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Aula - TCC: pressupostos básicos do emagrecimento

INTRODUÇÃO À TCC E TRATAMENTO

● Em todas as formas de Terapia Cognitivo-Comportamental, derivadas do


modelo de Beck, o tratamento está baseado em uma formulação cognitiva,
nas crenças e estratégias comportamentais que caracterizam um transtorno
específico.
● O terapeuta procura produzir de várias formas uma mudança cognitiva
(modificação no pensamento e no sistema de crenças do paciente) para
produzir uma mudança emocional e comportamental duradoura.

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● Existem muitas formas de Terapia Cognitivo-Comportamental que
compartilham características da terapia de Beck, mas suas conceitualizações
e ênfases no tratamento variam até certo ponto. Elas incluem:
○ Terapia Racional-Emotiva Comportamental
○ Terapia Comportamental Dialética
○ Terapia de Solução de Problemas
○ Terapia de Aceitação e Compromisso
○ Terapia de Exposição
○ Terapia de Processamento Cognitivo
○ Sistema de Psicoterapia de Análise Cognitivo-Comportamental
○ Ativação Comportamental
○ Modificação Cognitivo-Comportamental
● A terapia cognitivo-comportamental tem sido adaptada a pacientes com
diferentes níveis de educação e renda, bem como a uma variedade de
culturas e idades, desde crianças pequenas até adultos com idade mais
avançada.
● Embora o tratamento descrito esteja focado nas sessões individuais de 45
minutos a 1 hora de duração, elas podem ser mais curtas.

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● O modelo cognitivo propõe que o pensamento disfuncional (que influencia o
humor e o pensamento do paciente) é comum a todos os transtornos
psicológicos.
● Quando as pessoas aprendem a avaliar seu pensamento de forma mais
realista e adaptativa, elas obtêm uma melhora em seu estado emocional e no
comportamento.
● Para que haja melhora duradoura no humor e no comportamento do
paciente, os terapeutas cognitivos trabalham em um nível mais profundo de
cognição: as crenças básicas do paciente sobre si mesmo, seu mundo e as
outras pessoas.

OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

● Princípio 1. A terapia cognitivo-comportamental está baseada em uma


formulação, em desenvolvimento contínuo, dos problemas dos pacientes e

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em uma conceituação individual de cada paciente, em termos cognitivos.

● Princípio 2. A terapia cognitivo-comportamental requer uma aliança


terapêutica sólida.

● Princípio 3. A terapia cognitivo-comportamental enfatiza a colaboração e a


participação ativa.

● Princípio 4. A terapia cognitivo-comportamental é orientada para os objetivos


e focada nos problemas.

● Princípio 5. A terapia cognitivo-comportamental enfatiza inicialmente o


presente.

● Princípio 6. A terapia cognitivo-comportamental é educativa, tem como


objetivo ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatiza a prevenção
de recaídas.

● Princípio 7. A terapia cognitivo-comportamental visa ser limitada no tempo.

● Princípio 8. As sessões de terapia cognitivo-comportamental são


estruturadas.

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● Princípio 9. A terapia cognitivo-comportamental ensina os pacientes a
identificar, avaliar e responder aos seus pensamentos e crenças
disfuncionais. Isso é feito por meio do processo de técnicas cognitivas e
experimentos comportamentais, para que o paciente teste diretamente seu
pensamento.

● Princípio 10. A terapia cognitivo-comportamental usa uma variedade de


técnicas para mudar o pensamento, o humor e o comportamento. Embora
estratégias cognitivas sejam centrais para a Terapia
Cognitivo-comportamental, as técnicas comportamentais e de solução de
problemas são essenciais.

MINDFUL EATING

● O mindful eating (ME) preconiza que os sujeitos façam suas escolhas


alimentares de forma consciente e atenta aos sinais físicos de fome e

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saciedade.
● Outra premissa importante do ME é a atenção a toda experiência envolvida
no comer, notando os efeitos da comida nos sentidos e nas sensações físicas
e emocionais que ocorrem antes, durante e após a alimentação, com
abertura e sem julgamentos.
● A associação do comer com atenção plena, dentro da abordagem da TCC,
tem tido bons resultados.
● O Mindful Eating utiliza técnicas, como a meditação e mindfulness, para
exercitar a atenção plena quanto a quantidade de comida ingerida, a
frequência, aos sabores, aos horários e ao modo como as pessoas se
sentem após comerem, para que os indivíduos possam usar a comida como
satisfação de suas necessidades fisiológicas, obtendo bons resultados para o
tratamento dos transtornos compulsivos relacionados à alimentação.

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