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Samyutta Nikaya

Os “Discursos Agrupados”

Os “Discursos Agrupados” (Pali samyutta = "grupo" ou "coleção"), que consiste de 2.904


suttas mais curtos agrupados por temas em 56 samyuttas.
No Acesso ao Insight encontram-se 736 suttas traduzidos para o Português. Leia a
Introdução ao Samyutta Nikaya que traz mais informações gerais sobre o conteúdo do Samyutta
Nikaya, a sua relação com os demais nikayas e também uma comparação do Samyutta Nikaya com
o Samyuktagama do Tripitaka em Chinês.

Samyutta Nikaya
O Samyutta Nikaya, a terceira divisão do Sutta Pitaka contém 2.904 suttas agrupados em cinco
livros ou seções (Vaggas). Cada Vagga é subdividida em samyuttas, cada um dos quais contém suttas com
tópicos similares. Os samyuttas são denominados de acordo com os tópicos dos suttas neles contidos. Por
exemplo, o Kosala Samyutta (no Sagatha Vagga) contém suttas relativos ao rei Pasenadi de Kosala; o Vedana
Samyutta (no Salayatana Vagga) contém suttas relativos a sensações, (vedana); e assim por diante,
Leia a Introdução ao Samyutta Nikaya, escrita pelo Bhikkhu Bodhi, que traz mais informações gerais
sobre o conteúdo do Samyutta Nikaya, a sua relação com os demais nikayas e também uma comparação do
Samyutta Nikaya com o Samyuktagama do Tripitaka em Chinês.

Suttas selecionados do Samyutta Nikaya


Os suttas foram traduzidos do Pali para o inglês por Bhikkhu Boddhi, Thanissaro Bhikkhu,
Nyanaponika Thera e Piyadassi Thera. A descrição do conteúdo de cada samyutta também é da
autoria do Bhikkhu Boddhi.

Conteúdo
1] Sagatha-Vagga (I-XI)
I. Devata-samyutta - Devatas.

II. Devaputta-samyutta – Jovens Devas.

III. Kosala-samyutta - Rei Pasenadi.

IV. Mara-samyutta – Mara.

V. Bhikkhuni-samyutta – Bhikkhuni.

VI. Brahma-samyutta – Brahma.

VII. Brahmana-samyutta – Brâmanes.

VIII. Vangisa-samyutta – Vangisa.

IX. Vana-samyutta – Florestas.

X. Yakkha-samyutta – Yakkha.

XI. Sakka-samyutta - Sakka.


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2] Nidana-Vagga (XII-XXI)
XII. Nidana-samyutta – Origem Dependente.

XIII. Abhisamaya-samyutta – Realização.

XIV. Dhatu-samyutta – Elementos.

XV. Anamatagga-samyutta – O inimaginável princípio de samsara e


transmigração.

XVI. Kassapa-samyutta – Mahakassapa

XVII. Labhasakkara-samyutta – Ganhos e Honrarias.

XVIII. Rahula-samyutta – Rahula.

XIX. Lakkhana-samyutta – Lakkhana.

XX. Opamma-samyutta - Símiles.

XXI. Bhikkhu-samyutta - Bhikkhus

3] Khandha-Vagga (XXII-XXXIV)
XXII. Khandha-samyutta – Agregados.

XXIII. Radha-samyutta – Radha.

XXIV. Ditthi-samyutta – Idéias.

XXV. Okkanti-samyutta – Entrando.

XXVI. Uppada-samyutta – Surgimento.

XXVII. Kilesa-samyutta – Contaminações.

XXVIII. Sariputta-samyutta – Sariputta.

XXIX. Naga-samyutta – Nagas.

XXX. Supanna-samyutta – Supanna.

XXXI. Gandhabba-samyutta – Gandhabba.

XXXII. Valahaka-samyutta – Valahaka.

XXXIII. Vacchagotta-samyutta – Vacchagotta.

XXXIV. Jhana-samyutta – Jhana.

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4] Salayatana-Vagga (XXXV-XLIV)
XXXV. Salayatana-samyutta – Seis bases.

XXXVI. Vedana-samyutta – Sensações.

XXXVII. Matugama-samyutta – Mulheres.

XXXVIII. Jambukhadaka-samyutta – Jambukhadaka.

XXXIX. Samandaka-samyutta – Samandaka.

XL. Moggallana-samyutta – Moggallana.

XLI. Citta-samyutta – Citta.

XLII. Gamani-samyutta – Chefes.

XLIII. Asankhata-samyutta – Não Condicionado.

XLIV. Abyakata-samyutta – Não Declarado

5] Maha-Vagga (XLV-LVI)
XLV. Magga-samyutta – O Nobre Caminho Óctuplo

XLVI. Bojjhanga-samyutta – Os Sete Fatores da Iluminação

XLVII. Satipatthana-samyutta – Os Fundamentos da Atenção Plena

XLVIII. Indriya-samyutta – As Cinco Faculdades

XLIX. Sammappadhana-samyutta – Os Quatro Esforços Corretos

L. Bala-samyutta – Os Cinco Poderes

LI. Iddhipada-samyutta – As Quatro Bases do Poder Espiritual

LII. Anuruddha-samyutta – Anuruddha

LIII. Jhana-samyutta – Jhana

LIV. Anapana-samyutta – Respiração

LV. Sotapatti-samyutta – Entrar na Correnteza

LVI. Sacca-samyutta – Verdades

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1] Sagatha Vagga
(samyuttas I-XI)
O Sagatha Vagga contém 271 suttas dos quais 69 foram traduzidos para o Português

I. Devata-samyutta - Devatas.
Este samyutta contém 81 suttas dos quais 14 foram traduzidos para o Português.

I. Devata-samyutta – Devatas
Devata é um substantivo abstrato originário da palavra deva mais o sufixo abstrato ta, com o
significado de divindade, a condição ou estado divino. Embora a palavra “devata” seja do gênero feminino
isso não quer dizer que todos os devas sejam do sexo feminino. Os textos raramente indicam o sexo, embora,
parece, os devas possam ser de ambos os sexos e algumas vezes estão além de uma diferenciação sexual. Os
devas são deuses que habitam vários planos do reino da esfera sensual, acima do plano humano. No Budismo
os devas não são deuses imortais que exercem um papel criativo no processo cósmico. Eles são simplesmente
seres elevados, bem-aventurados e luminosos, que antes habitavam o plano humano e que renasceram nos
planos celestiais como resultado de ações meritórias. Com raras exceções, os devas demonstram tanto apego à
delusão e ao desejo sensual como os seres humanos. Os devas em geral visitam o Buda na calada da noite,
enquanto o resto do mundo dorme. Algumas vezes eles recitam versos elogiando o Mestre, algumas vezes
formulam questões ou buscam instruções, algumas vezes pedem que o Mestre aprove as suas idéias e em
outras o provocam ou desafiam. Portanto, os suttas neste samyutta abrangem uma grande variedade de
tópicos sem uma lógica particular quanto à sua seqüência.

Ogha-tarana Sutta (SN I.1) - Cruzando a Torrente. O Buda explica como ele "cruzou a
torrente" do desejo.
Upaniya Sutta (SN I.3) – Chegada. O engodo do mundo.
Katichinda Sutta (SN I.5) - Quantos Devem ser Cortados? Cinco devem ser cortados,
abandonados e desenvolvidos.
Jagara Sutta (SN I.6) – Desperto. Quem está adormecido ou desperto?
Manakama Sutta (SN I.9) - Propenso à Presunção. Quem cruza o reino da morte?
Nandati Sutta (SN I.12) – Deleite. Sem aquisições não há sofrimento.
Jata Sutta (SN I.23) – Enredo. Como desenredar o enredo?
Aditta Sutta (SN I.41) - Em Chamas. Os frutos da generosidade.
Jara Sutta (SN I.51) – Velhice. O que é bom até a velhice?
Mitta Sutta (SN I.53) - O Amigo. Os diferentes tipos de amigos.
Jana (Dutiya) Sutta (SN I.56) - Produz (2). O que produz uma pessoa?
Jana (Tatiya) Sutta (SN I.57) - Produz (3). O que produz uma pessoa?
Citta Sutta (SN I.62) – Mente. A importância da mente.
Vitta Sutta (SN I.73) – Tesouro. Qual o maior tesouro?

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II. Devaputta-samyutta - Jovens Devas.
Este samyutta contém 30 suttas dos quais 6 foram traduzidos para o Português.

II. Devaputta-samyutta – Jovens Devas


Os devaputtas, ou “filhos dos devas”, são jovens devas que recentemente surgiram nos seus
respectivos planos de existência. Alguns suttas são idênticos a suttas já apresentados no Devata-samyutta.
Por outro lado, uma grande parte dos suttas neste samyutta foca o treinamento monástico e não há qualquer
indicação nos textos para a razão disso. Alguns suttas levantam questões interessantes sob o ponto de vista
doutrinário. Esses suttas receberam prioridade na tradução para o Português.

Damali Sutta (SN II.5) – Damali. O arahant é o único que pode dispensar o esforço.
Tayana Sutta (SN II.8) – Tayana. A necessidade de esforço determinado.
Candima Sutta (SN II.9) – Candima. O eclipse da Lua.
Suriya Sutta (SN II.10) – Suriya. O eclipse do Sol.
Subrahma Sutta (SN II.17) – Subrahma. Como se libertar do medo.
Rohitassa Sutta (SN II.26) – Rohitassa. Como chegar ao fim do mundo.

III. Kosala-samyutta - Rei Pasenadi.


Este samyutta contém 25 suttas dos quais 9 foram traduzidos para o Português.

III. Kosala-samyutta - Rei Pasenadi


Este samyutta nos apresenta o Rei Pasenadi de Kosala. De acordo com os textos Budistas, o Rei
Pasenadi era um discípulo devoto do Buda e com freqüência buscava o seu conselho, mas não existe nenhum
registro de que ele tenha alcançado algum estágio de iluminação. Pasenadi foi conduzido ao Buda por sua
esposa, a Rainha Mallika, cuja devoção ao Mestre ele ressentia. O relato sobre como Mallika convenceu
Pasenadi acerca da sabedoria do Buda é encontrado no MN 87. O MN 89 traz um relato comovente do
último encontro do Rei com o Buda, ambos com oitenta anos de idade.

Dahara Sutta (SN III.1) – Jovem. O primeiro encontro do Rei Pasenadi com o Buda.
Atta-rakkhita Sutta (SN III.5) – Auto-proteção. A política de defesa do Buda.
Appaka Sutta (SN III.6) – Poucos. As conseqüências da riqueza.
Mallika Sutta (SN III.8) – Mallika. A quem mais queremos no mundo?
Sattajatila Sutta (SN III.11) - Sete Jatilas. O serviço secreto do Rei Pasenadi.
Donapaka Sutta (SN III.13) - O Rei Pasenadi faz Dieta. Quem poderia imaginar que perder
peso fosse tão fácil.
Appamada Sutta (SN III.17) – Diligência. O Buda revela a única qualidade da mente que
oferece real segurança.
Puggala Sutta (SN III.21) – Pessoas. Os quatro tipos de pessoas no mundo.
Issattha Sutta (SN III.24) – Habilidades com o Arco. Todos sabemos que a generosidade traz
bons resultados, mas para quem devemos dar dádivas de modo a produzir os melhores
frutos?

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IV. Mara-samyutta - Mara.
Este samyutta contém 25 suttas dos quais 7 foram traduzidos para o Português.

IV. Mara-samyutta – Mara


Mara é o Senhor do Mal no Budismo, a Tentação e Senhor da Sensualidade, cujo objetivo é desviar os
praticantes do caminho para a libertação e mantê-los aprisionados no ciclo de sucessivos nascimentos e
mortes. Algumas vezes os textos empregam o termo “Mara” com um sentido metafórico, representando as
causas psicológicas internas do cativeiro, como o desejo e a cobiça, e as coisas externas às quais nos apegamos,
em particular os próprios cinco agregados. Mas é evidente que a linha de pensamento dos suttas não concebe
Mara apenas como uma representação das fraquezas morais humanas, mas o vê como uma divindade maléfica
real cujo objetivo é frustrar os esforços daqueles que têm como meta alcançar o objetivo supremo. A prova
disso está na perseguição do Buda e dos arahants depois que estes alcançaram a iluminação, o que não seria
crível se Mara fosse concebido apenas como uma projeção psicológica.

Tapokamma Sutta (SN IV.1) - Prática Austera. As práticas austeras são inúteis.
Marapasa (Dutiya) Sutta (SN IV.5) - A Armadilha de Mara (2). O Buda está livre de todas
armadilhas, celestiais e humanas.
Patirupa Sutta (SN IV.14) – Apropriado. O Buda ensina o Dhamma por compaixão.
Patta Sutta (SN IV.16) - Tigelas para Esmolar. Mara tenta distrair os bhikkhus que estão
ouvindo um discurso do Dhamma.
Rajja Sutta (SN IV.20) – Governo. É possível ter um governo virtuoso?
Godhika Sutta (SN IV.23) – Godhika. Um bhikkhu se suicida.
Maradhitu Sutta (SN IV.25) - As Filhas de Mara. Em seguida à iluminação as filhas de Mara
tentam seduzir o Buda.

V. Bhikkhuni-samyutta - Bhikkhuni.
Este samyutta contém 10 suttas sendo que todos foram traduzidos para o Português.

V. Bhikkhuni-samyutta – Bhikkhuni
Uma compilação de dez suttas breves em que os protagonistas são bhikkhunis, monjas Budistas. Em todos os
suttas há uma confrontação da bhikkhuni com Mara. Todas as bhikkhunis são arahant e as intenções de Mara
são totalmente frustradas.

