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Adelina Daniel Roque

Aly Leasse Amade


Cainade Eusébio Anota
Carla Bocar Norbo
Dércio Albano Colaço
Eleutério Domingos Uacate
Muanjuma Charama
Osvaldo António Rodrigues
Paulino Francisco Adamo

Rochas e minerais aplicados no fabrico de cimento

Universidade Rovuma
Nampula
Janeiro de 2021
Adelina Daniel Roque
Aly Leasse Amade
Cainade Eusébio Anota
Carla Bocar Norbo
Dércio Albano Colaço
Eleutério Domingos Uacate
Muanjuma Charama
Osvaldo António Rodrigues
Paulino Francisco Adamo

Rochas e minerais aplicados no fabrico de cimento

trabalho de pesquisa do Io grupo a ser


apresentado no Departamento de
Geociências, Curso: Licenciatura em
Geologia com Habilidades em Mineração

MSC. Deoclesiono Faro Nhazilo

Universidade Rovuma
Nampula
Janeiro de 2021
Índice
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................3

2. METODOLOGIA...........................................................................................................4

3. OBJECTIVOS....................................................................................................................4

3.1. Geral................................................................................................................................4

3.2. Específicos.......................................................................................................................4

4. Rochas e Minerais Aplicados na indústria do cimento...................................................4

4.1. Genese das rochas aplicadas na industria do cimento.....................................................5

4.1.1 Calcario..........................................................................................................................5

4.1.2 Composição dos calcários.............................................................................................6

4.1.3 Classificação do calcário conforme o teor de magnésio...............................................6

4.3 Argila................................................................................................................................7

4.2.1 Caulim Primário............................................................................................................8

4.3.1 Caulim Secundário........................................................................................................8

4.3 Areia.................................................................................................................................9

4.1.1.Usos e Funções............................................................................................................10

Conclusão.............................................................................................................................11

Referencias bibliográficas....................................................................................................12
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1. INTRODUÇÃO
Desde os tempos mais remotos o homem procura um material resistente às condições
climáticas e, por isso mesmo, bastante durável. Inicialmente os Egípcios usavam uma espécie
de lama encontrada no Rio Nilo e depois um certo tipo de gesso; ambos encontrados até hoje
em alguns monumentos e obras. A diferença para os sistemas modernos é a utilização da
chamada via seca, ou seja, o material é moído em meio seco. O presente trabalho aborda
sobre as rochas e minerais que são Aplicados na industria do cimento.

As grandes, médias e pequenas obras realizadas em quase todo o mundo utilizam o


cimento maioritariamente como o material de base na construção civil. As rochas e minerais
industriais utilizadas como matéria-prima nesta industria do cimento são essenciais para o
desenvolvimento económico e melhoria de infra-estruturas, o desenvolvimento da
construção civil.

O trabalho encontra se dividido em 4 partes, onde a primeira é a parte introdutória do


trabalho, a segunda descreve a metodologias usadas para a realização do trabalho, a terceira
descreve os objetivos e a quarta e ultima parte estão desenvolvidos as rochas e minerais
usados na industria para a produção do cimento.

A metodologia usada foi a pesquisa bibliográfica enriquecida com algumas paginas da


internet
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2. METODOLOGIA

O tipo de pesquisa adotado para a elaboração e desenvolvimento do trabalho, dependeu


de fontes bibliográficas, que se resumem em manuais e/ou documentos em formato
electrónico, o uso da internet para o esclarecimento de vários conceitos, e tudo isto
acompanhado com o conhecimento adquirido desde o princípio da formação na área da
Geologia.

3. OBJECTIVOS
3.1. Geral
 Abordar acerca das Rochas e Minerais aplicadas na industria do cimento.

3.2. Específicos
 Falar da genese das rochas aplicadas na industria do cimento;
 Falar dos criteriterios dos minerais aplicados na industria do cimento;
 Falar da geologia das rochas aplicadas na industria do cimento.

4. Rochas e Minerais Aplicados na indústria do cimento

O cimento possui vários produtos em sua composição, destacando o calcário, a principal


matéria-prima, a qual tem o mineral calcita ou carbonato de cálcio, em sua composição, e
outros materiais tais como gesso, argilas, sílica e ferro, em proporções variadas.

