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Tarefa 1

Olá!

Observamos no material do curso que a licitação possui natureza instrumental


e não é um fim em si mesma, mas sim o caminho para alcançar o interesse
público que, no caso de uma contratação pública, é a busca pela melhor
proposta por meio de uma contratação sustentável, respeitando o princípio da
isonomia, além de outros de acordo com o que consta na Lei 8.666/1993 e na
Lei 14.133/2021.
Assim, peço que reflitam a questão da instrumentalidade da licitação:

 Até que ponto as formalidades de uma licitação devem


prevalecer?

Inicialmente é preciso dizer que o artigo 4°, parágrafo único, da Lei 8.666/93,
determina que o procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato
administrativo formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração
Pública. Assim, O contrato administrativo é um acordo de vontades vinculantes,
de que participe a Administração Pública e cujo objeto consiste numa
prestação de dar, fazer ou não fazer algo economicamente avaliável. Trata-se,
portanto, de procedimento formal, cronológico, não admitindo, ao menos em
primeira análise, atos verbais, salvo aqueles, que pela sua própria natureza,
são praticados durante as sessões públicas.

Contudo, não se pode confundir os termos “procedimento formal” e


“formalismo”, o que tem grande diferença. Enquanto o procedimento formal
está vinculado às prescrições legais que conduzem todos os atos e fases do
processo licitatório. Já o formalismo é caracterizado por exigências inúteis e
desnecessárias, com cerimonial eivado de rigor e não há observância da
substância da coisa.

Por fim, é pertinente destacar que administração pública deve pautar-se pelo
princípio do formalismo moderado, com a adoção de formas simples e
suficientes para proporcionar o adequado grau de certeza, segurança e
respeito aos direitos administrativos, promovendo a prevalência do conteúdo
sobre o formalismo extremo.

 Sempre que uma formalidade não for respeitada a licitação


deverá ser considerada irregular?

Embora haja respaldo da formalidade na licitação no artigo 4 da Lei 8.666/93 parágrafo


único:” O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato administrativo formal,
seja ele praticado em qualquer esfera da Administração Pública ”. Devemos considerar que
determinadas falhas formais podem ser superadas com a realização de diligências ou
procedimentos complementares durante a instrução do processo licitatório, com fulcro
no artigo 12, III, da Lei 14.133/21:” o desatendimento de exigências meramente formais
que não comprometam a aferição da qualificação do licitante ou a compreensão do
conteúdo de sua proposta não importará seu afastamento da licitação ou a invalidação do
processo”

Diante disso, podemos deduzir que se a irregularidade praticada pela licitante


vencedora , mesmo não atendendo à formalidade prevista no edital licitatório, não lhe
trouxe vantagem nem implicou prejuízo para os demais participantes, bem como se o
vício apontado não interferiu no julgamento objetivo das propostas, não se
vislumbrando ofensa aos demais princípios exigíveis na atuação da Administração
Pública, correta é a adjudicação do objeto da licitação à licitante que ofereceu a
proposta mais vantajosa, em prestígio do interesse público, escopo da atividade
administrativa.

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