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ESTOMATOLOGIA
Rede de Referenciação Hospitalar
Estomatologia
Grupo de Trabalho
30 de Dezembro de 2016
RRH ESPECIALIDADE
ÍNDICE
Índice ............................................................................................................................................................ 3
6.1. Definição dos tipos de patologias, procedimentos, equipamentos e tecnologias esperados, por nível
............................................................................................................................................................... 45
8– Anexos .................................................................................................................................................. 64
9 – Bibliografia ............................................................................................................................................ 66
ÍNDICE TABELAS
Quadro III- N.º de Estomatologistas por grupo etário e por Secção Regional da OM, em 2016 ................ 22
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RRH ESPECIALIDADE
Atualmente o Serviço Nacional de Saúde (SNS) depara-se com diversos desafios desencadeados,
sobretudo, pelas alterações demográficas, mudanças nos padrões de doença, inovação tecnológica e
mobilidade geográfica.
Em termos históricos, as RRH tiveram origem no Programa Operacional da Saúde – SAÚDE XXI, na
sequência das principais recomendações do Subprograma de Saúde 1994-1999, constituindo-se, na altura,
como o quadro de referência de suporte ao processo de reforma estrutural do sector da saúde. No eixo
prioritário relativo à melhoria do acesso a cuidados de saúde de qualidade, a medida 2.1 do referido
programa (“Rede de Referenciação Hospitalar”) objetivava implementar RRH pelas áreas de especialização
tidas como prioritárias, visando a articulação funcional entre hospitais, mediante a diferenciação e
identificação da carteira de serviços, de modo a responder às necessidades da população, garantindo o
direito à proteção e acesso na saúde.
Vários são os normativos legais e documentos técnicos que abordam a temática das redes hospitalares e
a sua importância estratégica como garante da sustentabilidade e eficiência do SNS. A Lei n.º 64-A/2011,
de 30 de dezembro, que aprovou as Grandes Opções do Plano para 2012-2015, bem como o Programa
do XIX Governo Constitucional, preconizavam a melhoria da qualidade e acesso dos cidadãos aos
cuidados de saúde, mediante a reorganização da rede hospitalar através de uma visão integrada e mais
racional do sistema de prestação de cuidados.
Na sequência do Memorando de Entendimento celebrado com a União Europeia, o Banco Central Europeu
e o Fundo Monetário Internacional, foi criado o Grupo Técnico para a Reforma Hospitalar (GTRH) -
Despacho do Ministro da Saúde n.º 10601/2011, de 16 de agosto, publicado no Diário da República, II
Série, n.º 162, de 24 de agosto - cujo relatório final intitulado “Os Cidadãos no Centro do Sistema, Os
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Profissionais no Centro da Mudança” definiu oito Iniciativas Estratégicas, corporizadas, cada uma, por um
conjunto de medidas, cuja implementação e monitorização, promoverão o cumprimento de um programa
de mudança, com a extensão, profundidade e densidade exigidas numa verdadeira reforma estrutural do
sector hospitalar português.
No seu relatório, o GTRH defendia que na reorganização da rede hospitalar deviam ser considerados
diversos fatores, nomeadamente: (i) critérios de qualidade clínica; (ii) proximidade geográfica; (iii) nível de
especialização; (iv) capacidade instalada; (v) mobilidade dos recursos; (vi) procura potencial; (vii)
acessibilidades; (viii) redes de referenciação por especialidade; (ix) equipamento pesado de meios
complementares de diagnóstico e terapêutica disponível; (x) benchmarking internacional e (xi) realidade
sociodemográfica de cada região.
O GTRH elencou, ainda, um conjunto de fragilidades inerentes às RRH existentes à data, designadamente:
(i) desatualização da maioria das redes (a maioria tinha sido elaborada até 2006 e nunca ajustada); (ii)
inexistência de um modelo único e homogéneo do documento; (iii) inexistência de aprovação ministerial
para algumas das RHH publicadas; (iv) ausência de integração entre RRH de diferentes especialidades
que se interpenetram; (v) inexistência de inclusão dos setores convencionados e privados (nos casos em
que se possa aplicar), contemplando apenas o universo do SNS; (vi) falta de integração do conceito de
Centros de Referência e (vii) indefinição quanto ao prazo de vigência das RRH.
No primeiro Eixo Estratégico “Uma Rede Hospitalar mais Coerente”, o GTRH propôs a elaboração da Rede
de Referenciação Hospitalar de forma estruturada e consistente e dotada de elevados níveis de eficiência
e qualidade dos cuidados prestados. Para o efeito, e com o desígnio de redesenhar a rede hospitalar
naqueles pressupostos, foi proposta a revisão das RRH em vigor, bem como a elaboração das redes
inexistentes, promovendo-se uma referenciação estruturada e consistente entre os cuidados de saúde
primários e os cuidados hospitalares (considerando toda a rede de prestação, desde os cuidados de
primeira linha aos mais diferenciados), assegurando uma melhor rentabilização da capacidade instalada
aos níveis físico, humano e tecnológico.
De igual forma, o Plano Nacional de Saúde 2012-2016 apresenta um conjunto de orientações, nos eixos
estratégicos “Equidade e Acesso aos Cuidados de Saúde” e “Qualidade em Saúde”, propondo o reforço da
articulação dos serviços de saúde mediante a reorganização dos cuidados de saúde primários, hospitalares
e continuados integrados, cuidados pré-hospitalares, serviços de urgência, entre outros, consolidando uma
rede de prestação de cuidados integrada e eficiente. Ademais, O Plano Nacional de Saúde – Revisão e
extensão a 2020 sugere, no eixo “Equidade e Acesso Adequado aos Cuidados de Saúde”, “O
desenvolvimento de redes de referenciação de cuidados não apenas de base geográfica, mas também de
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hierarquia de competências técnicas”. Pretende-se, deste modo, uma rede hospitalar coerente, racional e
eficiente, consubstanciada num sistema integrado de prestação de cuidados.
Por outro lado, a Portaria n.º 82/2014, de 10 de abril, veio estabelecer os critérios que permitem
categorizar os serviços e estabelecimentos do SNS, de acordo com a natureza das suas responsabilidades
e quadro de valências exercidas, bem como o seu posicionamento na rede hospitalar, procedendo à sua
classificação. Tratava-se de um normativo legal que definia, predominantemente, orientações estratégicas
para a construção de uma rede hospitalar coerente, assegurando a resposta e satisfazendo as
necessidades da população.
Acresce que a carteira de valências de cada instituição hospitalar seria operacionalizada através do
contrato-programa, de acordo com o respetivo plano estratégico. Perante um quadro de reorganização das
instituições de saúde hospitalares (no que se refere à disponibilização e coordenação da carteira de
valências, aos modelos organizativos e de integração de cuidados), a redefinição do que devem ser os
cuidados hospitalares e como se devem integrar com os diferentes níveis de cuidados com a garantia de
uma melhor articulação e referenciação vertical, permite intervir complementarmente no reajuste da
capacidade hospitalar.
Desta forma, as RRH desempenham um papel fulcral enquanto sistemas integrados, coordenados e
hierarquizados que promovem a satisfação das necessidades em saúde aos mais variados níveis,
nomeadamente: (i) diagnóstico e terapêutica; (ii) formação; (iii) investigação e (iv) colaboração
interdisciplinar, contribuindo para a garantia de qualidade dos cuidados prestados pelas diferentes
especialidades e subespecialidades hospitalares.
Assim, as RRH permitem a: (i) articulação em rede, variável em função das características dos recursos
disponíveis, dos determinantes e condicionantes regionais e nacionais e o tipo de especialidade em
questão; (ii) exploração de complementaridades de modo a aproveitar sinergias, concentrando experiências
e permitindo o desenvolvimento do conhecimento e a especialização dos técnicos com a consequente
melhoria da qualidade dos cuidados e (iii) concentração de recursos permitindo a maximização da sua
rentabilidade.
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c) permitir a programação do trânsito dos utentes, garantindo a orientação correta para o centro indicado;
d) contribuir para a melhoria global da qualidade e eficácia clínica pela concentração e desenvolvimento de
experiência e competências; e) contribuir para a diminuição dos tempos de espera, evitando a concentração
indevida de doentes em localizações menos adequadas; f) definir um quadro de responsabilização dos
hospitais face à resposta esperada e contratualizada; g) permitir a programação estratégica de
investimentos, a nível nacional, regional e local e h) integrar os Centros de Referência.”
Também o XXI Governo Constitucional, no seu programa para a saúde, preconiza a redução das
desigualdades entre os cidadãos no que respeita ao acesso à prestação de cuidados, bem como o reforço
do papel do cidadão no SNS. Ora, a capacitação do cidadão pressupõe a disponibilização de informação
relevante para a sua tomada de decisão, por forma a optar pela instituição do SNS onde pretende ser
assistido, de acordo com as suas preferências, critérios de conveniência pessoal e da natureza da resposta
das instituições.
Com a publicação da Portaria n.º 147/2016, de 19 de maio, que surge precisamente com o intuito de
reforçar o papel do cidadão no SNS, contribuir para a melhoria da sua governação bem como para a
melhoria da gestão hospitalar, são revogadas as Portarias n.ºs 82/2014, de 10 de abril, e a 123-A/2014, de
19 de junho. Nesta perspetiva, foram definidas como medidas fulcrais a “promoção da disponibilidade e
acessibilidade dos serviços” aos utentes e “a liberdade de escolherem em que unidades desejam ser
assistidos”, mediante a articulação com o médico de família e cumprindo a hierarquização técnica e as
regras de referenciação em vigor, indo ao encontro do preconizado na Lei n.º 7-B/2016, de 31 de março,
que aprova as Grandes Opções do Plano para 2016 -2019.
A referida Portaria objetiva: (i) definir o processo de classificação dos hospitais, centros hospitalares e
unidades locais de saúde do SNS (independentemente da sua natureza jurídica e tendo como princípio a
definição das RRH) e (ii) continuar o processo de criação e revisão das RRH.
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Por último, o Despacho n.º 6696/2016, de 12 de maio, veio designar os responsáveis pela elaboração das
RRH nas especialidades de: Angiologia e Cirurgia Vascular, Cirurgia Maxilofacial, Cirurgia Plástica,
Reconstrutiva e Estética, Dermatovenereologia, Endocrinologia e Nutrição, Estomatologia, Genética
Médica, Imunoalergologia, Imuno-hemoterapia, Infeciologia, Medicina Interna, Neurocirurgia, Neurologia,
Otorrinolaringologia e Psiquiatria da Infância e da Adolescência.
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Inclui as anomalias do crescimento facial e as dismorfias orofaciais, bem como as alterações funcionais ou
patológicas, orais e maxilares, odontogénicas e não odontogénicas, de origem inflamatória, infeciosa,
traumática, genética ou tumoral.
Abrange as doenças das glândulas salivares e das articulações temporo-mandibulares, bem como a
patologia médica e cirúrgica da mucosa oral, constituam ou não manifestação de doenças sistémicas e sua
iatrogenia.
Foi uma das primeiras áreas de conhecimento médico a ver-se reconhecida como especialidade em
Portugal, a 26 de Maio de 1911; introduzida no ensino médico em 1916, foi a primeira especialidade a
constituir uma sociedade científica, a Sociedade Portuguesa de Estomatologia, a 21 de Junho de 1919.
O seu saber e saber fazer cruzam-se com os de outras especialidades médicas com quem partilha território
anatómico, métodos e técnicas, como é o caso da Cirurgia Plástica, da Cirurgia Maxilofacial, da
Otorrinolaringologia, da Cirurgia Pediátrica, da Dermatologia, da Radiologia, mas também com a Medicina
Dentária, de diferenciação não médica e início mais recente, praticamente sem presença hospitalar.
A latitude de ação da Estomatologia explica a heterogeneidade dos serviços hospitalares, tornando difícil a
respetiva caracterização. A maioria dos serviços desenvolve atividade na área médica, na área cirúrgica e
na área dentária e presta cuidados integrados, quer conservadores, quer invasivos, a doentes com
multipatologia ou com necessidades especiais.
