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ESCOLA SECUNDÁRIA DE PEDRO NUNES

Código – 40465

Reflexão do canto X- (est. 145-149) “ O regresso a casa e o apelo ao rei”.


10º ano de Escolaridade 2019-2020

O poeta retoma o tom elegíaco. Reconhece a inutilidade do seu canto,


pois o que celebra são-lhe indiferentes e inúteis. Nem o amor à Pátria o
incentiva mais, já que esta está mergulhada na cobiça, encontra-se em
decadência. Dos versos 4 a 8 da estrofe 146, reitera a falta de ânimo para
a realização de grandes feitos.
Depois o discurso passa a ter como destinatário o rei, recuperando-
se assim o tom épico. Há claramente um contraste de tons, épico e anti-
épico nesta mesma estrofe; o primeiro porque o Rei é representante de
Deus na terra, senhor de vassalos únicos pelas suas qualidades; o segundo
porque a Pátria está numa decadência espiritual.
Da estrofe 147 à 148 faz-se um quadro épico das qualidades desses
vassalos, que por várias vias dão provas do seu heroismo e que enfrentam
todos os perigos no mar e na guerra para trazer fama e glória à Pátria e ao
Rei. Estes perigos são apresentados quase como um espectáculo
mostrado ao Rei “ Olhai que ledos vão, por várias vias quais leões ou
bravos touros”.
Na estrofe 149, há como que um retomar da dedicatória, em que o
poeta lembra ao Rei dos deveres que tem para com os seus vassalos.

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