAKAR (2005). Coordenadoria de Aperfeiçoamentos de
BARZEGAR (2004) afirma que o tipo Pessoal do Governo Federal (CAPES) pela
de tratamento e a quantidade de água no a bolsa de estudos, à Financiadora de
solo influenciam grandemente a distribuição Estudos e Projetos do Governo Federal
de agregados em uma cama de semente, (FINEP) e à Fundação de Apoio a Pesquisa
sendo que pelos valores apresentados do Estado de São Paulo (FAPESP) pelo
pode-se considerar que todos os apoio financeiro.
tratamentos tiveram valores próximos de
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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