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8º – Quanto aos Protestos de Títulos: 73

Art. 73. O protesto de título, quando o devedor for microempresário ou empresa de pequeno porte, é
sujeito às seguintes condições:
I- sobre os emolumentos do tabelião não incidirão quaisquer acréscimos a título de taxas, custas e
contribuições para o Estado ou Distrito Federal, carteira de previdência, fundo de custeio de atos
gratuitos, fundos especiais do Tribunal de Justiça, bem como de associação de classe, criados ou que
venham a ser criados sob qualquer título ou denominação, ressalvada a cobrança do devedor das
despesas de correio, condução e publicação de edital para realização da intimação;
II- para o pagamento do título em cartório, não poderá ser exigido cheque de emissão de
estabelecimento bancário, mas, feito o pagamento por meio de cheque, de emissão de
estabelecimento bancário ou não, a quitação dada pelo tabelionato de protesto será condicionada à
efetiva liquidação do cheque;
III- o cancelamento do registro de protesto, fundado no pagamento do título, será feito
independentemente de declaração de anuência do credor, salvo no caso de impossibilidade de
apresentação do original protestado;
IV- para os fins do disposto no caput e nos incisos I, II e III do caput deste artigo, o devedor deverá
provar sua qualidade de microempresa ou de empresa de pequeno porte perante o tabelionato de
protestos de títulos, mediante documento expedido pela Junta Comercial ou pelo Registro Civil das
Pessoas Jurídicas, conforme o caso;
V- quando o pagamento do título ocorrer com cheque sem a devida provisão de fundos, serão
automaticamente suspensos pelos cartórios de protesto, pelo prazo de 1 (um) ano, todos os benefícios
previstos para o devedor neste artigo, independentemente da lavratura e registro do respectivo
protesto. Art. 73-A. São vedadas cláusulas contratuais relativas à limitação da emissão ou circulação
de títulos de crédito ou direitos creditórios originados de operações de compra e venda de produtos e
serviços por microempresas e empresas de pequeno porte. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de
2014).

Como se vê, a Lei Complementar 123/06 determinou que as microempresas e as empresas de pequeno
porte, à exceção dos emolumentos devidos ao tabelião, não respondem pelos acréscimos a título de
taxas, custas e contribuições para o Estado ou Distrito Federal, carteira de previdência, fundo de
custeio de atos gratuitos, fundos especiais do Tribunal de Justiça, bem como de associação de classe,
criados ou que venham a ser criados sob qualquer título ou denominação.
Figurarem na condição de devedoras. Tal dispositivo começa por minimizar as despesas das
referidas empresas, isto porque nos emolumentos do tabelião não incidirão quaisquer
acréscimos a título de taxas, custas e contribuições para o Estado ou Distrito Federal, carteira de
previdência, fundo de custeio de atos gratuitos, fundos especiais do Tribunal de Justiça, bem como
de associação de classe, criados ou que venham a ser criados sob qualquer título ou denominação,
podendo ser cobradas, entretanto, as despesas de correio, condução e publicação de edital para
realização da intimação. O dispositivo legal também prevê que, para o pagamento do título em
cartório, não poderá ser exigido cheque de emissão de estabelecimento bancário, mas, feito o
pagamento por meio de cheque, de emissão de estabelecimento bancário ou não, a quitação
dada pelo tabelionato de protesto será condicionada à efetiva liquidação do cheque. Outra
disposição é a de que o cancelamento do registro de protesto, fundado no pagamento do título, será
feito independentemente de declaração de anuência do credor, salvo no caso de impossibilidade de
apresentação do original protestado.

9º – Acesso aos Juizados Especiais Cíveis: 74


Art. 74. Aplica-se às microempresas e às empresas de pequeno porte de que trata esta Lei
Complementar o disposto no § 1º do art. 8º da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, e no inciso I
do caput do art. 6º da Lei nº 10.259, de 12 de julho de 2001, as quais, assim como as pessoas físicas
capazes, passam a ser admitidas como proponentes de ação perante o Juizado Especial, excluídos os
cessionários de direito de pessoas jurídicas.
Art. 74-A. O Poder Judiciário, especialmente por meio do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, e o
Ministério da Justiça implementarão medidas para disseminar o tratamento diferenciado e favorecido
às microempresas e empresas de pequeno porte em suas respectivas áreas de competência. (Incluído
pela Lei Complementar nº 147, de 2014).

O artigo 74 inclusos na referida lei, proporcionou as Microempresas e Empresas de


Pequeno Porte o livre acesso aos Juizados Especiais Estaduais, revogando o então art. 38
da lei 9.841/99 que tratava sobre o mesmo assunto. Cabe ressaltar que a Lei 10.259/2001(lei
dos Juizados Especiais Federias), já concedia o acesso as empresas de pequeno porte em seu
juízo, porém as leis 9.099/95 (lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais), não permitiam
esse livre acesso, tornando privilégio apenas das Microempresas. Assim, a empresa
devidamente inscrita no super simples nacional terá acesso ao Juizado Especial Cível e
Criminal Estadual, bem como ao Juizado Especial Federal para propor ações dentro dos
limites do respectivo rito.

10º – Da Conciliação Prévia, Mediação e Arbitragem: 75

Art. 75. As microempresas e empresas de pequeno porte deverão ser estimuladas a utilizar os
institutos de conciliação prévia, mediação e arbitragem para solução dos seus conflitos.

§ 1oSerão reconhecidos de pleno direito os acordos celebrados no âmbito das comissões de


conciliação prévia.

§ 2oO estímulo a que se refere o caput deste artigo compreenderá campanhas de divulgação, serviços
de esclarecimento e tratamento diferenciado, simplificado e favorecido no tocante aos custos
administrativos e honorários cobrados.

O legislador, acabou por garantir um maior acesso à justiça através do uso dos institutos da
Mediação e da Arbitragem. Sabemos da importância das relações continuadas no mundo
empresarial, por outro lado, não é estranho a relevância que damos à cultura do litígio. O
ideal seria se as partes envolvidas em um conflito fossem capazes de solucioná-lo pela
negociação propriamente dita, sem a presença de um terceiro, sem judicializar a causa objeto
do conflito. Existem demandas empresariais que envolvem direitos disponíveis, de cunho
patrimonial, que não precisam ter assento imediato no juízo estatal; podem ser solucionadas
com a utilização da mediação ou da arbitragem.

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