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Nathália Cirne
Rio de Janeiro
2021
2
Nathália Cirne
Rio de Janeiro
2021
3
CIRNE, Nathália.
Nathália Cirne
Avaliação:
_________________________________________
Prof. Orientador
_________________________________________
Prof. da Banca
_________________________________________
Prof. da Banca
Rio de Janeiro
2021
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter preservado a minha saúde mental e física
ao longo de dois anos de pandemia, me permitindo concluir esse trabalho de conclusão de
curso ainda que eu o fizesse simultaneamente com outras três especializações e uma segunda
graduação.
Ao meu marido, Rodrigo da Silva Vieira, por todo o suporte dado ao cuidar da
minha saúde de forma integral e me amparar em meu dia a dia. Por todo o carinho, pela
compreensão dos meus momentos de ausência, pela motivação me oferecida e por todo o
seu conhecimento compartilhado na área médica.
Á professora Maria Teresa Correia Coutinho, que é uma inspiração e através dos
conhecimentos compartilhados em sua disciplina,foi determinante no meu interesse por
psicologia, na minha autoavaliação profissional e aperfeiçoamento enquanto executiva.
7
RESUMO
Sabendo que não foram feitas grandes atualizações relativas ao trabalho de acordo
com a evolução tecnológica em período anterior a pandemia, e que a COVID foi grande fator
de reavaliação e transformação digital nas empresas, essa monografia tratará dos impactos
positivos e os retornos esperados tanto para os trabalhadores quanto para os empregadores
ao se adequarem aos recursos facilitadores existentes hoje e à adequação do modelo de
trabalho no cenário de pós-pandêmico.
ABSTRACT
Knowing that no major updates were made regarding the work in line with
technological developments in the period prior to the pandemic, and that COVID was a
major factor in the reassessment and digital transformation of companies, this monograph
will address the positive impacts and expected returns for both the workers and employers
by adapting to the enabling resources that exist today and to the adequacy of the work model
in the post-pandemic scenario.
It’ll also address mental health and its impact on productivity when placed as
the centerpiece of analysis and care. It’ll discuss diseases that have been advancing as
consequences of the previous dynamics in the work environment, such as Irritable Bowel
Syndrome, Burnout, Anxiety and Depression, and how some organizational structures,
including human limitations and the current excess of stimuli due to technology, can
influence collective well-being and economic recovery after one of the worst pandemic
scenarios in world history.
The present work seeks to compare the beliefs of the not-so-distant past of excessive
control over the worker, limited working hours and the creation of intimidating physical
environments with the dynamics that are currently being implemented of remote work, with
more flexibility, more freedom and a greater reflection specifically on mental health and its
impacts on business performance and human relationships.
SINTESI
Sapendo che non sono stati effettuati importanti aggiornamenti sul lavoro in linea
con gli sviluppi tecnologici nel periodo antecedente la pandemia e che il COVID è stato un
fattore importante nella rivalutazione e nella trasformazione digitale delle aziende, questa
monografia affronterà gli impatti positivi e i ritorni attesi per sia i lavoratori che i datori
di lavoro adattandosi alle risorse abilitanti oggi esistenti e all’adeguatezza del modello di
lavoro nello scenario post-pandemia.
Affronterà anche la salute mentale e il suo impatto sulla produttività quando viene
posto al centro dell’analisi e della cura. Parlerà di malattie che stanno avanzando come
conseguenze delle precedenti dinamiche nell’ambiente di lavoro, come la sindrome
dell’intestino irritabile, il burnout, l’ansia e la depressione, e come alcune strutture
organizzative, comprese le limitazioni umane e l’attuale eccesso di stimoli dovuto alla
tecnologia , può influenzare il benessere collettivo e la ripresa economica dopo uno dei
peggiori scenari di pandemia della storia mondiale.
Il presente lavoro cerca di confrontare le convinzioni del passato non troppo lontano
di controllo eccessivo sul lavoratore, orari di lavoro limitati e creazione di ambienti fisici
intimidatori con le dinamiche attualmente in atto di lavoro a distanza, con più flessibilità,
più libertà e una maggiore riflessione specifica sulla salute mentale e sui suoi impatti sulla
performance aziendale e sui rapporti umani.
RESUMEN
El presente trabajo busca comparar las creencias del pasado no tan lejano de control
excesivo sobre el trabajador, jornada limitada y la creación de ambientes físicos intimidantes
con las dinámicas que se están implementando actualmente del trabajo a distancia, con más
flexibilidad, más libertad y una mayor reflexión específicamente sobre la salud mental y sus
impactos en el desempeño empresarial y las relaciones humanas.
