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Reflexões sobre o planejamento tributário e seus limites, objetivando mostrar sua importância para
as empresas, a fim de minimizar os custos por meio de redução dos impostos.
1- INTRODUÇÃO
A carga tributária no Brasil é uma das mais altas do mundo. Se comparada com a média dos países
da América Latina e Caribe, observa-se que o país apresenta a mais elevada. Ela corresponde, de
acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), à receita
tributária total dividida pelo PIB, que, por sua vez, é a soma de todas as riquezas produzidas no
país.
Segundo o estudo realizado pelo Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal do
Brasil (CETAD), em conjunto com a Coordenação-Geral de Estudos Econômicos Fiscais da
Subsecretaria de Planejamento Estratégico da Política Fiscal da Secretaria do Tesouro Nacional,
divulgado em março de 2020, a carga tributária no país, em 2018, atingiu a marca de 33,26%
contra 32,33% do ano anterior, indicando variação positiva de 0,93 pontos percentuais.
Já de acordo com o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, a carga tributária do governo geral
foi de 33,17% do PIB em 2019.
Isto posto, o ponto chave é identificar os limites gerais entre o lícito e o ilícito para sua
legitimidade, assegurando os direitos constitucionais e a justiça social aos contribuintes.
2- METODOLOGIA
Gil (2002, p.17) define, em sua obra, o conceito de pesquisa:
Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como
objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é
requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema,
ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que
não possa ser adequadamente relacionada ao problema.
Em um primeiro momento, utilizou-se a pesquisa exploratória para atender aos objetivos deste
trabalho, obtendo informações sobre os aspectos conceituais, além de conhecer a realidade a qual a
empresa que atua no comércio em geral se encontra.
Em seguida, utilizando-se de uma pesquisa descritiva, foi possível coletar dados para descrever as
características da empresa.
Segundo Gil (2002, p.22): "Destacam-se, também, na pesquisa descritiva, aquelas que visam
descrever características de grupos (idade, sexo, procedência etc.), como também a descrição de
um processo numa organização, o estudo do nível de atendimento de entidades, levantamento de
opiniões, atitudes e crenças de uma população, etc.".
Em uma visão global, a rede, com 24 anos de mercado, possui oito unidades na cidade de Belo
Horizonte-MG e na região metropolitana, sendo mais de 400 unidades em todo o Brasil. A
empresa Sorveteria Eireli iniciou suas atividades no ano de 2017, possui cinco funcionários
registrados e um sócio.
Nessa linha, Gil (2002, p. 44) defende que “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em
material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”.
Em relação à abordagem, a pesquisa usa uma integração entre a natureza quantitativa e qualitativa.
Beuren (2010, p. 92) salienta que "a abordagem quantitativa se caracteriza pelo emprego de
instrumentos estáticos, tanto na coleta quanto no tratamento de dados”. De acordo com Chizzotti
(2006, p. 79) “pesquisa qualitativa parte do fundamento que há uma relação dinâmica entre o
mundo real e o sujeito, uma interdependência entre o sujeito e o objeto, abre espaço para
interpretação”.
A análise dos dados foi feita com base no referencial teórico, submetidos à análise documental,
buscando, assim, a exatidão das informações obtidas, com vistas à verificação das vantagens
trazidas pelo planejamento tributário à empresa em estudo.
Por fim, obtendo os resultados e conclusões a respeito do regime tributário mais vantajoso e
possibilidade de redução da carga tributária.
3- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Historicamente, no Estado Absolutista, todo o poder era concentrado nas mãos do rei, o qual
possuía poderes absolutos de origem divina, que lhe conferiam soberania sobre seus súditos,
muitas vezes com interesses inteiramente pessoais, sem qualquer razoabilidade, isonomia ou
finalidade estatal que justificasse a tributação.
Contudo, pela sua ineficiência em corrigir as desigualdades sociais, passa-se para um Estado de
Bem-Estar Social (Welfare State) ou Estado Assistencial, e, segundo Norberto Bobbio (2004,
p.416), ”pode ser definido, em primeira análise, como Estado que garante tipos mínimos de renda,
alimentação, saúde, habitação, educação, assegurados a todo cidadão, não como caridade, mas
como direito político”.