A maior parte da população é referenciada a partir de outras especialidades hospitalares. Não havendo, no
exterior, acesso a cuidados dentários, a Estomatologia é assim procurada, direta e indiretamente, mesmo
pelos que não encontrariam vantagem direta na logística hospitalar.
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A referenciação e pedidos de apoio intra-hospitalar são feitos a partir das Consulta Externas, da Urgência
e das Enfermarias e, esporadicamente, do Bloco Operatório, no sentido da rendibilização de tempos
anestésicos.
A restante população tem origem quer na Medicina Geral e Familiar, quer a partir de entidades
predominantemente públicas, com especial significado em pediatria
Entre as entidades públicas, contam-se os hospitais em que a Estomatologia não se encontra representada,
pedindo apoio para os seus próprios doentes, externos ou internados e contam-se também os serviços de
Estomatologia que não promovem alguns cuidados reabilitacionais, sobretudo na área das dismorfias e
ortodôncia e da Pediatria.
É menos relevante o pedido de acesso por mera iniciativa de cidadãos que procuram resolução e apoio a
patologia oral e orofacial com menos onerosidade que a que encontram no exercício liberal. Existe, ainda,
alguma consultoria para uma segunda opinião, na sequência de diagnósticos ou indicações terapêuticas
díspares ou dadas por muito invasivas.
De uma forma geral, o apoio direto à atividade depende de assistentes operacionais cuja diferenciação vai
sendo adquirida em exercício e de enfermeiros que também se vão diferenciando especificamente em sede
dos serviços. Menos vezes, contam com assistentes dentários, na sequência de formação profissional
própria, também integrados por enfermeiros. Os serviços administrativos são do respetivo foro e,
frequentemente, resultam de sinergias com outros serviços ou unidades. Não é possível comparar de forma
útil a dotação de cada serviço, encontrando-se às vezes imputados aos respetivos centros de custo os
recursos humanos de todas as especialidades presentes na Consulta Externa geral.
Os serviços, em geral, não incluem técnicos de prótese o que dificulta a resposta às necessidades de
reabilitação da população parcial ou totalmente edêntula. A sua ausência penaliza a latitude de atividade
clínica, também na área das dismorfias e respetiva abordagem médica e cirúrgica. A anaplastologia só
encontra resposta no IPO de Lisboa.
Os serviços só excecionalmente contam com higienistas, ainda que a diferenciação de alguns enfermeiros
os aproxime de algumas das atribuições desses profissionais.
É relevante poder contar com apoio por parte dos terapeutas da fala, bem como por parte dos
fisioterapeutas, num intercâmbio lato com outros grupos profissionais não centrados na Estomatologia, mas
carecendo de experiência específica. Os psicólogos têm especial utilidade nas dismorfias, na DTM e na
doença crónica incapacitante.
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A cárie é uma doença multifatorial, de origem bacteriana, que tem relação profunda com o nível de
educação em saúde e a fluorização, bem como com a inserção socioeconómica, caracterizando-se pela
desmineralização progressiva dos tecidos duros dos dentes. A sua evolução natural conduz à formação de
cavidades e a eventual necrose pulpar, a que podem associar-se complicações locais, à distância e
sistémicas. A Estomatologia intervém na prevenção e no tratamento da cárie, de forma conservadora ou
invasiva e lida especialmente com as respetivas complicações, maioritariamente em doentes com
comorbilidades.
(ICD 9: 521.0, 522)
DOENÇA PERIODONTAL
As suas formas mais comuns são a gengivite e a periodontite, ambas constituindo doenças inflamatórias
dos tecidos de suporte dos dentes, com origem bacteriana. A periodontite pode integrar-se nalguma
patologia sistémica, mas também influenciando o seu decurso, de forma bidirecional, como acontece com
a diabetes. A implementação de bons hábitos de higiene, profiláticos, o diagnóstico atempado e a
terapêutica adequada são fatores relevantes no controlo da doença e na evicção do edentulismo.
(ICD 9: 523.00-523.9)
TRAUMATISMOS ALVÉOLO-DENTÁRIOS
Incluem os traumatismos dos tecidos duros dentários e da polpa, as lesões das estruturas periodontais e
do osso alveolar de suporte, da gengiva e da mucosa oral, associando-se a maior ou menor atingimento
dos lábios, mucosa jugal e tecidos subjacentes, da língua, do palato e das bases ósseas. Interessam
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A doença dentária, sobretudo a partir da necrose pulpar, pode acarretar complicações. Tendencialmente
locais, como acontece com o granuloma e o quisto periodontal apical, estendem-se do simples abcesso
alveolar agudo e respetiva osteíte, à osteomielite supurada aguda ou crónica, com ou sem periostite
proliferativa, passando pela displasia óssea florida e pela osteíte condensante.
As complicações microbianas incluem diferentes modalidades de celulite oro-facial, com ou sem extensão
cervical, todas frequentes na prática clínica hospitalar, mas também outras complicações mais raras, como
a tromboflebite do seio cavernoso ou mesmo o abcesso cerebral.
(ICD 9: 320.9, 320.81, 320.82, 323.9, 324.0, 325, 519.2, 522.5, 526.4, 526.5, 526.89, 528.3, 682.0, 682.1,
682.2, 683, 728.86, 730)
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Stevens-Johnson, passando pelas doenças microbianas, pela estomatite aftosa, pelo pênfigo e lupus.
Cruza fronteiras com a Dermatologia.
(ICD 9: 140-146, 210, 528, 528.1, 528.2, 528.5, 528.6, 528.71, 528.72, 528.79, 528.8, 528.9, 529.0-529.9,
684, 694.0,694.2, 694.3,694.4,694.5,694.6,695.1,695.4, 696, 697, 702.0, 709.1)
PATOLOGIA MAXILAR
A maxila e a mandíbula podem também apresentar alterações que constituem ou não parte de doenças
com atingimento multiorgânico. Umas são relevantes pelo compromisso esquelético global (osteogénese
imperfeita, hiperostose cortical infantil) e graves repercussões no crescimento e desenvolvimento; outras,
pela quase predileção pelos ossos da face (displasia fibrosa, querubismo) e outras ainda pela patologia
sistémica de que decorrem (hiperparatiroidismo, raquitismo, osteomalácia). Juntem-se-lhes entidades
como a doença de Paget e os focos de eritropoiese extra-medular e compreenda-se que o seu despiste é
parte integrante do diagnóstico diferencial, clínico-radiológico, da clínica estomatológica do dia-a-dia.
(ICD 9: 252.00, 526.89, 731.0, 756.4, 756.50-765.54)
Algumas anomalias são dimensionais ou posicionais, podendo afetar apenas o osso alveolar, mas com
ónus social importante, alterações da fala e alimentares; outras comprometem as bases ósseas, carecendo
de correção ortognática e outras, ainda, associam-se a maior incidência de patologia quística ou tumoral
(Ex: Síndroma de Gorlin-Goltz).
A maioria decorre com má-oclusão, são especialmente relevantes em pediatria e a sua abordagem é
transdisciplinar e hospitalar.
(ICD 9: 524.0 , 524.1, 524.2, 524.3, 524.4 e 524.5, 524.7, 524.8, 524.9, 744.82, 744.83, 744.84, 749.0-
749.2, 750.0-750.16, 754.0, 757.31, 758.0, 759.5, 784.81)
PATOLOGIA SALIVAR
A patologia salivar mais frequente é a do foro inflamatório e do foro infecioso, justificando frequente
interlocução com internistas, pediatras, reumatologistas e radiologistas. Estende-se das alterações
congénitas (agenesia, ectopia) à patologia tumoral, com predomínio claro do adenoma pleomórfico,
passando pela sarcoidose, pelo Síndroma de Sjogren e pela mera doença obstrutiva, de origem litiásica. É
muito frequente a consultoria por alterações funcionais (sialorreia / drooling), especialmente pela hiposialia
iatrogénica dos antidepressivos e outros fármacos, a que acabam por associar-se alterações de outras
estruturas orais. A sua abordagem é cada vez mais conservadora. A simples biopsia das glândulas
salivares acessórias é um ato muito solicitado por generalistas.
(ICD 9: 210-210.6, 527.0-527.9, 750.2)
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PATOLOGIA DO SONO
É variada a patologia que cursa com alterações do aparelho estomatognático, designadamente a
roncopatia, o Síndroma de resistência aumentada da via aérea superior (SRVAS), o Síndroma da apneia
obstrutiva do sono (SAHOS) e as perturbações do movimento associadas ao sono, incluindo o Bruxismo
do Sono e a Dor Orofacial.
A própria Pressão Aérea Positiva pode associar-se a dispositivos intraorais, permitindo aumentar o índice
de adesão terapêutica e diminuir a pressão positiva corretora.
(ICD 9: 327.23, 327.20, 327.53)
RRH ESPECIALIDADE
Seguem-se breves considerações epidemiológicas sobre algumas das entidades nosológicas apontadas
em , "2 - ÂMBITO DA ESPECIALIDADE HOSPITALAR".
CÁRIE DENTÁRIA
Em 2010, o atingimento por cárie da dentição definitiva atingiu 2.400 milhões de pessoas, representando a
doença mais prevalente do globo. Comprometeu a dentição decídua em 621 milhões de crianças, sendo,
nesse grupo, a décima doença mais prevalente no mundo. Em 2013, os incidentes de odontalgia, em dentes
permanentes, ultrapassaram os 200 milhões.
Apesar do esforço desenvolvido nos últimos anos em Portugal, através do PNPSO, em coortes pediátricas
e em segmentos da população, os cuidados profiláticos e terapêuticos carecem de ser estabelecidos mais
cedo. Muitas crianças, entre os 3 e 4 anos de idade, com informação alimentar insuficiente, ausência de
escovagem, fluorização inconsistente e ausência de controlo de hábitos deletérios (amamentação tardia,
manutenção de biberão e chupeta) procuram ajuda hospitalar em circunstâncias que ultrapassam a
viabilidade de reabilitação. As complicações da cárie precoce da infância e a infeção odontogénica têm-se
tornado mais frequentes e mais graves, apesar de terem origem numa doença evitável e carecem da
logística hospitalar. Tudo faz prever o acréscimo do problema, de forma paralela ao aumento da pobreza,
conforme também se vem verificando noutros países.
DOENÇA PERIODONTAL
A doença periodontal é maioritariamente responsável pela perda total dos dentes de quase 30% da
população mundial, entre os 65 e os 74 anos e atinge até 78% da população adulta, na Europa. Tem
relevante impacto na mastigação e fala, bem como na qualidade de vida.
A Cárie Dentária e a Doença Periodontal representam, à escala mundial, 15 milhões de DALY. A primeira
é evitável e a segunda é controlável, revelando a insuficiência global de medidas de Saúde Pública. São a
primeira causa de acesso aos Serviços de Estomatologia e, em crescendo, também à Urgência, em paralelo
com o agravamento das condições de vida da população economicamente mais frágil. Tudo aponta para a
necessidade de reforço cada vez mais precoce de hábitos de vida geradores de saúde.
TRAUMATISMOS ALVÉOLO-DENTÁRIOS
Representam 5% de todos os traumatismos, com uma prevalência de 17% na idade pré-escolar, em que
constituem os traumatismos mais frequentes. Em 92% das circunstâncias, as lesões comprometem as
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estruturas dentárias e periodontais, atingindo em 30% dos casos a dentição decídua e só em 20% dos
casos a dentição definitiva, acometendo, associadamente, outras estruturas.
Interessam especialmente a idade pediátrica, mas são parte integrante dos traumatismos orofaciais mais
extensos, com compromisso das bases ósseas e carecem de correção multidisciplinar em tempo útil, só
passível de cuidados em regime de Urgência integrada.
DISFUNÇÃO TEMPORO-MANDIBULAR
A Disfunção Temporomandibular (DTM) atinge cerca de 15 % a 30% da população.
