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UNIDADE II

UNIDADE II
Aula 3
Unidade I – Motores Rotativos

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UNIDADE II - Motores Rotativos
Motores rotativos
A turbina a gás é um motor rotativo de combustão interna, uma vez que
utiliza os gases produzidos por uma combustão para o seu acionamento.

O ciclo termodinâmico que representa a turbina a gás simples é o ciclo


Brayton.

A configuração básica de uma turbina a gás é obtida pelo agrupamento de


três subsistemas.
 Um compressor que comprime o ar em uma câmara de combustão.
 Uma câmara de combustão onde o combustível queima com o oxigênio
do ar.
 Uma turbina que gira acionada pelos gases de combustão,
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Motores rotativos
Estes tipos de motores, o trabalho é obtido diretamente de um
movimento de rotação. Não existe o movimento alternativo de
deslocamento axial como nos motores alternativos a pistão.

Vamos estudar nesta unidade dois tipos de motores rotativos: a turbina a


gás (FIG. 2.1) e o motor Wankel (FIG. 2.2).

Figura 2.1 –A – Tubina a Gás Figura 2.1 –B – Motor Wankel


Fonte: Elecgas - 2020 Fonte: pt.Wikipedia-2020
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Motores rotativos
Como aplicação deste tipo de equipamento, pode ser de duas formas
distintas.

Forma 1: Utilizando diretamente o trabalho do eixo, por exemplo,


acionando geradores elétricos, hélice de avião, navios, helicopteros,
bombas hidraúlicas e outros.

Forma 2: Aproveitando a energia do jato dos gases de escape, acelerados


por um bocal, nesse caso, o motor é impelido pela força de reação dos
gases, funcionando como motor de impulso. Um exemplo o tubo-jato.

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Turbina a gás
Na aplicação como turbina a gás, o sistema é constituído de compressor,
câmara de combustão e turbina. Nesta aplicação a turbina a gás é
utilizada como gerador de gases. Sendo que o elemento fundamental é o
compressor, responsável pela introdução de um grande fluxo de ar. A
turbina tem a função de acionamento do compressor. A figura 2.3, mostra
os componentes macros de um turbo a jato.

Figura 2.3 – Turbina a gás


Fonte: repositório institucional –
UFU-2020

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Turbina a gás
Na comparação da turbina a gás com os motores alternativos, pode-se
ressaltar que, nas turbinas a gases, os processos, acontecem
continuamente, enquanto nos alternativos, os processos são
intermitentes.

Na turbina a gás as regiões quente e fria são separadas. Desta forma, a


câmara de combustão e a turbina estão continuamente submetidas ao
contato com gases aquecidos, portando sendo necessário controlar a
temperatura da câmara de combustão e da turbina.

Nos motores alternativos, os processos quentes e frios acontecem no


mesmo espaço, de consequência gerando uma temperatura media
relativamente baixa.
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Turbina a gás
A figura 2.4A-B exemplifica a aplicação de uma turbina a gás em um avião
turbo-hélice.

Figura 2.4-A – Avião Turbo Hélice Figura 2.4-B –Turbo Hélice


Fonte: FedEX-2020 Fonte: turbo-helice-wikipedia-2020

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Motor Wankel
O motor Wankel é constituído fundamentalmente de um rotor,
aproximadamente triangular e de um estator, cujo formato geométrico é
gerado pela posição dos três vertices do rotor durante o seu movimento.
Apesar de ser considerado um motor rotativo, o rotor sofre movimentos
de translação associados à rotação.

A figura 2.5, indica o movimento do rotor, guiado pela engrenagem


central, evidenciando que o rotor não gira em torno do eixo, o que
provoca deslocamentos laterais.

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Motor Wankel

Figura 2.5 – Ciclo de funcionamento do motor rotativo wankel


Fonte: adptado-pt-wikipedia-2020
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Motor Wankel
Em razão da relação das engrenagens, uma das faces do rotor “triangular”,
completará uma volta somente após três voltas do eixo do motor,
portanto para cada face do rotor, será realizado trabalho positivo somente
a cada três voltas do eixo.

Todavia, a cada volta do rotor as três faces realizam trabalho positivo,


conclui-se portanto que se realiza trabalho positivo a cada volta do eixo
do motor, o que é equivalente a um motor alternativo MIF 2T.

A ausência de válvulas e a simplicidade do motor tornam seu uso


interessante, nas mesmas aplicações do motor alternativo.

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Motor Wankel
Desvantagens:
 Necessidade de lubrificante misturado com o combustível, como no
motor a 2T.
 Desgaste prematuro das lâminas de vedação dos vertices do rotor (Fig.
2. 6)
 Grande diferença de temperatura entre o lado quente e lado frio, com o
ciclo de uso vai provocando a deformação da pista do estator sobre a
qual gira o rotor.

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Motor Wankel
A figura 2.6 mostra o rotor do motor wankel com os components macro.

Figura 2.6 – Rotor do motor rotativo wankel


Fonte: adptado-super97.wordpress-2020
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Motor Wankel
Para a produção de maiores potências, podem-se utilizar dois ou mais
rotores em série sobre o mesmo eixo, com posições defasadas, o que
auxilia no balanceamento, veja o exemplo na figura 2.7.

Figura 2.7 – Motor Wankel com dois rotores


Fonte: Brunetti-2020
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Motor Wankel
Para correlação da cilindrada dos rotativos Wankel com o convencionais
alternativos, desenvolveu-se a equação:

 
 = . . . .  ( )

Onde:
B – largura do rotor
e – excentricidade do rotor.
R – raio da circunferência circuscrita pelo rotor.
K – número de câmaras. Sendo z o número de
cilindros de um motor
= − alternativo equivalente.
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Simulação dos motores alternativos Ciclo OTTO.


https://kforinas.pages.iu.edu/physlets/thermo/Otto.html

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Como funciona uma turbina a gas nos geradores de energia elétrica.


Vídeo educativo

Funcionamento de uma turbina a jato.


Vídeo educativo

Funcionamento Turbina Centrifuga


Vídeo educativo
Funcionamento de Motores alternativos
Vídeo educativo
Funcionamento de Motor Wankel
Vídeo educativo
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BACK-UP

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O ciclo de Brayton
O ciclo de Brayton é um ciclo termodinâmico no qual a adição de
calor ocorre a pressão constante (FIG. 2.2)

Este ciclo é uma aproximação dos processos


térmicos que ocorrem nas turbinas a gás,
descrevendo variações de estado (pressão e
temperatura) dos gases. O conceito é utilizado
como base didática e para análise dos ciclos
reais, que se desviam do modelo ideal, devido
a limitações tecnológicas e fenômenos de
irreversibilidade, como o atrito.
Figura 2.2 – Ciclo de Brayton

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O ciclo de Brayton
O ciclo de Brayton recebe este nome em homenagem ao seu autor,
George Brayton que no ano de 1872 requisitou a patente de um motor
denominado “Ready Motor”, este motor que usava um compressor de
pistão separado do expansor, injetando ar comprimido quente pelo
cilindro interno do expansor. A figura 2.3 mostra o esquema básico do
ciclo.

Figura 2.3 – Esquema básico – Ciclo de


Brayton
Fonte: pt.Wikipedia-2020

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