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Tiragem: 1000 exemplares. Março 2008.

Projeto Gráfico: Tênisson Waldow de Souza

Tecnologia para a Liderança Mundial de Carnes


Forrageiras Tropicais
Passo a Passo para a Formação
de uma Boa Pastagem
Passo a Passo para a Formação
de uma Boa Pastagem

A FORMAÇÃO
DE UMA PASTAGEM

O sucesso da formação de uma pastagem depende muito mais de


conhecimento do que de sorte. Grande parte dos procedimentos necessários a
uma boa formação, apresentados a seguir, não implica em aumento de custos.

Escolha da espécie de forrageira

Lembre-se que, para cada invernada ou área da propriedade, existe uma espécie
ou cultivar mais adaptada e produtiva;
A escolha só deve ser feita depois da análise química e física do solo, da avaliação
do clima, da topografia da existência de impedimentos físicos, da presença de
invasoras e do histórico da área;
Dependerá ainda da produtividade desejada, do nível das tecnologias que se quer
usar, do objetivo que se busca na produção, da época do ano que se pretende utilizar
a forragem, dentre outros;
Escolha sempre sementes com garantia, com procedência garantida. A baixa
qualidade deste insumo é fator de insucesso na formação de pastagens.
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de uma Boa Pastagem

O preparo do solo

Optar pelo plantio direto sempre que as condições técnicas permitirem.


Inicia-se p ela coleta de amostras do solo para análise. Com os resultados, um
engenheiro-agrônomo pode fazer recomendações de calagem e adubação, no que
será considerado, também, o tipo de capim escolhido para o plantio.
Nota: avise sempre o técnico responsável pela análise sobre que você deseja implantar. Lembre-se
que cada cultivar responde melhor a cada tipo de solo.

Metade da quantidade de calcário recomendada deve ser esparramada na área


antes da aração e, a outra metade, após a primeira gradagem.
A primeira movimentação do solo pode ser feita com arado ou gradeadora ("grade
rome"), incorporando todo o material vegetal existente na superfície. Em seguida,
com uma grade niveladora faz-se o destorroamento do solo, nivelamento da
superfície e eliminação de eventuais invasoras. Quase sempre, duas passadas da
grade niveladora são suficientes.
Aplicação a lanço de fertilizantes (superfosfato, por exemplo) deve ser feita antes da
primeira gradagem niveladora ou entre a primeira e a segunda, para uma boa
incorporação do fertilizante.
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Cuidados no preparo do solo

As ações para o controle de erosões, com o a construção de terraços e


curvas de nível, devem ser executadas após o nivelamento do solo.
O destorroamento excessivo, resultante de número exagerado de gradagens,
deve ser evitado a todo custo.
A calagem deve ser feita entre 60 e 90 dias antes do plantio, para que o
calcário tenha tempo de reagir no solo.
Nota: é muito importante esperar que o material vegetal incorporado ao solo pela aração
apodreça antes do plantio; caso contrário, as sementes morrerão por causa dos efeitos da
fermentação deste material.

O plantio

A melhor época de plantio é quando as chuvas passam a ocorrer com com maior
freqüência (novembro a janeiro no Brasil Central).
Seja qual for o método escolhido o plantio deve possibilitar a distribuição uniforme
das sementes por toda a área a ser formada. No caso de plantio em linhas ou
covas, o espaçamento entre elas deve ser o menor possível:
Uma causa freqüente de insucesso é o plantio de quantidades insuficientes de
sementes. A boa regulagem do equipamento de plantio é uma forma de garantir
que a quantidade certa de sementes seja plantada. Essa quantidade, chamada de
taxa de semeadura, varia de acordo com o tipo de capim e lote de sementes.
Sugestões de taxas adequadas de semeadura (kg de sementes por hectare) são mostradas
na Tabela 1.
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Tanto a compra das sementes quanto o cálculo da taxa adequada de semeadura


devem ser baseadas no Valor Cultural (%VC) da semente a ser plantada. Esse valor
resulta da análise da semente em laboratório e representa a percentagem de
sementes puras viáveis contida no lote de sementes. Os valores mostrados na
Tabela 1 permitem ajustar a taxa de semeadura de lotes com diferentes % VC.
As sementes devem ser cobertas pelo solo após a sua distribuição na área. As
semeadeiras de linha e as "matracas" fazem isto automaticamente. O enterrio
excessivo das sementes também é uma causa freqüente de insucesso na formação
de pastagens. Sementes miúdas como as dos capins Massai, Tanzânia, Mombaça,
andropógon e setária devem ser enterradas, no máximo, a 3 cm de profundidade,
enquanto que as dos capins Piatã, Xaraés e Marandu entre 2 e 5 cm.
Nos plantios a lanço, feitos, por exemplo, com esparramadeira de calcário ou avião,
as sementes são depositadas sobre a superfície do solo e precisam ser logo
enterradas. Isso pode ser feito: a) com rolo, compactador, de ferro ou de um ou mais
conjuntos de pneus lisos, que podem ser construídos na própria fazenda (Figura 1)
ou b) com grade niveladora leve fechada, isto é, regulada de forma que os discos
fiquem paralelos à direção de avanço do equipamento, para que não enterrem muito
as sementes.