RÉSUMÉ
Sachant qu’aucune mise à jour majeure n’a été faite concernant les travaux en lien
avec les évolutions technologiques de la période précédant la pandémie, et que le COVID
a été un facteur majeur dans la réévaluation et la transformation numérique des entreprises,
cette monographie abordera les impacts positifs et les rendements attendus pour à la fois
les travailleurs et les employeurs en s’adaptant aux ressources habilitantes qui existent
aujourd’hui et à l’adéquation du modèle de travail dans le scénario post-pandémique.
Le présent travail cherche à comparer les croyances du passé pas si lointain de contrôle
excessif sur le travailleur, d’horaires de travail limités et de création d’environnements
physiques intimidants avec les dynamiques qui sont actuellement mises en œuvre du travail à
distance, avec plus de flexibilité, plus liberté et une plus grande réflexion spécifiquement sur
la santé mentale et ses impacts sur la performance des entreprises et les relations humaines.
LISTA DE IMAGENS
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – comparativos de dados das pandemias ocorridas nos últimos 50 anos ................. 38
Tabela 02 – Resultados sobre a autoavaliação da saúde mental ............................................... 44
Tabela 03 – Resultado geral sobre o exercício do trabalho pelo modelo presencial ................. 44
Tabela 04 – Resultado geral sobre o aumento de ansiedade .................................................... 45
Tabela 05 – Resultado geral sobre aumento de tristeza e insatisfação ..................................... 45
Tabela 06 – Resultado geral sobre dificuldades de memória, atenção e concentração ............. 45
Tabela 07 – Resultado geral sobre aumento do sentimento de medo ....................................... 45
Tabela 08 – Resultado geral sobre aumento de agressividade e irritabilidade ........................ 46
Tabela 09 – Redução de rendimentos por sexo biológico ....................................................... 46
Tabela 10 – Percepção de aumento de ansiedade de acordo com o sexo biológico .................. 47
Tabela 11 – Aumento de tristeza e insatisfação de acordo com o sexo biológico ................... 47
Tabela 12 – Problemas de memória e concentração de acordo com o sexo biológico .............. 47
Tabela 13 – Aumento do sentimento de medo de acordo com o sexo biológico ................... 47
Tabela 14 – Aumento da agressividade de acordo com o sexo biológico ................................ 48
Tabela 15 – Dados sobre o aumento da ansiedade de acordo com a classe social .................... 48
Tabela 16 – Dados sobre tristeza de acordo com a classe social ............................................. 48
Tabela 17 – Problemas de memória e concentração de acordo com a classe social ................ 49
Tabela 18 – Aumento do sentimento de medo de acordo com a classe social ......................... 49
Tabela 19 – Aumento da agressividade de acordo com a classe social ................................... 49
Tabela 20 – Aumento de ansiedade de acordo com o gênero .................................................. 50
Tabela 21 – Aumento de tristeza de acordo com o gênero ...................................................... 51
Tabela 22 – Problemas de memória de acordo com o gênero .................................................. 51
Tabela 23 – Aumento do sentimento de medo de acordo com o gênero .................................. 51
Tabela 24 – Agressividade ou irritabilidade de acordo com o gênero ..................................... 52
Tabela 25 – Aumento da ansiedade de acordo com a orientação sexual ................................... 52
Tabela 26 – Aumento da tristeza de acordo com a orientação sexual ....................................... 53
Tabela 27 – Problemas de memória de acordo com a orientação sexual ................................. 53
Tabela 28 – Aumento do sentimento de medo de acordo com a orientação sexual ................. 53
Tabela 29 – Aumento da agressividade de acordo com a orientação sexual ........................... 54
Tabela 30 – Redução dos ganhos de acordo com o gênero ...................................................... 54
Tabela 31 – Redução dos ganhos de acordo com a orientação sexual ...................................... 55
Tabela 32 – Aumento de ansiedade de acordo com a cor da pele ....................................;....... 55
Tabela 33 – Aumento da tristeza de acordo com a cor da pele ................................................ 56
Tabela 34 – Problemas de memória de acordo com a cor da pele ............................................ 56
Tabela 35 – Aumento do medo de acordo com a cor da pele .................................................. 56
Tabela 36 – Aumento de agressividade de acordo com a cor da pele ...................................... 57
