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de Handebol
Profª Camila da Cunha Nunes
2017
Copyright © UNIASSELVI 2017
Elaboração:
Profª Camila da Cunha Nunes
796.312
N972m Nunes; Camila da Cunha
Metodologia de ensino de handebol / Camila da Cunha
Nunes: UNIASSELVI, 2017.
213 p. : il.
ISBN 978-85-515-0070-5
1.Handebol.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico, você está começando o estudo da disciplina de
Metodologia de Ensino de Handebol.
A partir desse momento, convidamos você a conhecer um pouco
mais do contexto do handebol e perceber porque é um dos esportes mais
praticados no meio escolar. Além disso, você poderá, ao término das três
unidades, exercitar o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem
com seus alunos no meio escolar. Em vários momentos você será convidado
a se levantar e realizar alguns gestos e, ao mesmo tempo, clicar e acompanhar
vídeos, ler textos e acessar ambientes, isso devido à necessidade de aproximar
você, futuro professor, da realidade do handebol!
O desenvolvimento dos nossos estudos será orientado por três
unidades, organizadas da seguinte forma:
III
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para você
que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades em
nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 - CONHECENDO O HANDEBOL................................................................................ 1
VII
TÓPICO 3 – O GOLEIRO........................................................................................................................ 113
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 113
2 POSIÇÕES BÁSICAS DO GOLEIRO................................................................................................ 114
3 TIPOS DE DEFESA............................................................................................................................... 120
3.1 DEFESAS ALTAS.............................................................................................................................. 120
3.2 DEFESAS INTERMEDIÁRIAS........................................................................................................ 123
3.3 DEFESAS BAIXAS............................................................................................................................ 125
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 130
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 131
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................................... 210
VIII
UNIDADE 1
CONHECENDO O HANDEBOL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está organizada em três tópicos. Em cada um deles
você encontrará dicas, textos complementares, observações e atividades que
lhe darão uma maior compreensão dos temas a serem abordados.
TÓPICO 3 – O JOGO
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
O jogo que conhecemos hoje como handebol passou por várias adaptações
e modificações para se estabelecer como handebol de quadra, handebol de areia,
handebol para cadeirantes, dentre outras modalidades esportivas. Verificando o
contexto histórico de desenvolvimento do handebol, percebemos que algumas
civilizações antigas oferecem subsídios para a prática desse esporte. Isso se deve
às atividades físicas desenvolvidas na antiguidade que envolviam a utilização do
corpo e da “pelota”. Diante disso, convidamos você, acadêmico(a), a caminhar em
meio ao contexto histórico do handebol. Lembramos que em alguns momentos as
datas de criação das práticas similares ao handebol se contradizem na bibliografia
científica, por isso você poderá encontrar, em outros materiais, datações que
diferem das apresentadas aqui, no entanto, elas ficarão muito próximas.
3
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
TUROS
ESTUDOS FU
2 A ESSÊNCIA DO HANDEBOL
Há indícios de que um dos primeiros jogos parecidos com o handebol
era realizado na China através de um jogo chamado kemari. Os historiadores
datam sua gênese a 2.000 a.C., na Grécia antiga, onde era desenvolvido um jogo
denominado de urânia e o epyskiros. O urânia era praticado com as mãos e uma bola
que se aproximava ao tamanho de uma maçã, no entanto, não havia as balizas,
popularmente conhecidas como gol. Esse jogo é citado no livro Odisseia, de
Homero (NAGI-KUNSAGI, 1983).
1890. O torball era a diversão das mulheres que trabalhavam na fábrica da Siemens,
orientadas pelo professor Max Heiser. Quem o levou para jogar no campo, em
1912, foi o secretário da Federação Internacional de Futebol, Hirschmann (NAGI-
KUNSAGI, 1983; VIEIRA; FREITAS, 2007). Com o desenvolvimento do torball e a
popularidade que o jogo conquistou influenciado pelos demais jogos existentes, em
1919 surge o handebol, mais especificamente o handebol de campo. Sua idealização
é atribuída ao alemão Karl Schelenz, considerado o pai do handebol. Foi ele quem
reformulou e aperfeiçoou o torball, tornando o handebol um esporte competitivo.
Naquela época, Schelenz era professor da Faculdade de Educação Física, o que
favoreceu a disseminação do esporte. As regras do esporte e as ações técnicas e
táticas da modalidade também foram escritas por ele, publicadas originalmente
pela Federação Alemã de Ginástica, sendo disputado com 11 jogadores e em um
campo de futebol (CZERWINSKI, 1993). Mesmo que o handebol de campo possua
proximidade com as características do futebol (11 jogadores e jogado no campo),
um fator o distingue bastante: o futebol é jogado com os pés, já o handebol é jogado
somente com as mãos. Devido a um decreto do diretor da Faculdade de Educação
Física da Alemanha, em 1920, o jogo foi oficializado como handebol de campo
(NAGI-KUNSAGI, 1983; TENROLLER, 2004; COLLI, 2004).
DICAS
5
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
ATENCAO
Se você imaginava que o handebol surgiu nas quadras, com regras como as que
conhecemos hoje, se enganou! Você pode observar que do seu nascimento até os dias de
hoje este esporte sofreu diversas alterações.
NOTA
6
TÓPICO 1 | O CONTEXTO HISTÓRICO DO HANDEBOL
DICAS
7
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
handebol mundial, pois além de possuir equipes muito bem preparadas, foi onde
surgiu o handebol. Esses países e suas equipes nacionais e locais figuraram entre
os campeões dos campeonatos mais representativos da modalidade. É também na
Europa que se disputam as competições de maior índice técnico, ditas mais fortes,
como a Liga Asobal; Super Copa; Copa de S. S. “El rey”; EHF Challenge Cup; EHF
Champions League; Copa EHF.
DICAS
Considerando a votação desde 1988 até 2015, o país que teve mais atletas
no naipe masculino eleitos foi a França – sete vezes –, sendo também a seleção
atual campeã mundial. No naipe feminino, empata em cinco vezes a Noruega e
a Hungria. Os atletas que ganharam mais vezes a premiação no masculino foram
o croata Ivano Balić (2003 e 2006), o francês Nikola Karabatić (2007 e 2014) e o
dinamarquês Mikkel Hansen (2011 e 2015), duas vezes cada. Já no naipe feminino,
a húngara Bojana Radulovic (2000 e 2003) e a romena Cristina Georgiana Neagu
(2010 e 2015) receberam duas vezes cada.
O Brasil já foi dono desse posto duas vezes, com Alexandra Priscila do
Nascimento eleita no ano de 2013, referente ao ano de 2012, e dois anos depois, em
2015, a brasileira Eduarda Amorim foi eleita a melhor do mundo referente ao ano
de 2014. No ano de 2013 o país também se sagrou campeão mundial após bater a
Sérvia na casa das adversárias. Além de campeão mundial, o handebol feminino
8
TÓPICO 1 | O CONTEXTO HISTÓRICO DO HANDEBOL
teve eleita a MVP (Most Valuable Player), a jogadora mais valiosa do campeonato,
título recebido por Eduarda Amorim; e a goleira Bárbara Arenhart figurou na
seleção do campeonato como melhor goleira.
9
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
NOTA
Caro acadêmico, como forma de revisar os pontos principais deste tópico, peço
que você atente para o resumo que será apresentado a seguir, e caso ainda sinta a necessidade
de reforçar algum ponto, convido você a relê-los. Ok?
11
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O handebol de campo foi inserido no ano de 1936, com o naipe masculino, nos
Jogos Olímpicos pela primeira vez.
• O handebol indoor foi inserido no ano de 1972, no naipe masculino, nos Jogos
Olímpicos e no naipe feminino no ano de 1976.
12
AUTOATIVIDADE
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2 Agora que você já sabe um pouco mais sobre o contexto histórico do handebol
no naipe feminino, vamos ao naipe masculino. Procure e indique em qual país
foi realizado o Campeonato Mundial de Handebol Masculino no ano de 2017 e
quem foi o país campeão.
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14
UNIDADE 1
TÓPICO 2
O HANDEBOL NO BRASIL
1 INTRODUÇÃO
O aparecimento de novas práticas esportivas no Brasil ocorre, geralmente,
por inserção de outras culturas. Assim, podem ocorrer mediados pelo processo de
migração de turistas, ou pessoas de outras nacionalidades que foram convidadas
para ministrar cursos em outros países, entre outros fatores. No caso da inserção
do handebol no Brasil, veremos que esses fatores contribuíram significativamente
para esse processo.
15
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
DICAS
16
TÓPICO 2 | O HANDEBOL NO BRASIL
EQUIPES
Ano
Campeão Vice-campeão
1997 A. A. Guarulhos (SP) Mauá /Universo (RJ)
Clube Atlético Cairu/Ulbra/
1998 A. A. Guarulhos (SP)
Diadora (RS)
A. A. Guarulhos/Abast. Super Água
1999 C. E. Mauá/Universo (RJ)
(SP)
A. A. Guarulhos/Abast. Super C.E. Mauá/Universo/Super. Coelho
2000
Água (SP) (RJ)
A. A. Guarulhos/Abast. Super
2001 C. E. Mauá/Universo (RJ)
Água (SP)
Metodista/Unimed ABC/Santo André
2002 A. A. Guarulhos/Palmeiras (SP)
(SP)
2003 Mauá/Universo (RJ) São Paulo FC/Guarulhos (SP)
2004 C. E. Mauá/Universo (RJ) São Paulo FC/Guarulhos (SP)
2005 São Paulo FC/Guarulhos (SP) MESC/São Bernardo (SP)
18
TÓPICO 2 | O HANDEBOL NO BRASIL
19
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
FAB/Unitau (SP), que esteve presente em quatro finais e conquistou três. O Esporte
Clube Pinheiros é ainda um dos poucos clubes que mantêm o mesmo nome desde
a sua primeira participação. Como ocorre no feminino, diversos são os clubes que
modificam os seus nomes devido aos patrocinadores e apoiadores.