Alavika Sutta (SN V.1) - Monja Alavika. Mara: Porque perder tempo meditando? Porque
não desfrutar dos prazeres da vida?
Soma Sutta (SN V.2) - Monja Soma. As mulheres podem alcançar o Despertar? A Ven.
Monja Soma demonstra o equívoco dessa questão.
Gotami Sutta (SN V.3) - Monja Gotami. Mara: Porque perder tempo sentada em isolamento
na floresta?
Vijaya Sutta (SN V.4) - Monja Vijaya. Mara: Porque não deixamos a meditação de lado por
algum tempo e vamos dançar?
Uppalavanna Sutta (SN V.5) - Monja Uppalavanna. Mara: Porque você não abandona os
perigos da floresta e vive num lugar mais seguro?
Cala Sutta (SN V.6) - Monja Cala. Mara: Afinal qual problema há em renascer?
Upacala Sutta (SN V.7) - Monja Upacala. Mara: Porque não se contentar com um
renascimento entre os devas?

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Sisupacala Sutta (SN V.8) - Monja Sisupacala. A Monja Sisupacala explica para Mara que
seguir o caminho do Dhamma não significa adotar uma filosofia fixa.
Sela Sutta (SN V.9) - Monja Sela. Mara tenta confundir a Monja Sela com questões
metafísicas.
Vajira Sutta (SN V.10) - Monja Vajira. Você alguma vez se deu conta de estar sendo
arrancado da meditação por idéias fascinantes mas absolutamente especulativas? A Monja
Vajira mostra como lidar com esse tipo de situação.

VI. Brahma-samyutta - Brahma.


Este samyutta contém 15 suttas dos quais 3 foram traduzidos para o Português.

VI. Brahma-samyutta – Brahma


Brahma era o deus supremo no Bramanismo antigo, concebido como o criador do Universo e
venerado pelos Brâmanes com sacrifícios e rituais. O Buda re-interpretou a idéia de Brahma e transformou o
deus único e todo poderoso dos Brâmanes numa classe de deuses glorificados no reino da matéria sutil, num
plano muito acima do reino da esfera sensual. Esses deuses habitam aquilo que é chamado de “o mundo de
brahma”. Como todos os demais seres sencientes, os brahmas são impermanentes, ainda atados ao ciclo de
renascimentos, embora algumas vezes eles se esqueçam disso e se imaginem imortais. Os Nikayas oferecem
uma avaliação ambivalente dos brahmas. Por um lado eles são retratados como valorosos protetores da
Revelação do Buda e devotos discípulos do Mestre. Mas exatamente devido à sua longevidade e à elevada
estatura na hierarquia cósmica, os brahmas estão sujeitos à delusão e presunção, algumas vezes imaginando
que são criadores todo poderosos e soberanos do Universo.

Garava Sutta (SN VI.2) – Reverência. Pouco depois do seu Despertar, o Buda analisa o
mundo à sua volta, buscando por um outro ser que ele possa com razão chamar de mestre.
Kokalika Sutta (SN VI.7) – Kokalika. Como medir um sábio.
Sanankumara Sutta (SN VI.11) – Sanankumara. O melhor dentre devas e humanos.

VII. Brahmana-samyutta - Brâmanes.


Este samyutta contém 22 suttas dos quais 5 foram traduzidos para o Português.

VII. Brahmana-samyutta – Brâmanes


Este samyutta registra conversas do Buda com brâmanes. Os suttas mostram o Buda como a
encarnação da paciência e da paz, capaz de realizar naqueles que o atacavam o milagre da transformação,
através da sua inabalável equanimidade e impecável sabedoria.

Akkosa Sutta (SN VII.2) – Abuso. Um brâmane insulta o Buda porque outro brâmane
decidiu seguir a vida santa.
Kasibharadvaja Sutta (SN VII.11) - Kasi Bharadvaja. O Buda encontra um brâmane lavrador
que lhe pergunta sobre o tipo de trabalho que o Buda faz..
Mahasala Sutta (SN VII.14) - O Afluente. O tratamento cruel dos filhos com um pai idoso.
Paccanika Sutta (SN VII.16) – Paccanika. Um brâmane decide refutar o Buda.
Bhikkhaka Sutta (SN VII.20) - O Mendigo. Um brâmane mendicante pergunta ao Buda qual
a diferença entre eles.

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VIII. Vangisa-samyutta - Vangisa.
Este samyutta contém 12 suttas dos quais 3 foram traduzidos para o Português.

VIII. Vangisa-samyutta – Vangisa


O bhikkhu Vangisa foi declarado pelo Buda o discípulo mais destacado na oratória inspiradora. Esse
título foi conferido por conta da sua habilidade em compor versos espontâneos.

Nikkhanta Sutta (SN VIII.1) – Renúncia. As dificuldades do bhikkhu recém ordenado com a
paixão sensual.
Ananda Sutta (SN VIII.4) – Ananda. O ven. Ananda explica como vencer a paixão sensual.
Vangisa Sutta (SN VIII.12) – Vangisa. O ven. Vangisa desfruta da libertação.

IX. Vana-samyutta - Florestas.


Este samyutta contém 14 suttas dos quais 2 foram traduzidos para o Português.

IX. Vana-samyutta – Florestas


A maioria dos suttas neste samyutta seguem um padrão estereotipado. Um bhikkhu está só na
floresta, onde ele deveria estar meditando ardentemente, mas as fraquezas humanas acabam fazendo com que
ele se desvie da sua tarefa. Então, uma devata que habita a floresta, por compaixão, o adverte em versos para
reconduzí-lo à sua prática.

Viveka Sutta (SN IX.1) – Isolamento. Pensamentos conectados com a vida em família
assaltam um bhikkhu.
Akusalavitakka Sutta (SN IX.11) - Pensamentos Prejudiciais. Pensamentos ruins e
prejudiciais assaltam um bhikkhu.

X. Yakkha-samyutta - Yakkha.
Este samyutta contém 12 suttas dos quais 3 foram traduzidos para o Português.

X. Yakkha-samyutta – Yakkha
Os yakkhas são espíritos ferozes que habitam áreas remotas como florestas, montanhas e cavernas
abandonadas. Eles são retratados como seres abomináveis e com temperamento colérico, mas quando recebem
oferendas e demostrações de respeito, eles se tornam benignos e podem proteger as pessoas ao invés de lhes
causar dano. Os suttas neste samyutta cobrem um amplo espectro de tópicos e o que os une não é tanto o
conteúdo dos versos, mas mostrar o Buda como o sábio invencível capaz de domesticar e transformar até
mesmo os ogros mais fantásticos e temíveis.

Sakkanamaka Sutta (SN X.2) – Sakkanamaka. Quem deve instruir os outros.


Suciloma Sutta (SN X.3) – Suciloma. Um yakkha desafia o Buda.
Manibhadda Sutta (SN X.4) – Manibhadda. Os benefícios da atenção plena.

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XI. Sakka-samyutta - Sakka.
Este samyutta contém 25 suttas dos quais 7 foram traduzidos para o Português.

XI. Sakka-samyutta – Sakka


No panteão Budista, Sakka é o soberano dos devas no paraíso de Tavatimsa e também é um discípulo
do Buda. Uma longa conversa entre o Buda e Sakka, culminando com a sua realização do estado de
sotapanna, é relatada no Sakkapañña Sutta (DN 20). Este samyutta não relata os encontros do Buda com
Sakka, mas sim, (nas palavras do próprio Buda), as ações e conversas de Sakka. Os suttas são, portanto,
apresentados como fábulas, mas fábulas que contêm uma mensagem ética. Na cosmologia Budista os devas do
Tavatimsa estão em constante conflito com os asuras ou titãs. Este samyutta mostra repeditadamente Sakka
lutando com Vepacitti e Verocana, os líderes dos asuras. Os dois grupos podem ser vistos representando
filosofias políticas distintas. Os líderes dos asuras preferem exercer a autoridade através da força e da
retaliação contra os inimigos. Em contraste, Sakka representa o governo com base na retidão, paciência com
os agressores e o tratamento compassivo em relação àqueles que cometem más ações.

Dhajagga Sutta (SN XI.3) – O Topo do Estandarte. Você está tomado pelo temor? O Buda
oferece um antídoto.
Subhasitajaya Sutta (SN XI.5) - Vitória com o Bom Conselho. A paciência e tolerância com
os agressores.
Verocana-asurinda Sutta (SN XI.8) - Verocana, Senhor dos Asuras. A virtude da paciência.
Vatapada Sutta (SN XI.11) – Votos. Como Sakka se tornou o senhor dos devas.
Buddhavandana Sutta (SN XI.17) - Veneração ao Buda. Como Sakka e o Brahma Sahampati
veneram o Buda.
Gahatthavandana Sutta (SN XI.18) - A Veneração dos Chefes de Família. Além do Buda,
Sakka também venera os chefes de família.
Accaya Sutta (SN XI.24) – Transgressão. A paciência e o perdão com os transgressores.

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2] Nidana Vagga
(samyuttas XII-XXI)
O Nidana Vagga contém 286 suttas dos quais 74 foram traduzidos para o Português.

XII. Nidana-samyutta - Origem Dependente.


Este samyutta contém 93 suttas dos quais 30 foram traduzidos para o Português.

XII. Nidana-samyutta – Origem Dependente pits


O Nidanasamyutta contém 93 suttas breves que tratam da origem dependente. A palavra nidana
significa causa ou origem e algumas vezes é empregada numa cadeia de sinônimos que inclui hetu, samudaya
e paccaya, “raiz ou causa, origem e condição”. Nidana também é o nome do sutta mais longo do Cânone
sobre a origem dependente (DN 15). A origem dependente é um dos ensinamentos centrais no Budismo, tão
importante que o MN 28 menciona a afirmação do Buda, “Quem vê a origem dependente vê o Dhamma;
quem vê o Dhamma vê a origem dependente.” O propósito do ensinamento da origem dependente é expor as
condições que sustentam o ciclo de renascimentos, samsara, e mostrar o que deve ser feito para se obter a
libertação desse ciclo. A existência dentro do samsara é sofrimento e um cativeiro, e por esta razão, o fim do
sofrimento demanda a libertação do ciclo. Para conquistar a libertação é necessário compreender o esquema
condicional que sustenta o nosso cativeiro. É a origem dependente que define esse esquema condicional.

Paticca-samuppada-vibhanga Sutta (SN XII.2) – Análise. Um sumário da cadeia causal da


origem dependente.
Ahara Sutta (SN XII.11) – Alimento. Os quatro tipos de alimento e a origem dependente.
Moliyaphagguna Sutta (SN XII.12) – Moliyaphagguna. O Buda rejeita a noção da existência
de um agente por trás das experiências. O sutta também estabelece a relação entre os tipos
de alimentos e a condicionalidade.
Samamabrahmana Sutta (SN XII.13) - Contemplativos e Brâmanes. Os verdadeiros
contemplativos e brâmanes.
Kaccayanagotta Sutta (SN XII.15) - Para Kaccayana Gotta (Entendimento Correto). O Buda
explica para o Ven. Kaccayana Gotta como se emprega a origem dependente no
desenvolvimento do entendimento correto.
Timbaruka Sutta (SN XII.18) – Timbaruka. O prazer e a dor são criados pela própria pessoa
ou pelos outros?
Bala-pandita Sutta (SN XII.19) – O Tolo e a Pessoa Sábia. Qual é a diferença entre o tolo e a
pessoa sábia?
Paccaya Sutta (SN XII.20) – Condições. O Buda explica que ao ver e compreender a origem
dependente com clareza, o entendimento incorreto e a confusão desaparecem.
Dutiyadasabala Sutta (SN XII.22) - Os Dez Poderes. O esforço para alcançar aquilo que
ainda não foi alcançado.
Upanisa Sutta (SN XII.23) – Condição Próxima. O Buda explica que o fim das impurezas
mentais ocorre quando a pessoa vê e compreende a origem dependente. Este sutta também
é conhecido como a origem dependente transcendente.
Bhumija Sutta (SN XII.25) - Para Bhumija. Qual é a origem do prazer e da dor? O Ven.
Sariputta esclarece alguns conceitos equivocados.
Upavana Sutta (SN XII.26) – Upavana. O contato como origem do sofrimento.
Natumha Sutta (SN XII.37) - Não lhes Pertence. Este corpo não nos pertence.

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Cetana Sutta (SN XII.38) – Volição. Como a consciência se estabelece e se expande.
Pañcaverabhaya Sutta (SN XII.41) – Animosidades. A realização do sotapanna.
Dukkha Sutta (SN XII.43) – Sofrimento. A origem e cessação do sofrimento.
Loka Sutta (SN XII.44) – O Mundo. Como o mundo surge e termina de acordo com a lei da
origem dependente.
Aññatra Sutta (SN XII.46) – Um certo Brâmane. Um brâmane pergunta: Quando realizo
uma ação, (kamma), sou a mesma pessoa quando experimento os seus resultados, ou sou
uma pessoa diferente? O Buda ajuda a aclarar a confusão mental dessa pessoa.
Parivimamsana Sutta (SN XII.51) - Investigação Profunda. A investigação da origem
dependente.
Upadana Sutta (SN XII.52) - Apego. O Buda emprega um símile maravilhoso usando o fogo
para descrever a natureza do apego.
Viññana Sutta (SN XII.59) – Consciência. O estabelecimento da consciência.
Assutava Sutta (SN XII.61) – Sem Instrução. O corpo e a mente vistos pela pessoa comum e
pelo discípulo dos nobres.
Puttamansa Sutta (SN XII.63) - A Carne do Filho. Uma reflexão sobre a inter-relação,
mostrando através de quatro símiles impressionantes o sofrimento inerente em tudo aquilo
de que o corpo e a mente dependem como seu alimento.
Atthi Raga Sutta (SN XII.64) – Quando existe Cobiça. O Buda descreve quatro fatores aos
quais a mente habitualmente se apega. Aqueles que conseguem abandonar a cobiça por
esses “alimentos” podem realizar a cessação do nascimento, envelhecimento e morte.
Nagara Sutta (SN XII.65) – A Cidade. O Buda reconta a estória de como, na véspera do seu
Despertar, ele redescobriu as leis da origem dependente e as Quatro Nobres Verdades que
haviam sido esquecidas há muito tempo.
Nalakalapiyo Sutta (SN XII.67) – Feixes de Junco. Em uma discussão sobre a origem
dependente com o Ven. Maha Kotthita, o Ven. Sariputta se utiliza de um símile interessante
para ilustrar a relação entre a consciência e a mente-corpo.
Kosambi Sutta (SN XII.68) - Em Kosambi (Compreendendo a Origem Dependente). Quatro
bons amigos debatem com franqueza o seu entendimento da origem dependente. Um deles
utiliza um símile memorável para ilustrar a diferença entre um arahant e aquele que entrou
na correnteza.
Jaramarana Sutta (SN XII.71) – Envelhecimento e Morte. Compreender o envelhecimento e
a morte.
Satthu Sutta (SN XII.82) - Um Mestre. Buscar um mestre para compreender a origem
dependente.
Sikkha Sutta (SN XII.83) – Treinamento. Praticar o treinamento para compreender a origem
dependente.
Dutiyasatthu Sutta (SN XII.84-93) - Esforço, etc. Fazer esforço, etc., para compreender a
origem dependente.