Fig 1. Rolo de pneus lisos, rústico, utilizado para promover


o enterrio das sementes de capim
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Cuidados no preparo do solo

Muitos equipamentos usados para plantio (principalmente as esparramadeiras


de calcário) não permitem regulagens para quantidades inferiores a 7 kg - 8 kg
de sementes por hectare. Se for necessário plantar quantidades menores que
estas, areia, fosfato de rocha, calcário, esterco seco e moído, pó-de-serra, ou
casca de arroz, podem ser misturados às sementes para aumentar o volume a
ser plantado.
Alguns fertilizantes, como cloreto de potássio, uréia e sulfato de amônia, não
podem ser misturados com as sementes porque causam sua morte. Por outro
lado, o superfosfato simples granulado pode ser misturado, desde que o plantio
ocorra no mesmo dia em que a mistura foi preparada.
A rolagem, imediatamente após a distribuição das sementes, favorece o seu
contato com o solo, posicionando-se na profundidade adequada e
possibilitando uma emergência rápida e homogênea das plantinhas. No
entanto, ela não deve ser feita logo após a distribuição das sementes, nem,
tampouco, em solos muito argilosos, especialmente, quando úmidos (porque a
chuva, por si só, promove o enterrio a maior parte das sementes).
Em plantios aéreos ou feitos com "matracas", devem-se utilizar sementes com
altas % VC.
Trabalhar com o depósito de sementes da semeadeira sempre cheio diminui a
excessiva separação (estratificação) das sementes pesadas das leves. Se isso
não for feito, as sementes pesadas (de melhor qualidade) tenderão a ser
plantadas primeiro e as mais leves vão ficando para o fim. Esse problema ocorre
dentro do depósito por causa da trepidação da máquina em movimento, e pode
resultar em grande desuniformidade no estabelecimento da pastagem.
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Estimando o sucessso

Para o bom início da formação de uma pastagem é necessário que se obtenham, no


mínimo, 20 plantinhas nascidas (e bem distribuídas) por metro quadrado no caso dos
capins Piatã, Xaraés e Marandu (brizantão), enquanto que 40 plantinhas por metro
quadrado são necessárias no caso dos capins, Tanzânia, Mombaça e Massai.

Manejo de formação

O primeiro pastejo, quando feito d e modo correto, garante o sucesso de uma


formação bem iniciada. Ele deve ser feito logo que as plantas estiverem crescidas e
cobrindo toda a área plantada. Neste caso, é melhor utilizar animais leves, jovens,
para fazer apenas um desponte das plantas. Nesta fase, se forem utilizados animais
pesados, as plantas poderão ser arrancadas durante o pastejo.
Se o primeiro pastejo for feito bem mais tarde, muitas plantas morrerão por causa da
competição entre elas. Isso aumenta os espaços vazios na pastagem, diminui a
produção de capim e facilita o crescimento de ervas daninhas.
A partir do primeiro pastejo, à medida em que as plantas se desenvolvem, a
pastagem pode passar a ser utilizada normalmente.
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de uma Boa Pastagem

Taxas de semeadura

Sugestões de taxas de semeadura de algumas gramíneas forrageiras lançadas pela


Embrapa quando plantadas entre novembro e janeiro (Brasil Central) em áreas de
solo preparado.

Taxa Mínima de
Capim semeadura
(Kg/ha de SPV)

Piatã 4,00
Marandu 4,00
Xaraés 4,50
Mombaça 3,00
Tanzânia 3,00
Massai 3,00
Campo Grande 3,00

Para ajustar a taxa de semeadura para lotes comerciais de sementes que não
apresentam 100% de VC, faz-se o seguinte cálculo:

Taxa de semeadura = kg/ha SPV (ver tabela acima) x 100


% de VC do lote de sementes disponível

O valor resultante corresponderá à quantidade mínima de quilogramas do lote de


sementes disponível, a ser plantada por hectare. Em caso de plantio aéreo esta taxa
deverá aumentar em pelo menos 50%.
Piatã
Cultivar de Brachiaria brizantha

Origem
O capim-piatã é uma cultivar de Brachiaria
brizantha desenvolvida a partir de planta
originária da África e que faz parte da
coleção de forrageiras da Embrapa.

Vantagens
Avaliações realizadas apontam o capim-
piatã como uma importante alternativa para
a diversificação de pastagens. Produz
forragem de boa qualidade, tem boa
acumulação de folhas, seus colmos são
mais finos e é muito bem aproveitada pelo
animal. Tem mais resistência às cigarrinhas
típicas de pastagens que o capim-xaraés e é
mais tolerante que o capim-marandu a solos
com má drenagem. Ótima alternativa para
integração lavoura-pecuária e consorciação com a leguminosa estilosantes Campo Grande.

Descrição da planta e resistência a pragas e doenças

É uma forrageira de porte médio com altura entre 0,85 m e 1,10 m. Não tem pêlos nas folhas e seus
colmos são finos e verdes. É moderadamente resistente às cigarrinhas típicas de pastagens
(Notozulia entreriana e Deois flavopicta), desfavorecendo a infestação e a sobrevivência das ninfas.
Assim como acontece com outras brizantas, não é resistente à cigarrinha-da-cana (Mahanarva
fimbriolata), muito comum na região Norte do Brasil.

