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Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................ 2
2 Tipos de erros na superfície ............................................................................................. 3
2.1 Erros macrogeométricos ........................................................................................... 3
2.2 Erros microgeométricos ............................................................................................ 3
3 Definições básicas ........................................................................................................... 3
3.1 Superfície geométrica ............................................................................................... 3
3.2 Perfil geométrico ....................................................................................................... 4
3.3 Superfície real ........................................................................................................... 4
3.4 Perfil real ................................................................................................................... 4
3.5 Perfil efetivo .............................................................................................................. 5
3.6 Composição da superfície......................................................................................... 5
4 Importância do acabamento superficial............................................................................ 6
4.1 Aspecto econômico ................................................................................................... 6
4.2 Influência na capacidade relativa de carga ............................................................... 6
4.3 Efeito da rugosidade na lubrificação ......................................................................... 7
4.4 Influência na resistência à fadiga .............................................................................. 7
4.5 Influência na transmissão de calor............................................................................ 8
4.6 Relação entre a rugosidade e as tolerâncias de fabricação...................................... 9
5 Critérios para avaliar a rugosidade................................................................................. 10
5.1 Critérios subjetivos .................................................................................................. 10
5.2 Comprimento de amostragem (Cut off) ................................................................... 10
5.3 O Sistema "E" ou da envolvente ............................................................................. 11
5.4 Sistema "M"............................................................................................................. 12
5.5 Parâmetros de rugosidade ...................................................................................... 12
5.5.1 Sistemas baseados na profundidade da rugosidade ....................................... 12
5.5.2 Sistemas baseados em medidas horizontais ................................................... 17
5.5.3 Sistemas baseados em medidas proporcionais ............................................... 17
6 Rugosímetro................................................................................................................... 18
6.1 Aparelhos eletrônicos.............................................................................................. 18
6.2 Processo da determinação da rugosidade .............................................................. 19
7 Representação simbólica em desenhos e projetos ........................................................ 19
7.1 Indicações do estado de superfície no símbolo ...................................................... 20
7.2 Indicação nos desenhos.......................................................................................... 21
7.3 Direção das estrias.................................................................................................. 21
7.4 Indicação qualitativa da rugosidade ........................................................................ 22
8 Referências .................................................................................................................... 22
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1 Introdução
O constante progresso na área industrial exige métodos altamente eficientes na obtenção de
produtos cada vez mais sofisticados. O projeto de novos mecanismos exige a perfeição
crescente e a tolerância de fabricação se faz cada dia menor, ao ponto que as formas
anteriormente aceitas, devido ao seu método de obtenção por meio de máquinas
operatrizes, já não mais pode ser aplicada sem a prévia verificação de sua geometria e
textura superficial.
Superfícies reais, por mais perfeitas que sejam, apresentam particularidades que são uma
herança do método empregado em sua obtenção, por exemplo: torneamento, fresamento,
retificação, brunimento, lapidação, etc.
As superfícies assim produzidas se apresentam como um conjunto de irregularidades, com
espaçamento regular ou irregular e que tendem a formar um padrão ou textura característica
em sua extensão. Nesta textura superficial se distinguem dois componentes distintos:
rugosidade e ondulação.
A rugosidade ou textura primária, é formada por sulcos ou marcas deixadas pelo agente que
atacou a superfície no processo de usinagem (ferramenta, rebolo, partículas abrasivas, ação
química, etc.) e se encontra superposta ao perfil de ondulação. Os espaçamentos entre as
cristas variam de 4 a 50 vezes a profundidade da depressão. É o conjunto de
irregularidades, isto é, pequenas saliências e reentrâncias que caracterizam uma superfície.
Essas irregularidades podem ser avaliadas com aparelhos eletrônicos, a exemplo do
rugosímetro. A rugosidade desempenha um papel importante no comportamento dos
componentes mecânicos.
Ela influencia na:
qualidade de deslizamento;
resistência ao desgaste;
possibilidade de ajuste do acoplamento forçado;
resistência oferecida pela superfície ao escoamento de fluidos e lubrificantes;
qualidade de aderência que a estrutura oferece às camadas protetoras;
resistência à corrosão e à fadiga;vedação;
aparência.
A ondulação ou textura secundária e o conjunto das irregularidades repetidas em ondas de
comprimento bem maior que sua amplitude e que podem ocorrer por deficiência nos
movimentos da maquina de usinagem mecânica, deformação no tratamento térmico ,
tensões residuais de forjamento ou fundição, etc.
Os espaçamentos entre as ondas (comprimento de ondulação) podem abranger de 100 até
1000 vezes sua amplitude.
A grandeza, a orientação e o grau de irregularidade da rugosidade podem indicar suas
causas que, entre outras, são:
imperfeições nos mecanismos das máquinas-ferramenta;
vibrações no sistema peça-ferramenta;
desgaste das ferramentas;
o próprio método de conformação da peça.
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1. Comprimento da rugosidade
2. Comprimento da ondulação
3. Orientação dos sulcos
4. Amplitude da ondulação
5. Amplitude da rugosidade (altura pico-vale)
1
Figura 1 - Elementos de uma superfície usinada
3 Definições básicas
Para estudar e criar sistemas da avaliação do estado da superfície se faz necessário definir
previamente diversos conceitos que possam criar uma linguagem apropriada, assim temos:
Superfície geométrica
Perfil geométrico (ou perfil nominal)
Superfície real
Perfil real
Perfil efetivo
Perfil de rugosidade
que passaremos a analisar detalhadamente em seguida.
