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Polias e Correias

Referência Bibliográfica Principal:


Livro Elementos de Máquina em Projetos Mecânicos –
Robert L. Mott
Prof. MSc. Antonio Fernando Abreu de Andrade / Prof. MSc. José Fábio Abreu de Andrade
Universidade Salvador - UNIFACS

1. Introdução:

▪ As correias, juntamente com as polias são um dos meios


mais antigos de transmissão de movimento. É um
elemento flexível, normalmente utilizado para
transmissão de potência entre dois eixos;
▪ São muito utilizadas devido sua grande versatilidade e
campos de aplicação.

Caso 1 Caso 3 Caso 4

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1. Introdução:

▪ As polias são peças cilíndricas, movimentadas pela


rotação do eixo do motor e pelas correias;
▪ Os tipos de polia são determinados pela forma da
superfície na qual a correia se assenta;
▪ Polia que transmite movimento e força é a polia motora
ou condutora;
▪ Polia que recebe movimento e força é a polia movida ou
conduzida;
▪ Os materiais empregados na confecção de uma polia são:
ferro fundido, ligas leves, aços e materiais sintéticos.

Caso 1 Caso 3 Caso 4

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1. Introdução:

▪ A maneira de transmissão de potência se dá por meio do


atrito que pode ser simples, quando existe somente uma
polia motora e uma polia movida ou múltipla , quando
existem polias intermediárias com diâmetros diferentes
(escalonada);
▪ A transmissão pode ser afetada por alguns fatores, dentre
os principais a falta de atrito, pois quando em serviço, a
correia pode deslizar e portanto não transmitir
integralmente a potência.

Caso 1 Caso 3 Caso 4

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1. Introdução:

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1. Introdução:

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1. Introdução:

CARACTERÍSTICAS:

Vantagens:

▪ Flexibilidade para grandes distâncias entre centros;


▪ Funcionamento silencioso;
▪ Capacidade para absorção de choques e sobrecargas;
▪ Facilidade de montagem e manutenção;
▪ Podem transmitir grande quantidade de energia;
▪ Uma das formas mais utilizadas em sistemas de
transmissão de potência;
▪ Possuem custos relativamente baixos;
▪ Caso
Tendem
1 a proteger a unidade motora;
Caso 3 Caso 4
▪ Possuem rendimento entre 0,95 a 0,98, pois podem
apresentar escorregamentos.

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1. Introdução:

CARACTERÍSTICAS:

Desvantagens:

▪ Alongamento permanente da correia, o qual cresce com o


tempo e com a carga, podendo ocasionar o escapamento
da mesma da polia;
▪ Variação do coeficiente de atrito com poeira, detritos ou
umidade;
▪ Necessidade de controle periódico da tensão de
montagem;
▪ Escorregamento existente na transmissão, caracterizando
relações
Caso 1 de velocidades não constantes
Caso 3 (exceto para
Caso 4 as
correias dentadas).

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1. Introdução:

Os tipos de polias são:

1. Polia de aro plano;


2. Polia de aro abaulado;
3. Polia escalonada de aro plano;
4. Polia escalonada de aro abaulado;
5. Polia com guia;
6. Polia em "V" simples;
7. Polia em "V" múltipla;
8. Polia para correia dentada;
9. Polia para correia redonda.

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1. Introdução:

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1. Introdução:

Os tipos de correias são:


1. Planas “flat”;
2. Redondas;
3. Dentadas;
4. Trapezoidal ou “V” simples;
5. Trapezoidal ou “V” múltipla.

Caso 4

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1. Introdução:

▪ Correias são elementos de


máquinas que transmitem
movimento de rotação entre
dois eixos (motor e movido)
por intermédio de polias.
▪ Elas são empregadas quando
se pretende transmitir
potência de um veio para o
outro a uma distância em que
o uso de engrenagens é
Caso 1
inviável. Caso 3 Caso 4

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1. Introdução:

▪ Podem possuir dentes, visando aumentar a aderência e


sincronismo na transmissão de força;
▪ As correias mais usadas são planas e as trapezoidais. A correia
em V ou trapezoidal é inteiriça, fabricada com seção transversal
em forma de trapézio. É feita de borracha revestida de lona e é
formada no seu interior por cordonéis vulcanizados para
suportar as forças de tração.
▪ O emprego da correia trapezoidal ou em V é preferível ao da
correia plana porque:
• Praticamente
Caso 1 não apresenta deslizamento;
Caso 3 Caso 4
• Permite o uso de polias bem próximas;
• Elimina os ruídos e os choques, típicos das correias
emendadas (planas).

