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Índice
Rapto
A rainha
Estátua de autoria de Dominikus
O culto Auliczek, nos jardins do Palácio
Descendência e consortes Nymphenburg, na Alemanha.
Quando os sinais de sua grande beleza e feminilidade começaram a brilhar, em sua adolescência, chamou a
atenção do deus Hades que a pediu em casamento. Zeus advertiu seu irmão que Démeter não quer que
nenhum deus chegue perto da sua filha. Hades, impaciente, emergiu da terra e raptou-a enquanto ela colhia
flores com as ninfas, entre elas Leucipe e Aretusa, ou segundo os hinos homéricos, a deusa estava também
junto de suas irmãs Atena e Ártemis. Hades levou-a para seus domínios (o mundo subterrâneo ou mundo
inferior), desposando-a e fazendo dela sua rainha.
Sua mãe, ficando inconsolável, acabou por dedicar se exclusivamente a encontrar sua filha e com isso : as
terras tornaram-se estéreis e houve escassez de alimentos, e Démeter recusou-se a ingerir qualquer alimento
e começou a definhar. Ninguém queria lhe contar o que havia acontecido com sua filha, mas Deméter
depois de muito procurar finalmente descobriu através de Hécate e Hélio que a jovem deusa havia sido
levada para o mundo dos mortos, e junto com Hermes, foi buscá-la no reino de Hades (ou segundo outras
fontes, Zeus ordenou que Hades devolvesse a sua filha). Como entretanto Perséfone tinha comido algo
(seis sementes de romã) concluiu-se que não tinha rejeitado inteiramente Hades. Assim, estabeleceu-se um
acordo, ela passaria metade do ano junto a sua mãe, quando seria Cora (para os romanos), a eterna
adolescente, e o restante com Hades, quando se tornaria a sombria Perséfone (Prosérpina, para os
romanos). Este mito justifica o ciclo anual das colheitas.
A história do rapto de Perséfone fazia parte dos ritos de iniciação nos mistérios de Elêusis, ritos de iniciação
ao culto das deusas Deméter e Perséfone, que se celebravam em Elêusis, na Grécia antiga.[3]
A rainha
Perséfone é descrita como uma mulher morena de olhos verdes,
descrita por Opiano de Apameia,[4] possuidora de uma beleza
estonteante, pela qual muitos homens se apaixonaram, entre eles,
Pírito e Adônis. Perséfone não foi amante de Adônis mas se
"apaixonou" por ele quando ainda era um bebê, pois Afrodite
pediu para ela cuidar dele e ela não queria devolver mais. Afrodite
se torna rival dela, quer ficar com o menino o tempo todo e depois,
quando ele já está adolescente, torna-se amante de Afrodite.
O culto
Entre muitos rituais atribuídos à entidade, cita-se que ninguém poderia morrer sem que a rainha do mundo
dos mortos lhe cortasse o fio de cabelo que o ligava à vida. O culto de Perséfone foi muito desenvolvido na
Sicília, ela presidia aos funerais. Os amigos ou parentes do morto cortavam os cabelos e os jogavam numa
fogueira em honra à deusa infernal. A ela, eram imolados cães, e os gregos acreditavam que Perséfone fazia
reencontrar objetos perdidos.[7]
Descendência e consortes
Conta-se nos cultos órficos que Zeus, o pai da Perséfone, teve amor com a própria filha, sob a forma de
uma serpente. Informações retiradas de antigos textos gregos, citam que Perséfone teve um filho e uma filha
com Zeus: Melinoe era de uma habilidade notável e Zagreu, que seria a primeira reencarnação de Dioniso.
Perséfone, com Hades, é mãe das Erínias, personificações da vingança.[8] Uma fonte bizantina rara afirma
que ela e Hades também são pais de Macária, deusa da boa morte.
Outras relações
Apesar de Perséfone ter vários irmãos por parte de seu pai Zeus,
tais como Ares, Hermes, Dioniso, Atena, Hebe, Apolo, entre
outros, por parte de sua mãe Deméter, tinha um irmão, Pluto, um
deus secundário que presidia às riquezas. É um deus pouco
conhecido, e muito confundido como Plutão, o deus romano que
corresponde a Hades. Tinha também como irmã e irmão, filhos de
sua mãe, uma deusa chamada Despina e um equino chamado
Árion. Despina foi abandonada pela mãe de ambas ao nascer. Por
isso ela tinha inveja da deusa do mundo dos mortos, até porque
Deméter se excedia em atenções para a rainha. Em resposta, a filha
rejeitada destruía tudo que Perséfone e sua mãe amavam, o que
resultaria no inverno.[9]
Representação
A rainha é representada ao lado de seu marido, num trono de
ébano, segurando um facho com fumos negros. A papoula foi-lhe Perséfone e Deméter
dedicada por ter servido de lenitivo à sua mãe na ocasião de seu
rapto. O Narciso também lhe é dedicado, pois estava colhendo esta flor quando foi surpreendida e raptada
por Hades. A ela também eram associadas as serpentes.
Epítetos e nome
Perséfone antes de ser raptada por Hades se chamava Cora ou Coré (Koré). E, outros dialetos, ela é
conhecida por vários nomes: Perséfassa (Περσεφάσσα), Perséfata (Περσεφάττα), Persefoneia
(Περσεφονεία), Ferépafa (Pherepafa- Φερέπαφα). Seu nome infernal significa "Aquela que destrói a luz",
enquanto Koré significa "moça virgem". Em Roma, ela tinha vários títulos entre os quais Juno (Hera)
Inferna.
Referências
1. Hesíodo; Torrano, Jaa (2003). Teogonia a 5. Ovídio, Metamorfoses.
origem dos Deuses (https://books.google.c 6. Coleção: divindades gregas: Brasil, Editora
om.br/books?id=1ZcPXcbHlxMC&printsec Abril, 2004.pag. 31'.
=frontcover&hl=pt-BR#v=onepage&q=%22 7. Enciclopedia Barsa: Volume 11. Brasil, Rio
Pers%C3%A9fone%20de%20alvos%20br de janeiro, São Paulo: Enciclopedia
a%C3%A7os%22&f=false). [S.l.]: Editora britanica editores, 1971.pag. 256
Iluminuras Ltda Prosérpina.
2. «Loves of Hermes» (http://www.theoi.com/ 8. «Perséfone» (http://www.theoi.com/Khthoni
Olympios/HermesLoves.html#Persephone) os/Persephone.html). Theoi. Consultado
3. «The Eleusinian Mysteries: The Rites of em 9 de Junho de 2016
Demeter» (https://www.ancient.eu/article/3 9. Pausânias, 8.42.1 (http://www.perseus.tufts.
2/the-eleusinian-mysteries-the-rites-of-dem edu/hopper/text?doc=Paus.+8.42.1&fromdo
eter/). Ancient History Encyclopedia. c=Perseus%3Atext%3A1999.01.0160)
Consultado em 5 de maio de 2019 10. http://www.theoi.com/Khthonios/PersephoneG
4. Opiano Haliêutica 3,485
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