PATOLOGIA SALIVAR
A patologia salivar é relativamente rara e variável de região a região. A sialolitíase (e suas consequências)
representa quase 50% da patologia salivar, atinge predominantemente a população adulta e é seguida, em
frequência, pela parotidite epidémica infantil e juvenil. Os tumores não ultrapassam 5% das neoplasias da
cabeça e pescoço, sendo metade deles representados pelo adenoma pleomórfico.
PATOLOGIA DO SONO
O Síndroma da Apneia Obstrutiva do Sono é a situação clinicamente mais relevante, atingindo 5 a 8% da
população geral, entre 500 a 800 mil portugueses.
A maioria da patologia que interessa à Estomatologia carece de informação epidemiológica, pelo que são
breves e internacionais quase todos os dados apontados e limitados a alguns territórios.
Enquanto a prevalente doença dentária dos saudáveis não se encontrar sob controlo e fora da ambiência
hospitalar, não será possível prestar cuidados atempados aos que carecem de visão médica e da logística
hospitalar.
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Quadro I
Médicos (Existências ago 2016) - Estomatologia
Médicos Existências
ago-16
Administração Regional de Saúde / Instuição
Internos Internos Médicos Médicos
Total Geral
0-29 30-39 40-49 Total 30-39 40-49 50-59 60-64 65+ Total
ARS do Norte 11 6 17 4 4 22 7 3 40 57
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia - Espinho, E.P.E. 1 1 1 1 1 3 4
Centro Hospitalar de São João, E.P.E. 7 5 12 2 6 3 3 14 26
Centro Hospitalar do Porto, E.P.E. 1 1 1 2 5 1 9 10 + 3 **
Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães, E. P. E. / Hospital de São José - Fafe 1 1 1
Hospital de Braga, P.P.P.* 2 1 3 1 1 1 1 4 7
IPO do Porto, E.P.E. 3 3 3
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, E.P.E. 3 3 3
Unidade Local de Saúde do Nordeste, E.P.E. 2 2 2
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E. 1 1 1
ARS do Centro 1 3 4 10 12 2 24 28
Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. 1 1 2 2
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E. 1 1 2 2
Centro Hospitalar de Leiria E.P.E. 1 1 2 2
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. 1 3 4 6 8 1 15 19
IPO de Coimbra, E.P.E. 1 1 1
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, E.P.E. 1 1 2 2
ARS de Lisboa e Vale do Tejo 7 9 1 17 3 3 22 10 1 39 56
Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. 5 5 1 11 1 8 3 12 23
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E. 1 3 1 5 5
Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E. 1 3 4 4
Centro Hospitalar Lisboa Norte, E.P.E. 2 4 6 1 2 5 5 1 14 20
IPO de Lisboa, E.P.E. 3 1 4 4
ARS do Alentejo 1 1 2 2
Hospital do Espírito Santo, E.P.E. - Évora 1 1 2 2
ARS do Algarve 2 1 3 3
Centro Hospitalar do Algarve, E.P.E. 2 1 3 3
Total Geral 19 18 1 38 8 7 56 31 6 108 146 + 3 **
Fonte: ACSS. RHV
* Fonte: Sociedades Gestoras dos Estabelecimentos, parceiros priv ados nos hospitais P.P.P. (dados a set/2016)
Aos 10 médicos do CHP, devem acrescentar-se 3 elementos do Ex-Hospital Pediátrico Maria Pia,
transformando o total de 146 quadros médicos em 149.
Aos 146 médicos correspondia, em Agosto de 2016, um total geral de 157,5 ETCs (Quadro II).
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Quadro II
Médicos (ETC ago 2016) - Estomatologia
Médicos ETC
ago-16
Administração Regional de Saúde / Instuição
Internos Internos Médicos Médicos
Total Geral
0-29 30-39 40-49 Total 30-39 40-49 50-59 60-64 65+ Total
ARS do Norte 12,6 6,9 19,43 4,6 3,9 23,8 7,5 3,3 42,97 62,40
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia - Espinho, E.P.E. 1,1 1,14 1,1 1,1 1,0 3,29 4,43
Centro Hospitalar de São João, E.P.E. 8,0 5,7 13,71 2,3 6,8 3,2 3,3 15,57 29,29
Centro Hospitalar do Porto, E.P.E. 1,1 1,14 1,1 1,6 5,7 1,0 9,40 10,54
Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães, E. P. E. / Hospital de São José - Fafe 1,1 1,14 1,14
Hospital de Braga, P.P.P. * 2,3 1,1 3,43 1,1 1,1 0,8 1,1 4,23 7,66
IPO do Porto, E.P.E. 3,0 3,00 3,00
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, E.P.E. 3,0 3,00 3,00
Unidade Local de Saúde do Nordeste, E.P.E. 2,2 2,20 2,20
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E. 1,1 1,14 1,14
ARS do Centro 1,1 3,4 4,57 10,6 12,9 1,7 25,23 29,80
Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. 1,1 1,1 2,29 2,29
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E. 1,2 1,2 2,40 2,40
Centro Hospitalar de Leiria E.P.E. 0,9 0,7 1,57 1,57
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. 1,1 3,4 4,57 6,3 8,4 1,0 15,71 20,29
IPO de Coimbra, E.P.E. 1,1 1,14 1,14
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, E.P.E. 1,1 1,0 2,11 2,11
ARS de Lisboa e Vale do Tejo 8,0 10,3 1,1 19,43 3,4 3,1 22,6 10,3 1,0 40,47 59,90
Centro Hopitalar de Lisboa Central, E.P.E 5,7 5,7 1,1 12,57 1,1 8,6 3,3 13,00 25,57
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E. 1,0 3,0 1,0 5,00 5,00
Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E. 1,1 3,0 4,14 4,14
Centro Hospitalar Lisboa Norte, E.P.E. 2,3 4,6 6,86 1,1 2,1 5,1 5,1 1,0 14,54 21,40
IPO Lisboa, E.P.E. 2,9 0,9 3,79 3,79
ARS do Alentejo 1,1 1,1 2,29 2,29
Hospital do Espírito Santo - Évora, E.P.E. 1,1 1,1 2,29 2,29
ARS do Algarve 2,0 1,1 3,14 3,14
Centro Hospitalar do Algarve, E.P.E. 2,0 1,1 3,14 3,14
Total Geral 21,7 20,6 1,1 43,43 9,1 7,0 59,0 33,0 6,0 114,10 157,53
Fonte: ACSS. RHV - (ETC 40h/semana)
Em Novembro de 2016, dos inscritos no Colégio da especialidade de Estomatologia da Ordem dos Médicos,
contabilizavam-se, nas três Secções Regionais, 374 médicos com menos de 70 anos. Considera-se que a
Secção Regional Sul corresponde grosso modo ao somatório dos médicos na área da ARSLVT, da ARS
Alentejo e da ARS Algarve.
Quadro III
Número de Estomatologistas por grupo etário e por Secção Regional da Ordem dos Médicos, em 2016
Idade Secção Regional Norte Secção Regional Centro Secção Regional Sul
30 - 39 6 2 3
40 - 49 4 0 4
50 - 59 40 21 70
60 - 69 65 33 126
Total 115 56 203
Fonte: Ordem dos Médicos, Colégio de Especialidade
Dada a exiguidade de vagas abertas, a evolução do número de quadros médicos hospitalares, entre 2002
e 2011 foi negativa, de -19% e contou com uma taxa de reposição de apenas 5%, tendo aumentado em
35% o número de médicos com mais de 50 anos.
O número de vagas colocadas a concurso para formação específica só a partir de 2012 começou a
aumentar, na tentativa de aproximação do número de vagas credibilizadas para o efeito, ainda que de forma
insuficiente.
22
RRH ESPECIALIDADE
As vagas têm sido totalmente preenchidas, considerando-se existir boa atratividade, ainda que com uma
taxa de sucesso insuficiente, que ronda os 71%.
Segundo os dados do "Estudo de Evolução Prospetiva de Médicos no Sistema Nacional de Saúde" (Junho,
2013), calcula-se que, entre 2011 e 2025, seria necessário o mínimo de 18 novos especialistas em
Estomatologia, por ano, para se atingir uma taxa de crescimento, ainda assim, de -1%, garantindo 397
estomatologistas no sistema.
A manter-se o perfil organizativo da satisfação de necessidades desta área da Saúde, de crescimento
desejável, seria necessária a entrada anual de 25 internos, facto só compatível com novos polos
formadores.
ARS Norte
CH Vila Nova de Gaia - Espinho 2 5 0 1 0 0 0
CH de São João 14 9 0 4 1 0 0
CH do Porto 1 7 0 2 1 0 0
Hospital de Braga 5 2
ULS do Alto Minho - Viana do Castelo 1 3 0 1 0 0 0
SUBTOTAL 23 26 0 8 2 0 0
ARS Centro
CH Cova da Beira 3
CH do Baixo Vouga 2 1 0 0 0 0 0
CH de Leiria 0 0 0 0 0 0 0
CHUC 7 23 0 9 0 1 1
ULS de Castelo Branco 1 1 0 2 0 0 0
SUBTOTAL 10 28 0 11 0 1 1
ARS Alentejo
Hospital do Espírito Santo - Évora 1 1 0 0 0 0 0
ARS Algarve
CH do Algarve 1 1 0 0 0 0 0
TOTAL 46 73 3 26 2 1 1
TOTAL GERAL 152
Fonte: Serviços de Estomatologia / Colégio de especialidade de Estomatologia da Ordem dos Médicos
RRH ESPECIALIDADE
O Quadro V assinala os funcionários alocados aos centros de custo dos vários serviços. Importa referir que
não existe comparabilidade nestes dados de 152 funcionários em 16 serviços, quer pela diversidade da
dimensão dos mesmos, quer pelas respetivas atividades.
Em verdade, alguns Centros Hospitalares comportam mais do que um hospital (Exs: CHUC - Hospital Geral,
Hospital Pediátrico, Hospital Universitário; CHLC - Hospital de D. Estefânia, Hospital de S. José). O serviço
do Hospital de S. João possui dois blocos operatórios, um para anestesia geral, também utilizado por outras
especialidades e outro para anestesia loco-regional, justificando um número mais relevante de enfermeiros.
O CHUC disponibiliza meios à Faculdade de Medicina Dentária, explicando o maior número de assistentes
operacionais.
Parece só poder afirmar-se que predominam os assistentes operacionais, seguidos pelos enfermeiros, com
funções muito variáveis e, finalmente, pelos assistentes técnicos. Estes últimos estão alocados, às vezes,
a outros centros de custo, com óbvia sinergia. Não é comum o recurso a assistentes dentários, nem a
técnicos de prótese, o que como já referido dificulta a reabilitação do edentulismo.
4.3 - Atividade
A atividade dos serviços hospitalares é diferente de unidade a unidade, distribuindo-se essencialmente pela
Consulta Externa e Consultas de Grupo, Enfermaria, Bloco Operatório e Urgência.
A título de exemplo, o somatório relativo ao Centro Hospitalar do Porto pode incluir as consultas de Cirurgia
Maxilofacial, dado tratar-se de serviço único, ainda que, numa população com o total de 15 médicos (se
considerarmos a junção de 3 elementos do Hospital Pediátrico), só 3 sejam cirurgiões maxilofaciais. O
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra conta com utentes que, na ausência de patologia sistémica
ou de risco acrescido, são veiculados para a Faculdade de Medicina Dentária.