Produção de sementes, calagem e adubação

Floresce cedo, nos meses de janeiro e fevereiro, e sua inflorescência apresenta até doze
ramificações, o que diferencia essa cultivar das demais. Produz de 150 a 450 kg de sementes
puras/ha/ano e cada grama contém aproximadamente 120 sementes. Não é indicada para solos
de baixa fertilidade, mas adapta-se bem em solos arenosos de média fertilidade. Recomenda-se a
aplicação de calcário suficiente para elevar a saturação por bases do solo ao mínimo de 40%.
Responde bem à adubação fosfatada. Sugerem-se aplicações anuais de 75 kg/ha de nitrogênio e,
a cada três a quarto anos, 30 kg/ha de enxofre e 40 a 50 kg/ha de uma fórmula que contenha
zinco, cobre e molibdênio.
Piatã
Cultivar de Brachiaria brizantha

Plantio
Deve ser feito da mesma forma como o das outras braquiárias. Antes de tudo é preciso fazer uma
análise de solos para definir as quantidades de adubos necessárias. Durante o preparo da área,
devem-se adotar as medidas de contenção de erosão recomendadas, como a construção de
terraços de base larga. Essa forrageira pode ser plantada pelo sistema convencional, com preparo
do solo ou em plantio direto, em sistema de integração lavoura-pecuária. A quantidade de sementes
usada deve ser suficiente para distribuir 50 delas por metro quadrado. Isso equivale a, no mínimo, 4
kg de sementes puras viáveis por hectare. Devem-se enterrar as sementes entre 2 e 5 centímetros
de profundidade usando-se plantadeira ou fazendo-se o plantio a lanço seguido de gradagem
niveladora. A época certa para o plantio vai de meados de novembro a fevereiro, quando o período
das chuvas é mais intenso no Brasil Central. Quando necessário, deve ser feito o controle de pragas
e plantas invasoras, para garantir a boa germinação e formação da pastagem. Quando bem
implantada e manejada, a pastagem de capim-piatã estará pronta para o primeiro pastejo, cerca de
dois a três meses após o plantio.

Produção de forragem e qualidade


O capim-piatã apresenta boa qualidade e alta produção de folhas. Sua produção total média de
forragem é de 9,5 t/ha de matéria seca ao ano com 57% de folhas. Trinta e seis por cento dessa
produção se dá durante o período seco do ano, favorecendo o ganho de peso animal nesse período.
A forragem obtida em uma área com sistema de pastejo rotacionado apresentou 9,5% de proteína
bruta durante o período da águas e 7,3% durante o período seco. Nesses mesmos períodos, as
digestibilidades in vitro da matéria orgânica foram de 62% e 52%, respectivamente.

Produção animal
Os ganhos de peso animal promovidos pelo capim-piatã são semelhantes aos do capim-marandu e
superiores aos do capim-xaraés. Observaram-se ganhos de peso de 660 a 900 gramas/animal/dia
nas águas e 200 a 350 gramas/animal/dia no período seco. Os ganhos por hectare são maiores que
os do capim-marandu e menores que os do capim-xaraés. Em solos de média fertilidade e bem
manejados, obteve-se entre 580 e 720 kg de peso vivo/hectare/ano, com a capacidades de suporte
das pastagens situando-se entre 2,2 e 5,2 UA/ha nas águas e 1,2 a 1,8 UA/ha na seca.

Manejo e abrangência geográfica


O sistema de manejo do capim-piatã é semelhante ao do capim-marandu. Em pastejo contínuo, a
altura da pastagem deve permanecer entre 25 e 35 cm de altura. Em pastejo rotacionado, a altura
da pastagem no momento da entrada dos animais deve ser de aproximadamente 40 cm e de 20cm
na saída. Em solos de alta fertilidade recomendam-se 35 e 15 cm, respectivamente, para entrada e
saída dos animais. Essa nova cultivar pode ser cultivada em praticamente todo o país, em regiões
com bom regime de chuvas e sem invernos rigorosos.

Alternativas de uso
As mesmas das cultivares Marandu e Xaraés, apresentando a vantagem de promover desempenho
animal levemente superior no período seco. As três cultivares de brizanta lançadas pela Embrapa
apresentam florescimento em épocas diferentes do ano (capim-piatã no início do verão, capim-
marandu no final do verão e capim-xaraés no outono). Essa diferença favorece o seu uso
estratégico, aproveitando os períodos de melhor valor nutritivo e produtividade de cada uma delas.
Marandu
Cultivar de Brachiaria brizantha

Origem
Cultivar de Brachiaria brizantha, também
conhecida como “braquiarão”.
Originalmente coletada no Zimbábue,
África, foi estudada em parceria com a
Embrapa Cerrados. Disponível desde 1984.
É cultivada em cerca de 70 milhões de
hectares no Brasil.
Estima-se que em 2006 os benefícios
econômicos gerados foram superiores a 3,9
bilhões de reais.

Vantagens
Apresenta boa produtividade de forragem
de qualidade, boa cobertura de solos,
capacidade de competição com invasoras e
estabelecimento rápido.