EQUIPES
Ano
Campeão Vice-Campeão
A.A.A. Metodista/São Bernardo/
1997 Esporte Clube Pinheiros (SP)
Petrobrás (SP)
A.A.A. Metodista/São Bernardo/
1998 Esporte Clube Pinheiros (SP)
Petrobrás (SP)
A.A.A. Metodista/São Bernardo/
1999 Esporte Clube Pinheiros (SP)
Petrobrás (SP)
A.A.A. Metodista/São Bernardo/
2000 Imes/Santa Maria/São Caetano (SP)
Petrobrás (SP)
A.A.A. Metodista/São Bernardo
2001 Esporte Clube Pinheiros (SP)
(SP)
A.A.A. Metodista/São Bernardo
2002 Imes/Santa Maria/São Caetano (SP)
(SP)
Imes/Santa Maria/São Caetano
2003 Metodista/São Bernardo (SP)
(SP)
2004 Metodista/São Bernardo (SP) Unifil Londrina/Sercomtel (PR)
2005 Unifil Londrina/Sercomtel (PR) Esporte Clube Pinheiros (SP)
2006 Metodista/São Bernardo (SP) Unifil Londrina/Sercomtel (PR)
2007 Esporte Clube Pinheiros (SP) Unifil/FEL/Sercomtel (PR)
2008 Unopar/FEL (PR) Metodista/São Bernardo/Besni (SP)
2009 Esporte Clube Pinheiros (SP) Unopar FEL/Sercomtel (PR)
2010 Esporte Clube Pinheiros (SP) Metodista/São Bernardo (SP)
2011 Esporte Clube Pinheiros (SP) Metodista/São Bernardo (SP)
2012 Esporte Clube Pinheiros (SP) Metodista/São Bernardo (SP)
TCC/Unitau/Fecomerciários/
2013 Metodista/São Bernardo/Besni (SP)
Tarumã/Taubaté (SP)
TCC/Unitau/Fecomerciários/
2014 Metodista/São Bernardo (SP)
Taubaté (SP)
TCC/Unitau/Fecomerciários/Taubaté
2015 Esporte Clube Pinheiros (SP)
(SP)
2016 Taubaté/FAB/Unitau (SP) Esporte Clube Pinheiros (SP)
FONTE: Adaptado de Brasil (2017b)
20
TÓPICO 2 | O HANDEBOL NO BRASIL
tal feito. Nenhum outro estado brasileiro nas 20 edições apareceu como finalista.
Realizando um paralelo entre os dois naipes, percebe-se que o Estado de São
Paulo totaliza o maior número de equipes finalistas, juntamente com as equipes
que conquistaram o maior número de títulos. Isso também se efetiva no número
de equipes paulistas que figuram como finalistas e participam da competição em
ambos os naipes anualmente.
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
DATA DE
NOME DO CLUBE CIDADE
FILIAÇÃO
A.D.R.C.E.T.C. Tubarão Tubarão 01/01/1996
ACEU/AMAJ/FME Itapema Itapema 07/05/2008
AERC Handebol São José São José 01/01/1995
AHPS – Associação de Handebol de Palma Sola Palma Sola 28/05/2009
ARCHAF/FME Fraiburgo Fraiburgo 29/04/2011
Associação Desportiva Instituto Estadual de
Florianópolis 01/01/1996
Educação
Associação PRO Handebol Blumenau Blumenau 28/05/2009
Associação Amigos do Handebol de Chapecó Chapecó 17/04/2006
Associação Amigos do Handebol de Itajaí Itajaí 30/04/2010
Associação de Pais e Amigos do Handebol de
Seara 04/05/2010
Seara
Associação de Iniciação Desportiva Chana Capinzal 04/05/2010
Associação Caçadorense de Handebol Caçador 26/03/2006
Associação Blumenauense de Handebol Blumenau 28/05/2006
Associação Atlética Universitária Concórdia 28/04/2006
Associação Desportiva de Handebol
Jaraguá do Sul 04/11/2003
Jaraguaense
FME Criciúma Criciúma 23/03/2006
Associação Desportiva Itajaiense - ADI Itajaí 23/03/2006
Associação Desportiva e Cultural Vale do
Indaial 27/05/2013
Handebol
Associação Desportiva e Cultural – ADRECHA Joaçaba 23/06/2003
Associação Desportiva Colegial Florianópolis 01/06/2006
22
TÓPICO 2 | O HANDEBOL NO BRASIL
23
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
25
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
26
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
27
AUTOATIVIDADE
28
anualmente. Diante disso, assinale a alternativa que apresenta a equipe que
no período de 1997 a 2016 conquistou mais títulos da Liga Nacional nos naipes
feminino e masculino.
a) ( ) A. A. Guarulhos.
b) ( ) Esporte Clube Pinheiros.
c) ( ) Taubaté/FAB/Unitau.
d) ( ) Metodista/São Bernardo.
e) ( ) UNC/Concórdia.
29
30
UNIDADE 1
TÓPICO 3
O JOGO
1 INTRODUÇÃO
Nos tópicos anteriores, foi possível perceber que o handebol é um jogo
que exige determinadas características físicas de quem o pratica. Isso significa que
para o desenvolvimento do jogo alguns elementos são primordiais, ainda mais no
que se refere ao desenvolvimento da iniciação do handebol no ambiente escolar.
Você irá observar, no decorrer da aproximação com o conteúdo sobre o jogo, suas
características e fundamentos técnicos, que veremos neste tópico, e que essas
exigências são necessárias tanto para a compreensão do jogo de modo prático
como para a realização dos gestos técnicos do handebol.
DICAS
2 CARACTERÍSTICA DO JOGO
O jogo é um fenômeno de múltiplas possibilidades (MARQUES, 2001).
Para caracterizar o desenvolvimento do jogo de handebol, iremos primeiro lançar
algumas das características próprias do esporte e, em seguida, abordaremos
algumas peculiaridades do handebol. No entanto, o handebol ainda pode ser
classificado devido a outros fatores ocorridos durante o jogo (RODRÍGUEZ;
ROBLES; FUENTES-GUERRA, 2009). Destacamos que, embora iremos tratar de
algumas características do jogo, não pretendemos descartar ou diminuir os demais
recursos possíveis em sua prática pedagógica e a iniciação ao esporte, apenas
destacamos a versatilidade que o jogo oferece.
32
TÓPICO 3 | O JOGO
DICAS
DICAS
33
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
c) É um jogo de oposição, para jogar uma partida é necessário ter uma equipe
adversária.
i) É jogado com as mãos, isso significa que não se pode chutar a bola.
34
TÓPICO 3 | O JOGO
DICAS
35
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
36
TÓPICO 3 | O JOGO
37
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
TUROS
ESTUDOS FU
Você deve ter notado que algumas palavras não são muito comuns, caso não
tenha muita proximidade com o handebol. Não se preocupe, pois na Unidade 2 abordaremos
o que são ações de ataque e defesa, assim você irá se aproximar mais de algumas expressões.
Também na Unidade 3, apresentaremos as regras do handebol.
AUTOATIVIDADE
3 FUNDAMENTOS BÁSICOS
Os fundamentos básicos do handebol são desenvolvidos por meio de
movimentos que são executados segundo um determinado gesto técnico, descrito
biomecanicamente, os quais oportunizam a execução de um movimento com
menor gasto energético, rapidez e velocidade, resultando em maior eficácia (REIS,
2006).
Para você visualizar isso de forma mais clara, basta pensar em como se
desenvolve o jogo. Em vídeos assistidos nos tópicos anteriores, observamos que
os gestos no sistema ofensivo são uma combinação de ações que envolvem o
manuseio da bola com as mãos e o deslocamento de pés. Agora se pergunte: Por
que é jogado com as mãos? Porque é uma imposição das regras oficiais!
Entendido isso, vamos aos fundamentos técnicos, que são: passe, recepção,
empunhadura, drible, arremesso e finta. Os fundamentos mais utilizados durante
uma partida são, sem dúvida, o passe, a recepção e a empunhadura, no decorrer
dos nossos estudos durante esse tópico e nas Unidades 2 e 3 você irá entender o
porquê!
• trajetória da bola;
• distância que a bola percorrerá até chegar ao destino;
• tipos de passe;
• movimento de execução.
FONTE: A autora
O passe também pode ser determinado pela distância que a bola percorrerá
até chegar ao destino. Nesse caso, observa-se qual a distância entre o indivíduo de
posse da bola e o receptor, ou seja, a distância pode ser classificada em:
• curta;
• média;
• longa.
• parado;
• em movimento;
• em suspensão.
41
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
• passe de ombro;
• passe por baixo;
• passe pronação;
• passe por trás do corpo;
• passe por trás da cabeça.
42
TÓPICO 3 | O JOGO
É bem comum esse tipo de passe ser utilizado para passar a bola para o
pivô em situações em que o marcador se adianta para marcar, como ocorre na
Figura 9. O jogador 35, de camisa amarela (clara), ao se adiantar para marcar o
jogador de camisa azul (escura), possibilitou o passe para o pivô de camisa azul
(escura) portando o número 23.
43
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
Outro passe utilizado no handebol é o passe por baixo. Esse tipo de passe
é utilizado quando a distância entre o passador e o receptor é curta, é executado,
em alguns casos, quando o pivô bate o tiro livre fora da linha pontilhada e passa a
bola por meio de um passe por baixo do seu companheiro (ZAMBERLAN, 1999).
Essa situação descrita pode ser visualizada na figura a seguir, que mostra como
ocorre a sua execução.
DICAS
Agora que você já visualizou, por meio das Figuras 8, 9 e 10, como ocorre o passe
de ombro e o passe por baixo, acesse <https://www.youtube.com/watch?v=nT2HG5NWEW0>
e veja em que casos são utilizados durante o jogo. Isso irá possibilitar a você maior proximidade
com o fundamento.