As rochas e minerais usadas na industria do cimento são :

 Calcario (Componente básico do cimento fornecendo o Óxido de Cálcio);


 Argila (Componente usada para fornecer Silicatos de Alumínio e Ferro);
 Areia (Usada para corrigir o teor de sílica SiO2 da argila.);
 Mineiro de ferro ‘’ Hematita’’ (Usado para corrigir o teor de óxido de ferro Fe2O3 da
argila);
 Gesso ( tem a finalidade de regular o tempo de pega dos cimentos, ou seja, evitar um
endurecimento muito rápido, o que iria impedir  a trabalhabilidade do concreto).
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Imagem 1: matéria prima do cimento

Fonte: http://www.campusvirtual.ufsj.edu.br/

4.1. Genese das rochas aplicadas na


industria do cimento

4.1.1 Calcario
O calcário é uma rocha sedimentar (Carbonatada) originada de material precipitado
por agentes químicos e orgânicos. O cálcio é um dos elementos mais comuns, estimado em 3-
4% da crosta terrestre, todavia, quando constituinte dos calcários, tem origem nas rochas
ígneas. É muito difícil encontrar um calcário que reúna todas as características exigidas para
a fabricação de cimento. O calcário deve ter elevado teor de CaCO3, baixos teores de sílica,
óxidos de ferro e alumínio e, em particular, baixo teor de MgCO3, que é o mais comum nos
calcários

Os calcários são constituídos basicamente de carbonatos de cálcio (CaCO3) e


dependente da sua origem geológica pode conter várias impurezas como magnésio, silício,
alumínio ou ferro, ou seja, silicatos, fosfatos, sulfetos, sulfatos, óxidos e outros, além de
matéria orgânica. O carbonato de cálcio é conhecido desde épocas muito remotas, sob a
forma de minerais tais como a greda, o calcário e o mármore.
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4.1.2 Composição dos calcários


Segundo Santana: 2002, o termo calcário é utilizado para designar qualquer rocha que
contenha mais de 50% de carbonato de cálcio, ou de cálcio e magnésio, na sua composição e
esses podem ser classificados de acordo com o teor de MgO na rocha conforme a tabela 1.

4.1.3 Classificação do calcário conforme o teor de magnésio


Classificação Teor de magnésio (MgO) %

Calcário calcítico <4

Calcário magnesiano 4<MgO <18

Calcário dolomítico MgO> 18

Fonte: Sales: 2002

De acordo com SALES (S/D) no teor de magnésio o calcário se classifica em:


Calcário calcítico (CaCO3), o teor de óxido de magnésio (MgO) varia de 0 a 4%. Devido a
maior quantidade de cálcio a pedra quebra com maior facilidade e em superfícies uniformes e
planas.

Este calcário também pode ter menor quantidade de carbonato de magnésio, exige
maior temperatura para descarbonizacão. Calcário magnesiano (MgCO3), o teor de magnésio
varia de 4 a 18%. A presença de carbonato de magnésio faz com que este calcário tenha
características bem diferentes do calcítico.

O calcário magnesiano é uma pedra mais dura quebrando de forma irregular,


formando conchas de onde o nome de pedra cascuda. Este necessita de temperaturas menores
para descarbonatar do que o calcitico. É ideal para o fabrico de cal (Sales, S/D). O uso de
calcário com alto teor de MgO causa desvantagens na hidratação do cimentoMgO+H2O
→Mg (OH) 2, provocando o aumento de volume. (Sales, S/D).