Descrição da planta e resistência a pragas e doenças

Planta cespitosa, folhas pouco pilosas na face ventral e sem pilosidade na face dorsal, bainhas
pilosas, inflorescências com até 40 cm de comprimento, com quatro a seis rácemos.
O mesmo não foi constatado, no entanto, quanto à cigarrinha-da-cana Mahanarva fimbriolata, o que
limita sua utilização extensiva em áreas com histórico de problemas com cigarrinhas deste gênero.
É a melhor alternativa de forrageira resistente às cigarrinhas típicas de pastagens, como Notozulia
entreriana, Deois flavopicta, D. incompleta, D. schach e Aeneolamia selecta. Apresenta resistência
por antibiose, reduzindo a sobrevivência e prolongando a duração do período ninfal.
Em algumas regiões do país, ultimamente, tem sofrido ataque por cigarrinhas do gênero
Mahanarva, que são cigarrinhas associadas com gramíneas de grande porte, como a cana-de-
açúcar.

Produção de sementes, calagem e adubação

Em colheita com automotriz estima-se uma produtividade de 80-120 kg/ha de sementes com 40% de
valor cultural. Há relatos de duas ou três colheitas sucessivas a partir de fevereiro, resultando em
produções de 250 kg/ha, e de colheitas mecanizadas em varredura com produtividades superiores a
800 kg/ha de sementes puras. As sementes apresentam dormência acentuada. Um grama contém
entre 110 e 145 sementes puras.
Não é recomendada para solos de baixa fertilidade e com drenagem deficiente.
Nos Cerrados, recomenda-se o uso da calagem para elevar a saturação por bases para valores entre
40% e 45% na profundidade de 0 a 20 centímetros.
Marandu
Cultivar de Brachiaria brizantha

A adubação fosfatada deve ser feita segundo a textura do solo:


- solos com mais de 60% de argila - elevar os teores de P (extrator Mehlich-1) para 4 mg/dm3;
- 36 a 60 % de argila: 6 mg/dm3.
3
- 16 a 35 % de argila: 12 mg/dm .
3
- menos de 15 % de argila: 15 mg/dm .
3
A adubação potássica deve ser feita sempre que os teores de potássio estiverem abaixo de 50 mg/dm
(extrator Mehlich-1).
Em áreas de recuperação de pastagens e/ou para uso em pastejo intensivo, recomenda-se a
aplicação de pelo menos 30 kg/ha de enxofre e 30 kg/ha de uma fonte composta de micronutrientes,
como FTE.
É altamente responsiva à adubação nitrogenada quando os outros nutrientes estão em níveis
adequados.

Plantio

Em climas com estação chuvosa no verão, como a região Centro-Oeste, pode ser semeada desde
meados de outubro até o final de fevereiro, sendo ideal de novembro a dezembro.
Para um bom estabelecimento, em boas condições de plantio (clima, época, preparo de solo),
recomenda-se uma taxa de semeadura de no mínimo 4 kg/ha de sementes puras viáveis, a
profundidade entre 2 e 5 cm e incorporação com grade niveladora ou plantadeira.

Produção e qualidade de forragem

Apresenta produção anual de matéria seca da ordem de 8 t/ha, que pode chegar a 20 t/ha com
aplicação de fertilizantes. Em amostras simulando o pastejo animal, os conteúdos de proteína bruta e
digestibilidade in vitro da matéria orgânica, nos períodos das águas e da seca, foram,
respectivamente, 9,3 %, 6,2 %, 61,2% e 51,5%.
Têm-se observado ganhos de peso entre 590 g/animal/dia e 850 g/animal/dia nas águas e de
mantença de peso e 400 g/animal/dia no período seco.
A capacidades de suporte varia entre 1,5 e 2,4 UA/ha nas águas e entre 0,8 e 1,2 UA/ha na seca, em
solos de média fertilidade e bem manejados. Nessas condições a produtividade animal varia entre
400 a 500 kg de peso vivo/hectare/ano.
Em áreas de pastagens recuperadas com a utilização de lavoura de soja e plantio posterior
simultâneo com milho e adubação, fêmeas nelores desmamadas produziram entre 13 arrobas e 19
arrobas de carne/hectare.

Manejo, abrangência geográfica e alternativa de uso

Sob pastejo contínuo, deve ser manejada a uma altura entre 20 e 40 cm. Sob pastejo rotacionado,
os animais devem iniciar o pastejo com 35 cm de altura e saírem quando a pastagem estiver com
15 cm.
Pode ser utilizada tanto por bovinos como ovinos e caprinos. É recomendada para o pastejo
diferido (feno-em-pé).
Xaraés
Cultivar de Brachiaria brizantha

Origem
Cultivar de Brachiaria brizantha.
Originalmente coletada em Burundi, África.
Disponível desde 2003. Foi estudada em
parceria com a Embrapa Cerrados,
Embrapa Amazônia Oriental, Embrapa
Gado de Leite, Comissão Executiva do
Plano da Lavoura Cacaueira, Instituto de
Zootecnia de São Paulo, Universidade
Estadual de Maringá e Associação para o
Fomento à Pesquisa de Melhoramento de
Forrageiras Tropicais.

Vantagens
É mais tolerante a solos com drenagem
deficientes do que a cv. Marandu.

Descrição da planta e resistência a pragas e doenças

Planta cespitosa, com altura de até 1,5 m; folhas lanceoladas e longas, verde escuras, com poucos
pelos. Colmos enraízam nos nós.
Em testes específicos, sempre apresentou baixos níveis populacionais de cigarrinhas, embora não
tenha apresentado nível de antibiose que a caracterize como resistente às espécies de cigarrinhas
típicas de pastagens (Notozulia entreriana e Deois flavopicta).
Isso limita sua utilização em áreas com histórico de altos níveis populacionais de cigarrinhas,
sobretudo, nas áreas onde predominam espécies de cigarrinhas do gênero Mahanarva.
Mostrou-se susceptível à mela-das-sementes quando em condições de alta umidade e baixa
temperatura associadas a frentes frias durante o florescimento e maturação das sementes.