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XIII. Abhisamaya-samyutta - Realização.
Este samyutta contém 11 suttas dos quais 1 foi traduzido para o Português.

XIII. Abhisamaya-samyutta – Realização


O propósito deste samyutta é exaltar a realização do dhamma ou a obtenção do olho do dhamma, o
evento que transforma uma pessoa comum num nobre discípulo no nível mínimo do ‘entrar na correnteza’,
(sotapanna).

Nakhasikha Sutta (SN XIII.1) – A Ponta da Unha. Este sutta apresenta um vívido símile que
dá uma idéia de quanto sofrimento é abandonado totalmente ao alcançar o nível daquele
que ‘entrou na correnteza’. Um bom encorajamento para colocar um esforço adicional na
prática.

XIV. Dhatu-samyutta - lementos.


Este samyutta contém 39 suttas dos quais 2 foram traduzidos para o Português.

XIV. Dhatu-samyutta – Elementos


Os 39 suttas deste samyutta tratam dos diversos tipos de elementos e entre eles se
encontram os quatro grandes elementos terra, água, fogo e ar.
Pubbesambodha Sutta (SN XIV.31) – Antes da Iluminação. A gratificação, o perigo e a
escapatória no caso dos elementos.
Dutiyasamanabrahmana Sutta (SN XIV.38) – Contemplativos e Brâmanes. O objetivo da
vida contemplativa.

XV. Anamatagga-samyutta - inimaginável princípio do samsara


Este samyutta contém 20 suttas dos quais 5 foram traduzidos para o Português.

XV. Anamatagga-samyutta – O inimaginável princípio do samsara (transmigração)


Os suttas deste samyutta tratam da imensurável massa de sofrimento que foi experimentada ao longo da
incalculável perambulação no samsara.

Assu Sutta (SN XV.3) – Lágrimas. O que é maior, as lágrimas que vocês derramaram
enquanto transmigravam e perambulavam por esse longo, longo tempo...ou a água nos
quatro grandes oceanos?"
Danda Sutta (SN XV.9) – A Vareta. Nós saltamos de um nascimento para outro, como uma
vareta arremessada vai saltando pelo chão.
Duggata Sutta (SN XV.11) -- Miséria. Ao encontrar uma pessoa desafortunada lembre-se:
você também já experimentou isso.
Sukhita Sutta (SN XV.12) -- Feliz. Ao encontrar uma pessoa afortunada lembre-se: você
também já experimentou isso
Mata Sutta (SN XV.14-19) -- Mãe. É difícil encontrar alguém que não tenha sido, em algum
momento no passado, a sua mãe, pai, filho, filha, irmã ou irmão.

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XVI. Kassapa-samyutta - Mahakassapa.
Este samyutta contém 13 suttas dos quais 6 foram traduzidos para o Português.

XVI. Kassapa-samyutta – Mahakassapa


Mahakassapa foi nomeado pelo Buda como o discípulo mais proeminente na observância de práticas
ascéticas. Depois da morte do Buda, Kassapa assumiu o controle da Sangha e tomou a iniciativa de organizar
o primeiro concílio Budista.

Santuttha Sutta (SN XVI.1) – Satisfação. O Buda exorta os bhikkhus a tomarem como
exemplo a satisfação de Kassapa com os quatro requisitos.
Anottappi Sutta (SN XVI.2) - Destemor da Transgressão. Quem é ardente e teme a
transgressão está mais próximo de Nibbana.
Candupama Sutta (SN XVI.3) - Tal como a Lua. Sigam o exemplo de Kassapa e comportem-
se como a lua.
Jinna Sutta (SN XVI.5) – Velho. Kassapa segue as práticas ascéticas por compaixão.
Tatiya-ovada Sutta (SN XVI.8) – Exortação. Mesmo enquanto o Buda ainda estava vivo a
Sangha dava sinais de decadência.
Saddhammappatirupaka Sutta (SN XVI.13) - A Falsificação do Verdadeiro Dhamma. As
cinco coisas que assegurarão a sobrevivência do verdadeiro Dhamma.

XVII. Labhasakkara-samyutta - Ganhos e Honrarias.


Este samyutta contém 43 suttas dos quais 8 foram traduzidos para o Português.

XVII. Labhasakkara-samyutta – Ganhos e Honrarias


De acordo com os ensinamentos do Buddha, a vida de um bhikkhu deveria ser de renúncia aos
prazeres sensuais e desapego em relação às recompensas tradicionais que são proporcionadas pela vida em
família e pela participação ativa na sociedade. Exatamente por essa dedicação a uma vida austera e simples,
voltada ao cultivo espiritual, os bhikkhus estariam sujeitos a serem considerados prematuramente como
pessoas santas e por conseguinte receberem toda sorte de ganhos e honrarias, o que traria o risco potencial de
terem seu ego inflado, a auto-exaltação e o menosprezo dos outros, que são obstáculos no caminho para a
“insuperável libertação contra o cativeiro.” Este samyutta contém suttas nos quais o Buddha adverte os
bhikkhus para os perigos contidos nos ganhos, honrarias e elogios.

Daruna Sutta (SN XVII.1) – Terrível. Terríveis são os ganhos e honrarias.


Balisa Sutta (SN XVII.2) - O Anzol. Os ganhos e honrarias são como a isca num anzol para
um peixe.
Milhaka Sutta (SN XVII.5) - O Besouro de Estrume. A mente obcecada pelos ganhos e
honrarias se compara a um besouro de estrume.
Rupiyapati Sutta (SN XVII.12) - O Vaso de Prata. Ganhos e honrarias valem mais que um
vaso cheio de ouro.
Samamabrahmana Sutta (SN XVII.25) - Contemplativos e Brâmanes. Os verdadeiros
contemplativos e brâmanes.
Rajju Sutta (SN XVII.29) - A Corda. Ganhos e Honrarias cortam até o tutano.
Bhikkhu Sutta (SN XVII.30) – O Monge. Os ganhos e honrarias são um obstáculo para a
concentração.
Bhindi Sutta (SN XVII.31) – Cisma. Ganhos e honrarias influenciaram Devadatta a provocar
o cisma na Sangha.

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XVIII. Rahula-samyutta - Rahula.
Este samyutta contém 22 suttas dos quais 5 foram traduzidos para o Português.

XVIII. Rahula-samyutta – Rahula


Rahula era o filho do Buda que nasceu pouco antes dele deixar a vida em família em busca da
iluminação. Rahula foi ordenado como noviço na primeira visita do Buda à sua cidade natal, Kapilavatthu,
um ano depois da sua iluminação. Este samyutta reúne 22 suttas discursados para Rahula. O Majjhima
Nikaya contém três suttas mais longos discursados para Rahula (MN 61, 62 e 147).

Cakkhu Sutta (SN XVIII.1) - O Olho. As três características e as seis bases internas.
Rupa Sutta (SN XVIII.2) - As Formas. As três características e as seis bases externas.
Viññana Sutta (SN XVIII.3) – Consciência. As três características e os seis tipos de
consciência.
Khandha Sutta (SN XVIII.10) – Agregados. As três características e os cinco agregados.
Anusaya Sutta (SN XVIII.21) - Tendências Subjacentes. Não-eu e os cinco agregados.

XIX. Lakkhana-samyutta - Lakkhana.


Este samyutta contém 21 suttas dos quais 1 foi traduzido para o Português.

XIX. Lakkhana-samyutta – Lakkhana


Embora este samyutta tenha recebido o título do bhikkhu Lakkhana, o único papel dele é servir de
contraste a Mahamoggallana, o discípulo que se destacava no exercício dos poderes supranormais. Cada sutta
segue o mesmo formato, Moggalana descreve os sofrimentos de um peta, ou espírito atormentado, que ele viu
através da sua visão supra-humana. O Buda confirma isso e explica o kamma que está por trás dessa
situação.
Atthi Sutta (SN XIX.1) - O Esqueleto. Moggalana testemunha o sofrimento de um peta.

XX. Opamma-samyutta - Símiles.


Este samyutta contém 12 suttas dos quais 3 foram traduzidos para o Português.

XX. Opamma-samyutta – Símiles


Este samyutta contém 12 suttas que tratam de tópicos diversos e que na maioria estão relacionados
com o treinamento dos bhikkhus. Embora os tópicos sejam diversos, todos os suttas incorporam um símile e é
com base nisso que eles foram colecionados neste samyutta.

Okkha Sutta (SN XX.4) - Panelas com Comida. Os benefícios de uma mente com amor
bondade.
Satti Sutta (SN XX.5) – A Lança. Um sutta acerca do extraordinário poder de metta, (amor
bondade).
Ani Sutta (SN XX.7) – A Cavilha. Cuidado: existem muitos ensinamentos populares hoje em
dia que podem soar de maneira elegante e agradável para o ouvido, porém eles não são
necessariamente o ensinamento do Buda.

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XXI. Bhikkhu-samyutta - Bhikkhus.
Este samyutta contém 12 suttas dos quais 3 foram traduzidos para o Português.

XXI. Bhikkhu-samyutta – Bhikkhus


Este samyutta contém 12 suttas que tratam de tópicos diversos e foram discursados por bhikkhus ou
tratam de certos bhikkhus.

Kolita Sutta (SN XXI.1) – Kolita. O nobre silêncio.


Nanda Sutta (SN XXI.8) – Nanda. O Ven. Nanda é admoestado pelo Buda.
Theranamaka Sutta (SN XXI.10) - Um Bhikkhu Chamado Ancião. Quem vive sozinho.

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3] Khandha Vagga
(samyuttas XXII-XXXIV)
O Khandha Vagga contém 716 suttas dos quais 174 foram traduzidos para o Português.

XXII. Khandha-samyutta - Agregados.


Este samyutta contém 159 suttas dos quais 89 foram traduzidos para o Português.

XXII. Khandha-samyutta – Agregados


O tópico deste samyutta são os cinco agregados que foram o principal esquema de categorias
empregado pelo Buda para analisar os seres sencientes. O exame dos cinco agregados desempenha um papel
crítico nos ensinamentos do Buda por pelo menos quatro razões. Primeiro, porque os cinco agregados são a
referência última para a primeira nobre verdade, a verdade do sofrimento, e visto que todas as quatro nobres
verdades revolvem em torno do sofrimento, a compreensão dos agregados é essencial para a compreensão das
quatro nobres verdades como um todo. Segundo, porque os cinco agregados são o domínio objetivo do apego e
dessa forma contribuem como condição para o surgimento do sofrimento no futuro. Terceiro, porque a
remoção do apego é necessária para alcançar a libertação e o apego tem que ser removido daqueles objetos nos
quais os seus tentáculos estão enrolados, isto é, os cinco agregados. Quarto, porque a remoção do apego é
obtida através da sabedoria e o tipo de sabedoria necessária é exatamente o insight relacionado à real natureza
dos agregados.
A análise dos agregados empregada pelo Buda não é empreendida com o objetivo de alcançar um
entendimento objetivo, científico, do que é um ser humano da maneira como é empreendido pela fisiologia e
psicologia. Para o Buda, a investigação da natureza da existência está sempre subordinada ao poder liberativo
do Dhamma e por essa razão só aqueles aspectos da existência que contribuem para a realização desse objetivo
recebem atenção.

Nakulapita Sutta (SN XXII.1) – Para Nakulapita. O Buda explica para o chefe de família
idoso Nakulapita como que alguém pode não estar com a mente enferma apesar de ter o
corpo enfermo.
Devadaha Sutta (SN XXII.2) -- Em Devadaha. O Ven. Sariputta explica a melhor maneira de
apresentar os ensinamentos do Buda para pessoas curiosas e inteligentes.
Haliddakani Sutta (SN XXII.3) - Para Haliddakani. O Ven. Maha Kaccana explica para um
chefe de familia o que significa viver como um bhikkhu, livre da sociedade, livre da paixão
sensual, livre do anseio e livre das disputas.
Samadhi Sutta (SN XXII.5) – Concentração. O Buda recomenda a prática da concentração
como forma de desenvolver o discernimento dos agregados e da origem dependente.
Upadaparitassana Sutta (SN XXII.7) - Agitação devido ao Apego. A mudança dos
agregados induz a ansiedade, angústia e preocupação.
Kalattaya-anicca Sutta (SN XXII.9) - Impermanente nos Três Tempos. A impermanência no
passado, futuro e presente.
Kalattaya-dukkha Sutta (SN XXII.10) - Sofrimento nos Três Tempos. O sofrimento no
passado, futuro e presente.
Kalattaya-anatta Sutta (SN XXII.11) - Não-eu nos Três Tempos. Não-eu no passado, futuro e
presente.
Yadanicca Sutta (SN XXII.15) - O que é Impermanente. Os agregados são sofrimento
simplesmente porque são impermanentes e por isso nunca irão satisfazer as nossas
esperanças de perfeita felicidade e segurança.

