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INSTITUTO POLITÉCNICO PLANALTO

Curso: Nutrição

Tema: LIGADURAS E PENSOS

Nome: MÍRIEMO JOJÓ CHANACA

Abril de 2022
Ligadura

Chama-se ligadura à técnica que consiste em envolver uma parte do corpo que apresenta
uma ferida ou uma lesão. A ligadura é geralmente usada para segurar um curativo, uma
tala ou qualquer elemento que tem um uso terapêutico.

As ligaduras são geralmente usadas para a imobilização de uma lesão numa articulação
ou num osso. Suponhamos que uma pessoa sofre uma torção no tornozelo quando o pé
ganha uma entorse na sequência de uma queda na rua. No médico, é-lhe feito um curativo
para limitar os movimentos da área afectada e é-lhe administrado um anti-inflamatório.

A ligadura pode também ser usada para cobrir uma ferida ou para estagnar o sangramento.
Num acidente entre dois carros, uma mulher sofre um corte num braço. Uma ambulância
chega ao local para prestar assistência aos feridos: ao ver que a mulher está a sangrar,
uma enfermeira faz um curativo e aplica uma ligadura para parar o sangramento.

Enquanto ligadura, permite minimizar o risco de infeção da ferida. Enquanto a ferida está
aberto (ou seja, enquanto a pele não recupera), recomenda-se cobrir com uma gaze para
impedir a entrada de microrganismos.

Tipos de ligaduras

Ligaduras de gaze – feitas de tecido de gaze de vários tamanhos (5, 10, 15 e 20 cm). Estas
ligaduras permitem manter sempre a mesma tensão e servem essencialmente para suster
pensos oclusivos ou de compressão, manter imobilizações das articulações, suster talas
gessadas e outros.

Ligaduras elásticas – feitas de tecido elástico de nylon, em vários tamanhos (5, 10, 15 e
20 cm). Estas ligaduras permitem alguma margem de compressão e são utilizadas para
assegurar a imobilização articular facilitando alguma mobilização embora mínima. São
também usadas como ligaduras de contenção nos membros inferiores.

Ligaduras de forte componente elástica – feitas de material elástico de forte contenção.


São usadas numa segunda fase para a moldagem de cotos. Ligaduras elásticas adesivas –
feitas de um tecido elástico, de medidas estandardizadas (10 cm), impregnadas de um
produto adesivo. São usadas essencialmente na imobilização de articulações pós acidente,
permitem alguma mobilidade e funcionam basicamente como tratamento antiálgico.
Ligaduras de algodão – feitas de algodão ou material sintético, de vários tamanhos (5,
10, 15 e 20 cm). São usadas principalmente para almofadamento e proteção das
proeminências ósseas antes da colocação de aparelhos gessados para imobilização de
fraturas. É também usada como proteção e almofadamento em várias imobilizações
(como no caso da ligadura tipo Robert Jonnes).

Princípios gerais na execução das ligaduras

 As ligaduras devem ser colocadas em local de fácil acesso de preferência o mais


junto possível do doente, antes de se iniciar a sua colocação;
 Deve fazer sempre a limpeza da área a tratar, assim como realizar os pensos
necessários antes de iniciar a imobilização;
 Segurar o rolo com a mão dominante e a extremidade inicial com a mão não
dominante;
 Iniciar e terminar a ligadura sempre com duas circulares sobrepostas;
 Aplicar a ligadura de modo regular exercendo pressão uniforme;
 Se for necessário acrescentar outra ligadura, sobrepor totalmente a última volta;
 A ligadura inicia-se sempre da extremidade distal para a proximal. Nos membros
inicia-se a partir da raiz (base) dos dedos, se possível de forma, a permitir a sua
mobilização ativa e despiste de sinais de alerta. Nos cotos, inicia-se cerca de um
palmo acima do extremo do coto em forma de “V”, podendo ser necessário efetuar
algumas circulares à volta da cintura ou do tronco, consoante o caso, para dar
maior apoio e segurança.

Classificação das ligaduras

1. Ligaduras simples:

 Circular ou espiral;
 Espiga;
 Leque ou voltas em oito.

2. Ligaduras recorrentes:

 Capacete;
 Coto.

3. Ligaduras de imobilização não funcionais:


 Cruzado posterior;
 Gerdy ou Velpeau;
 Robert Jones.

Pensos

Os pensos são usados para cobrir a ferida e são normalmente de gaze ou compressa
esterilizada.

Os pensos de gazes são usados em curativos e interversões cirúrgicas assim como estancar
sangue. Da mesma forma ela pode ser embebida em alguns medicamentos ou substancia
antisséptica.

Tipos de penso

Existem 4 tipos de penso para feridas cronicas que são:

 Pensos de alginatos
 Pensos hidrocoloides
 Pensos hidrogel
 Pensos idropolimeros

Pensos alginatos- é indicado para limpeza e formação de tecidos de granulação de feridas


profundas e exsudativas. Torna-se num gel quando entra em contacto com fluido
orgânicos como sangue ou exsudado.

 Fixa bactérias desbridas células


 Não adere a ferida
 Disponível em compressa e tiras

Penso hidrocoloides- é um penso indicado para feridas exsudativas, em especial feridas


cronicas com dificuldade de cicatrização e desgranulação lenta. Em feridas infetadas
deve-se proceder primeiro a limpeza com tenderwet ou sorbalgon.

 Formatos especiais para um tratamento mais económico.


 Situa um ambiente húmido desde o inicio acelerando assim a granulação e
epitelização.
 Retém os germes na sua matriz de gel e protege a ferida de uma infeção
secundária.
 Permite a inspeção da ferida em qualquer momento, sem retirar o penso ou
perturbar a ferida.
 Pode ser removido da ferida em deixa qualquer resíduo.

Pensos hidrogel- indicado para tratamento de feridas limpas e não infetadas apos o
tratamento inicial com tenderwet ou sorbalgon.

 Em ferida limpas a transparência e o conteúdo aquoso asseguram cicatrização


controlável num ambiente húmido e menos mudança de penso.
 Retém os gemes na sua matriz de gel e protege ferida de infeções secundárias;
 Permite a inspeção de ferida sem retirar o penso ou perturbar a ferida;
 Acelera a granulação e a epitelização;
 Extremamente económico, aumenta o intervalo entre mudanças de penso;
Embalados e esterilizados individualmente.

Pensos hidropolímeros- e geralmente composto por três camadas sobre postas sento uma
central de espuma hidrocecular ou hidropolimeros (ambos em poliuretano) que controlam
absorção de fluido pela inspeção das células a medida que absorve o exsudato, e duas
outras não aderentes, a agressão aos tecidos na sua remoção. Evitam a agressão aos
tecidos na sua remoção. Funcionam pela manutenção da humidade absorvendo e retendo
o excesso de exsudato na sua estrutura porosa que se expande moldando-se ao leito da
ferida.

Usos comuns

Este tipo de penso tem como indicação:

 Feridas exsudativas, limpas em fase de granulação;


 Feridas superficiais ‘
 Feridas com cavidades.

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