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Rede de Referenciação Hospitalar

ESTOMATOLOGIA
Rede de Referenciação Hospitalar

Estomatologia
Grupo de Trabalho

Dra. Rosário Malheiro estomatologista CHLC-HDE, presidente da direção do Colégio de Estomatologia da


OM, coordenadora
Dra. Gabriela Maia ACSS

Prof. Dr. Carlos Moreira DGS

Dr. Fernando Tavares ARS Norte

Dr. António Amador Machado estomatologista CHUC-HUC, ARS Centro

Dra. Fátima Carvalho estomatologista CHUC-H. Geral, ARS Centro

Dr. José Ferrão ARS LVT

Dr. Adriano Natário ARS Alentejo

Dr. Luís Barradas estomatologista CH Algarve, ARS Algarve

Dr. Rui Moreira estomatologista CHP, SRN-OM

Dr. Jorge Serafim de Freitas estomatologista CH S. João, SRN-OM

Dr. Miguel André Martins estomatologista SRC-OM

Dra. Rita Simão estomatologista CHLN, SRS-OM

Dra. Ana Fernandes estomatologista CHLC-HDE

Dr. Jorge Pinheiro estomatologista CHLC-HDE

Dr. Luís Fonseca interno de estomatologia CHLC-H S. José

30 de Dezembro de 2016
RRH ESPECIALIDADE

ÍNDICE

Índice ............................................................................................................................................................ 3

Índice Tabelas .............................................................................................................................................. 4

1 – Enquadramento legislativo e histórico .................................................................................................... 4

2 – Âmbito da Especialidade hospitalar ...................................................................................................... 11

3 – Epidemiologia das Condições Clínicas mais frequentes ...................................................................... 18

4 – Caraterização da Situação Nacional Atual............................................................................................ 21

5 – Necessidades previsíveis de cuidados e de recursos .......................................................................... 37

5.1. Indicadores ...................................................................................................................................... 37

5.2. Estimativa das Necessidades de cuidados e de recursos ............................................................... 41

6– Caracterização e definição dos diferentes níveis................................................................................... 45

6.1. Definição dos tipos de patologias, procedimentos, equipamentos e tecnologias esperados, por nível
............................................................................................................................................................... 45

6.2. Localização Esperada dos Serviços de Urgência da Especialidade ............................................... 48

6.3 Caracterização Esperada das Equipas ............................................................................................ 51

6.4. Arquitetura das RRH ....................................................................................................................... 52

7- Monitorização da RRH e Observatório ................................................................................................... 63

8– Anexos .................................................................................................................................................. 64

9 – Bibliografia ............................................................................................................................................ 66

10 – Abreviaturas, siglas e acrónimos ........................................................................................................ 70


RRH ESPECIALIDADE

ÍNDICE TABELAS

Quadro I - Médicos (Existências Agosto de 2016) - Estomatologia ............................................................ 21

Quadro II - Médicos (ETC Agosto de 2016) - Estomatologia ...................................................................... 22

Quadro III- N.º de Estomatologistas por grupo etário e por Secção Regional da OM, em 2016 ................ 22

Quadro IV – Estatística da formação específica em Estomatologia entre 2012 e 2016 ............................. 23

Quadro V - Recursos Humanos .................................................................................................................. 23

Quadro VI - Consultas de Estomatologia.................................................................................................... 25

Quadro VII - MCDT da Consulta Externa ................................................................................................... 26

Quadro VIII - Tempos de resposta até à realização da consulta - 2015 ..................................................... 27

Quadro IX - Internamento de Estomatologia............................................................................................... 29

Quadro X - Intervenções Cirúrgicas - 2015 / Ambulatorização ................................................................... 29

Quadro XI - Indicadores da Actividade Cirúrgica Programada de Estomatologia....................................... 31

Quadro XII - Urgência Nacional .................................................................................................................. 32

Quadro XIII - Indicadores por 1000 habitantes ........................................................................................... 37

Quadro XIV - ICD-9..................................................................................................................................... 38

Quadro XV - Equipamentos ........................................................................................................................ 40

Quadro XVI - Áreas de Influência Directa ................................................................................................... 43

Quadro XVII - Nº Desejável de Médicos ..................................................................................................... 44

Quadro XVIII - Nível 1 ou Básico ................................................................................................................ 45

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Quadro XIX - Nível 2 ou Intermédio ............................................................................................................ 47

Quadro XX - Nível 3 ou Elevado ................................................................................................................. 47

Quadro XXI - Indicadores de Monitorização de RRH ................................................................................. 63


RRH ESPECIALIDADE

1 – ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO E HISTÓRICO

Atualmente o Serviço Nacional de Saúde (SNS) depara-se com diversos desafios desencadeados,
sobretudo, pelas alterações demográficas, mudanças nos padrões de doença, inovação tecnológica e
mobilidade geográfica.

Considerando as vertentes do acesso e a equidade em saúde, intrínsecas à prestação de cuidados no seio


do SNS, e a necessidade de assegurar cuidados de saúde a todos os cidadãos, importa que as diferentes
instituições hospitalares garantam a prestação de forma coordenada e articulada entre si, e com os
restantes níveis de cuidados. Neste âmbito, as Redes de Referenciação Hospitalar (RRH) assumem um
papel orientador e regulador das relações de complementaridade interinstitucionais, perspetivando-se a
implementação de um modelo de prestação de cuidados de saúde centrado no cidadão.

Em termos históricos, as RRH tiveram origem no Programa Operacional da Saúde – SAÚDE XXI, na
sequência das principais recomendações do Subprograma de Saúde 1994-1999, constituindo-se, na altura,
como o quadro de referência de suporte ao processo de reforma estrutural do sector da saúde. No eixo
prioritário relativo à melhoria do acesso a cuidados de saúde de qualidade, a medida 2.1 do referido
programa (“Rede de Referenciação Hospitalar”) objetivava implementar RRH pelas áreas de especialização
tidas como prioritárias, visando a articulação funcional entre hospitais, mediante a diferenciação e
identificação da carteira de serviços, de modo a responder às necessidades da população, garantindo o
direito à proteção e acesso na saúde.

Deste modo, as RRH instigaram um processo de regulação e de planeamento da complementaridade entre


instituições hospitalares, contribuindo para a otimização e gestão eficiente da utilização de recursos, com
vista a assegurar um quadro de sustentabilidade a médio e longo prazo do SNS.

Vários são os normativos legais e documentos técnicos que abordam a temática das redes hospitalares e
a sua importância estratégica como garante da sustentabilidade e eficiência do SNS. A Lei n.º 64-A/2011,
de 30 de dezembro, que aprovou as Grandes Opções do Plano para 2012-2015, bem como o Programa
do XIX Governo Constitucional, preconizavam a melhoria da qualidade e acesso dos cidadãos aos
cuidados de saúde, mediante a reorganização da rede hospitalar através de uma visão integrada e mais
racional do sistema de prestação de cuidados.

Na sequência do Memorando de Entendimento celebrado com a União Europeia, o Banco Central Europeu
e o Fundo Monetário Internacional, foi criado o Grupo Técnico para a Reforma Hospitalar (GTRH) -
Despacho do Ministro da Saúde n.º 10601/2011, de 16 de agosto, publicado no Diário da República, II
Série, n.º 162, de 24 de agosto - cujo relatório final intitulado “Os Cidadãos no Centro do Sistema, Os

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Profissionais no Centro da Mudança” definiu oito Iniciativas Estratégicas, corporizadas, cada uma, por um
conjunto de medidas, cuja implementação e monitorização, promoverão o cumprimento de um programa
de mudança, com a extensão, profundidade e densidade exigidas numa verdadeira reforma estrutural do
sector hospitalar português.

No seu relatório, o GTRH defendia que na reorganização da rede hospitalar deviam ser considerados
diversos fatores, nomeadamente: (i) critérios de qualidade clínica; (ii) proximidade geográfica; (iii) nível de
especialização; (iv) capacidade instalada; (v) mobilidade dos recursos; (vi) procura potencial; (vii)
acessibilidades; (viii) redes de referenciação por especialidade; (ix) equipamento pesado de meios
complementares de diagnóstico e terapêutica disponível; (x) benchmarking internacional e (xi) realidade
sociodemográfica de cada região.

O GTRH elencou, ainda, um conjunto de fragilidades inerentes às RRH existentes à data, designadamente:
(i) desatualização da maioria das redes (a maioria tinha sido elaborada até 2006 e nunca ajustada); (ii)
inexistência de um modelo único e homogéneo do documento; (iii) inexistência de aprovação ministerial
para algumas das RHH publicadas; (iv) ausência de integração entre RRH de diferentes especialidades
que se interpenetram; (v) inexistência de inclusão dos setores convencionados e privados (nos casos em
que se possa aplicar), contemplando apenas o universo do SNS; (vi) falta de integração do conceito de
Centros de Referência e (vii) indefinição quanto ao prazo de vigência das RRH.

No primeiro Eixo Estratégico “Uma Rede Hospitalar mais Coerente”, o GTRH propôs a elaboração da Rede
de Referenciação Hospitalar de forma estruturada e consistente e dotada de elevados níveis de eficiência
e qualidade dos cuidados prestados. Para o efeito, e com o desígnio de redesenhar a rede hospitalar
naqueles pressupostos, foi proposta a revisão das RRH em vigor, bem como a elaboração das redes
inexistentes, promovendo-se uma referenciação estruturada e consistente entre os cuidados de saúde
primários e os cuidados hospitalares (considerando toda a rede de prestação, desde os cuidados de
primeira linha aos mais diferenciados), assegurando uma melhor rentabilização da capacidade instalada
aos níveis físico, humano e tecnológico.

De igual forma, o Plano Nacional de Saúde 2012-2016 apresenta um conjunto de orientações, nos eixos
estratégicos “Equidade e Acesso aos Cuidados de Saúde” e “Qualidade em Saúde”, propondo o reforço da
articulação dos serviços de saúde mediante a reorganização dos cuidados de saúde primários, hospitalares
e continuados integrados, cuidados pré-hospitalares, serviços de urgência, entre outros, consolidando uma
rede de prestação de cuidados integrada e eficiente. Ademais, O Plano Nacional de Saúde – Revisão e
extensão a 2020 sugere, no eixo “Equidade e Acesso Adequado aos Cuidados de Saúde”, “O
desenvolvimento de redes de referenciação de cuidados não apenas de base geográfica, mas também de
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hierarquia de competências técnicas”. Pretende-se, deste modo, uma rede hospitalar coerente, racional e
eficiente, consubstanciada num sistema integrado de prestação de cuidados.

Por outro lado, a Portaria n.º 82/2014, de 10 de abril, veio estabelecer os critérios que permitem
categorizar os serviços e estabelecimentos do SNS, de acordo com a natureza das suas responsabilidades
e quadro de valências exercidas, bem como o seu posicionamento na rede hospitalar, procedendo à sua
classificação. Tratava-se de um normativo legal que definia, predominantemente, orientações estratégicas
para a construção de uma rede hospitalar coerente, assegurando a resposta e satisfazendo as
necessidades da população.

Acresce que a carteira de valências de cada instituição hospitalar seria operacionalizada através do
contrato-programa, de acordo com o respetivo plano estratégico. Perante um quadro de reorganização das
instituições de saúde hospitalares (no que se refere à disponibilização e coordenação da carteira de
valências, aos modelos organizativos e de integração de cuidados), a redefinição do que devem ser os
cuidados hospitalares e como se devem integrar com os diferentes níveis de cuidados com a garantia de
uma melhor articulação e referenciação vertical, permite intervir complementarmente no reajuste da
capacidade hospitalar.

Desta forma, as RRH desempenham um papel fulcral enquanto sistemas integrados, coordenados e
hierarquizados que promovem a satisfação das necessidades em saúde aos mais variados níveis,
nomeadamente: (i) diagnóstico e terapêutica; (ii) formação; (iii) investigação e (iv) colaboração
interdisciplinar, contribuindo para a garantia de qualidade dos cuidados prestados pelas diferentes
especialidades e subespecialidades hospitalares.

Assim, as RRH permitem a: (i) articulação em rede, variável em função das características dos recursos
disponíveis, dos determinantes e condicionantes regionais e nacionais e o tipo de especialidade em
questão; (ii) exploração de complementaridades de modo a aproveitar sinergias, concentrando experiências
e permitindo o desenvolvimento do conhecimento e a especialização dos técnicos com a consequente
melhoria da qualidade dos cuidados e (iii) concentração de recursos permitindo a maximização da sua
rentabilidade.

Nesta conformidade, a Portaria n.º 123-A/2014, de 19 de junho, estabeleceu os critérios de criação e


revisão das RRH, bem como as áreas que estas deviam abranger. De acordo com o número 2 do artigo 2.º
daquele diploma, foram determinados os princípios aos quais as RRH deviam obedecer, nomeadamente:
“a) permitir o desenvolvimento harmónico e descentralizado dos serviços hospitalares envolvidos; b)
eliminar duplicações e subutilização de meios humanos e técnicos, permitindo o combate ao desperdício;

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c) permitir a programação do trânsito dos utentes, garantindo a orientação correta para o centro indicado;
d) contribuir para a melhoria global da qualidade e eficácia clínica pela concentração e desenvolvimento de
experiência e competências; e) contribuir para a diminuição dos tempos de espera, evitando a concentração
indevida de doentes em localizações menos adequadas; f) definir um quadro de responsabilização dos
hospitais face à resposta esperada e contratualizada; g) permitir a programação estratégica de
investimentos, a nível nacional, regional e local e h) integrar os Centros de Referência.”

No sentido de dar cumprimento ao disposto na portaria supramencionada, o Despacho n.º 10871/2014, de


18 de agosto, veio determinar os responsáveis pela elaboração e/ou revisão das RRH. Com efeito, o
processo iniciou-se com a elaboração das seguintes RRH: Oncologia Médica, Radioterapia e Hematologia
Clínica; Cardiologia; Pneumologia; Infeção pelo VIH e SIDA; Saúde Mental e Psiquiatria; e Saúde Materna
e Infantil, incluindo Cirurgia Pediátrica. Posteriormente, o Despacho n.º 6769-A/2015, de 15 de junho, veio
designar os responsáveis pela elaboração ou revisão das RRH de Anatomia Patológica, Anestesiologia,
Cirurgia Cardiotorácica, Cirurgia Geral, Gastrenterologia, Hepatologia, Medicina Física e de Reabilitação,
Medicina Intensiva, Medicina Nuclear, Nefrologia, Oftalmologia, Ortopedia, Patologia Clínica,
Neurorradiologia, Radiologia, Reumatologia e Urologia.

Também o XXI Governo Constitucional, no seu programa para a saúde, preconiza a redução das
desigualdades entre os cidadãos no que respeita ao acesso à prestação de cuidados, bem como o reforço
do papel do cidadão no SNS. Ora, a capacitação do cidadão pressupõe a disponibilização de informação
relevante para a sua tomada de decisão, por forma a optar pela instituição do SNS onde pretende ser
assistido, de acordo com as suas preferências, critérios de conveniência pessoal e da natureza da resposta
das instituições.

Com a publicação da Portaria n.º 147/2016, de 19 de maio, que surge precisamente com o intuito de
reforçar o papel do cidadão no SNS, contribuir para a melhoria da sua governação bem como para a
melhoria da gestão hospitalar, são revogadas as Portarias n.ºs 82/2014, de 10 de abril, e a 123-A/2014, de
19 de junho. Nesta perspetiva, foram definidas como medidas fulcrais a “promoção da disponibilidade e
acessibilidade dos serviços” aos utentes e “a liberdade de escolherem em que unidades desejam ser
assistidos”, mediante a articulação com o médico de família e cumprindo a hierarquização técnica e as
regras de referenciação em vigor, indo ao encontro do preconizado na Lei n.º 7-B/2016, de 31 de março,
que aprova as Grandes Opções do Plano para 2016 -2019.

A referida Portaria objetiva: (i) definir o processo de classificação dos hospitais, centros hospitalares e
unidades locais de saúde do SNS (independentemente da sua natureza jurídica e tendo como princípio a
definição das RRH) e (ii) continuar o processo de criação e revisão das RRH.
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Por último, o Despacho n.º 6696/2016, de 12 de maio, veio designar os responsáveis pela elaboração das
RRH nas especialidades de: Angiologia e Cirurgia Vascular, Cirurgia Maxilofacial, Cirurgia Plástica,
Reconstrutiva e Estética, Dermatovenereologia, Endocrinologia e Nutrição, Estomatologia, Genética
Médica, Imunoalergologia, Imuno-hemoterapia, Infeciologia, Medicina Interna, Neurocirurgia, Neurologia,
Otorrinolaringologia e Psiquiatria da Infância e da Adolescência.

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2 – ÂMBITO DA ESPECIALIDADE HOSPITALAR

A Estomatologia é a especialidade médica, de diferenciação médico-cirúrgica, que se dedica à


investigação, estudo, diagnóstico, profilaxia e tratamento da patologia que afeta não apenas o sistema
estomatognático, mas todas as estruturas da boca e anexos, integrando-a na patologia sistémica.

Inclui as anomalias do crescimento facial e as dismorfias orofaciais, bem como as alterações funcionais ou
patológicas, orais e maxilares, odontogénicas e não odontogénicas, de origem inflamatória, infeciosa,
traumática, genética ou tumoral.

Abrange as doenças das glândulas salivares e das articulações temporo-mandibulares, bem como a
patologia médica e cirúrgica da mucosa oral, constituam ou não manifestação de doenças sistémicas e sua
iatrogenia.

Foi uma das primeiras áreas de conhecimento médico a ver-se reconhecida como especialidade em
Portugal, a 26 de Maio de 1911; introduzida no ensino médico em 1916, foi a primeira especialidade a
constituir uma sociedade científica, a Sociedade Portuguesa de Estomatologia, a 21 de Junho de 1919.

O seu saber e saber fazer cruzam-se com os de outras especialidades médicas com quem partilha território
anatómico, métodos e técnicas, como é o caso da Cirurgia Plástica, da Cirurgia Maxilofacial, da
Otorrinolaringologia, da Cirurgia Pediátrica, da Dermatologia, da Radiologia, mas também com a Medicina
Dentária, de diferenciação não médica e início mais recente, praticamente sem presença hospitalar.

A latitude de ação da Estomatologia explica a heterogeneidade dos serviços hospitalares, tornando difícil a
respetiva caracterização. A maioria dos serviços desenvolve atividade na área médica, na área cirúrgica e
na área dentária e presta cuidados integrados, quer conservadores, quer invasivos, a doentes com
multipatologia ou com necessidades especiais.

Os serviços hospitalares de Estomatologia confrontam-se com uma elevada necessidade de assistência


dentária, desenvolvendo relevante atividade do foro meramente odontológico.

A maior parte da população é referenciada a partir de outras especialidades hospitalares. Não havendo, no
exterior, acesso a cuidados dentários, a Estomatologia é assim procurada, direta e indiretamente, mesmo
pelos que não encontrariam vantagem direta na logística hospitalar.
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A referenciação e pedidos de apoio intra-hospitalar são feitos a partir das Consulta Externas, da Urgência
e das Enfermarias e, esporadicamente, do Bloco Operatório, no sentido da rendibilização de tempos
anestésicos.

A restante população tem origem quer na Medicina Geral e Familiar, quer a partir de entidades
predominantemente públicas, com especial significado em pediatria

Entre as entidades públicas, contam-se os hospitais em que a Estomatologia não se encontra representada,
pedindo apoio para os seus próprios doentes, externos ou internados e contam-se também os serviços de
Estomatologia que não promovem alguns cuidados reabilitacionais, sobretudo na área das dismorfias e
ortodôncia e da Pediatria.

É menos relevante o pedido de acesso por mera iniciativa de cidadãos que procuram resolução e apoio a
patologia oral e orofacial com menos onerosidade que a que encontram no exercício liberal. Existe, ainda,
alguma consultoria para uma segunda opinião, na sequência de diagnósticos ou indicações terapêuticas
díspares ou dadas por muito invasivas.