Calcário dolomítico, ca mg (CO3) 2, o teor de MgO é acima de 18% e por isso possui
uma temperatura de descarbonizacão ainda menor do que o calcário magnesiano. Os
principais constituintes do calcário são a calcite e a dolomite, CaCO3 e (CaMg (CO3) 2),
respectivamente, ambas com estrutura romboédrica, e a aragonite (CaCO3) de estrutura
ortorrombica.
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4.3 Argila
Argila é uma rocha sedmentar de granulometria fina, constituída de material
argiloso, normalmente com baixo teor de ferro, de cor branca ou quase branca. Em função
desuas propriedades físicas e químicas, o caulim pode ser utilizado em uma grande variedade
de produtos, com destaque para o seu uso na fabricação de papéis comuns e revestidos,
cerâmicas e refratários.
As argilas São silicatos complexos contendo alumínio e ferro como cátions principais
e Potássio, Magnésio, Sódio, Cálcio, Titânio e outros como secundários. Devido a alta finura
em que se encontram, as argilas são ideais para o processo de fabricação de cimento.
Facilitando a homogeneização do material cru, diminuindo a temperatura de clinquerização,
pois contém uma sílica combinada, altamente reativa, quando comparada à sílica livre. A
escolha de uma argila envolve disponibilidade, distância, relação Sílica / Alumínio / Ferro e
elementos menores. Os principais minerais alternativos ao caulim são carbonato de cálcio,
talco e gesso.
A caulinita é um filossilicato (argilo-mineral) com composição química teórica de
39,50% de Al2O3, 46,54% de SiO2e 13,96% de H2O; no entanto, podem ser observadas
pequenas variações em sua composição.
Além da caulinita, podem ocorrer, no mesmo depósito, outros minerais como
haloisita-4H2O, haloisita-2H2O ou metahaloisita, diquita e nacrita, que apresentam
composição química muito similar, porém com diferenças estruturais importantes. A haloisita
e a metahaloisita são variedades polimorfas da caulinita, com sistemas diferentes de
cristalização. A haloisita pode estar associada à caulinita, sendo possível a sua identificação
apenas através do uso de microscópio eletrônico de varredura (MEV) ou de transmissão
(MET).
Normalmente, a caulinita apresenta partículas hexagonais, enquanto a haloisita
aparece com hábito tubular. A haloisita apresenta uma camada adicional de moléculas d'água,
desidratando-se facilmente. Este mineral, ao ser aquecido a 100°C, perde a camada adicional
de molécula d'água e volta à forma normal caulinita/haloisita (Bristow, 1987a). Para certas
aplicações cerâmicas, a presença da haloisita é benéfica; no entanto, em outras, como no
revestimento de papel, é extremamente prejudicial à viscosidade do caulim.
A presença de minerais do tipo quartzo, cristobalita, alunita, esmectita, ilita,
moscovita, biotita, clorita, gibbsita, feldspato, anatásio, pirita e haloisita podem prejudicar a
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qualidade do caulim, afetando propriedades importantes como a alvura, a brancura, a


viscosidade e a abrasividade.

4.2.1 Caulim Primário


Os caulins primários são resultantes da alteração de rochas in situ, devido
principalmente, à circulação de fluidos quentes provenientes do interior da crosta, da acção
de emanações vulcânicas ácidas ou da hidratação de um silicato anidro de alumínio, seguida
da remoção de álcalis. Segundo a sua origem, os caulins primários são classificados em:
intemperizados, hidrotermais e solfataras.

 Os caulins do tipo intemperizado ocorrem em região de clima tropical (quente e


húmido), onde as condições físico-químicas são propícias para a alteração dos
feldspatos e de outros alumino-silicatos presentes em granitos e rochas metamórficas.
O processo de caulinização de uma rocha ocorre devido à hidratação de um silicato
anidro de alumínio, seguida de remoção de álcalis, conforme a reacção a seguir.

Feldspato Potássico + Água ↔ Caulinita + Sílica + Hidróxido de Potássio

2KAlSi3O8 + 3H2O ↔ Al2Si2O5(OH)4 + 4SiO2 + 2KOH

 Os caulins do tipo hidrotermal são formados pela alteração da rocha a partir da


circulação de fluidos quentes, provenientes do interior da crosta (ou água juvenil).
Neste caso é necessário que a rocha apresente porosidade e permeabilidade adequada.
Os granitos são as "rochas-mãe" mais comuns na formação de depósitos hidrotermais
de caulins primários.
 Os caulins primários do tipo solfatara são formados pela alteração de rochas a partir
da acção de emanações vulcânicas ácidas, constituídas de vapores d'água, ricos em
enxofre.

4.3.1 Caulim Secundário


Os caulins secundários são formados pela deposição de sedimentos em ambientes
lacustres, lagunares ou deltáicos. As diferentes origens geológicas do caulim resultam em
diferenças notáveis na composição mineralógica. Normalmente, os caulins secundários
apresentam teores menores de quartzo e mica, mas apresenta uma maior contaminação de
óxidos de ferro e titânio, responsáveis pela alteração de sua cor branca original. Uma das
principais características dos caulins secundários é a granulometria mais fina dos
argilominerais.
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Classificam se os caulins secundários em três tipos: sedimentares, areias cauliníticas


e argilas plásticas, refratárias e silicosas.

