HOFF, P. C, FORLI, C. A. Textos fundamentais de ficção em língua portuguesa.

1º
ed. p. 39-49. Porto Alegre: SAGAH, 2017.

Carla Soraia de Lima da Silva

Patrícia Cristine Hoff, licenciada em Letras – Português e Inglês pela UFPel, mestra
em Literatura Comparada pela UFRGS.

Cristina Arena Forli, licenciada em Letras – Português e Literaturas de Língua

Portuguesa pela FAPA, mestra em Literaturas Portuguesa e Luso-africanas pela
UFRGS.

A ficção e a questão da autoria: unidade 2 do livro Textos fundamentais de ficção em

língua portuguesa, das autoras Patrícia Cristine Hoff e Cristina Arena Forli.

Essa passagem do livro se encarrega de esclarecer a definição de ficção no

decorrer da leitura, com base em estudos de outros autores e levando em
consideração que a ficção consiste em um termo com diversos sentidos, explorados
por diferentes posições teóricas.

De acordo com a visão aristotélica, as artes constituem modos de representar

a realidade, o mundo, sem se confundir com o real, sem essa obrigação ou função.
De acordo com as autoras, é possível construir, através da ficção, vias de acesso à
realidade. Segundo Aristóteles, a representação deve seguir certos critérios que a
tornem possível – a chamada verossimilhança.

Para entender a ficção, é necessário compreender também o sentido de pacto

ficcional, que pode ser compreendido como o sentimento de verdade que ocorre
quando assistimos ou lemos determinada história, sem a necessidade de que a obra
retrate o mundo factual. Faz-se necessário também entender que o conceito de
ficção está atrelado ao conceito de narrativa. Esta última consiste em uma história
contada pela mediação de um narrador, sendo importante observar que a narração
não se restringe aos textos ficcionais. A narrativa pode ser considerada como um
dos principais suportes da ficção, possibilitando a criação de um universo narrado
que da vida à história ficcional.

A figura do autor
 Na atualidade, a noção de autoria se dá tanto pelo produtor da obra, quanto
pelo detentor dos direitos autorais, sendo que o produtor é o responsável intelectual.

As escritas de si

Hoje em dia, a figura do autor vem ganhando cada vez mais importância, e
um dos motivos para isso se deve ao êxito das escritas em primeira pessoa. Quando
um autor fala sobre sua vida com um espirito de verdade, o leitor tende a se sentir,
de certa forma intimo daquela persona literária, com o leitor ficando inclinado a se
identificar com as experiências contadas pelo autor.

Portanto, é possível compreender que as histórias ficcionais e seus

personagens, são obras que requerem grande estudo por conta de quem as cria,
estudo tanto das histórias em si, como da sociedade e público alvo a quem se
destinam, visto que, apesar de os leitores/espectadores terem a consciência de que
são ficcionais, é necessária a criação de um elo que consiga despertar a curiosidade
dos mesmos. É necessário despertar um fundo de verdade dentro da história,
levando em consideração o tema principal da obra.