44
TÓPICO 3 | O JOGO
Já no (4) passe por trás do corpo ocorre diferente. O passe é realizado para
trás e o corpo do jogador é utilizado como uma forma de proteger a bola, observe
isso na figura a seguir. Agora descreveremos como é efetuado esse tipo de passe: o
lançamento da bola, para realizar o passe, terá início com a rotação do tronco para
o lado do braço de lançamento que estará com a bola na mão; nesse momento, o
braço e antebraço circundará o corpo por trás e, após a palma da mão estar voltada
para quem receberá a bola, o lançamento é efetuado por meio da flexão do pulso
(ZAMBERLAN, 1999).
45
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
O (5) passe por trás da cabeça também utilizará do corpo para proteger
a bola do adversário. Esse tipo de passe é utilizado para ludibriar o marcador,
por exemplo, quando ele acha que o jogador irá arremessar a bola ao gol. Nesse
momento, ao invés de efetuar o arremesso, o jogador passa a bola para o pivô.
Lembrando que, devido ao movimento que tem que ser executado, esse é um
dos tipos de passe que solicita precisão do passador, assim como o domínio do
gesto técnico. Para realizar esse movimento o jogador de posse de bola terá que
“acentuar a rotação de tronco direcionando o ombro em direção ao companheiro
que receberá a bola. O lançamento ocorrerá através de uma leve flexão do cotovelo,
terminando com o movimento articular do pulso” (ZAMBERLAN, 1999, p. 92).
Visualize essa descrição na figura a seguir.
• da altura;
• da trajetória em que vem a bola.
47
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
48
TÓPICO 3 | O JOGO
Para que a jogadora consiga segurar a bola, temos outro fundamento que é
muito importante, a empunhadura. A empunhadura “é a forma de segurar a bola
de handebol com uma das mãos. A mesma deve ser segura com as falanges distais
49
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
dos cinco dedos abertos e com a palma da mão em uma posição ligeiramente
côncava” (REIS, 2006, p. 1). Ainda, necessita-se observar o movimento que os
dedos deverão fazer para que a bola seja mantida com maior segurança. “Os
dedos devem abarcar a maior superfície possível da bola, os dedos devem exercer
uma certa força (pressão) na bola para que ela esteja bem segura. Sendo que a
pressão exercida pelos dedos polegar e mínimo é muito importante para o êxito
da empunhadura” (REIS, 2006, p. 1). Veja na imagem a seguir o jogador de camisa
amarela fazendo uma progressão com a bola nas mãos, o que ele está realizando é
o movimento de empunhadura.
Outra forma de progressão com bola é por meio do drible. O drible é uma
das formas de progressão com bola, muitas vezes utilizado como um recurso.
O ato de driblar, ao contrário do futebol, não está relacionado em ludibriar um
marcador. Drible no handebol é o ato de empurrar a bola contra o solo, podendo
ocorrer de duas formas: (i) em movimento ou (ii) parado. Diferente do caso do
basquetebol, no handebol o drible não é utilizado sempre para o deslocamento
entre o ataque e a defesa, pois a velocidade do jogador correndo sem bola é maior
do que quando ele está realizando o drible. Também porque no handebol existe o
jogo passivo, que é aplicado quando uma equipe não apresenta objetividade, desse
modo, é atribuído o jogo passivo para prevenir demoras intencionais no decorrer
da partida e também formas de jogar pouco atrativas (IHF, 2010).
50
TÓPICO 3 | O JOGO
51
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
52
TÓPICO 3 | O JOGO
TUROS
ESTUDOS FU
ARREMESSO
Suspensão
De ombro Queda à frente
Com salto
Giro e Queda à frontal
Quadril
frente Retificado Salto e queda
com salto sem à frente
queda
Com salto
lateral
Vselina
FONTE: Zamberlan (1999, p. 99)
53
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
54
TÓPICO 3 | O JOGO
Esse tipo de arremesso pode vir antecedendo a queda de um giro, caso isso
ocorra teremos um arremesso de apoio com giro e queda à frente, bem comum
de acontecer quando um pivô recebe a bola e está sendo marcado. Para realizar o
desmarque o jogador realiza o giro para um dos lados.
55
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
Outro arremesso comum de ser efetuado é o com salto lateral. Esse tipo de
arremesso é, na maioria das vezes, realizado pelos pontas para terem maior ângulo
de gol. Na figura a seguir verificamos que o jogador na posição de ponta salta do
fundo da quadra em direção ao centro da quadra, lateralmente, buscando maior
ângulo de arremesso e também projeta, em seguida, o seu corpo em direção ao gol.
56
TÓPICO 3 | O JOGO
Por fim, o arremesso com salto e queda à frente ocorre quando o indivíduo
salta, arremessa ao gol e em seguida tem uma queda. Também é comum de ser
realizado pelos jogadores que jogam nas pontas, tanto direita como esquerda, pois
ao buscarem ângulo de arremesso, às vezes, não conseguem manter o equilíbrio e
finalizam o arremesso com uma queda.
DICAS
57
UNIDADE 1 | CONHECENDO O HANDEBOL
• De deslocamento
• De braço
• De arremesso
• De passe
FONTE: A autora
por se dirigir ao lado direito, desse modo, irá fazer o movimento para lateral e para
frente para o lado direito, saindo da linha de ação do marcador, por fim, pisará com
o pé esquerdo e pode arremessar ao gol. Como o jogador é destro, ele sairá para o
lado do braço de arremesso dele. Na segunda situação, ilustrada pelo número 2,
ocorre o contrário, o jogador toca ao solo com os dois pés ao mesmo tempo, realiza o
balanço do corpo para ambos os lados e escolhe sair para o lado esquerdo, com isso,
faz o passo para lateral e para frente pisando com o pé esquerdo, em seguida, pisa
com o pé direito e esquerdo. Como o jogador é destro, ele fará o movimento para
o lado contrário do braço de arremesso, o que exige maior equilíbrio e organização
corporal. A escolha do jogador em fazer o movimento para um dos lados pode ser
determinada por realizar melhor o movimento para esse lado, ter maior espaço
para fazer o movimento, estar livre de marcação, entre outros fatores. Para melhor
visualizar como é realizado esse tipo de finta, sugerimos que se levante e a efetue.
Adiante, no Uni Dica, você verá a realização dessa finta em vídeo.
DICAS
DICAS
60
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
61
AUTOATIVIDADE
a) ( ) O arremesso
b) ( ) O drible
c) ( ) A cobrança de faltas
d) ( ) A defesa
e) ( ) O passe
62
d) ( ) passe, recepção, arremesso, progressão, finta e drible.
e) ( ) toque, manchete, arremesso, progressão, finta e drible.
a) ( ) I apenas.
b) ( ) II apenas.
c) ( ) I e III apenas.
d) ( ) I e II apenas.
e) ( ) I, II e III
a) ( ) Recuperação da bola.
b) ( ) Progressão da equipe.
c) ( ) Finalização da jogada.
d) ( ) Proteção do próprio alvo.
e) ( ) Impedimento do avanço do adversário.
63
64
UNIDADE 2
DEFENDENDO E ATACANDO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e em cada um deles você
encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
TÓPICO 3 – O GOLEIRO
65
66
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 1, apresentamos algumas características do handebol, dentre
elas, que o handebol é um esporte de transição. Isso significa que o desenvolvimento
do jogo de handebol é constituído de ações de transição entre ataque e defesa,
em outras palavras, de ações ofensivas e defensivas. Diante disso, neste tópico
apresentamos os sistemas táticos de defesa, mas antes disso é necessário situarmos
o que é e como se defende no handebol. Sempre que estamos defendendo com
um tipo específico de sistema defensivo (individual, combinada, por zona) temos
que ter claro que fazemos uma escolha que tem como intuito o desenvolvimento
de estratégias e, por isso, é necessário distinguir a aplicabilidade de cada sistema.
Quando fazemos uma escolha estamos optando por algo que pode ter
benefícios em um âmbito, mas pode também oferecer riscos. Como o handebol é um
esporte coletivo, ao se adotar um sistema específico de defesa, todos os jogadores
têm que estar aptos a desenvolver o sistema, caso contrário é bem provável que
apareça uma falha de marcação que pode oportunizar uma infiltração da equipe
adversária resultando em gol. Aqui já sinalizamos algo muito importante durante
a defesa, as respostas, ou seja, a resposta (deslocamento) que o companheiro de
equipe dará quando o seu companheiro realizar uma ação individual defensiva.
Isso significa que, tratando-se de um esporte coletivo, o êxito da equipe está
associado a ações individuais e coletivas que refletem sobre o coletivo.
2 ELEMENTOS TÉCNICO-TÁTICOS INDIVIDUAIS DEFENSIVOS
Assim como os fundamentos básicos do handebol, que estudamos
na Unidade 1, as ações defensivas demandam dos jogadores capacidades e
habilidades, que não são apenas motoras, comportamentos individual e coletivo
que são requeridos de acordo com o sistema defensivo adotado. Ao realizar
um movimento defensivo é exigido do jogador habilidade em realizar o que é
solicitado, percepção e tomada de decisão, visão de jogo, disciplina para efetuar
67
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
DICAS
• Posição básica
• Deslocamento
• Bloqueio
• Marcação
68
TÓPICO 1 | SISTEMAS TÁTICOS DE DEFESA
• Estar em uma posição natural que tenha equilíbrio e facilite sua ação posterior.
• Estar em constante movimento, evitando ficar em posição estática.
• Necessita de uma tensão muscular que favoreça a velocidade de contração dos
músculos.
• Deve manter a concentração e atenção, oportunizando uma reação.
• Manter sempre contato visual com seu oponente e a bola.
• Estar bem posicionado para uma possível ação.
• Manter-se de frente para o adversário.
69
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
Adotar uma posição básica que lhe permita realizar com rapidez uma ação
é importante no desenvolvimento do jogo, pois em alguns casos o defensor poderá
encontrar situação defensiva em igualdade numérica, mas poderá deparar-se,
devido ao contexto do jogo, com situações de inferioridade numérica, ou ainda,
casos onde esteja em superioridade. Essas diferentes possibilidades que o jogador
poderá encontrar durante uma partida determinam também a sua forma de agir.
