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A Índia - Estuprada, Açoitada e Escravizada Sem Dó (Petala Parreira)
A Índia - Estuprada, Açoitada e Escravizada Sem Dó (Petala Parreira)
Petala Parreira
A índia
A grande romance do auge da época da
escravidão, sua crueldade sanguinolenta,
sua hipocrisia, sua sexualidade pujante,
prostituição ampla, política corrupta,
submissão e paixão
Vila Velha, ES
2015
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Agradecimentos:
Agradeço em primeiro lugar a minha amiga
materna, mentora e colega falecida Gabriela
Leite que sempre me encorajava e
desenvolveu junto comigo a ideia para esse
romance há muitos anos.
Em segundo lugar agradeço ao pessoal do
Museu do Índio (RJ), do Museu do Estado de
Pernambuco e da Fundação Joaquim Nabuco
e a Elias Fonseca, Frederico Seider, Lúcia
Pacheco Sampa e aos pescadores de Vila
Velha, em cuja companhia escrevi parte desse
livro.
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„Pois é.“
„Teria adorado se meu pai tivesse possuído
putas ou escravas. Para um jovem que cresce
assim, sempre tendo acesso a bucetas, a vida
deve ser muito boa. E ao outro lado esse país
está cheio de homens que não tem mulher
nenhuma. Quem sabe, um dia vou arranjar uma
índia para mim. Mas pelo sim, pelo não, gostaria
de ver, o que aconteceu com a índia que
deixamos para trás. Gostaria de acompanhar-
me? Acho que vou agora mesmo.“
„Você sabe, que nesses dias temos trabalho
demais no barzinho. Aí não posso fazer
passeios.“
“Sim, senhora.”
“Viu, moço, ela não é uma mocinha tão ruim.
Gostaria mesmo saber por que carga d´água ela
saiu tão escura.”
Quis divertir-me um pouco e disse: “Talvez o
pai dela cometeu um pecado grave.”
“O pai dela?” A senhora refletiu. “Mas é o
problema, não sabemos, quem é o pai. Se saísse
uma cabrita, o pai poderiam ser meu pai, padre
Antônio ou meu tio, que, na época, honraram a
negra com sua semente. Mas se fosse um
negro?”
“Se olhar os cabelos e os olhos da menina, acho
que é realmente uma cabrita. Só que saiu muito
escura, possivelmente por causa de uma mancha
na vida do pai.”
“Então foi o padre. Conheço meu pai e meu tio,
eles não cometeram pecados graves. Do padre
não sei. Puxa, então ela é filha do padre
Antônio! Pena que foi para a Corte. Gostaria de
mostrar-lhe sua cria. É mesmo, o nariz da
mulatinha me lembra um pouco do padre. Puxa!
Nunca pensei!”
“Que honra!” falei. “Então vou poder dormir
com a filha de um padre.”
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“E o que me aconselha?”
“Sendo você um moço muito bom e, quem sabe,
futuro parceiro (ela sorriu para mostrar que não
tinha muita confiança no que acabei de propor
como grande negócio), vou mandar meus dois
administradores contigo. Você vai colocar no
pescoço de cada fardo uma trela de couro e
conectar uma com a outra com uma corda firme,
mas leve. Assim você atrela a fila de 4 meninas
na sela e vai. As meninas, com as mãos e pés
livres, podem correr e você consegue chegar em
casa até o crepúsculo. São uns 50 quilômetros.
Se correm bem e graças a algumas chicotadas
com que meus administradores as incentivarão,
devem correr como gazelas, precisam de cinco
horas, mais as pausas devidas para disciplinar e
prostrar as potrancas.”
“Mas como posso confiar em seus
administradores? Eles poderiam ter dó das
meninas e tramar contra mim.”
“Já falei, como são as coisas aqui. Eles vão te
ajudar com muito prazer, tem minha confiança
absoluta, são homens que adoram educar,
quebrantar, humilhar, submeter e cavalgar
potrancas.”
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“Desculpa, senhor.”
“Vocês são amigas agora?”
A moleca disse “Somos”, e a negrinha
respondeu: “Somos, senhor.”
A moleca, evidente, gostou ou achou que seria
uma brincadeira e repetiu: “Somos, senhor.”