Produção de sementes, calagem e adubação

Florescimento tardio (outono). Produz entre 100 e 120 kg/ha de sementes puras viáveis por hectare,
com cerca de 130 sementes por grama.
Planta exigente em fertilidade, intermediária entre a cv. Marandu e as cultivares de Panicum.
Recomendações gerais como as descritas para a cv. Tanzânia.
Recomenda-se adubação anual com 75 kg de nitrogênio/ha.
Xaraés
Cultivar de Brachiaria brizantha

Plantio

Em climas com estação chuvosa no verão, como a região Centro-Oeste, pode ser semeada desde
meados de outubro até o final de fevereiro, sendo ideal de novembro a dezembro.
Para um bom estabelecimento, em boas condições de plantio, recomenda-se uma taxa de
semeadura de no mínimo 4,5 kg/ha de sementes puras viáveis, a uma profundidade de semeadura
de 2 a 5 cm, e incorporação com grade niveladora ou plantadeira.

Produção e qualidade de forragem

Produz anualmente cerca de 25 t/ha de massa seca, com teores médios de cerca de 10 % de proteína
nas folhas. Setenta e cinco por cento da produção de massa se dá na época chuvosa. As folhas
representam 70 % da massa total na estação chuvosa, caindo para 24 % na estação seca. Apresenta
alta velocidade de rebrota.
Sob pastejo rotacionado, em amostras de forragem, simulando-se pastejo animal, os conteúdos de
proteína bruta e digestibilidade in vitro da matéria orgânica, nos períodos das águas e da seca, foram,
respectivamente, 10,3 %, 8,8 %, 60,4 % e 55,8 %.
Têm-se observado ganhos de peso de 550 g/animal/dia a 800 g/animal/dia nas águas e de 50 a 310
g/animal/dia no período seco.
A capacidades de suporte varia entre 2,5 e 6,0 UA/ha nas águas e entre 1,4 e 2,2 UA/ha na seca, em
solos de média fertilidade e bem manejados. Nessas condições a produtividade animal varia entre
600 a 810 kg de peso vivo/hectare/ano.

Manejo, abrangência geográfica e alternativa de uso

Sob pastejo contínuo, deve ser manejada a uma altura de 30 a 45 cm. Sob pastejo rotacionado as
alturas indicadas para a entrada e saída dos animais são 35 cm e 15 cm, respectivamente.
Pode ser cultivada em praticamente todo o país, em regiões com bom regime de chuvas, sem
invernos rigorosos.
Similares as da cv. Marandu, tendo como vantagem a maior tolerância a solos com má drenagem
temporária.
Tanzânia
Cultivar de Panicum maximum

Origem
Cultivar de Panicum maximum. Planta
originalmente coletada na Tanzânia, África.
Lançado em 1990 em parceria com a
Embrapa Acre, Embrapa Cerrados,
Embrapa Amazônia Oriental, Empresa de
Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais,
Instituto Agronômico do Paraná e Comissão
Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira.
Cultivada em cerca de 5 milhões de
hectares, com estimativa de impacto
econômico, em 2006, de mais de um bilhão
de reais.

Vantagens
Variedade de alta produtividade e
quantidade, de fácil manejo para a
espécie.

Descrição da planta e resistência a pragas e oendças

Planta cespitosa, com altura de até 1,30m, folhas decumbentes, com 2 a 2,6 cm de largura, colmos
levemente arroxeados, folhas e bainhas sem pilosidade ou cerosidade.
Apresenta resistência às cigarrinhas Notozulia entreriana e Deois flavopicta, causando menor
sobrevivência ninfal. Comparativamente, tem maior resistência do que as cultivares Tobiatã e
Mombaça. Apresenta susceptibilidade mediana à queima das folhas, causada por Bipolaris maydis.

Produção de sementes, calagem e adubação

Floresce predominantemente em maio. Produz até 150 kg de sementes puras em colheitas manuais,
ou acima de 200 kg em colheitas mecanizadas. Em média, apresenta cerca de 900 sementes puras
por grama.
Não é recomendada para solos de baixa fertilidade. Exigente em fósforo (P) e potássio (K),
especialmente na implantação.Nos Cerrados, recomenda-se o uso da calagem para elevar a
saturação por bases para 45 a 55 % (0 a 20 centímetros).
Adubação com P deve ser feita segundo a textura do solo:
3
- mais de 60 % de argila - elevar teores de P (extrator Mehlich-1) para 4 a 5 mg/dm .
3
- 36 a 60 % de argila: 8 a 10 mg/dm .
- 16 a 35 % de argila: 12 a 15 mg/dm3.
- menos de 15 % de argila: 18 a 21 mg/dm3.
3
A adubação potássica deve ser feita sempre que os teores de K estiverem abaixo de 50 mg/dm
(extrator Mehlich-1).
Para recuperação de pastagens e/ou uso em pastejo intensivo, recomenda-se a aplicação de 30
kg/ha de enxofre e 30 kg/ha de uma fonte composta de micronutrientes, como FTE, a cada 4 anos.
É altamente responsivo ao nitrogênio quando os outros nutrientes estão em níveis adequados.
Tanzânia
Cultivar de Panicum maximum

Plantio

Recomenda-se plantio de no mínimo 3,0 kg/ha de sementes puras viáveis, semeadas de 2 a 5 cm de


profundidade, incorporadas com grade niveladora ou plantadeira.
Em áreas com chuvas a partir de setembro pode ser semeada entre outubro e fevereiro,
preferencialmente entre novembro e meados de janeiro.

