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p.8 “Mas há também uma concepção Zen da riqueza, partido de premissas um pouco
diferentes das nossas : que as necessidades humanas materiais são finitas e poucas, e
os meios técnicos invariáveis mas, no conjunto, adequados. Adotando-se a estratégia
Zen, pode-se usufruir de abundância material sem paralelo – com baixo padrão de
vida.”
Sahlins afirma que a segunda forma é a que rege as sociedades de caça / coleta.
p.16 “As necessidades do povo são tão facilmente satisfeitas na esfera dos bens não-
alimentares. Em parte, tal “abundância material”, depende da facilidade de produção
e, em parte, da simplicidade da tecnologia e da democracia da propriedade. Os
produtos são rústicos: de pedra, osso, madeira, couro – materiais que existem em
abundância à sua volta.”
p.16 “O acesso aos recursos naturais é tipicamente direto – livre acesso para qualquer
um – mesmo a posse das ferramentas necessárias, sendo geral, e o conhecimento das
habilidades exigidas, comum. A divisão do trabalho é igualmente simples, predomi-
nando a divisão do trabalho por sexo.”
p.17 “Sem desejo, não há falta. Mas não terão os caçadores tão pouca exigência de
bens materiais por se encontrarem escravizados na busca de alimentos que ´exige a
máxima energia de um número máximo de pessoas´, não tendo tempo ou força para
providenciar outros confortos ? Ao contrário, alguns etnógrafos provam que a busca de
alimentos é tão bem sucedida que na metade do tempo as pessoas parecem, não saber o
que fazer.”
Subsistência
p.23 “A conclusão óbvia e imediata é de que as pessoas não trabalham muito. O tempo
médio diário por pessoa usado na apropriação e preparo de comida era de 4 ou 5
horas. Além disso, não trabalham ininterruptamente. A busca de subsistência era
bastante intermitente. Parava-se por um tempo, assim que as pessoas já tivessem obtido
o suficiente para um dado período, o que lhes deixava com bastante tempo livre.”
p.25 “Muito do tempo poupado pelos caçadores de Arnhem Land era, literalmente,
tempo perdido, consumido em descansar e dormir. A principal alternativa ao trabalho
era dormir.”