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Mônica de Faria
Introdução
No Meu Jogo Ruim Que Ninguém Vai Jogar (MJRQNVJ — até a sigla
é ruim) você é ruim: a cor mais feia da caixa de lápis, a bolacha menos
recheada do pacote, a bola murcha. Se você não é ruim de verdade,
talvez já tenha passado por essa sensação em algum momento ou visto
alguém que sofre por isso. Não é legal ser ou se sentir assim.
As personagens
Exemplos:
Uma garota que adora desenhos, mas não sabe desenhar.
Um motorista habilidoso, mas sem senso de direção.
2 - Escolha uma coisa que sua personagem é péssima. Essa coisa não ne-
cessariamente precisa ter a ver com o conceito, mas pode e DEVE afetar
a personagem. Adicione uma descrição.
Exemplo:
Sou péssima em atividades físicas, Educação Física é a pior disciplina
da escola.
3 - Escolha duas coisas que sua personagem é ruim, mas não chega a ser
péssima, pode ser mais generalista.
Exemplo:
Sou ruim fazendo contas.
Exemplo:
Ela é formidável em contar histórias, quando começa, todas prestam aten-
ção deslumbradas.
Pistas:
• Já reparou como todo mundo para pra te escutar?
• Nossa, como você é criativa!
• Seus textos são incríveis!
• Adoro tuas histórias!
• Já pensou em escrever essas coisas que você conta?
Como se joga?
Pera, pera, pera! Vai ler as regras? Uau! Estou sem palavras! São bem
simples e diretas, vanos a elas!
Testes
Toda vez que uma personagem fizer uma ação que seja importante para
a história, a narradora pedirá que se role um dado de 6 lados. As dificul-
dade funciona da seguinte maneira:
Não é legal falhar, ser ruim. Então temos a chance de superar. Para isso,
precisamos de nossas companheiras.
Toda personagem terá seu número da sorte, cada vez que o número da
sorte for rolado no jogo, a personagem ganha 1 ponto de encorajamento.
Esse ponto pode ser gasto quanto uma de suas companheiras falhar em
algo que é péssima ou ruim, fazendo-a rolar novamente.
Despertar
Se a personagem realizar um teste em seu talento secreto e for bem
sucedida, começa o caminho para o despertar. A narradora começará
a dar pistas, pré-determinadas pelas companheiras a cada sucesso, de
acordo com a narrativa. Quando uma personagem despertar totalmente
seu talento secreto, conseguir se livrar de ao menos uma coisa que ela
é péssima ou ruim e ajudar uma companheira num desses quesitos, está
plena e atingiu o objetivo desse jogo.
Últimas Considerações
Esse é um RPG ruim. Se você está lendo até aqui, sou muito grata e
estou impressionada, pois tive a ideia numa noite de insônia pensando
em coisas que me atormentam. Escrevi em menos de um dia, o que não
é grande coisa, é ruim mesmo. Fiz questão de que não tenha revisão,
teste, seja bonitinho ou qualquer coisa, pois quero mostrar também
que vamos nos superar tentando e me coloquei um desafio. Dane-se ser
ruim e que ninguém jogue, consegui vencer um obstáculo.
Dedico esse jogo ruim a minha filha Alice que vive dizendo que não tem
talento pra nada, mas é a pessoa mais incrível que eu conheço. Te amo.
Meu Jogo Ruim Que Ninguém Vai Jogar foi desenvolvido
por Mônica de Faria e é de sua propriedade com direitos
reservados sob liceça Creative Commons 4.0.