Mais especificamente, igualdade numérica é quando se tem o mesmo número de
atacantes e defensores, por exemplo, 1X1 (um contra um), 2X2 (dois contra dois),
3X3 (três contra três). Inferioridade numérica é quando o número de jogadores
defensores é menor que o número de atacantes, como em casos de 1X2 (um
defensor contra dois atacantes), 2X3 (dois defensores contra três atacantes), 3X4
(três defensores contra quatro atacantes). Ou em casos de superioridade numérica,
o número de defensores é maior que o número de atacantes, 2X1 (dois defensores
contra um atacante), 3X2 (três defensores contra dois atacantes), 4X3 (quatro
defensores contra três atacantes). Lembrando que no handebol a relação máxima
que pode ocorrer entre defensores e atacantes é o 7X7 (sete defensores contra sete
atacantes). Em alguns casos é substituído o goleiro durante o ataque e a equipe
ataca com sete jogadores de linha contra seis defensores mais o goleiro da equipe
adversária.
DICAS
70
TÓPICO 1 | SISTEMAS TÁTICOS DE DEFESA
trás é efetuado após atingir o objetivo, para recompor a defesa ou ainda para
acompanhar um adversário (ZAMBERLAN, 1999).
71
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
72
TÓPICO 1 | SISTEMAS TÁTICOS DE DEFESA
evitando que o atacante faça uma finta de arremesso. Caso não lembre o que é a
finta de arremesso, sugiro consultar a Unidade 1.
• marcação a distância;
• marcação em proximidade.
74
TÓPICO 1 | SISTEMAS TÁTICOS DE DEFESA
A marcação poderá ser efetuada por trás, quando o pivô está entre o
defensor e o gol, nesse caso, as pernas do defensor deverão estar semiflexionadas
e assimétricas, sendo que a perna e o braço (estendido) contrário à procedência
da bola deverão estar à frente, entre o pivô e a bola. Observe que a outra perna
está atrás do jogador atacante, com camisa escura e muito próxima à linha da área
(como expresso na próxima figura). No handebol, essa ação é denominada de
“trancar a linha”, pois quando efetuamos uma ação defensiva próxima à linha da
área devemos colocar um pé à frente da linha para evitar que o jogador faça um
deslocamento por trás do defensor e ele não consiga ver. Ao se realizar a marcação
dessa forma, deve-se ficar atento aos movimentos que o pivô realiza, para evitar
que se antecipe quando o passe for efetuado para ele.
75
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
efetuado anteriormente, no entanto, nesse caso, o pivô está atrás do defensor (de
camisa clara). Também, o braço contrário da procedência da bola está estendido
para trás, mantendo contato com o quadril do adversário; já a perna oposta ao lado
de procedência da bola está à frente e a outra próxima à linha da área (trancando a
linha), para evitar o deslocamento do jogador adversário.
76
TÓPICO 1 | SISTEMAS TÁTICOS DE DEFESA
77
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
3 SISTEMAS DEFENSIVOS
O sistema defensivo é composto por várias estratégias e atitudes que os
jogadores irão desenvolver no decorrer da partida. Além disso, cada sistema
defensivo é dinâmico e possui uma forma de organização específica que pode
alterar-se a qualquer momento do jogo, decorrente de uma exigência do técnico
da equipe ou mesmo de um desequilíbrio defensivo. O desequilíbrio defensivo é
quando há um número maior de jogadores atacantes do que defensores.
E
IMPORTANT
Posto específico é uma zona da quadra (espaço) ocupada pelo jogador, que pode
ser tanto no sistema defensivo como ofensivo e irá depender do sistema adotado pela equipe.
No handebol, há postos específicos de ataque e de defesa, que são denominados de forma
diferente. Por exemplo: na defesa 1os, 2os, 3os defensores, e no ataque, ponta, armador, pivô.
78
TÓPICO 1 | SISTEMAS TÁTICOS DE DEFESA
TUROS
ESTUDOS FU
Caso você não conseguiu visualizar o que são postos específicos, ainda nesta
unidade falaremos dos postos específicos de defesa e ataque de maneira mais
aprofundada.
Ao adotar um sistema defensivo, temos que ter claro que é necessário que
todos os jogadores respeitem seus postos específicos. Para efetuar o que é solicitado
nos sistemas defensivos são utilizados alguns meios, que são formas de agir,
oportunizando um melhor aproveitamento, redução de espaços, impedimento
de progressões, neutralização de ações ofensivas e reforço de algumas zonas
defensivas. Os elementos necessários para a compreensão individual do jogo
defensivo devem ser desenvolvidos desde a iniciação do handebol e podem ser
didaticamente divididos os seus componentes em: sentido da defesa e recuperar a
posse de bola.
79
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
• retorno;
• defesa temporária;
• organização da defesa;
• defesa em sistemas.
tempo todo (SIMÕES, 2002). Por isso, há uma grande exigência energética, pois o
defensor deverá realizar antecipações, aproximações e contato corporal quando
necessário para inibir as ações do atacante e, ao mesmo tempo, perceber qual a
distância que deverá estabelecer entre ele e o atacante. Além disso, “é marcação
por ‘pressão’ o tempo todo, com o objetivo de desajustar o ritmo de jogo, dificultar
os passes e os deslocamentos ofensivos dos atacantes adversários” (SIMÕES, 2002,
p. 165).
E
IMPORTANT
ATENCAO
Esse sistema é adotado somente em casos específicos, devido ao desgaste que ocasiona
aos defensores. É utilizado, em alguns casos, durante os minutos finais, quando a equipe
defensora está perdendo a partida por um ou poucos gols e necessita conseguir a posse
da bola para tirar a diferença de gols, ou então, quando a equipe adversária teve a exclusão
de um jogador por dois minutos, ficando em inferioridade numérica. Quando um jogador é
advertido com a exclusão de dois minutos, ele fica fora do jogo, podendo retornar somente
após esse tempo.
82
TÓPICO 1 | SISTEMAS TÁTICOS DE DEFESA
TUROS
ESTUDOS FU
• quadra toda;
• meia quadra;
• 1/3 da quadra.
83
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
figura a seguir, observe que os jogadores defensores de camisa preta (escura) estão
todos na metade da quadra.
• 6:0
• 5:1
• 4:2
• 3:3
• 3:2:1.
E
IMPORTANT
Os sistemas defensivos são determinados por dois ou três números, por exemplo,
3:2:1 - o primeiro número indica os jogadores que ficam mais próximo à área de gol (na
primeira linha defensiva); o segundo número, os jogadores de segunda linha, e o terceiro
número, a quantidade de jogadores que ficam na terceira linha defensiva.
85
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
E
IMPORTANT
DICAS
Esse sistema defensivo pode ser efetuado de duas formas, com uma defesa
ativa ou passiva. A defesa ativa tem como princípio que a localização espacial
dos jogadores é na 1ª linha defensiva, no entanto, constantemente os jogadores
procuram pressionar o jogador de posse de bola, impedindo que o mesmo realize
suas ações e provocando o erro. Essa forma de defesa é mais agressiva, realizada
por meio do contato corporal. Já na defesa passiva os jogadores se preocupam em
evitar que haja espaço entre eles na defesa, concentrando-se próximos à área de
gol, concentrando-se em evitar que ocorram penetrações (ZAMBERLAN, 1999).
DICAS
Agora que você já se aproximou desse sistema, veja como ocorre durante uma
partida, acesse o link <https://youtu.be/vBCHhhjq-jc?list=PLGCnBZPh3Ii6y7g4fpZ3XCRnlyRe
dg2Pj&t=1> e visualize o sistema de defesa 6:0 de modo ativo sendo desenvolvido pela equipe
da Croácia, de uniforme branco (claro), nos primeiros cinco minutos de jogo.
87
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
Como no sistema 5:1 um jogador fica mais avançado, ele inibe os arremessos
da linha de nove metros, bem como a organização do ataque dos adversários e a
circulação da bola, o que irá dificultar as ações de penetração. Por isso, esse sistema
é adotado, em alguns casos, contra equipes que: possuem bons arremessadores da
linha de nove metros; o armador central da equipe adversária possui capacidade
de organização do ataque; que realiza a circulação da bola em ritmo acelerado;
o jogo ofensivo da equipe adversária baseia-se em um dos jogadores da equipe
(FERNÁNDEZ; VILA, 2012). Assim como há vantagens, adotar essa formação
defensiva resulta em algumas desvantagens, como dificultar as ajudas, pois terá
um maior espaço entre os cinco jogadores que estarão defendendo na 1ª linha
defensiva e, também, caso a equipe adversária utilize um ataque com dois pivôs,
tornará a defesa mais frágil (ZAMBERLAN, 1999).
Ainda vale ressaltar que, na figura acima, o jogador que fica avançado está
na posição central da quadra, no entanto, há a possibilidade desse jogador ficar
avançado em outros locais da quadra, por exemplo, lateral.
DICAS
O sistema defensivo 4:2, assim como o sistema 5:1, desenvolve-se por meio
da distribuição dos defensores em duas linhas defensivas. O que se modifica é que
nesse sistema teremos quatro jogadores na 1ª linha defensiva e dois jogadores na
2ª linha defensiva. Optar por essa formação resulta em saber que os jogadores de
1ª linha defensiva terão um maior espaço para defender, o que oportuniza maior
liberdade para a equipe adversária realizar penetrações por meio do jogo um
contra um; oportunizando, também, movimentação do pivô; isso se deve pelo fato
de ser um sistema aberto.
88
TÓPICO 1 | SISTEMAS TÁTICOS DE DEFESA
89
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
DICAS
90
TÓPICO 1 | SISTEMAS TÁTICOS DE DEFESA
DICAS
91
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
92
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os sistemas defensivos zonais compreendem os sistemas: 6:0; 5:1; 4:2; 3:3; 3:2:1.
93
AUTOATIVIDADE
a) ( ) 6:0.
b) ( ) 1:5.
c) ( ) 3:2:1.
d) ( ) 5:1.
e) ( ) Todas as alternativas estão incorretas.