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2. Evolução:

▪ No início da era industrial, as correias planas eram


extensivamente usadas;
▪ Podemos verificar este fato observando em fotografias de
antigas linhas de produção, nas quais um único eixo transmitia
movimentos, via correias planas, para vários dispositivos ao
longo da linha;
▪ O material dessas primeiras correias era quase sempre o couro;
▪ Por volta da década de 1930, as correias em V e trapezoidais
passaram a substituir as planas na maioria dos acionamentos;
▪ A vantagem básica consiste no efeito de que a cunha da correia
na polia multiplica o coeficiente de atrito pelo inverso do seno
do ângulo de inclinação da face lateral. O resultado é um
Caso 1 Caso 3 Caso 4
significativo ganho de capacidade, proporcionando conjuntos
mais compactos, com menor nível de ruído se comparado com
as correias planas.

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2. Evolução:

▪ Entretanto, as correias em V e trapezoidais não têm só


vantagens. Há também, em relação às planas, alguns aspectos
negativos que, evidentemente, não chegam a comprometer o
uso na maioria dos casos;

▪ Algumas desvantagens:
• Correias trapezoidais são quase sempre fornecidas em
comprimentos padronizados.
• O material das correias planas pode ser fornecido em
rolos e elas podem ser fabricadas no local em qualquer
comprimento.
• Alinhamento das polias é mais crítico no caso de correias
Caso 1 Caso 3 Caso 4
trapezoidais.
• Entre outros.

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3. Construção:

Caso 1 Caso 3 Caso 4

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3. Construção:

Caso 1 Caso 3 Caso 4

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3. Construção:

Caso 1 Caso 3 Caso 4

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4. Características:

▪ Como as correias têm características diferentes de fabricante


para fabricante, é aconselhável seguir as instruções que eles
forneçam. Além disso, para o projeto de transmissão por
correias, deve-se levar em conta os seguintes critérios:
1. Potência a ser transmitida;
2. Tipos de máquinas motoras e movidas;
3. Velocidade angular da polia motora e da polia movida;
4. Distância entre os eixos das polias. O comprimento máximo
admitido deve ser igual a três vezes a soma dos diâmetros da
polia motora e movida.
5.Tipos de cargas: (uniforme, choques moderados, choques
intensos.)
Caso 1 Caso 3 Caso 4

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4. Características:

Caso 1 Caso 3 Caso 4

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4. Características:

Caso 1 Caso 3 Caso 4

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5. Relação de Transmissão nas Polias:

▪ Relação de transmissão com mesmo sentido de giro:

500rpm 500rpm 500rpm 1500rpm

▪ Relação de transmissão com sentido de giro inverso:

Caso 1 Caso 3

500rpm 500rpm 500rpm 1500rpm

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5. Relação de Transmissão nas Polias:

▪ Velocidades, Períodos e Frequências:


▪ A velocidade linear v (m/s) de uma correia é a mesma para
todos os pontos periféricos, pois não há escorregamento.
▪ Velocidade angular: w (rad/s) e n (rpm)

▪ Frequência: f (Hz) e Período: T (s)


2𝜋
𝜔= = 2𝜋𝑓
𝑇

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5. Relação de Transmissão nas Polias:

▪ Chama-se relação de transmissão i a razão entre o diâmetro da


polia movida pelo diâmetro da polia motora, isto é:

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5. Relação de Transmissão nas Polias:

𝟐. 𝝅 𝟏 𝝅. ∅. 𝒏 ∅𝑴 𝒏𝒎 𝝎𝒎 𝒇𝒎 𝑻𝒎
𝝎= → 𝒇 = → 𝒗 = 𝒓. 𝝎 = →𝒊= = = = =
𝑻 𝑻 𝟔𝟎 ∅𝒎 𝒏𝑴 𝝎𝑴 𝒇𝑴 𝑻𝑴
𝟐. 𝝅
𝟑𝟗. 𝝅 = → 𝑻𝟏 = 𝟎, 𝟎𝟓𝟏𝟑𝒔 → 𝒇𝟏 = 𝟏𝟗, 𝟓𝑯𝒛
𝑻𝟏
𝝅. 𝟏𝟎𝟎. 𝒏𝟏
𝟓𝟎. 𝟑𝟗. 𝝅 = → 𝒏𝟏 = 𝟏𝟏𝟕𝟎𝒓𝒑𝒎
𝟔𝟎
𝟏𝟖𝟎 𝟏𝟏𝟕𝟎
𝒊= = 𝟏, 𝟖 = → 𝒏𝟐 = 𝟔𝟓𝟎𝒓𝒑𝒎
𝟏𝟎𝟎 𝒏𝟐
𝟏𝟗, 𝟓
𝟏, 𝟖 = → 𝒇𝟐 = 𝟏𝟎, 𝟖𝟑𝟑𝟑𝑯𝒛 → 𝑻𝟐 = 𝟎, 𝟎𝟗𝟐𝟑𝒔
𝒇𝟐
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6. Cálculo do Comprimento da Correia:

▪ Em todo projeto mecânico envolvendo polias e correias é muito


importante saber o comprimento da correia a ser usada.

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6. Cálculo do Comprimento da Correia:

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6. Cálculo do Comprimento da Correia:

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6. Cálculo do Comprimento da Correia:

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6. Cálculo do Comprimento da Correia:

𝑳 = 𝝅. 𝒓𝟏 + 𝒓𝟐 + 𝟐. 𝜹𝟐 − 𝒓𝟐 − 𝒓𝟏 𝟐

𝝅. ∅. 𝒏 ∅𝟐 𝒏𝟏
𝒗 = 𝒓. 𝝎 = →𝒊= =
𝟔𝟎 ∅𝟏 𝒏𝟐

𝝅. ∅𝟏 . 𝟏𝟒𝟓𝟎
𝟏𝟐 = → ∅𝟏 = 𝟎, 𝟏𝟓𝟖𝟏𝒎 = 𝟏𝟓𝟖, 𝟎𝟓𝟕𝟑𝒎𝒎
𝟔𝟎
𝟏𝟒𝟓𝟎 ∅𝟐
𝒊= = 𝟐, 𝟗 = = 𝟒𝟓𝟖, 𝟑𝟔𝟔𝟐𝒎𝒎
𝟓𝟎𝟎 𝟏𝟓𝟖, 𝟎𝟓𝟕𝟑

𝑳 = 𝝅. 𝟕𝟗, 𝟎𝟐𝟖𝟕 + 𝟐𝟐𝟗, 𝟏𝟖𝟑𝟏 + 𝟐. 𝟓𝟎𝟎𝟐 − 𝟐𝟐𝟗, 𝟏𝟖𝟑𝟏 − 𝟕𝟗, 𝟎𝟐𝟖𝟕 𝟐

𝑳 = 𝟏𝟗𝟐𝟐, 𝟏𝟏𝟕𝟗𝒎𝒎
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6. Cálculo do Comprimento da Correia:

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6. Cálculo do Comprimento da Correia:

𝑳 = 𝝅. 𝒓𝟏 + 𝒓𝟐 + 𝟐. 𝜹𝟐 − 𝒓𝟐 + 𝒓𝟏 𝟐

𝝅. ∅. 𝒏 ∅𝟐 𝒏𝟏
𝒗 = 𝒓. 𝝎 = →𝒊= =
𝟔𝟎 ∅𝟏 𝒏𝟐

𝝅. ∅𝟏 . 𝟒𝟑𝟓𝟎
𝟑𝟎 = → ∅𝟏 = 𝟎, 𝟏𝟑𝟏𝟕𝒎 = 𝟏𝟑𝟏, 𝟕𝟏𝟒𝟒𝒎𝒎
𝟔𝟎
𝟒𝟑𝟓𝟎 ∅𝟐
𝒊= = 𝟏, 𝟗𝟕𝟕𝟑 = = 𝟐𝟔𝟎, 𝟒𝟑𝟓𝟒𝒎𝒎
𝟐𝟐𝟎𝟎 𝟏𝟑𝟏, 𝟕𝟏𝟒𝟒

𝑳 = 𝝅. 𝟔𝟓, 𝟖𝟓𝟕𝟐 + 𝟏𝟑𝟎, 𝟐𝟏𝟕𝟕 + 𝟐. 𝟖𝟎𝟎𝟐 − 𝟔𝟓, 𝟖𝟓𝟕𝟐 + 𝟏𝟑𝟎, 𝟐𝟏𝟕𝟕 𝟐

𝑳 = 𝟐𝟏𝟔𝟕, 𝟏𝟖𝟔𝟓𝒎𝒎
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7. Dimensionamento da Correia V:

▪ Projete uma transmissão por correia em V que tenha polia de


entrada no eixo de um motor elétrico (torque normal) calculado a
50,0hp, a uma velocidade de carga de completa de 1160rpm. A
transmissão é para um elevador de caçamba em uma usina de
potassa que será utilizado 12 horas (h) por dia, a
aproximadamente 675rpm.