Logo, surge, nesse estado, um conjunto de direitos mínimos assegurados à população por meio de
prestações positivas: as chamadas liberdades positivas, tendo como valor-fonte a igualdade, o que
acarretou gastos que o Estado não conseguiu suportar devido ao excesso de despesas públicas.
Até que, por fim, um novo estado regulador buscou reestabelecer um mínimo existencial,
limitando-se às essencialidades para o bem público e permitindo a participação do setor privado na
economia e, consequentemente, na entrega de outros direitos não exclusivos.
Para tanto, tornou-se necessária a instituição de um Estado outorgado com poderes que o
colocassem em uma posição de superioridade, visando aos interesses coletivos da sociedade, e,
assim, sendo possível destacar alguns princípios que ainda balizam a sua atuação: a supremacia do
interesse público sobre o particular e a indisponibilidade do interesse público. Portanto, a
tributação, hoje, torna-se um dos maiores instrumentos de justiça social.
Com efeito, nas palavras de Regina Helena Costa (2017, p.3), a prestação de serviços públicos e a
manutenção do patrimônio coletivo implicam elevados gastos. Daí porque o Estado, como regra,
não pode prescindir de exigir de seus administrados prestações de caráter compulsório qualificadas
como tributos.
Com isso, percebe-se que os recursos são públicos: somente o povo pode dispor sobre o seu uso,
mediante lei, editada por seus representantes, conforme reza a Constituição Federal (CF/88), artigo
150, § 6º:
Destarte, conclui-se que o Direito Tributário é um ramo do direito público. Ademais, Hugo de
Brito Machado conceitua o Direito Tributário como:
O Direito de modo geral tem por finalidade promover o equilíbrio nas relações entre os
que têm e os que não têm poder. Ou entre os que têm mais e os que têm menos poder.
Sabido que o Estado é a maior expressão de poder que se conhece, fácil é concluir-se
que o direito tributário tem por finalidade limitar o poder de tributar e proteger o
cidadão contra os abusos desse poder.
Segundo Domingos (2015, p.22), o Estado, por meio da sua soberania, tem papel de instituir e
cobrar tributo e os contribuintes têm o dever de pagá-los. Dessa forma, fica claro que o principal
objetivo da tributação é arrecadar recursos para o Estado, no entanto, o Estado Democrático de
Direito não se limita apenas a esse fim.
Justamente por isso, os tributos não possuem apenas a função arrecadatória, mas também social, a
qual se destina, em conformidade ao Estado Democrático de Direito, na busca pela consagração de
uma igualdade material, promovendo o bem de todos, conforme consta, nos princípios
fundamentais da CF/88, os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.”.
Logo, versa o artigo 3º do Código Tributário Nacional (CTN), Lei 5.172 de 25 de outubro de 1966,
recepcionada com status de lei complementar, que, “tributo é toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”.
Prestação pecuniária: significa que o tributo deve ser pago em unidades de moeda
corrente, inexistindo o pagamento in natura ou in labore, ou seja, o que é pago em bens
ou em trabalho de prestação de serviço;
Que não constitua sanção de ato ilícito: as penalidades pecuniárias ou multas não se
incluem no conceito de tributo; assim, o pagamento de tributo não decorre de infração
de determinada norma ou descumprimento da lei;
Instituída em lei: só existe a obrigação de pagar o tributo se uma norma jurídica com
força de lei estabelecer essa obrigação;
Infere-se, claramente, sobre o pagamento em dinheiro (pecúnia), além de não se tratar de uma
faculdade, mas, sim, de uma obrigação derivada do poder de império do estado. Ainda, consoante
com o princípio de um Estado Democrático de Direito, deve, necessariamente, estar instituído em
lei, conforme previsão constitucional:
“Art. 5º (...):
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
lei;”
Dessa forma, visando à moralidade e à justiça fiscal, o princípio da isonomia não permite que as
pessoas que ganham a vida ilicitamente não sejam tributadas. Afinal, o que é tributado é o
rendimento decorrente de atividades ilícitas, e não a atividade propriamente dita, incidindo, por
exemplo, imposto de renda sobre ele, conforme posicionamento do Supremo Tribunal Federal no
HC 77.530-4/RS.