“Gosta de brincar com nossa negrinha?”
“Gosto, senhor.”
“Se lembra, quando pediu pela primeira vez para
brincar com a negrinha? Eu o permiti para você
e os moleques, mas só se você me depois fizesse
um favor. Está me devendo o favor ainda.”
Ela refletiu e se lembrou: “O senhor está falando
de nossa brincadeira, brincar de índia?”
“Pois é. Ainda está devendo. Não vai cumprir a
sua parte?”
“Não sei. O senhor há de saber.”
“Estão brincando de índia ainda?”
“Depende. Pode ser que os meninos querem, aí a
gente brinca.”
“Se você quer cumprir a sua promessa, tem que
me chamar, quando brincam.”
“Sim, senhor.”
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“Nós mesmos.”
“Viu? E assim vamos nos servir aos nós mesmos
também hoje. Entendeu?”
“Entendi. Então o senhor também vai servir a si
mesmo?”
Ri e disse “sim”, mas Lucas repreendeu sua irmã
linguaruda.
Analia falou logo: “Não, ele é o senhor nessa
casa. Eu vou servir a ele.”
Contos de prostitutas
Meninas novinhas, obrigadas a se venderem,
contam as coisas mais incríveis de suas vidas.
Prostitutas e putas de vários países contam como
foram seduzidas, exploradas, estupradas,
escravizadas, abusadas e castigadas sem dó e
relatam como viraram escravas e putas totalmente
obedientes. Essa coletânea publica material
confidencial de meninas presas no comercio do sexo
e de organizações mafiosas. Você vai ler coisas, que
você jamais imaginou. Com 147 páginas e mais de
50 fotos que ilustram como meninas novinhas são
sacrificadas e exploradas na prostituição. Conheça
um mundo que é fechado à maioria das pessoas.
Muitos usam prostitutas, mas não conhecem seu
coração, sua alma e a luta da vida delas. Entre
centenas de relatos e destinos Petala Parreira
escolheu os melhores para essa coletânea.
Puta
Uma jovem tailandesa tenra, frágil, bonita e
submissa nas mãos da organização mais dura e
rigorosa do mundo: a máfia russa. Leia como na
Tailândia as meninas, desde pequenas, são
preparadas para a prostituição, como elas são
defloradas, vendidas, prostituídas, exploradas,
endividadas, torturadas e vendidas e como a máfia
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Escrava de favela
Petala Parreira, prostituta, puta e membro de
“Piranhas para Jesus” publicou seu novo livro
“Escrava de favela”, em que ela narra a vida
horrível de uma menina vendida por seu pai em
troca de drogas ao traficante local. O fenômeno de
vender filhas a traficantes já bateu na justiça por
várias vezes, mas raramente alguém foi preso por
escravidão e prostituição forçada. Petala quer
confrontar os leitores com o destino dessas meninas
boazinhas e obedientes, que são vendidas por pais
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Puta perfeita
(Livro autobiográfico) Desde pequena me
acostumei que prostituição é uma coisa normal e
bacana, e que meu futuro poderia ser puta ou
prostituta. Já com cinco anos colocavam às vezes
roupas bonitas em mim e me elogiavam: “Que
putinha bonitinha!” Assim imaginei que putinha é
uma coisa gostosa, boa e elogiável. Aprendi ser puta
já brincando com bonecas e com minhas amigas.
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Contos avulsos:
Confissões forçadas de empregadas evangélicas
novinhas
Amealhando uma novinha negra evangélica
Abraão e Isaquinha – versão moderna de um
episódio bíblico
Desenhos animados:
Estado Islâmico (ISIS) Volume 1 até 16
O sofrimento das meninas cristãs, yazidis e de
outras minorias nos Estado Islâmico
https://www.google.de/search?hl=pt-
BR&tbo=p&tbm=bks&q=inauthor:%22Petala+Parr
eira%22
http://portuguesparaputas.wordpress.com
https://openlibrary.org/authors/OL7283999A/Petala
_Parreira
https://portuguesparaputas.wordpress.com/2015/04/
13/contos-confissoes-de-putas/
http://petalap.blogspot.com