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Introdução

Ponto de partida: o terceiro vértice do marco ético referencial (conhecimento a cerca do


contexto real do objeto, com os limites históricos) da EN se encontra na CULTURA DA
EMPRESA. A ética da virtude é a terceira dimensão na ética dos negócios e tem como foco o
caráter da pessoa ou os traços de caráter expressos neste e outros atos: suas virtudes. Então,
se deve conhecer a ética da virtude para se compreender a ética empresarial.

1. A importância do ethos: comentários para a apresentação:

Ethos, em grego antigo, têm dois significados: 1. costume, uso; 2. 'caráter, disposição, hábito'.
Ou seja, no geral ethos é o conjunto de traços e modos de comportamento. (dicionário
Houiss). Neste contexto, ethos se manifesta como o espaço da formação do hábito, entendido
como disposição permanente para agir de acordo com os imperativos de realização do  bem,
tornando-se lugar privilegiado de inscrição da práxis humana.

1. A virtude como expressão do hábito individual...: tem relação com o caráter.

2. A compreensaõ da ética da pessoa...: a prática da virtude é a disposição permanente para


agir.

3 Entre o processo de formação do hábito...: aqui entende-se ethos como o espaço de


formação desse hábito.

Para se afirmar a ética de uma organização, não é suficiente a boa intenção dos participantes,
pois pessoas justas não fazem de uma organização, uma organização justa (falácia). Para se
implantar valores éticos, a organização precisará dispor de recursos e dispositivos para afirmar
seus critérios e valores, e da disposição dos participantes para agir de acordo com estes. Ainda
assim, a virtude só existirá se houver a ação efetiva (práxis). Isso significa gerar uma MORAL
CONVENCIONAL (reforçar o círculo entre a ação das pessoas e a constituição de um ethos, que
por sua vez, reforça o comportamento individual).

A ética da virtude, isoladamente, desloca o foco da EN para o individuo e isso contraria a


exigência de que a empresa é que deve ser o foco. A ética da virtude que está sendo estudada
aqui tem seus fundamentos na ética da virtude aristotélica. Segundo Aristóteles, virtude
(Aretê) é o meio entre os extremos, ou “hábitos bons que, para florescer, devem ser
praticados”. Para Solomon, pode ser traduzida como “excelência”, ou valores transformados
em atos. E o que ensina a ética da virtude? “Que o exercício continuo de bons hábitos conduz à
aquisição da virtude, mesmo que seja árduo o caminho para conquistá-lo” (ARRUDA). Portanto
a virtude ética se origina do hábito e não por natureza.

Conclui-se que a virtude ética tem relação com o caráter, na medida e que, como valor
atualizado em comportamento, exige da pessoa a força de viver conforme os valores que
escolheu. Tem relação com o hábito, na medida em que se exige AÇÃO REPETIDA, para se
configurar como característica da pessoa. Mas também tem relação com a cultura, pois a
virtude “tende a começar dentro de uma tradição ou cultura estabelecida e a prestar atenção
nos atributos específicos que se admiram nessa tradição ou cultura” (SOLOMON). Assim a
virtude depende da natureza da sociedade na qual está arraigada como também no carater
geral em quem desempenha sua função. (Questão do relativismo). Nas empresas, os valores
afirmados como fundamentais para promover o respeito à pessoa humana, quando
transformados em atos no cotidiano, vão formar o ethos a partir do qual se considerará um
ato como sendo virtuoso ou não. Segundo Solomon, nos negócios, as únicas virtudes que não
são relativas (devem existir em toda e qualquer empresa) é a HONRADEZ e a COOPERAÇÃO.

SEGUNDO O AUTOR (Patrus-Pena):

ÉTICA --- já vem dos participantes e está no dia a dia da empresa --- CULTURA DA
EMPRESA --- Promotora da ação virtuosa a partir da repetição habitual dos bons
comportamentos.

A PROPOSTA DE LOZANO PARA ADMINISTRAR A CULTURA ORGANIZATIVA A FIM DE


MELHORAR A ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES, é fazer uma distinção entre CULTURA UNITÁRIA E
CULTURA FRAGMENTADA de uma empresa.

Para melhorar a ética nas organizações


Ethos (em grego antigo ἔθος : 'hábito, costume, uso'; ἦθος 'caráter, disposição, costume, hábito') é o conjunto de traços e modos de
comportamento que conformam o caráter ou a identidade de uma coletividade. (dconáro Houiss)

O ETHOS se desdobra como espaço da formação do hábito, entendido como disposição permanente para agir de acordo com os imperativos de
[4] (
realização do bem, tornando-se lugar privilegiado de inscrição da práxis humana. Lucas Mello Carvalho Ribeiro, Ariana Lucero, Eduardo Dias Gontijo
(2008). «O ethos homérico, a cultura da vergonha e a cultura da culpa». São Paulo: Psychê, ano XII, nº 22, jan.-jun. 2008. p. 127. Consultado em 29 de
outubro de 2017.)

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