Vale mencionar, também, que o Estado detém duas formas de arrecadação de dinheiro: por meio
das receitas originárias e das receitas derivadas. As primeiras são auferidas com base na
exploração do seu patrimônio, por meio de aluguéis ou mesmo por empresas estatais, que possuem
personalidade jurídica própria, as chamadas empresas públicas e sociedades de economia mista.
Por surgirem de um contrato, sem o poder de império estatal, elas estão sujeitas ao regime do
direito privado.
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Percebe-se pelo exposto que o imposto está relacionado a um fato do contribuinte, enquadrando-se
na hipótese de incidência prevista em lei, que faz nascer o fato gerador.
Assim, conclui-se que os impostos são tributos não vinculados por estarem relacionados com uma
manifestação de riqueza do contribuinte e não com uma atividade estatal.
Em outras palavras, o Estado não tem a obrigação de oferecer ao contribuinte algum tipo de
contraprestação. Trata-se de um tributo que busca realizar a solidariedade social. Portanto, em
regra, sua destinação não está vinculada a qualquer destinação, são usados em benefício da
coletividade, remunerando os chamados serviços gerais – uti universi.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
Apenas destacando alguns pontos importantes sobre o imposto, vale destacar o conceito de
circulação. A doutrina majoritária entende que circulação está relacionada à circulação jurídica da
mercadoria, ou seja, deve haver a transferência (de uma pessoa para outra) da propriedade da
mercadoria.
Nos dizeres de Roque Antonio Carraza (2011, p.36) a remessa de mercadoria de um
estabelecimento para outro, de uma mesma empresa, configura simples transporte e, por isso
mesmo, não incide ICMS. De fato, nela não há transmissão de mercadoria e, por consequência,
circulação jurídica. Só haverá circulação jurídica, quando uma operação for realizada entre duas
pessoas distintas.
Em sintonia, entende o Supremo Tribunal Federal (STF), na súmula 573, que não constitui fato
gerador do imposto de circulação de mercadorias a saída física de máquinas, utensílios e
implementos a título de comodato.
No mesmo pressuposto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), na súmula 166, entende que não
constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para outro
estabelecimento do mesmo contribuinte.
Por fim, destarte, a saída por si só, não está estabelecida na Carta Constitucional como hipótese de
incidência de ICMS.
Outra regra importante diz respeito ao diferencial de alíquota (DIFAL) do ICMS: quaisquer
operações interestaduais com destino a consumidor final (seja contribuinte ou não do ICMS)
estarão sujeitas ao DIFAL, devido em favor do Estado do destinatário, conforme disposto no art.
155, § 2°, VII, da CF/88:
VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final,
contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota
interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota
interestadual;
2.2.1 – Legalidade
Consoante o conceito de tributo, o princípio da legalidade garante o direito de justiça e segurança
jurídica. O art. 150, I, da Constituição assim dispõe:
A norma instituidora, ademais, precisa definir todos os elementos da regra matriz de incidência
tributária, ou seja, descrição do fato tributável, definição da base de cálculo e da alíquota, critérios
para o estabelecimento do valor do tributo, identificação dos sujeitos ativo e passivo da obrigação
tributária, não havendo, portanto, discricionariedade da autoridade administrativa em definir sua
aplicação, conforme coaduna o art. 97 do CTN:
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26,
39, 57 e 65;
A aplicação aos impostos “sempre que possível” decorre do entendimento de que todos
os impostos incidem sobre alguma manifestação de riqueza do contribuinte (auferir
renda, ser proprietário, importar, transmitir bens). Manifestada riqueza, aparece a
solidariedade social compulsoriamente imposta: o Estado, por lei, obriga o particular a
entregar-lhe parte da riqueza, parte esta que será redistribuída para toda a sociedade
por meio das atividades estatais. Por conseguinte, considera-se justo que cada pessoa
seja solidária na medida de suas possibilidades, visto que quem mais tem renda, quem
mais possui, quem mais importa, quem, enfim, mais manifesta riqueza, tem uma
possibilidade maior de contribuir com a sociedade sem comprometer sua subsistência
(capacidade contributiva).