 O caulim sedimentar que tem como uma de suas características a elevada


percentagem de caulinita (acima de 60%), normalmente, após o beneficiamento,
resulta emum produto com especificações adequadas à indústria de papel. As areias
cauliníticas contêm menos de 20% de caulinita.
 As argilas plásticas (ball clays) são constituídas principalmente de caulinita, com a(s)
presença(s)de ilita e material carbonoso. São usadas, principalmente, na indústria
cerâmica.
 As argilas refractárias apresentam uma composição química similar às argilas
plásticas, no entanto ocorrem associadas à gibbsita e à haloisita. Quanto maior o teor
de alumina de uma argila refratária, maior a sua refratariedade. Esta diminui com a
presença de impurezas do tipo ferro e óxido de cálcio. As argilas silicosas (flint
clays ) são constituídas de caulinita, contendo ferro e outros componentes
escorificantes. Geralmente são bastante refractárias e, em algumas situações, podem
suportar condições mais adversas do que as argilas ordinárias, de base refractária.
4.3 Areia
As areias industriais encontram-se no domínio dos sedimentos e das rochas
sedimentares. Este ambiente reúne as condições para formação de extensos depósitos de
areia, tais como: grandes volumes de quartzo nos sedimentos e rochas, ampla rede de bacias e
elevada competência das drenagens etc. Neste contexto, encontram-se as bacias sedimentares
do interior do cristalino, as bacias costeiras e as bacias hidrográficas, as areias industriais
explotadas estão associadas a pacotes rochosos definidos como formação geológica, a
coberturas sedimentares ou a depósitos litorâneos.
As area são constituintes menores do material cru e só são utilizados em casos especiais e
como corretivos auxiliares na moagem de cru. A areia deve ser evitada pois além de ser
constituída de aproximadamente 85% de SiO2, esta se encontra em forma de quartzo, que é
um mineral muito duro e abrasivo. Sua reatividade também é baixa, necessitando de maiores
temperaturas para reagir com o cálcio.
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4.1.1. Usos e Funções


As areias industriais recebem suas denominações em função de suas aplicações na
indústria, determinadas pelas suas características e propriedades, tais como teor de sílica,
pureza, composição química, teor de óxidos de ferro, álcalis, matéria orgânica, perda ao fogo,
umidade, distribuição granulométrica, forma dos grãos e teor de argila. As principais
especificações técnicas, químicas, para os diferentes usos industriais da areia referem-se aos
teores de: SiO 2, Fe2O3, Al2O3, MnO2, MgO, CaO, TiO2 e ZrO2. Quando se trata de usos
específicos, os teores de Cr2O3, Na2O e K2O devem também ser considerados .
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Conclusão
Neste trabalho abordamos sobre rochas e mineras usados na produção de cimento. O
cimento possui vários produtos em sua composição, destacando o calcário”, “a principal
matéria-prima”, a qual tem o mineral calcita ou carbonato de cálcio, CaCO3, em sua
composição, e outros materiais tais como argilas, sílica e ferro, em proporções variadas.

Cumprimos com todos objetivos que nos tinham proposto, mas com algumas
dificuldades pelo facto de ausência de obras na biblioteca referentes aos tema, o que nos
levou a consulta da internet sendo esta única fonte de informação usada na realização do
trabalho

Este trabalho foi para o nosso conhecimento no que refere a composição mineralógica
e química do cimento que usamos no nosso dia a dia em nossas obras de construção, elem de
ter me permitido aperfeiçoar a competência de investigação e organização da informação. 
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Referencias bibliográficas
Campusvirtual; matérias primas usadas no fabrico de cimento; disponível em
‘’http://www.campusvirtual.ufsj.edu.br/mooc/ciencianacomunidade/como-o-cimento-e-
produzido/ ‘’acesso em 19 de janeiro de 2021

cimentoitambe; calcário para cimento; disponível em


‘’https://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/calcario-para-cimento/’’ acesso em 19
de janeiro de 2021

SALES, Fernanda Pereira, Autoritarismo, calcário para cimento: representações brasileira em   O fruto do


vosso ventre, de Herberto Sales (1976

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