Produção e qualidade de forragem

Produz acima de 30 t/ha/ano de massa seca, com teores médios de 16 % de proteína nas folhas e 9 %
no colmo. As folhas representam 80 % da produção anual, e são consumidas da mesma forma que os
colmos. A produção é estacional, sendo 90 % produzido na época chuvosa.
Sob pastejo rotacionado, em amostras simulando o pastejo animal, os conteúdos de proteína bruta e
digestibilidade in vitro da matéria orgânica, nos períodos das águas e da seca, foram,
respectivamente, de 13,5 %, 7,0 %, 65,6 % e 54,5 %.
Têm-se observado ganhos de peso entre 650 e 1.100 g/animal/dia nas águas e entre 150 e 400
g/animal/dia no período seco.
A capacidade de suporte varia entre 2,0 e 6,0 UA/ha nas águas e entre 1,0 e 1,5 UA/ha na seca, em
solos de alta fertilidade e bem manejados. Nessas condições a produtividade animal varia entre 600 a
1.200 kg de peso vivo/hectare/ano.

Manejo, abrangência geográfica e alternativa de uso

Deve ser manejada preferencialmente sob pastejo rotacionado.


As alturas indicadas para a entrada e saída dos animais são 70 cm e 30 cm, respectivamente.
Pode ser cultivada em praticamente todo o país, em regiões com bom regime de chuvas, sem
invernos rigorosos.
Pode ser usada para silagem, mas não é apropriado para fenação.
Pode ser usada em sistemas silvipastoris e em sistemas de integração lavoura e pecuária.
Preferencialmente para bovinos, ovinos e caprinos.
Mombaça
Cultivar de Panicum maximum

Origem
Cultivar de Panicum maximum. Planta
originalmente coletada na Tanzânia, África.
Lançado em 1993 em parceria com a
Embrapa Acre, Embrapa Cerrados,
Embrapa Amazônia Oriental, Empresa de
Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais,
Instituto Agronômico do Paraná e Comissão
Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira.
Cultivada em cerca de 5 milhões de
hectares. O impacto econômico de seu uso
na pecuária em 2006 foi estimado ser maior
do que um bilhão de reais.

Vantagens
Variedade de alta produtividade,
especial para sistemas intensificados de
produção animal.

Descrição da planta e resistência a pragas e doenças

Planta cespitosa, com altura de até 1,30m, folhas decumbentes, com 2 a 2,6 cm de largura, colmos
levemente arroxeados, folhas e bainhas sem pilosidade ou cerosidade.
Medianamente resistente às cigarrinhas, sendo mais resistente que a cv. Tobiatã, porém menos
resistente que a cv. Tanzânia. Não há relatos de danos expressivos causados por doenças.

Produção de sementes, calagem e adubação

Floresce predominantemente em maio. Produz cerca de 140 kg de sementes puras em colheitas


manuais e até 250 kg em colheitas mecanizadas. Apresenta cerca de 800 sementes puras por grama.
Não é recomendada para solos de baixa fertilidade.
Apresenta as mesmas exigências de calagem e fertilidade do solo (fósforo, potássio e
micronutrientes) que a cv. Tanzânia.
Por outro lado, é mais eficiente na utilização do P do que aquela, apresentando maiores produções de
massa seca total para o mesmo teor de P extraível.
Mombaça
Cultivar de Panicum maximum

Plantio

Recomenda-se plantio o mínimo de 3,0 kg/ha de sementes puras viáveis, semeadas de 2 a 5 cm


de profundidade, incorporadas com grade niveladora ou plantadeira.
Em áreas com chuvas a partir de setembro semear entre outubro e fevereiro, preferencialmente
entre novembro a meados de janeiro.

Produção e qualidade de forragem

Produz acima de 40 t/ha/ano de massa seca em solos bem adubados, com teores médios de
cerca de 13 % de proteína nas folhas e 9 % no colmo. As folhas representam 82 % da produção
anual. A produção é estacional, sendo 89 % produzido na época chuvosa.
Sob pastejo rotacionado, em amostras de forragem simulando o pastejo animal, o conteúdo de
proteína bruta e digestibilidade in vitro da matéria orgânica, nos períodos das águas e da seca,
foram, respectivamente, de 12,0 %, 6,0 %, 63,4 % e 52,3%.
Têm-se observado ganhos de peso entre 570 e 1.100 g/animal/dia nas águas e entre 100 e 300
g/animal/dia no período seco.
A capacidade de suporte varia entre 2,5 e 8,0 UA/ha nas águas e entre 0,8 e 1,2 UA/ha na seca,
em solos de alta fertilidade e bem manejados. Nessas condições a produtividade animal varia
entre 550 e 1.150 kg de peso vivo/hectare/ano.