De uma forma geral, o apoio direto à atividade depende de assistentes operacionais cuja diferenciação vai
sendo adquirida em exercício e de enfermeiros que também se vão diferenciando especificamente em sede
dos serviços. Menos vezes, contam com assistentes dentários, na sequência de formação profissional
própria, também integrados por enfermeiros. Os serviços administrativos são do respetivo foro e,
frequentemente, resultam de sinergias com outros serviços ou unidades. Não é possível comparar de forma
útil a dotação de cada serviço, encontrando-se às vezes imputados aos respetivos centros de custo os
recursos humanos de todas as especialidades presentes na Consulta Externa geral.

Os serviços, em geral, não incluem técnicos de prótese o que dificulta a resposta às necessidades de
reabilitação da população parcial ou totalmente edêntula. A sua ausência penaliza a latitude de atividade
clínica, também na área das dismorfias e respetiva abordagem médica e cirúrgica. A anaplastologia só
encontra resposta no IPO de Lisboa.

Os serviços só excecionalmente contam com higienistas, ainda que a diferenciação de alguns enfermeiros
os aproxime de algumas das atribuições desses profissionais.

É relevante poder contar com apoio por parte dos terapeutas da fala, bem como por parte dos
fisioterapeutas, num intercâmbio lato com outros grupos profissionais não centrados na Estomatologia, mas
carecendo de experiência específica. Os psicólogos têm especial utilidade nas dismorfias, na DTM e na
doença crónica incapacitante.

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De forma heterogénea, de serviço hospitalar a serviço hospitalar, a Estomatologia move-se sobretudo no


espaço da patologia sobre a qual se seguem breves comentários e os respetivos códigos diagnósticos do
ICD-9. No Quadro XIV - ICD-9, encontram-se reunidos os códigos diagnósticos e os procedimentos
associados mais frequentes.

 CÁRIE DENTÁRIA E DOENÇA PULPAR

A cárie é uma doença multifatorial, de origem bacteriana, que tem relação profunda com o nível de
educação em saúde e a fluorização, bem como com a inserção socioeconómica, caracterizando-se pela
desmineralização progressiva dos tecidos duros dos dentes. A sua evolução natural conduz à formação de
cavidades e a eventual necrose pulpar, a que podem associar-se complicações locais, à distância e
sistémicas. A Estomatologia intervém na prevenção e no tratamento da cárie, de forma conservadora ou
invasiva e lida especialmente com as respetivas complicações, maioritariamente em doentes com
comorbilidades.
(ICD 9: 521.0, 522)

 OUTRAS ALTERAÇÕES DENTÁRIAS


Trata-se de anomalias quer congénitas e hereditárias, quer adquiridas, do desenvolvimento dentário, de
compromisso da estrutura, número, forma, tamanho e erupção e/ou de alterações de origem física, química
ou funcional. Podem induzir complicações tão relevantes quanto as da cárie dentária e implicar
procedimentos mais complexos.
(ICD 9: 520.0-520.9, 521.1, 521.5, 521.6, 521.7)

 DOENÇA PERIODONTAL
As suas formas mais comuns são a gengivite e a periodontite, ambas constituindo doenças inflamatórias
dos tecidos de suporte dos dentes, com origem bacteriana. A periodontite pode integrar-se nalguma
patologia sistémica, mas também influenciando o seu decurso, de forma bidirecional, como acontece com
a diabetes. A implementação de bons hábitos de higiene, profiláticos, o diagnóstico atempado e a
terapêutica adequada são fatores relevantes no controlo da doença e na evicção do edentulismo.
(ICD 9: 523.00-523.9)

 TRAUMATISMOS ALVÉOLO-DENTÁRIOS
Incluem os traumatismos dos tecidos duros dentários e da polpa, as lesões das estruturas periodontais e
do osso alveolar de suporte, da gengiva e da mucosa oral, associando-se a maior ou menor atingimento
dos lábios, mucosa jugal e tecidos subjacentes, da língua, do palato e das bases ósseas. Interessam
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especialmente as idades pediátricas e complicam com frequência os traumatismos orofaciais noutras


idades, sendo muitas vezes abordados a destempo, de forma pouco conservadora ou mutilante, dada a
frequente ausência da Estomatologia nos Serviços de Urgência.
(ICD 9: 873.4-873.9)

 COMPLICAÇÕES DA PATOLOGIA DENTÁRIA E INFECÇÃO ODONTOGÉNICA

A doença dentária, sobretudo a partir da necrose pulpar, pode acarretar complicações. Tendencialmente
locais, como acontece com o granuloma e o quisto periodontal apical, estendem-se do simples abcesso
alveolar agudo e respetiva osteíte, à osteomielite supurada aguda ou crónica, com ou sem periostite
proliferativa, passando pela displasia óssea florida e pela osteíte condensante.
As complicações microbianas incluem diferentes modalidades de celulite oro-facial, com ou sem extensão
cervical, todas frequentes na prática clínica hospitalar, mas também outras complicações mais raras, como
a tromboflebite do seio cavernoso ou mesmo o abcesso cerebral.
(ICD 9: 320.9, 320.81, 320.82, 323.9, 324.0, 325, 519.2, 522.5, 526.4, 526.5, 526.89, 528.3, 682.0, 682.1,
682.2, 683, 728.86, 730)

 EDENTULISMO PARCIAL / TOTAL E SUA REABILITAÇÃO


A perda total ou parcial de dentes é tanto mais frequente quanto maior a idade e quanto menor o acesso a
assistência dentária.
O edentulismo total atinge especialmente a população com mais de 65 anos, induzindo alterações
funcionais, sobretudo mastigatórias e determinando seleção alimentar perversa, com agravamento dos
estados carenciais da subnutrição do idoso. O compromisso da fala e estético agravam a perda de
autoestima e acrescem ao isolamento social.
(ICD 9: 525.0, 525.1, 525.2, 525.4, 525.5)

 PATOLOGIA DA MUCOSA ORAL / MEDICINA ORAL / CANCRO ORAL


A patologia da mucosa oral e tecidos subjacentes é um dos pilares da Estomatologia. Para além de
constituir um espaço de referenciação a partir de outras especialidades, especialmente na vertente da
doença reumatológica, autoimune e da infeciologia, implica o conhecimento da patologia sistémica e das
suas repercussões na cavidade oral e estruturas anexas. Não existe especialidade hospitalar que se não
debata com a procura de melhor orientação ou diagnóstico imediato de lesões nem sempre acompanhadas
de outras manifestações evidentes. O próprio despiste e evicção do cancro oral passam pelo
acompanhamento de lesões e parâmetros epidemiológicos que circunscrevem risco acrescido de
malignidade, na fronteira do diagnóstico diferencial das lesões que atingem predominantemente o epitélio.
A Medicina Oral estende-se da orogranulomatose, associada ou não à Doença de Crohn, ao Síndroma de

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Stevens-Johnson, passando pelas doenças microbianas, pela estomatite aftosa, pelo pênfigo e lupus.
Cruza fronteiras com a Dermatologia.
(ICD 9: 140-146, 210, 528, 528.1, 528.2, 528.5, 528.6, 528.71, 528.72, 528.79, 528.8, 528.9, 529.0-529.9,
684, 694.0,694.2, 694.3,694.4,694.5,694.6,695.1,695.4, 696, 697, 702.0, 709.1)

 QUISTOS E TUMORES ODONTOGÉNICOS E NÃO ODONTOGÉNICOS


São entidades de diagnóstico diferencial constante na clínica estomatológica e na semiologia radiológica
das estruturas oromaxilares. Dos processos afinal apenas proliferativos (Ex: exostoses) e dos pequenos
tumores das estruturas moles, da superfície (Ex: granuloma piogénico), aos sarcomas de Ewing e de
Burkitt, os tumores lato sensu incluem as neoplasias de qualquer dos tecidos orais que podem também ser
sede de metástases. Os tumores odontogénicos são especialmente familiares à Estomatologia. A doença
quística releva pela frequência, sobretudo dos quistos odontogénicos, com o periodontal apical e residual
a predominarem no adulto e o folicular na criança e no adolescente.
(ICD 9: 200.2, 200.8, 201, 203, 204-208, 210.4, 226.0, 226.81, 522.8, 523.8, 523.82, 526.0-526.3, 526.8,
528.5, 528.7)

 PATOLOGIA MAXILAR
A maxila e a mandíbula podem também apresentar alterações que constituem ou não parte de doenças
com atingimento multiorgânico. Umas são relevantes pelo compromisso esquelético global (osteogénese
imperfeita, hiperostose cortical infantil) e graves repercussões no crescimento e desenvolvimento; outras,
pela quase predileção pelos ossos da face (displasia fibrosa, querubismo) e outras ainda pela patologia
sistémica de que decorrem (hiperparatiroidismo, raquitismo, osteomalácia). Juntem-se-lhes entidades
como a doença de Paget e os focos de eritropoiese extra-medular e compreenda-se que o seu despiste é
parte integrante do diagnóstico diferencial, clínico-radiológico, da clínica estomatológica do dia-a-dia.
(ICD 9: 252.00, 526.89, 731.0, 756.4, 756.50-765.54)

 ANOMALIAS DENTO-ALVEOLARES, DESARMONIAS DENTO-MAXILARES,


MALFORMAÇÕES CRANIO-FACIAIS E SINDROMAS POLIMALFORMATIVOS
Podem integrar-se em anomalias morfológicas, craniofaciais e sindromáticas (Ex: fendas palatinas e fendas
lábio-alvéolo-palatinas, complexo de Robin, Síndroma de Treacher-Collins), de diagnóstico precoce, podem
dizer respeito a alterações funcionais que se estendem dos vícios posturais e hábitos deletérios às doenças
neurológicas (Ex: paralisia cerebral) ou podem associar-se a doenças sistémicas com repercussão
multiorgânica (Ex: mucopolissacaridoses).
RRH ESPECIALIDADE

Algumas anomalias são dimensionais ou posicionais, podendo afetar apenas o osso alveolar, mas com
ónus social importante, alterações da fala e alimentares; outras comprometem as bases ósseas, carecendo
de correção ortognática e outras, ainda, associam-se a maior incidência de patologia quística ou tumoral
(Ex: Síndroma de Gorlin-Goltz).
A maioria decorre com má-oclusão, são especialmente relevantes em pediatria e a sua abordagem é
transdisciplinar e hospitalar.
(ICD 9: 524.0 , 524.1, 524.2, 524.3, 524.4 e 524.5, 524.7, 524.8, 524.9, 744.82, 744.83, 744.84, 749.0-
749.2, 750.0-750.16, 754.0, 757.31, 758.0, 759.5, 784.81)

 DISFUNÇÃO TEMPORO-MANDIBULAR E DOR FACIAL


A Disfunção Temporomandibular (DTM) pode atingir de 15 a 30% da população e pode manifestar-se por
dor ligeira a intensa, limitação da abertura bucal, ressaltos e ruídos articulares. A sua abordagem, visando
primordialmente eliminar a dor, pode ser conservadora (farmacoterapia, alteração de hábitos/postura,
fisioterapia, uso de goteiras e manipulação articular) ou cirúrgica (artrocentese, artroscopia, artroplastia,
discectomia, reconstrução aloplástica). É relevante o diagnóstico diferencial, sempre presente, com outros
tipos de dor facial, associados ou não a patologia neurológica.
O tratamento conservador da disfunção é útil em fases iniciais, permitindo resolver a maioria dos casos por
recurso a infiltração de pontos-gatilho, goteiras miorelaxantes e técnicas de desprogramação.
Os doentes com disfunção refratária são abordáveis por artrocentese de lise e lavagem, recorrendo-se a
artroscopia e cirurgia aberta nos casos severos, só excecionalmente se equacionando a substituição
protética da articulação. É um caminho de desenvolvimento em que se pretende evoluir, permitindo que a
Estomatologia aborde de forma resolutiva a disfunção de qualquer tipo de gravidade.
(ICD 9: 524.60, 524.61, 524.62, 524.63, 524.64, 524.69, 350.1, 350.2, 350.8, 351.0, 352.1, 352.2, 352.5,
524.60, 524.61, 524.62, 524.63, 524.64, 524.69, 784.0)

 PATOLOGIA SALIVAR
A patologia salivar mais frequente é a do foro inflamatório e do foro infecioso, justificando frequente
interlocução com internistas, pediatras, reumatologistas e radiologistas. Estende-se das alterações
congénitas (agenesia, ectopia) à patologia tumoral, com predomínio claro do adenoma pleomórfico,
passando pela sarcoidose, pelo Síndroma de Sjogren e pela mera doença obstrutiva, de origem litiásica. É
muito frequente a consultoria por alterações funcionais (sialorreia / drooling), especialmente pela hiposialia
iatrogénica dos antidepressivos e outros fármacos, a que acabam por associar-se alterações de outras
estruturas orais. A sua abordagem é cada vez mais conservadora. A simples biopsia das glândulas
salivares acessórias é um ato muito solicitado por generalistas.
(ICD 9: 210-210.6, 527.0-527.9, 750.2)

16
RRH ESPECIALIDADE

 PATOLOGIA DO SONO
É variada a patologia que cursa com alterações do aparelho estomatognático, designadamente a
roncopatia, o Síndroma de resistência aumentada da via aérea superior (SRVAS), o Síndroma da apneia
obstrutiva do sono (SAHOS) e as perturbações do movimento associadas ao sono, incluindo o Bruxismo
do Sono e a Dor Orofacial.
A própria Pressão Aérea Positiva pode associar-se a dispositivos intraorais, permitindo aumentar o índice
de adesão terapêutica e diminuir a pressão positiva corretora.
(ICD 9: 327.23, 327.20, 327.53)
RRH ESPECIALIDADE

3 – EPIDEMIOLOGIA DAS CONDIÇÕES CLÍNICAS MAIS FREQUENTES

Seguem-se breves considerações epidemiológicas sobre algumas das entidades nosológicas apontadas
em , "2 - ÂMBITO DA ESPECIALIDADE HOSPITALAR".

 CÁRIE DENTÁRIA

Em 2010, o atingimento por cárie da dentição definitiva atingiu 2.400 milhões de pessoas, representando a
doença mais prevalente do globo. Comprometeu a dentição decídua em 621 milhões de crianças, sendo,
nesse grupo, a décima doença mais prevalente no mundo. Em 2013, os incidentes de odontalgia, em dentes
permanentes, ultrapassaram os 200 milhões.
Apesar do esforço desenvolvido nos últimos anos em Portugal, através do PNPSO, em coortes pediátricas
e em segmentos da população, os cuidados profiláticos e terapêuticos carecem de ser estabelecidos mais
cedo. Muitas crianças, entre os 3 e 4 anos de idade, com informação alimentar insuficiente, ausência de
escovagem, fluorização inconsistente e ausência de controlo de hábitos deletérios (amamentação tardia,
manutenção de biberão e chupeta) procuram ajuda hospitalar em circunstâncias que ultrapassam a
viabilidade de reabilitação. As complicações da cárie precoce da infância e a infeção odontogénica têm-se
tornado mais frequentes e mais graves, apesar de terem origem numa doença evitável e carecem da
logística hospitalar. Tudo faz prever o acréscimo do problema, de forma paralela ao aumento da pobreza,
conforme também se vem verificando noutros países.

 DOENÇA PERIODONTAL
A doença periodontal é maioritariamente responsável pela perda total dos dentes de quase 30% da
população mundial, entre os 65 e os 74 anos e atinge até 78% da população adulta, na Europa. Tem
relevante impacto na mastigação e fala, bem como na qualidade de vida.

A Cárie Dentária e a Doença Periodontal representam, à escala mundial, 15 milhões de DALY. A primeira
é evitável e a segunda é controlável, revelando a insuficiência global de medidas de Saúde Pública. São a
primeira causa de acesso aos Serviços de Estomatologia e, em crescendo, também à Urgência, em paralelo
com o agravamento das condições de vida da população economicamente mais frágil. Tudo aponta para a
necessidade de reforço cada vez mais precoce de hábitos de vida geradores de saúde.

 TRAUMATISMOS ALVÉOLO-DENTÁRIOS
Representam 5% de todos os traumatismos, com uma prevalência de 17% na idade pré-escolar, em que
constituem os traumatismos mais frequentes. Em 92% das circunstâncias, as lesões comprometem as

18
RRH ESPECIALIDADE

estruturas dentárias e periodontais, atingindo em 30% dos casos a dentição decídua e só em 20% dos
casos a dentição definitiva, acometendo, associadamente, outras estruturas.
Interessam especialmente a idade pediátrica, mas são parte integrante dos traumatismos orofaciais mais
extensos, com compromisso das bases ósseas e carecem de correção multidisciplinar em tempo útil, só
passível de cuidados em regime de Urgência integrada.

 COMPLICAÇÕES DA PATOLOGIA DENTÁRIA E INFECÇÃO ODONTOGÉNICA


A variedade das complicações não conta com epidemiologia orientadora, muito variável de zona a zona do
globo. Reconhece-se que a frequência é tanto mais elevada quanto maior a iliteracia em Saúde e quanto
menor o acesso a cuidados dentários. É raro encontrar jovens que usem goteiras protetoras durante a
prática desportiva, mesmo em desportos de contacto. Os recreios escolares parecem especialmente
turbulentos e projetam para a Urgência Geral os traumatismos alvéolo-dentários, independentemente da
presença de estomatologistas, gerando expectativas não satisfeitas e contencioso até entre os
profissionais.

 EDENTULISMO PARCIAL / TOTAL E REABILITAÇÃO


O edentulismo total ou parcial ronda 60% da população, com atingimento muito elevado dos que têm mais
do que 65 anos que, no último censo, representavam 19% da população geral. Perspetivando o
envelhecimento progressivo da população, é esperável o aumento da procura de reabilitação.
RRH ESPECIALIDADE

 ANOMALIAS DENTO-ALVEOLARES, DESARMONIAS DENTO-MAXILARES,


MALFORMAÇÕES CRANIO-FACIAIS E SINDROMAS POLIMALFORMATIVOS
As anomalias dento-alveolares e oro-dento-maxilares têm prevalência variável. As deformidades faciais
associadas a Classe II esquelética atingem 4,3% da população norte-americana e as de Classe III, 0,3%,
com variação entre áreas geográficas. Das malformações craniofaciais, as mais prevalentes são as fendas
palatinas e lábio-alvéolo-palatinas, atingindo aproximadamente 1 em cada 600 a 1000 recém-nascidos.

 DISFUNÇÃO TEMPORO-MANDIBULAR
A Disfunção Temporomandibular (DTM) atinge cerca de 15 % a 30% da população.

 PATOLOGIA SALIVAR
A patologia salivar é relativamente rara e variável de região a região. A sialolitíase (e suas consequências)
representa quase 50% da patologia salivar, atinge predominantemente a população adulta e é seguida, em
frequência, pela parotidite epidémica infantil e juvenil. Os tumores não ultrapassam 5% das neoplasias da
cabeça e pescoço, sendo metade deles representados pelo adenoma pleomórfico.

 PATOLOGIA DO SONO
O Síndroma da Apneia Obstrutiva do Sono é a situação clinicamente mais relevante, atingindo 5 a 8% da
população geral, entre 500 a 800 mil portugueses.

A maioria da patologia que interessa à Estomatologia carece de informação epidemiológica, pelo que são
breves e internacionais quase todos os dados apontados e limitados a alguns territórios.

Enquanto a prevalente doença dentária dos saudáveis não se encontrar sob controlo e fora da ambiência
hospitalar, não será possível prestar cuidados atempados aos que carecem de visão médica e da logística
hospitalar.

20
RRH ESPECIALIDADE

4 – CARATERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL ATUAL

4.1 - Quadros Médicos


Segundo os dados disponibilizados pela ACSS e pelas Sociedades Gestoras dos Estabelecimentos,
parceiros privados nos hospitais P.P.P., em Setembro de 2016 os hospitais do SNS contavam com 146
médicos nos Serviços Hospitalares de Estomatologia, incluindo 8 elementos dos IPO, um número total
quase sobreponível ao de 2011 (145), 38 dos quais internos em formação específica (26,03%).