15
LISTA DE ABREVIATURAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 17
2 ELEMENTOS DA PROPOSIÇÃO
2.1 Apresentação geral do problema .................................................................. 20
2.2 Justificativa .................................................................................................... 20
2.3 Objetivos ........................................................................................................ 21
2.2.1 Objetivos gerais ............................................................................... 21
2.2.2 Objetivos específicos ....................................................................... 22
2.4 Metodologia de pesquisa ............................................................................... 23
1.4.1 Classificação da pesquisa quanto aos fins ...................................... 23
1.4.2 Classificação da pesquisa quanto aos meios .................................. 23
5 CONCLUSÃO ............................................................................................... 70
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 72
ANEXOS ....................................................................................................... 77
Anexo 01: Formulário de pesquisa ................................................................... 78
18
1 INTRODUÇÃO
forma de sociabilização. Se no início vimos uma euforia apontando que muitas empresas
teriam esse modelo como o principal mesmo depois que acabasse esse período histórico,
transcorridos 2 anos desde o início da pandemia vemos que talvez não seja exatamente essa
a adoção pela maioria
2 ELEMENTOS DA PROPOSIÇÃO
2.2 Justificativa
Nota-se nos últimos anos que, mesmo anterior a pandemia, já havia um aumento
de doenças ligadas ao trabalho, apontando também que o modelo até então conhecido tem
características prejudiciais. Transtornos mentais geram perdas de 1 trilhão de dólares ao
ano na economia mundial, sendo o Brasil - especificamente, - o ocupante do primeiro lugar
no ranking da América Latina quando falamos em ansiedade e depressão (OMS, 2017),
mostrando que o sofrimento psíquico encontrado na sociedade pode afetar diretamente a
economia local.
Contudo, hoje temos muitos trabalhadores atuando de forma não só remota, mas
de dentro de suas casas e sem poder intercalar com atividades externas sociais, abrindo
novas possibilidades de impactos mentais no período posterior à pandemia. Provavelmente
veremos reflexos naqueles que se sentiram privados de socialização, naqueles que se sentiram
mais expostos aos riscos, além das possíveis sequelas cognitivas da própria doença nos
acometidos por COVID-19 que podem durar períodos ainda indeterminados (VALENTIN
et. al, 2021).
21
2.3 Objetivos
E, a partir dessas análises, considerando que equipes são formadas por perfis diferentes,
com necessidades pessoais e profissionais diferentes, além de históricos psicológicos
também distintos, apresentar os pontos de atenção e dados de referência para facilitar a
adoção de medidas empresariais que sejam capazes de conciliar e promover o encontro do
equilíbrio entre a produtividade, os resultados esperados e a preservação da saúde mental
dos colaboradores dentro do ambiente de trabalho.
22
Como método dessa pesquisa, serão levantadas as informações circuladas pela mídia,
pesquisa de registros históricos, livros de história, trabalhos acadêmicos e artigos científicos,
para ter uma visão histórica e social dos eventos anteriores, além de pesquisa quantitativa
aplicada e pesquisa de campo, de tal forma a classificar quanto aos fins e também quanto aos
meios.
3 IMERSÃO AO TEMA
Em 2019 o mundo começou a ver o início de uma nova pandemia, que foi caracterizada
como tal em março de 2020 pela OMS, se tornando a sexta declaração de Emergência de
Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) na história da organização, após vermos
a pandemia H2N1 em 2009, a disseminação internacional de poliovírus e o surto de Ebola na
África Ocidental em 2014, o vírus Zika em 2016 e o surto de Ebola na República Democrática
do Congo em 2018 (OMS, 2020a).
Sabe-se até agora que o período de incubação do vírus é de 2 a 14 dias e que pode
ser transmitido através do espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo e gotículas de
saliva, que podem estar presentes inclusive em uma simples conversa pessoalmente. O vírus
pode permanecer no organismo por tempo superior ao que se acreditava inicialmente e suas
sequelas cognitivas permanentes poderiam acometer 80% dos infectados (VALENTIN et.
al., 2020). Além disso, diferente do que se acreditava no início da pandemia, é possível
se reinfectar. Inclusive até mesmo no caso de pessoas vacinadas essa imunidade - quando
desenvolvida - também ainda pode ser por um período relativamente curto de tempo.
