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Perséfone

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Perséfone (em grego: Περσεφόνη, transl.: Persephónē), na


mitologia grega, é a deusa das ervas, flores, frutos e perfumes. Perséfone
É filha de Zeus com sua irmã Deméter, a deusa da agricultura Deusa das ervas, estações do ano, flores,
e das estações do ano; tendo nascido após o casamento de seu frutos e perfumes
pai com Métis e antes do casamento com Hera. Criada no Rainha do submundo
monte Olimpo, lar da nobreza divina, Perséfone foi
sequestrada por seu tio Hades, mudando-se para o mundo
inferior. Socorrida por seu meio-irmão Hermes, Perséfone
passou a morar metade do ano no Olimpo nas estações
primavera e verão, quando era chamada de Cora (Koré) pelos
demais deuses ctônicos. A ela eram consagrados os chás de
plantas como alecrim e sálvia; além das abelhas e do mel.

Perséfone é descrita como "a de braços brancos" por


Hesíodo.[1]

Índice
Rapto
A rainha
Estátua de autoria de Dominikus
O culto Auliczek, nos jardins do Palácio
Descendência e consortes Nymphenburg, na Alemanha.

Outras relações Nome Περσεφόνη


nativo
Representação
Morada Mundo inferior
Epítetos e nome Símbolo Romã
Referências Sementes de grão
Abelha
Cônjuge(s) Hades
Rapto Pais Zeus e Deméter
Irmão(s) Arion, Despina, Pluto,
Perséfone aparece em a Ilíada simplesmente como rainha do Filomelo, Eubuleu,
mundo inferior e esposa de Hades. O mito do seu rapto foi Amfiteu I
primeiro narrado por Hesíodo. Filho(s) Melinoe
Zagreu
Os deuses, Hermes, Ares, Dioniso e Apolo todos cortejaram- Macária
na. Deméter rejeitou todos os seus dons e escondeu a filha
Romano Proserpina
longe da companhia dos deuses.[2] equivalente
Festividade Tesmoforia, Mistérios de
Todos os que habitavam em Olimpo
“ ”
Elêusis
foram enfeitiçados por esta menina
(Perséfone), rivais no amor a menina

casar, e Hermes ofereceu seus dotes


para uma noiva. E ele ofereceu a sua
vara como dom para decorar seu quarto
(como preço da noiva para a mão dela
em casamento, mas todas as ofertas
foram recusadas por sua mãe Deméter).
— Nono de Panópolis , Dionisíaca 5.562.

Quando os sinais de sua grande beleza e feminilidade começaram a brilhar, em sua adolescência, chamou a
atenção do deus Hades que a pediu em casamento. Zeus advertiu seu irmão que Démeter não quer que
nenhum deus chegue perto da sua filha. Hades, impaciente, emergiu da terra e raptou-a enquanto ela colhia
flores com as ninfas, entre elas Leucipe e Aretusa, ou segundo os hinos homéricos, a deusa estava também
junto de suas irmãs Atena e Ártemis. Hades levou-a para seus domínios (o mundo subterrâneo ou mundo
inferior), desposando-a e fazendo dela sua rainha.

Sua mãe, ficando inconsolável, acabou por dedicar se exclusivamente a encontrar sua filha e com isso : as
terras tornaram-se estéreis e houve escassez de alimentos, e Démeter recusou-se a ingerir qualquer alimento
e começou a definhar. Ninguém queria lhe contar o que havia acontecido com sua filha, mas Deméter
depois de muito procurar finalmente descobriu através de Hécate e Hélio que a jovem deusa havia sido
levada para o mundo dos mortos, e junto com Hermes, foi buscá-la no reino de Hades (ou segundo outras
fontes, Zeus ordenou que Hades devolvesse a sua filha). Como entretanto Perséfone tinha comido algo
(seis sementes de romã) concluiu-se que não tinha rejeitado inteiramente Hades. Assim, estabeleceu-se um
acordo, ela passaria metade do ano junto a sua mãe, quando seria Cora (para os romanos), a eterna
adolescente, e o restante com Hades, quando se tornaria a sombria Perséfone (Prosérpina, para os
romanos). Este mito justifica o ciclo anual das colheitas.

A história do rapto de Perséfone fazia parte dos ritos de iniciação nos mistérios de Elêusis, ritos de iniciação
ao culto das deusas Deméter e Perséfone, que se celebravam em Elêusis, na Grécia antiga.[3]

A rainha
Perséfone é descrita como uma mulher morena de olhos verdes,
descrita por Opiano de Apameia,[4] possuidora de uma beleza
estonteante, pela qual muitos homens se apaixonaram, entre eles,
Pírito e Adônis. Perséfone não foi amante de Adônis mas se
"apaixonou" por ele quando ainda era um bebê, pois Afrodite
pediu para ela cuidar dele e ela não queria devolver mais. Afrodite
se torna rival dela, quer ficar com o menino o tempo todo e depois,
quando ele já está adolescente, torna-se amante de Afrodite.