Quadro I
Médicos (Existências ago 2016) - Estomatologia

Médicos Existências
ago-16
Administração Regional de Saúde / Instuição
Internos Internos Médicos Médicos
Total Geral
0-29 30-39 40-49 Total 30-39 40-49 50-59 60-64 65+ Total
ARS do Norte 11 6 17 4 4 22 7 3 40 57
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia - Espinho, E.P.E. 1 1 1 1 1 3 4
Centro Hospitalar de São João, E.P.E. 7 5 12 2 6 3 3 14 26
Centro Hospitalar do Porto, E.P.E. 1 1 1 2 5 1 9 10 + 3 **
Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães, E. P. E. / Hospital de São José - Fafe 1 1 1
Hospital de Braga, P.P.P.* 2 1 3 1 1 1 1 4 7
IPO do Porto, E.P.E. 3 3 3
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, E.P.E. 3 3 3
Unidade Local de Saúde do Nordeste, E.P.E. 2 2 2
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E. 1 1 1
ARS do Centro 1 3 4 10 12 2 24 28
Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. 1 1 2 2
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E. 1 1 2 2
Centro Hospitalar de Leiria E.P.E. 1 1 2 2
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. 1 3 4 6 8 1 15 19
IPO de Coimbra, E.P.E. 1 1 1
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, E.P.E. 1 1 2 2
ARS de Lisboa e Vale do Tejo 7 9 1 17 3 3 22 10 1 39 56
Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. 5 5 1 11 1 8 3 12 23
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E. 1 3 1 5 5
Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E. 1 3 4 4
Centro Hospitalar Lisboa Norte, E.P.E. 2 4 6 1 2 5 5 1 14 20
IPO de Lisboa, E.P.E. 3 1 4 4
ARS do Alentejo 1 1 2 2
Hospital do Espírito Santo, E.P.E. - Évora 1 1 2 2
ARS do Algarve 2 1 3 3
Centro Hospitalar do Algarve, E.P.E. 2 1 3 3
Total Geral 19 18 1 38 8 7 56 31 6 108 146 + 3 **
Fonte: ACSS. RHV
* Fonte: Sociedades Gestoras dos Estabelecimentos, parceiros priv ados nos hospitais P.P.P. (dados a set/2016)

A respetiva distribuição por grupos etários encontra-se no Quadro I.

Aos 10 médicos do CHP, devem acrescentar-se 3 elementos do Ex-Hospital Pediátrico Maria Pia,
transformando o total de 146 quadros médicos em 149.

Aos 146 médicos correspondia, em Agosto de 2016, um total geral de 157,5 ETCs (Quadro II).
RRH ESPECIALIDADE

Quadro II
Médicos (ETC ago 2016) - Estomatologia

Médicos ETC
ago-16
Administração Regional de Saúde / Instuição
Internos Internos Médicos Médicos
Total Geral
0-29 30-39 40-49 Total 30-39 40-49 50-59 60-64 65+ Total
ARS do Norte 12,6 6,9 19,43 4,6 3,9 23,8 7,5 3,3 42,97 62,40
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia - Espinho, E.P.E. 1,1 1,14 1,1 1,1 1,0 3,29 4,43
Centro Hospitalar de São João, E.P.E. 8,0 5,7 13,71 2,3 6,8 3,2 3,3 15,57 29,29
Centro Hospitalar do Porto, E.P.E. 1,1 1,14 1,1 1,6 5,7 1,0 9,40 10,54
Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães, E. P. E. / Hospital de São José - Fafe 1,1 1,14 1,14
Hospital de Braga, P.P.P. * 2,3 1,1 3,43 1,1 1,1 0,8 1,1 4,23 7,66
IPO do Porto, E.P.E. 3,0 3,00 3,00
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, E.P.E. 3,0 3,00 3,00
Unidade Local de Saúde do Nordeste, E.P.E. 2,2 2,20 2,20
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E. 1,1 1,14 1,14
ARS do Centro 1,1 3,4 4,57 10,6 12,9 1,7 25,23 29,80
Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. 1,1 1,1 2,29 2,29
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E. 1,2 1,2 2,40 2,40
Centro Hospitalar de Leiria E.P.E. 0,9 0,7 1,57 1,57
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. 1,1 3,4 4,57 6,3 8,4 1,0 15,71 20,29
IPO de Coimbra, E.P.E. 1,1 1,14 1,14
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, E.P.E. 1,1 1,0 2,11 2,11
ARS de Lisboa e Vale do Tejo 8,0 10,3 1,1 19,43 3,4 3,1 22,6 10,3 1,0 40,47 59,90
Centro Hopitalar de Lisboa Central, E.P.E 5,7 5,7 1,1 12,57 1,1 8,6 3,3 13,00 25,57
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E. 1,0 3,0 1,0 5,00 5,00
Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E. 1,1 3,0 4,14 4,14
Centro Hospitalar Lisboa Norte, E.P.E. 2,3 4,6 6,86 1,1 2,1 5,1 5,1 1,0 14,54 21,40
IPO Lisboa, E.P.E. 2,9 0,9 3,79 3,79
ARS do Alentejo 1,1 1,1 2,29 2,29
Hospital do Espírito Santo - Évora, E.P.E. 1,1 1,1 2,29 2,29
ARS do Algarve 2,0 1,1 3,14 3,14
Centro Hospitalar do Algarve, E.P.E. 2,0 1,1 3,14 3,14
Total Geral 21,7 20,6 1,1 43,43 9,1 7,0 59,0 33,0 6,0 114,10 157,53
Fonte: ACSS. RHV - (ETC 40h/semana)

Em Novembro de 2016, dos inscritos no Colégio da especialidade de Estomatologia da Ordem dos Médicos,
contabilizavam-se, nas três Secções Regionais, 374 médicos com menos de 70 anos. Considera-se que a
Secção Regional Sul corresponde grosso modo ao somatório dos médicos na área da ARSLVT, da ARS
Alentejo e da ARS Algarve.
Quadro III
Número de Estomatologistas por grupo etário e por Secção Regional da Ordem dos Médicos, em 2016
Idade Secção Regional Norte Secção Regional Centro Secção Regional Sul
30 - 39 6 2 3
40 - 49 4 0 4
50 - 59 40 21 70
60 - 69 65 33 126
Total 115 56 203
Fonte: Ordem dos Médicos, Colégio de Especialidade

Dada a exiguidade de vagas abertas, a evolução do número de quadros médicos hospitalares, entre 2002
e 2011 foi negativa, de -19% e contou com uma taxa de reposição de apenas 5%, tendo aumentado em
35% o número de médicos com mais de 50 anos.
O número de vagas colocadas a concurso para formação específica só a partir de 2012 começou a
aumentar, na tentativa de aproximação do número de vagas credibilizadas para o efeito, ainda que de forma
insuficiente.

22
RRH ESPECIALIDADE

As vagas têm sido totalmente preenchidas, considerando-se existir boa atratividade, ainda que com uma
taxa de sucesso insuficiente, que ronda os 71%.

Quadro IV – Estatística de formação específica em Estomatologia


Critérios 2012 2013 2014 2015 2016 Total
Nº Internos 7 13 15 9 14 58
Nº Abandonos 0 7 7 1 2 17
Taxa de Sucesso 100% 46,15% 53,33% 88,89% 85,71% 70,69%
Fonte: Ordem dos Médicos, Colégio da especialidade de Estomatologia

Segundo os dados do "Estudo de Evolução Prospetiva de Médicos no Sistema Nacional de Saúde" (Junho,
2013), calcula-se que, entre 2011 e 2025, seria necessário o mínimo de 18 novos especialistas em
Estomatologia, por ano, para se atingir uma taxa de crescimento, ainda assim, de -1%, garantindo 397
estomatologistas no sistema.
A manter-se o perfil organizativo da satisfação de necessidades desta área da Saúde, de crescimento
desejável, seria necessária a entrada anual de 25 internos, facto só compatível com novos polos
formadores.

4.2 - Outros Quadros


Em 2 - Âmbito da Especialidade Hospitalar, fez-se referência à interlocução com outras especialidades
médicas e cirúrgicas e comentou-se o apoio concedido pelos terapeutas da fala e fisioterapeutas.

Quadro V - Recursos Humanos


Assistentes Assistentes Assistentes Técnico de Técnico de Higienista
RECURSOS HUMANOS Enfermeiros Operacionais Dentárias Técnicos Imagiologia Prótese Oral

ARS Norte
CH Vila Nova de Gaia - Espinho 2 5 0 1 0 0 0
CH de São João 14 9 0 4 1 0 0
CH do Porto 1 7 0 2 1 0 0
Hospital de Braga 5 2
ULS do Alto Minho - Viana do Castelo 1 3 0 1 0 0 0
SUBTOTAL 23 26 0 8 2 0 0

ARS Centro
CH Cova da Beira 3
CH do Baixo Vouga 2 1 0 0 0 0 0
CH de Leiria 0 0 0 0 0 0 0
CHUC 7 23 0 9 0 1 1
ULS de Castelo Branco 1 1 0 2 0 0 0
SUBTOTAL 10 28 0 11 0 1 1

ARS Lisboa e Vale do Tejo


CHLC 5 10 0 3 0 0 0
CHLO 1 2 0 1 0 0 0
CH de Setúbal 0 2 0 0 0 0 0
CHLN 5 3 3 3 0 0 0
SUBTOTAL 11 17 3 7 0 0 0

ARS Alentejo
Hospital do Espírito Santo - Évora 1 1 0 0 0 0 0

ARS Algarve
CH do Algarve 1 1 0 0 0 0 0

TOTAL 46 73 3 26 2 1 1
TOTAL GERAL 152
Fonte: Serviços de Estomatologia / Colégio de especialidade de Estomatologia da Ordem dos Médicos
RRH ESPECIALIDADE

O Quadro V assinala os funcionários alocados aos centros de custo dos vários serviços. Importa referir que
não existe comparabilidade nestes dados de 152 funcionários em 16 serviços, quer pela diversidade da
dimensão dos mesmos, quer pelas respetivas atividades.
Em verdade, alguns Centros Hospitalares comportam mais do que um hospital (Exs: CHUC - Hospital Geral,
Hospital Pediátrico, Hospital Universitário; CHLC - Hospital de D. Estefânia, Hospital de S. José). O serviço
do Hospital de S. João possui dois blocos operatórios, um para anestesia geral, também utilizado por outras
especialidades e outro para anestesia loco-regional, justificando um número mais relevante de enfermeiros.
O CHUC disponibiliza meios à Faculdade de Medicina Dentária, explicando o maior número de assistentes
operacionais.
Parece só poder afirmar-se que predominam os assistentes operacionais, seguidos pelos enfermeiros, com
funções muito variáveis e, finalmente, pelos assistentes técnicos. Estes últimos estão alocados, às vezes,
a outros centros de custo, com óbvia sinergia. Não é comum o recurso a assistentes dentários, nem a
técnicos de prótese, o que como já referido dificulta a reabilitação do edentulismo.

4.3 - Atividade
A atividade dos serviços hospitalares é diferente de unidade a unidade, distribuindo-se essencialmente pela
Consulta Externa e Consultas de Grupo, Enfermaria, Bloco Operatório e Urgência.

4.3.1 - Consulta Externa e Consultas de Grupo


A consulta vê alocado o maior número de horas de trabalho. A sua estrutura e as suas frentes caracterizam
a heterogeneidade dos serviços, sendo que os que dispõem de mais recursos humanos, para além da sua
atividade estrita, colaboram em Consultas de Grupo, com outros médicos e profissionais.
A consultoria é uma atividade intra-hospitalar comum, frequentemente sem procedimentos associados que
não a elaboração da história clínica. Entende-se a necessidade de valoração especializada da patologia
oral no seio da patologia sistémica e sua implicação em quadros que se estendem do síndroma febril
indeterminado às tumefações cervico-faciais recidivantes e aos quadros álgicos oro-faciais.
As consultas atingiram o total de 225.026 em 2015. A quantificação apresentada no Quadro VI, porém, não
permite uma leitura simples.

A título de exemplo, o somatório relativo ao Centro Hospitalar do Porto pode incluir as consultas de Cirurgia
Maxilofacial, dado tratar-se de serviço único, ainda que, numa população com o total de 15 médicos (se
considerarmos a junção de 3 elementos do Hospital Pediátrico), só 3 sejam cirurgiões maxilofaciais. O
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra conta com utentes que, na ausência de patologia sistémica
ou de risco acrescido, são veiculados para a Faculdade de Medicina Dentária.

24
RRH ESPECIALIDADE

Quadro VI
Consultas de Estomatologia

Primeiras Consultas (Base + Consultas Subsequentes (Base +


Total
Adicional) Adicional)
ARS / I nstituição Hospitalar

2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015

ARS do Norte 25.828 26.380 27.383 68.378 70.305 70.718 94.206 96.685 98.101
Centro Hospitalar de São João, EPE 6.743 7.133 7.577 17.643 17.581 17.390 24.386 24.714 24.967
Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães, E. P. E. / Hospital de São José - Fafe 840 984 868 1.691 2.130 2.274 2.531 3.114 3.142
Centro Hospitalar do Porto, EPE 6.172 6.052 6.028 22.343 23.200 24.148 28.515 29.252 30.176
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE 3.469 3.401 3.556 3.874 4.033 4.138 7.343 7.434 7.694
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE 2.141 2.009 1.862 5.879 5.892 5.740 8.020 7.901 7.602
Instituto Português Oncologia do Porto, EPE 1.717 1.762 2.144 5.752 5.957 5.522 7.469 7.719 7.666
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE 387 389 419 485 474 509 872 863 928
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE 1.190 1.185 1.293 3.605 3.577 3.537 4.795 4.762 4.830
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE 620 602 666 1.504 1.429 1.478 2.124 2.031 2.144
Hospital de Braga, PPP 2.549 2.863 2.970 5.602 6.032 5.982 8.151 8.895 8.952
ARS do Centro 14.512 14.072 12.921 50.456 48.182 48.710 64.968 62.254 61.631
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 1.340 1.421 1.422 3.567 4.402 3.754 4.907 5.823 5.176
Centro Hospitalar de Leiria, EPE 2.360 2.458 2.121 3.411 3.356 3.383 5.771 5.814 5.504
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 381 561 648 3.385 3.244 3.532 3.766 3.805 4.180
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 8.967 8.350 7.695 34.665 31.987 33.478 43.632 40.337 41.173
Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE 607 654 590 3.867 4.031 3.978 4.474 4.685 4.568
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 857 628 445 1.561 1.162 585 2.418 1.790 1.030
ARS de Lisboa e Vale do Tejo 14.239 14.095 14.715 41.528 41.475 41.175 55.767 55.570 55.890
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 4.367 4.388 4.353 12.868 13.250 12.843 17.235 17.638 17.196
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE 3.506 3.772 4.042 10.062 8.961 8.701 13.568 12.733 12.743
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE 630 717 739 2.862 3.114 3.047 3.492 3.831 3.786
Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE 4.775 4.352 4.710 12.191 12.392 12.703 16.966 16.744 17.413
Instituto Português Oncologia de Lisboa, EPE 961 866 871 3.545 3.758 3.881 4.506 4.624 4.752
ARS do Alentejo 1.805 1.783 1.999 4.302 4.985 4.982 6.107 6.768 6.981
Hospital Espírito Santo de Évora, EPE 1.805 1.783 1.999 4.302 4.985 4.982 6.107 6.768 6.981
ARS do Algarve 1.689 1.417 1.390 1.367 1.124 1.033 3.056 2.541 2.423
Centro Hospitalar do Algarve, EPE 1.689 1.417 1.390 1.367 1.124 1.033 3.056 2.541 2 423
Total Geral 58.073 57.747 58.408 166.031 166.071 166.618 224.104 223.818 225.026
Fonte: ACSS. Sistema de Informação para Contratualização e Acompanhamento (SICA).

A Consulta Externa tende a desenvolver-se a partir da Triagem que orienta os doentes para espaços
segmentares ou valências, após ponderação diagnóstica e terapêutica. As valências potenciam a atividade
formadora, na área dentária, sendo exemplos a Exodôncia, a Dentisteria Operatória, a Endodôncia, a
Periodontologia, a Ortodôncia / Ortopedia dento-facial e a Oclusão. Costumam também contar com áreas
específicas a Disfunção temporo-mandibular e Dor facial, a Cirurgia Oral e a Medicina Oral.
A atividade comporta, especialmente na área dentária, grande número de procedimentos, não decorrendo
apenas no espaço da consultoria. A quantificação dos MCDT constitui o Anexo 1 deste documento e
encontra-se resumida no Quadro VII.
Nas 19 unidades estudadas, registaram-se 120.854 procedimentos na ambiência da Consulta Externa, dos
quais 3074 são exames radiológicos.

A interpretação dos MCDT da consulta é complexa, sendo claro que alguns serviços registam os
procedimentos de forma muito insuficiente. O número de radiografias está muito abaixo dos mínimos
esperáveis, tal como o das cefalometrias e fotografias, tendo em consideração a atividade relativa às
dismorfias, expressa em vários hospitais. Verifica-se empolamento na fração HUC do CHUC, com
RRH ESPECIALIDADE

procedimentos conotáveis com a Faculdade de Medicina Dentária, tornando clara a diversidade de registos.
De referir a diminuta atividade em prótese.
Quadro VII
MCDTs da Consulta Externa
Dentisteria Ortodontia Cirurgia
Periodontologia Endodontia Prostodontia Outros TOTAL
Operatória e Oclusão Oral
CHVNG 857 706 73 0 0 1388 0 3024
CH S. João 4279 2345 567 1217 4 5686 80 14178
CH Porto 3858 1581 236 1460 71 3056 0 10262
Hosp. Braga 871 651 68 0 2 3516 41 5149
ULS Alto Minho 221 6 14 0 0 365 0 606
ULS Nordeste 226 7 14 0 0 209 0 456
ULS Matosinhos 0 0 0 0 0 76 0 76
CH Tâmega e Sousa 0 0 0 0 0 70 0 70
CH Cova da Beira 1308 872 71 0 8 856 0 3115
CH Baixo Bouga 921 39 13 0 0 371 46 1390
CH Leiria 1873 747 9 0 0 2135 0 4764
CHUC 8927 6341 1965 2573 2206 10504 2348 34864
Hosp. C. Branco 796 330 115 0 15 473 0 1729
CHLC 4050 4405 315 314 11 7542 284 16921
CHLO 4369 1458 484 4 20 3337 6 9678
CH Setúbal 536 320 49 6 0 285 0 1196
CHLN 2716 2024 252 778 745 1989 269 8773
Hosp. Évora 728 255 67 0 0 2000 0 3050
CH Algarve 310 75 65 0 0 1103 0 1553
TOTAL 36846 22162 4377 6352 3082 44961 3074 120854

Fonte: ACSS e Serviços Hospitalares

É relevante a atividade na pequena cirurgia da cavidade oral, já que os atos conduzidos nos blocos
operatórios não encontram expressão neste espaço.

Não são especificamente registadas as Consultas de Grupo.


As Consultas de Grupo, juntando diferentes especialidades médicas e diferentes profissionais, são
diferentes de hospital a hospital, na tentativa de resposta às necessidades institucionais reconhecidas. São
exemplos, com pequenas variações terminológicas, a Consulta de Fendas Palatinas e/ou Consulta de
Dismorfias Craniofaciais, a Consulta da Dor, a Consulta de Oncologia da Cabeça e Pescoço, a Consulta
de Medicina Oral do Sono.
A segmentação, enquanto método organizativo, não é universal e não é habitual em Estomatologia
Pediátrica.

A exiguidade dos recursos disponíveis em muitos dos poucos serviços de Estomatologia existentes, com
populações de atracão direta e indireta muito grandes, justificam tempos de espera para consulta
tendencialmente longos ou muito longos.

O Tempo médio de resposta aos pedidos varia entre 12,5 dias (Centro Hospitalar da Cova da Beira) e 390,5
dias (Centro Hospitalar do Baixo Vouga) e a sua interpretação exige cautela. Não se tomam em linha de

26
RRH ESPECIALIDADE

conta os serviços dos IPO, por se tratar de hospitais especializados. Só a abertura de novos polos de
prestação de cuidados, associada ao aumento dos recursos humanos dos já existentes, pode minorar esta
desproporção entre oferta e procura.