Fonte: G1
Ao todo é estimado que a Covid-19 foi responsável por 4,55 milhões de mortes em
todo mundo, tendo infectado mais de 219 milhões de pessoas. No Brasil, até agora, foram
21,4 milhões de infectados, resultando em 597 mil mortes distribuídas por todas as cidades
do território nacional, deixando o país em segundo lugar no ranking mundial em números
absolutos de mortes por Covid-19, e em oitavo lugar em números de mortos por cada milhão
de habitantes (RITCHIE et. al, 2020). Uma das regiões mais devastadas foi a cidade de
Manaus, que teve que lidar com números exorbitante de mortes (figura 03).
Em janeiro de 2020 a OMS declarou a COVID-19 como uma ESPII, que é o mais alto
nível de alerta da organização e que só ocorreu anteriormente em outras 5 situações: H1N1
em 2009, Poliovírus em 2014, Ebola em 2014, Zika em 2016 e Ebola novamente em 2018. Na
história, já foram identificados 7 coronavírus humanos (HCoVs), incluindo o SARS-CoV-2,
causador da doença Covid-19 (OMS, 2020a). Nos últimos 50 anos a humanidade também
teve que lidar com pandemia de HIV desde os anos 80 até hoje e a pandemia de cólera nos
90. Essas pandemias vistas nas últimas décadas são capazes de aumentar significativamente
a morbidade e mortalidade no mundo, além de resultar em graves depreciações econômicas,
27
Em 2014 a OPAS foi notificada pelo Chile sobre a transmissão local da Zika na Ilha de
Páscoa, enquanto o Brasil reportou em 2015. A Zika (CID-11 1D48) se alastrou para outros
países nos anos seguintes, levando a OMS decretar ESPII em 2016, recebendo notificações
até 2019. Tendo como vetor mosquitos da família Aedes, o vírus da Zika (CID-11 XN1H2)
foi associado ao desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré, e às malformações do
sistema nervoso central ao nascimento, incluindo microcefalia, nos casos de infecção em
grávidas (OPAS, 2017). No mundo, foram relatados 84276 infecções entre os anos de
2016 e 2019 (BHARGAVI; MOA, 2020), resultando em um total de 35 óbitos ao longo
do mesmo período. A OMS declarou o fim da Zika como ESPII ainda em 2016, somando
81.852 infecções, mas o maior número de óbitos ocorreu em 2017, quando houveram 609
casos de infecções e 25 mortes.
Também em 2014 a OMS declarou ESPII para dois vírus, sendo o primeiro o
poliovírus (CID-11 XN3M0), causador da doença endêmica Poliomielite (CID-11 1C81),
conhecida também como Paralisia Infantil, após o surgimento de casos na Ásia, Oriente
Médio e África. A Poliomielite apesar de na maioria dos casos não apresentar sintomas,
pode ocasionar a paralisia de membros inferiores e superiores de forma permanente,
especialmente em crianças com até 5 anos, podendo vir a óbito também pela paralisação
dos músculos respiratórios (OMS, 2019). Apesar de seguir em redução, o poliovírus segue
ainda declarado como ESPII com intuito de atingir sua total erradicação. Em 2018, foram
notificados em torno 30 casos da doença em todo o mundo (LABOISSIÈRE, 2019).
A segunda declaração em 2014 para ESPII foi para o Ebola (2013-2016), também
conhecido como Febre Hemorrágica e ocasionado pelo vírus Zaire Ebolavirus (CID-11
XN1EN), capaz de gerar um índice de 90% de mortalidade, onde entre os sobreviventes
é possível detectar sequelas permanentes posteriores como artrite, inflamações oculares,
problemas de visão e audição (OMS, 2021b). Dois anos depois da declaração do fim da
pandemia em 2016, em 2018, o Ebola (CID-11 1D60.0) foi sinalizado novamente como uma
emergência internacional pela OMS. Estima-se que a primeira pandemia infectou 28.652
pessoas e gerou 11.325 óbitos e a segunda matou entre 2018 e 2020 mais de 2,3 mil (CDC,
2019).
No início dos anos 90, ressurgindo no Peru em sua 7ª pandemia, a América viu os
casos de Cólera (CID-11 1A00) se alastrarem (figura 04), e apesar da queda abrupta a partir
de 1995 os casos que iniciaram no século XX ainda se estenderam até o século XXI. A
doença é causada pela bactéria Vibrio cholerae (CID-11 XN7N1) e a contaminação se dá
pelo consumo de água ou alimentos contaminados, consistindo o tratamento basicamente no
processo de reidratação (CASTIÑEIRAS et. al, 2008). Entre os anos de 1991 e 1994 foram
961.193 pessoas infectadas e 9.992 óbitos registrados no mundo (GEROLOMO; PENNA,
1999).