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Sahetu-anicca Sutta (SN XXII.18) – Impermanente com Causa. Se as causas e condições que
originam os agregados são impermanentes, é possível estes serem permanentes?
Sahetu-dukkha Sutta (SN XXII.19) - Sofrimento com Causa. Se as causas e condições que
originam os agregados são o sofrimento, é possível estes serem a felicidade?
Sahetu-anatta Sutta (SN XXII.20) – Não-eu com Causa. Se as causas e condições que
originam os agregados são não-eu, é possível estes serem o eu?
Bhara Sutta (SN XXII.22) – O Fardo. O Buda descreve o fardo que carregamos e como
podemos deixá-lo de lado.
Pariñña Sutta (SN XXII.23) – Compreensão. A verdadeira compreensão significa o fim da
paixão, aversão e delusão.
Abhijana Sutta (SN XXII.24) – Conhecimento Direto. O conhecimento direto e a plena
compreensão.
Chandaraga Sutta (SN XII.25) – Desejo e Cobiça. Abandonar o desejo e cobiça pelos
agregados.
Assada Sutta (SN XXII.26) – Gratificação. A gratificação, o perigo e a escapatória dos cinco
agregados.
Assada (tatiya) Sutta (SN XXII.28) – Gratificação (3). A gratificação, o perigo e a escapatória
dos cinco agregados.
Uppada Sutta (SN XXII.30) – Surgimento. Os agregados e a origem dependente.
Natumhakam Sutta (SN XXII.33) – Não é Seu. Os agregados não nos pertencem.
Bhikkhu Sutta (SN XXII.36) – O Monge. Como definir a nós mesmos em termos dos
agregados e como não fazer isso.
Ananda Sutta (SN XXII.37) – Ananda. A impermanência vista sob a perspectiva do
surgimento, presença e cessação.
Anudhamma Sutta (SN XXII.39) – De Acordo com o Dhamma. O desencantamento dos
agregados.
Anudhamma (dutiya) Sutta (SN XXII.40) – De Acordo com o Dhamma (2). A
impermanência dos agregados.
Anudhamma (tatiya) Sutta (SN XXII.41) - De Acordo com o Dhamma (3). O sofrimento nos
agregados.
Anudhamma (catuttha) Sutta (SN XXII.42) - De Acordo com o Dhamma (4). O não-eu nos
agregados.
Patipada Sutta (SN XXII.44) – O Caminho. A origem e a cessação da identidade.
Anicca Sutta (SN XXII.45) – Impermanente. O abandono da cobiça pelos agregados.
Samanupassana Sutta (SN XXII.47) – Suposições. O Buda explica as suposições que
suportam a idéia de um eu.
Khandha Sutta (SN XXII.48) – Agregados. O Buda dá um resumo do ensinamento sobre os
cinco agregados.
Nandikkhaya Sutta (SN XXII.51) – Destruição do Prazer. A libertação com a destruição do
prazer e cobiça.
Upaya Sutta (SN XXII.53) – Apego. Quando a paixão por cada um dos cinco agregados é
completamente abandonada, o Despertar ocorre.
Bija Sutta (SN XXII.54) - Meios de Reprodução. Uma imagem interessante para ilustrar o
abandono da paixão pelos cinco agregados.
Parivatta Sutta (SN XXII.56) – As Fases dos Agregados. O conhecimento direto das fases
dos agregados conduz ao Despertar.

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Sattatthana Sutta (SN XXII.57) – Sete Casos. O Buda explica como alguém se torna um
arahant através da maestria em analisar os cinco agregados.
Sammasambuddha Sutta (SN XXII.58) – Perfeitamente Iluminado. A diferença entre o Buda
e um arahant.
Anattalakkhana Sutta (SN XXII.59) – As Características do Não Eu. O segundo discurso do
Buda, em que ele apresenta o princípio de anatta (não-eu) para o grupo de cinco ascetas.
Upadiyamana Sutta (SN XXII.63) – Com Apego. O apego nos ata a Mara.
Maññamana Sutta (SN XXII.64) – Com Presunção. A presunção nos ata a Mara.
Abhinandamana Sutta (SN XXII.65) – Buscando o Prazer. A busca pelo prazer nos ata a
Mara.
Anicca Sutta (SN XXII.66) – Impermanente. Abandonar o desejo por tudo que é
impermanente.
Dukkha Sutta (SN XXII.67) – Sofrimento. Abandonar o desejo por tudo que é sofrimento.
Anatta Sutta (SN XXII.68) – Não-eu. Abandonar o desejo por tudo que é não-eu.
Anattaniya Sutta (SN XXII.69 ) - Que não Pertence ao Eu. Abandonar o desejo por tudo que
não pertence ao eu.
Suradha Sutta (SN XXII.72) – Suradha. A libertação da fabricação do ego.
Assada Sutta (SN XXII.73 ) – Gratificação. A pessoa comum e o discípulo dos nobres.
Samudaya Sutta (SN XXII.74) – Origem. A pessoa comum e o discípulo dos nobres.
Arahant (dutiya) Sutta (SN XXII.77) – Arahant. Os arahants são os melhores.
Khajjaniya Sutta (SN XXII.79) – Transtornado. Como obter a libertação da identificação
como os cinco agregados.
Parileyyaka Sutta (SN XXII.81) - Em Parileyyaka. Apesar de já ter ouvido muitos
ensinamentos do Buda um bhikkhu ainda deseja saber como acelerar a sua prática de
meditação. O Buda explica que o objetivo pode ser alcançado através da compreensão
profunda dos cinco agregados.
Tissa Sutta (SN XXII.84) – Tissa. Como surge a tristeza e angústia.
Yamaka Sutta (SN XXII.85) -- Para Yamaka. O Ven. Yamaka declara que quando um
arahant morre, ele/ela é completamente aniquilado(a). O Ven. Sariputta faz com que ele
abandone esse entendimento incorreto e dessa forma o conduz à Iluminação.
Anuradha Sutta (SN XXII.86) - Para Anuradha. O Ven. Anuradha está obcecado com
questões sobre o destino de um arahant depois da morte. O Buda o tira dessa confusão e
sugere que a única coisa acerca da qual vale a pena contemplar é o sofrimento e a sua
cessação.
Khemaka Sutta (SN XXII.89) - Sobre Khemaka. Embora a des-identificação com os cinco
agregados de fato desempenha um papel crucial para se tornar um nobre discípulo, a plena
iluminação demanda mais que isso.
Channa Sutta (SN XXII.90) - Para Channa. O Ven. Channa, que havia sido o cavaleiro do
Bodisatva, recebe um ensinamento sobre a des-identificação com os cinco agregados.
Nadi Sutta (SN XXII.93) – O Rio. O Buda explica que uma pessoa que assume os cinco
agregados como sendo o “eu” é igual a um homem sendo arrastado por um rio com a
correnteza rápida que tenta em vão agarrar-se às árvores e tufos de capim da margem.
Puppha Sutta (SN XXII.94) – Flores. O que existe e não existe no mundo.
Phena Sutta (SN XXII.95) – Espuma. O Buda apresenta alguns vívidos símiles para
descrever a vacuidade dos cinco agregados.
Nakhasikha Sutta (SN XXII.97) – A Ponta da Unha. Nem mesmo apenas um pouco dos
agregados está isento do sofrimento e estresse.
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Gaddula Sutta (SN XXII.99) – A Correia (1). Aqueles que são incapazes de penetrar a
natureza ‘não eu’ dos cinco agregados estão condenados a ficar rodando em círculos, igual
a um cão atado a um poste.
Gaddula Sutta (SN XXII.100) – A Correia (2) Aqueles que são incapazes de penetrar a
natureza ‘não eu’ dos cinco agregados estão condenados a ficar rodando em círculos, igual
a um cão atado a um poste.
Nava Sutta (SN XXII.101) – O Navio. O Buda explica que o Despertar ocorre não por desejá-
lo em pensamento, mas somente através de esforço deliberado.
Anta Sutta (SN XXII.103) – Partes. A identidade sob a perspectiva das quatro nobres
verdades.
Dukkha Sutta (SN XXII.104) – Sofrimento. O sofrimento e os cinco agregados.
Sakkaya Sutta (SN XXII.105) – Identidade. A identidade os quatro agregados.
Pariññeyya Sutta (SN XXII.106) - Completa Compreensão. O que deve ser compreendido.
Sotapanna Sutta (SN XXII.109) – Entrou na Correnteza. O conhecimento de um sotapanna.
Avijja Sutta (SN XXII.113) – Ignorância. A ignorância e os agregados.
Vijja Sutta (SN XXII.114) – Verdadeiro Conhecimento. O verdadeiro conhecimento e os
agregados.
Dhammakathika Sutta (SN XXII.115) – Um Orador do Dhamma. O que um mestre do
Dhamma deve ensinar.
Paripucchita Sutta (SN XXII.118) – Interrogação. Os agregados e o não-eu.
Paripucchita (dutiya) Sutta (SN XXII.119) – Interrogação (2). Os agregados e o não-eu.
Samyojaniya Sutta (SN XXII.120) – Grilhões. Quais são as coisas que nos aprisionam?
Upadana Sutta (SN XXII.121) – Apego. Quais são os fenômenos aos quais nos apegamos?
Resposta: cada um dos cinco agregados.
Silavant Sutta (SN XXII.122) – Virtuoso. O Ven. Sariputta explica como todo meditador, do
principiante até o arahant, devem contemplar os cinco agregados (khandha).
Samudayadhamma Sutta (SN XXII.126) - Origem. A ignorância e o verdadeiro
conhecimento.
Assada Sutta (SN XXII.129) – Gratificação. A ignorância e os agregados.
Assada (dutiya) Sutta (SN XXII.130) – Gratificação (2). O verdadeiro conhecimento e os
agregados.
Samudaya Sutta (SN XXII.131) – Origem. A origem da ignorância
Samudaya (dutiya) Sutta (SN XXII.132) – Origem (2). A origem do verdadeiro
conhecimento.
Kukkula Sutta (SN XXII.136) – Carvão em Brasa. Os agregados como carvão em brasa.
Anicca Sutta (SN XXII.137) – Impermanente. Os agregados são impermanentes.
Dukkha Sutta (SN XXII.140) – Sofrimento. Os agregados são sofrimento.
Anatta Sutta (SN XXII.143) – Não–eu. Os agregados são não-eu.
Ajjhatta Sutta (SN XXII.150) – Interior. O prazer e a dor.
Etammama Sutta (SN XXII.151) – Isso é meu. A idéia da personalidade.
So-attha Sutta (SN XXII.152) – O eu. A idéia do eu eterno.
Micchaditthi Sutta (SN XXII.154) – Entendimento Incorreto. Como surge o entendimento
incorreto.
Abhinivesa Sutta (SN XXII.157) – Aderências. Como surgem os grilhões.

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XXIII. Radha-samyutta - Radha.
Este samyutta contém 46 suttas dos quais 1 foi traduzido para o Português.

XXIII. Radha-samyutta – Radha


Este samyutta em essência é um apêndice ao Khandha-samyutta, visto que trata apenas dos
agregados, a única diferença aqui é que todos os suttas são dirigidos a um único bhikkhu chamado Radha.
Muitos dos suttas neste samyutta são idênticos, exceto pelo interlocutor, a suttas encontrados no khandha-
samyutta. De acordo com os comentários, o Buda apreciava conversar com este bhikkhu sobre temas
profundos e sutis.

Satta Sutta (XXIII.2) – Um Ser. O Buda emprega um símile dramático para explicar como
desmantelar os cinco agregados.

XXIV. Ditthi-samyutta - Idéias.


Este samyutta contém 96 suttas dos quais 7 foram traduzidos para o Português.

XXIV. Ditthi-samyutta – Idéias


Este samyutta também é uma extensão do Khandha-samyutta apresentando sob vários ângulos a
maneira pela qual as idéias se originam do apego aos cinco agregados.

Etammama Sutta (SN XXIV.2) - Isso é meu. A idéia da existência de um ego.


So-attha Sutta (SN XXIV.3) – O Eu. A idéia da eternidade.
Nocamesiya Sutta (SN XXIV.4) - Poderá Não Ser Para Mim. A idéia da aniquilação.
Sassataditthi Sutta (SN XXIV.9) – O Mundo é Eterno. A idéia que o mundo é eterno.
Asassataditthi Sutta SN XXIV.10) – O Mundo não é Eterno. A idéia que o mundo não é
eterno.
Antava Sutta (SN XXIV.11) – O Mundo é Finito. A idéia que o mundo é finito.
Anantava Sutta (SN XXIV.12) – O Mundo é Infinito. A idéia que o mundo é infinito.

XXV. Okkanti-samyutta - Entrando.


Este samyutta contém 10 suttas dos quais 4 foram traduzidos para o Português.

Cakkhu Sutta (SN XXV.1) – O Olho. As seis bases internas.


Rupa Sutta (SN XXV.2) – As Formas. As seis bases externas.
Viññana Sutta (SN XXV.3) – Consciência. Os seis tipos de consciência.
Samphassa Sutta (SN XXV.4) – Contato. Os seis tipos de contato.

XXVI. Uppada-samyutta - Surgimento.


Este samyutta contém 10 suttas dos quais 3 foram traduzidos para o Português.

Vedana Sutta (SN XXVI.5) – Sensação. Os seis tipos de sensação.


Sañña Sutta (SN XXVI.6) – Percepção. Os seis tipos de percepção.
Sañcetana Sutta (SN XXVI.7) – Volição. Os seis tipos de volição.

21
XXVII. Kilesa-samyutta - Contaminações.
Este samyutta contém 10 suttas dos quais 3 foram traduzidos para o Português.

XXVII. Kilesa-samyutta – Contaminações.


Estes três samyuttas podem ser tratados em conjunto visto que todos seguem um mesmo esquema
diferindo apenas no modo como o material é usado para articular os distintos temas. O esquema empregado é
a classificação dos fatores das experiências em dez grupos: seis bases internas; seis bases externas; seis tipos
de consciência, contato, sensação, percepção, volição e desejo; seis elementos; cinco agregados. Assim, cada
samyutta tem dez suttas, cada um dedicado a um desses grupos.