▪ Objetivo: Projetar a transmissão por correia em V;

▪ Dados: Potência transmitida = 50hp para o elevador de caçamba


Velocidade do motor = 1160rpm;
Velocidade de saída = 675rpm;

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7. Dimensionamento da Correia V:

▪ Passo 1: Calcule a potência do projeto. De acordo com a Tabela


7.1, para um motor elétrico de torque normal que funcione 12h/dia
e conduza um elevador de caçamba, o fator de serviço é 1,3.

Potência de Projeto = 1,3 x 50,0hp = 65,0hp

▪ Passo 2: Selecione a seção da correia. De acordo com a Figura


7.9, uma correia 5V é recomendada para 70,0hp, a uma velocidade
de 1160rpm.

▪ Passo 3: Calcule o índice de velocidade nominal:

Índice = 1160 / 675 = 1,7185

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7. Dimensionamento da Correia V:

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7. Dimensionamento da Correia V:

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7. Dimensionamento da Correia V:

▪ Passo 4: Calcule a dimensão da polia acionadora (motora) que


produziria uma velocidade de correia de 4.000ft/min, como guia
para selecionar uma polia padrão:

OBS: Para melhores resultados, uma correia em V deve girar muito rapidamente:
4.000ft/min é uma boa velocidade. Problemas podem ocorrer se essa correia girar a uma
velocidade muito rápida que 5.000ft/min, ou muito mais devagar que 1.000ft/min:

1.000ft/min < vb < 5.000ft/min

𝝅.𝑫𝟏 .𝒏𝟏
Velocidade da correia = 𝒗𝒃 = (ft/min), então:
𝟏𝟐

𝟏𝟐.𝒗𝒃 𝟏𝟐.𝟒𝟎𝟎𝟎
𝑫𝟏 = = = 13,1714in
𝝅.𝒏𝟏 𝝅.𝟏𝟏𝟔𝟎

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7. Dimensionamento da Correia V:

▪ Passo 5: Selecione dimensões experimentais para a polia de entrada,


calcule a dimensão desejada da polia de saída e calcule o índice de
velocidade e a velocidade de saída reais. Considerar o valor mais
próximo do diâmetro da polia menor, no gráfico do tipo de correia em
V (7.10, 7.11 ou 7.12). No caso em questão usaremos o gráfico da
correia 5V, gráfico 7.11. E o diâmetro da polia menor mais próximo do
valor calculado no passo 4 (13,1714in) foi de 13,1in. Agora, podemos
calcular a velocidade real da correia:

𝝅.𝑫𝟏 .𝒏𝟏 𝝅.𝟏𝟑,𝟏.𝟏𝟏𝟔𝟎


𝒗𝒃 = = = 𝟑𝟗𝟕𝟖, 𝟑𝟎𝟑𝟓ft/min
𝟏𝟐 𝟏𝟐

▪ Atendendo a condição da velocidade: 1.000ft/min < vb < 5.000ft/min

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7. Dimensionamento da Correia V:

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7. Dimensionamento da Correia V:

▪ Passo 6: Determine a potência calculada a partir das figuras 7.10,


7.11 ou 7.12. Para a correia 5V que havíamos selecionado, a figura
7.11 é apropriada. Para a uma polia de 13,1in a 1160rpm, a potência
básica calculada é de 28,0hp. Serão necessárias múltiplas
correias. O índice é relativamente alto, indicando que algum valor
adicional de potência pode ser utilizado. Esse valor pode ser
estimado a partir da figura 7.11 ou obtido diretamente da figura
7.13. A potência acrescentada é de 1,15hp. Então, a verdadeira
potência calculada é: 28,0 + 1,15 = 29,15hp;

▪ O diâmetro da polia maior é encontrada pela relação de


transmissão ou índice de velocidade, ou seja, D2 = 1,72 . D1 , assim
sendo, D2 = 22,5126in;

