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UNESP FCHS – FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

LUIS FERNANDO DE JESUS RIBEIRO

RA: 221225951

1° ANO – DIREITO (NOTURNO)

RESENHAS CRÍTICAS

FRANCA

2022
RAÇA E HISTÓRIA

O livro “Raça e História”, foi escrito por Claude Lévi-Strauss, ele era um
filósofo, etnólogo e antropólogo francês. Tal livro visava combater o racismo no
plano das ideias, política e socialmente, e seus impactos na sociedade.
demonstrando aos leitores noções gerais sobre a proposta do combate à
perspectiva do evolucionismo cultural. A época que o livro foi feito deve ser levada
em consideração, pois, era um assunto de muita relevância na sociedade da época
(século XIX). O livro foi feito a mando da Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Strauss critica a Antropologia por analisar as contribuições das raças pelo


meio biológico, gerando uma hierarquização das raças e etnocentrismo, o livro
busca apresentar as contribuições de cada raça, partindo de um ponto cultural, e
não biológico ou racial.

O antropólogo também revela que a sociedade não pode ser compreendida a


partir de uma lógica linear, assim como no evolucionismo cultural, mas sim pelas
diferentes visões das diferentes culturas existentes.

As diferentes culturas podem surgir das mesmas matrizes, devendo ser


analisadas em conjunto, porém como sociedades distintas. Desses diferentes ramos
de desenvolvimento, surgiu um padrão de evolução. Pensando nisso, Strauss
propôs sua crítica a uma tendência de homogeneização, a qual tenta sistematizar
certas culturas devido ao repúdio de costumes diferentes do padrão
etnocêntrico/eurocêntrico, aumentando a segregação racial. Assim como foram com
os bárbaros, os quais foram taxados de selvagens, apenas por não seguirem os
costumes que dominavam a época. Dessa situação surgiu a frase “o bárbaro é, em
primeiro lugar, o homem que crê na barbárie”.

Portanto, fica nítido que, não devemos usar os nossos próprios costumes
para discriminar quem possui uma outra cultura, pois a diversidade cultural é algo
muito importante para o desenvolvimento social.
A CASA E A RUA

“A casa e a rua”, obra do antropólogo Roberto Damatta, o qual predispõe de


muita linguagem subjetiva e relatividade, fazendo um jogo de sentidos com a
construção de espaço na sociedade, caracterizados pela casa e pela rua. Na obra a
casa e a rua possuem um outro tipo de significado, nem literal, nem material. A casa
possui sentido de ser um lugar de carinho e amor, um local onde há relações
harmoniosas, família, coisas passadas de geração em geração. A rua não pode se
transformar na casa e a casa não pode se transformar na rua, porém elas se
complementam e se equalizam em algumas partes, assim como o autor emparelha
um corredor de uma casa à uma rua, caracterizando os próprios como lugares de
individualidades, a rua e a casa e não devem ser explicadas separadamente. A rua
tem sentido oposto ao da casa, onde a rua possui características de uma localidade
e hostil e individual, nela há malandragem e indecência. Por isso, a rua é um local
perigoso, controlada pelo povo e pelo governo, sendo muito movimentada e
conturbada.

O autor também caracteriza a casa como privado e a rua como pública, tal
visão afeta também outros espaços públicos. Gerando a desvalorização desses
lugares, e aumentando o valor dos espaços privados, isso ocorre por causa da
associação à rua. Por isso os locais públicos são mais violentos, pois há um clima
de individualidade e falta de acolhimento, tornando vulnerável o indivíduo que está
na rua ou em um local público.

Já no espaço privado há uma sensação de pertencimento social, ocasionando


inconscientemente ao indivíduo, maior zelo e cuidado aos bens privados, tais como
sua casa. A casa é comparada a outros locais privados, tais como escolas, festas,
hospitais. Gerando uma maior sensação de segurança ao indivíduo quando se está
neles.

Portanto, após a leitura dessa obra, deve-se ter um pensamento refletivo


crítico sobre comportamentos individuais e coletivos em meios privados e públicos,
assim gerando uma comunidade melhor e mais harmoniosa e receptiva
independentemente do meio.

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