Tanha Sutta (SN XXVII.8) – Desejo. Os seis tipos de desejo.


Dhatu Sutta (SN XXVII.9) – Elementos. Os seis elementos.
Khandha Sutta (SN XXVII.10) – Agregados. Os cinco agregados.

XXVIII. Sariputta-samyutta - Sariputta.


Este samyutta contém 10 suttas dos quais 4 foram traduzidos para o Português.

XXVIII. Sariputta-samyutta – Sariputta.


Sariputta é conhecido como o mais destacado discípulo do Buda no que diz respeito à sabedoria, mas
nestes suttas ele é retratado também como um adepto da meditação de concentração. Cada sutta mostra o
Ven. Sariputta explicando como ele entra e emerge de cada jhana e de cada realização imaterial.

Vivekaja Sutta (SN XXVIII.1) – Isolamento. O primeiro jhana.


Avitakka Sutta (SN XXVIII.2) – Sem o Pensamento. O segundo jhana.
Piti Sutta (SN XXVIII.3) – Êxtase. O terceiro jhana.
Upekkha Sutta (SN XXVIII.4) – Equanimidade. O quarto jhana.

XXIX. Nagas-samyutta - Nagas.


Este samyutta contém 50 suttas dos quais 12 foram traduzidos para o Português.

XXIX. Naga-samyutta – Nagas.


Suddhika Sutta (SN XXIX.1) – Versão Simples. Os quatro modos de geração dos nagas.
Suta Sutta (SN XXIX.7) – Ele ouviu. O renascimento dentre os nagas.
Andajadanupakara Sutta (SN XXIX.11-20). Com o Suporte da Generosidade. O
renascimento dentre os nagas que nascem de ovos.

XXX. Supanna-samyutta - Supanna.


Este samyutta contém 46 suttas dos quais 12 foram traduzidos para o Português.

XXX. Supanna-samyutta – Supanna.


Suddhika Sutta (SN XXX.1) – Versão Simples. Os quatro modos de geração dos supannas.
Suta Sutta (SN XXX.3) – Ambivalente. O renascimento dentre os supannas.
Andajadanupakara Sutta (SN XXX.7-16). Com o Suporte da Generosidade. O renascimento
dentre os supannas que nascem de ovos.

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XXXI. Gandhabba-samyutta - Gandhabba.
Este samyutta contém 112 suttas dos quais 12 foram traduzidos para o Português.

XXXI. Gandhabba-samyutta – Gandhabba.


Suddhika Sutta (SN XXXI.1) – Versão Simples. Os devas da ordem dos gandhabbas.
Haranti Sutta (SN XXXI.2) – Boa Conduta. O renascimento dentre os gandhabbas.
Andajadanupakara Sutta (SN XXXI.13-22). Com o Suporte da Generosidade. O
renascimento dentre os gandhabbas que habitam as raízes perfumadas.

XXXII. Valahaka-samyutta - Valahaka.


Este samyutta contém 57 suttas dos quais 12 foram traduzidos para o Português.

XXXII. Valahaka-samyutta – Valahaka.


Estes quatro samyuttas podem ser apresentados em conjunto visto que todos tratam de certas
categorias de seres sencientes, que sob a perspectiva moderna seriam considerados mitológicos. Em cada
samyutta o Buda enumera as sub-divisões de cada categoria e os tipos de kamma que conduzem ao
renascimento naquele modo de existência. Através da contagem em separado de cada tipo de dádiva dada pelo
aspirante por um renascimento naqueles destinos e conectando-as com as subdivisões de cada categoria, um
grande número de suttas é gerado.
Os nagas são dragões, seres semelhantes a serpentes, poderosos e misteriosos, acredita-se serem eles
habitantes da região do Himalaia, sob a terra e também no fundo dos oceanos. Eles são muitas vezes
reconhecidos como seres com acesso a tesouros escondidos e de terem a habilidade para conceder favores aos
seus benfeitores humanos. Eles também podem aparecer na terra e assumir temporariamente a forma
humana.
Os supannas são idênticos aos garudas, aves de rapina ferozes que atacam os nagas desavisados e os
devoram.
Os gandhabbas são mais benignos, embora sejam algumas vezes representados como músicos
celestiais, neste caso se trata de divindades de plantas.
Os valahakas são devas que habitam nas nuvens.
Estes seres não se encaixam com facilidade dentro da tradicional cosmologia Budista. Ao que parece
eles pertencem a uma zona intermediária entre o plano humano e o primeiro paraíso.

Suddhika Sutta (SN XXXII.1) – Versão Simples. Os devas que habitam nas nuvens.
Haranti Sutta (SN XXXII.2) – Boa Conduta. O renascimento dentre os devas que habitam
nas nuvens.
Andajadanupakara Sutta (SN XXXII.3-12). Com o Suporte da Generosidade. O
renascimento dentre os devas que habitam nuvens frias.

XXXIII. Vacchagotta-samyutta - Vacchagotta.


Este samyutta contém 55 suttas dos quais 5 foram traduzidos para o Português.

XXXIII. Vacchagotta-samyutta – Vacchagotta


Vacchagotta era um errante que com freqüência visitava o Buda para formular perguntas, quase
sempre de cunho filosófico. Tendo sido por fim convencido, ele se tornou um bhikkhu e alcançou o estado de
arahant. (Veja o MN 71, 72, 73). Este samyutta mostra Vacchagotta na sua fase de inquisidor. O samyutta
contém 55 suttas criados através de um processo de permutação. Nos cinco primeiros suttas, em resposta às

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perguntas de Vaccha, o Buda explica porque as dez idéias especulativas surgem no mundo, isto é, pelo
desconhecimento dos cinco agregados. Cada sutta trata de um agregado e assim temos cinco suttas. Os
cinqüenta suttas restantes são criados tomando dez sinônimos para não conhecer (não ver, não compreender,
não discernir, não penetrar, etc.) relacionando-os aos cinco agregados.

Rupa-aññana Sutta (SN XXXIII.1) – Não Conhecer. As idéias especulativas e os agregados.


Vedana-aññana Sutta (SN XXXIII.2) - Não Conhecer (2). As idéias especulativas e os
agregados.
Sañña-aññana Sutta (SN XXXIII.3) - Não Conhecer (3). As idéias especulativas e os
agregados.
Sankharra-aññana Sutta (SN XXXIII.4) - Não Conhecer (4). As idéias especulativas e os
agregados.
Viññana-aññana Sutta (SN XXXIII.5) - Não Conhecer (5). As idéias especulativas e os
agregados.

XXXIV. Jhana-samyutta - Jhana.


Este samyutta contém 55 suttas dos quais 10 foram traduzidos para o Português.

XXXIV. Jhana-samyutta – Jhana


Apesar do título, este samyutta não trata do resultado da concentração, (samadhi), mas dos tipos de
habilidades necessárias para alcançar a concentração. O samyutta mostra todas as permutações das onze
habilidades duas a duas. Cada par é analisado em quatro possibilidades: aquele que possui uma mas não a
outra, possui a segunda mas não a primeira, não possui nenhuma, possui ambas.

Samadhimulakasamapatti Sutta (SN XXXIV.1) - Realização com Relação à Concentração.


Realizar a concentração.
Samadhimulakathiti Sutta (SN XXXIV.2) - Manutenção com Relação à Concentração.
Manter a concentração.
Samadhimulakavutthana Sutta (SN XXXIV.3) - Emergência com Relação à Concentração.
Emergir da concentração.
Samadhimulakakallita Sutta (SN XXXIV.4) - Maleabilidade com Relação à Concentração.
Tornar a mente maleável.
Samadhimula-arammana Sutta (SN XXXIV.5) - O Objeto com Relação à Concentração.
Objeto da meditação.
Samadhimulakagocara Sutta (SN XXXIV.6) - A Extensão com Relação à Concentração. A
extensão da concentração.
Samadhimula-abhinihara Sutta (SN XXXIV.7) - Determinação com Relação à Concentração.
A determinação na concentração.
Samadhimulakasakkaccakari Sutta (SN XXXIV.8) - Diligente com Relação à Concentração.
A diligência na concentração.
Samadhimulakasataccakari Sutta (SN XXXIV.9) - Persistente com Relação à Concentração.
A persistência na concentração.
Samadhimulakasappayakari Sutta (SN XXXIV.10) - Adequabilidade com Relação à
Concentração. Aquilo que é adequado para a concentração.

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4] Salayatana Vagga
(samyuttas XXXV-XLIV)
O Salayatana Vagga contém 434 suttas dos quais 105 foram traduzidos para o Português

XXXV. Salayatana-samyutta - Seis bases.


Este samyutta contém 248 suttas dos quais 60 foram traduzidos para o Português.

XXXV. Salayatana-samyutta – Seis bases


O Salayatana-samyutta trata das seis bases internas e externas. À primeira vista pode parecer que as
seis bases internas e externas devem ser compreendidas simplesmente como as seis faculdades sensoriais e os
seus objetos, com o termo ayatana, base, tendo o significado de origem ou fonte. Embora muitos suttas
suportem essa suposição, a exegese Theravada compreende que os seis pares de bases são um esquema de
classificação completo capaz de acomodar todos os fatores da existência mencionados nos Nikayas. Essa
conceituação das seis bases provavelmente teve origem no Sabba Sutta, no qual o Buda diz que os seis pares
de bases são “o todo” além do qual nada mais existe. Visto por este ângulo, as seis bases internas e externas
oferecem uma alternativa aos cinco agregados como um esquema de classificação fenomenológica. A relação
entre esses dois esquemas em linhas gerais pode ser vista como semelhante à análise horizontal e vertical de
um órgão, com a análise através dos agregados correspondendo à perspectiva horizontal e a análise através
das seis bases correspondendo à perspectiva vertical. Por exemplo, na ocasião de uma experiência visual, a
consciência no olho surge na dependência do olho e das formas; o encontro dos três é o contato; e com o
contato como condição surgem a sensação, percepção e formações. Vendo essa experiência sob a perspectiva
vertical através das bases sensuais, o olho e as formas visíveis são cada um uma base separada,
respectivamente a base olho e a base forma; a consciência no olho pertence à base mente; e o contato no olho,
sensação, percepção e formações são todos atribuídos à base objetos mentais. No entanto, embora esse
tratamento das bases encontre respaldo nos Nikayas, estes em geral apresentam os seis pares de bases não
como um esquema fenomenológico completo mas como ponto de partida para a origem das experiências
sensuais.
Da mesma forma que com relação aos agregados, a preocupação com a classificação e interação das
bases é governada não pelo interesse em alcançar uma perfeição teórica, mas para satisfazer as exigências
práticas do caminho Budista que tem por objetivo a libertação do sofrimento. A principal preocupação
pragmática com relação às bases é a erradicação do apego, pois tal como com os agregados, as bases servem
como solo fértil no qual o apego se enraíza e cresce.

Sabba Sutta (SN XXXV.23) – O Todo. O modo preciso que o Buda emprega a palavra para
“tudo” ou “todo.”
Pahanaya Sutta (SN XXXV.24) – Para Ser Abandonado. O que deve ser abandonado no
caminho da prática.
Aparijanana Sutta (SN XXXV.26) - Completa Compreensão. O conhecimento direto e a
completa compreensão do todo.
Adittapariyaya Sutta (SN XXXV.28) – O Discurso do Fogo. Alguns meses após o seu
Despertar o Buda proferiu este sermão para um grupo de 1.000 ascetas adoradores do fogo.
No seu típico brilhante estilo de ensino o Buda usa um símile que rapidamente penetra nos
corações dos ouvintes – neste caso, um símile com o fogo. Após ouvirem este sermão, todos
os presentes alcançaram a Iluminação (arahant).
Samugghatasaruppa Sutta (SN XXXV.30) - Apropriado para Desenraizar. O caminho
apropriado para desenraizar todas as concepções.