Hades e Perséfone tinham uma relação calma e amorosa. As brigas


eram raras, com exceção de quando Hades se sentiu atraído por
uma ninfa chamada Minta, e Perséfone, tomada de ciúmes,
transformou a ninfa numa planta, destinada a vegetar nas entradas
das cavernas, ou, em outra versão, na porta de entrada do reino dos
mortos.[5] Perséfone interferia nas decisões de Hades, sempre
intercedendo a favor dos heróis e mortais, e sempre estava disposta
O Retorno de Perséfone
a receber e atender os mortais que visitavam o reino dos mortos à
Por Frederic Leighton, 1891
procura de ajuda. Apesar disso, os gregos a temiam e, salvo
exceções, no dia a dia evitavam falar seu nome (Perséfone)
chamando-a de Hera infernal [6]
chamando a de Hera infernal.

O culto
Entre muitos rituais atribuídos à entidade, cita-se que ninguém poderia morrer sem que a rainha do mundo
dos mortos lhe cortasse o fio de cabelo que o ligava à vida. O culto de Perséfone foi muito desenvolvido na
Sicília, ela presidia aos funerais. Os amigos ou parentes do morto cortavam os cabelos e os jogavam numa
fogueira em honra à deusa infernal. A ela, eram imolados cães, e os gregos acreditavam que Perséfone fazia
reencontrar objetos perdidos.[7]

Descendência e consortes
Conta-se nos cultos órficos que Zeus, o pai da Perséfone, teve amor com a própria filha, sob a forma de
uma serpente. Informações retiradas de antigos textos gregos, citam que Perséfone teve um filho e uma filha
com Zeus: Melinoe era de uma habilidade notável e Zagreu, que seria a primeira reencarnação de Dioniso.
Perséfone, com Hades, é mãe das Erínias, personificações da vingança.[8] Uma fonte bizantina rara afirma
que ela e Hades também são pais de Macária, deusa da boa morte.

Outras relações
Apesar de Perséfone ter vários irmãos por parte de seu pai Zeus,
tais como Ares, Hermes, Dioniso, Atena, Hebe, Apolo, entre
outros, por parte de sua mãe Deméter, tinha um irmão, Pluto, um
deus secundário que presidia às riquezas. É um deus pouco
conhecido, e muito confundido como Plutão, o deus romano que
corresponde a Hades. Tinha também como irmã e irmão, filhos de
sua mãe, uma deusa chamada Despina e um equino chamado
Árion. Despina foi abandonada pela mãe de ambas ao nascer. Por
isso ela tinha inveja da deusa do mundo dos mortos, até porque
Deméter se excedia em atenções para a rainha. Em resposta, a filha
rejeitada destruía tudo que Perséfone e sua mãe amavam, o que
resultaria no inverno.[9]

Representação
A rainha é representada ao lado de seu marido, num trono de
ébano, segurando um facho com fumos negros. A papoula foi-lhe Perséfone e Deméter
dedicada por ter servido de lenitivo à sua mãe na ocasião de seu
rapto. O Narciso também lhe é dedicado, pois estava colhendo esta flor quando foi surpreendida e raptada
por Hades. A ela também eram associadas as serpentes.

Epítetos e nome
Perséfone antes de ser raptada por Hades se chamava Cora ou Coré (Koré). E, outros dialetos, ela é
conhecida por vários nomes: Perséfassa (Περσεφάσσα), Perséfata (Περσεφάττα), Persefoneia
(Περσεφονεία), Ferépafa (Pherepafa- Φερέπαφα). Seu nome infernal significa "Aquela que destrói a luz",
enquanto Koré significa "moça virgem". Em Roma, ela tinha vários títulos entre os quais Juno (Hera)
Inferna.

Perséfone tem muitos epítetos entre eles estão:[10]


Perséfone tem muitos epítetos, entre eles estão:[10]

Despina, significa senhora


Carpóforo (Karpophoros), significa frutífera
Ctônica, significa do submundo
Léptina, significa destruidora
Megala Thea, significa grande deusa
Protógona, significa primogênita
Sótira, significa salvadora
Hagne, significa sagrada
Deira, significa sábia
Praxídice, executora da justiça
Épene, significa temível

Referências
1. Hesíodo; Torrano, Jaa (2003). Teogonia a 5. Ovídio, Metamorfoses.
origem dos Deuses (https://books.google.c 6. Coleção: divindades gregas: Brasil, Editora
om.br/books?id=1ZcPXcbHlxMC&printsec Abril, 2004.pag. 31'.
=frontcover&hl=pt-BR#v=onepage&q=%22 7. Enciclopedia Barsa: Volume 11. Brasil, Rio
Pers%C3%A9fone%20de%20alvos%20br de janeiro, São Paulo: Enciclopedia
a%C3%A7os%22&f=false). [S.l.]: Editora britanica editores, 1971.pag. 256
Iluminuras Ltda Prosérpina.
2. «Loves of Hermes» (http://www.theoi.com/ 8. «Perséfone» (http://www.theoi.com/Khthoni
Olympios/HermesLoves.html#Persephone) os/Persephone.html). Theoi. Consultado
3. «The Eleusinian Mysteries: The Rites of em 9 de Junho de 2016
Demeter» (https://www.ancient.eu/article/3 9. Pausânias, 8.42.1 (http://www.perseus.tufts.
2/the-eleusinian-mysteries-the-rites-of-dem edu/hopper/text?doc=Paus.+8.42.1&fromdo
eter/). Ancient History Encyclopedia. c=Perseus%3Atext%3A1999.01.0160)
Consultado em 5 de maio de 2019 10. http://www.theoi.com/Khthonios/PersephoneG
4. Opiano Haliêutica 3,485

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