Em 1981 foi detectado o primeiro caso de HIV (CID-11 XN487) responsável pelo
desenvolvimento da sindrome da imunodeficiencia adquirida (CID-11 1C62), entretanto,
cientistas apontaram mais recentemente que o vírus possivelmente já circulava entre humanos
29
desde 1920, onde haveria mais de 10 registros de transmissão de primatas para humanos,
onde em um desses casos, haveria originado a variação HIV-1 grupo M, responsável pela
maioria das infecções hoje e pelo desencadeamento da pandemia (FARIA et. al, 2014) que
completou 40 anos em 2021. O HIV seria responsável até 2020 pela contaminação de mais
de 75 milhões desde a sua primeira detecção e cerca de 35 milhões de óbitos. (NEWCOTT,
2021).
Um pouco antes da Gripe de Hong Kong, entre 1957 e 1958, a humanidade também
passou pela pandemia da Gripe Asiática, igualmente causada por um subtipo da Influenza
A (CID-11 XN8WJ), o H2N2, que era composto por 3 genes diversos e seria originário da
Gripe Aviária (CDC, 2019). A Gripe Asiática afetou entre 40 e 50% da população mundial,
gerando sintomas em até 30% (COSTA; MERCHAN-HAMANN, 2016), provocando febre
alta, cansaço e dores articulares, acredita-se que tenha sido responsável por ao menos 1,1
milhão de óbitos no período (CDC, 2019).
30
Sendo bastante sinalizada como uma das pandemias que mais se assemelham com
a atual provocada pelo SARS-CoV-2, a Gripe Espanhola que também é conhecida como a
mãe de todas as pandemias foi - como outras já mencionadas - provocada pela Influenza
A, especificamente pelo subtipo H1N1 (CID-11 XN297). Ocorrida entre 1918 e 1920,
possivelmente atingiu entre 80% e 90% da população mundial (RIBEIRO, 2018), e foi
composta por 3 ondas e matou mais pessoas do que a Primeira Guerra Mundial, com uma
estimativa entre 40 e 100 milhões de óbito (FRANK, 2020). No Brasil, ela acabou chegando
através de um navio com indivíduos infectados (figura 06).
nos sobreviventes, como esperado em grandes e duradouras pandemias. Muito citada desde
o início da pandemia por COVID, as imagens da época apontam semelhanças com muitas
que vemos hoje, como por exemplo as imagens de hospitais improvisados (figura 07).
Fonte: FMUL
A Peste Bubônica (CID-11 1B93.0), também conhecida como Peste Negra, que
atingiu a Europa no Século XIV e estima-se que matou em torno de 100 milhões de pessoas.
Esses valores ainda são imprecisos, podendo ser maiores, devido a falta de documentação
pertinente em relação a mortalidade. A doença foi ocasionada pela bactéria Yersinia Pestis
e foi disseminada através do contato humano com pulgas Xenopsylla cheopis (CID-11
XN6QS) e Pulex Irritans, roedores infectados e em sua variação pneumônica através de
tosses e espirros (MARTINO, 2017). A Peste Bubônica é considerada a maior pandemia
mundial na história da humanidade, que originou na Ásia Central e migrou para o Ocidente,
mais especificamente para a Europa, em 1347, onde perdurou por 4 anos. Entretanto, sua
presença mundial no período medieval foi identificada entre 1346 e 1352, totalizando 6
anos.
Apesar do seu último surto ter ocorrido em 1949, a Varíola (CID-11 1E70) foi
considerada erradicada em 1980, após 3 anos do registro do seu último caso, depois ao
menos 3 mil anos assolando o planeta, sendo originada do Egito ou da Índia e possuindo
agora vacina e antivirais eficazes (CDC,2017). A doença foi responsável por matar ao menos
300 milhões de indivíduos (OMS, 2020) contaminados pelo vírus Orthopoxvirus (CID-11
XN4Q0) variolae, que motivou a criação da primeira vacina da história, no século XVIII, que
no Brasil ocasionou a Revolta da Vacina, ao gerar medo, recusa da imunização e oposição ao
governo quando determinou a sua obrigatoriedade (FIOCRUZ, 2015).
32
Em 2017, o relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre
depressão e outros transtornos mentais comuns apontou o Brasil ocupando o primeiro lugar
no ranking mundial em ansiedade, e o colocou em quinto lugar geral em depressão, ficando
na América Latina na primeira posição e dentro de toda a América em segundo, apenas atrás
dos Estados Unidos nesse quesito, que é responsável por cerca de 800 mil suicídios por
ano no mundo (OMS, 2017). Os dados da ONU (2017) também apontaram que a depressão
e ansiedade juntas são responsáveis pelo custo anual de 1 trilhão de dólares na economia
mundial (figura 08). Esses dados podem ser comprovados também quando analisamos o
mercado de trabalho no Brasil, como por exemplo, os dados de afastamentos pelo Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS).