2 Uma partida de handebol ocorre sempre entre duas equipes. Essas equipes,
no decorrer do desenvolvimento da partida, deverão realizar ações ofensivas
e defensivas. Considerando as ações defensivas, analise as assertivas a seguir,
assinalando V para as verdadeiras e F para as falsas:
a) ( ) F – F – V – F.
b) ( ) V – F – F – V.
c) ( ) F – V – V – V.
d) ( ) V – V – F – F.
e) ( ) F – V – F – F.
94
FONTE: Disponível em: <https://i.ytimg.com/vi/mnX3vAtpOsc/maxresdefault.jpg>. Acesso
em: 16 fev. 2017.
95
96
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Assim como estudamos no Tópico 1, o sistema de ataque ou sistema
ofensivo também possui ações técnico-táticas individuais, as quais estudamos
na Unidade 1, e ações táticas coletivas. Então, antes de iniciar o conteúdo deste
tópico, sugiro a você recordar o conteúdo desenvolvido na Unidade 1, no Tópico
3, referente ao Jogo, pois para desenvolvermos ações de ataque serão necessários
os fundamentos básicos estudados.
2 SISTEMAS OFENSIVOS
O sistema ofensivo inicia quando o adversário perde a posse de bola
(NAGY-KUNSAGI, 1993). Os sistemas ofensivos são formas de organização da
equipe durante o ataque em posições específicas para obter melhor rendimento.
Os jogadores são distribuídos nas posições específicas de acordo com suas
características físicas, habilidades técnicas e ações táticas que a equipe deve
97
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
FONTE: A autora
98
TÓPICO 2 | PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ATAQUE
FONTE: A autora
O ideal é que tanto o armador como o ponta direita sejam canhotos, pois isso
irá oportunizar melhores chances de arremesso. Alguns dos fundamentos técnico-
táticos necessários para desempenhar a função de ponta, conforme Zamberlan
(1999), são:
99
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
FONTE: A autora
DICAS
DICAS
100
TÓPICO 2 | PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ATAQUE
TUROS
ESTUDOS FU
DICAS
101
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
FONTE: A autora
102
TÓPICO 2 | PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ATAQUE
TUROS
ESTUDOS FU
E
IMPORTANT
Lembre-se, o pivô é aquele jogador que atua próximo à área de gol. Na figura a
seguir eles são representados pelas letras D e F.
FONTE: A autora
103
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
E
IMPORTANT
3 MOVIMENTAÇÕES OFENSIVAS
Bom, chegamos ao último item do tópico sobre movimentações ofensivas.
Neste subtópico abordaremos as movimentações ofensivas que corriqueiramente
ocorrem no ataque. Algumas delas já apresentamos no item anterior, como o
contra-ataque ou transição ofensiva. No entanto, há outras movimentações que
você poderá estar desenvolvendo durante as aulas de Educação Física escolar.
Iremos nos ater a algumas movimentações:
104
TÓPICO 2 | PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ATAQUE
FONTE: A autora
FONTE: A autora
DICAS
FONTE: A autora
DICAS
106
TÓPICO 2 | PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ATAQUE
FIGURA 60 – DESDOBRAMENTO
FONTE: A autora
DICAS
107
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
receber novamente a bola. Desse modo, envolve dois jogadores, sendo que para
ocorrer necessita que um deles esteja com a posse da bola.
DICAS
DICAS
DICAS
109
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
DICAS
DICAS
E
IMPORTANT
Outra movimentação no handebol que você pode ter acesso é a quebra, a quebra
é realizada quando a mudança de ritmo ou direção de uma movimentação é ofensiva.
110
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• São sistemas ofensivos 3:3 (um pivô) e 2:4 (dois pivôs), durante o ataque esses
sistemas podem apresentar variações, ou transformações em outros sistemas.
111
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Ponta.
b) ( ) Extrema.
c) ( ) Pivô.
d) ( ) Armador.
112
UNIDADE 2
TÓPICO 3
O GOLEIRO
1 INTRODUÇÃO
Os goleiros são jogadores imprescindíveis na realização de um jogo de
handebol e possuem vários papéis. São eles que passam segurança à sua equipe ao
impedirem que ocorram os gols; ao mesmo tempo, ao efetuarem defesas difíceis,
empolgam sua equipe. É ainda importante para repassar para seus companheiros
possíveis falhas no sistema defensivo, porque acompanha de perto as ações
defensivas. Também é ele que tem a oportunidade de, após a realização de uma
defesa, realizar a primeira oportunidade de gol, ou então, repor a bola em jogo.
Diante disso, um goleiro que passa segurança à sua equipe traz preocupação para
a equipe adversária, que necessita realizar bons arremessos para conseguir efetuar
um gol. Por isso, é necessário que o goleiro possua equilíbrio mental para, ao receber
um gol, continuar concentrado e, no ataque seguinte, conseguir se recompor.
DICAS
113
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
DICAS
Assista alguns lances do goleiro francês Thierry Omeyer e analise a posição básica
que ele adota, dependendo do local e posição específica do jogador durante o arremesso,
principalmente em momentos que envolvem somente ele e o jogador adversário <https://
www.youtube.com/watch?v=WgpxSdHiGAo>.
O lado longo e curto do goleiro depende do local em que ele está localizado,
por exemplo, se ele estiver junto à baliza do seu lado esquerdo, o lado longo seria
o seu lado direito (pois está mais longe da baliza direita), o lado curto seria o seu
lado esquerdo (mais perto da baliza).
114
TÓPICO 3 | O GOLEIRO
No caso da figura acima, o lado curto seria o lado direito do goleiro, por
estar mais próximo à baliza, e o lado longo, o lado esquerdo do goleiro, por estar
mais distante da baliza. Assim como explicado anteriormente, o lado curto e o
longo dependem da localização do goleiro entre as balizas.
115
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
c) Braço e antebraço estendido para cima em forma de “V” ou “W”, as mãos ficam
estendidas com os dedos abertos.
116
TÓPICO 3 | O GOLEIRO
117
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
DICAS
118
TÓPICO 3 | O GOLEIRO
O goleiro poderá realizar deslocamentos para frente e para trás para efetuar
as defesas. Esse tipo de deslocamento vem sempre precedido do deslocamento
de uma das pernas primeiramente, aconselha-se primeiro avançar a perna mais
próxima à baliza e, após, a outra. Ainda, para repor a bola em jogo o goleiro faz a
cobrança do tiro de meta, nesse momento ele poderá utilizar do deslocamento por
meio de uma corrida frontal para pegar maior impulsão no momento do passe.
Veja na figura a seguir o goleiro realizando a reposição da bola em jogo por meio
do tiro de meta.
119
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
3 TIPOS DE DEFESA
A partir da posição inicial, o goleiro utilizará de algumas técnicas para
defender as bolas arremessadas ao gol. As técnicas utilizadas, segundo Zamberlan
(1999), podem ser descritas a partir da trajetória da bola quanto à sua altura em:
• Alta
• Intermediária, meia altura ou média
• Baixa
120
TÓPICO 3 | O GOLEIRO
121
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
frente, voltadas para baixo, isso oportuniza, quando realizada a defesa, que a
bola, ao tocar na mão do goleiro, retorne para baixo, no solo à frente do goleiro,
possibilitando o imediato domínio e um possível lançamento de um contra-ataque
para um companheiro de equipe (NAGY-KUNSAGI, 1993).
122
TÓPICO 3 | O GOLEIRO
DICAS
123
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
124
TÓPICO 3 | O GOLEIRO
125
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
126
TÓPICO 3 | O GOLEIRO
Além desses tipos de defesa, tem-se a defesa em “X”, esse tipo de defesa é
geralmente realizado em casos de arremessos de pivôs e defesas de arremessos em
contra-ataque. É utilizada para surpreender o adversário e diminuir os espaços de
arremesso na altura intermediária. Para efetivar esse tipo de defesa o goleiro terá
que realizar um salto por meio de impulsão no solo, seguido de um movimento de
abdução de ombros e quadris, simultaneamente (SIMÕES, 2005). Veja nas figuras
a seguir o desenvolvimento do movimento de defesa em “X”.
127
UNIDADE 2 | DEFENDENDO E ATACANDO
DICAS
128
TÓPICO 3 | O GOLEIRO
TUROS
ESTUDOS FU
129
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• O goleiro é o único jogador que pode atuar dentro e fora da área de gol.
• O goleiro realiza durante uma partida defesas no seu lado curto ou longo.
130
AUTOATIVIDADE
a) ( ) defesas baixas.
b) ( ) defesas médias.
c) ( ) defesas altas.
d) ( ) defesas com os joelhos.
e) ( ) lançamentos.
131
132
UNIDADE 3
REGRAS E ADAPTAÇÕES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
• conhecer alguns dos diversos gestos utilizados pelos árbitros para arbitrar
uma partida de handebol indoor.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e em cada um
deles você encontrará atividades que o(a) ajudarão a aplicar os
conhecimentos apresentados.
133
134
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
As regras oficiais do handebol são determinadas pela Federação
Internacional de Handebol (IHF) e são aplicadas tanto para partidas envolvendo
atletas do naipe feminino como masculino. No Brasil, compete à Confederação
Brasileira de Handebol (CBHb) a tradução das regras de jogo para o português. A
última versão foi publicada em 1º de julho de 2016.
DICAS
A visualização das regras oficiais na íntegra você pode realizar no link: <http://www.
brasilhandebol.com.br/Admin/Anexos/002336_Regras%20Oficiais%20-%20Handebol%20-%20
CBHb%20-%20julho%20-%202016.pdf>.
135
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
FONTE: A autora
• Linha central
• Linha de tiro livre
• Linha da área de gol
• Linha de sete metros
• Linha de delimitação do goleiro
• Linha de gol
• Linha de fundo
• Linha lateral
A linha central é uma linha que fica situada, como o próprio nome já
sinaliza, no centro da quadra, dividindo a quadra ao meio. Isso significa que para
cada um dos lados da quadra há um quadrado que terá 20 metros de extensão até
a linha de fundo. É sobre essa linha que as equipes cobrarão o tiro de saída para
iniciar a partida ou após sofrerem um gol.