Manejo, abrangência geográfica e alternativa de uso

Deve ser manejada sob pastejo rotacionado. As alturas indicadas para a entrada e saída dos
animais são 90 cm e 30 cm, respectivamente.
Pode ser cultivada em praticamente todo o país, em regiões com bom regime de chuvas, sem
invernos rigorosos.
Pode ser usada para silagem, mas não é apropriado para fenação. Pode ser usada em sistemas
silvipastoris e em sistemas de integração lavoura e pecuária. Preferencialmente para bovinos,
ovinos e caprinos.
Massai
Cultivar de Panicum maximum

Origem
Híbrido espontâneo entre Panicum
maximum e Panicum infestum. Coletada
originalmente na Tanzânia, África.
Disponível desde 2000.

Vantagens
Variedade mais rústica dentre os
Panicuns, de fácil manejo e que fornece
boa cobertura de solo.

Descrição da planta e resistência a pragas e doenças

Forma touceiras, com altura média de 60 cm e folhas sem cerosidade e largura de cerca de 9 mm. Os
colmos são verdes e finos. É característico o grande número de perfilhos formados, maior do que
qualquer outra cultivar conhecida de Panicum.
Dentre as cultivares de Panicum, é a que se mostrou mais resistente às cigarrinhas-das-pastagens,
apresentando baixos níveis populacionais de adultos e ninfas no campo, devido ao prolongamento
do período ninfal e baixos níveis de sobrevivência do inseto.
Não há relatos de danos expressivos causados por doenças.

Produção de sementes, calagem e adubação

Floresce a partir de março, com vários picos, porém mais intensamente em maio. Produz cerca de 85
kg de sementes puras por hectare. Em média, há cerca de 900 sementes puras por grama
Não é recomendada para solos de baixa fertilidade. Dentre as cultivares de Panicum, é a mais
tolerante ao alumínio do solo, mas recomenda-se seu plantio em solos com saturação por bases entre
40 e 50 %.
Adubação com fósforo (P) deve ser feita segundo a textura do solo:
3
- mais de 60 % de argila - elevar teores de P (extrator Mehlich-1) para 4 a 5 mg/dm .
3
- 36 a 60 % de argila: 6 a 10 mg/dm .
3
- 16 a 35 % de argila: 12 a 15 mg/dm ;
- menos de 15 % de argila: acima de 15 mg/dm3.
O potássio deve estar na faixa de 50 a 60 mg/dm3.
Recomenda-se a aplicação de 30 kg/ha de enxofre, 40 a 50 kg/ha de uma fórmula, como o FTE ou
equivalente, que contenha cobre, zinco e boro.
Massai
Cultivar de Panicum maximum

Plantio

Recomenda-se plantio de no mínimo 3,0 kg/ha de sementes puras viáveis em boas condições de
plantio. Em condições adversas ou integração lavoura e pecuária deve-se aumentar em pelo 50 %
essas taxas.
Em áreas com chuvas a partir de setembro semear entre outubro e fevereiro, preferencialmente entre
novembro e meados de janeiro. Semear de 2 a 5 cm de profundidade, incorporadas com grade
niveladora ou plantadeira.

Produção e qualidade de forragem

Em área adubada e corrigida, sob pastejo rotacionado, produz anualmente cerca de 20 t/ha de massa
seca, com teores médios de cerca de 9 % de proteína nas folhas e 8 % no colmo. As folhas
representam 80 % da massa total na estação chuvosa, caindo para 18 % na estação seca.
Sob pastejo rotacionado, em amostras de forragem, simulando-se pastejo animal, os conteúdos de
proteína bruta e digestibilidade in vitro da matéria orgânica, nos períodos das águas e da seca, foram,
respectivamente, 11,0 %, 5,0 %, 59,0 % e 50,5 %.
Têm-se observado ganhos de peso de 400 g/animal/dia a 700 g/animal/dia nas águas e de mantença
a 100 g/animal/dia no período seco.
A capacidades de suporte varia entre 3,0 e 6,0 UA/ha nas águas e entre 1,5 e 2,0 UA/ha na seca, em
solos de alta fertilidade e bem manejados. Nessas condições a produtividade animal varia entre 500
e750 kg de peso vivo/hectare/ano.

Manejo, abrangência geográfica e alternativa de uso

Deve ser manejada, preferencialmente, sob pastejo rotacionado. As alturas das plantas para entrada
e saída dos animais devem ser 60 cm e 20 cm, respectivamente.
Pode ser cultivada em praticamente todo o país, em regiões com bom regime de chuvas, sem invernos
rigorosos. Apresenta bom potencial para áreas com maior incidência de chuvas.
Pode ser usada para fenação. Pode ser usada em sistemas silvipastoris e em sistemas de integração
lavoura e pecuária. Preferencialmente para bovinos, ovinos caprinos e eqüinos.
Campo Grande
Cultivar de Estilosanthes

Origem
É uma mistura física de sementes
melhoradas de Stylosanthes capitata (80 %)
e S. macrocephala (20 %).
Planta de origem nacional. É uma
leguminosa forrageira. Te m como
característica principal a fixação biológica
de nitrogênio, devido a sua associação com
bactérias fixadoras de nitrogênio. Com isso
pode obter esse elemento da atmosfera,
sem necessidade de adubação nitrogenada
complementar, o que lhe confere teores de
proteína bruta superiores aos das
gramíneas.
Disponível desde 2000, está plantada
atualmente em cerca de 450 mil hectares.
Em 2006, seu uso resultou numa estimativa
de benefício líquido de 13,7 milhões de
reais.

