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UNISINOS – UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS

ATIVIDADE ACADÊMICA: Resposta ao Desafio

PROFESSOR(A): Celso Cândido de Azambuja

CURSO: Filosofia DATA: 07/06/2022

NOME DO ALUNO(A): Sue Ann Knorst

TÍTULO: M5 | Platão

A preocupação de Platão com a condução do estado, vendo os sofistas cada


vez mais populares e a população cada vez mais valorizando a persuasão e
desvalorizando a verdade, inicia suas investigações sobre como alcançar o
conhecimento verdadeiro para alcançar uma vida boa.
As navegações de Platão, são uma linguagem metafórica, onde ele explicava
a existência de duas esferas da realidade: a primeira (primeira navegação) é
relacionada ao mundo físico, aquilo que conhecemos, sensível,a realidade que se
mostra através dos nossos 5 sentidos - a física; a segunda (segunda navegação) é
o mundo para além das nossas percepções, inteligível, que só conseguimos
acessar através do nosso intelecto, através da busca pela verdade - a metafísica.
Para ele os diálogos eram sagrados pois são uma representação da busca pela
verdade, onde pela troca de ideias é que se conhece o que de fato é algo,
chegando-se à verdade.
No mito da Caverna Platão nos ensina que o mundo conforme o percebemos
é uma ilusão. Os ensinamentos que recebemos através do senso comum nos
aprisionam através de crenças e sentimentos nos colocando numa posição de
alienação e submissão. Para nos livrarmos dessa percepção que nos aprisiona,
precisamos buscar evoluir em consciência sobre a verdade, através do
conhecimento, do desenvolvimento do intelecto. Ao alcançarmos este
desenvolvimento, seremos capazes de perceber o mundo de outra maneira,
contemplando-o em sua essência, sem ilusões, alcançando a realidade sem a
interferência do sensível e só assim estaremos vivendo de fato uma vida livre, o que
para ele seria o sinônimo de vida boa.

"Quem é capaz de ver o todo é filósofo, quem não é capaz, não é filósofo”.
Platão

Ver o todo, para mim, significa enxergar além daquilo que se mostra.
Enxergar o que não pode ser visto, apenas experimentado.
Sempre fomos ensinados a buscar nossa humanidade através de
experiências de espiritualidade, mas quando na realidade percebo que existe uma
abertura para o contrário: somos seres espirituais vivendo experiências humanas.

“A sophia, ou seja, a sabedoria, é algo que só


Deus possui; a ignorância é propriedade daquele
que está totalmente distante da sabedoria; a
"filoSofia", ao contrário, é apanágio daquele que
não é nem ignorante nem sábio, daquele que não
possui o saber mas a ele aspira, daquele que
sempre busca alcançá-lo e, tendo-o alcançado,
lhe foge e deve procurá-lo novamente,
justamente como faz o amante”
Reale, 2003, pg 150.

Platão nos ensina que a filosofia possibilita o contato com um mundo que
todos conhecemos mas não recordamos que ele existe, e que para enxergá-lo
devemos buscar o conhecimento para além do que estamos acostumados a ver,
questionando, refletindo e sobretudo, conversando com outras pessoas de forma
autêntica, não querendo vencê-las em argumento, mas tentando identificar a
verdade que outro traz consigo e tornando-a comum a nós todos. Um verdadeiro
diálogo, algo raro de acontecer nos nossos dias atuais, pois as guerras de egos
bloqueiam nosso crescimento.

REALE, Giovanni História da filosofia : filosofia pagã antiga, v. 1 l Giovanni Reale.


Dario Antiseri ; [tradutor Ivo Storniolo]. - SBo Paulo : Paulus. 2003.

PLATÃO | QUER QUE DESENHE | DESCOMPLICA


https://www.youtube.com/watch?v=-R2nayquhJo

PLATÃO e a METÁFORA DA SEGUNDA NAVEGAÇÃO


https://www.youtube.com/watch?v=HU9qs_eCILM

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