Quadro VIII
Tempos de resposta até à realização da consulta - 2015
Tempo médio de resposta ao pedido
ARS de destino do pedido CH / ULS (H) de destino do pedido Hospital de destino do pedido (dias)
CHSJ - Hospital de São João 105,9
CH de São João
Total 105,9
CHAA - Unidade de Guimarães 57,5
CH do Alto Ave, E.P.E.
Total 57,5
CHP - Hospital Geral de Santo António 64,6
CH do Porto, E.P.E.
Total 64,6
CHTS - Hosp. Padre Américo-Vale do Sousa 61,5
CH do Tâmega e Sousa, E.P.E.
Total 61,5
ARS Norte CH de Vila Nova de Gaia/Espinho 109,3
Hospital de Braga 155,8
Não Aplicável
Instituto Português de Oncologia do Porto 18,4
Total 133,7
ULSAM - Viana do Castelo 30,2
ULS do Alto Minho, E.P.E.
Total 30,2
ULSN - Bragança 27,6
ULS do Nordeste
Total 27,6
Total 95,7
CHBV - Aveiro 390,5
CH Baixo Vouga
Total 390,5
CHCB - Covilhã 12,5
CH da Cova da Beira
Total 12,5
CHUC - Hospitais da Universidade de Coimbra 262,9
CHUC - Hospital Geral 93,5
CH Universitário de Coimbra
CHUC - Hospital Pediátrico 91,6
ARS Centro Total 178,1
Centro Hospitalar Leiria 115,1
Não Aplicável Instituto Português de Oncologia de Coimbra 11,1

Total 89,3
ULSCB - Hospital Amato Lusitano 74,1
ULS de Castelo Branco, EPE
Total 74,1
Total 152,3
CHLC - Hospital de São José 57,9
CH de Lisboa Central, E.P.E. CHLC - Hospital Dona Estefânia 31,6
Total 53,1
CHLN - Hospital de Santa Maria 68,1
CH de Lisboa Norte, E.P.E.
Total 68,1
ARS LVT
CHLO - Hospital de Egas Moniz 13,8
CH de Lisboa Ocidental, E.P.E.
Total 13,8
CH de Setúbal, E.P.E. 39,7
Não Aplicável
Total 39,7
Total 37,0
Hospital do Espírito Santo de Évora, E.P.E. 68,1
Não Aplicável
ARS Alentejo Total 68,1
Total 68,1
CHA - Hospital de Faro 202,0
CH do Algarve
ARS Algarve Total 202,0
Total 202,0
Total 96,8
Fonte: ACSS, Sistema de Informação Consulta a Tempo e Horas (CTH)

É de salientar que o Quadro VIII retrata tempos de espera relativos ao acesso às primeiras consultas.

Se é clara a importância das primeiras consultas, pela oportunidade de eventual reconhecimento de


patologia grave em tempo útil, igualmente importante seria conhecer o tempo decorrido entre a primeira
consulta e eventual consulta subsequente, por ser conhecido, mas pouco apontado, poder tratar-se de
prazos irrazoáveis.
RRH ESPECIALIDADE

Propõe-se a introdução desse indicador.

4.3.2 - Enfermaria
A assistência às enfermarias decorre do internamento de doentes com patologia terceira, carecendo de
assistência estomatológica, frequentemente dentária ou por patologia oral que decorre com ou sem relação
direta com a sua patologia sistémica e respetiva terapêutica. Comporta, também, os doentes internados
pela Estomatologia, para cuidados médicos e cuidados cirúrgicos, bem como os casos de patologia oro-
facial que são internados por especialidades presentes na Urgência, na ausência da Estomatologia.

São frequentes as complicações da cárie dentária, nomeadamente a infeção odontogénica, bem como os
traumatismos alvéolo-dentários, aguardando resolução operatória ou cirúrgica.

Nestes dois territórios, importa salientar que - a nível hospitalar - só a Estomatologia presta atividade
conservadora e que, no fim de linha dos traumatismos alvéolo-dentários e das complicações da patologia
odontogénica, é quem assume atividade resolutiva.
O Quadro IX apenas quantifica, na maioria dos casos, os internamentos em camas atribuídas à
especialidade, sendo certo que a maioria dos internamentos decorre em camas disponíveis "de outrem",
independentemente da sua localização, não passíveis de contabilização segundo esta perspetiva.
Na ARSLVT, por exemplo, estão ausentes os grandes centros hospitalares, como são o caso do CHLN e
do CHLC; na ARS Centro, está ausente o CHUC.
Apesar de ser elevada a taxa de ambulatorização da Estomatologia, é certo que à atividade na Enfermaria
corresponde mais tempo de trabalho do que é dedutível do Quadro IX.

A assistência à enfermaria comporta interlocução continuada com as outras especialidades, relevando a


atividade hospitalar como carecendo de formação médica transversal.

28
RRH ESPECIALIDADE

Quadro IX
Internamento de Estomatologia

Nº Doentes Saídos Taxa de Ocupação Demora Média


ARS / Instituição Hospitalar

2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015

Região de Saúde do Norte 273 297 372


Centro Hospitalar de São João, E.P.E. 71 72 99 3,6 2,8 4,1
Centro Hospitalar do Porto, E.P.E. 111 123 122 1,1 1,0 1,1
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia - Espinho, E.P.E. 24 26 24 1,0 1,5 1,3
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, E.P.E. 59 2,2
Unidade Local de Saúde do Nordeste, E.P.E. 6 11 8 6,8% 4,2 3,3 2,6
Hospital de Braga, P.P.P. 61 65 60 1,4 1,1 1,1
Região de Saúde do Centro 104 95 74
Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. 69 69 57 48,2% 18,9% 2,6 1,7 1,2
Centro Hospitalar de Leiria E.P.E. 2 2 3,0% 3,3% 5,5 6,0
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E. 33 26 15 18,1% 6,8% 2,0 2,3 1,7
Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo 45 36 29
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE 45 36 29 22,7% 15,3% 1,8 1,5 1,9
Região de Saúde do Alentejo 4 2 0
Hospital Espírito Santo de Évora, EPE 4 2 0 4,5 5,0
Região de Saúde do Algarve
Total Geral 426 430 475
Fonte: ACSS. Sistema de Informação para Contratualização e Acompanhamento (SICA).

4.3.3 - Bloco Operatório


A atividade operatória insere-se, em 91% das situações, no âmbito da Cirurgia do Ambulatório (Quadro X)
e decorre, em função dos serviços, quer em bloco próprio - com anestesia loco-regional ou com anestesia
geral - quer nos blocos operatórios centrais e unidades de Cirurgia do Ambulatório, geralmente numa
associação calendarizada destes vários meios.
Quadro X
Intervenções cirúrgicas - 2015 / Ambulatorização
Cirurgia Cirurgia
Total Cirurgias Cirurgia Electiva
ARS / Instituição hospitalar Ambulatória % Amb / Total Convencional Cirurgia Urgente
(Base+Adicional) (Base+Adicional)
(Base+Adicional) (Base+Adicional)
ARS do Norte 3.039 3.023 2.667 88% 356 16
Centro Hospitalar de São João, E.P.E. 1.311 1.297 1.166 89% 131 14
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, E.P.E. 306 306 306 100%
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia - Espinho, E.P.E. 405 404 380 94% 24 1
Hospital de Braga, P.P.P. 383 383 324 85% 59
IPO do Porto, E.P.E. 38 38 34 89% 4
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, E.P.E. 412 412 321 78% 91
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E. 163 163 123 75% 40
Unidade Local de Saúde do Nordeste, E.P.E. 21 20 13 62% 7 1
ARS do Centro 1.429 1.422 1.072 75% 350 7
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E. 13 13 0% 13
Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. 833 833 613 74% 220
Centro Hospitalar de Leiria E.P.E. #DIV/0!
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. 277 270 232 84% 38 7
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, E.P.E. 306 306 227 74% 79
ARS de Lisboa e Vale do Tejo 6.198 6.196 6.019 97% 177 2
Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. 2.155 2.154 2.101 97% 53 1
Centro Hospitalar Lisboa Norte, E.P.E. 3.160 3.159 3.063 97% 96 1
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E. 90 90 90 100%
Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E. 697 697 669 96% 28
IPO de Lisboa, E.P.E. 96 96 96 100%
ARS do Alentejo 31 31 31 100% 0 0
Hospital do Espírito Santo, E.P.E. - Évora 31 31 31 100%
ARS do Algarve 35 34 30 86% 4 1
Centro Hospitalar do Algarve, E.P.E. 35 34 30 86% 4 1
Total 10.732 10.706 9.819 91% 887 26
Fonte: ACSS, DPS, SICA 19-12-2016
RRH ESPECIALIDADE

O âmbito das intervenções é muito diferente de serviço a serviço, podendo enquadrar todos os diagnósticos
discriminados no Quadro XV (ICD-9), bem como a maioria dos respetivos procedimentos.

Tendem a predominar os procedimentos relativos às complicações da cárie dentária, em doentes com


handicap e/ou incolaborantes, impossibilitando o recurso a anestesia loco-regional, na envolvente dos
abcessos alveolares de repetição, das celulites e osteítes odontogénicas, sobretudo na população
pediátrica.

Em verdade, o grupo pediátrico confronta-se com o aumento da necessidade de acesso a cuidados


secundários, dada a extensa destruição da dentição decídua, associada a antibioterapia repetida.
A procura de cuidados sob anestesia geral é significativa, tem aumentado em todo o mundo e associa a
elevada expectativa, por parte da população, de junção de procedimentos invasivos com procedimentos
reabilitadores, num só tempo, de forma resolutiva.

Quando se promove a resolução dos focos sépticos e só esses, de forma seletiva, sabe-se que os restantes
tratamentos não serão, em geral, realizados, aumentando a probabilidade de novos problemas, com novas
complicações e reintervenções.

A maioria destes procedimentos são codificáveis no GDH Médico de Ambulatório 114.

Numa pesquisa de outros códigos frequentes, para além do 114, nomeadamente os 92 (Procedimentos
nos ossos da face exceto procedimentos major nos ossos do crânio e face), 98 (Outros procedimentos no
ouvido, nariz, boca e/ou garganta) e 115 (Outros diagnósticos de ouvido, nariz, boca, garganta,
cabeça/face), verificou-se que se encontram registados em todos os hospitais, independentemente da
presença ou ausência da Estomatologia.

30
RRH ESPECIALIDADE

Quadro XI
Indicadores da Atividade de Cirurgia Programada de Estomatologia

Mediana do TE da LIC
LIC Operados %LIC > TMRG %Op. > TMRG
ARS / Instituição hospitalar (meses)
2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015
ARS do Norte 1.154 1.099 1.527 2.669 2.939 2.881
Centro Hospitalar de São João, E.P.E. 612 508 678 1253 1334 1291 3,48 3,07 3,47 0,7% 0,4% 4,6% 3,4% 3,0% 4,5%
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, E.P.E. 43 57 104 187 213 223 1,10 1,83 2,33 0,9% 1,8%
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia - Espinho, E.P.E. 44 38 107 524 439 350 2,88 1,85 7,10 27,3% 15,8% 52,3% 3,6% 5,7% 8,6%
Hospital de Braga, P.P.P. 318 318 439 229 352 383 7,15 7,50 6,10 36,8% 42,1% 34,9% 14,4% 42,9% 32,1%
IPO do Porto, E.P.E. 2 5 54 38 38 1,28 1,37 2,6%
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, E.P.E. 51 77 84 213 364 413 1,17 1,13 1,73 0,5% 0,3% 0,7%
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E. 86 99 110 183 177 163 2,98 2,57 5,63 1,2% 1,0% 14,5% 4,9% 20,3% 40,5%
Unidade Local de Saúde do Nordeste, E.P.E. 26 22 20
ARS do Centro 196 254 212 659 690 653
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E. 1 2 1 32 23 13 0,87 2,30 15,17 100,0% 100,0% 12,5% 8,7%
Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. 25 31 16 248 304 292 2,77 2,10 2,37 9,7% 6,3% 0,8% 1,6% 1,0%
Centro Hospitalar de Leiria E.P.E.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. 170 221 195 241 252 269 2,88 4,20 5,63 10,0% 25,6% 4,6% 7,1% 31,2%
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, E.P.E. 138 111 79
ARS de Lisboa e Vale do Tejo 537 558 630 5262 5644 4307
Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. 221 201 195 3169 3538 2154 0,87 0,90 1,50 1,5% 1,0% 0,3% 0,9%
Centro Hospitalar Lisboa Norte, E.P.E. 255 300 385 1144 1214 1270 1,83 1,80 2,33 14,1% 2,7% 3,1% 4,9% 4,9% 1,7%
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E. 8 8 85 89 90 6,90 0,43
Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E. 30 36 43 665 667 697 2,92 2,37 3,10 10,0% 5,6% 27,9% 1,1% 2,7% 2,6%
IPO de Lisboa, E.P.E. 23 13 7 199 136 96 0,83 0,30 1,00 8,7% 15,4% 14,3% 1,0% 4,4% 1,0%
ARS do Alentejo 32 48 20 17 17 28
Hospital do Espírito Santo, E.P.E. - Évora 32 48 20 17 17 28 11,78 10,40 2,37 62,5% 62,5% 30,0% 35,3% 70,6% 25,0%
ARS do Algarve 75 68 99 48 51 34
Centro Hospitalar do Algarve, E.P.E. 75 68 99 48 51 34 7,20 4,15 7,27 30,7% 19,1% 32,3% 4,2% 92,2% 85,3%
Total 1.994 2.027 2.488 8.655 9.341 7.903
Fonte: SIGLIC

É possível uma outra visão quantitativa da atividade operatória no Quadro XI, com um total de 7.903
intervenções, em 2015. Verifica-se uma diferença de 2.803 intervenções, relativamente às 10.706
registadas no Quadro X, devido a grandes diferenças nos totais do Centro e LVT, nomeadamente no
Centro Hospitalar da Cova da Beira e no Centro Hospitalar de Lisboa Norte.

A desproporção entre a grande magnitude das Áreas de Influência, o reduzido número de serviços
hospitalares e a exiguidade dos seus espaços e quadros encontram-se retratados nos tempos de espera.

É de salientar que, nalguns serviços, tem significado cirúrgico a patologia salivar e, noutros, a vertente mais
invasiva diz respeito aos atos operatórios relativos à articulação temporo-mandibular e à cirurgia
ortognática; quase todos os serviços de maior dimensão intervencionam quistos e tumores dos maxilares;
alguns outros serviços, ainda, não têm atividade cirúrgica (nem quadros médicos que a possibilitem); outros
parecem ter alguma atividade cirúrgica, mas sem doentes inscritos em LIC.

Também na atividade cirúrgica, portanto, os serviços são muito heterogéneos, traduzindo até diferentes
métodos de registo e impossibilitando um benchmarking esclarecedor.
RRH ESPECIALIDADE

Os fatores de maior influência da atividade cirúrgica são a disponibilidade de tempos operatórios, incluindo
a disponibilidade de médicos especialistas em Anestesiologia, enfermeiros treinados e o número de
médicos dos próprios serviços de Estomatologia.

4.3.4 - Urgência
A Urgência de Estomatologia, que se propõe que seja reformulada, tem existência formal no CHUC e no
CHLN, embora tenha existência efetiva noutros Centros Hospitalares.

No CHUC, decorre nos HUC e no Hospital Pediátrico, em presença física de um médico em cada, nos dias
úteis, das 8 às 20 horas e, no mesmo horário, sábados, domingos e feriados, com um médico para ambos,
por chamada. No CHLN, decorre no Hospital de Sta. Maria, em presença física de geralmente 2
especialistas, das 8 às 20 horas, todos os dias do ano.

Quadro XII - Urgência Nacional


Instituição Estatuto formal Horário Período Tipo de
abrangido atendimento
Centro Hospitalar São João .
Hospital de São João "Apoio" à Urgência" 8 às 20h Dias úteis Presença física
Centro Hospitalar do Porto (urgência de cirurgia maxilo-facial, com estomatologistas 3 dias/semana)
Hospital de Santo António Serviço de Urgência 8 às 20h Todo o ano Presença física
20h às 8h Todo o ano Por chamada
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra .
HUC Serviço de Urgência 8 às 20h Dias úteis Presença física
8 às 20h Fim de semana e Por chamada
feriados
Hospital Pediátrico Serviço de Urgência 8 às 20h Dias úteis Presença física
8 às 20h Fim de semana e Por chamada
feriados
Centro Hospitalar Lisboa Norte .
Hospital de Santa Maria Serviço de Urgência 8 às 20h Todo o ano Presença física
Centro Hospitalar Lisboa Central .
Hospital de São José "Apoio" à Urgência" 8 às 20h Dias úteis Presença física
Hospital de D.ª Estefânia "Apoio" à Urgência" 8 às 20h Dias úteis Presença física
(hospital pediátrico)

32
RRH ESPECIALIDADE

O CHP tem uma urgência de Cirurgia Maxilofacial todos os dias do ano, das 8 às 20 horas, em presença
física de um médico e, das 20 às 8 horas, por chamada. Só nos 3 dias semanais em que a prestação está
a cargo de especialistas em Estomatologia é que se prestam cuidados estomatológicos e nunca existe
atendimento pediátrico, implicando recurso subsequente ao CH S. João, exceto aos fins-de-semana e
feriados que impõem recurso ao CHUC, a mais de 100 Km de distância.

O CH S. João e o CHLC "apoiam" a urgência nos dias úteis, das 8 às 20 horas, neste último durante o
decurso da atividade programada.

No CH S. João estão escalados 2 especialistas, um dos quais com consultas agendadas que são
desmarcadas perante eventual necessidade de ajuda cirúrgica ou outra atividade que careça de 2
intervenientes.

O CHLC envolve 2 polos, o do Hospital de S. José, com "apoio" das 8 às 20 horas dos dias úteis e o do
Hospital de D. Estefânia só com "apoio" em 3 dias úteis, também das 8 às 20 h.

Sob o ponto de vista dos profissionais, o "apoio" colide com a atividade programada, nomeadamente com
a Consulta Externa, origina atrasos e respetivas reclamações, quando não adiamentos, mesmo que não
haja necessidade de acesso ao bloco operatório.

A nosologia que releva a Estomatologia na Urgência, ainda que podendo interessar direta ou indiretamente
as entidades listadas no Quadro ICD - 9, são, a título de exemplo e porque não raras:

a. Síndromas álgicos orofaciais


Diagnóstico diferencial odontogénico / não odontogénico
Patologia do complexo dentino-pulpar e periodontite
Alveolite
Disfunção da ATM
Dor orofacial de outra etiologia

b. Traumatismos orofaciais e alvéolo-dentários


Feridas dos tecidos moles, incluindo esfacelos faciais com compromisso oral
Fraturas, luxações, avulsões dentárias e fraturas das tábuas e processos alveolares
com ou sem compromisso das bases ósseas
RRH ESPECIALIDADE

Lesões associadas a corpos estranhos


c. Hemorragia
Diagnóstico etiopatogénico: local / sistémica, traumática /pós-operatória / espontânea
Procedimentos específicos de hemostase local, com ou sem discrasia
d. Infeção e/ou Inflamação (com maior ou menor compromisso da via aérea)
Pulpite, periodontite, pericoronarite, abcesso, osteíte, celulite, osteomielite
Gengivite úlcero-necrótica aguda, estomatite herpética, doença de Behçet
Síndroma de Stevens-Johnson, necrose epidérmica tóxica, neutropénia cíclica
Diagnóstico etiopatogénico de massas cervicais / adenofleimões / adenopatias
e. Alterações da abertura e encerramento bucal
Constrição intra e extra-articular
Luxação da ATM
Má-oclusão aguda (traumática/iatrogénica, encravamento/fratura de dispositivos)
e. Lesões agudas da mucosa
Iatrogénicas, por dispositivos ortodôncicos ou prótese
Alterações do comportamento (Ex: automutilação)
f. Patologia Salivar
Sialolitíase, hérnia e cólica salivares
Sialite e pansialite
g. Doença Sistémica
Manifestações orais agudas das doenças sistémicas e sua iatrogenia

4.3.5 - Normas de Orientação Clínica da DGS (NOCS)

Das NOCs da DGS, segue-se lista com algumas das que influenciam a atividade em Estomatologia, quer
sob o ponto de vista médico, cirúrgico e dentário, quer sob o ponto de vista organizativo.