136
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
A linha de sete metros é uma linha paralela à linha de gol que possui um
metro de extensão e está a sete metros da linha de fundo. É atrás da linha de sete
metros (tendo como referência o gol) que é realizada a cobrança dos tiros de sete
metros.
137
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
138
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
TUROS
ESTUDOS FU
Adiante, apresentaremos os tipos de tiro que podem ocorrer durante uma partida.
139
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
FONTE: A autora
• Balizas
• Banco de suplentes
• Mesa de controle
• Placar
140
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
FIGURA 92 – A BALIZA
141
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
142
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
143
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
E
IMPORTANT
144
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
Além disso, para uma partida ter início deve haver duas bolas disponíveis,
uma que será utilizada de imediato, ao iniciar o jogo, e outra que será a bola
reserva e ficará disponível na mesa de controle. Quem decide qual bola será
utilizada no início da partida e qual será a bola reserva são os árbitros (IHF, 2016).
Na Figura 97 é possível observar alguns modelos de bolas de handebol. Olhando
atentamente, perceberá que as bolas estão “sujas”, isso ocorre porque durante a
partida é permitido aos jogadores a utilização da cola. A cola é uma substância
que os jogadores passam na bola que permite mais aderência, pois no decorrer do
desenvolvimento do jogo a bola torna-se um pouco escorregadia devido ao suor
dos próprios jogadores.
145
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
DICAS
E
IMPORTANT
Sintetizando e relembrando!
Em uma partida entre equipes do sexo masculino, composta por jogadores de 16 anos, será
utilizada uma bola tamanho 2 (H2L) e terá duração de dois tempos de 30 minutos, com 10
minutos de intervalo.
146
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
E
IMPORTANT
Toda ocorrência antes de soar o apito final deverá ser cobrada. Por exemplo, se o
árbitro marcou um tiro livre e, em seguida, toca o sinal do placar indicando o fim do jogo, o tiro
livre deverá ser cobrado em um arremesso direto para o gol. O jogador que for executar o tiro
livre somente poderá arremessar a bola em direção ao gol, não poderá saltar ou realizar o passe
para um companheiro. O mesmo ocorre se é sinalizado tiro de sete metros e o sinal do placar
sinalizar final do 1º tempo da partida, o tiro de sete metros deverá ser executado.
• Tiro de saída
• Tiro de meta
• Tiro lateral
• Tiro livre
• Tiro de sete metros
147
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
E
IMPORTANT
O tiro de meta é executado sempre pelo goleiro, sem o apito dos árbitros,
realizado por meio de um passe efetuado para fora da área de gol. Segundo a IHF
(2016), é concedido tiro de meta quando:
• a bola cruzar a linha de fundo, depois de ter sido tocada por último pelo goleiro
ou pelo jogador da equipe adversária (ao contrário do que ocorre no futsal,
quando o goleiro toca a bola por último e ela sai pela linha de fundo, a posse de
bola permanece com o goleiro).
Sempre será cobrado pelo goleiro, isso significa que se a equipe estiver
sem o goleiro naquele momento, deverá fazer uma substituição para a entrada do
goleiro que realizará a cobrança (IHF, 2016). Na Figura 99 é possível observar de
forma ilustrativa a sinalização que o árbitro deverá fazer para indicar que é tiro de
meta.
O tiro lateral é executado sem o apito dos árbitros, por um dos jogadores
adversários da equipe cujo jogador tocou por último a bola antes dela ter cruzado
a linha ou tocado o teto ou objeto fixo. É executado no lugar onde a bola saiu da
quadra; ou, se ela cruzou a linha de fundo, da intersecção entre a linha lateral e a
linha de fundo deste mesmo lado. No caso de a bola ter tocado o teto ou um objeto
fixo sobre a quadra, o passe será efetuado do lugar mais próximo, sobre a linha
lateral mais próxima em relação ao lugar onde a bola tocou o teto ou objeto fixo.
Para realizar a cobrança do tiro lateral, o executante deverá permanecer com um
pé em contato com a linha lateral e efetuar o passe em direção à quadra de jogo.
O outro pé do jogador poderá ficar em qualquer lugar (IHF, 2016). Para indicar
149
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
qual equipe deverá efetuar a cobrança do tiro lateral, o árbitro deverá assinalar
conforme a Figura 100, indicando a direção tendo como parâmetro o lado em que
a equipe estiver atacando.
• a equipe em posse de bola comete uma infração que conduz à perda de posse
da mesma (exemplo, um jogador realiza mais que três passos com a bola na
mão; um jogador fica mais de três segundos com a bola nas mãos sem realizar
nenhuma ação ofensiva; tocar a bola com o pé; se um jogador de posse de bola
pisar com um ou os dois pés fora da quadra);
• os adversários cometem uma violação das regras que cause, para a equipe em
posse de bola, sua perda (exemplo, se um jogador colocar um adversário em
perigo durante uma ação defensiva; quando um jogador defensor entrar na área
de gol e ganhar vantagem; se um jogador recuar a bola para o goleiro de sua
equipe e o goleiro estiver dentro da área de gol).
150
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
TUROS
ESTUDOS FU
Adiante falaremos sobre as punições que podem ser recebidas durante uma
partida de handebol.
TUROS
ESTUDOS FU
Um tiro livre não pode ser executado dentro da área de gol da própria
equipe ou dentro da linha de tiro livre da equipe adversária. Caso um tiro livre
tenha sido marcado enquanto a bola estava dentro da área ou dentro da linha de
tiro livre, deverá ser cobrado no ponto mais próximo imediatamente no lado de
fora dessa área (IHF, 2016). Sempre que um árbitro assinalar tiro livre, deverá fazer
o gesto apontado na figura a seguir.
151
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
E
IMPORTANT
152
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
DICAS
Será anotado tiro de sete metros a uma das equipes, segundo a IHF (2016),
quando:
• Uma clara chance de gol for impedida através da intervenção de uma pessoa não
participante do jogo (espectador entra na quadra ou quando algum espectador
detiver os jogadores usando um apito).
• Houver uma infração por “força maior”, como uma repentina falha elétrica que
faça parar o jogo precisamente durante uma clara chance de gol.
153
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
a) uma exclusão por dois minutos ou uma desqualificação for aplicada (para o
jogador se retirar da quadra);
154
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
155
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
Quando um jogador recebe atendimento médico dentro da quadra de jogo,
como na figura anterior, o jogador tem que sair de quadra imediatamente (sendo
substituído). Após sair da quadra, somente poderá retornar após o terceiro ataque
de sua própria equipe (IHF, 2016).
Para iniciar uma partida, uma equipe pode ter até 14 jogadores e no máximo
sete jogadores podem estar em quadra ao mesmo tempo. Temos que prestar atenção
ao que é mencionado nas regras oficiais: somente o goleiro pode entrar na área de
gol, para ele ser considerado goleiro deve estar identificado como tal. O goleiro
pode, a qualquer momento, sair da área de gol e tornar-se um jogador de linha e
sofrerá as mesmas punições que qualquer jogador de linha. Ao mesmo tempo em
que um jogador de linha (de quadra) pode tornar-se o goleiro a qualquer momento,
desde que esteja identificado como goleiro. No entanto, chamamos atenção para
essa informação: uma equipe pode optar por, em determinado momento do jogo,
156
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
estar com sete jogadores de quadra e sem o goleiro, entretanto, nenhum desses
jogadores poderá entrar na área de gol. Para poder entrar na área de gol, algum dos
jogadores de quadra terá que sair da quadra e o goleiro (devidamente identificado
como tal) deverá entrar na quadra (IHF, 2016).
DICAS
Veja como funciona no decorrer do jogo o ataque com sete jogadores de linha
(de quadra) e momentaneamente a equipe fica sem goleiro <https://www.youtube.com/
watch?v=GBcEut-Ud1Q>.
Para iniciar uma partida é necessário que a equipe tenha ao menos cinco
jogadores. No decorrer da partida esse número pode ser aumentado em até 14,
e “a partida pode continuar mesmo quando uma equipe ficar reduzida a menos
de cinco jogadores na quadra. Depende dos árbitros julgarem se e quando uma
partida deveria ser definitivamente suspensa” (IHF, 2016, p. 16).
Relembrando!
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
Quando um jogador recebe a exclusão de dois minutos, o jogador deve ficar dois
minutos fora da quadra (no banco de suplentes). Além disso, a equipe ficará nos próximos dois
minutos com um jogador a menos em quadra, podendo ser completada após os dois minutos.
Caso durante a exclusão dos dois minutos o jogador entrar na quadra antes
de terminados os dois minutos, “deverá receber uma exclusão de dois minutos
adicional. Esta exclusão deve começar imediatamente, e a equipe deve ser reduzida
na quadra em mais um jogador, que cumprirá o tempo que faltava da primeira
exclusão” (IHF, 2016, p. 18). Veja na Figura 107 a sinalização do árbitro para um
jogador que recebe dois minutos.
158
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
• Todos os jogadores que jogam na posição de goleiro numa equipe devem vestir
a mesma cor, uma cor que os diferencie dos jogadores de quadra de ambas as
equipes, bem como do(s) goleiro(s) da equipe adversária.
• Os número que aparecem nas camisas dos jogadores deverão ser de 1 a 99.
• Segurar a bola durante, no máximo, três segundos, também quando ela estiver
em contato com o solo.
159
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
E
IMPORTANT
• quicar a bola uma vez e agarrá-la novamente com uma ou duas mãos;
• quicar a bola repetidamente com uma mão (drible) e então agarrá-la ou pegá-la
novamente com uma ou ambas as mãos;
• rolar a bola sobre o solo repetidamente com uma mão e então agarrá-la ou pegá-
la de novo com uma ou ambas as mãos.
• quando a bola for dominada com uma ou ambas as mãos, ela deve ser jogada
dentro dos três segundos seguintes ou depois de no máximo três passos;
• passar a bola de uma mão para a outra sem perder contato com ela;
E
IMPORTANT
O ato do quique ou drible é iniciado quando o jogador toca a bola com qualquer
parte de seu corpo e a lança em direção ao solo. Após a bola ter tocado em outro jogador ou
na baliza, se permite a este jogador dar um toque na bola ou quicá-la e agarrá-la novamente
(IHF, 2016).