24
RRH ESPECIALIDADE
Quadro VI
Consultas de Estomatologia
ARS do Norte 25.828 26.380 27.383 68.378 70.305 70.718 94.206 96.685 98.101
Centro Hospitalar de São João, EPE 6.743 7.133 7.577 17.643 17.581 17.390 24.386 24.714 24.967
Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães, E. P. E. / Hospital de São José - Fafe 840 984 868 1.691 2.130 2.274 2.531 3.114 3.142
Centro Hospitalar do Porto, EPE 6.172 6.052 6.028 22.343 23.200 24.148 28.515 29.252 30.176
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE 3.469 3.401 3.556 3.874 4.033 4.138 7.343 7.434 7.694
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE 2.141 2.009 1.862 5.879 5.892 5.740 8.020 7.901 7.602
Instituto Português Oncologia do Porto, EPE 1.717 1.762 2.144 5.752 5.957 5.522 7.469 7.719 7.666
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE 387 389 419 485 474 509 872 863 928
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE 1.190 1.185 1.293 3.605 3.577 3.537 4.795 4.762 4.830
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE 620 602 666 1.504 1.429 1.478 2.124 2.031 2.144
Hospital de Braga, PPP 2.549 2.863 2.970 5.602 6.032 5.982 8.151 8.895 8.952
ARS do Centro 14.512 14.072 12.921 50.456 48.182 48.710 64.968 62.254 61.631
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 1.340 1.421 1.422 3.567 4.402 3.754 4.907 5.823 5.176
Centro Hospitalar de Leiria, EPE 2.360 2.458 2.121 3.411 3.356 3.383 5.771 5.814 5.504
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 381 561 648 3.385 3.244 3.532 3.766 3.805 4.180
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 8.967 8.350 7.695 34.665 31.987 33.478 43.632 40.337 41.173
Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE 607 654 590 3.867 4.031 3.978 4.474 4.685 4.568
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 857 628 445 1.561 1.162 585 2.418 1.790 1.030
ARS de Lisboa e Vale do Tejo 14.239 14.095 14.715 41.528 41.475 41.175 55.767 55.570 55.890
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 4.367 4.388 4.353 12.868 13.250 12.843 17.235 17.638 17.196
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE 3.506 3.772 4.042 10.062 8.961 8.701 13.568 12.733 12.743
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE 630 717 739 2.862 3.114 3.047 3.492 3.831 3.786
Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE 4.775 4.352 4.710 12.191 12.392 12.703 16.966 16.744 17.413
Instituto Português Oncologia de Lisboa, EPE 961 866 871 3.545 3.758 3.881 4.506 4.624 4.752
ARS do Alentejo 1.805 1.783 1.999 4.302 4.985 4.982 6.107 6.768 6.981
Hospital Espírito Santo de Évora, EPE 1.805 1.783 1.999 4.302 4.985 4.982 6.107 6.768 6.981
ARS do Algarve 1.689 1.417 1.390 1.367 1.124 1.033 3.056 2.541 2.423
Centro Hospitalar do Algarve, EPE 1.689 1.417 1.390 1.367 1.124 1.033 3.056 2.541 2 423
Total Geral 58.073 57.747 58.408 166.031 166.071 166.618 224.104 223.818 225.026
Fonte: ACSS. Sistema de Informação para Contratualização e Acompanhamento (SICA).
A Consulta Externa tende a desenvolver-se a partir da Triagem que orienta os doentes para espaços
segmentares ou valências, após ponderação diagnóstica e terapêutica. As valências potenciam a atividade
formadora, na área dentária, sendo exemplos a Exodôncia, a Dentisteria Operatória, a Endodôncia, a
Periodontologia, a Ortodôncia / Ortopedia dento-facial e a Oclusão. Costumam também contar com áreas
específicas a Disfunção temporo-mandibular e Dor facial, a Cirurgia Oral e a Medicina Oral.
A atividade comporta, especialmente na área dentária, grande número de procedimentos, não decorrendo
apenas no espaço da consultoria. A quantificação dos MCDT constitui o Anexo 1 deste documento e
encontra-se resumida no Quadro VII.
Nas 19 unidades estudadas, registaram-se 120.854 procedimentos na ambiência da Consulta Externa, dos
quais 3074 são exames radiológicos.
A interpretação dos MCDT da consulta é complexa, sendo claro que alguns serviços registam os
procedimentos de forma muito insuficiente. O número de radiografias está muito abaixo dos mínimos
esperáveis, tal como o das cefalometrias e fotografias, tendo em consideração a atividade relativa às
dismorfias, expressa em vários hospitais. Verifica-se empolamento na fração HUC do CHUC, com
RRH ESPECIALIDADE
procedimentos conotáveis com a Faculdade de Medicina Dentária, tornando clara a diversidade de registos.
De referir a diminuta atividade em prótese.
Quadro VII
MCDTs da Consulta Externa
Dentisteria Ortodontia Cirurgia
Periodontologia Endodontia Prostodontia Outros TOTAL
Operatória e Oclusão Oral
CHVNG 857 706 73 0 0 1388 0 3024
CH S. João 4279 2345 567 1217 4 5686 80 14178
CH Porto 3858 1581 236 1460 71 3056 0 10262
Hosp. Braga 871 651 68 0 2 3516 41 5149
ULS Alto Minho 221 6 14 0 0 365 0 606
ULS Nordeste 226 7 14 0 0 209 0 456
ULS Matosinhos 0 0 0 0 0 76 0 76
CH Tâmega e Sousa 0 0 0 0 0 70 0 70
CH Cova da Beira 1308 872 71 0 8 856 0 3115
CH Baixo Bouga 921 39 13 0 0 371 46 1390
CH Leiria 1873 747 9 0 0 2135 0 4764
CHUC 8927 6341 1965 2573 2206 10504 2348 34864
Hosp. C. Branco 796 330 115 0 15 473 0 1729
CHLC 4050 4405 315 314 11 7542 284 16921
CHLO 4369 1458 484 4 20 3337 6 9678
CH Setúbal 536 320 49 6 0 285 0 1196
CHLN 2716 2024 252 778 745 1989 269 8773
Hosp. Évora 728 255 67 0 0 2000 0 3050
CH Algarve 310 75 65 0 0 1103 0 1553
TOTAL 36846 22162 4377 6352 3082 44961 3074 120854
É relevante a atividade na pequena cirurgia da cavidade oral, já que os atos conduzidos nos blocos
operatórios não encontram expressão neste espaço.
A exiguidade dos recursos disponíveis em muitos dos poucos serviços de Estomatologia existentes, com
populações de atracão direta e indireta muito grandes, justificam tempos de espera para consulta
tendencialmente longos ou muito longos.
O Tempo médio de resposta aos pedidos varia entre 12,5 dias (Centro Hospitalar da Cova da Beira) e 390,5
dias (Centro Hospitalar do Baixo Vouga) e a sua interpretação exige cautela. Não se tomam em linha de
26
RRH ESPECIALIDADE
conta os serviços dos IPO, por se tratar de hospitais especializados. Só a abertura de novos polos de
prestação de cuidados, associada ao aumento dos recursos humanos dos já existentes, pode minorar esta
desproporção entre oferta e procura.
Quadro VIII
Tempos de resposta até à realização da consulta - 2015
Tempo médio de resposta ao pedido
ARS de destino do pedido CH / ULS (H) de destino do pedido Hospital de destino do pedido (dias)
CHSJ - Hospital de São João 105,9
CH de São João
Total 105,9
CHAA - Unidade de Guimarães 57,5
CH do Alto Ave, E.P.E.
Total 57,5
CHP - Hospital Geral de Santo António 64,6
CH do Porto, E.P.E.
Total 64,6
CHTS - Hosp. Padre Américo-Vale do Sousa 61,5
CH do Tâmega e Sousa, E.P.E.
Total 61,5
ARS Norte CH de Vila Nova de Gaia/Espinho 109,3
Hospital de Braga 155,8
Não Aplicável
Instituto Português de Oncologia do Porto 18,4
Total 133,7
ULSAM - Viana do Castelo 30,2
ULS do Alto Minho, E.P.E.
Total 30,2
ULSN - Bragança 27,6
ULS do Nordeste
Total 27,6
Total 95,7
CHBV - Aveiro 390,5
CH Baixo Vouga
Total 390,5
CHCB - Covilhã 12,5
CH da Cova da Beira
Total 12,5
CHUC - Hospitais da Universidade de Coimbra 262,9
CHUC - Hospital Geral 93,5
CH Universitário de Coimbra
CHUC - Hospital Pediátrico 91,6
ARS Centro Total 178,1
Centro Hospitalar Leiria 115,1
Não Aplicável Instituto Português de Oncologia de Coimbra 11,1
Total 89,3
ULSCB - Hospital Amato Lusitano 74,1
ULS de Castelo Branco, EPE
Total 74,1
Total 152,3
CHLC - Hospital de São José 57,9
CH de Lisboa Central, E.P.E. CHLC - Hospital Dona Estefânia 31,6
Total 53,1
CHLN - Hospital de Santa Maria 68,1
CH de Lisboa Norte, E.P.E.
Total 68,1
ARS LVT
CHLO - Hospital de Egas Moniz 13,8
CH de Lisboa Ocidental, E.P.E.
Total 13,8
CH de Setúbal, E.P.E. 39,7
Não Aplicável
Total 39,7
Total 37,0
Hospital do Espírito Santo de Évora, E.P.E. 68,1
Não Aplicável
ARS Alentejo Total 68,1
Total 68,1
CHA - Hospital de Faro 202,0
CH do Algarve
ARS Algarve Total 202,0
Total 202,0
Total 96,8
Fonte: ACSS, Sistema de Informação Consulta a Tempo e Horas (CTH)
É de salientar que o Quadro VIII retrata tempos de espera relativos ao acesso às primeiras consultas.
4.3.2 - Enfermaria
A assistência às enfermarias decorre do internamento de doentes com patologia terceira, carecendo de
assistência estomatológica, frequentemente dentária ou por patologia oral que decorre com ou sem relação
direta com a sua patologia sistémica e respetiva terapêutica. Comporta, também, os doentes internados
pela Estomatologia, para cuidados médicos e cuidados cirúrgicos, bem como os casos de patologia oro-
facial que são internados por especialidades presentes na Urgência, na ausência da Estomatologia.
São frequentes as complicações da cárie dentária, nomeadamente a infeção odontogénica, bem como os
traumatismos alvéolo-dentários, aguardando resolução operatória ou cirúrgica.
Nestes dois territórios, importa salientar que - a nível hospitalar - só a Estomatologia presta atividade
conservadora e que, no fim de linha dos traumatismos alvéolo-dentários e das complicações da patologia
odontogénica, é quem assume atividade resolutiva.
O Quadro IX apenas quantifica, na maioria dos casos, os internamentos em camas atribuídas à
especialidade, sendo certo que a maioria dos internamentos decorre em camas disponíveis "de outrem",
independentemente da sua localização, não passíveis de contabilização segundo esta perspetiva.
Na ARSLVT, por exemplo, estão ausentes os grandes centros hospitalares, como são o caso do CHLN e
do CHLC; na ARS Centro, está ausente o CHUC.
Apesar de ser elevada a taxa de ambulatorização da Estomatologia, é certo que à atividade na Enfermaria
corresponde mais tempo de trabalho do que é dedutível do Quadro IX.
28
RRH ESPECIALIDADE
Quadro IX
Internamento de Estomatologia
O âmbito das intervenções é muito diferente de serviço a serviço, podendo enquadrar todos os diagnósticos
discriminados no Quadro XV (ICD-9), bem como a maioria dos respetivos procedimentos.
Quando se promove a resolução dos focos sépticos e só esses, de forma seletiva, sabe-se que os restantes
tratamentos não serão, em geral, realizados, aumentando a probabilidade de novos problemas, com novas
complicações e reintervenções.
Numa pesquisa de outros códigos frequentes, para além do 114, nomeadamente os 92 (Procedimentos
nos ossos da face exceto procedimentos major nos ossos do crânio e face), 98 (Outros procedimentos no
ouvido, nariz, boca e/ou garganta) e 115 (Outros diagnósticos de ouvido, nariz, boca, garganta,
cabeça/face), verificou-se que se encontram registados em todos os hospitais, independentemente da
presença ou ausência da Estomatologia.