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Samugghatasappaya (Pathama) Sutta (SN XXXV.31) - Adequado para Desenraizar (1). O
caminho adequado para desenraizar todas as concepções.
Samugghatasappaya (Dutiya) Sutta (SN XXXV.32) - Adequado para Desenraizar (2). O
caminho adequado para desenraizar todas as concepções.
Jatidhammam Sutta (SN XXXV.33) - Sujeito ao Nascimento. O todo está sujeito ao
nascimento.
Jaradhammam Sutta (SN XXXV.34-42) - Sujeito ao Envelhecimento, etc. O todo está sujeito
ao envelhecimento, etc.
Migajala Sutta (SN XXXV.63) - Para Migajala. Porque é dificil encontrar a verdadeira
solidão. O Buda explica porque, não importa aonde você vá, parece que alguns dos seus
companheiros mais irritantes sempre o estão seguindo de perto.
Samiddhi Sutta (SN XXXV.68) – Samiddhi. Como surge o mundo.
Upasena Sutta (SN XXXV.69) – Upasena. O Ven. Upasena, ferido de morte por uma cobra
venenosa, mas tendo se libertado completamente de qualquer identificação com o corpo,
permanece perfeitamente controlado ao pronunciar suas últimas palavras para o Ven.
Sariputta.
Chaphassayatana Sutta (SN XXXV.71) - As Seis Bases para Contato. A escapatória das seis
bases para contato.
Gilana Sutta (SN XXXV.74) – Enfermo. O Buda visita um monge enfermo.
Sambahulabhikkhu Sutta (SN XXXV.81) - Um Número de Bhikkhus. A completa
compreensão do sofrimento.
Loka Sutta (SN XXXV.82) – O Mundo. O Buda explica como todas as coisas no mundo
partilham da mesma infeliz característica. Você quer ficar apegado a um mundo igual a
esse?
Palokadhamma Sutta (SN XXXV.84) - Sujeito à Desintegração. O que está sujeito à
desintegração.
Suñña Sutta (SN XXXV.85) – Vazio. O Buda explica ao Ven. Ananda de que forma o mundo
é desprovido de qualquer coisa que possa corretamente ser chamada de “eu”.
Eja Sutta (SN XXXV.90) - Agitado. Conceber gera agitação.
Eja (dutiya) Sutta (SN XXXV.91) - Agitado (2). Conceber gera agitação.
Dvaya Sutta (SN XXXV.93) - A Díade. Como surge a consciência.
Adanta-agutta Sutta (SN XXXV.94) - Indomado, Desguardado. Como as seis bases trazem o
sofrimento e a felicidade.
Malunkyaputta Sutta (SN XXXV.95) – Malunkyaputta. No visto haverá apenas o visto, etc.
Parihanadhamma Sutta (SN XXXV.96) – Declínio. Como evitar o declínio.
Pamadavihari Sutta (SN XXXV.97) - Permanecendo na Negligência. As bases e a
tranqüilidade e o insight.
Samvara Sutta (SN XXXV.98) – Contenção. Os efeitos da contenção e da não contenção das
bases sensuais.
Samadhi Sutta (SN XXXV.99) – Concentração. O Buda recomenda a prática da concentração
como forma de desenvolver o discernimento da impermanência das bases sensuais.
Natumhakam Sutta (SN XXXV.101) – Não é Seu. As bases sensuais não nos pertencem.
Yogakkhemi Sutta (SN XXXV.104) - Segurança contra o Cativeiro. O esforço assegura a
segurança contra o cativeiro.
Marapasa Sutta (SN XXXV.115) – A Armadilha de Mara. O Buda explica que uma vez que a
pessoa se livre de perseguir os prazeres sensuais, estará finalmente livre de Mara.
Lokantagamana Sutta (SN XXXV.116) - O Fim do Mundo. Como chegar ao fim do mundo.
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Sakkapañha Sutta (SN XXXV.118) - A Pergunta de Sakka. Porque alguns bhikkhus
alcançam Nibbana e outros não?
Sariputtasaddhiviharika Sutta (SN XXXV.120) – Sariputta. A vida santa depende destes três
fatores.
Bharadvaja Sutta (SN XXXV.127) - Sobre Bharadvaja. O Ven. Pindola Bharadvaja explica
para um rei como alguém pode ser capaz de manter sua decisão pelo celibato.
Lohicca Sutta (SN XXXV.132) – Lohicca. O Ven. Mahakaccana dialoga com o brâmane
Lohicca sobre o controle das bases sensuais.
Ruparama Sutta (SN XXXV.136) - Prazer com as Formas. Devas e humanos sentem prazer
com as formas.
Kamma Sutta (SN XXXV.146) - Kamma. O Buda explica o que é o kamma passado e o novo,
a cessação de kamma e o caminho para a cessação de kamma.
Kimatthiyabrahmacariya Sutta (SN XXXV.152) - Qual o Propósito da Vida Santa? A
completa compreensão do sofrimento. E o que é o sofrimento?
Micchaditthipahana Sutta (SN XXXV.165) - Abandonando o Entendimento Incorreto. O que
é o entendimento correto?
Samudda Sutta (SN XXXV.228) - O Oceano. As bases tal como o oceano.
Balisikopama Sutta (SN XXXV.230) - O Símile do Pescador. As bases externas são como o
anzol de um pescador.
Kotthita Sutta (SN XXXV.232) -- Para Kotthita. O Ven. Sariputta explica ao Ven. Maha
Kotthita que o nosso problema não está nem nos próprios sentidos nem nos objetos aos
quais os sentidos se apegam; em vez disso, o sofrimento vem do desejo e paixão.
Adittapariyaya Sutta (SN XXXV.235) - O Discurso do Fogo. O que é pior do que o fogo nas
bases internas.
Asivisopama Sutta (SN XXXV.238) - O Símile das Cobras. Vários símiles para descrever as
bases, agregados,etc.
Rathopama Sutta (SN XXXV.239) - O Símile da Carruagem. As três qualidades para uma
vida plena de alegria e felicidade.
Kumma Sutta (SN XXXV.240) – O Jabuti. Se guardarmos os sentidos com sabedoria, tal
como o jabuti que se recolhe dentro da casca para se defender de um ataque, estaremos com
segurança fora do alcance de Mara.
Avassutapariyaya Sutta (SN XXXV.243) - Discurso sobre o Corrompido. Aquilo que
corrompe e que não corrompe.
Dukkhadhamma Sutta (SN XXXV.244) - Estados que Envolvem o Sofrimento.Os agregados,
a contenção das bases, a atenção plena.
Kimsuka Sutta (SN XXXV.245) – A Árvore de Charadas. O Buda explica como a
tranquilidade (samatha) e o insight (vipassana) agem juntos como “um par de ágeis
mensageiros” para guiar o meditador até Nibbana.
Vina Sutta (SN XXXV.246) – O Alaúde. O núcleo do insight (vipassana): Quando você
desmonta um alaúde em busca da música, o que você irá encontrar? Quando você
desmonta os cinco agregados em busca do “eu,” o que você irá encontrar?
Chappana Sutta (SN XXXV.247) – Os seis Animais. O Buda explica como treinar a própria
mente é o mesmo que manter seis animais incontroláveis juntos sob uma rédea.
Yavakalapi Sutta (SN XXXV.248) - O Feixe de Cevada. As concepções são os grilhões de
Mara.

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XXXVI. Vedana-samyutta - Sensações.
Este samyutta contém 31 suttas dos quais 17 foram traduzidos para o Português.

XXXVI. Vedana-samyutta – Sensações


Embora a sensação tenha sido mencionada com freqüência como produto do contato nas seis bases
sensuais, visto que a sensação é uma força poderosa na ativação das contaminações, esta recebe um
tratamento especial com um samyutta próprio. A sensação é um elo chave na cadeia da origem dependente, o
precursor imediato do desejo, portanto, para romper essa cadeia é necessário que superemos as respostas, que
regra geral estão afetadas pelas contaminações, às sensações. Essa é a razão porque o Buda estabeleceu a
sensação como um dos quatro fundamentos da atenção plena, (satipatthana). Vários suttas neste samyutta
explicam que os três tipos de sensação servem como estímulo para as tendências subjacentes ou obsessões,
(anusaya). Cada sensação é correlacionada com uma tendência diferente: a sensação prazerosa com o desejo
sensual; a sensação dolorosa com a aversão; a sensação neutra com a ignorância. O sistema de treinamento
mental do Buda visa controlar as nossas reações a essas sensações no ponto exato em que elas surgem, sem
permitir que proliferem e despertem as correspondentes tendências. O nobre discípulo, é claro, continua
experimentando sensações enquanto viver, mas ao erradicar as tendências subjacentes ele não é no íntimo
perturbado pelas sensações.

Samadhi Sutta (SN XXXVI.1) – Concentração . Como a compreensão da natureza das


sensações conduz a Nibbana.
Sukha Sutta (SN XXXVI.2) – Felicidade. Como a compreensão da natureza das sensações
conduz ao fim da paixão.
Pahana Sutta (SN XXXVI.3) – Abandono. A verdadeira felicidade é encontrada ao
abandonar as tendências subjacentes habituais da mente (anusaya).
Patala Sutta (SN XXXVI.4) – O Abismo Insondável. O Buda ensina que ao enfrentar a dor
intensa com a atenção plena, podemos nos poupar cair de cabeça no abismo insondável da
aflição e angústia.
Datthabba Sutta (SN XXXVI.5) – Para ser Visto. Por trás das sensações mais felizes e
prazerosas espreita uma dor persistente que pode ser submetida através da prática correta.
Sallatha Sutta (SN XXXVI.6) – A Flecha. Quando atingido pela flecha da dor física, uma
pessoa ignorante piora ainda mais a situação por adicionar aflição mental à dor física, tal
como se ela tivesse sido atingida por duas flechas. A pessoa sábia sente a dor de uma só
flecha
Gelañña Sutta (SN XXXVI.7) – Na Enfermaria. O Buda visita uma enfermaria e aconselha os
bhikkhus sobre como enfrentar a morte com atenção plena.
Gelañña Sutta (SN XXXVI.8) - Na Enfermaria. Este sutta é praticamente idêntico ao
anterior, exceto que a sensação prazerosa, etc., é dito depender do contato (impacto
sensual) ao invés do corpo.
Anicca Sutta (SN XXXVI.9) – Impermanência. A impermanência das sensações.
Phassamulaka Sutta (SN XXXVI.10) – Enraizados no Impacto Sensual. Como o impacto
sensual dá origem às sensações.
Rahogata Sutta (SN XXXVI.11) – Isolado. O Buda explica como a prática de jhana conduz a
estágios progressivos de cessação e paz. Somente quando as impurezas são finalmente
extintas, no entanto, a verdadeira paz e tranqüilidade é alcançada.
Akasa Sutta (SN XXXVI.12) – No Céu. As sensações surgem e desaparecem, igual aos
ventos que sopram no céu.
Agara Sutta (SN XXXVI.14) – A Hospedaria. As sensações vêm e vão, igual aos hóspedes
em uma hospedaria.

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Santaka Sutta (SN XXXVI.15) – Para Ananda. O Buda explica para o Ven. Ananda a origem,
o perigo e a escapatória das sensações.
Moliyasivaka Sutta (SN XXXVI.21) - Para Sivaka. Todas as nossas experiências no presente
são atribuíveis às nossas ações do passado (kamma)? O Buda explica que aqueles que
afirmam isso provavelmente não estão falando com base na sua própria experiência direta.
Atthasatapariyaya Sutta (SN XXXVI.22) – Cento e Oito Sensações. Uma enumeração dos
108 tipos de sensações
Niramisa Sutta (SN XXXVI.31) – Não Mundano. O Buda descreve os vários níveis de
felicidade e libertação – do mundano ao transcendente – que estão disponíveis para todos
nós.

XXXVII. Matugama-samyutta - Mulheres.


Este samyutta contém 34 suttas dos quais 6 foram traduzidos para o Português.

XXXVII. Matugama-samyutta – Mulheres


Este samyutta trata de temas ligados às mulheres. O Buda explica o que faz uma mulher ser atraente
para um homem, os tipos de sofrimento particulares às mulheres, as qualidades morais que conduzem uma
mulher a um bom renascimento e a um renascimento ruim. Neste samyutta o Venerável Anurudha
desempenha um papel importante em vista da sua habilidade com o olho divino que o levavam a questionar o
Buda sobre esse tipo de tema.
Matugama Sutta (SN XXXVII.1) - Agradável e Desagradável (1). O que é agradável e
desagradável numa mulher.
Purisa Sutta (SN XXXVII.2) - Agradável e Desagradável (2). O que é agradável e
desagradável num homem.
Avenikadukkha Sutta (SN XXXVII.3) – Peculiar. O sofrimento peculiar às mulheres.
Tihidhammehi Sutta (SN XXXVII.4) - Três Qualidades. As três qualidades que resultam
num renascimento ruim.
Akkodhana Sutta (SN XXXVII.15) - Sem Raiva. As qualidades que resultam num bom
renascimento.
Hetu Sutta (SN XXXVII.31) - A Causa. A condição principal para o renascimento no
paraíso.

XXXVIII. Jambukhadaka-samyutta - Jambukhadaka.


Este samyutta contém 16 suttas dos quais 5 foram traduzidos para o Português.

XXXVIII. Jambukhadaka-samyutta – Jambukhadaka


Nibbanapañha Sutta (SN XXXVIII.1) - Uma Questão sobre Nibbana. O que é Nibbana?
Arahattapañha Sutta (SN XXXVIII.2) – Arahant. O que é um arahant?
Dhammavadipañha Sutta (SN XXXVIII.3) - Proponentes do Dhamma. Quem são os
proponentes do Dhamma.
Kimatthiya Sutta (SN XXXVIII.4) - Qual o Propósito? Porque viver a vida santa?
Dukkha Sutta (SN XXXVIII.14) - Sofrimento. O Ven. Sariputta descreve os três tipos de
sofrimento (dukkha) e como eles devem ser completamente compreendidos

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XXXIX. Samandaka-samyutta - Samandaka.
Este samyutta contém 16 suttas dos quais 2 foram traduzidos para o Português.

XXXIX. Samandaka-samyutta – Samandaka


Estes dois samyuttas, cada um com dezesseis suttas, possuem conteúdo idêntico e apenas
diferem com respeito ao interlocutor, dois errantes cujos nomes dão o título a cada samyutta. Os
suttas tratam de questões formuladas pelos errantes ao Venerável Sariputta.

Sakkayapañha Sutta (SN XXXIX.15) – Identidade. O que é a identidade?


Dukkarapañha Sutta (SN XXXIX.16) - Difícil de Ser Feito. O que é difícil na prática do
Dhamma?

XL. Moggallana-samyutta - Moggallana.


Este samyutta contém 11 suttas dos quais 2 foram traduzidos para o Português.

XL. Moggallana-samyutta – Moggallana


Mahamoggallana era o segundo principal discípulo do Buda. Neste samyutta os suttas descrevem o
seu esforço em busca do despertar assediado por dificuldades na meditação. Em todas ocasiões ele superou as
dificuldades apenas com a ajuda do Buda, que empregava os seus poderes supranormais para orientá-lo “à
distância”.

Pathamajhanapañha Sutta (SN XL.1) – O Primeiro Jhana. O primeiro jhana.


Dutiyajhanapañha Sutta (SN XL.2) – O Segundo Jhana. O segundo jhana.

XLI. Citta-samyutta - Citta.


Este samyutta contém 10 suttas dos quais 2 foram traduzidos para o Português.

XLI. Citta-samyutta – Citta


Citta era um chefe de família que no AN I.26 foi nomeado pelo Buda como o discípulo leigo mais
destacado dentre os oradores do Dhamma. Os suttas deste samyutta mostram Citta com um amplo
conhecimento dos ensinamentos, profunda experiência na meditação, aguçada sabedoria e apurado senso de
humor.

