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A Terapia Cognitiva Baseada na Consciência é um programa de tratamento inovador,

empiricamente validado, concebido para prevenir recaídas em pessoas que recuperaram da


depressão unipolar e que demonstrou ser prometedor no tratamento de distúrbios do humor
de forma mais geral. O auto-conhecimento baseado na consciência meditativa sustentada é o
seu princípio central. Baseado na pesquisa dos Drs. Zindel Segal, Mark Williams e John
Teasdale e documentado no seu livro Mindfulness Based Cognitive Therapy for Depression, o
programa integra ferramentas de terapia cognitiva com a prática e aplicação clínica da
meditação da mente.

mbsrclass_sittingO coração do MBCT reside em familiarizar os pacientes com os modos de


mente que frequentemente caracterizam as perturbações do humor, convidando-os
simultaneamente a desenvolver uma nova relação com estes modos. Os pacientes aprendem a
ver os pensamentos como acontecimentos na mente, independentemente do seu conteúdo e
carga emocional. Não precisam de ser disputados, mas são mantidos numa consciência mais
espaçosa, suficientemente grande para conter aspectos do eu considerado como quebrado e
inteiro.

Quando o primeiro programa de mindfulness foi criado pelo biólogo Jon Kabat-Zinn em 1979, a
intenção era levar a meditação para todas as pessoas que sofriam de estresse e dor crônica
principalmente.

E, apesar das meditações terem raízes, em sua maioria, orientais e religiosas, Kabat-Zinn quis
retirar a roupagem religiosa das práticas meditativas para que estas pudessem ser praticadas
por todos, sem invadir nenhuma religião ou crença individual.

Ok, vamos por partes.

Você sabe o que é um programa de mindfulness? Vamos destrinchar esta história.

Em 1979, Jon Kabat-Zinn criou um protocolo ou programa de mindfulness porque tinha a


vontade de levar isto para o hospital onde trabalhava.

E quando propôs esta inovação para época (ele estava tentando levar meditação para um
hospital!), precisou estabelecer um tempo limite e formas de mensurar os possíveis ganhos em
saúde mental dos participantes.

Assim, foi criado o primeiro programa de mindfulness. Os participantes eram enviados por
seus terapeutas ou psiquiatras para participar, com o compromisso de praticar a meditação e
os exercícios propostos por 8 semanas.
Hoje, há inúmeros programas de mindfulness existentes pelo mundo. Todos eles utilizando
mindfulness para o mesmo fim: que consigamos reagir ou lidar melhor com as nossas
experiências, sejam boas ou ruins.

Porém, quando pensamos (ou vemos) alguém meditando logo nos vem a associação ao
Budismo, ao Hinduísmo, entre outros.

De acordo com uma das definições criadas pelo próprio Jon Kabat-Zinn, Mindfulness é a
consciência que emerge ao estar atento, ao momento presente, de maneira intencional e sem
julgamentos.

Assim, mesmo havendo vários tipos de meditações pelo mundo e muitas ligadas a religiões,
mndfulness não tem a intenção de ser uma doutrina.

Os programas de mindfulness são treinos para que você perceba o momento presente,
momento a momento, com atitudes específicas de abertura, curiosidade, gentileza, não
julgamento, entre outras.

Desta forma, mindfulness não toca e não invade religião alguma. Pois não tem a ver com
crenças.

Tem a ver com nos observar, nos tornar íntimos de nós mesmos para que possamos responder
de forma mais funcional aos acontecimentos de nossas vidas: nossas perdas, conquistas,
nossos sentimentos e tudo o que inclui o pacote de estarmos vivos.

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