30
RRH ESPECIALIDADE
Quadro XI
Indicadores da Atividade de Cirurgia Programada de Estomatologia
Mediana do TE da LIC
LIC Operados %LIC > TMRG %Op. > TMRG
ARS / Instituição hospitalar (meses)
2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015
ARS do Norte 1.154 1.099 1.527 2.669 2.939 2.881
Centro Hospitalar de São João, E.P.E. 612 508 678 1253 1334 1291 3,48 3,07 3,47 0,7% 0,4% 4,6% 3,4% 3,0% 4,5%
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, E.P.E. 43 57 104 187 213 223 1,10 1,83 2,33 0,9% 1,8%
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia - Espinho, E.P.E. 44 38 107 524 439 350 2,88 1,85 7,10 27,3% 15,8% 52,3% 3,6% 5,7% 8,6%
Hospital de Braga, P.P.P. 318 318 439 229 352 383 7,15 7,50 6,10 36,8% 42,1% 34,9% 14,4% 42,9% 32,1%
IPO do Porto, E.P.E. 2 5 54 38 38 1,28 1,37 2,6%
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, E.P.E. 51 77 84 213 364 413 1,17 1,13 1,73 0,5% 0,3% 0,7%
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E. 86 99 110 183 177 163 2,98 2,57 5,63 1,2% 1,0% 14,5% 4,9% 20,3% 40,5%
Unidade Local de Saúde do Nordeste, E.P.E. 26 22 20
ARS do Centro 196 254 212 659 690 653
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E. 1 2 1 32 23 13 0,87 2,30 15,17 100,0% 100,0% 12,5% 8,7%
Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. 25 31 16 248 304 292 2,77 2,10 2,37 9,7% 6,3% 0,8% 1,6% 1,0%
Centro Hospitalar de Leiria E.P.E.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. 170 221 195 241 252 269 2,88 4,20 5,63 10,0% 25,6% 4,6% 7,1% 31,2%
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, E.P.E. 138 111 79
ARS de Lisboa e Vale do Tejo 537 558 630 5262 5644 4307
Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. 221 201 195 3169 3538 2154 0,87 0,90 1,50 1,5% 1,0% 0,3% 0,9%
Centro Hospitalar Lisboa Norte, E.P.E. 255 300 385 1144 1214 1270 1,83 1,80 2,33 14,1% 2,7% 3,1% 4,9% 4,9% 1,7%
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E. 8 8 85 89 90 6,90 0,43
Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E. 30 36 43 665 667 697 2,92 2,37 3,10 10,0% 5,6% 27,9% 1,1% 2,7% 2,6%
IPO de Lisboa, E.P.E. 23 13 7 199 136 96 0,83 0,30 1,00 8,7% 15,4% 14,3% 1,0% 4,4% 1,0%
ARS do Alentejo 32 48 20 17 17 28
Hospital do Espírito Santo, E.P.E. - Évora 32 48 20 17 17 28 11,78 10,40 2,37 62,5% 62,5% 30,0% 35,3% 70,6% 25,0%
ARS do Algarve 75 68 99 48 51 34
Centro Hospitalar do Algarve, E.P.E. 75 68 99 48 51 34 7,20 4,15 7,27 30,7% 19,1% 32,3% 4,2% 92,2% 85,3%
Total 1.994 2.027 2.488 8.655 9.341 7.903
Fonte: SIGLIC
É possível uma outra visão quantitativa da atividade operatória no Quadro XI, com um total de 7.903
intervenções, em 2015. Verifica-se uma diferença de 2.803 intervenções, relativamente às 10.706
registadas no Quadro X, devido a grandes diferenças nos totais do Centro e LVT, nomeadamente no
Centro Hospitalar da Cova da Beira e no Centro Hospitalar de Lisboa Norte.
A desproporção entre a grande magnitude das Áreas de Influência, o reduzido número de serviços
hospitalares e a exiguidade dos seus espaços e quadros encontram-se retratados nos tempos de espera.
É de salientar que, nalguns serviços, tem significado cirúrgico a patologia salivar e, noutros, a vertente mais
invasiva diz respeito aos atos operatórios relativos à articulação temporo-mandibular e à cirurgia
ortognática; quase todos os serviços de maior dimensão intervencionam quistos e tumores dos maxilares;
alguns outros serviços, ainda, não têm atividade cirúrgica (nem quadros médicos que a possibilitem); outros
parecem ter alguma atividade cirúrgica, mas sem doentes inscritos em LIC.
Também na atividade cirúrgica, portanto, os serviços são muito heterogéneos, traduzindo até diferentes
métodos de registo e impossibilitando um benchmarking esclarecedor.
RRH ESPECIALIDADE
Os fatores de maior influência da atividade cirúrgica são a disponibilidade de tempos operatórios, incluindo
a disponibilidade de médicos especialistas em Anestesiologia, enfermeiros treinados e o número de
médicos dos próprios serviços de Estomatologia.
4.3.4 - Urgência
A Urgência de Estomatologia, que se propõe que seja reformulada, tem existência formal no CHUC e no
CHLN, embora tenha existência efetiva noutros Centros Hospitalares.
No CHUC, decorre nos HUC e no Hospital Pediátrico, em presença física de um médico em cada, nos dias
úteis, das 8 às 20 horas e, no mesmo horário, sábados, domingos e feriados, com um médico para ambos,
por chamada. No CHLN, decorre no Hospital de Sta. Maria, em presença física de geralmente 2
especialistas, das 8 às 20 horas, todos os dias do ano.
32
RRH ESPECIALIDADE
O CHP tem uma urgência de Cirurgia Maxilofacial todos os dias do ano, das 8 às 20 horas, em presença
física de um médico e, das 20 às 8 horas, por chamada. Só nos 3 dias semanais em que a prestação está
a cargo de especialistas em Estomatologia é que se prestam cuidados estomatológicos e nunca existe
atendimento pediátrico, implicando recurso subsequente ao CH S. João, exceto aos fins-de-semana e
feriados que impõem recurso ao CHUC, a mais de 100 Km de distância.
O CH S. João e o CHLC "apoiam" a urgência nos dias úteis, das 8 às 20 horas, neste último durante o
decurso da atividade programada.
No CH S. João estão escalados 2 especialistas, um dos quais com consultas agendadas que são
desmarcadas perante eventual necessidade de ajuda cirúrgica ou outra atividade que careça de 2
intervenientes.
O CHLC envolve 2 polos, o do Hospital de S. José, com "apoio" das 8 às 20 horas dos dias úteis e o do
Hospital de D. Estefânia só com "apoio" em 3 dias úteis, também das 8 às 20 h.
Sob o ponto de vista dos profissionais, o "apoio" colide com a atividade programada, nomeadamente com
a Consulta Externa, origina atrasos e respetivas reclamações, quando não adiamentos, mesmo que não
haja necessidade de acesso ao bloco operatório.
A nosologia que releva a Estomatologia na Urgência, ainda que podendo interessar direta ou indiretamente
as entidades listadas no Quadro ICD - 9, são, a título de exemplo e porque não raras:
Das NOCs da DGS, segue-se lista com algumas das que influenciam a atividade em Estomatologia, quer
sob o ponto de vista médico, cirúrgico e dentário, quer sob o ponto de vista organizativo.
• Norma nº 008/2016 de 01/09/2016 atualizada a 13/10/2016: Projeto Saúde Oral - Experiência Piloto
• Norma nº 003/2016 de 01/03/2016: Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral - Jovens da coorte
dos 18 anos
34
RRH ESPECIALIDADE
• Norma nº 013/2014 de 25/08/2014 atualizada a 07/08/2015: Uso e Gestão de Luvas nas Unidades de
Saúde
• Norma nº 013/2013 de 01/08/2013: Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral - Crianças e Jovens
da rede pública e IPSS da coorte dos 15 anos completos
• Norma nº 009/2013 de 17/05/2013: Saúde Oral em Idade Escolar - Nova estratégia de intervenção do
Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral
• Norma nº 003/2013 de 15/02/2013: Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral - Auditorias internas
e seguimento de queixas
RRH ESPECIALIDADE
36
RRH ESPECIALIDADE
5.1. INDICADORES
Procedimentos
Patologia ICD9 - Diagnósticos
ICD9 MCDT
37010-37055,
37301-37380,
37640, 37540,
37597, 37595,
23.0-23.6, 24.5
37600, 37505,
521.0
37510, 37612,
37613, 37553,
Cárie Dentária
37550, 37515,
522 37905-37915
37150-37152,
23.7 37520, 37524,
37522, 37545,
37515
Outras Alterações Dentárias 520.0-520.9, 521.1,521.5, 521.6, 521.7
37100-37130,
37105, 37110,
24.1, 24.2, 24.3,
Doença Periodontal 523.00-523.9 37115, 37120,
24.9 - 24.9, 9654
37120, 37122,
37125
37127, 37130,
24.32, 27.52,
37210, 37370,
Traumatismos Alvéolo-Dentários 873.4-873.9 25.51, 93.53,
37380, 37605,
93.55, 97.33
37645
38
RRH ESPECIALIDADE
37301 - 37304,
23.3, 23.41,
37351 - 37353,
Edentulismo Parcial / Total e 23.42, 23.43,
525.0, 525.1, 525.2, 525.4, 525.5 37360, 37370,
Reabilitação 23.49, 23.6,
37380, 37553,
89.31, 99.97
37550
140 – 146, 210, 528, 528.1, 528.2, 528.5, 528.6, 528.71,
24.11, 24.3,
Patologia da Mucosa Oral/Medicina 528.72, 528.79, 528.8, 528.9, 529.0-
25.01, 25.02, 39080, 39090
Oral/ Cancro Oral 529.9,684,694.0,694.2,694.3,694.4,694.5,694.6,695.1,695.4,
25.09
696, 697, 702.0, 709.1,
Quistos e Tumores Odontogénicos e 200.2, 200.8, 201, 203, 204-208, 210.4, 522.8, 523.8, 526.0-
24.4
Não Odontogénicos 526.3, 526.8, 526.8, 523.82, 528.4, 528.5, 528.7
24.12, 24.19,
Patologia Maxilar 252.00, 526.89, 731.0, 756.4, 756.50-765.54 76.31, 76.39,
98.22
24.6, 24.7, 24.8, 37205, 37210,
Anomalias Dento-Alveolares, Oro- 524.0, 524.1, 524.2, 524.3, 524.4, 524.5, 524.7, 524.8, 524.9,
25.03, 25.91, , 37215, 37220,
Dento-Faciais e Síndromas 744.82, 744.83, 744.84, 749.0-749.2, 750.0-750.16, 754.0,
27.91, 76.61- 37225, 37229,
Malformativos 757.31, 758.0, 759.5
76.69 37230, 37235
24.7, 76.95,
Disfunção Temporo-Mandibular e 350.1, 350.2, 350.8, 351.0, 352.1, 352.2, 353.5, 524.60,
76.96, 81.91, 37245
Dor Facial 524.61, 524.62, 524.63, 524.64, 524.69, 784.0
79.79, 80.2, 81.98
26.0, 26.11,
26.12, 26.19,
26.21, 26.29,
Patologia Salivar 210.2, 527.0-521.9, 750.2 26.30, 26.31,
26.32, 26.42,
26.49, 26.91,
26.99
Patologia do Sono 327.23, 327.20, 327,53
Resumem-se, no Quadro XV, os meios essenciais de dotação dos serviços que responderam ao inquérito
elaborado, alguns dos quais com respostas incompletas. Verifica-se que não existe nenhum serviço que
RRH ESPECIALIDADE
Quadro XV - Equipamentos
ÁREAS Quantidade Idade < 10 Idade > 10 Funcional Não Funcional
Base 179 41% 59% 98% 2%
Equipamento estomatológico 83 36% 64% 98% 2%
Banco de trabalho 96 46% 54% 98% 2%
Odontologia 573 68% 32% 97% 3%
Destartarizador 90 57% 43% 94% 6%
Turbina 193 72% 28% 91% 9%
Contra-ângulo / micromotor 151 74% 26% 100% 0%
Peça-de-mão 65 78% 22% 97% 3%
Fotopolimerizador 69 78% 22% 94% 6%
Equipamento para endodontia mecanizada 3 67% 33% 100% 0%
Localizador apical 2 50% 50% 100% 0%
Cirurgia 46 73% 27% 96% 4%
Equipamento estomatológico modular portátil
(Bloco Operatório) 15 67% 33% 100% 0%
Electrocautério / bisturi eléctrico 16 31% 69% 88% 13%
Motor para peça-de-mão/serras 13 69% 31% 92% 8%
Equipamento de piezocirurgia 1 100% 0% 100% 0%
Microscópio cirúrgico 1 100% 0% 100% 0%
Imagiologia 196 60% 40% 83% 17%
Máquina fotográfica 10 70% 30% 80% 20%
Equipamento de estomatovisiografia (STV) 3 33% 67% 33% 67%
Aparelho de radiografia intra-oral 49 41% 59% 100% 0%
Aparelho de revelação de radiografia intra-oral 7 43% 57% 71% 29%
Equipamento de radiovisiografia (RVG) 27 96% 4% 96% 4%
Ortopantomógrafo 12 50% 50% 100% 0%
Aparelho de radiologia por feixe cónico 0
Proteção de irradiação (avental, cervical,
dosímetro) 88 89% 11% 100% 0%
Prótese 76 41% 59% 94% 6%
Compressor 8 25% 75% 100% 0%
Cortadora de gesso 9 22% 78% 100% 0%
Micromotor eléctrico 8 38% 63% 100% 0%
Vibrador de gesso 11 36% 64% 91% 9%
Aparelho de vácuo 5 60% 40% 80% 20%
Polidor de modelos/próteses 5 40% 60% 80% 20%
Articulador 27 74% 26% 100% 0%
Mesa para cirurgia de modelos 3 33% 67% 100% 0%
Informática 175 91% 9% 98% 2%
Computador 104 98% 2% 99% 1%
Impressora 55 100% 0% 100% 0%
Digitalizador (scanner) 9 89% 11% 89% 11%
Software de ortodontia e cirurgia ortognática 6 67% 33% 100% 0%
Outro software técnico 1 100% 0% 100% 0%
Outro 13 91% 9% 100% 0%
Equipamento de reanimação 11 82% 18% 100% 0%
Equipamento de sedação inalatória 2 100% 0% 100% 0%
Equipamento de sialoendoscopia 0
Equipamento de artroscopia 0
Equipamento de LASER 0
Acesso Nº Respostas S N
Acesso no hospital a Cintigrafia 11 73% 27%
Acesso no hospital a Ecografia 11 100% 0%
Acesso no hospital a RMN/IRM 11 73% 27%
Acesso no hospital a TAC 11 100% 0%
40
RRH ESPECIALIDADE
Saliente-se que 64% dos equipamentos estomatológicos basilares têm mais de 10 anos, a maioria dos
quais mais de 15, aproximando-se da época de inevitável substituição (20 anos), dada a relação entre
longevidade e onerosidade de assistência técnica.
