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ESCOLA SECUNDÁRIA/3 DE FELGUEIRAS Matemática para a Vida – EFA – Nível B3

Tema de vida: O mundo em mudança – somos consumidores

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ACTIVIDADE

Como pode verificar pela análise do documento Notícia 2 que se encontra em anexo, a revista Notícias
Magazine realizou uma sondagem de opinião sobre a influência dos alertas colocados nos maços de tabaco dos
fumadores portugueses.
Depois de ler e analisar cuidadosamente a notícia e tendo em conta a ficha Técnica, responda às
seguintes questões:

Dos inquiridos, quantos são fumadores?

Das pessoas inquiridas que têm conhecimento de que foram introduzidos nos maços de cigarros novas
mensagens/avisos, quantas acham que “estar informado não é sinónimo de vontade de deixar de fumar”?

Armando Jorge Cunha Pá gina 1


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Dos inquiridos fumadores, quantos alteraram os seus hábitos?

Indique qual a campanha mais eficaz para desencorajar alguém de fumar, segundo um fumador e
segundo um não-fumador.

Complete a tabela que se segue e elabore, a partir daí, o respectivo gráfico.

Armando Jorge Cunha Pá gina 2


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ANEXOS
Notícia 2

Portugueses não acreditam que «alertas» funcionem


Cerca de 70 por cento dos portugueses não acreditam que as frases mortais inseridas nos maços de tabaco funcionem como forma de dissuadir o consumo, mas a
verdade - mais animadora - é que 20 por cento dos fumadores confessam ter passado a fumar menos desde então. Curioso é descobrir que são os próprios
dependentes a garantir que eficaz, eficaz, era subir dramaticamente o preço do maço, ou mesmo ilegalizar o tabaco! Mas estas são apenas algumas das
descobertas da sondagem que a nm encomendou à Markteste, para saber como reagiram os habitantes da Grande Lisboa e do Grande Porto à nova campanha.

Tem conhecimento de que foram


introduzidos nos maços de cigarros novas
Acha que essas mensagens/avisos podem
mensagens/avisos que pretendem alertar
É fumador? incentivar os fumadores a deixar de fumar?
os fumadores para os perigos do consumo
de tabaco?

Base: Totalidade dos inquiridos (249) Base: Totalidade dos inquiridos (249) Base: Inquiridos que têm conhecimento de que
foram introduzidos nos maços de cigarros novas
mensagens/avisos (238)

Armando Jorge Cunha


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Um quarto dos habitantes dos dois grandes centros urbanos portugueses, que concentram 40 a 45 por cento da população nacional, admite fumar.
Os homens continuam a ser os grandes fumadores (31 por cento), sendo 19 por cento as mulheres que fumam. Em termos de idades, talvez haja
boas notícias - não, os mais novos não deixaram de fumar, mas a incidência do tabaco é sem dúvida maior entre os mais velhos. Animador em
termos relativos, porque quando descemos às percentagens partimos logo com 23 por cento entre os jovens dos 18 aos 24 anos, para nos
mantermos na mesma percentagem dos 25 aos 34 anos, atingindo o ponto mais alto, com uns assustadores 40 por cento, na faixa etária dos 35
aos 44 anos. Depois dessa idade a percentagem de fumadores desce para 30 por cento dos 45 aos 54 anos, e para 22 por cento a partir dos 64.
Para a descida há duas explicações possíveis, dizem os técnicos: por um lado, sabe-se que a «conta» do consumo ao longo da vida surge
exactamente pelos 40 anos, e que perante um susto a sério há muita gente que pára mesmo de fumar, e depois... as mortes por doenças
relacionadas com o tabaco, particularmente no universo masculino, não são ficção de militantes antitabaco. Quanto a «classes sociais», o estudo
revela que, de facto, quem tem dinheiro tem vícios.

Na chamada classe A e B, 25 por cento fumam, na Cl, a classe média, 32 por cento são
fumadores, para descer para 20 por cento nas classes C2 e D, as mais baixas.

Lá que fumadores e não-fumadores estão avisados, estão. Uma esmagadora maioria afirma
conhecer as frases inscritas nos maços ou seja, sabe que o tabaco provoca o cancro e a
impotência... E não põe sequer em causa que assim seja, mas... como seria de prever, os 4
por
cento que vivem a leste do paraíso não são fumadores, a maioria tem mais
Estar informado
de 64 anos e são maioritariamente habitantes da Grande Lisboa. não é sinónimo
de vontade de
Decididamente, estar informado não é sinónimo de alteração de deixar de fumar.
comportamento nem sequer de grande vontade de mudar, o que torna muito
frustrante o trabalho de quem se empenha em campanhas e acções de prevenção. Os
portugueses leram as frases, sabem repeti-las, se for necessário certamente que as utilizarão com
os amigos que fumam, mas a verdade é que a grande maioria acha que não é por elas nem
através delas que seja quem for altera as suas dependências. Neste caso do tabaco, como não podia deixar de ser, os fumadores são os mais
cépticos - 70 por cento não acreditam que as mensagens levem à mudança – os mais novos também são os que menos acreditam na eficácia desta
campanha; 80 por cento dos jovens dos 18 aos 24 anos afirmam que estas informações não adiantam nada. Mas os mais velhos são mais
optimistas. De notar que os homens são mais crédulos do que as mulheres!
Armando Jorge Cunha
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Em sua opinião, qual o efeito produzido por Face a estas mensagens. Qual foi a
estas mensagens: irritação, incómodo, sua atitude: reduziu o consumo,
preocupação, satisfação, outro? continuou a fumar o mesmo ou
aumentou?