• tocar a bola mais de uma vez depois que ela foi controlada, a menos que ela
tenha tocado o solo, outro jogador ou a baliza neste meio tempo;
160
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
• tocar a bola com o pé ou com a perna abaixo do joelho, exceto quando a bola for
arremessada por um adversário;
161
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
E
IMPORTANT
Você deve estar se perguntando: o que acontece quando a bola toca em um dos
árbitros? A resposta é: o jogo continua normalmente.
162
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
163
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
• Usar uma mão aberta para tirar a bola da mão de outro jogador (no entanto, não
é permitido arrancar ou golpear a bola que está nas mãos do adversário).
• Usar o tronco para bloquear o adversário na luta pela posição (no entanto, não
é permitido agarrar um adversário; correr ou saltar sobre um adversário).
164
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
166
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
FIGURA 117 – AGARRANDO O ADVERSÁRIO POR TRÁS APÓS NÃO CONSEGUIR MARCÁ-LO
FIGURA 118 – SEGURANDO O ADVERSÁRIO PELA CINTURA APÓS NÃO CONSEGUIR MARCÁ-LO
DE FRENTE
167
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
• devem ser sancionadas com uma exclusão por dois minutos imediata (o jogador
fica por dois minutos fora da partida);
• posição do jogador que comete a infração (posição frontal, pelo lado ou por trás);
• parte do corpo contra a qual é dirigida a ação ilegal (tronco, braço de arremesso,
pernas, cabeça/garganta/pescoço);
168
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
• tentar fazer com que o adversário perca o controle corporal (por exemplo,
agarrar a perna ou pé de um adversário que está saltando;
169
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
E
IMPORTANT
170
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
171
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
E
IMPORTANT
172
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
173
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
DICAS
Caso você queira saber de outras possíveis condutas e ações que podem ser
realizadas ou não durante uma partida, consulte o livro de regras oficiais disponível
no link: <http://www.brasilhandebol.com.br/Admin/Anexos/002336_Regras%20Oficiais%20
-%20Handebol%20-%20CBHb%20-%20julho%20-%202016.pdf>. No livro, você encontrará
outros gestos feitos pela arbitragem para sinalizar infrações.
LEITURA COMPLEMENTAR
174
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
CBHb - Antes dos Jogos Olímpicos, vocês também vão participar do Pré-
Olímpico de Malmö, na Suécia, de 8 a 10 de abril. Será um bom preparatório?
175
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
CBHb - Hoje, com toda essa experiência, como vocês avaliam o nível da
arbitragem da modalidade?
N - A dupla tem que estar alinhada dentro e fora de quadra. Com o tempo
os dois árbitros vão adaptando as suas características até os dois atingirem um
ponto comum. Hoje nosso entrosamento é muito bom. Já nos conhecemos há anos
e fica muito fácil trabalhar em conjunto.
R - Acredito que toda mudança que vem para melhorar o jogo é bem-
vinda. Nesse caso, foi para deixar a partida mais dinâmica. As novas regras foram
aplicadas nos Mundiais Júnior e Juvenil. Já estamos tratando desse assunto há um
ano e as regras foram bem aceitas.
CBHb - Vocês acham que foi uma boa escolha da IHF implantar as regras
antes dos Jogos Olímpicos?
1. Goleiro-linha
1. Uma equipe pode estar em quadra com sete jogadores de campo ao mesmo
tempo. Este é o caso se um jogador de campo substitui um goleiro. Não é
obrigatório estar vestido com a mesma cor da camisa do goleiro.
2. Se a equipe está jogando com sete jogadores de campo, nenhum jogador pode
exercer a função de goleiro, ou seja, nenhum jogador pode entrar na área para
ocupar a posição de goleiro. Quando a bola está em jogo e um dos sete jogadores
de linha entrar na área e destruir uma clara chance de gol, a equipe adversária
terá um tiro de sete metros. A Regra 8:7f será aplicada.
4. Se uma equipe está jogando com sete jogadores de campo e tem que executar
um tiro de meta, um dos jogadores deve deixar o campo em uma substituição
normal e o goleiro retorna para sua área de gol para executar este tiro. Os
árbitros decidirão se um time-out é necessário.
2. Jogador lesionado
* Qualquer jogador ou oficial de equipe que não cumpra essa disposição será
punido por atitude antidesportiva.
• Ele pode entrar somente quando o terceiro ataque de sua equipe for completado.
Os delegados técnicos serão responsáveis em controlar esta situação.
• Um ataque começa com a posse de bola e termina quando um gol for marcado
ou a equipe atacante perder a bola.
• Se o jogador entrar na quadra de jogo antes do final dos três ataques, ele deve
ser punido como entrada ilegal (falta de substituição).
• Esta regra não se aplica quando a cabeça de um goleiro for atingida e este
necessitar de atendimento médico dentro da quadra.
3. Jogo Passivo
• Se depois de no máximo seis passes nenhum arremesso ao gol for feito, um dos
árbitros apita jogo passivo (tiro livre para a outra equipe).
• Se um tiro livre for concedido para a equipe atacante, o número de passes não
será interrompido.
178
TÓPICO 1 | REGRAS DO HANDEBOL INDOOR
• Se uma falta for cometida pela equipe defensora após o sexto passe, mas antes
que os árbitros tenham apitado por jogo passivo, esta infração resultará em um
tiro livre para a equipe atacante. Neste caso, a equipe atacante terá um passe
adicional para completar o ataque, além da possibilidade de executar o tiro
livre direto.
4. Último Minuto
2. Uma falta segundo a Regra 8:10c (bola fora de jogo) será punida com uma
desqualificação sem relatório escrito, e um tiro de sete metros deve ser concedido
para a equipe adversária.
3. Uma falta segundo as Regras 8:10d, 8:5 será punida com uma desqualificação
sem relatório escrito, e um tiro de sete metros deve ser concedido para a equipe
adversária.
4. Uma falta segundo as Regras 8:10d e 8:6 será punida com uma desqualificação
com relatório escrito, e um tiro de sete metros deve ser concedido para a equipe
adversária.
1. O atacante está apto a arremessar e marcar um gol: Não será concedido
sete metros.
2. O atacante passa a bola, seu companheiro falha em marcar um gol: Será
concedido sete metros.
3. O atacante passa a bola, seu companheiro marca o gol: Não será
concedido tiro de sete metros.
5. Cartão Azul
Regra 16:8 (Regras 8:6, 8:10) o último parágrafo é alterado como segue:
• A informação será feita mostrando um cartão azul (em conjunto com o cartão
vermelho).
2. Jogador lesionado. Um jogador lesionado deve sair da quadra de jogo após ter
recebido atendimento médico dentro da quadra e somente pode retornar após
o terceiro ataque de sua equipe for completado.
3. Jogo Passivo. Após ser mostrado o sinal de pré-passivo, a equipe advertida terá
um total de seis passes para arremessar em gol.
4. Último minuto. Nas Regras 8:5, 8:6, 8:10c, 8:10d as palavras "último minuto de
jogo" devem ser trocadas por "últimos 30 segundos de jogo".
5. Cartão Azul. Os árbitros têm um cartão azul somado aos cartões amarelo e
vermelho para providenciar maior clareza relacionada com a desqualificação
de um jogador. Se este cartão for mostrado, um relatório escrito acompanhará a
súmula e a Comissão Disciplinar será responsável por maiores ações.
180
RESUMO DO TÓPICO 1
• Quando um jogador é excluso por dois minutos, deve se dirigir para o banco de
suplentes pelos próximos dois minutos e a equipe ficará com um jogador a menos
por dois minutos.
• É permitido a um jogador de posse de bola dar até três passos. Caso um jogador
realize mais que três passos, será sinalizado que o jogador caminhou (sobrepasso).
181
AUTOATIVIDADE
a) ( ) 2 tempos de 20 minutos.
b) ( ) 2 tempos de 25 minutos.
c) ( ) 2 tempos de 30 minutos.
d) ( ) 2 tempos de 35 minutos.
e) ( ) 2 tempos de 40 minutos.
FONTE: Disponível em: <http://copese.ufpi.br/subsiteFiles/copesenovo/arquivos/files/
professor_educacao_fisica.pdf>. Acesso em: 7 fev. 2016.
182
b) ( ) No handebol um tiro livre é ordenado quando há conduta
antirregulamentar por ocasião de um tiro de sete metros.
c) ( ) No handebol o tiro de sete metros é um lançamento direto ao gol e
deve ser executado dentro dos quatro segundos após o apito do árbitro.
d) ( ) As alternativas B e C estão corretas.
e) ( ) Nenhuma das alternativas estão corretas.
FONTE: Disponível em: <http://www.consep-pi.com.br/admin/upload/
documentos/78e26b7607.pdf>. Acesso em: 4 fev. 2017.
184
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior, apresentamos as pessoas que fazem parte do jogo de
handebol. Dentre elas, destacamos a existência dos árbitros, do cronometrista,
secretário e delegado, essas pessoas farão com que as regras oficiais determinadas
pela IHF sejam cumpridas. Para tanto, em alguns casos, utilizam de alguns meios.
Um dos meios é a súmula de jogo, controle do cronometrista, relatório do jogo e
relatório arbitral. Esses meios são utilizados para registrar o andamento do jogo
e seus acontecimentos. Neste tópico, iremos abordar o que são e como preenchê-
los, para tanto será necessário você relembrar sobre as regras básicas do handebol
desenvolvidas no Tópico 1.
2 A SÚMULA DE JOGO
A súmula de jogo é também denominada de relatório de jogo (como você
visualizará no cabeçalho da súmula), pelo fato de conter várias informações sobre
a partida. Será esse documento que cada equipe receberá ao final da partida.
Para tratar dos documentos necessários para o preenchimento da súmula de
jogo, iremos apresentar os utilizados pela CBHb. Para o seu preenchimento são
utilizados outros documentos, como o controle do cronometrista e o relatório de
jogo. Por isso, primeiro apresentaremos o controle do cronometrista e relatório de
jogo para depois você entender porque a súmula de jogo reúne tantas informações.