Nigantha Nataputta Sutta (SN XLI.8) - Nigantha Nataputta. Um diálogo com o Nigantha
Nataputta.
Acelakassapa Sutta (SN XLI.9) - O Contemplativo Nu Kassapa. Um diálogo com o
contemplativo Kassapa.

XLII. Gamani-samyutta - Chefes.


Este samyutta contém 13 suttas dos quais 3 foram traduzidos para o Português.

XLII. Gamani-samyutta – Chefes


Neste samyutta todos os interlocutores são descritos como gamani, chefes tribais. Na maioria dos
casos eles não são discípulos do Buda e em alguns casos até demonstram certa hostilidade, mas em todos os
casos o Buda os convence com argumentos lógicos e uma cuidadosa análise dos problemas que eles
apresentam.

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Canda Sutta (SN XLII.1) – Canda. Porque algumas pessoas são iradas e outras afáveis?
Yodhajiva Sutta (SN XLII.3) – Yodhajiva. Qual o futuro destino dos guerreiros?
Khettupama Sutta (SN XLII.7) - O Símile do Campo. Porque o Buda ensina o Dhamma de
modos distintos?

XLIII. Asankhata-samyutta - Não Condicionado.


Este samyutta contém 44 suttas dos quais 6 foram traduzidos para o Português.

XLIII. Asankhata-samyutta – Não Condicionado


Este samyutta funciona como um compêndio para as diferentes designações de Nibbana e os
vários modos de prática que conduzem a Nibbana.

Kayagatasati Sutta (SN XLIII.1) - Atenção Plena no Corpo. A atenção plena no corpo como
caminho para Nibbana.
Samathavipassana Sutta (SN XLIII.2) - Tranqüilidade e Insight. A tranqüilidade e Insight
como caminho para Nibbana.
Savitakkasavicara Sutta (SN XLIII.3) - Sem o Pensamento Aplicado e Sustentado. O
primeiro e segundo jhana como caminho para Nibbana.
Suññatasamadhi Sutta (SN XLIII.4) - Concentração no Vazio. A concentração como
caminho para Nibbana.
Satipatthana Sutta (SN XLIII.5) - Fundamentos da Atenção Plena. Os Fundamentos da
Atenção Plena como caminho para Nibbana.
Magganga Sutta (SN XLIII.11) - O Nobre Caminho Óctuplo. O Nobre Caminho Óctuplo
como caminho para Nibbana.

XLIV. Abyakata-samyutta - Não Declarado.


Este samyutta contém 11 suttas dos quais 2 foram traduzidos para o Português.

XLIV. Abyakata-samyutta – Não Declarado


Os suttas deste samyutta tratam todos da questão, porque o Buda não adotou nenhum dos dogmas
metafísicos advogados e intensamente debatidos pelos seus contemporâneos. O interesse se concentra
particularmente na questão de se o Tathagata existe ou não depois da morte.

Sariputta Kotthita Sutta (SN XLIV.4) - Sariputta e Kotthita. Quem não compreende os cinco
agregados é que se ocupa com as questões não declaradas.
Ananda Sutta (SN XLIV.10) – Ananda. Um diálogo com o errante Vacchagotta sobre a
existência do eu.

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32
5] Maha Vagga
(samyuttas XLV-LVI)
O Maha Vagga contém 1.197 suttas dos quais 314 foram traduzidos para o Português

XLV. Magga-samyutta – O Nobre Caminho Óctuplo.


Este samyutta contém 180 suttas dos quais 45 foram traduzidos para o Português.

XLV. Magga-samyutta – O Nobre Caminho Óctuplo


O Nobre Caminho Óctuplo foi revelado pelo Buda já no seu primeiro discurso, que colocou em
movimento a roda do Dhamma, e é com freqüência mencionado ao longo dos demais suttas. O caminho
óctuplo engloba os três treinamentos na virtude, concentração e sabedoria; esse caminho guia as ações
praticadas com a mente, linguagem e corpo; e transforma a conduta, pensamento e idéias de uma pessoa
comum na conduta, pensamento e idéias de uma pessoa nobre. O caminho óctuplo foi descrito pelo Buda
como nobre, ariya, e num sentido amplo essa qualificação significa que é um caminho a ser praticado pelos
nobres e por aqueles que aspiram a alcançar esse estado de nobreza espiritual interior. A partir do sutta SN
XLV.97 há uma série de suttas que serão repetidos, com os respectivos ajustes, nos demais samyuttas deste
Vagga.

Avijja Sutta (SN XLV.1) - Ignorância. O Buda explica que a ignorância é a causa do
entendimento incorreto, intenção incorreta, linguagem incorreta, etc., enquanto que a clara
compreensão dá origem ao entendimento correto e todos os fatores do caminho óctuplo.
Upaddha Sutta (SN XLV.2) – Metade (da Vida Santa). Neste conhecido sutta o Buda corrige
o ven. Ananda, indicando que ter “pessoas admiráveis” como amigos não é a metade mas
toda a vida santa.
Kimatthiya Sutta (SN.XLV.5) - Qual o Propósito? Qual o propósito da vida santa e qual o
caminho para a sua plena realização?
Aññatarabhikkhu Sutta (SN.XLV.7) - Um Certo Bhikkhu. Um bhikkhu pergunta sobre
Nibbana e o caminho para Nibbana.
Magga-vibhanga Sutta (SN XLV.8) – Uma Análise do Caminho. Um sumário do Nobre
Caminho Óctuplo.
Nandiya Sutta (SN.XLV.10) – Nandiya. Um errante pergunta sobre o caminho para
Nibbana.
Pathamavihara Sutta (SN XLV.11) – Permanência. O Buda permanece em retiro por uma
quinzena e relata a sua experiência.
Pathama-uppada Sutta (SN.XLV.14) – Surgimento. O nobre caminho óctuplo apenas surge
com um Tathagata no mundo.
Kukkutarama Sutta (SN.XLV.19) - O Parque do Galo. O que é a vida santa e qual o seu
objetivo?
Akusaladhamma Sutta (SN.XLV.22) - Estados Ruins e Prejudiciais. Quais são os estados
prejudiciais e os benéficos?
Pathama-asappurisa Sutta (SN.XLV.25) - A Pessoa Inferior. O que faz uma pessoa ser
inferior?
Kumbha Sutta (SN.XLV.27) - O Pote. Um suporte para a mente.
Samadhi Sutta (SN.XLV.28) – Concentração. A nobre concentração com os seus suportes e
requisitos.
Vedana Sutta (SN.XLV.29) – Sensação. A completa compreensão das sensações.
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Uttiya Sutta (SN.XLV.30) – Uttiya. Os cinco elementos do prazer sensual.
Brahmacariya Sutta (SN.XLV.39) - A Vida Santa. Qual o propósito da vida santa.
Ragaviraga Sutta (SN.XLV.41) - O Desaparecimento da Cobiça. O caminho para o
desaparecimento da cobiça.
Samyojanappahanadi Sutta (SN.XLV.42-48) - O Abandono dos Grilhões, etc. O caminho
para Nibbana.
Kalyanamitta Sutta (SN.XLV.84) - Amizade Admirável. O bom amigo e o nobre caminho
óctuplo.
Silasampadadi Sutta (SN.XLV.85-90) - Consumação em Virtude, etc. A consumação da
virtude, etc. e o nobre caminho óctuplo.
Chatthapacinaninna Sutta (SN XLV.97) - Declivando para o Oceano. O Nobre Caminho
Óctuplo tem Nibbana como direção.
Kumbha Sutta (SN XLV.153) - O Pote. Quem desenvolve e cultiva o Nobre Caminho
Óctuplo abandona todos os estados ruins e prejudiciais.
Esana Sutta (SN XLV.161) – Buscas. Os três tipos de buscas.
Asava Sutta (SN XLV.163) – Impurezas. Os três tipos de impurezas.
Bhava Sutta (SN XLV.164) - Ser/Existir. Os três tipos de existências.
Dukkhata Sutta (SN XLV.165) – Sofrimento. Os três tipos de sofrimento.
Ogha Sutta (SN XLV.171) – Torrentes. Muitos discursos falam sobre “cruzar a torrente.”
Este discurso relaciona as torrentes que devem ser cruzadas e como isso deve ser feito.
Upadana Sutta (SN XLV.173) – Apego. Os quatro tipos de apego.
Anusaya Sutta (SN XLV.175) - Tendências Subjacentes. As sete tendências subjacentes.
Kamaguna Sutta (SN XLV.176) - Elementos do Prazer Sensual. Os cinco elementos do
prazer sensual.
Nivarana Sutta (SN XLV.177) – Obstáculos. Os cinco obstáculos.
Upadanakkhandha Sutta (SN XLV.178) - Agregados Influenciados pelo Apego. Os cinco
agregados influenciados pelo apego.
Orambhagiya Sutta (SN XLV.179) - Primeiros Grilhões. Os cinco primeiros grilhões.
Uddhambhagiya Sutta (SN XLV.180) - Grilhões Superiores. Os cinco grilhões superiores.

XLVI. Bojjhanga-samyutta - Os Sete Fatores da Iluminação.


Este samyutta contém 184 suttas dos quais 47 foram traduzidos para o Português.

XLVI. Bojjhanga-samyutta – Os Sete Fatores da Iluminação

A palavra bojjhanga é um composto de bodhi, iluminação, e anga, membro ou fator. Os comentários


interpretam essa palavra através de uma analogia com jhananga, os fatores de jhana, considerando-os como
os fatores constitutivos da iluminação. No Abhidhamma Pitaka essa interpretação é tão proeminente que nos
textos que empregam o método estrito do Abhidhamma, (em oposição àqueles que fazem uso do método dos
Suttas), os bojjhangas são atribuídos apenas aos estados de consciência supramundanos, aqueles que
pertencem aos caminhos supramundanos, não aos estados de consciência mundanos benéficos ou saudáveis.
No bojjhanga-samyutta, no entanto, os fatores da iluminação recebem essa denominação porque conduzem à
iluminação, ou seja são um conjunto de fatores mentais que funcionam como causas e condições para
alcançar a iluminação. Os fatores da iluminação surgem como parte da prática dos três últimos fatores do
Nobre Caminho Óctuplo, guiados pelo Entendimento Correto; mas eles representam este segmento do
caminho num grau mais refinado de detalhe, reconhecendo as qualidades contrastantes que precisam ser

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mantidas num delicado equilíbrio para que o caminho produza os seus frutos. Primeiro o iogue aplica a
atenção plena ao objeto da meditação, em geral tomando por base os quatro fundamentos da atenção plena:
esse é o fator da iluminação da atenção plena. À medida que a atenção plena se estabiliza, ele passa a discernir
as características do objeto com mais clareza, podendo assim distinguir entre os estados mentais benéficos e
prejudiciais que surgem no processo de meditação: o fator da iluminação da investigação dos fenômenos. Isso
estimula o esforço: o fator da iluminação da energia. Da energia aplicada ao trabalho de purificação surge a
alegria e esta se intensifica: o fator da iluminação do êxtase. Com o refinamento do êxtase, o corpo e a mente
se acalmam: o fator da iluminação da tranqüilidade. A mente tranqüila atinge a unicidade com facilidade: o
fator da iluminação da concentração. O iogue observa com equanimidade a mente concentrada: o fator da
iluminação da equanimidade. E cada fator que surge não desaparece, mas permanece presente como
associado, (embora o êxtase desapareça à medida que a concentração se aprofunde). Assim, num estágio
maduro do desenvolvimento dos fatores da iluminação, todos os sete fatores estarão presentes
simultaneamente, cada um com a sua contribuição distinta. Os fatores da iluminação são classificados em
dois grupos: estimulação e contenção. A estimulação surge primeiro: investigação dos estados, energia e
êxtase. A contenção surge depois: tranqüilidade, concentração e equanimidade. Os fatores de estimulação
devem ser cultivados quando a mente estiver frouxa. Os fatores de contenção devem ser cultivados quando a
mente estiver excitada. A atenção plena não faz parte de nenhuma das duas categorias pois é proveitosa em
todas as situações, especialmente para assegurar que os fatores de estimulação e contenção estejam em
equilíbrio. A série de repetição de suttas ocorre a partir do SN XLVI.82.

Himavanta Sutta (SN XLVI.1) – O Himalaia (Sobre os Fatores para a Iluminação) Um


resumo dos sete Fatores para a Iluminação.
Kaya Sutta (SN XLVI.2) - O Corpo. O alimento para os obstáculos e o alimento para os
fatores da iluminação.
Sila Sutta (SN XLVI.3) – Virtude. A seqüência no desenvolvimento dos fatores da
iluminação.
Vattha Sutta (SN XLVI.4) – Roupas. Mesmo os arahants empregam os sete fatores da
iluminação.
Bhikkhu Sutta (SN XLVI.5) - Um Bhikkhu. Os fatores da iluminação são assim chamados
exatamente porque conduzem à iluminação.
Kundaliya Sutta (SN XLVI.6) – Kundaliya. Como desenvolver os sete fatores da iluminação
para realizar o verdadeiro conhecimento e libertação.
Uppanna Sutta (SN XLVI.9) – Surgimento. O surgimento dos fatores da iluminação
dependem do surgimento de um Tathagata.
Pana Sutta (SN XLVI.11) - Seres Vivos. O estabelecimento da virtude é o ponto de partida
para o desenvolvimento dos sete fatores da iluminação.
Suriyupama Sutta (SN XLVI.13) - O Símile do Sol. A atenção com sabedoria como elemento
crucial para os fatores da iluminação.
Gilana Sutta (SN XLVI.14) - Enfermo. O Buda orienta o Ven. Maha Kassapa, que está
gravemente enfermo, sobre os Sete Fatores para a Iluminação.
Gilana Sutta (SN XLVI.16) - Enfermo. O Ven. Maha Cunda, discursa os sete Fatores para a
Iluminação para o Buda que se encontra enfermo.
Bodhaya Sutta (SN XLVI.21) - Para a Iluminação. Os fatores da iluminação são assim
chamados exatamente porque conduzem à iluminação.
Thaniya Sutta (SN XLVI.23) - Uma base. O papel da atenção em relação aos obstáculos e os
fatores da iluminação.
Ayonisomanasikara Sutta (SN XLVI.24) - Atenção sem Sabedoria. As conseqüências da
atenção sem sabedoria.