Adivinha-se, contudo, o aumento das necessidades cirúrgicas e médicas que derivam de maior despiste
de patologia oral e de patologia maxilar.
Assim, continua a considera-se desejável o mínimo de 1 estomatologista por cada 30.000 habitantes,
devendo a prestação dos respetivos serviços públicos organizar-se, idealmente, em estruturas não
inferiores a 5, 10 ou 16 estomatologistas (Colégio da especialidade de Estomatologia da OM,
Dezembro/2011).
• um quadro mínimo de 5 especialistas em hospitais de tipologia B2, servindo uma população de 150.000
habitantes e integrando a Rede de Referenciação de Emergência / Urgência com pelo menos 3
equipamentos estomatológicos e disponibilidade semanal de bloco operatório para Cirurgia do Ambulatório
e Convencional;
• um quadro mínimo de 10 especialistas em hospitais de tipologia B1, servindo uma população de 300.000
habitantes e integrando a Rede de Referenciação de Emergência / Urgência, com pelo menos 6
equipamentos estomatológicos e disponibilidade semanal de bloco operatório para Cirurgia do Ambulatório
e Convencional; participação em Consultas de Grupo, com desenvolvimento em áreas específicas, como
por exemplo dismorfias/desarmonias oro-maxilares e cirurgia ortognática, doença reumatológica, doença
neoplásica, Medicina Oral, patologia da ATM;
• um quadro mínimo de 16 especialistas em hospitais de tipologia A1, servindo uma população igual ou
superior a 500.000 habitantes e integrando a Rede de Referenciação de Emergência / Urgência, bem como
Consulta Externa e Consulta Interna de apoio e consultoria a diferentes especialidades, Consultas de
Grupo, atividade formadora pré e/ou pós-graduada, com pelo menos 10 equipamentos estomatológicos
(um dos quais exclusivo para a Urgência, com 24 horas de vigência) e disponibilidade semanal de bloco
operatório para Cirurgia do Ambulatório e Convencional.
RRH ESPECIALIDADE
Já não sendo esta a estrutura vigente, reconheceu-se a organização em 3 modelos: Consulta Externa,
Unidade e Serviço (Colégio da especialidade de Estomatologia da OM, Janeiro/2014):
• a Consulta Externa pode contar com apenas 1 especialista, assistido por técnico com treino específico,
mas deve articular-se com Unidade ou Serviço para onde referencia toda a patologia cirúrgica, a patologia
médica complexa e/ou outra que lhe não seja acessível; colabora com a Unidade ou Serviço nos quadros
da Urgência;
• a Unidade conta com o mínimo de 3 especialistas, assistidos por técnicos com treino específico e pelo
menos 1 enfermeiro; articula-se com Serviço ou Serviços para onde referencia a patologia cirúrgica que
não possa resolver e a patologia médica que lhe não seja acessível; colabora com os Serviços, nos quadros
da Urgência;
• o Serviço conta com o mínimo de 5 especialistas, assistidos por técnicos com treino específico e pelo
menos 2 enfermeiros e articula-se formalmente com serviços de outras especialidades, por exemplo através
de Consultas de Grupo e colaboração cirúrgica; participa no processo organizativo das Áreas ou
Departamentos; tem atividade formadora (ensino pós-graduado), atividade investigacional e centraliza a
Urgência.
42
RRH ESPECIALIDADE
Estes dados encontram-se resumidos no Quadro XVII e correspondem à diferença para o regime ideal, em
que a Estomatologia pode assumir não só a sua clara dotação multitasking, como elevada capacidade
resolutiva e interlocução integradora e nivelada com o conhecimento médico
Nos números apresentados, o CHP já contém os 3 médicos do Ex-Hospital Maria Pia. Não estão
contabilizados os quadros médicos dos IPO por se tratar de hospitais especializados, não fazendo parte da
RRH aqui em estudo.
RRH ESPECIALIDADE
Saliente-se que, considerado o número exíguo de polos de Estomatologia, a maioria dos serviços se debate
com áreas de referenciação direta e indireta com populações cujas necessidades são impassíveis de
satisfação. Os mapas de arquitetura da RRH revelam com clareza o somatório das populações.
A visão da arquitetura da RRH da Estomatologia resume a proposta de uma primeira fase de novos polos,
a atingir em 5 anos, 1 por ARS, exceto 2 na ARS Norte, com que se pretende melhoria assistencial e de
acesso, bem como maior elencagem com os cuidados primários.
44
RRH ESPECIALIDADE
A atividade multifatorial da Estomatologia e alguma segmentação que decorre não se coadunam com rating
nem ranking, apenas se pretendendo uma visão funcional, geral, sobre os serviços públicos.
Sob o ponto de vista organizacional, como em 5.2 se aclara, só a partir do número mínimo de 3 médicos
se pode conceber uma unidade funcional e considerar um cariz aprendente, no sentido de garantir que os
polos garantem o seu próprio desenvolvimento.
Continuam a não ser tomados em consideração os serviços dos IPO, pelo seu carácter especializado.
Tendo, nos últimos meses, havido algumas alterações na contratualização dos serviços, pode haver algum
desacerto, devendo persistir o conceito e não o que se discrimina nos quadros que se seguem.
Assim, parte-se de uma lógica quantitativa e consideram-se de Nível 1 ou Básico os polos com menos de
3 médicos, correspondendo ao conceito de Consulta Externa, salvo exceção.
A caracterização quantitativa não contempla o valor intangível do conhecimento que constitui a dotação
profissional mais relevante e que não é plasmável por esta via que tem objetivos distintos.
Médicos
Administração Regional de Saúde / Instuição
Total
ARS do Norte
Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães, E. P. E. / Hospital de São José - Fafe 1
Unidade Local de Saúde do Nordeste, E.P.E. 2
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E. 1
ARS do Centro
Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. 2
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E. 2
Centro Hospitalar de Leiria E.P.E. 2
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, E.P.E. 2
ARS do Alentejo
Hospital do Espírito Santo, E.P.E. - Évora 2
ARS do Algarve
Centro Hospitalar do Algarve, E.P.E. 3 (*)
RRH ESPECIALIDADE
Assinala-se a exceção do Centro Hospitalar do Algarve (*), formalmente com 3 médicos, mas efetivamente
com 2, por baixa prolongada de um elemento.
No Nível 1, conforme se verifica (ver Anexo 1 - MCDT da Consulta Externa), é previsível o desempenho
dos procedimentos contemplados no Anexo III da Portaria n.º 234/2015, de 7 de Agosto, excetuados os
relativos à "Ortodontia" e os que, em "Cirurgia Oral", possam dizer respeito a doentes de risco acrescido
(ex: diátese hemorrágica severa, hepatopatia crónica, insuficiência renal crónica, etc). Os cuidados de
Prostodontia estão, em geral, na dependência da orientação promovida pelas administrações, pelo ónus
financeiro, não merecendo nenhuma reserva clínica e cabendo-lhes satisfação também no Nível 1.
Os estabelecimentos de Nível 1 devem estar efetivamente elencados com unidades dos Níveis 2 e 3, no
sentido da referenciação - de forma próxima e circunstanciada - das situações mais graves de medicina
oral, da patologia maxilar, dos quistos e tumores odontogénicos, da infeção oro-facial severa, das
anomalias dento-alveolares/desarmonias dento-maxilares, das malformações e síndromas
polimalformativos, bem como da patologia salivar com componente sistémico relevante (ver 2 - Âmbito da
especialidade hospitalar).
Os polos com 3 ou 4 médicos podem aproximar-se, no seu perfil, quer do Nível 1, quer do Nível 3 e
constituem o Nível 2 ou Intermédio.
Podem ser o espaço resolutivo de patologia maxilar, quística e tumoral e devem estar elencados com
unidades do Nível 3, no sentido da referenciação - de forma próxima e circunstanciada - das situações fora
da sua alçada. Devem articular-se com a Urgência metropolitana correspondente.
Os serviços de Vila Nova de Gaia, de Braga (este, sendo uma PPP, por cláusulas contratuais) e o de Viana
do Castelo não prestam cuidados às desarmonias maxilares e malformações oro-faciais, tornando
necessária a sua referenciação para o fim de linha. Em nenhum dos serviços se reconhece atividade em
Prostodontia, provavelmente pelas razões já apontadas no Nível 1, não parecendo adequado referenciar-
lhes quem careça dessa reabilitação.
46
RRH ESPECIALIDADE
Médicos
Administração Regional de Saúde / Instuição
Total
ARS do Norte
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia - Espinho, E.P.E. 3
Hospital de Braga, P.P.P.* 4
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, E.P.E. 3
ARS de Lisboa e Vale do Tejo
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E. 5 (**)
Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E. 4
Médicos
Administração Regional de Saúde / Instuição
Total
ARS do Norte
Centro Hospitalar de São João, E.P.E. 14
Centro Hospitalar do Porto, E.P.E. 9+3
ARS do Centro
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. 15
ARS de Lisboa e Vale do Tejo
Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. 12
Centro Hospitalar Lisboa Norte, E.P.E. 14
Constitui exceção o serviço do CHLO, com atividade cirúrgica e operatória inferior 300 casos/ano e sem
LIC; não desenvolve cuidados na área das desarmonias dento-maxilares e malformações oro-faciais, nem
participa em Consultas de Grupo e não tem idoneidade formativa.
RRH ESPECIALIDADE
Afirmou-se já, em 2., que a traumatologia alvéolo-dentária é muitas vezes abordada a destempo, de forma
frequentemente mutilante e até com diferentes cuidados prestados em hospitais diferentes.
Justifica-se, portanto, reafirmar que a insuficiente presença da Estomatologia na Urgência tem sido
especialmente deletéria na traumatologia, sobretudo no grupo pediátrico que acresce às abordagens
mutilantes as perturbações do crescimento oro-facial.