Esse princípio também é aferido por meio da progressividade e da seletividade. Aquele ocorre
quando a incidência tributária é maior à medida que aumenta a base tributável, já este acontece
quando as alíquotas dos impostos são diferentes, tendo em vista o objeto tributável.
Seguindo essa linha, na segunda parte do § 1°, do art. 145, da CF/88, ao tratar da faculdade em
identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte, a Lei
Complementar 105/2001 estabeleceu:
Por fim, conforme mais um entendimento do STF, no RE 406.955-AgR, tal princípio também pode
ser extensível a outras espécies tributárias, observando as peculiaridades de cada uma delas.
O princípio do não confisco, previsto no art. 150, IV, da CF/88, “(...) é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) IV - utilizar tributo com efeito de confisco”,
visa proteger a tributação com efeito confiscatório, o que não se confunde com o confisco em si. A
aplicação de pena de perdimento é considerada uma punição pela própria CF/88, em seu art. 5°,
XLVI, “b”:
b) perda de bens;
No Direito Tributário, o sujeito ativo é o ente instituidor do tributo ou a pessoa jurídica de direito
público legalmente responsável pela sua arrecadação e fiscalização. O sujeito passivo fica
subordinado ao cumprimento das obrigações tributárias.
O artigo 113 do CTN, abaixo transcrito, divide as obrigações tributárias em principais e acessórias:
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito
dela decorrente.
Nesse contexto, no que se refere às obrigações dar, representada pelo pagamento de pagando
tributos ou multas (penalidade pecuniária), denomina-se obrigação principal. Já em relação às
obrigações de fazer ou deixar de fazer algo, são as prestações ou obrigações acessórias, que
estabelecem um conjunto de práticas e deveres administrativos que o sujeito passivo fica
encarregado de realizar, visando auxiliar a arrecadação e fiscalização tributária, facilitando o
trabalho da Fazenda Pública, por exemplo, escriturar livros fiscais
Por outro lado, as obrigações acessórias independem da existência de uma obrigação principal.
Embora haja autonomia da obrigação acessória, o seu descumprimento gera uma obrigação
principal, as multas, de acordo com o §3º do referido artigo. Contudo, o seu pagamento não
exonera o posterior cumprimento da obrigação acessória.
Conforme o artigo 114 do CTN, define o fato gerador da obrigação da obrigação tributária
principal como a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência e tem por
objeto o pagamento de tributo ou penalidade. Ou seja, a lei prevê, abstratamente, uma hipótese de
incidência que, ocorrida no mundo real, faz gerar o vínculo entre os sujeitos, a relação jurídico-
tributária. Por conseguinte, infere-se que só existe obrigação tributária se houver um fato gerador.
De acordo com a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), a carga tributária bruta do
governo geral alcançou, em 2018, 33,15% do PIB (Produto Interno Bruto). Segundo o secretário
do Tesouro, Mansueto Almeida, em 2019, foi de 33,17% do PIB. Conforme dados encontramos no
site da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), representados na Tabela 1 abaixo, é possível
visualizar uma comparação, por ente, entre os anos 2018 e 2019.
Tabela 1 - Carga Tributária Bruta por esfera de governo - Brasil - Anual - 2018 e 2019
Já segundo o estudo elaborado pelos economistas José Roberto Afonso e Kleber Pacheco de
Castro, em 2019, a CT alcançou a marca recorde de 35,17% do PIB
O Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), tributo federal, respondeu por 40% do
crescimento da carga tributária. O ICMS (tributo estadual), por quase 30%. A arrecadação que
mais cresceu foi a dos municípios (12%, o dobro do percentual da União), mas esses entes têm
peso menor no indicador.