Base: Inquiridos que têm conhecimento de que foram


introduzidos nos maços de cigarros novas mensagens (238)
Base: Inquiridos fumadores (60)

INCÓMODO. Este é o efeito mais comum das mensagens. Dos fumadores, 35 por cento dizem que é esta a emoção que sentem
quando vão comprar mais um maço, mas os não-fumadores estão solidários com eles e 29 por cento referem o mesmo sentimento. Os
mais incomodados são os inquiridos com idades entre os 25 e os 34 anos e aqueles que pertencem à classe alta.

PREOCUPAÇÃO. Mais uma vez fumadores e não-fumadores manifestam reacções praticamente idênticas - 27 por cento dos primeiros e
25 por cento dos segundos referem que as mensagens lhes provocam preocupação. A gente do Norte sente mais preocupação do que
incómodo, são 33 por cento os que traduzem assim o que sentem, contra apenas 22 por cento de lisboetas que manifestam o mesmo.
As classes mais baixas são as mais preocupadas.

Armando Jorge Cunha


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IRRITAÇÃO. Esta é o máximo. São mais os não-fumadores (14 por cento) a sentir esta campanha como «irritante» do que os
próprios fumadores (10 por cento), a quem ela se dirige! E quanto mais velhas as pessoas mais irritação lhes provoca. Os mais novos
parecem aceitar estas «ameaças» explícitas com mais desportivismo - quem sabe se não será porque se sentem menos implicados nelas, numa
idade em que os cancros e as impotências são sempre com os outros...

SATISFAÇÃO. São os não-fumadores os que se consideram mais satisfeitos com esta medida. E os mais militantes encontramse entre
os homens, não-fumadores, da Grande Lisboa.
Quer a notícia pela positiva ou pela negativa? Vamos despachar primeiro as más notícias - 80 por cento dos fumadores afirmam fumar
exactamente o mesmo. Quanto às boas, a verdade é que, apesar das desconfianças acerca da eficácia da campanha, 20 por cento
afirmam ter reduzido o consumo, embora não especifiquem em quanto nem por quanto tempo... Felizmente, ninguém parece ter
espírito do contra, pelo menos não tanto que fosse levado a fumar desalmadamente só para desafiar o sistema!
Quanto a diferenças por sexo, também as há. Os homens fumadores parecem ser mais sensíveis às mensagens - 24 por cento dizem ter
reduzido o consumo, enquanto apenas 15 por cento das mulheres referem o mesmo. Em termos de faixa etária, a redução tem uma
incidência de 28 por cento nos jovens dos 18 aos 24 anos (talvez ainda suficientemente no início para conseguir recuar...), mas só de
nove por cento na faixa etária seguinte, ou seja, dos 25 aos 34 anos.
Sem dúvida que o efeito mais forte se fez sentir a partir dos 45/54 anos, com 21 por
cento de redução, subindo para 38 por cento na faixa dos 55/64 anos – talvez porque
estivessem à espera de um empurrão extra para, pelo menos, reduzir o
número de cigarros fumados. As classes mais baixas foram as que reagiram de forma mais
positiva às mensagens, com uma redução do consumo de 25 por cento.
Deixar, deixar, é que parece que ninguém deixou!
As «lojas dos 300» podem acusar os fumadores de mentirosos, mas 93 por cento dos
inquiridos garantem que nunca compraram cigarreira alternativa, nem maços sem inscrições. Só 7 por cento dizem ter alimentado o
negócio... e são todas mulheres. Provavelmente, os homens consideram o «pacote» alternativo, mesmo quando decorado com senhoras
pouco vestidas, como uma forma de cobardia, como se não tivessem coragem de enfrentar o perigo nos olhos!

Armando Jorge Cunha


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Comprou alguma cigarreira ou maço Em sua opinião, qual das seguintes medidas será mais eficaz para
alternativo? desencorajar alguém de fumar?

Base: Inquiridos fumadores (60)

Base: Total dos inquiridos (249)

Quando se trata de definir medidas eficazes para levar alguém a deixar de fumar, fumadores e não-fumadores divergem. A proibição
de fumar em recintos fechados é aquela que reúne mais votos, mas os não-fumadores consideram-na uma medida mais eficaz do que
os fumadores, com 36 por cento de uns e apenas 23 por cento de outros. Os analistas mais irónicos dirão que os fumadores preferem
optar por medidas que ainda não estão aplicadas do que aderir a uma que poderiam pôr em prática imediatamente!
Sim, porque são os fumadores, mais propriamente 28 por cento deles, a defender a medida mais radical, ou seja, um aumento brutal do
preço dos cigarros que fumam. Pedem para si próprios medidas mais duras do que aquelas que os não-fumadores se atrevem a sugerir.
Curiosamente, 13 por cento dos fumadores - dos fumadores, leu bem - acham que funcionava como medida dissuasora a ilegalização
do tabaco. Mais uma vez os não-fumadores não se atrevem a tanto.

Armando Jorge Cunha


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Quanto às informações nos maços de tabaco, são só 6 por cento dos fumadores e não-fumadores, novamente alinhados, a defender a
sua eficácia...
E como se conclui pelas «penas» fortes que os fumadores consideram mais eficazes, há muito que os dependentes deixaram de
acreditar que a força de vontade basta para deixar de fumar - apenas 1,7 por cento dos fumadores ainda lhe fazem fé.
Curiosamente, há 4 por cento de não-fumadores que acreditam ser essa a via. E hádiferenças conforme o sexo, note-se, sendo mais os
homens do que as mulheres a acreditar que alguém deixe de fumar por exercício da vontade.
Curioso também é que é muito grande, mais precisamente de 10 por cento, a percentagem de pessoas que afirmam não saber como
responder a esta questão. Ou, por outras palavras, não fazem a menor ideia de como combater a dependência. E, de facto, alguém sabe
muito bem?

Armando Jorge Cunha

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