Importa reiterar que, no meio hospitalar, mais ninguém presta cuidados dentários conservadores
entrosados com cuidados cirúrgicos, associados ou não em equipas mistas. E que, em 92% dos
traumatismos oro-faciais, as lesões atingem, em 30% dos casos, a dentição decídua e, em 20% dos casos,
a dentição definitiva, acometendo, associadamente, outras estruturas.
Assim, parece fundamental que haja pelo menos um Serviço de Urgência estomatológica 24 horas por dia,
no Porto, Coimbra e Lisboa, com presença de dois especialistas por equipa, dada a eventual necessidade
de intervenção em bloco operatório.
No presente momento, a solução encontrada em Coimbra parece ser a dotação mínima (ver 4.3.3), ainda
que o regime de presença devesse estender-se das 8 às 24 horas e não das 8 às 20 horas. Conhece-se,
sobretudo em pediatria, a turbulência das últimas horas do dia, com o regresso da escola ou liceu e o
reconhecimento, por parte dos pais, de doença em decurso
Assim, seria de desenvolver, com óbvia sinergia, uma única Urgência metropolitana em Lisboa e no Porto.
Nesse sentido, foi apresentado pelo Serviço de Estomatologia do Centro Hospitalar de São João, ao Centro
Hospitalar e à competente ARS, um projeto de centralização da Urgência Metropolitana estomatológica do
48
RRH ESPECIALIDADE
Porto no CHSJ. Essa Urgência Metropolitana juntaria os estomatologistas do CHSJ, CHP e CHVNG, o que
permitiria criar, com menores custos, um Serviço que abrangeria todos os dias do ano, pelo menos das 8
às 20h ou mesmo das 8 às 24h. Permitiria, ainda - o que é relevante - prestar cuidados à população
pediátrica, o que até hoje não é possível e obriga a deslocar alguns traumatizados para o CHUC, situado a
mais de 100 Km de distância, com todos os inconvenientes daí resultantes.
a) a sediar no Norte: Serviço de Estomatologia do Centro Hospitalar de São João (Hospital de São João);
c) a sediar no Sul: Serviço de Estomatologia do Centro Hospitalar Lisboa Central ou Lisboa Norte ou ambos,
alternadamente ou sinergicamente, a definir com a ajuda da ARSLVT.
Opção C - Das 8 às 24 horas, todos os dias do ano, em presença física e das 0 às 8 horas, todos os dias
do ano, em regime de chamada.
• 2 médicos estomatologistas;
RRH ESPECIALIDADE
Esta solução poderia ser implementada de forma célere, já que a logística está montada, não exige mais
médicos, antes os liberta, evitando duplicações e permitindo custos aceitáveis.
Em 5 anos, poderiam alargar-se estes Serviços a Évora e Faro, onde já existem Serviços de Estomatologia
a redimensionar.
Em 10 anos, poderiam alargar-se estes Serviços a Vila Real e Viseu, em Serviços de Estomatologia a criar
em Hospitais das regiões envolvidas.
50
RRH ESPECIALIDADE
Todos os serviços de nível 1 e 2 devem caminhar para uma relação efetiva com o Nível anterior
(nomeadamente com os Centros de Saúde e USF) e com o Nível seguinte e hospitais especializados.
No Nível 1, os serviços com apenas 1 elemento são entendidos como mera Consulta Externa (ver página
40), parecendo desperspectivados das necessidades do âmbito hospitalar, dada a sua conhecida
desagregação relativamente aos serviços dos níveis seguintes.
Ainda que apenas num dos 2 casos tenha sido possível aferir os respetivos MCDT, pareceria lícito ponderar
o alargamento imediato dos quadros e, portanto, a capacidade instalada, com inegável vantagem para o
SNS.
RRH ESPECIALIDADE
A RRH encontra-se resumida nos diagramas das páginas seguintes, elaborados a partir do esquema
validado pelas ARS, em Setembro de 2016.
Houve a preocupação de registo continuado das populações de influência direta e indireta dos diferentes
hospitais, na exposição clara da magnitude dos números.
A tracejado, figuram os polos cuja abertura se propõe no espaço de 5 anos, com a dotação inicial de 3
estomatologistas, segundo o conceito de Unidade Funcional, a saber:
ARS Norte
CH Tâmega e Sousa, para uma população de 519 769 habitantes
CH Trás-os-Montes e Alto Douro, para uma população de 273 263 habitantes
ARS Centro
CH Tondela - Viseu, para uma população de 267 633 habitantes
ARS LVT
H Prof. Dr. Fernando da Fonseca, para uma população de 535 927 habitantes
ARS Alentejo
H José Joaquim Fernandes (Beja), para uma população de 224 617 habitantes
ARS Algarve
H do Barlavento Algarvio, para uma população de 163 951 habitantes
52
RRH ESPECIALIDADE
ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DAS ENTIDADES HOSPITALARES – VALIDADA PELAS ARS EM SETEMBRO DE 2015
GRANDE
ACES/ULS CÁVADO I - ALTO AVE - AVE - ULS DE TÂMEGA I – BAIXO
GRANDE PORTO
ULS DO ALTO MINHO PORTO IV – I – S.
BRAGA GUIMARÃES FAMALICÃO MATOSINHOS TÂMEGA
PÓVOA DE TIRSO/TROFA
VIZELA
VARZIM/ VILA
TER. BASTO
CÁVADO II - DO CONDE
GRANDE PORTO
GERÊS/CABREIRA TÂMEGA II – VALE DO
III – MAIA /
SOUSA SUL
VALONGO
CÁVADO III -
BARCELOS/ESPOSEN
GRANDE PORTO
DE TÂMEGA III – VALE DO
VI – PORTO
SOUSA NORTE
ORIENTAL
t Esposende
244 836 256 660 244 361 142 941 519 769
e
Ent. CH Médio CH Póvoa
H. CH Tâmega e Sousa
Hosp. c/ H. Pedro
H. Viana do Castelo Guimarães Ave Varzim/
SUMC Hispano
Vila Conde
290 443
Ent.
Hosp. c/ CH de São João
SUP 2 204 874
com CT
1
RRH ESPECIALIDADE
ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DAS ENTIDADES HOSPITALARES – VALIDADA PELAS ARS EM SETEMBRO DE 2015
ENTRE DOURO E
ACES/ULS GRANDE PORTO VII – DOURO I - MARÃO E DOURO
VOUGA I – FEIRA / ULS NORDESTE GRANDE PORTO II - GONDOMAR
GAIA NORTE
AROUCA
TRÁS-OS-MONTES – ALTO
TÂMEGA E BARROSO
302 891
Ent.
Hosp. c/ CH do Porto
SUP 1 323 211
com CT
54
RRH ESPECIALIDADE
ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DAS ENTIDADES HOSPITALARES – VALIDADA PELAS ARS EM SETEMBRO DE 2015
C Ent.
Hosp.
Hospital Arcebispo
João Crisóstomo -
e c/ SUB Cantanhede
107 541
t
Ent.
r Hosp.
Hospital Distrital
da Figueira da Foz
ULS Guarda
o c/
SUMC
Ent.
Hosp. CH Tondela-Viseu
c/ SUP
205 760 131 432
Ent.
Hosp. Centro Hospitalar Universitário de Coimbra
c/ SUP 916 892
com CT
3
RRH ESPECIALIDADE
ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DAS ENTIDADES HOSPITALARES – VALIDADA PELAS ARS EM SETEMBRO DE 2015
ACES/ULS
PINHAL LITORAL MÉDIO TEJO OESTE NORTE ULS CASTELO BRANCO COVA DA
BAIXO VOUGA
BEIRA
Águeda
Albergaria-a-Velha
Castelo Branco
Anadia
Concelhos Batalha Idanha-a-Nova
Aveiro
/ Leiria Oleiros Belmont
Alcobaça Estarreja
Freguesias Marinha Grande Ourém Penamacor e
Nazaré Ovar Ílhavo
Pombal Proença-a-Nova Covilhã
Murtosa
Porto de MOS Sertã Fundão
Oliveira do Bairro
Vila de Rei
Sever do Vouga
Vila Velha de Rodão
Vagos
55 398
C Ent.
Hosp.
Hospital Dr.
e
Francisco 314 996
c/ SUB 87 869
Zagalo -Ovar
n 260 328 45 940 57 136 108 395
t
Ent.
r Hosp. CH Leiria CH Cova da
ULS Castelo Branco CH Baixo Vouga
o c/
SUMC AID – 363 404 Beira
Ent.
Hosp.
c/ SUP
Ent.
Hosp. Centro Hospitalar Universitário de Coimbra
c/ SUP
930 062
com CT
4
56
RRH ESPECIALIDADE
ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DAS ENTIDADES HOSPITALARES – VALIDADA PELAS ARS EM SETEMBRO DE 2015
OESTE NORTE OESTE SUL OESTE SUL LOURES-ODIVELAS AMADORA SINTRA CASCAIS
ACES/ULS
Cadaval
Lourinhã Mafra Loures
L Alcobaça Mafra • Milharado
• U.F. Malveira e
• Bucelas Amadora
•Águas Livres
i •Alfeizerão • Carvoeira • Fanhões
São Miguel de
•Benedita
• Ericeira • Loures •Encosta do
Alcainça
s
• Encarnação • Lousa Sol
Concelhos / •São Martinho do Porto • Mafra • U.F. Venda do
• U.F. Camarate, •Falagueira-
Freguesias Bombarral Pinheiro e Santo Sintra*1 Cascais
b
• Santo Isidoro Unhos e Apelação
Estêvão das Venda Nova
Caldas da Rainha • U.F. Azueira e Sobral da
Galés
• U.F. Santo Antão e
•Mina de
o
Abelheira
Óbidos • U.F. Enxara do Bispo,
São Julião do Tojal
Água
• U.F. Santo António
Peniche Gradil e Vila Franca do Sobral de •Venteira
a
dos Cavaleiros e
Rosário Monte Frielas
• U.F. Igreja Nova e
Agraço Odivelas
Cheleiros
Torres Vedras
e
V
a Ent.
l Hosp. c/
SUB
e 119 804 170 978 35 291 253 592 158 092 377 835 206 479
T
e
Ent. CH Lisboa Ocidental
j Hosp. c/ 742 406
o SUP
Ent.
Hosp. c/ CH Lisboa Norte
SUP 579 665
com CT
* O H José de Almeida - Cascais, para a Área da Materno Infantil, atende também a população das seguintes Freguesias do Concelho de Sintra (em detrimento do HFF):
Algueirão-Mem Martins; Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar; Colares; S. Maria, S. Miguel, S. Martinho, S. Pedro de Penaferrim; São João das Lampas e Terrugem
5
RRH ESPECIALIDADE
ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DAS ENTIDADES HOSPITALARES – VALIDADA PELAS ARS EM SETEMBRO DE 2015
L
Lisboa Lisboa
i •Alvalade
Loures
•U. F. Moscavide e
Lisboa
•Areeiro
Lisboa
•Olivais •Ajuda
s
•Avenidas Novas •Alcântara
Concelhos / Portela •Arroios •Parque das Amadora
•Benfica •Belém
•U.F. Sacavém e •Beato Nações
Freguesias
b •Campolide •Campo de Ourique •Alfragide*
Prior Velho •Estrela •Penha de França
•Carnide Oeiras
•Santa Maria
o
•U.F. Santa Iria de •Marvila
•Lumiar
Azoia, São João da •Misericórdia Maior
•Santa Clara
a Talha e Bobadela •Santo António
• Cont.
•São Domingos de Benfica
•São Vicente.
V
a Ent.
l Hosp. c/
SUB
e
d Ent.
o Hosp. c/
SUMC
Ent.