Segundo Paulo Afonso Ferreira, 1º diretor secretário e presidente do Conselho de Assuntos
Legislativos da CNI, o desenvolvimento sustentável depende, fundamentalmente, da criação de
condições favoráveis ao investimento na atividade produtiva. O sistema tributário onera a
produção, afeta o poder de compra da sociedade e o crescimento econômico do país. Há
necessidade de um sistema mais simples, com redução do número de tributos e ampliação da base
contributiva, que reduza o peso excessivo da carga tributária e a burocracia nela embutida.
Segundo Silvio Aparecido Crepaldi (2018, p.202), são três as finalidades do planejamento
tributário:
Exemplo: substituir a maior parte do pró-labore dos sócios de uma empresa, por
distribuição de lucros, pois a partir de janeiro de/1996 eles não sofrem incidência do
IR nem na fonte nem na declaração. Dessa forma, evita-se a incidência do INSS (20%)
e do IR na Fonte (até 27,5%) sobre o valor retirado como lucros em substituição do
pró-labore.
Exemplo: ao preencher sua Declaração de Renda, você pode optar por deduzir até 20%
da renda tributável como desconto padrão (limitado a R$ 9.400,00) ou efetuar as
deduções de dependentes, despesas, plano de previdência privada, etc. Você certamente
escolherá o valor maior, que lhe permitirá uma maior dedução da base de cálculo, para
gerar um menor Imposto de Renda a pagar (ou maior valor a restituir).
Exemplo: transferir faturamento da empresa do dia 30 (ou 31) para o 1° dia do mês
subsequente. Com isto, ganha-se 30 dias adicionais para pagamento do PIS, COFINS,
SIMPLES, ICMS, ISS, IRPJ e CSLL (lucro real por estimativa), se for final de
trimestre até 90 dias de IRPJ e CSLL (Lucro presumido ou lucro real trimestral) e 10 a
30 dias se a empresa pagar IPI.”
Isto posto, o ponto chave é identificar os limites gerais entre o lícito e o ilícito para sua
legitimidade, assegurando os direitos constitucionais e a justiça social aos contribuintes.
2.6 – Análise Tributária
Segundo Borges (2011, p.45-48), a operatividade sistêmica de um planejamento tributário
compreende cinco fases:
• Simples Nacional
• Lucro Presumido
• Lucro Real
2.7.1 – Simples Nacional
Segundo a Receita Federal (2020), o Simples Nacional é um regime compartilhado de
arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da Secretaria da
Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios.
• Ser facultativo;
• Ser irretratável para todo o ano-calendário;
• Abrange os seguintes tributos:
• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ;
• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL;
• Contribuição para o Programa de Integração Social - PIS/Pasep,
• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins;
• Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI;
• Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações
de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação -
ICMS;
• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS;
• Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da
pessoa jurídica - CPP.
Dessa forma, esse regime tem por objetivo diminuir a burocracia para os empreendedores,
unificando oito impostos diferentes em apenas um documento.
Ele pode ser adotado por micro e pequenas empresas de qualquer região do Brasil.
Atualmente, é considerada uma microempresa aquela que tem um faturamento de, no máximo R$
360 mil. A pequena empresa, entretanto, deve faturar anualmente no máximo R$ 4.800.000,00. O
regime também serve para os microempreendedores individuais, que faturam até R$ 60.000,00.
2.7.2 – Lucro Presumido
O Lucro Presumido é a modalidade de tributação simplificada para determinar a base cálculo do
IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e da CLSS (Contribuição Social Sobre o Lucro
Líquido) das pessoas jurídicas. O sistema utilizado neste regime presume o lucro da pessoa
jurídica a partir de sua receita bruta e outras receitas sujeitas à tributação, de acordo com as
atividades prestadas pela empresa.
Para Chiavenato e Sapiro (2003), o planejamento estratégico está relacionado com os objetivos de
médio e longo prazo, que podem afetar sua direção, viabilidade e resultados.
Em regra, é realizada após a incidência do fato gerador do tributo com o objetivo de reduzir ou
ocultá-lo parcial ou totalmente.