Vantagens

Acrescenta nitrogênio ao sistema,


melhorando os teores de proteína bruta
das gramíneas consorciadas.
Forma boa reserva protéica para o
período seco.
Como forma raízes profundas e cobre
bem o solo, pode ser útil em sistemas
integrados como auxiliar no controle de
processos erosivos e condicionante das
propriedades químicas e físicas do solo.

Descrição da planta e resistência a pragas e doenças

Planta herbácea da família das leguminosas, folhas trifoliadas. Apresenta hábito de crescimento
cespitoso, com altura média de 1,10 m em plantios solteiros ou consorciados, sem alta pressão de
pastejo.
Não foram constatados, até o momento, danos de expressão ocasionados por insetos nas áreas de
pastagens consorciadas com o Estilosantes Campo Grande.
Em áreas de produção de sementes, no entanto, essa leguminosa está sujeita ao ataque de alguns
insetos incluindo a lagarta do pescoço vermelho Stegasta bosquella, bem como pelo besouro do
gênero Apion, que danifica as sementes.
Apresenta alto grau de resistência à antracnose, a principal doença de leguminosas forrageiras.
Campo Grande
Cultivar de Estilosanthes

Produção de sementes, calagem e adubação

O florescimento ocorre em duas épocas, por ser mistura física de sementes de duas espécies. As
plantas de S. macrocephala florescem no final de março e início de abril, enquanto as de S. capitata
florescem ao final de abril e inicio de maio.
A colheita de sementes ocorre entre 50 e 60 dias após o florescimento.
Devido a obtenção biologica do nitrogênio, dispensa adubação nitrogenada.
Entretanto, tem exigências de cálcio, fósforo e potássio e micronutrientes para uma boa fixação
biológica, que devem ser corrigidos segundo análise de solo.
Deve ajustar-se a saturação por bases para 30 % a 35 %.

Plantio

Semear 2,5 a 3 kg de sementes puras e viáveis escarificadas por hectare em pastagens formadas
usando-se sistema convencional ou mínimo de preparo de solo. Se a introdução for em sistema de
preparo convencional do solo, a semeadura poderá ser feita a lanço, seguida de uma gradagem
niveladora, se possível, com um rolo compactador acoplado atrás da mesma. Se a introdução for em
sistema de plantio direto, em pastos degradados ou já formados, deve-se elevar em 50% a
quantidade de sementes. Quando o plantio for feito em área nova, com semeadura simultânea do
capim e da leguminosa, recomenda-se reduzir em 30% a quantidade de sementes do capim.

Produção e qualidade de forragem

Produz de 6 a 14 toneladas de massa seca/ha/ano em plantio solteiro, com teor de proteína bruta nas
folhas entre 15 % e 18%.
Ideal para reciclagem natural de nitrogênio, seja em estandes puros ou em consorciação com
gramíneas, para funcionar como adubo destas. Entretanto, seus efeitos como adubo são melhor
vistos a partir do segundo ano de consorciação.

Manejo, abrangência geográfica e alternativa de uso

Em pastos consorciados, a preferência de pastejo é pelas gramíneas, embora ocorra o contrário com
eqüinos e ovinos.
Em pastagens consorciadas e com pastejo contínuo, deve-se manter a pastagem com pressão de
pastejo ajustada de forma a evitar que a gramínea faça sombreamento excessivo sobre a leguminosa.
Adapta-se bem a solos com teores de argila inferiores a 30 %. Pode ser cultivada desde o norte do
Paraná até a região Nordeste, em áreas com precipitações superiores a 900 mm..
Boa para cobertura verde em culturas perenes como fruteiras ou espécies florestais. Serve também
como adubo verde para recuperação de áreas degradadas de pastagem.
Unidades da Embrapa
Endereços

Embrapa Acre Embrapa Florestas Embrapa Pecuária Sul


Rodovia BR-364, km 14 Estrada da Ribeira, km 111 BR-153, km 595
Caixa Postal 321 - 69908-970 Rio Branco-AC Caixa postal 319 Caixa Postal 242
Fone: (68) 3212-3200 - Fax: (68) 3212-3284/3212-3285 83411-000 Colombo-PR 96401-970 Bagé-RS
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sac@cnpf.embrapa.br - www.cnpf.embrapa.br sac@cppsul.embrapa.br - www.cppsul.embrapa.br
Embrapa Agrobiologia
BR-465, km 7 Embrapa Gado de Corte Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
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Fax: (67) 3368-2150/3363-4403/3368-2180 3666/3624
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23020-470 Rio de Janeiro-RJ Embrapa Gado de Leite
Fone: (21) 2410-9500/9545 - Fax: (21) 2410-1090/1381 Rua Eugênio do Nascimento 610 Embrapa Rondônia
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CEP 70770-901 Brasília-DF Brasil Fone: (86) 225-1141 - Fax: (86) 225-1142 Embrapa Transferência de Tecnologia
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Caixa Postal D-10 35701-970 Sete Lagoas-MG Embrapa Trigo
62011-970 Sobral-CE Fone: (31) 3779-1000/3779-1250 - Fax: (31) 3779-1088 Rodovia BR-285, km 174
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