Hosp. c/ CH Lisboa Norte CH Lisboa Central
SUP AID – 226 229 AID – 349 307
com CT
* A freguesia de Alfragide , a partir de 01 de Agosto de 2016, passou a ser referenciada preferencialmente para o CHLO, mantendo-se em alternativa o HFF 6
58
RRH ESPECIALIDADE
ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DAS ENTIDADES HOSPITALARES – VALIDADA PELAS ARS EM SETEMBRO DE 2015
ALMADA - ARCO
ARRÁBIDA ESTUÁRIO DO TEJO LEZÍRIA MÉDIO TEJO
ACES/ULS SEIXAL RIBEIRINHO
L Almeirim Abrantes
Alcanena
i Alpiarça
Constância
Alenquer Cartaxo
s Concelhos / Almada
Alcochete
Barreiro
Palmela
Arruda dos Vinhos Chamusca Entroncamento
Freguesias Sesimbra Azambuja Coruche Ferreira do Zêzere
b Seixal Moita
Benavente Golegã Mação
Montijo Setúbal Sardoal
o Vila Franca de Xira Rio Maior
Tomar
Salvaterra de Magos
a Santarém Torres Novas
Vila Nova da Barquinha
V
a Ent.
l Hosp. c/
SUB
e 213 584 233 516 244 377 196 620 182 067
d Ent. CH CH de
H. de Vila Franca H. Distrital de
Barreiro- Setúbal CH Médio Tejo
o Hosp. c/
Montijo AID – 233 516
de Xira Santarém
SUMC
332 299
T
e
Ent. H. Garcia de
j Hosp. c/ Orta (Almada)
SUP
o
Ent.
Hosp. c/ CH Lisboa Norte CH Lisboa Central
SUP 332 299 836 648
com CT
7
RRH ESPECIALIDADE
ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DAS ENTIDADES HOSPITALARES – VALIDADA PELAS ARS EM SETEMBRO DE 2015
UNIDADE LOCAL
ACES/ULS UNIDADE LOCAL DE UNIDADE LOCAL DE
DE SAÚDE DO
SAÚDE DO LITORAL SAÚDE DO BAIXO ALENTEJO CENTRAL
NORTE
ALENTEJANO ALENTEJO
ALENTEJANO
e ULS Litoral
Alentejano
ULS Baixo Alentejo
j ULS Norte
o Ent. Alentejano
Hosp.
c/
Hospital José Joaquim Fernandes (Beja)
SUMC
224 617
Ent.
Hosp. Hospital do Espírito Santo (Évora)
c/ SUP
509 849
Ent.
Hosp. CH Lisboa Central
c/ SUP 509 849
com CT
8
60
RRH ESPECIALIDADE
ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DAS ENTIDADES HOSPITALARES – VALIDADA PELAS ARS EM SETEMBRO DE 2015
Albufeira
Concelhos Aljezur
Faro
/ Lagoa Alcoutim
Loulé
Freguesias Lagos Castro Marim
Olhão
Monchique Tavira
São Brás de
Portimão Vila Real de Santo
Alportel
Silves António
Vila do Bispo
A
l
g Ent.
a Hosp.
c/ SUB
r
v
e Ent. 163 951 232 068 54 987
Hosp.
c/
SUMC
Ent.
Hosp.
c/ SUP
com CT CH Lisboa Norte
451 006
9
RRH ESPECIALIDADE
LEGENDA
10
62
RRH ESPECIALIDADE
7- MONITORIZAÇÃO DA RRH
Indicadores
Acesso • % 1ªas Consultas realizadas em tempo adequado
Desempenho • % Cirurgia Ambulatório (GDH) para procedimentos ambulatorizáveis
Assistencial • Reinternamentos em 30 dias
Segurança • Taxa de infecções das feridas cirúrgicas
• Taxa de registo de utilização da "Lista de verificação de segurança cirúrgica"
Volume e utilização • Capacidade utilizada do bloco operatório
• Volume de patologia odontogénica e volume de patologia não odontogénica
Globais:
• Demora média antes da cirurgia
• Demora média antes da 1ª consulta
• Demora média entre a 1ª consulta e consulta subsequente
Produção e Rácios de eficiência - Actividade Assistencial:
• Total de consultas médicas
• Total de entrevistas de enfermagem
• Primeiras consultas
• Consultas subsequentes
• Total de Atendimentos Urgência
• Intervenções Cirúrgicas Programadas
• Intervenções Cirúrgicas Programadas Ambulatório
• Intervenções Cirúrgicas Programadas Convencionais
• Intervenções Cirúrgicas Urgentes
Produção e rácios de eficiência - Cirurgia:
Produtividade • Intervenções cirúrgicas programadas
• Intervenções cirúrgicas programadas ambulatório
• Intervenções cirúrgicas programadas convencionais
• Intervenções cirúrgicas urgentes
• % incritos LIC c/ tempo espera inferior ou igual TMRG
• % Ambulatorização cirúrgica
• % GDH Ambulatorização cirúrgica p/ procedimentos ambulatorizáveis
Produção e rácios de eficiência - Consulta Externa:
• Total de consultas
• Primeiras consultas
• Consultas subsequentes
• 1ªs Consultas no total de consultas
• % 1ªs Consultas realizadas e registadas na CTH
• % 1ªs Consultas realizadas em tempo adequado
• % Consultas Externas com registo de alta no total de consultas
• % CE não realizadas por não comparência utente no total CE
• % CE não realizadas por responsabilidade da instituição
• % CE não realizadas por não comparência utente no total CE
Produção e rácios de eficiência - Urgência:
• Número total de atendimentos
• % Atendimentos urgentes com internamemto
RRH ESPECIALIDADE
7.2 Observatório
A Estomatologia junta um saber e saber fazer que a dotam de competências que satisfazem por si só, na
presente circunstância, uma parte muito significativa das necessidades reconhecíveis em cuidados
primários, secundários e terciários em patologia oro-maxilar. A sua ligação ao crescimento e
desenvolvimento facial, acrescidamente, contribui para uma visão alargada das desarmonias oro-faciais e
sua abordagem precoce. Seria, de resto, capaz de orientar por métodos audiovisuais simples, numa
espécie de consultoria à distância, por videoconferência, parte importante das situações que procuram
ajuda hospitalar.
A formação médica, cirúrgica e dentária dos estomatologistas permite-lhes uma atividade multitasking
francamente resolutiva, com vantagens óbvias no SNS, por constituírem uma cadeia de valor muito
abrangente e pouco exportadora.
A presente RRH pode constituir uma grande oportunidade de ponderação e realinhamento interprofissional
sérios. É desejável que os serviços hospitalares criem, eles mesmos, uma dinâmica de apuramento
contínuo da própria referenciação.
64
RRH ESPECIALIDADE
8– ANEXOS
9 – BIBLIOGRAFIA
[1] Global Burden of Disease Study 2013 Collaborators. Global, regional, and national incidence,
prevalence, and years lived with disability for 301 acute and chronic diseases and injuries in 188
countries, 1990–2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013. The Lancet.
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66
RRH ESPECIALIDADE
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&usg=AFQjCNFc4Bz8wC6woZK_EQo94VsjZJYRDg&sig2=ku8CDUOcy6ftRR8v--MqEA
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1ec162
RRH ESPECIALIDADE
CH Centro Hospitalar
EX Exemplo
70
RRH ESPECIALIDADE
ORL Otorrinolaringologia
PPT PowerPoint
RR Redes de Referenciação
Periodontologia
37100 Destartarização 706 2323 1572 634 6 5 0 0 870 39 742 5624 325 2414 1217 316 1771 251 72
37105 Alisamento Radicular / Quad 0 6 1 4 0 1 0 0 0 0 5 617 0 118 117 0 226 0 1
37110 Gengivectomia 0 2 3 2 0 0 0 0 0 0 0 15 4 92 59 1 25 1 2
37115 Gengivoplastia 0 2 1 7 0 0 0 0 0 0 0 2 0 1653 64 2 0 0 0
37120 Cirurgia Periodontal / Quad 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 28 0 4 0 0 0 2 0
37122 Enxerto Gengival 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 15 0 0 0 0 0 1 0
37125 Incisão Em Cunha Distal 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
37127 Férulas Provisórias 0 2 1 1 0 0 0 0 0 0 0 11 0 41 1 0 2 0 0
37130 Férulas Estabilização 0 7 2 2 0 0 0 0 2 0 0 28 1 83 0 1 0 0 0
TOTAL 706 2345 1581 651 6 7 0 0 872 39 747 6341 330 4405 1458 320 2024 255 75
Endodontia
37150 Endodontia 1 Canal, Por Sessão 47 327 157 47 0 6 0 0 48 13 6 1282 75 254 286 30 194 48 65
37151 Endodontia 2 Canais, Por Sessão 11 83 39 12 14 4 0 0 12 0 2 294 19 33 110 6 33 8 0
37152 Endodontia 3 Canais, Por Sessão 15 157 40 9 0 4 0 0 11 0 1 389 21 28 88 13 25 11 0
TOTAL 73 567 236 68 14 14 0 0 71 13 9 1965 115 315 484 49 252 67 65
72
RRH ESPECIALIDADE
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Ortodontia e Oclusão
37205 Impressões E Modelos De Estudo 0 21 115 0 0 0 0 0 0 0 0 296 0 89 0 2 107 0 0
37210 Fotos 0 550 20 0 0 0 0 0 0 0 0 32 0 119 1 1 66 0 0
37215 Cefalometria Manual 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
37220 Cefalometria Por Computador 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0
37225 Aparelho Removível Unimaxilar 0 25 264 0 0 0 0 0 0 0 0 433 0 11 1 0 351 0 0
37229 Outros Aparelhos Fixos, Pré-Tratamento 0 32 15 0 0 0 0 0 0 0 0 53 0 25 2 0 41 0 0
37230 Aparelho Fixo Unimaxilar 0 25 1038 0 0 0 0 0 0 0 0 1660 0 48 0 2 102 0 0
37235 Aparelho Fixo Bimaxilar 0 560 6 0 0 0 0 0 0 0 0 96 0 19 0 0 111 0 0
37245 Montagem Em Articulador 0 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 1 0 0 0
TOTAL 0 1217 1460 0 0 0 0 0 0 0 0 2573 0 314 4 6 778 0 0
Prostodontia
37301 Prostodontia Removível, 1ª 0 2 2 1 0 0 0 0 8 0 0 1135 0 0 0 0 126 0 0
37302 Prostodontia Removível, 2ª 0 0 19 0 0 0 0 0 0 0 0 453 0 0 0 0 208 0 0
37303 Prostodontia Removível, Prova 0 1 14 0 0 0 0 0 0 0 0 207 0 0 0 0 136 0 0
37304 Prostodontia Removível, Colocação 0 1 13 0 0 0 0 0 0 0 0 180 0 0 0 0 215 0 0
37351 Prostodontia Fixa, 1ª 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 114 0 0 0 0 6 0 0
37352 Prostodontia Fixa, Prova 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 29 0 0 0 0 9 0 0
37353 Prostodontia Fixa, Colocação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 49 0 0 0 0 23 0 0
37360 Recimentar Coroa 0 0 3 1 0 0 0 0 0 0 0 15 7 2 15 0 0 0 0
37370 Colocação De Coroa 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 5 1 1 0 0 0 0
37380 Coroa Provisória em Compósito 0 0 19 0 0 0 0 0 0 0 0 9 3 8 4 0 22 0 0
TOTAL 0 4 71 2 0 0 0 0 8 0 0 2206 15 11 20 0 745 0 0
RRH ESPECIALIDADE
74
RRH ESPECIALIDADE
LEGENDA
1. CH VNG (1) 11. CH Baixo Vouga (2)
2. CH São João (1) 12. CHUC (1)
3. CH Porto (1) 13. Hosp. Castelo Branco (1)
4. Hosp. Braga (1) 14. CHLC (1)
5. ULS Alto Minho (2) 15. CHLO (1)
6. ULS Nordeste (1) 16. CH Setúbal (2)
7. ULS Matosinhos (2) 17. CHLN (1)
8. CH Tâmega e Sousa (2) 18. Hosp. Évora (1)
9. CH Cova da Beira (2) 19. CH Algarve (1)
10. CH Baixo Vouga (2)
FONTE: (1) Serviços de Estomatologia (2) ACSS Dados a zero: Hosp. Sra da Oliveira - Guimarães