• Norma nº 008/2016 de 01/09/2016 atualizada a 13/10/2016: Projeto Saúde Oral - Experiência Piloto

• Norma nº 005/2016 de 11/03/2016: Regras de Utilização da Marca “Centro de Referência-Portugal”

• Norma nº 004/2016 de 01/03/20162016-03-01: Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral - Pessoas


com infeção por VIH/SIDA

• Norma nº 003/2016 de 01/03/2016: Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral - Jovens da coorte
dos 18 anos

34
RRH ESPECIALIDADE

• Norma nº 019/2015 de 15/12/2015: “Feixe de Intervenções” de Prevenção de Infeção Urinária Associada


a Cateter Vesical

• Norma nº 013/2014 de 25/08/2014 atualizada a 07/08/2015: Uso e Gestão de Luvas nas Unidades de
Saúde

• Norma nº 006/2014 de 08/05/2014 atualizada a 08/05/2015: Duração de Terapêutica Antibiótica

• Norma nº 002/2014 de 25/02/20142014-02-25: Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral - Projeto


de Intervenção Precoce no Cancro Oral

• Norma nº 029/2013 de 31/12/2013 atualizada a 24/04/20152013-12-31: Avaliação pré-anestésica para


procedimentos eletivos

• Norma nº 024/2013 de 23/12/20132013-12-23: Prevenção da Infeção do Local Cirúrgico

• Norma nº 021/2013 de 06/12/2013 atualizada a 15/06/20152013-12-06: Tratamento do cancro da cavidade


oral

• Norma nº 020/2013 de 06/12/2013 atualizada a 27/04/2015: Tratamento do Cancro da Orofaringe no


Adulto

• Norma nº 015/2013 de 03/10/2013 atualizada a 04/11/20152013-10-03: Consentimento informado,


esclarecido e livre dado por escrito.

• Norma nº 013/2013 de 01/08/2013: Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral - Crianças e Jovens
da rede pública e IPSS da coorte dos 15 anos completos

• Norma nº 010/2013 de 31/05/2013: Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil

• Norma nº 009/2013 de 17/05/2013: Saúde Oral em Idade Escolar - Nova estratégia de intervenção do
Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral

Norma nº 008/2013 de 15/05/2013: Sistema Nacional de Notificação de Incidentes e Eventos Adversos

• Norma nº 003/2013 de 15/02/2013: Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral - Auditorias internas
e seguimento de queixas
RRH ESPECIALIDADE

• Norma nº 014/2012 de 16/12/2012 atualizada a 18/12/20142012-12-16: Anafilaxia: Abordagem Clínica

• Norma nº 006/2012 de 16/12/20122012-12-16: Profilaxia da Endocardite Bacteriana na Idade Pediátrica

• Norma nº 002/2012 de 04/07/2012 atualizada a 11/08/20152012-07-04: Registo de Alergias e Reações


Adversas.

• Norma nº 064/2011 de 30/12/2011 atualizada a 25/11/20142011-12-30: Prescrição de Antibióticos em


Patologia Dentária

• Norma nº 062/2011 de 29/12/2011 atualizada a 01/08/2014: Prescrição de Analgésicos em Patologia


Dentária

• Norma nº 049/2011 de 27/12/2011: Prescrição Imagiológica da Cabeça: Tomografia Computadorizada


Maxilofacial

• Norma nº 013/2011 de 27/06/2011 atualizada a 13/02/2013:Anti-inflamatórios não esteroides sistémicos


em adultos: orientações para a utilização de inibidores da COX-2

• Norma nº 002/2010 de 27/10/2010: Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral

36
RRH ESPECIALIDADE

5 – NECESSIDADES PREVISÍVEIS DE CUIDADOS E DE RECURSOS

5.1. INDICADORES

5.1.1 - Números por mil habitantes


É possível resumir aspetos da insuficiência de registos, através da exiguidade dos números do Quadro XIII,
a interpretar com cautela, pelas considerações segmentares apontadas ao longo do texto.
Quadro XIII - Indicadores por 1000 habitantes
ARS Consultas 2015 População Consultas por 1000 habitantes
ARS do Norte 98.101 3.682.370 26,64
ARS do Centro 61.631 1.846.954 33,37
ARS de Lisboa e Vale do Tejo 55.890 3.557.442 15,71
ARS do Alentejo 6.981 509.849 13,69
ARS do Algarve 2.423 451.006 5,37
Total Geral 225.026 10.047.621 22,40

ARS Internamentos 2015 População Internamentos por 1000 habitantes


ARS do Norte 372 3.682.370 0,10
ARS do Centro 74 1.846.954 0,04
ARS de Lisboa e Vale do Tejo 29 3.557.442 0,01
ARS do Alentejo - 509.849 -
ARS do Algarve - 451.006 -
Total Geral 475 10.047.621 0,05

ARS Demora Média (dias)


ARS do Norte 2
ARS do Centro 3
ARS de Lisboa e Vale do Tejo 2
ARS do Alentejo -
ARS do Algarve -
Total Geral 2

ARS Nº Cirurgias 2015 População Cirurgias por 1000 habitantes


ARS do Norte 2.881 3.682.370 0,78
ARS do Centro 653 1.846.954 0,35
ARS de Lisboa e Vale do Tejo 4.307 3.557.442 1,21
ARS do Alentejo 28 509.849 0,05
ARS do Algarve 34 451.006 0,08
Total Geral 7.903 10.047.621 0,79

Nº Médicos 2015 População Médicos por 1000 habitantes


ARS do Norte 40 3.682.370 0,01
ARS do Centro 23 1.846.954 0,01
ARS de Lisboa e Vale do Tejo 35 3.557.442 0,01
ARS do Alentejo 2 509.849 0,00
ARS do Algarve 3 451.006 0,01
Total Geral 103 10.047.621 0,01
RRH ESPECIALIDADE

5.1.2 - Diagnósticos principais e procedimentos específicos


Foi já comentada a impossibilidade de conotação direta entre os códigos GDH mais frequentes em
Estomatologia e a especialidade, dada a latitude terminológica dos mesmos que constitui "chapéu" de
várias especialidades. Resumem-se, no Quadro XIV - ICD 9, códigos diagnósticos e de procedimentos,
recorrendo à codificação ICD-9 (International Classification of Diseases, Ninth Revision) e também às
Tabelas de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica preceituadas na Portaria n.º 234/2015,
de 7 de Agosto.
Não se incluem códigos de consultoria.
Quadro XIV - ICD-9

Procedimentos
Patologia ICD9 - Diagnósticos
ICD9 MCDT

37010-37055,
37301-37380,
37640, 37540,
37597, 37595,
23.0-23.6, 24.5
37600, 37505,
521.0
37510, 37612,
37613, 37553,
Cárie Dentária
37550, 37515,

522 37905-37915

37150-37152,
23.7 37520, 37524,
37522, 37545,
37515
Outras Alterações Dentárias 520.0-520.9, 521.1,521.5, 521.6, 521.7
37100-37130,
37105, 37110,
24.1, 24.2, 24.3,
Doença Periodontal 523.00-523.9 37115, 37120,
24.9 - 24.9, 9654
37120, 37122,
37125
37127, 37130,
24.32, 27.52,
37210, 37370,
Traumatismos Alvéolo-Dentários 873.4-873.9 25.51, 93.53,
37380, 37605,
93.55, 97.33
37645

38
RRH ESPECIALIDADE

Complicações da Patologia Dentária


e Infeção Odontogénica 320.9, 320.81, 320.82, 323.9, 324.0, 325, 519.2, 522.5, 526.4, 27, 76.69, 76.01,
37597, 37595
526.5, 526.89, 528.3, 682.0, 682.1, 682.2, 683, 728.86, 730 86.04

37301 - 37304,
23.3, 23.41,
37351 - 37353,
Edentulismo Parcial / Total e 23.42, 23.43,
525.0, 525.1, 525.2, 525.4, 525.5 37360, 37370,
Reabilitação 23.49, 23.6,
37380, 37553,
89.31, 99.97
37550
140 – 146, 210, 528, 528.1, 528.2, 528.5, 528.6, 528.71,
24.11, 24.3,
Patologia da Mucosa Oral/Medicina 528.72, 528.79, 528.8, 528.9, 529.0-
25.01, 25.02, 39080, 39090
Oral/ Cancro Oral 529.9,684,694.0,694.2,694.3,694.4,694.5,694.6,695.1,695.4,
25.09
696, 697, 702.0, 709.1,

Quistos e Tumores Odontogénicos e 200.2, 200.8, 201, 203, 204-208, 210.4, 522.8, 523.8, 526.0-
24.4
Não Odontogénicos 526.3, 526.8, 526.8, 523.82, 528.4, 528.5, 528.7

24.12, 24.19,
Patologia Maxilar 252.00, 526.89, 731.0, 756.4, 756.50-765.54 76.31, 76.39,
98.22
24.6, 24.7, 24.8, 37205, 37210,
Anomalias Dento-Alveolares, Oro- 524.0, 524.1, 524.2, 524.3, 524.4, 524.5, 524.7, 524.8, 524.9,
25.03, 25.91, , 37215, 37220,
Dento-Faciais e Síndromas 744.82, 744.83, 744.84, 749.0-749.2, 750.0-750.16, 754.0,
27.91, 76.61- 37225, 37229,
Malformativos 757.31, 758.0, 759.5
76.69 37230, 37235
24.7, 76.95,
Disfunção Temporo-Mandibular e 350.1, 350.2, 350.8, 351.0, 352.1, 352.2, 353.5, 524.60,
76.96, 81.91, 37245
Dor Facial 524.61, 524.62, 524.63, 524.64, 524.69, 784.0
79.79, 80.2, 81.98
26.0, 26.11,
26.12, 26.19,
26.21, 26.29,
Patologia Salivar 210.2, 527.0-521.9, 750.2 26.30, 26.31,
26.32, 26.42,
26.49, 26.91,
26.99
Patologia do Sono 327.23, 327.20, 327,53

5.1.3 - Equipamentos essenciais e acesso a outros meios complementares

Resumem-se, no Quadro XV, os meios essenciais de dotação dos serviços que responderam ao inquérito
elaborado, alguns dos quais com respostas incompletas. Verifica-se que não existe nenhum serviço que
RRH ESPECIALIDADE

tenha conseguido implementar meios para recurso a sialoendoscopia, a artroscopia ou ao LASER e


nenhum dispõe de aparelho de radiologia por feixe cónico. Apenas 6 serviços reconhecem a existência de
métodos informáticos com aplicabilidade em ortodontia e cirurgia ortognática, dos quais só 3 possuem mesa
para cirurgia de modelos.

Quadro XV - Equipamentos
ÁREAS Quantidade Idade < 10 Idade > 10 Funcional Não Funcional
Base 179 41% 59% 98% 2%
Equipamento estomatológico 83 36% 64% 98% 2%
Banco de trabalho 96 46% 54% 98% 2%
Odontologia 573 68% 32% 97% 3%
Destartarizador 90 57% 43% 94% 6%
Turbina 193 72% 28% 91% 9%
Contra-ângulo / micromotor 151 74% 26% 100% 0%
Peça-de-mão 65 78% 22% 97% 3%
Fotopolimerizador 69 78% 22% 94% 6%
Equipamento para endodontia mecanizada 3 67% 33% 100% 0%
Localizador apical 2 50% 50% 100% 0%
Cirurgia 46 73% 27% 96% 4%
Equipamento estomatológico modular portátil
(Bloco Operatório) 15 67% 33% 100% 0%
Electrocautério / bisturi eléctrico 16 31% 69% 88% 13%
Motor para peça-de-mão/serras 13 69% 31% 92% 8%
Equipamento de piezocirurgia 1 100% 0% 100% 0%
Microscópio cirúrgico 1 100% 0% 100% 0%
Imagiologia 196 60% 40% 83% 17%
Máquina fotográfica 10 70% 30% 80% 20%
Equipamento de estomatovisiografia (STV) 3 33% 67% 33% 67%
Aparelho de radiografia intra-oral 49 41% 59% 100% 0%
Aparelho de revelação de radiografia intra-oral 7 43% 57% 71% 29%
Equipamento de radiovisiografia (RVG) 27 96% 4% 96% 4%
Ortopantomógrafo 12 50% 50% 100% 0%
Aparelho de radiologia por feixe cónico 0
Proteção de irradiação (avental, cervical,
dosímetro) 88 89% 11% 100% 0%
Prótese 76 41% 59% 94% 6%
Compressor 8 25% 75% 100% 0%
Cortadora de gesso 9 22% 78% 100% 0%
Micromotor eléctrico 8 38% 63% 100% 0%
Vibrador de gesso 11 36% 64% 91% 9%
Aparelho de vácuo 5 60% 40% 80% 20%
Polidor de modelos/próteses 5 40% 60% 80% 20%
Articulador 27 74% 26% 100% 0%
Mesa para cirurgia de modelos 3 33% 67% 100% 0%
Informática 175 91% 9% 98% 2%
Computador 104 98% 2% 99% 1%
Impressora 55 100% 0% 100% 0%
Digitalizador (scanner) 9 89% 11% 89% 11%
Software de ortodontia e cirurgia ortognática 6 67% 33% 100% 0%
Outro software técnico 1 100% 0% 100% 0%
Outro 13 91% 9% 100% 0%
Equipamento de reanimação 11 82% 18% 100% 0%
Equipamento de sedação inalatória 2 100% 0% 100% 0%
Equipamento de sialoendoscopia 0
Equipamento de artroscopia 0
Equipamento de LASER 0
Acesso Nº Respostas S N
Acesso no hospital a Cintigrafia 11 73% 27%
Acesso no hospital a Ecografia 11 100% 0%
Acesso no hospital a RMN/IRM 11 73% 27%
Acesso no hospital a TAC 11 100% 0%

40
RRH ESPECIALIDADE

Saliente-se que 64% dos equipamentos estomatológicos basilares têm mais de 10 anos, a maioria dos
quais mais de 15, aproximando-se da época de inevitável substituição (20 anos), dada a relação entre
longevidade e onerosidade de assistência técnica.

5.2. ESTIMATIVA DAS NECESSIDADES DE CUIDADOS E DE RECURSOS

As necessidades futuras não parecem escrutináveis, encontrando-se até, também, na dependência de


dados que só acontecerão no futuro.

Adivinha-se, contudo, o aumento das necessidades cirúrgicas e médicas que derivam de maior despiste
de patologia oral e de patologia maxilar.

Assim, continua a considera-se desejável o mínimo de 1 estomatologista por cada 30.000 habitantes,
devendo a prestação dos respetivos serviços públicos organizar-se, idealmente, em estruturas não
inferiores a 5, 10 ou 16 estomatologistas (Colégio da especialidade de Estomatologia da OM,
Dezembro/2011).

Na terminologia então vigente, clarificou-se a necessidade de:

• um quadro mínimo de 5 especialistas em hospitais de tipologia B2, servindo uma população de 150.000
habitantes e integrando a Rede de Referenciação de Emergência / Urgência com pelo menos 3
equipamentos estomatológicos e disponibilidade semanal de bloco operatório para Cirurgia do Ambulatório
e Convencional;

• um quadro mínimo de 10 especialistas em hospitais de tipologia B1, servindo uma população de 300.000
habitantes e integrando a Rede de Referenciação de Emergência / Urgência, com pelo menos 6
equipamentos estomatológicos e disponibilidade semanal de bloco operatório para Cirurgia do Ambulatório
e Convencional; participação em Consultas de Grupo, com desenvolvimento em áreas específicas, como
por exemplo dismorfias/desarmonias oro-maxilares e cirurgia ortognática, doença reumatológica, doença
neoplásica, Medicina Oral, patologia da ATM;

• um quadro mínimo de 16 especialistas em hospitais de tipologia A1, servindo uma população igual ou
superior a 500.000 habitantes e integrando a Rede de Referenciação de Emergência / Urgência, bem como
Consulta Externa e Consulta Interna de apoio e consultoria a diferentes especialidades, Consultas de
Grupo, atividade formadora pré e/ou pós-graduada, com pelo menos 10 equipamentos estomatológicos
(um dos quais exclusivo para a Urgência, com 24 horas de vigência) e disponibilidade semanal de bloco
operatório para Cirurgia do Ambulatório e Convencional.
RRH ESPECIALIDADE

Já não sendo esta a estrutura vigente, reconheceu-se a organização em 3 modelos: Consulta Externa,
Unidade e Serviço (Colégio da especialidade de Estomatologia da OM, Janeiro/2014):

• a Consulta Externa pode contar com apenas 1 especialista, assistido por técnico com treino específico,
mas deve articular-se com Unidade ou Serviço para onde referencia toda a patologia cirúrgica, a patologia
médica complexa e/ou outra que lhe não seja acessível; colabora com a Unidade ou Serviço nos quadros
da Urgência;

• a Unidade conta com o mínimo de 3 especialistas, assistidos por técnicos com treino específico e pelo
menos 1 enfermeiro; articula-se com Serviço ou Serviços para onde referencia a patologia cirúrgica que
não possa resolver e a patologia médica que lhe não seja acessível; colabora com os Serviços, nos quadros
da Urgência;

• o Serviço conta com o mínimo de 5 especialistas, assistidos por técnicos com treino específico e pelo
menos 2 enfermeiros e articula-se formalmente com serviços de outras especialidades, por exemplo através
de Consultas de Grupo e colaboração cirúrgica; participa no processo organizativo das Áreas ou
Departamentos; tem atividade formadora (ensino pós-graduado), atividade investigacional e centraliza a
Urgência.

Na perspetiva e proporção de 1/30.000 até 16 elementos, considerando exclusivamente as áreas de


influência direta e o corpo de especialistas dos Centros Hospitalares e ULS, verifica-se uma diferença de
217 especialistas, conforme se expressa no Quadro XVI.