Dados de uma pesquisa realizada Gallup (2018), com 7500 colaboradores americanos,
constatou que dois terços dos entrevistados sofriam de Síndrome de Burnout, 63% tinham
mais chances de faltar ao trabalho por motivos de doença, 23% apresentavam mais riscos de
irem para uma emergência médica, além dos acometidos pela síndrome terem 3 vezes mais
chances de buscarem outros empregos. No Brasil, os índices apontam que 90% das pessoas
estão insatisfeitas com seus trabalhos (MACHADO, 2018), o que alimenta obviamente
o aumento do turnover e consequentemente os custos empresariais e o potencial de
produtividade, já que a rotatividade constante de pessoal demanda também novos processos
seletivos e treinamentos, por exemplo.
– 24% alegou ter se afastado por estresse, onde metade relatou não ter
registrado que a verdadeira motivação era a saúde mental;
– 37% afirmam não se sentirem confortáveis em contar aos seus colegas
de trabalho ou para a empresa sobre a necessidade de afastamento
devido a saúde mental;
– 55% afirmaram que sentem medo de tirarem folgas para cuidarem da
saúde mental.
Fonte: ANF
Uma parte considerável da população tem exercido seu trabalho de maneira remota
e tem também restringido o próprio lazer as atividades que podem ser feitas de suas casas,
como através do uso de redes sociais, videogames e o uso de streamings. E ao mesmo
tempo que a atual geração tem a tecnologia como aliada para driblar o total isolamento,
a tem também como fator agravante de estresse e do desenvolvimento de sofrimentos
psíquicos. Sabendo que as redes sociais, por exemplo, se utilizam da exploração do
¹ Protocolo de isolamento rigoroso imposto pelo Estado que restringe a circulação de pessoas e impõe o
fechamento de comércio não essencial como medida de proteção contra uma ameaça externa.
37
Já a violência doméstica, que pode ser praticada por homens e mulheres contra
homens e mulheres, podendo ser física como também psicológica, segundo os dados do
DataFolha se manteve de um modo geral estável ao longo da pandemia, entretanto, com a
violência intrafamiliar tendo índices de alta. Ou seja, uma violência onde o agressor citado
passou a ser o pai, a mãe, o padrasto, a madrasta, o irmão, a irmã, o filho e a filha (PAULO,
2021), o que aponta que isolamento social e a maior permanência no ambiente domiciliar
pode estar sendo uma configuração prejudicial para alguns, que varia de acordo com as
necessidades individuais e as configurações familiares.
Fonte: ONU
40
Um dos setores mais atingidos foi o de bares e restaurantes, que segundo a Associação
Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) teve 335 mil estabelecimentos extintos e o
fechamento de cerca de 1,3 milhão de postos de trabalhos durante o período. Os locais
mais atingidos foram aqueles localizados nos centros comerciais, que agora, entre os ainda
abertos, não chega a 10% do fluxo no pré-COVID (ALVARENGA, 2021).
Por fim, temos também aqueles trabalhadores, geralmente mais qualificados, que diante
das oportunidades remotas começaram a migrar suas atuações para empresas estrangeiras,
onde ao mesmo tempo que trazem capital externo para o país, reduzem a disponibilidade de
mão de obra qualificada para as empresas nacionais. O déficit que tem ocorrido em outros
países de determinados profissionais, somado a desvalorização do Real frente ao Euro e ao
Dólar, fez com que a demanda externa por profissionais brasileiros crescesse em 20% em
agosto de 2021 se comparado com igual período do ano passado (SENA, 2021).
41
4 ANÁLISE DE DADOS
Apesar das ideias relativas a flexibilidade - seja ela advinda da redução de carga
horária ou da mobilidade - serem antigas, foi somente agora com a pandemia da COVID-19
que esse debate ganhou amplo destaque mundial associado ao olhar necessário também
sobre a saúde mental dos indivíduos. Ainda que Russell defendesse até mesmo uma jornada
de 20 horas semanais, isso ainda nas vésperas da Terceira Revolução Industrial, hoje vemos
um conflito entre o desejo do empregador e do empregado quando falamos de trabalho
remoto, mesmo que em jornada de 40 horas.