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7. Dimensionamento da Correia V:

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7. Dimensionamento da Correia V:

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7. Dimensionamento da Correia V:

▪ Passo 7: Especifique uma distância de centro experimental. Podemos


determinar uma variação aceitável nominal de C:

D2 < C < 3.(D2 + D1)


22,5126 < C < 3.(22,5126 + 13,1)
22,5126 < C < 106,8378

Com interesse de conservar o espaço, experimentaremos: C = 24,0in

▪ Passo 8: Calcule o comprimento da correia necessário a partir:

𝑫𝟐 − 𝑫𝟏 𝟐
𝑳 = 𝟐. 𝑪 + 𝟏, 𝟓𝟕. 𝑫𝟐 + 𝑫𝟏 +
𝟒. 𝑪
𝟐𝟐,𝟓𝟏𝟐𝟔−𝟏𝟑,𝟏 𝟐
𝑳 = 𝟐. 𝟐𝟒, 𝟎 + 𝟏, 𝟓𝟕. 𝟐𝟐, 𝟓𝟏𝟐𝟔 + 𝟏𝟑, 𝟏 + = 𝟏𝟎𝟒, 𝟖𝟑𝟒𝟕in
𝟒. 𝟐𝟒,𝟎

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7. Dimensionamento da Correia V:

▪ Passo 9: Selecione um comprimento de correia padrão a partir da tabela


7.2 e calcule a distância de centro resultante.

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7. Dimensionamento da Correia V:

▪ Passo 9: Neste problema, o comprimento padrão é de 106in, então:

𝑩 = 𝟒. 𝑳 − 𝟔, 𝟐𝟖. 𝑫𝟐 + 𝑫𝟏

𝑩 = 𝟒. 𝟏𝟎𝟔 − 𝟔, 𝟐𝟖. 𝟐𝟐, 𝟓𝟏𝟐𝟔 + 𝟏𝟑, 𝟏 = 𝟐𝟎𝟎, 𝟑𝟓𝟐𝟗

𝑩 + 𝑩𝟐 − 𝟑𝟐 . 𝑫𝟐 − 𝑫𝟏 𝟐
𝑪=
𝟏𝟔

(𝟐𝟎𝟎, 𝟑𝟓𝟐𝟗 + (𝟐𝟎𝟎, 𝟑𝟓𝟐𝟗)𝟐 −𝟑𝟐. (𝟐𝟐, 𝟓𝟏𝟐𝟔 − 𝟏𝟑, 𝟏)𝟐 )


𝑪= = 𝟐𝟒, 𝟓𝟗𝟑𝟖
𝟏𝟔

▪ Atendendo a condição: 22,5126 < C < 106,8378

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7. Dimensionamento da Correia V:

▪ Passo 10: Calcule o ângulo de envolvimento da correia na polia pequena a


partir da equação:

𝑫𝟐 − 𝑫𝟏 𝟐𝟐, 𝟓𝟏𝟐𝟔 − 𝟏𝟑, 𝟏


𝜽𝟏 = 𝟏𝟖𝟎° − 𝟐. 𝒔𝒆𝒏−𝟏 = 𝟏𝟖𝟎° − 𝟐. 𝒔𝒆𝒏−𝟏 = 𝟏𝟓𝟕, 𝟗𝟑𝟓𝟔°
𝟐. 𝑪 𝟐. 𝟐𝟒, 𝟓𝟗𝟑𝟖

▪ Passo 11: Determine os fatores de correção a partir das figuras 7.14 e 7.15:

Para 𝜽𝟏 = 157,9356° → 𝑪𝜽 = 𝟎, 𝟗𝟒 e para L = 106in → 𝑪𝑳 = 𝟎, 𝟗𝟕

▪ Passo 12: Estime a potência calculada corrigida por correia e o número do


correias necessário para carregar a potência do projeto:

Potência corrigida = 𝑪𝜽 . 𝑪𝑳 . 𝑷 = 𝟎, 𝟗𝟒. 𝟎, 𝟗𝟕. 𝟐𝟗, 𝟏𝟓 = 𝟐𝟔, 𝟓𝟕𝟗𝟎𝐡𝐩

Número de correias = 65,0 / 26,5790 = 2,4455 correias (Usar 3 correias)


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7. Dimensionamento da Correia V:

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7. Dimensionamento da Correia V:

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