42
RRH ESPECIALIDADE

Quadro XVI - Áreas de Influência Direta

Hospital População Nº Desejável Nº Real Diferença


ALENTEJO 509.849 16 2 -14
HOSPITAL DO ESPÍRITO SANTO, E.P.E. - ÉVORA 166.726 5 2 3
UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DO BAIXO ALENTEJO, E.P.E. 126.692 4 0
UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DO LITORAL ALENTEJANO, E.P.E. 97.925 3 0
UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DO NORTE ALENTEJANO, E.P.E. 118.506 3 0
ALGARVE 451.006 15 3 -12
CENTRO HOSPITALAR DO ALGARVE, E.P.E. 451.006 15 3 -12
CENTRO 1.846.954 59 23 -36
CENTRO HOSPITALAR COVA DA BEIRA, E.P.E. 87.869 2 2 0
CENTRO HOSPITALAR DO BAIXO VOUGA, E.P.E. 314.996 10 2 -8
CENTRO HOSPITALAR E UNIVERSITÁRIO DE COIMBRA, E.P.E. 337.192 11 15 4
CENTRO HOSPITALAR TONDELA-VISEU, E.P.E. 267.633 8 0
HOSPITAL ARCEBISPO JOÃO CRISÓSTOMO - CANTANHEDE 49.060 1 0
HOSPITAL DISTRITAL DA FIGUEIRA DA FOZ, E.P.E. 107.541 3 0
HOSPITAL DR. FRANCISCO ZAGALO - OVAR 55.398 1 0
UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DA GUARDA, E.P.E. 155.466 5 0
UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DE CASTELO BRANCO, E.P.E. 108.395 3 2 -1
CENTRO HOSPITALAR DE LEIRIA E.P.E. 363.404 12 2 -10
LISBOA E VALE DO TEJO 3.557.442 113 35 -78
CENTRO HOSPITALAR BARREIRO-MONTIJO, E.P.E. 213.584 7 0
CENTRO HOSPITALAR DO OESTE 290.782 9 0
CENTRO HOSPITALAR LISBOA NORTE, E.P.E. 226.229 7 14 7
HOSPITAL BEATRIZ ÂNGELO - LOURES, P.P.P. 288.883 9 0
HOSPITAL DE CASCAIS DR. JOSÉ DE ALMEIDA, P.P.P. 206.479 6 0
HOSPITAL DE VILA FRANCA DE XIRA, P.P.P. 244.377 8 0
HOSPITAL DISTRITAL DE SANTARÉM, E.P.E. 196.620 6 0
CENTRO HOSPITALAR DE LISBOA OCIDENTAL, E.P.E. 240.328 8 5 -3
HOSPITAL PROFESSOR DOUTOR FERNANDO FONSECA, E.P.E. 552.971 17 0
CENTRO HOSPITALAR MÉDIO TEJO, E.P.E. 182.067 6 0
CENTRO HOSPITALAR DE LISBOA CENTRAL, E.P.E. 349.307 11 12 1
HOSPITAL GARCIA DE ORTA, E.P.E. 332.299 11 0
CENTRO HOSPITALAR DE SETÚBAL, E.P.E. 233.516 7 4 -3
NORTE 3.682.370 117 40 -77
CENTRO HOSPITALAR DE SÃO JOÃO, E.P.E. 330.386 11 14 3
CENTRO HOSPITALAR DO MÉDIO AVE, E.P.E. 244.361 8 0
CENTRO HOSPITALAR ENTRE DOURO E VOUGA, E.P.E. 274.856 9 0
CENTRO HOSPITALAR PÓVOA DO VARZIM - VILA DO CONDE, E.P.E. 142.941 4 0
CENTRO HOSPITALAR TÂMEGA E SOUSA, E.P.E. 519.769 16 0
CENTRO HOSPITALAR TRÁS OS MONTES E ALTO DOURO, E.P.E. 273.263 9 0
CENTRO HOSPITALAR VILA NOVA DE GAIA - ESPINHO, E.P.E. 335.589 11 3 -8
HOSPITAL DA SENHORA DA OLIVEIRA, GUIMARÃES, E. P. E. 256.660 8 1 -7
HOSPITAL DE BRAGA, P.P.P. 290.443 9 4 -5
HOSPITAL DE SANTA MARIA MAIOR, E.P.E. - BARCELOS 154.645 5 0
UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DE MATOSINHOS, E.P.E. 175.478 5 1 -4
UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DO ALTO MINHO, E.P.E. 244.836 8 3 -5
UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DO NORDESTE, E.P.E. 136.252 4 2 -2
CENTRO HOSPITALAR DO PORTO, E.P.E. 302.891 10 12 2
Total Geral 10.047.621 320 103 -217

Estes dados encontram-se resumidos no Quadro XVII e correspondem à diferença para o regime ideal, em
que a Estomatologia pode assumir não só a sua clara dotação multitasking, como elevada capacidade
resolutiva e interlocução integradora e nivelada com o conhecimento médico

Nos números apresentados, o CHP já contém os 3 médicos do Ex-Hospital Maria Pia. Não estão
contabilizados os quadros médicos dos IPO por se tratar de hospitais especializados, não fazendo parte da
RRH aqui em estudo.
RRH ESPECIALIDADE

Quadro XVII – N.º Desejável de Médicos

Hospital População Nº Desejável Nº Real Diferença


ALENTEJO 509.849 16 2 -14
ALGARVE 451.006 15 3 -12
CENTRO 1.846.954 59 23 -36
LISBOA E VALE DO TEJO 3.557.442 113 35 -78
NORTE 3.682.370 117 40 -77
Total Geral 10.047.621 320 103 -217

Saliente-se que, considerado o número exíguo de polos de Estomatologia, a maioria dos serviços se debate
com áreas de referenciação direta e indireta com populações cujas necessidades são impassíveis de
satisfação. Os mapas de arquitetura da RRH revelam com clareza o somatório das populações.

A visão da arquitetura da RRH da Estomatologia resume a proposta de uma primeira fase de novos polos,
a atingir em 5 anos, 1 por ARS, exceto 2 na ARS Norte, com que se pretende melhoria assistencial e de
acesso, bem como maior elencagem com os cuidados primários.

Na proposta dos mesmos, seguiram-se critérios de razoabilidade e exequibilidade no prazo,


nomeadamente no que respeita à formação de quadros médicos, já que são precisos 11 anos para formar
um estomatologista (6 anos de licenciatura em Medicina, 1 ano dito comum e 4 anos de formação
específica).

É, portanto, indispensável cativar todos os novos especialistas.

44
RRH ESPECIALIDADE

6– CARACTERIZAÇÃO E DEFINIÇÃO DOS DIFERENTES NÍVEIS

6.1. DEFINIÇÃO DOS TIPOS DE PATOLOGIAS, PROCEDIMENTOS, EQUIPAMENTOS E TECNOLOGIAS

ESPERADOS, POR NÍVEL

A atividade multifatorial da Estomatologia e alguma segmentação que decorre não se coadunam com rating
nem ranking, apenas se pretendendo uma visão funcional, geral, sobre os serviços públicos.

Sob o ponto de vista organizacional, como em 5.2 se aclara, só a partir do número mínimo de 3 médicos
se pode conceber uma unidade funcional e considerar um cariz aprendente, no sentido de garantir que os
polos garantem o seu próprio desenvolvimento.

Continuam a não ser tomados em consideração os serviços dos IPO, pelo seu carácter especializado.
Tendo, nos últimos meses, havido algumas alterações na contratualização dos serviços, pode haver algum
desacerto, devendo persistir o conceito e não o que se discrimina nos quadros que se seguem.

Assim, parte-se de uma lógica quantitativa e consideram-se de Nível 1 ou Básico os polos com menos de
3 médicos, correspondendo ao conceito de Consulta Externa, salvo exceção.

A caracterização quantitativa não contempla o valor intangível do conhecimento que constitui a dotação
profissional mais relevante e que não é plasmável por esta via que tem objetivos distintos.

Quadro XVIII - Nível 1 ou Básico

Médicos
Administração Regional de Saúde / Instuição
Total

ARS do Norte
Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães, E. P. E. / Hospital de São José - Fafe 1
Unidade Local de Saúde do Nordeste, E.P.E. 2
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E. 1
ARS do Centro
Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. 2
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E. 2
Centro Hospitalar de Leiria E.P.E. 2
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, E.P.E. 2
ARS do Alentejo
Hospital do Espírito Santo, E.P.E. - Évora 2
ARS do Algarve
Centro Hospitalar do Algarve, E.P.E. 3 (*)
RRH ESPECIALIDADE

Assinala-se a exceção do Centro Hospitalar do Algarve (*), formalmente com 3 médicos, mas efetivamente
com 2, por baixa prolongada de um elemento.

No Nível 1, conforme se verifica (ver Anexo 1 - MCDT da Consulta Externa), é previsível o desempenho
dos procedimentos contemplados no Anexo III da Portaria n.º 234/2015, de 7 de Agosto, excetuados os
relativos à "Ortodontia" e os que, em "Cirurgia Oral", possam dizer respeito a doentes de risco acrescido
(ex: diátese hemorrágica severa, hepatopatia crónica, insuficiência renal crónica, etc). Os cuidados de
Prostodontia estão, em geral, na dependência da orientação promovida pelas administrações, pelo ónus
financeiro, não merecendo nenhuma reserva clínica e cabendo-lhes satisfação também no Nível 1.

Os estabelecimentos de Nível 1 devem estar efetivamente elencados com unidades dos Níveis 2 e 3, no
sentido da referenciação - de forma próxima e circunstanciada - das situações mais graves de medicina
oral, da patologia maxilar, dos quistos e tumores odontogénicos, da infeção oro-facial severa, das
anomalias dento-alveolares/desarmonias dento-maxilares, das malformações e síndromas
polimalformativos, bem como da patologia salivar com componente sistémico relevante (ver 2 - Âmbito da
especialidade hospitalar).

Os polos com 3 ou 4 médicos podem aproximar-se, no seu perfil, quer do Nível 1, quer do Nível 3 e
constituem o Nível 2 ou Intermédio.

No Nível 2, é esperável a resolução da patologia do Nível 1 e, paralelamente, atividade no Bloco Operatório


superior a 300 casos /ano, por patologia quer médica, quer cirúrgica, quer dentária, permitindo esta última
resolução das complicações da cárie dentária nos incolaborantes e nos doentes com necessidades
especiais. Trata-se de serviços dotados de reconhecimento de idoneidade formativa, quer parcial, quer
segmentar (exceto o da ULSAM e o do CHLO) e procurando algum espaço de desenvolvimento de
competências específicas, como acontece com a cirurgia ortognática e com a patologia da ATM no Hospital
de Setúbal.

Podem ser o espaço resolutivo de patologia maxilar, quística e tumoral e devem estar elencados com
unidades do Nível 3, no sentido da referenciação - de forma próxima e circunstanciada - das situações fora
da sua alçada. Devem articular-se com a Urgência metropolitana correspondente.

Os serviços de Vila Nova de Gaia, de Braga (este, sendo uma PPP, por cláusulas contratuais) e o de Viana
do Castelo não prestam cuidados às desarmonias maxilares e malformações oro-faciais, tornando
necessária a sua referenciação para o fim de linha. Em nenhum dos serviços se reconhece atividade em
Prostodontia, provavelmente pelas razões já apontadas no Nível 1, não parecendo adequado referenciar-
lhes quem careça dessa reabilitação.

46
RRH ESPECIALIDADE

Quadro XIX- Nível 2 ou Intermédio

Médicos
Administração Regional de Saúde / Instuição
Total

ARS do Norte
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia - Espinho, E.P.E. 3
Hospital de Braga, P.P.P.* 4
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, E.P.E. 3
ARS de Lisboa e Vale do Tejo
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E. 5 (**)
Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E. 4

Os serviços de Nível 3 devem proporcionar todos os cuidados do Nível 1 e do Nível 2, genericamente


contemplando a patologia de códigos listados no Quadro XIV - ICD-9, bem como os respetivos
procedimentos. A sua atividade operatória deve ser superior a 500 casos/ano (apenas 1 não ultrapassa
1000 casos/ano) e devem estar elencados com os serviços de Cirurgia Plástica, ORL, CMF, Radiologia,
Medicina Interna, Pediatria, Reumatologia e Dermatologia. Colaboram em Consultas de Grupo (Ex:
Consulta de Fendas Palatinas, Consulta de Neoplasia da Cabeça e Pescoço) e têm idoneidade formativa
parcial.

Quadro XX- Nível 3 ou Elevado

Médicos
Administração Regional de Saúde / Instuição
Total

ARS do Norte
Centro Hospitalar de São João, E.P.E. 14
Centro Hospitalar do Porto, E.P.E. 9+3
ARS do Centro
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. 15
ARS de Lisboa e Vale do Tejo
Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. 12
Centro Hospitalar Lisboa Norte, E.P.E. 14

Constitui exceção o serviço do CHLO, com atividade cirúrgica e operatória inferior 300 casos/ano e sem
LIC; não desenvolve cuidados na área das desarmonias dento-maxilares e malformações oro-faciais, nem
participa em Consultas de Grupo e não tem idoneidade formativa.
RRH ESPECIALIDADE

6.2. LOCALIZAÇÃO ESPERADA DOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA DA ESPECIALIDADE

Em 4.3.3, fez-se o reconhecimento da prestação de cuidados na Urgência e, em 5.2, recordou-se que a


Estomatologia possui uma clara dotação multitasking, com elevada capacidade resolutiva e interlocução
integradora e nivelada com as restantes áreas de conhecimento médico.

Afirmou-se já, em 2., que a traumatologia alvéolo-dentária é muitas vezes abordada a destempo, de forma
frequentemente mutilante e até com diferentes cuidados prestados em hospitais diferentes.

Justifica-se, portanto, reafirmar que a insuficiente presença da Estomatologia na Urgência tem sido
especialmente deletéria na traumatologia, sobretudo no grupo pediátrico que acresce às abordagens
mutilantes as perturbações do crescimento oro-facial.

Importa reiterar que, no meio hospitalar, mais ninguém presta cuidados dentários conservadores
entrosados com cuidados cirúrgicos, associados ou não em equipas mistas. E que, em 92% dos
traumatismos oro-faciais, as lesões atingem, em 30% dos casos, a dentição decídua e, em 20% dos casos,
a dentição definitiva, acometendo, associadamente, outras estruturas.

Especialmente a traumatologia alvéolo-dentária carece de correção em tempo útil, só passível de cuidados


em regime de Urgência. Basta lembrar que a simples avulsão dentária só encontra sucesso biológico
provável no reimplante e ferulização a 1 hora ou menos.

Assim, parece fundamental que haja pelo menos um Serviço de Urgência estomatológica 24 horas por dia,
no Porto, Coimbra e Lisboa, com presença de dois especialistas por equipa, dada a eventual necessidade
de intervenção em bloco operatório.

É, no entanto, razoável a existência de especialistas de chamada entre as 24h e as 8h da manhã, dada a


menor afluência durante o período noturno.

No presente momento, a solução encontrada em Coimbra parece ser a dotação mínima (ver 4.3.3), ainda
que o regime de presença devesse estender-se das 8 às 24 horas e não das 8 às 20 horas. Conhece-se,
sobretudo em pediatria, a turbulência das últimas horas do dia, com o regresso da escola ou liceu e o
reconhecimento, por parte dos pais, de doença em decurso

Assim, seria de desenvolver, com óbvia sinergia, uma única Urgência metropolitana em Lisboa e no Porto.

Nesse sentido, foi apresentado pelo Serviço de Estomatologia do Centro Hospitalar de São João, ao Centro
Hospitalar e à competente ARS, um projeto de centralização da Urgência Metropolitana estomatológica do

48
RRH ESPECIALIDADE

Porto no CHSJ. Essa Urgência Metropolitana juntaria os estomatologistas do CHSJ, CHP e CHVNG, o que
permitiria criar, com menores custos, um Serviço que abrangeria todos os dias do ano, pelo menos das 8
às 20h ou mesmo das 8 às 24h. Permitiria, ainda - o que é relevante - prestar cuidados à população
pediátrica, o que até hoje não é possível e obriga a deslocar alguns traumatizados para o CHUC, situado a
mais de 100 Km de distância, com todos os inconvenientes daí resultantes.

Reconhecendo-se a necessidade de chegada a serviço de atendimento competente em menos de uma


hora, seria fundamental vir a prever serviços de Estomatologia com capacidade de atendimento urgente
em Faro, Évora, Viseu e Vila Real. Este facto implicaria o robusto redimensionamento dos Serviços de Faro
e Évora, bem como a criação de Serviços de Estomatologia em Viseu e Vila Real.

Só com este mapa se poderá atingir uma cobertura suficiente do país.

6.2.1 - Localização das Urgências Metropolitanas de Estomatologia

a) a sediar no Norte: Serviço de Estomatologia do Centro Hospitalar de São João (Hospital de São João);

b) já existente no Centro: Serviço de Estomatologia do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra,


cobrindo os 3 polos hospitalares;

c) a sediar no Sul: Serviço de Estomatologia do Centro Hospitalar Lisboa Central ou Lisboa Norte ou ambos,
alternadamente ou sinergicamente, a definir com a ajuda da ARSLVT.

6.2.2 - Horário de Funcionamento

Opção A - Das 8 às 20 horas, todos os dias do ano, em presença física;

Opção B - Das 8 às 24 horas, todos os dias do ano, em presença física;

Opção C - Das 8 às 24 horas, todos os dias do ano, em presença física e das 0 às 8 horas, todos os dias
do ano, em regime de chamada.

É possível estabelecer, organizada no tempo, uma transição progressiva de A a C, dado só C garantir 24


horas de acesso a cuidados e ser o objetivo final.

6.2.3 - Constituição das Equipas

• 2 médicos estomatologistas;
RRH ESPECIALIDADE

• médico(s) interno(s) de Estomatologia (conforme programa de formação);


• 1 enfermeiro diferenciado em Estomatologia, adstrito ao Serviço hospedeiro;
• 1 assistente operacional, adstrito ao Serviço hospedeiro.

Esta solução poderia ser implementada de forma célere, já que a logística está montada, não exige mais
médicos, antes os liberta, evitando duplicações e permitindo custos aceitáveis.

Subentende-se, naturalmente, a abertura contínua dos serviços hospedeiros, com a dotação de um


equipamento estomatológico cativo para a Urgência e disponibilização de todos os meios para todos os
tipos de procedimentos que se conduzem, por rotina, fora da Urgência, incluindo o armamentário
ortodôncico/ortopédico.

6.2.4 - Redimensionamento futuro da Rede de Urgência a médio e longo prazo

Em 5 anos, poderiam alargar-se estes Serviços a Évora e Faro, onde já existem Serviços de Estomatologia
a redimensionar.

Em 10 anos, poderiam alargar-se estes Serviços a Vila Real e Viseu, em Serviços de Estomatologia a criar
em Hospitais das regiões envolvidas.

50
RRH ESPECIALIDADE

6.3 CARACTERIZAÇÃO ESPERADA DAS EQUIPAS

Os serviços de Nível 1 e de Nível 2 carecem de ampliação.

Todos os serviços de nível 1 e 2 devem caminhar para uma relação efetiva com o Nível anterior
(nomeadamente com os Centros de Saúde e USF) e com o Nível seguinte e hospitais especializados.

No Nível 1, os serviços com apenas 1 elemento são entendidos como mera Consulta Externa (ver página
40), parecendo desperspectivados das necessidades do âmbito hospitalar, dada a sua conhecida
desagregação relativamente aos serviços dos níveis seguintes.

Ainda que apenas num dos 2 casos tenha sido possível aferir os respetivos MCDT, pareceria lícito ponderar
o alargamento imediato dos quadros e, portanto, a capacidade instalada, com inegável vantagem para o
SNS.
RRH ESPECIALIDADE

6.4. ARQUITETURA DAS RRH

A RRH encontra-se resumida nos diagramas das páginas seguintes, elaborados a partir do esquema
validado pelas ARS, em Setembro de 2016.

Houve a preocupação de registo continuado das populações de influência direta e indireta dos diferentes
hospitais, na exposição clara da magnitude dos números.

Assinalou-se a vermelho o fluxo específico da Urgência. As caixas cor-de-laranja correspondem a hospitais


sem Estomatologia.