Hoje, é inegável que a maioria dos trabalhadores que experimentaram o trabalho remoto
durante a pandemia tem preferência pela sua manutenção diante de vantagens significativas
como a flexibilidade de horário, otimização do tempo ao dispensar descolamentos e a
possibilidade de usufruir de mais tempo com a família (BRIDI et al, 2020). Segundo uma
pesquisa realizada pela USP, com 1300 participantes majoritariamente com alta qualificação
e alta renda, 70% dos profissionais entrevistados desejam permanecer trabalhando de casa,
19% indicaram que não gostariam de atuar em home office² e 11% deles indicaram ser
indiferente (GRANATO, 2020b).
² Home office é um termo adotado no Brasil para se referir ao trabalho realizado necessariamente de casa, não
sendo o mesmo, portanto, que o trabalho remoto ou o teletrabalho.
42
Uma pesquisa realizada pela Revelo apontou que a área da tecnologia pode se destacar
ainda mais pela preferência pelo trabalho remoto, quando 78% dos participantes indicaram
a intenção de deixarem seus empregadores caso houvesse a imposição de um outro modelo
de trabalho. A pesquisa considerou como profissionais de tecnologia os desenvolvedores,
os designers, os marketers, os operadores de dados, entre outros (STRAZZA, 2021). E esse
indicativo poderá refletir no avanço das empresas na transformação digital necessária para
absorver e responder ao mundo que conhecemos hoje.
Complementarmente, uma pesquisa realizada no Reino Unido apontou que boa parte
do bem-estar promovido pelo trabalho remoto, ou por jornadas alternativas, é oriunda da
redução ou eliminação do tempo de deslocamento para o posto de trabalho. A pesquisa que
foi conduzida pela VitalityHealth e contou com 34 mil participantes britânicos, apontou
43
que aqueles que viajam mais tempo, demorando 60 minutos ou mais em seus trajetos até o
trabalho, possuem 33% mais chances de desenvolver depressão. Além disso, esse mesmo
grupo apontou 40% mais chances de desenvolver preocupações financeiras, 21% mais
provável apresentarem obesidade e 12% mais chances de relatar estresse associado ao
trabalho (RODIONOVA, 2017).
Segundo Neely, depois de diversas empresas resistentes aos modelos mais flexíveis
terem conseguido migrar em poucos dias para o trabalho remoto, o foco empresarial agora
precisa ser o resultado e que a retomada do presencial após a pandemia seria um retrocesso.
O desejo de ter funcionários dentro dos escritórios seria motivado por microgerenciadores,
e que a tendência é de gerar ainda mais insatisfação se a percepção dos colaboradores
nesse retorno for de uma volta sem propósito, para seguir realizando atividades que já se
mostraram capazes de serem executadas de maneira remota. Tal postura tornaria o cenário
menos atrativo aos olhos do mercado (GRANATO, 2021b)
44
(tabela 05), percepção de aumento de problemas de memória (tabela 06) aumento do sentimento
de medo (tabela 07), além do aumento da agressividade e/ irritabilidade (tabela 08). Em um
análise ampla, esses questionamentos apontaram que a maioria relatava a percepção de
aumento de todos esses fatores, conforme os dados a seguir:
Foi percebido, de modo geral na pesquisa, que o sexo biológico feminino indicou
em maior escala o aumento da percepção dos fatores psicológicos apresentados, mas que
ao mesmo tempo e também foi aquele que relatou maior impacto nos ganhos financeiros
durante a pandemia, com uma diferença de 13% a mais se comparado com machos (tabela
09). Esses dados sugerem que pode haver uma ligação entre os dois dados, mas que não é
possível precisar se algum deles influenciou o outro, ou se trata de um caso que também
sofre influências sociais não passiveis de detecção e abordagem ao longo da pesquisa que
culminam nessa coincidência de dados.
problemas de memória e dificuldades de concentração (tabela 12), 12% mais medo (tabela
13) e 14% mais percepção de aumento de agressividade e irritabilidade (tabela 14) se
comparados com os indivíduos nascidos homens. Esses dados apontam que há justamente
uma proximidade ao percentual de diferença na incidência de acometimento de redução de
rendimentos.
Com isso percebemos que, com exceção dos dados relativos ao questionamento
sobre o aumento da ansiedade, os demais fatores apresentaram valores crescentes de
incidência a medida que a classe social decaía. E até mesmo na avaliação de aumento da
ansiedade, considerando a margem de erro de 3 p.p. da pesquisa, vemos que a tendência é
ter mais relatos de aumento de sentimentos relacionados ao sofrimento psíquico nas classes
sociais mais baixas, apontando a influência do fator socioeconômico, especialmente da
classe social, na saúde mental durante a pandemia.