Nas palavras de ALEXANDRE (2015, p. 288), trata-se de uma conduta ilícita, que ocorre após o
lançamento do fato gerador, em que o contribuinte pratica atos que visam evitar o conhecimento
do nascimento da obrigação tributária pela autoridade fiscal, ou seja, o fato gerador ocorre, mas o
sujeito passivo da obrigação oculta o ocorrido para o fisco com o objetivo de fugir da obrigação
tributária.
Portanto, planejamento tributário não se confunde com sonegação fiscal, tendo em vista seus
objetivos traçados por meio de alternativas lícitas.
Tal importância ensejou, por meio da Lei Complementar nº 104/2001, a alteração do CTN,
investindo ao fisco maiores poderes de fiscalização, conforme parágrafo único do artigo 16:
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e
existentes os seus efeitos [...]:
Do exposto, é o ato realizado visando eliminar ou reduzir tributo, mediante omissão, fraude,
falsificação, alteração, adulteração ou ocultação de informações que não correspondem à
realidade.
3.2.1.2 – Fraude
De acordo com o artigo 72 da Lei 4.502/64, é toda ação ou omissão dolosa que tenda a impedir ou
retardar, total ou parcialmente, a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, ou a
excluir ou modificar suas características essenciais de modo a reduzir o montante do imposto
devido, ou a evitar ou diferir seu pagamento.
3.2.1.3 – Conluio
Ainda segundo a Lei 4.502/64, no seu artigo 73, conluio é o ajuste doloso, ou seja, intencional, que
duas ou mais pessoas aturais ou jurídicas realizam visando a sonegação ou a fraude. É o caso, por
exemplo, quando auditores aceitam propinas para fazer “vista grossa” a um crime tributário.
4- ESTUDO DE CASO
CAPÍTULO 4 – ESTUDO DE CASO
O presente estudo de caso destina-se à aplicação dos fundamentos teóricos abordados neste
trabalho, analisando alguns aspectos legais e tributários de uma empresa de pequeno porte,
utilizando estruturas para um planejamento tributário específico, tendo como objetivo a redução de
encargos tributários.
O objeto deste estudo é uma das unidades de uma franquia do ramo de sorvetes que atua na cidade
de Belo Horizonte-MG. Como forma de manter o sigilo da empresa, em razão de dispor de valores
de faturamento, a razão social foi alterada para Sorveteria Eireli.
Desde o início das atividades, está enquadrada no mesmo regime tributário, surgindo a curiosidade
e necessidade da realização de um estudo para verificar a possibilidade de redução da carga
tributária, além de observar se a empresa está optando pelo melhor regime.
O planejamento tributário é mutável, sendo articulado de acordo com o empreendimento. Por
conseguinte, faz-se necessário o adequado levantamento de dados pertinentes às operações
comerciais da empresa em tela, conforme sua natureza, característica, tipo, extensão e
peculiaridades operações, a fim de obter informações suficientes para facilitar o cumprimento das
obrigações tributárias a que a Sorveteria Eireli está submetida, identificar as opções de tributação
que pode ser enquadrada, e fornecer sugestões e suporte para o aprimoramento tributário.
Dessa forma, para o caso em tela, o objetivo do planejamento tributário escolhido foi pela redução
e/ou anulação do ônus fiscal.
Inicialmente, após levantamento dos dados necessários para a realização de uma comparação
rápida e exemplificativa de valores entre os três regimes tributários, por meio do website da
empresa Fisconnect, por se enquadrar no ramo de comércio (lojas em geral) e ser de cálculo menos
complexo, observou-se que o Simples Nacional, atual regime adotado pela Sorveteria Eireli, é a
melhor opção, conforme consta na tabela 2, permanecendo, assim, com esse regime tributário.
Ademais, de acordo com a tabela 3, que apresenta a arrecadação mensal e o e os valores pagos de
Simples Nacional, observa-se que o valor total pago desse regime tributário, R$ 37.205,06, ficou
bem próximo do previsto, R$ 36.920,16.
Em comparação aos outros dois regimes, desconsiderando o valor de R$ 7.680,96 do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), igual nos três, o Lucro Presumido geraria uma dívida
mensal de R$ 50.899,91 e, no Lucro Presumido, o encargo mensal seria de R$ 67.283,28.