A tracejado, figuram os polos cuja abertura se propõe no espaço de 5 anos, com a dotação inicial de 3
estomatologistas, segundo o conceito de Unidade Funcional, a saber:

ARS Norte
CH Tâmega e Sousa, para uma população de 519 769 habitantes
CH Trás-os-Montes e Alto Douro, para uma população de 273 263 habitantes

ARS Centro
CH Tondela - Viseu, para uma população de 267 633 habitantes

ARS LVT
H Prof. Dr. Fernando da Fonseca, para uma população de 535 927 habitantes

ARS Alentejo
H José Joaquim Fernandes (Beja), para uma população de 224 617 habitantes

ARS Algarve
H do Barlavento Algarvio, para uma população de 163 951 habitantes

52
RRH ESPECIALIDADE

ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DAS ENTIDADES HOSPITALARES – VALIDADA PELAS ARS EM SETEMBRO DE 2015
GRANDE
ACES/ULS CÁVADO I - ALTO AVE - AVE - ULS DE TÂMEGA I – BAIXO
GRANDE PORTO
ULS DO ALTO MINHO PORTO IV – I – S.
BRAGA GUIMARÃES FAMALICÃO MATOSINHOS TÂMEGA
PÓVOA DE TIRSO/TROFA
VIZELA
VARZIM/ VILA
TER. BASTO
CÁVADO II - DO CONDE
GRANDE PORTO
GERÊS/CABREIRA TÂMEGA II – VALE DO
III – MAIA /
SOUSA SUL
VALONGO
CÁVADO III -
BARCELOS/ESPOSEN
GRANDE PORTO
DE TÂMEGA III – VALE DO
VI – PORTO
SOUSA NORTE
ORIENTAL

Concelhos / Arcos de Valdevez Guimarães Póvoa de Amarante, Baião


Braga Vila Nova de Varzim Celorico de Basto Santo Tirso
Freguesias Caminha Mondim
Melgaço Famalicão Vila do Matosinhos Cinfães Trofa
de Basto
Monção Amares Vizela Conde Marco de Canaveses
Paredes de Coura Póvoa de Resende Maia
Ponte da Barca Lanhoso Cabeceiras
Ponte de Lima Castelo de Paiva Valongo
Terras de Bouro de Basto Paredes, Penafiel
Valença
N Viana do Castelo
Vieira do Minho Fafe
Porto
Vila Verde Felgueiras, Lousada
o Vila Nova de
Paços de Ferreira
•Bonfim
Cerveira •Campanhã
r Barcelos
175 478 •Paranhos

t Esposende
244 836 256 660 244 361 142 941 519 769
e
Ent. CH Médio CH Póvoa
H. CH Tâmega e Sousa
Hosp. c/ H. Pedro
H. Viana do Castelo Guimarães Ave Varzim/
SUMC Hispano
Vila Conde
290 443

Ent. Hospital de Braga


Hosp. c/
SUP 1 036 300
330 386

Ent.
Hosp. c/ CH de São João
SUP 2 204 874
com CT

1
RRH ESPECIALIDADE

ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DAS ENTIDADES HOSPITALARES – VALIDADA PELAS ARS EM SETEMBRO DE 2015
ENTRE DOURO E
ACES/ULS GRANDE PORTO VII – DOURO I - MARÃO E DOURO
VOUGA I – FEIRA / ULS NORDESTE GRANDE PORTO II - GONDOMAR
GAIA NORTE
AROUCA

ENTRE DOURO E DOURO II –


GRANDE PORTO VIII – VOUGA II – AVEIRO DOURO SUL GRANDE PORTO V – PORTO
ESPINHO/ GAIA NORTE OCIDENTAL

TRÁS-OS-MONTES – ALTO
TÂMEGA E BARROSO

Concelhos / Vila Nova de Gaia Arouca Alijó, Murça, , , , , , Alfândega da Fé Gondomar


•Avintes Mesão Frio, Sabrosa •Baguim do Monte
Freguesias Santa Maria da Feira Bragança
•Canidelo Peso da Régua, Vila Real •Rio Tinto
Carrazeda de Ansiães
•Oliveira do Douro •U. F. Fânzeres e São Pedro da
Oliveira de Azeméis Sta. Marta de Penaguião Freixo de Espada à
•U.F. Mafamude e Vilar do Paraíso Cova
•U.F Stª Marinha e S. Pedro da Afurada São João da Madeira Cinta •U. F. Foz do Sousa e Covelo
•Vilar Andorinho Vale Cambra Armamar, Lamego Macedo de Cavaleiros •U. F. Gondomar (São Cosme),
Moimenta da Beira Miranda do Douro Valbom e Jovim
Espinho Penedono, Sernancelhe Mirandela •U. F. Melres e Medas
N Gondomar São João da Pesqueira Mogadouro
Tabuaço, Tarouca Porto
o •Lomba Torre de Moncorvo
Vila Flor •Ramalde

r Vila Nova Gaia


Boticas, Chaves, Valpaços Vimioso •U. F. Aldoar, Foz do Douro e
Nevogilde
Montalegre Vinhais
t • Arcozelo
274 856
Ribeira de Pena
•U. F. Cedofeita, Santo Ildefonso,
• Canelas Sé, Miragaia, São Nicolau e
e • São Félix da Marinha Vila Pouca de Aguiar 136 252 Vitória
• U.F. Grijó e Sermonde •U. F. Lordelo do Ouro e
Ent.
• U.F. Gulpilhares e Valadares CH Entre Douro e Massarelos
• U.F. Pedroso e Seixezelo CH do Nordeste /
Hosp. c/ Vouga
• U.F. Sandim, Olival, Lever e Crestuma Bragança
SUMC • U.F. Serzedo e Perosinho

335 589 273 263

Ent. CH Vila Nova de Gaia/Espinho CH Trás os Montes


Hosp. c/ e Alto Douro
SUP 610 445

302 891

Ent.
Hosp. c/ CH do Porto
SUP 1 323 211
com CT

54
RRH ESPECIALIDADE

ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DAS ENTIDADES HOSPITALARES – VALIDADA PELAS ARS EM SETEMBRO DE 2015

ACES/ULS PINHAL INTERIOR


DÃO LAFÕES ULS GUARDA BAIXO MONDEGO BAIXO MONDEGO NORTE

Aguiar da Beira Almeida


Carregal do Sal Celorico da Beira Alvaiázere
Castro Daire Figueira de Castelo Ansião
Mangualde Rodrigo Arganil
Concelhos
Nelas Fornos de Algodres Castanheira de Pêra
/ Figueira da Foz
Oliveira de Frades Gouveia Cantanhede Coimbra Figueiró dos Vinhos
Freguesias Montemor-o-Velho
Penalva do Castelo Guarda Mira Condeixa-a-Nova Góis
Soure Mealhada Lousã
Santa Comba Dão Manteigas
São Pedro do Sul Meda Mortágua Miranda do Corvo
Satão Pinhel Penacova Oliveira do Hospital
Tondela Sabugal Pampilhosa da Serra
Vila Nova de Paiva Ceia Pedrogão Grande
Viseu Trancoso Penela
Vouzela Vila Nova de Foz Côa Tábua
49 060
Vila Nova de
Poiares

C Ent.
Hosp.
Hospital Arcebispo
João Crisóstomo -
e c/ SUB Cantanhede
107 541

n 267 633 155 466

t
Ent.
r Hosp.
Hospital Distrital
da Figueira da Foz
ULS Guarda
o c/
SUMC

Ent.
Hosp. CH Tondela-Viseu
c/ SUP
205 760 131 432

Ent.
Hosp. Centro Hospitalar Universitário de Coimbra
c/ SUP 916 892
com CT

3
RRH ESPECIALIDADE

ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DAS ENTIDADES HOSPITALARES – VALIDADA PELAS ARS EM SETEMBRO DE 2015

ACES/ULS
PINHAL LITORAL MÉDIO TEJO OESTE NORTE ULS CASTELO BRANCO COVA DA
BAIXO VOUGA
BEIRA

Águeda
Albergaria-a-Velha
Castelo Branco
Anadia
Concelhos Batalha Idanha-a-Nova
Aveiro
/ Leiria Oleiros Belmont
Alcobaça Estarreja
Freguesias Marinha Grande Ourém Penamacor e
Nazaré Ovar Ílhavo
Pombal Proença-a-Nova Covilhã
Murtosa
Porto de MOS Sertã Fundão
Oliveira do Bairro
Vila de Rei
Sever do Vouga
Vila Velha de Rodão
Vagos

55 398

C Ent.
Hosp.
Hospital Dr.
e
Francisco 314 996
c/ SUB 87 869
Zagalo -Ovar
n 260 328 45 940 57 136 108 395

t
Ent.
r Hosp. CH Leiria CH Cova da
ULS Castelo Branco CH Baixo Vouga
o c/
SUMC AID – 363 404 Beira

Ent.
Hosp.
c/ SUP

Ent.
Hosp. Centro Hospitalar Universitário de Coimbra
c/ SUP
930 062
com CT

4
56
RRH ESPECIALIDADE

ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DAS ENTIDADES HOSPITALARES – VALIDADA PELAS ARS EM SETEMBRO DE 2015

OESTE NORTE OESTE SUL OESTE SUL LOURES-ODIVELAS AMADORA SINTRA CASCAIS
ACES/ULS

Cadaval
Lourinhã Mafra Loures
L Alcobaça Mafra • Milharado
• U.F. Malveira e
• Bucelas Amadora
•Águas Livres
i •Alfeizerão • Carvoeira • Fanhões
São Miguel de
•Benedita
• Ericeira • Loures •Encosta do
Alcainça
s
• Encarnação • Lousa Sol
Concelhos / •São Martinho do Porto • Mafra • U.F. Venda do
• U.F. Camarate, •Falagueira-
Freguesias Bombarral Pinheiro e Santo Sintra*1 Cascais
b
• Santo Isidoro Unhos e Apelação
Estêvão das Venda Nova
Caldas da Rainha • U.F. Azueira e Sobral da
Galés
• U.F. Santo Antão e
•Mina de
o
Abelheira
Óbidos • U.F. Enxara do Bispo,
São Julião do Tojal
Água
• U.F. Santo António
Peniche Gradil e Vila Franca do Sobral de •Venteira
a
dos Cavaleiros e
Rosário Monte Frielas
• U.F. Igreja Nova e
Agraço Odivelas
Cheleiros
Torres Vedras
e

V
a Ent.
l Hosp. c/
SUB
e 119 804 170 978 35 291 253 592 158 092 377 835 206 479

d Ent. CH do Oeste H. Beatriz Ângelo – Loures H. Professor Doutor H. de


290 782 288 883 Fernando da Fonseca *1
o Hosp. c/
AID – 535 927
Cascais *1
SUMC

T
e
Ent. CH Lisboa Ocidental
j Hosp. c/ 742 406
o SUP

Ent.
Hosp. c/ CH Lisboa Norte
SUP 579 665
com CT
* O H José de Almeida - Cascais, para a Área da Materno Infantil, atende também a população das seguintes Freguesias do Concelho de Sintra (em detrimento do HFF):
Algueirão-Mem Martins; Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar; Colares; S. Maria, S. Miguel, S. Martinho, S. Pedro de Penaferrim; São João das Lampas e Terrugem
5
RRH ESPECIALIDADE

ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DAS ENTIDADES HOSPITALARES – VALIDADA PELAS ARS EM SETEMBRO DE 2015

LISBOA OCIDENTAL E AMADORA


LISBOA NORTE LOURES-ODIVELAS LISBOA CENTRAL
ACES/ULS OEIRAS

L
Lisboa Lisboa
i •Alvalade
Loures
•U. F. Moscavide e
Lisboa
•Areeiro
Lisboa
•Olivais •Ajuda
s
•Avenidas Novas •Alcântara
Concelhos / Portela •Arroios •Parque das Amadora
•Benfica •Belém
•U.F. Sacavém e •Beato Nações
Freguesias
b •Campolide •Campo de Ourique •Alfragide*
Prior Velho •Estrela •Penha de França
•Carnide Oeiras
•Santa Maria
o
•U.F. Santa Iria de •Marvila
•Lumiar
Azoia, São João da •Misericórdia Maior
•Santa Clara
a Talha e Bobadela •Santo António
• Cont.
•São Domingos de Benfica
•São Vicente.

V
a Ent.
l Hosp. c/
SUB
e

d Ent.
o Hosp. c/
SUMC

240 328 17 044


T
e
Ent.
j Hosp. c/
CH Lisboa Ocidental
SUP AID – 257 372
o 226 229 91 044 135 486 122 777

Ent.
Hosp. c/ CH Lisboa Norte CH Lisboa Central
SUP AID – 226 229 AID – 349 307
com CT
* A freguesia de Alfragide , a partir de 01 de Agosto de 2016, passou a ser referenciada preferencialmente para o CHLO, mantendo-se em alternativa o HFF 6

58
RRH ESPECIALIDADE

ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DAS ENTIDADES HOSPITALARES – VALIDADA PELAS ARS EM SETEMBRO DE 2015

ALMADA - ARCO
ARRÁBIDA ESTUÁRIO DO TEJO LEZÍRIA MÉDIO TEJO
ACES/ULS SEIXAL RIBEIRINHO

L Almeirim Abrantes
Alcanena
i Alpiarça
Constância
Alenquer Cartaxo
s Concelhos / Almada
Alcochete
Barreiro
Palmela
Arruda dos Vinhos Chamusca Entroncamento
Freguesias Sesimbra Azambuja Coruche Ferreira do Zêzere
b Seixal Moita
Benavente Golegã Mação
Montijo Setúbal Sardoal
o Vila Franca de Xira Rio Maior
Tomar
Salvaterra de Magos
a Santarém Torres Novas
Vila Nova da Barquinha

V
a Ent.
l Hosp. c/
SUB
e 213 584 233 516 244 377 196 620 182 067

d Ent. CH CH de
H. de Vila Franca H. Distrital de
Barreiro- Setúbal CH Médio Tejo
o Hosp. c/
Montijo AID – 233 516
de Xira Santarém
SUMC
332 299
T
e
Ent. H. Garcia de
j Hosp. c/ Orta (Almada)
SUP
o

Ent.
Hosp. c/ CH Lisboa Norte CH Lisboa Central
SUP 332 299 836 648
com CT
7
RRH ESPECIALIDADE

ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DAS ENTIDADES HOSPITALARES – VALIDADA PELAS ARS EM SETEMBRO DE 2015
UNIDADE LOCAL
ACES/ULS UNIDADE LOCAL DE UNIDADE LOCAL DE
DE SAÚDE DO
SAÚDE DO LITORAL SAÚDE DO BAIXO ALENTEJO CENTRAL
NORTE
ALENTEJANO ALENTEJO
ALENTEJANO

Aljustrel Alter do Chão


Alandroal
Almodôvar Arronches
Arraiolos
Alcácer do Sal Alvito Avis
Borba
Concelhos Grândola Barrancos Campo Maior
Estremoz
/ Odemira Beja Castelo de
Évora
Freguesias Santiago do Castro Verde Vide
Montemor-o-Novo
Cacém Cuba Crato
Mora
Sines Ferreira do Elvas
Mourão
Alentejo Fronteira
Portel
Mértola Gavião
Redondo
Moura Marvão
Reguengos de
Ourique Monforte
A Serpa
Monsaraz
Nisa
Vendas Novas
l Vidigueira Viana do Alentejo
Ponte de Sor
Portalegre
e Vila Viçosa
97 925
Sousel
Ent. 126 692
n Hosp.
t c/ SUB 166 726 118 506

e ULS Litoral
Alentejano
ULS Baixo Alentejo
j ULS Norte
o Ent. Alentejano
Hosp.
c/
Hospital José Joaquim Fernandes (Beja)
SUMC
224 617

Ent.
Hosp. Hospital do Espírito Santo (Évora)
c/ SUP
509 849

Ent.
Hosp. CH Lisboa Central
c/ SUP 509 849
com CT

8
60
RRH ESPECIALIDADE

ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DAS ENTIDADES HOSPITALARES – VALIDADA PELAS ARS EM SETEMBRO DE 2015

ACES/ULS ALGARVE II - ALGARVE III -


ALGARVE I - CENTRAL
BARLAVENTO SOTAVENTO

Albufeira
Concelhos Aljezur
Faro
/ Lagoa Alcoutim
Loulé
Freguesias Lagos Castro Marim
Olhão
Monchique Tavira
São Brás de
Portimão Vila Real de Santo
Alportel
Silves António
Vila do Bispo

A
l
g Ent.
a Hosp.
c/ SUB
r
v
e Ent. 163 951 232 068 54 987
Hosp.
c/
SUMC

Ent. Hospital do Hospital de Faro


Hosp. Barlavento Algarvio 287 055
c/ SUP
163 951

Ent.
Hosp.
c/ SUP
com CT CH Lisboa Norte
451 006

9
RRH ESPECIALIDADE

LEGENDA

- Sem Serviço de Estomatologia

- Proposta de criação de Serviço de Estomatologia

- Fluxo das Urgências

AID – Área de Influência Directa


AII – Área de Influência Indirecta

Área Total de Influência (ARS LVT):


AID + AII do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental = 999 778
AID + AII do Centro Hospitalar de Lisboa Central = 1 185 955
AID + AII do Centro Hospitalar de Lisboa Norte = 1 138 193

10

62
RRH ESPECIALIDADE

7- MONITORIZAÇÃO DA RRH

7.1 O Quadro XXI resume indicadores úteis na caracterização da atividade desenvolvida.

Indicadores
Acesso • % 1ªas Consultas realizadas em tempo adequado
Desempenho • % Cirurgia Ambulatório (GDH) para procedimentos ambulatorizáveis
Assistencial • Reinternamentos em 30 dias
Segurança • Taxa de infecções das feridas cirúrgicas
• Taxa de registo de utilização da "Lista de verificação de segurança cirúrgica"
Volume e utilização • Capacidade utilizada do bloco operatório
• Volume de patologia odontogénica e volume de patologia não odontogénica
Globais:
• Demora média antes da cirurgia
• Demora média antes da 1ª consulta
• Demora média entre a 1ª consulta e consulta subsequente
Produção e Rácios de eficiência - Actividade Assistencial:
• Total de consultas médicas
• Total de entrevistas de enfermagem
• Primeiras consultas
• Consultas subsequentes
• Total de Atendimentos Urgência
• Intervenções Cirúrgicas Programadas
• Intervenções Cirúrgicas Programadas Ambulatório
• Intervenções Cirúrgicas Programadas Convencionais
• Intervenções Cirúrgicas Urgentes
Produção e rácios de eficiência - Cirurgia:
Produtividade • Intervenções cirúrgicas programadas
• Intervenções cirúrgicas programadas ambulatório
• Intervenções cirúrgicas programadas convencionais
• Intervenções cirúrgicas urgentes
• % incritos LIC c/ tempo espera inferior ou igual TMRG
• % Ambulatorização cirúrgica
• % GDH Ambulatorização cirúrgica p/ procedimentos ambulatorizáveis
Produção e rácios de eficiência - Consulta Externa:
• Total de consultas
• Primeiras consultas
• Consultas subsequentes
• 1ªs Consultas no total de consultas
• % 1ªs Consultas realizadas e registadas na CTH
• % 1ªs Consultas realizadas em tempo adequado
• % Consultas Externas com registo de alta no total de consultas
• % CE não realizadas por não comparência utente no total CE
• % CE não realizadas por responsabilidade da instituição
• % CE não realizadas por não comparência utente no total CE
Produção e rácios de eficiência - Urgência:
• Número total de atendimentos
• % Atendimentos urgentes com internamemto
RRH ESPECIALIDADE

7.2 Observatório

A Estomatologia junta um saber e saber fazer que a dotam de competências que satisfazem por si só, na
presente circunstância, uma parte muito significativa das necessidades reconhecíveis em cuidados
primários, secundários e terciários em patologia oro-maxilar. A sua ligação ao crescimento e
desenvolvimento facial, acrescidamente, contribui para uma visão alargada das desarmonias oro-faciais e
sua abordagem precoce. Seria, de resto, capaz de orientar por métodos audiovisuais simples, numa
espécie de consultoria à distância, por videoconferência, parte importante das situações que procuram
ajuda hospitalar.

A formação médica, cirúrgica e dentária dos estomatologistas permite-lhes uma atividade multitasking
francamente resolutiva, com vantagens óbvias no SNS, por constituírem uma cadeia de valor muito
abrangente e pouco exportadora.

A necessidade de abordagem eficiente da patologia oral, especialmente se envolvida em multipatologia e


polimedicação, implica uma interligação profunda entre o conhecimento médico e o conhecimento dentário,
sem passagem e troca arrastada entre profissionais de preparação segmentar e menor capacidade
resolutiva, induzindo fluxos complexos, onerosos e ineficazes.

Os programas e organizações em coexistência carecem de um observatório que pondere o que


efetivamente decorre, de forma independente.

A presente RRH pode constituir uma grande oportunidade de ponderação e realinhamento interprofissional
sérios. É desejável que os serviços hospitalares criem, eles mesmos, uma dinâmica de apuramento
contínuo da própria referenciação.

64
RRH ESPECIALIDADE

8– ANEXOS

Anexo 1 - MCDT da Consulta Externa


RRH ESPECIALIDADE

9 – BIBLIOGRAFIA

[1] Global Burden of Disease Study 2013 Collaborators. Global, regional, and national incidence,
prevalence, and years lived with disability for 301 acute and chronic diseases and injuries in 188
countries, 1990–2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013. The Lancet.
2015 Jun;386(9995):743-800. doi: http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(15)60692-4

[2] Marcenes W, Kassebaum NJ, Bernabé E, et al. Global Burden of Oral Conditions in 1990-2010: A
Systematic Analysis. Journal of Dental Research. 2013 Jul;92(7):592–597. doi:
10.1177/0022034513490168

[3] Shapira Y, Haklai Z, Blum I, Shpack N, Amitai Y. Prevalence of non-syndromicorofacial clefts among
Jews and Arabs, by type, site, gender and geography: a multi-center study in Israel. Isr Med Assoc J.
2014 Dez; 16(12):759-63. Disponível em:
http://www.ima.org.il/IMAJ/ViewArticle.aspx?year=2014&month=12&page=759

[4] Gundlach K, Maus C. Epidemiological studies on the frequency of clefts in Europe and world-wide. J
Craniomaxillofac Surg. 2006 Set; 34 Supl 2:1-2. doi: http://dx.doi.org/10.1016/S1010-5182(06)60001-2

[5] Azami-Aghdash S, Azar FE, Azar FP, et al. Prevalence, etiology, and types of dental trauma in children
and adolescents: systematic review and meta-analysis. Med J Islam Repub Iran. 2015 Jun; 29(4):234.
Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4715389/

[6] Glendor U, Andersson L. Public health aspects of oral diseases and disorders: dental
trauma 2007 Jan. Em: Pine C, Harris R. Community Oral Health. London: Quintessence
Publishing,. 203–11.