Quando comparamos os últimos dados, sobre orientação sexual e gênero, com os dados
sobre o acometimento de rendimentos, vemos resultados opostos aos encontrados quando
analisamos o sexo biológico. Anteriormente vimos que indivíduos nascidos com sexo feminino
apresentavam maior sofrimento psíquico e em proporção similar aos relatos de acometimento
de seus rendimentos devido a pandemia. Porém, o que vemos na análise de gênero e orientação
sexual são tendências opostas a essas, onde grupos que relataram mais impactos econômicos
foram os mesmos que indicaram menor incidência de sofrimento psíquico.
Quando questionados sobre ansiedade, por exemplo, o grupo de pele muito escura
ou preta foi o único a se destacar, relatando a menor percepção de aumento de ansiedade
(tabela 32). E em tristeza (tabela 33), relatos de problemas de memória (tabela 34), medo
(tabela 35) e agressividade (tabela 36) foi percebida a tendência de maior homogeneidade
entre os índices dos grupos centrais, destacando-se pelos índices mais baixos os grupos de
extremidades, ou seja, os muito claros e os muito escuros.
Não foram observadas diferenças significativas entre os dois grupos quando se tratava
de ansiedade, tristeza, medo ou problemas de memória, no entanto, quando perguntados sobre
a autopercepção de um comportamento mais agressivo durante a pandemia, os profissionais
de saúde e seus familiares indicaram mais relatos, apresentando uma taxa quase 8% mais
alta se comparada com o outro grupo (tabela 47).
61
Sabendo que a comunicação hoje é muito mais massiva se comparada com outros
períodos pandêmicos, o que poderia também favorecer o desenvolvimento de sofrimentos
psíquicos na sociedade, os participantes também foram divididos de acordo com os seus
hábitos de consumo de informações. Entre aqueles que declararam consumir rotineiramente
informações jornalísticas, foi percebida uma maior incidência de relatos de aumento
de ansiedade (tabela 48), medo (tabela 49) e agressividade (tabela 50), porém quando
questionados sobre possíveis problemas relacionados à memória ou tristeza, não houve
diferenciação relevante, maior que a margem de erro esperada, entre os dois grupos.
Por fim, quando comparamos os dados do grupo que informou atuar de maneira
presencial e o grupo que informou não trabalhar presencialmente, incluindo desempregados,
percebemos que não houve discrepância entre eles que superasse a margem de erro já
esperada na pesquisa quando questionados sobre a percepção de aumento da ansiedade
(tabela 56) e do aumento do sentimento de tristeza (tabela 57). Entretanto, o grupo que
informou atuar de maneira remota ou não trabalhar apontou um índice maior, já superando
a margem de erro esperada, quando questionados sobre a identificação de um aumento de
problemas de memória e concentração (tabela 58), aumento do sentimento de medo (tabela
59) e percepção de um aumento da irritabilidade (tabela 60).
64
Outros questionamentos foram feitos ao longo da pesquisa, mas que não se mostraram
pertinentes posteriormente para a avaliação dos modelos trabalhistas e sua influência
na saúde mental, seja ela em período pandêmico ou fora das condições de restrições e
ameaça biológica que observamos hoje. Já os dados trazidos aqui, ainda que não fossem
diretamente ligados ao modelo de trabalho, facilitaram o entendimento de possíveis fatores
socioeconômicos e comportamentais influentes no sofrimento psíquico em um período de
pandemia.
família;
Fonte: Coalize
Essa equipe demonstrou uma tendência de preferência pelo trabalho presencial entre
aqueles que em um histórico recente apresentavam sinais e davam relatos de insatisfação
pessoal, enxergando possivelmente o ambiente empresarial físico como uma forma de
fuga da realidade doméstica. Esses, foram os mesmos que se demonstraram mais afetados
psicologicamente durante a pandemia, relatando o surgimento ou o agravamento dos
sentimentos de ansiedade, depressão e pânico. Em contrapartida, todos que apontaram
preferência pelo trabalho integralmente remoto foram os que apresentavam um grau elevado
de satisfação pessoal e familiar recente, além de demonstrarem maior equilíbrio emocional
durante o período de pandemia.
5 CONCLUSÃO
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ANEXOS
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Anexo 01