1
Ver também a Figura 7, à página 5
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isso não existe; trata-se apenas de uma referência. Por exemplo, superfície plana, cilíndrica,
etc.
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0,063
0,032
0,025
12,5
1,25
0,63
0,32
0,25
0,16
0,08
0,05
0,04
100
6,3
3,2
2,5
1,6
0,8
0,5
0,4
0,2
0,1
80
63
50
40
32
25
20
16
10
8
5
4
µm
Lapidação
Brunimento interno
Brunimento cilíndrico
Brunimento plano
Polimentoi
Mandrilamento
Retificação clíndrica
Retificação plana
Torneamento fino
Torneamento grosseiro
Alargamento
Fresamento com metal duro
Fresamento
Brochamento
Furação
Faceamento
Aplainamento (limadora)
Aplainamento (mesa)
Brunimento com rolos
Laminação a frio
Laminação a quente
Trefilação a frio
Extrusão
Estampagem
Forjamento
Fundição sob pressão
Fundição em coquilha
Fundição em areia
N12 N11 N10 N9 N8 N7 N6 N5 N4 N3 N2 N1 CLASSE DE RUGOSIDADE
GROSSEIRO MÉDIO FINO MUITO FINO GRUPO DE RUGOSIDADE
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A distância percorrida pelo apalpador deverá ser igual a 5 le mais a distância para atingir a
velocidade de medição lv e para a parada do apalpador lm. Como o perfil apresenta
rugosidade e ondulação, o comprimento de amostragem filtra a ondulação.
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Por este método, a linha de referência é obtida através da envolvente do circulo e sua maior
dificuldade reside na definição do perfil geométrico, que deve ser ampliado por igual nas
duas direções e, conseqüentemente, a quantidade de papel de gráfico a ser utilizado para o
registro dos parâmetros é consideravelmente maior.
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É mais fácil para obter o gráfico de superfície do que com o parâmetro Ry.
Tem todas as vantagens indicadas para o Ry.
Figura 23 – Definição de Rz
O parâmetro Rz pode ser empregado nos seguintes casos:
Pontos isolados não influenciam na função da peça a ser controlada. Por exemplo:
superfícies de apoio e de deslizamento, ajustes prensados etc.;
Em superfícies onde o perfil é periódico e conhecido.
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6 Rugosímetro
O rugosímetro é um aparelho eletrônico amplamente empregado na indústria para
verificação de superfície de peças e ferramentas (rugosidade). Assegura um alto padrão de
qualidade nas medições. Destina-se à análise dos problemas relacionados à rugosidade de
superfícies.
Apalpador – Também chamado de "pick-up", desliza sobre a superfície que será verificada,
levando os sinais da agulha apalpadora, de diamante, até o amplificador (Figura 29).
Unidade de acionamento – Desloca o apalpador sobre a superfície, numa velocidade
constante e por uma distância desejável, mantendo-o na mesma direção.
Amplificador – Contém a parte eletrônica principal, dotada de um indicador de leitura que
recebe os sinais da agulha, amplia-os, e os calcula em função do parâmetro escolhido.
Registrador – É um acessório do amplificador (em certos casos fica incorporado a ele) e
fornece a reprodução, em papel, do corte efetivo da superfície.
Símbolo Significado
Símbolo básico; só pode ser usado quando seu significado for complementado
por uma indicação.
Caracteriza uma superfície usinada, sem mais detalhes.
Caracteriza uma superfície na qual a remoção de material não é permitida e
indica que a superfície deve permanecer no estado resultante de um processo de
fabricação anterior, mesmo se ela tiver sido obtida por usinagem.
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Símbolo
A remoção do material é Significado
Facultativa Exigida Não permitida
Superfície com rugosidade
no máximo de Ra = 3,2mm.
Superfície com rugosidade
de valor máximo Ra= 6,3
mm e mínimo Ra = 1,6 mm.
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Símbolo Interpretação
M Muitas direções
Aproximadamente central em
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Se for necessário definir uma direção das estrias que não esteja claramente definida por um
desses símbolos, ela deve estar descrita no desenho por uma nota adicional.
A direção das estrias é a direção predominante das irregularidades superfície, que
geralmente resultam do processo de fabricação utilizado.
Símbolo Interpretação
Superfície para a qual basta a característica de rugosidade e ondulação
~ conforme a obtida por um processo de fabricação.
Superfície usinada por um ou mais passes de desbaste, os sinais de
∇ usinagem são visíveis nitidamente a olho nu e sensível ao tato.
Superfície usinada por um ou mais passes de acabamento, os sinais de
∇∇ usinagem ainda podem ser visíveis a olho nu.
Superfície usinada por um ou mais passes de acabamento fino, os sinais
∇∇∇ de usinagem não devem ser vistos a olho nu.
∇∇∇∇ Superfícies usinadas por um ou mais passes de acabamento superfino.
8 Referências
1) COMPAIN, L. – Metrologia de Taller – Ed. URMO
2) NOVASKI, O. - Introdução à engenharia de fabricação mecânica – Ed. Edgard
Blücher
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