[7] Andreasen JO, Ravn JJ. Epidemiology of traumatic dental injuries to primary and
permanent teeth in a Danish population sample. Int J Oral Surg. 1972; 1(5):235–9. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/4146883

[8] Granville-Garcia AF, Vieira IT, Siqueira MJ, et al. Traumatic dental injuries and associated factors
among Brazilian preschool children aged 1-5 years. Acta Odontol Latinoam. 2010; 23(1):47–52.
Disponível em: http://www.actaodontologicalat.com/archivo/v23n1/fulltext/articulo9.pdf

66
RRH ESPECIALIDADE

[9] Borum MK, Andreasen JO. Therapeutic and economic implications of traumatic dental injuries in
Denmark: an estimate based on 7549 patients treated at a major trauma centre. Int J Paediatr Dent. 2001;
11(4):249–58. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11570440

[10] Skaare AB, Jacobsen I. Dental injuries in Norwegians aged 7–18 years. Dent Traumatol
2003;19(2):67–71. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12656835

[11] Cascarini L, McGurk M. Oral Maxillofac Surg Clin North Am. 2009 Aug; 21(3):353-7. doi:
10.1016/j.coms.2009.05.004

[12] Santana P, Peixoto H, Duarte N. Demografia Médica em Portugal: Análise Prospetiva. Acta Med Port.
2014 Mar-Abr; 27(2):246-251. Disponível em:
http://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/viewFile/5183/3939

[13] Santana P, Peixoto H, Duarte N, et al. Estudo de Evolução Prospectiva de Médicos no Sistema
Nacional de Saúde: Relatório Final. SRNOM. 2013 Jun. Disponível em:
https://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0ahUKEwilqdS32svQAhULC8
AKHQoJCysQFggdMAA&url=http%3A%2F%2Fwww.nortemedico.pt%2Fdownload.php%3Fpath%3Dpdf%
26filename%3DSRNOM_20130918162117_Estudo_Evolucao_Prospectiva_Medicos_Relatorio_Final.pdf
&usg=AFQjCNFc4Bz8wC6woZK_EQo94VsjZJYRDg&sig2=ku8CDUOcy6ftRR8v--MqEA

[14] Santos J. Abordagem do doente com patologia do sono. Revista Portuguesa de Medicina Geral e
Familiar. 2006 Set;22(5):599-610. Disponível em:
http://www.rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/10287

[15] Bettio A, Salgado G, Azevedo-Alanis LR, et al. Prevalência das lesões de glândulas salivares em
laudos histopatológicos do Laboratório de Patologia Experimental da PUCPR no período de 1999-2008.
Revista Sul-Brasileia de Odontologia. 2009 Fev;6(3):231-236. Disponível em:
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=153012880002

[16] Moreira A, Oliveira C, Figueirêdo E, et al. Levantamento epidemiológico das enfermidades das
glândulas salivares em São Luís - MA – casuística de vinte anos. RFO. 2009 Mai/Ago;14(2):105-110.
Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1413-4012/2009/v14n2/a105-110.pdf
RRH ESPECIALIDADE

[17] Natário A, Amaral JC. Actuais e Futuras Necessidades Previsionais de Médicos (SNS). ACSS. 2011
Set. Disponível em: https://saudeimpostos.files.wordpress.com/2011/10/actuais-e-futuras-necessidades-
previsionais-de-mc3a9dicos-sns-acss-9-2011.pdf

[18] Malheiro R, Falcão M. Estomatologia especialidade centenária 1911-2011: 100 anos. Porto:
Conselho Directivo do Colégio da Especialidade de Estomatologia 2009/2012. 2011 Maio.

[19] Malmgren B, Andreasen JO, Flores MT, et al. International Association of Dental Traumatology
guidelines for the management of traumatic dental injuries: 3. Injuries in the primary dentition. Dental
Traumatology. 2012;28(3):174-182. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22583659

[20] Glendor U, Halling A, Andersson L, Eilert-Petersson E. Incidence of traumatic tooth injuries in


children and adolescents in the county of Vastmanland, Sweden. Swed Dent J. 1996 Jan;20(1-
2):15–28.

[21] Andreasen J, et al. Dental Trauma Guidelines. International Association of Dental


Traumatology. Revisão de 2012; Disponível em: https://www.iadt-dentaltrauma.org/for-professionals.html.
(acesso em 10 nov 2016)

[22] Peden M, Oyegbite K, Ozanne-Smith J, et al. World report on child injury prevention. World Health
Organization Library Cataloguing-in-Publication Data; 2008:7;145–55.
http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/43851/1/9789241563574_eng.pdf (acesso em 10 Nov 2016).

[23] Oral Health. World Health Organization. 2012 Abr; Fact Sheet N.º318. Disponível em:
http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs318/en/ (acesso em 12 Nov 2016)

[24] Entidade Reguladora da Saúde. Acesso, concorrência e qualidade no Programa Nacional de


Promoção de Saúde Oral. 2014 Mai. Disponível em: https://www.ers.pt/pages/18?news_id=928

[25] Rajendran R, Sivapathasundharam B. Shafer’s Textbook of Oral Pathology. 7 ed. New-Delhi:


Elsevier; 2012.

[26] Brocklehurst P, Kujan O, O’Malley LA, et al. Screening programmes for the early detection and
prevention of oral cancer. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2013 nov, 11: CD004150. doi:
10.1002/14651858.CD004150.pub4;

68
RRH ESPECIALIDADE

[27] Miranda N, Nogueira PJ, Silva AJ, et al. Portugal: Doenças oncológicas em números – 2013. Direção
Geral de Saúde. 2013 out; ISSN: 2183-0746;

[28] Direção Geral de Saúde. Norma DGS 021/2013. Tratamento do cancro da cavidade oral. Revisão de
15 Jun 2015. Disponível em: http://www.dgs.pt/?cr=25137

[29] Grupo de trabalho da DGS e OMD. Intervenção Precoce do Cancro Oral – Guia para profissionais de
saúde. Disponível em: https://www.omd.pt/noticias/2014/03/livrocancrooral.pdf (acesso a 13 nov 2016).

[30] Direção Geral de Saúde. Norma DGS 002/2014. Projeto de Intervenção Precoce do Cancro Oral.
2014 fev. Disponível em: http://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-circulares-normativas/norma-n-
0022014-de-25022014.aspx (acesso a 14 nov 2016).

[31] Majchrzak E, Szybiak B, Wegner A, et al. Oral cavity and oropharyngeal squamous cell carcinoma in
young adults: a review of the literature. Radiol Oncol. 2014 Jan 22;48(1):1-10. doi: 10.2478/raon-2013-
0057

[32] Simard EP, Torre LA, Jemal A. International trends in head and neck cancer incidence rates:
Differences by country, sex and anatomic site. Oral Oncol. 2014 May;50(5):387-403.
doi:10.1016/j.oraloncology.2014.01.016.

[33] Santos LL, Medeiros L. Oncologia Oral. Lisboa: Lidel; 2011.

[34] Critérios de Idoneidade

https://www.ordemdosmedicos.pt/send_file.php?tid=ZmljaGVpcm9z&did=299a23a2291e2126b91d54f360
1ec162
RRH ESPECIALIDADE

9 – ABREVIATURAS, SIGLAS E ACRÓNIMOS

ACSS Administração Central do Sistema de Saúde, I.P.

ARS Administração Regional de Saúde

ATM Articulação Temporomandibular

CH Centro Hospitalar

CHLC Centro Hospitalar Lisboa Central, E.P.E.

CHLN Centro Hospitalar Lisboa Norte, E.P.E.

CHP Centro Hospitalar do Porto, E.P.E.

CHSJ Centro Hospitalar de São João, E.P.E.

CHUC Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E.

CHVNGE Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, E.P.E.

CMF Cirurgia Maxilo-Facial

CTH Consulta a tempo e horas

DALY Disability-Adjusted Life-Year

DGS Direção-Geral da Saúde

DTM Disfunção Temporomandibular

EPE Entidade Pública Empresarial

ETC Equivalente a tempo completo

EX Exemplo

HDE Hospital de D. Estefânia

70
RRH ESPECIALIDADE

HSJ Hospital de S. José

HSJoão Hospital de S. João

INE Instituto Nacional de Estatística

IPO Instituto Português de Oncologia

LIC Lista de Inscritos para Cirurgia

LEC Lista de Espera para Consulta

LVT Lisboa e Vale do Tejo

MGF Medicina Geral e Familiar

MCDT Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica

OM Ordem dos Médicos

ORL Otorrinolaringologia

PNPSO Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral

PPP Parceria Público Privada

PPT PowerPoint

RR Redes de Referenciação

SNS Serviço Nacional de Saúde

SRC Secção Regional do Centro (Ordem dos Médicos)

SRN Secção Regional do Norte (Ordem dos Médicos)

SRS Secção Regional do Sul (Ordem dos Médicos)

TMRG Tempo máximo de resposta garantido


RRH ESPECIALIDADE

ANEXO 1 - MCDTs da Consulta Externa

NORTE CENTRO LVT ALENT ALG


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
CÓDIGOS MCDT
Dentisteria Operatória
37010 Obturações (Comp) - 1F 704 2686 2022 686 122 107 0 0 838 600 1399 4069 352 2331 3477 173 966 724 209
37012 Obturações (Comp) - 1F+ 121 760 787 96 50 89 0 0 383 301 391 890 345 1075 833 175 332 3 0
37014 Obturações (Comp) - 1 Pino 0 11 13 0 1 4 0 0 2 3 0 24 3 17 25 4 0 0 0
37016 Obturações (Comp) - 1 Parafuso 0 7 10 0 1 2 0 0 1 1 0 14 2 1 18 1 1 0 0
37020 Obturações (Amal) - 1F 0 372 152 50 34 13 0 0 65 13 71 1358 48 391 3 87 528 0 101
37022 Obturações (Amal) - 1F+ 0 293 71 19 13 11 0 0 18 0 10 298 44 168 1 96 118 1 0
37024 Obturações (Amal) - 1 Pino 0 5 0 0 0 0 0 0 0 1 0 5 2 7 8 0 0 0 0
37026 Obturações (Amal) - 1 Parafuso 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 3 0 0 0 0
37040 Selantes De Fissura / Quad 32 101 341 20 0 0 0 0 1 0 0 1956 0 32 0 0 19 0 0
37050 Aplicações De Flúor 0 44 462 0 0 0 0 0 0 0 2 286 0 27 0 0 752 0 0
37055 Branqueamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 27 0 0 1 0 0 0 0
TOTAL 857 4279 3858 871 221 226 0 0 1308 921 1873 8927 796 4050 4369 536 2716 728 310

Periodontologia
37100 Destartarização 706 2323 1572 634 6 5 0 0 870 39 742 5624 325 2414 1217 316 1771 251 72
37105 Alisamento Radicular / Quad 0 6 1 4 0 1 0 0 0 0 5 617 0 118 117 0 226 0 1
37110 Gengivectomia 0 2 3 2 0 0 0 0 0 0 0 15 4 92 59 1 25 1 2
37115 Gengivoplastia 0 2 1 7 0 0 0 0 0 0 0 2 0 1653 64 2 0 0 0
37120 Cirurgia Periodontal / Quad 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 28 0 4 0 0 0 2 0
37122 Enxerto Gengival 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 15 0 0 0 0 0 1 0
37125 Incisão Em Cunha Distal 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
37127 Férulas Provisórias 0 2 1 1 0 0 0 0 0 0 0 11 0 41 1 0 2 0 0
37130 Férulas Estabilização 0 7 2 2 0 0 0 0 2 0 0 28 1 83 0 1 0 0 0
TOTAL 706 2345 1581 651 6 7 0 0 872 39 747 6341 330 4405 1458 320 2024 255 75

Endodontia
37150 Endodontia 1 Canal, Por Sessão 47 327 157 47 0 6 0 0 48 13 6 1282 75 254 286 30 194 48 65
37151 Endodontia 2 Canais, Por Sessão 11 83 39 12 14 4 0 0 12 0 2 294 19 33 110 6 33 8 0
37152 Endodontia 3 Canais, Por Sessão 15 157 40 9 0 4 0 0 11 0 1 389 21 28 88 13 25 11 0
TOTAL 73 567 236 68 14 14 0 0 71 13 9 1965 115 315 484 49 252 67 65

72
RRH ESPECIALIDADE

NORTE CENTRO LVT ALENT ALG

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Ortodontia e Oclusão
37205 Impressões E Modelos De Estudo 0 21 115 0 0 0 0 0 0 0 0 296 0 89 0 2 107 0 0
37210 Fotos 0 550 20 0 0 0 0 0 0 0 0 32 0 119 1 1 66 0 0
37215 Cefalometria Manual 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
37220 Cefalometria Por Computador 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0
37225 Aparelho Removível Unimaxilar 0 25 264 0 0 0 0 0 0 0 0 433 0 11 1 0 351 0 0
37229 Outros Aparelhos Fixos, Pré-Tratamento 0 32 15 0 0 0 0 0 0 0 0 53 0 25 2 0 41 0 0
37230 Aparelho Fixo Unimaxilar 0 25 1038 0 0 0 0 0 0 0 0 1660 0 48 0 2 102 0 0
37235 Aparelho Fixo Bimaxilar 0 560 6 0 0 0 0 0 0 0 0 96 0 19 0 0 111 0 0
37245 Montagem Em Articulador 0 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 1 0 0 0
TOTAL 0 1217 1460 0 0 0 0 0 0 0 0 2573 0 314 4 6 778 0 0

Prostodontia
37301 Prostodontia Removível, 1ª 0 2 2 1 0 0 0 0 8 0 0 1135 0 0 0 0 126 0 0
37302 Prostodontia Removível, 2ª 0 0 19 0 0 0 0 0 0 0 0 453 0 0 0 0 208 0 0
37303 Prostodontia Removível, Prova 0 1 14 0 0 0 0 0 0 0 0 207 0 0 0 0 136 0 0
37304 Prostodontia Removível, Colocação 0 1 13 0 0 0 0 0 0 0 0 180 0 0 0 0 215 0 0
37351 Prostodontia Fixa, 1ª 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 114 0 0 0 0 6 0 0
37352 Prostodontia Fixa, Prova 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 29 0 0 0 0 9 0 0
37353 Prostodontia Fixa, Colocação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 49 0 0 0 0 23 0 0
37360 Recimentar Coroa 0 0 3 1 0 0 0 0 0 0 0 15 7 2 15 0 0 0 0
37370 Colocação De Coroa 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 5 1 1 0 0 0 0
37380 Coroa Provisória em Compósito 0 0 19 0 0 0 0 0 0 0 0 9 3 8 4 0 22 0 0
TOTAL 0 4 71 2 0 0 0 0 8 0 0 2206 15 11 20 0 745 0 0
RRH ESPECIALIDADE

NORTE CENTRO LVT ALENT ALG


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Cirurgia Oral
37505 Exodontia 1156 5125 2730 3494 79 21 0 0 814 314 1783 7962 450 2984 2125 0 1766 1949 989
37510 Exodontia cirúrgica 0 514 186 0 227 158 0 0 11 18 160 540 14 2518 831 0 61 8 0
37515 Quistectomia 0 2 1 5 0 5 0 0 4 0 67 15 0 1745 173 0 19 2 18
37520 Apicectomia com obturação 0 1 2 4 0 0 0 0 0 0 0 6 6 3 3 0 2 0 0
37522 Apicectomia sem obturação 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 2
37524 Apicectomia com quistectomia 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 9 0 6 2 0 0 1 4
37530 Cirurgia de pequenos tumores 0 0 0 0 2 10 0 0 0 0 92 2 0 135 106 0 0 15 28
37540 Dentes inclusos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 140 0 61 60 0 0 11 32
37550 Implantes com anestesia local 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 0 3 1 0 0 0 0
37553 Implante adicional, cada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 0 0 0 0
37585 Afundamento do vestíbulo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0
37590 Frenectomia 8 0 2 3 0 0 0 0 0 0 0 8 0 8 3 0 0 8 2
37595 Drenagem de abcessos PO 0 0 2 5 0 3 0 0 0 1 5 86 0 24 4 0 14 2 7
37597 Drenagem de abcessos Outros 0 1 0 0 10 1 0 0 0 0 1 13 1 3 2 1 2 1 0
37600 Encerramento fístula oro-antral 0 1 0 0 0 1 0 0 1 0 1 4 0 25 0 0 0 0 0
37605 Reimplantação dentes 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 1 3 0 2 0 0
37610 Exposição coronária para tração 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2 0 11 0 0 0 0 0
37612 Extracção + fibrina (1ml) 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 5 0 1 0 0 10 0 0
37613 Extração + fibrina (2ml) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 18 0 4 0 0 4 0 0
37615 Remoção parcial quisto de erupção 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
37625 Remoção exostoses 0 0 0 1 2 2 0 0 0 0 7 9 0 5 4 0 2 0 11
37630 Remoção hiperplasia fibrosa 0 4 0 0 0 0 0 0 0 2 7 9 2 0 6 1 0 0 7
37635 Sialolitotomia 0 0 0 2 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0
37645 Remoção de corpo estranho 0 2 12 0 31 1 0 0 6 0 5 11 0 0 14 0 64 2 2
37650 Sinusotomia maxilar 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
39010 Suturas de pequenas feridas 0 1 3 0 0 0 0 0 2 0 0 176 0 0 0 14 0 0 0
39020 Suturas de feridas da cavidade oral 224 1 99 0 0 0 0 0 2 0 0 1194 0 1 0 6 41 0 0
39040 Colocação de fios de aço 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
39050 Extracção de osteossíntese 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
39060 Extracção de contenção 0 20 1 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 0 0
39070 Extracção de corpos estranhos 0 2 1 0 2 0 0 10 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
39080 Excisão e biópsia incisional - Pele 0 0 5 0 0 0 10 0 2 4 0 0 0 0 0 12 0 0 0
39090 Excisão e biópsia incisional - Boca 0 0 5 0 12 0 66 0 0 30 0 148 0 4 0 6 2 0 0
39140 Excisão de pequenos quistos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
39150 Limpeza cirúrgica- Feridas 0 6 1 0 0 0 0 60 14 0 0 73 0 0 0 244 0 0 0
39160 Regularização de rebordo alveolar 0 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 20 0 0 0 0 0 0 0
39180 Frenectomia 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
TOTAL 1388 5686 3056 3516 365 209 76 70 856 371 2135 10504 473 7542 3337 285 1989 2000 1103

74
RRH ESPECIALIDADE

NORTE CENTRO LVT ALENT ALG


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Outros
37905 Rx Oclusal 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 116 0 115 3 0 2 0 0
37910 Rx retro-alveolar 0 77 0 41 0 0 0 0 0 46 0 1882 0 85 3 0 267 0 0
37915 Rx "Bite-Wing" 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 350 0 84 0 0 0 0 0
TOTAL 0 80 0 41 0 0 0 0 0 46 0 2348 0 284 6 0 269 0 0

NORTE CENTRO LVT ALENT ALG


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
TOTAIS 3024 14178 10262 5149 606 456 76 70 3115 1390 4764 34864 1729 16921 9678 1196 8773 3050 1553
TOTAL 120854

LEGENDA
1. CH VNG (1) 11. CH Baixo Vouga (2)
2. CH São João (1) 12. CHUC (1)
3. CH Porto (1) 13. Hosp. Castelo Branco (1)
4. Hosp. Braga (1) 14. CHLC (1)
5. ULS Alto Minho (2) 15. CHLO (1)
6. ULS Nordeste (1) 16. CH Setúbal (2)
7. ULS Matosinhos (2) 17. CHLN (1)
8. CH Tâmega e Sousa (2) 18. Hosp. Évora (1)
9. CH Cova da Beira (2) 19. CH Algarve (1)
10. CH Baixo Vouga (2)

FONTE: (1) Serviços de Estomatologia (2) ACSS Dados a zero: Hosp. Sra da Oliveira - Guimarães

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