Tabela 2 - Comparação dos regimes tributários
Fonte: https://www.fisconnect.com.br/calculadora-de-impostos-online/
De acordo com a particularidade operacional do empreendimento, observou-se, também, que a
franquia oferecia uma plataforma online de compras, com o objetivo de centralizar o fornecimento
dos diversos insumos que a empresa tinha, visando a facilitar a administração do negócio, desde
produtos exclusivos da rede (como a bebida láctea para a produção do sorvete) até os comuns
encontrados em atacados e varejos. Contudo, mesmo alguns produtos não possuindo frete,
principalmente os comuns, a circulação de mercadoria e serviço fazia incidir o fato gerador do
Diferencial de Alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS-DIFAL).
Conforme conta na tabela 4, a empresa apresentou, em 2019, um gasto total de R$ 7.064,75 com o
referido imposto.
Tabela 3 - Arrecadação e Simples Nacional 2019
Mês de Simples
Arrecadação
referência Nacional
R$ 549.589,
Total R$ 37.205,06
03
Janeiro R$ 658,80
Fevereiro R$ 83,27
Março R$ 965,66
Abril R$ 747,35
Maio R$ 475,98
Junho R$ 994,39
Julho R$ 924,31
Agosto R$ 144,39
Setembro R$ 950,96
Outubro R$ 95,74
Novembro R$ 588,50
Dezembro R$ 435,40
Total R$ 7.064,75
Janeiro R$ 417,68
Fevereiro R$ 121,76
Março R$ 513,73
Abril R$ 440,94
Maio R$ 304,63
Total R$ 1.798,73
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ante o exposto, nota-se a importância do planejamento tributário devido à elevada carga tributária
existente no Brasil, obrigando os empresários a se organizarem para aumentarem a competitividade
da empresa no mercado de atuação, buscando de forma legítima meios para garantir uma economia
fiscal, principalmente em relação às empresas de pequeno porte, as quais, sem qualquer
planejamento tributário, optam por um regime sem saber se é o mais viável.
O objetivo deste estudo de caso era escolher qual a modalidade menos onerosa de tributação para a
Sorveteria Eireli e a análise de um dos tributos para verificar a possibilidade de redução.
Por meio de dados extraídos dos relatórios fornecidos pela contabilidade, possibilizou-se a
realização dos cálculos necessários para a apuração dos tributos de acordo com o negócio. Entre os
regimes tributários, a opção mais vantajosa para a empresa é o Simples Nacional, atualmente
adotado. Contudo, antes de fazer essa opção, recomenda-se avaliar a alíquota de impostos de
acordo com a atividade, a faixa de tributação e o anexo em que ela estará inserida.
O Brasil possui uma legislação tributária complexa devido à enorme quantidade de dispositivos
legais para cada tributo, além das sucessivas alterações, tornando um desafio cumprir com todas as
obrigações tributárias no país. Porém, mostra-se importante o conhecimento sobre os principais
encargos que uma empresa está obrigada a pagar.
Todavia, com o avanço tecnológico, já é possível ligar com processos antes complexos, uma
realidade alcançável até para as pequenas empresas, proporcionando a análise de um
replanejamento eficaz e aumentando a capacidade analítica de estratégias.
Valendo-se da elisão fiscal, foi possível reduzir significativamente o valor o ICMS-DIFAL em
quase 40% no período analisado. A Sorveteria Eireli passou a adotar, dessa forma, a plataforma
centralizada da franqueadora apenas para comprar os insumos exclusivos da rede, que são
obrigatória e exclusivamente comprados nela, e a adquirir os produtos comuns em atacados e
varejos locais, conseguindo descontos e aproveitando promoções sazonais, tendo uma redução no
valor da despesa ainda maior.
Por fim, como recomendação para as pesquisas futuras, sugere-se um estudo aprofundado sobre os
outros encargos tributários que a empresa é obrigada a pagar, a fim de identificar estratégias e
técnicas permitidas pela legislação fiscal que permitam outras economias, como a diminuição do
pró-labore e a análise de incentivos fiscais pelo governo estadual, municipal e, até mesmo, federal.
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