DICAS
185
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
186
TÓPICO 2 | SÚMULA DE JOGO E O SEU PREENCHIMENTO
ATENCAO
Caso você não lembre o que são os tempos extras, releia o Tópico 1.
No tópico Nº, você deverá anotar o número do jogador que receber alguma
das sanções apresentadas a seguir: Exclusão, Desqualificação ou Desqualificação
com registro em relatório arbitral (D+R). No caso de o atleta receber uma exclusão,
você deverá anotar o momento em que o jogador recebe a exclusão por dois
minutos e o momento em que ele irá retornar para o jogo. No caso de o jogador
receber a desqualificação ou desqualificação com registro em relatório arbitral,
deverá anotar apenas o tempo no momento em que recebeu a sanção.
187
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
188
TÓPICO 2 | SÚMULA DE JOGO E O SEU PREENCHIMENTO
No Relatório de Jogo aparecerão algumas informações que foram
preenchidas pelo cronometrista no controle do cronometrista. A anotação, também
pelo secretário, dessas informações assegura que não seja perdido nenhum lance
ocorrido durante a partida.
189
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
E
IMPORTANT
DICAS
Caso você tenha alguma dúvida sobre as sanções e a quantidade que um jogador
pode receber durante uma partida, releia o Tópico 1 ou acesse as regras oficiais disponíveis no
link <http://www.brasilhandebol.com.br/Admin/Anexos/002336_Regras%20Oficiais%20-%20
Handebol%20-%20CBHb%20-%20julho%20-%202016.pdf>.
190
TÓPICO 2 | SÚMULA DE JOGO E O SEU PREENCHIMENTO
191
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
192
TÓPICO 2 | SÚMULA DE JOGO E O SEU PREENCHIMENTO
Além da súmula de jogo, caso algum atleta tenha sido Desqualificado com
Registro em Relatório Arbitral, deverá ser encaminhado o relatório juntamente com
a súmula para a CBHb, para que sejam tomados os procedimentos necessários. No
Relatório Arbitral é registrada a ocorrência registrada durante a partida.
193
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
194
RESUMO DO TÓPICO 2
195
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Quando o atacante penetra na área do gol, ele é punido com tiro livre.
b) ( ) É permitido dar, no máximo, três passos com a bola na mão.
c) ( ) É permitido, em alguns casos, golpear a bola com os pés.
d) ( ) A punição do tipo “dois minutos” pode ser aplicada em caso de
substituição irregular.
e) ( ) No caso de um cartão vermelho, o time penalizado permanece com um
jogador a menos apenas por dois minutos.
FONTE: Disponível em: <http://fgvprojetos.fgv.br/sites/fgvprojetos.fgv.br/files/concursos/peb-
jp_2013_peb_ii_-_educacao_fisica_prova_tipo_01.pdf>. Acesso em: 3 fev. 2017.
196
FONTE: Disponível em: <http://www.photoegrafia.com.br/Admin/Fotos/
ORIGINAL_0000012083.jpg>. Acesso em: 7 fev. 2017.
197
4 (Concurso Público Prefeitura de Nova Friburgo – 2007 – questão 22) Quando
um tiro de sete metros no handebol está sendo executado (como um arremesso
a gol), os jogadores da equipe adversária devem permanecer:
a) ( ) Pelo menos a dois metros distantes da linha de sete metros até que a
bola tenha saído da mão do executante.
b) ( ) Pelo menos a um metro distante da linha de sete metros até que a bola
tenha saído da mão do executante.
c) ( ) Fora da linha de tiro livre até que a bola tenha saído da mão do
executante.
d) ( ) Na linha de tiro livre.
e) ( ) Na linha de quatro metros.
FONTE: Disponível em: <http://www.apef-rj.org.br/concursos/Prova%20EF%20Nova%20
Friburgo.pdf>. Acesso em: 3 fev. 2017.
198
UNIDADE 3
TÓPICO 3
O HANDEBOL ADAPTADO
1 INTRODUÇÃO
Com o decorrer do tempo o handebol foi adaptado para ser jogado em
outros espaços e também para propiciar a prática de pessoas em diversas faixas
etárias e em diferentes condições físicas. Se formos tratar do contexto do handebol,
algumas são as adaptações feitas para atender aos diferentes públicos, como já
visualizamos nas unidades anteriores. Neste tópico, iremos abordar o handebol
em cadeira de rodas. Nesse sentido, essa adaptação do handebol surge para
possibilitar a prática de pessoas com algum tipo de deficiência, incluindo assim
esses ao contexto da prática esportiva.
DICAS
No link <http://media.wix.com/ugd/62b7d3_ead7e6cbf9d14b61911735f45e76c602.pdf> é
possível acompanhar o Regulamento Geral da Associação Brasileira de Handebol em Cadeira
de Rodas (ABRHACAR).
199
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
200
TÓPICO 3 | O HANDEBOL ADAPTADO
201
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
DICAS
202
TÓPICO 3 | O HANDEBOL ADAPTADO
DICAS
203
UNIDADE 3 | REGRAS E ADAPTAÇÕES
linha reta contínua a seis metros da linha de fundo (CALEGARI; GORLA; ARAÚJO,
2010). Sendo assim, será definida a utilização da mesma quadra do handebol indoor
ou a alteração conforme as dimensões do handebol de areia no regulamento da
competição. Muitas vezes é utilizado da mesma quadra do handebol indoor devido
à maioria das equipes desenvolverem seus treinamentos nessa quadra.
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
MINI-HAND EHF/IHF
APRESENTAÇÃO
Sabemos que numerosos países já trabalham desde muito tempo com grande
intensidade nesta área. Cada federação nacional também deverá desenvolver sua
própria estratégia de atuação. As condições específicas de cada país são diferentes
e as possibilidades de criar modelos para as crianças no campo de jogo também
o são. Não esqueçamos que dedicarmos um dia para as crianças da nossa família
do handebol poderá trazer muitos bons frutos. Nosso texto deverá nos ajudar a
encontrar uma forma prática e efetiva de fazer isso.
Este material cobre um pequeno vazio que, mesmo que algumas iniciativas
particulares tenham trabalhado nesta direção, era necessário ser preenchido para,
de alguma maneira, dar conhecimento de um material didático que contribua para
com os grandes esforços empreendidos para o desenvolvimento do handebol nas
mais diversas localidades do Brasil.
Com a sua difusão, que depende de uma boa informação de todos, das
federações estaduais, das Secretarias de Educação, das Secretarias de Esportes nos
Estados e municípios brasileiros, cremos que conseguiremos estender a prática
do Mini-Hand a todo nosso território. Nosso objetivo, neste momento, é a busca
incessante de um grande número de praticantes do nosso esporte no futuro.
206
RESUMO DO TÓPICO 3
• Para se deslocar com a posse de bola, tanto no HCR7 como no HCR4, um jogador
pode tocar no máximo até três vezes a cadeira de rodas.
• No HCR4 é possível marcar dois gols ao marcar um gol, caso converta um gol
espetacular.
• No HCR4 qualquer jogador pode adentrar a área de gol e efetuar uma defesa.
207
AUTOATIVIDADE
a) ( ) livre.
b) ( ) lateral.
c) ( ) de meta.
d) ( ) de saída.
e) ( ) de sete metros.
FONTE: Disponível em: <http://consulplan.com/concursos/387/8838.pdf>. Acesso em: 3 fev. 2017.
208
c) ( ) Para equipes masculina e feminina de mais de 18 anos, a duração do
jogo é de 2 X 30 minutos com 10 minutos de intervalo.
d) ( ) Todas as alternativas estão corretas.
e) ( ) Nenhuma das alternativas estão corretas.
FONTE: Disponível em: <http://www.consep-pi.com.br/admin/upload/documentos/78e26b7
607.pdf>. Acesso em: 4 fev. 2017.
a) ( ) corrida.
b) ( ) pique Bandeira.
c) ( ) flexões.
d) ( ) queimada.
e) ( ) nenhuma das alternativas.
FONTE: Disponível em: <http://seletivos.ifto.edu.br/wp-content/uploads/2015/03/edital_16_
2015_07-Educa%C3%A7%C3%A3o-F%C3%ADsica.pdf>. Acesso em: 4 fev. 2017.
a) ( ) pivô.
b) ( ) líbero.
c) ( ) ponta.
d) ( ) goleiro.
e) ( ) armador.
FONTE: Disponível em: <http://www.idecan.org.br/concursos/111/10.pdf>. Acesso em: 20
mar. 2017.
209
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, P. F. Desporto Adaptado no Brasil: origem, institucionalização e
atualidades. Tese de Doutorado. Faculdade de Educação Física, Universidade
Estadual de Campinas, 1997.
CALEGARI, Décio Roberto; ARAUJO, Paulo Ferreira de; GORLA, José Irineu.
Handebol em cadeira de rodas: regras e treinamento. São Paulo: Phorte, 2010.
CBHB. Em novo formato, Liga Nacional de Handebol tem início nesta semana.
2016. Disponível em: <http://www.brasilhandebol.com.br/noticias_detalhes.
asp?id=31953&moda=&contexto=01&area=017&evento=>. Acesso em: 10 fev.
2017.
210
FERNÁNDEZ, J. J.; GRECO, J. P.; VILA, H.; CASÁIS, L.; CANCELA, J. M.
Fundamentos técnico-táticos individuais no ataque. In: GRECO, P. J.; ROMERO,
J. J. F. (orgs.). Manual de handebol: da iniciação ao alto nível. São Paulo: Phorte,
2012.
FERNÁNDEZ, J. J.; VILA, H. 15.3.6 Síntese do sistema 5:1. In: GRECO, P. J.;
FERNÁNDEZ, J. J. (org.). Manual de handebol: da iniciação ao alto nível. São
Paulo: Phorte, 2012.
JUAN GRECO, P. et al. 12.8 Cortina. In: GRECO, P. J.; FERNÁNDEZ, J. J. (org.).
Manual de handebol: da iniciação ao alto nível. São Paulo: Phorte, 2012b.
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