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6250 Diário da República, 1.ª série — N.

º 178 — 14 de Setembro de 2009

2 — Caso não haja época de recurso, o trabalhador- CAPÍTULO V


-estudante tem direito, na medida em que seja legalmente
admissível, a uma época especial de exame em todas as Período de funcionamento
disciplinas.
3 — O estabelecimento de ensino com horário pós-laboral Artigo 16.º
deve assegurar que os exames e as provas de avaliação, bem Período de laboração
como um serviço mínimo de apoio ao trabalhador-estudante
decorram, na medida do possível, no mesmo horário. 1 — O período de laboração é o compreendido entre
4 — O trabalhador-estudante tem direito a aulas de as 7 e as 20 horas, sem prejuízo do disposto no número
compensação ou de apoio pedagógico que sejam consi- seguinte.
deradas imprescindíveis pelos órgãos do estabelecimento 2 — O membro do Governo responsável pela área la-
de ensino. boral, ouvidas as entidades públicas competentes, pode
5 — O disposto nos números anteriores não é cumulável autorizar períodos de laboração do estabelecimento com
com qualquer outro regime que vise os mesmos fins. amplitude superior à definida no número anterior, por
6 — O regime previsto no presente capítulo aplica-se motivos económicos e tecnológicos.
ao trabalhador por conta própria, bem como ao trabalha- 3 — Os membros do Governo responsáveis pela área
dor que, estando abrangido pelo estatuto do trabalhador- laboral e pelo sector de actividade em causa podem, me-
-estudante, se encontre entretanto em situação de desem- diante despacho conjunto, autorizar a laboração contínua
prego involuntário, inscrito em centro de emprego. do estabelecimento por motivos económicos ou tecnoló-
gicos.
4 — Para efeitos dos n.os 2 e 3, o empregador deve apre-
CAPÍTULO IV sentar ao serviço com competência inspectiva do ministério
responsável pela área laboral, a quem compete a direcção
Formação profissional da instrução do processo, requerimento devidamente fun-
Artigo 13.º damentado, acompanhado de:
Plano de formação a) Parecer da comissão de trabalhadores ou, na sua falta,
da comissão sindical ou intersindical ou dos delegados
1 — O empregador deve elaborar o plano de formação, sindicais ou, 10 dias após a consulta, comprovativo do
anual ou plurianual, com base no diagnóstico das necessi- pedido de parecer;
dades de qualificação dos trabalhadores. b) Projecto de horário de trabalho a aplicar;
2 — O plano de formação deve especificar, nomeada- c) Comprovativo do licenciamento da actividade da
mente, os objectivos, as entidades formadoras, as acções empresa;
de formação, o local e o horário de realização destas. d) Declarações emitidas pelas autoridades competentes
3 — Os elementos que o plano de formação não possa comprovativas de que tem a situação contributiva regu-
especificar devem ser comunicados logo que possível aos larizada perante a administração tributária e segurança
trabalhadores interessados, à comissão de trabalhadores ou, social.
na sua falta, à comissão intersindical, à comissão sindical
ou aos delegados sindicais. 5 — Constitui contra-ordenação grave a violação do
4 — O disposto nos números anteriores não se aplica disposto nos n.os 1, 2 e 3.
às microempresas.
5 — Constitui contra-ordenação grave a violação do
disposto no presente artigo. CAPÍTULO VI

Artigo 14.º Verificação da situação de doença


Informação e consulta sobre o plano de formação Artigo 17.º
1 — O empregador deve dar conhecimento do diag- Verificação da situação de doença por médico
nóstico das necessidades de qualificação e do projecto de designado pela segurança social
plano de formação a cada trabalhador, na parte que lhe
1 — Para efeitos de verificação de incapacidade tempo-
respeita, bem como à comissão de trabalhadores ou, na
rária para o trabalho por doença do trabalhador, o empre-
sua falta, à comissão intersindical, à comissão sindical ou
gador requer a sua submissão à comissão de verificação
aos delegados sindicais.
de incapacidade temporária (CVIT) da segurança social
2 — Os trabalhadores, na parte que a cada um respeita,
da área da residência habitual do trabalhador.
bem como os representantes dos trabalhadores a que se
2 — O empregador informa, na mesma data, o trabalha-
refere o número anterior podem emitir parecer sobre o
dor do requerimento referido no número anterior.
diagnóstico de necessidades de qualificação e o projecto
3 — A deliberação da CVIT realizada a requerimento
de plano de formação, no prazo de 15 dias.
do empregador produz efeitos no âmbito da relação jurí-
3 — Constitui contra-ordenação grave a violação do
dica prestacional do sistema de segurança social de que o
disposto no n.º 1.
trabalhador é titular.
4 — Os serviços da segurança social devem, no prazo
Artigo 15.º de 48 horas a contar da recepção do requerimento:
Informação sobre a formação contínua
a) Convocar o trabalhador para apresentação à CVIT,
O empregador deve incluir os elementos sobre a for- indicando o dia, hora e local da sua realização, que deve
mação contínua assegurada em cada ano no quadro da ocorrer num dos três dias úteis seguintes;
informação sobre a actividade social da empresa. b) Comunicar ao empregador a convocação efectuada;

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