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Tanhakkhaya Sutta (SN XLVI.26) - A Destruição do Desejo. A dimensão supramundana
dos fatores da iluminação.
Nibbedhabhagiya Sutta (SN XLVI.28) - A Qualidade da Penetração. Penetrar a massa da
cobiça, raiva e delusão através dos sete fatores da iluminação.
Ekadhamma Sutta (SN XLVI.29) - Uma Coisa. O abandono dos grilhões.
Udayi Sutta (SN XLVI.30) – Udayi. O nobre discípulo que penetrou o Dhamma possuí os
sete fatores da iluminação.
Kusala Sutta (SN XLVI.31) – Benéfico. A diligência como condição para os sete fatores da
iluminação.
Kusala (Dutiya) Sutta (SN XLVI.32) - Benéfico (2). O papel da atenção com sabedoria.
Upakkilesa Sutta (SN XLVI.33) – Corrupções. As cinco corrupções da mente.
Yonisomanasikara Sutta (SN XLVI.35) - Atenção com Sabedoria. O papel da atenção com
sabedoria.
Nivarana Sutta (SN XLVI.37) – Obstáculos. Os obstáculos e os fatores da iluminação.
Rukkha Sutta (SN XLVI.39) – Árvores. Um símile para ilustrar os obstáculos e os fatores da
iluminação.
Nivarana Sutta (SN XLVI.40) – Obstáculos. Os obstáculos e os fatores da iluminação.
Cakkavatti Sutta (SN XLVI.42) - O Monarca que Gira a Roda. A comparação do governante
ideal com os fatores da iluminação.
Adicca Sutta (SN XLVI.48) - O Sol. Os bons amigos como elemento crucial para os sete
fatores da iluminação.
Ajjhattikanga Sutta (SN XLVI.49) - Fator Interno. Qual o principal fator interno para o
surgimento dos fatores da iluminação.
Bahiranga Sutta (SN XLVI.50) - Fator Externo. Qual o principal fator externo para o
surgimento dos fatores da iluminação.
Ahara Sutta (SN XLVI.51) – Alimento (para os Fatores para a Iluminação) O Buda descreve
como podemos “alimentar” ou “esfomear” as tendências benéficas e prejudiciais na mente
de acordo com a forma como apliquemos nossa atenção.
Aggi Sutta (SN XLVI.53) – Fogo. A atenção plena é útil em todas as situações.
Mettasahagata Sutta (SN XLVI.54) - Acompanhado pelo Amor Bondade. Os fatores da
iluminação e os brahmaviharas.
Abhaya Sutta (SN XLVI.56) – Abhaya. Os fatores da iluminação promovem o conhecimento
e visão.
Chatthapacinaninna Sutta (SN XLVI.82) - Declivando para o Oceano. Os sete fatores da
iluminação têm Nibbana como direção.
Kumbha Sutta (SN XLVI.103) - O Pote. Quem desenvolve e cultiva os sete fatores da
iluminação abandona todos os estados ruins e prejudiciais.
Esana Sutta (SN XLVI.111) – Buscas. Os três tipos de buscas
Asava Sutta (SN XLVI.113) – Impurezas. Os três tipos de impurezas.
Bhava Sutta (SN XLVI.114) - Ser/Existir. Os três tipos de existências.
Dukkhata Sutta (SN XLVI.115) – Sofrimento. Os três tipos de sofrimento.
Ogha Sutta (SN XLVI.121) – Torrentes. As quatro torrentes.
Upadana Sutta (SN XLVI.123) – Apego. Os quatro tipos de apego.
Anusaya Sutta (SN XLVI.125) - Tendências Subjacentes. As sete tendências subjacentes
Kamaguna Sutta (SN XLVI.126) - Elementos do Prazer Sensual. Os cinco elementos do
prazer sensual.
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Nivarana Sutta (SN XLVI.127) – Obstáculos. Os cinco obstáculos.
Upadanakkhandha Sutta (SN XLVI.128) - Agregados Influenciados pelo Apego. Os cinco
agregados influenciados pelo apego.
Orambhagiya Sutta (SN XLVI.129) - Primeiros Grilhões. Os cinco primeiros grilhões.
Uddhambhagiya Sutta (SN XLVI.130) - Grilhões Superiores. Os cinco grilhões superiores.

XLVII. Satipatthana-samyutta – Os Fundamentos da Atenção Plena.


Este samyutta contém 104 suttas dos quais 42 foram traduzidos para o Português.

XLVII. Satipatthana-samyutta – Os Fundamentos da Atenção Plena


Nos suttas do Satipatthana-samyutta não se encontra uma explicação detalhada da prática dos
quatro fundamentos da atenção plena. Essa explicação é apresentada nos dois Satipatthana Suttas
encontrados no Majjhima Nikaya (MN 10) e no Digha Nikaya (DN 22). No entanto, a importância dos
fundamentos da atenção plena é enfatizada também no satipatthana-samyutta onde eles são descritos como
ekayana magga, ou o caminho direto para a purificação dos seres, a libertação do sofrimento e a realização de
Nibbana, (veja também o MN 10.2). O Buda recomenda a prática dos quatro satipatthana para os noviços,
discípulos em treinamento, (sekha), e até mesmo para os arahants. Os quatro satipatthana são descritos como
o domínio ou território de um bhikkhu. E a sua importância é enfatizada ainda mais através da longevidade
da revelação do Buda vinculada à prática dos quatro satipatthana. O núcleo da prática de satipatthana
encontra-se na aplicação de sati, ou atenção plena, à experiência imediata em seus aspectos objetivos e
subjetivos. O exercício de sati possui um caráter reflexivo: o corpo deve ser contemplado como um corpo, as
sensações como sensações, a mente como mente, os objetos mentais como objetos mentais, significando que os
exercícios de contemplação devem isolar cada um dos elementos dos demais e ocupar-se com aquele elemento
em si mesmo. Isso significa que o elemento em questão deve ser desnudado das várias camadas de proliferação
mental, que em geral confundem a nossa percepção e impedem que vejamos as verdadeiras características dos
fenômenos. Por exemplo, ao observar a respiração, o meditador deve apenas enxergar um corpo respirando,
não uma pessoa ou um ‘eu’ que respira; as sensações são apenas sensações e não um episódio a mais numa
longa biografia; a mente como mente unicamente, e não como cenas num drama pessoal; os objetos mentais
como objetos mentais tão somente, e não como realizações ou defeitos pessoais. Os suttas deixam claro que
sati não atua só, mas em combinação com outros elementos: atapi ou ardência, que implica energia;
sampajano ou plena consciência, que implica sabedoria incipiente. A série de repetição de suttas ocorre a
partir do SN XLVII.56.
Ambapali Sutta (SN XLVII.1) – Ambapali. Satipatthana como o caminho direto para
Nibbana.
Sati Sutta (SN XLVII.2) - Atenção Plena. O significado de plena consciência.
Bhikkhu Sutta (SN XLVII.3) – Bhikkhu. A virtude e o entendimento correto como pré-
requisitos para a prática da atenção plena.
Sala Sutta (SN XLVII.4) - Sala. A presença da concentração na prática da atenção plena.
Akusalarasi Sutta (SN XLVII.5) - Um Montão Daquilo que é Benéfico. A prática da atenção
plena contraposta aos obstáculos.
Sakunagghi Sutta (SN XLVII.6) – O Falcão. O Buda emprega um belo símile – um falcão
capturando uma codorna fora do território ao qual ela está acostumada – para revelar a
necessidade de manter a mente no seu território adequado: os quatro fundamentos da
atenção plena.
Makkata Sutta (SN XLVII.7) – O Macaco. O Buda recomenda manter a mente no seu
território adequado – os quatro fundamentos da atenção plena – para prevenir que ela seja
capturada, tal como o macaco na armadilha.

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Suda Sutta (SN XLVII.8) – O Cozinheiro. A meditação é igual a cozinhar? O Buda explica.
Gilana Sutta (SN XLVII.9) – Enfermo. O Buda exorta os bhikkhus a fazerem uma ilha de si
mesmos e do Dhamma.
Bhikkhunupassaya Sutta (SN XLVII.10) - Moradia das Bhikkhunis. A integração da prática
da atenção plena com a concentração.
Nalanda Sutta (SN XLVII.12) – Nalanda. O caminho de prática adotado por todos os Budas
em todas as épocas.
Cunda Sutta (SN XLVII.13) – Acerca de Cunda (Morte de Sariputta). Um relato
emocionante da tristeza do Ven. Ananda pela morte do Ven. Sariputta e de como o Buda o
consolou com o Dhamma: faça do Dhamma a sua ilha, o seu verdadeiro refúgio!
Ukkacela Sutta (SN XLVII.14) - Em Ukkacela. A reação do Buda com relação à morte do
Ven. Sariputta.
Bahiya Sutta (SN XLVII.15) – Bahiya. A virtude e o entendimento correto como pré-
requisitos para a prática da atenção plena.
Brahma Sutta (SN XLVII.18) – Brahma. Pouco tempo depois da iluminação o Buda reflete
sobre a importância dos fundamentos da atenção plena.
Sedaka Sutta (SN XLVII.19) - Em Sedaka (1: O Acrobata). A meditação é uma atividade
egoísta? Usando um belo símile de dois acrobatas, o Buda esclarece essa questão
definitivamente.
Sedaka Sutta (SN XLVII.20) - Em Sedaka (2: A Rainha de Beleza). Que tão firme é a sua
concentração? Tente este teste sugerido pelo Buda: você é capaz de manter uma tigela cheia
de óleo sobre a cabeça enquanto a sua atriz favorita está cantando e dançando à sua frente?
Ciratthiti Sutta (SN XLVII.22) – Duração. O que faz com que o Dhamma perdure.
Parihana Sutta (SN XLVII.23) – Declínio. Como ocorre o declínio do Dhamma.
Aññatarabrahmana Sutta (SN XLVII.25) - Um Certo Brâmane. O que faz com que o
Dhamma perdure.
Padesa Sutta (SN XLVII.26) – Parcialmente. O que é um treinando?
Samatta Sutta (SN XLVII.27) – Completamente. Quem está além do treinamento.
Sati Sutta (SN XLVII.35) - Atenção Plena. A atenção plena e a plena consciência.
Pariññata Sutta (SN XLVII.38) - Completa Compreensão. A completa compreensão dos
fundamentos da atenção plena.
Satipatthana-vibhanga Sutta (SN XLVII.40) – Análise dos Quatro Fundamentos da Atenção
Plena. Um resumo dos quatro fundamentos da atenção plena e como eles devem ser
desenvolvidos.
Samudaya Sutta (SN XLVII.42) – Origem. As bases objetivas dos fundamentos da atenção
plena.
Magga Sutta (SN XLVII.43) - O Caminho. O Buda relata a sua reflexão pouco depois da
iluminação.
Mitta Sutta (SN XLVII.48) – Amigos. Compartir com os amigos os fundamentos da atenção
plena.
Chatthapacinaninna Sutta (SN XLVII.56) - Declivando para o Oceano. Os sete fatores da
iluminação têm Nibbana como direção.
Kumbha Sutta (SN XLVII.77) - O Pote. Quem desenvolve e cultiva os sete fatores da
iluminação abandona todos os estados ruins e prejudiciais.
Esana Sutta (SN XLVII.85) – Buscas. Os três tipos de buscas
Asava Sutta (SN XLVII.87) – Impurezas. Os três tipos de impurezas.

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Bhava Sutta (SN XLVII.88) - Ser/Existir. Os três tipos de existências.
Dukkhata Sutta (SN XLVII.89) – Sofrimento. Os três tipos de sofrimento.
Ogha Sutta (SN XLVII.91) – Torrentes. As quatro torrentes.
Upadana Sutta (SN XLVII.97) – Apego. Os quatro tipos de apego.
Anusaya Sutta (SN XLVII.99) - Tendências Subjacentes. As sete tendências subjacentes
Kamaguna Sutta (SN XLVII.100) - Elementos do Prazer Sensual. Os cinco elementos do
prazer sensual.
Nivarana Sutta (SN XLVII.101) – Obstáculos. Os cinco obstáculos.
Upadanakkhandha Sutta (SN XLVII.102) - Agregados Influenciados pelo Apego. Os cinco
agregados influenciados pelo apego.
Orambhagiya Sutta (SN XLVII.103) - Primeiros Grilhões. Os cinco primeiros grilhões.
Uddhambhagiya Sutta (SN XLVII.104) - Grilhões Superiores. Os cinco grilhões superiores.

XLVIII. Indriya-samyutta – As Cinco Faculdades.


Este samyutta contém 178 suttas dos quais 45 foram traduzidos para o Português.

XLVIII. Indriya-samyutta – As Cinco Faculdades


Ao contrário dos dois samyuttas anteriores, o Indriya-samyutta apresenta um conteúdo heterogêneo.
Ele trata não só das cinco faculdades espirituais, que formam um dos conjuntos que fazem parte das “Asas do
Despertar”, (bodhi-pakkhiya-dhamma), mas também de uma série de outros itens unidos sob a rubrica de
indriya. No Abhidhamma são identificadas um total de vinte e duas faculdades divididas em cinco grupos:
1) cinco faculdades espirituais
2) seis faculdades sensuais
3) seis faculdades emocionais
4) três faculdades relacionadas ao conhecimento supremo
5) ua tríade composta da faculdade feminina, masculina e da faculdade vital.
Todas essas faculdades que são tratadas, ainda que de modo breve neste samyutta, se denominam
indriya no sentido de exercer o domínio numa esfera particular de atividade ou experiência, tal qual Indra,
(de onde o nome foi derivado), exerce o domínio sobre os devas.
Vale a pena também mencionar que entre as faculdades espirituais há uma relação que não é
mencionada nos suttas mas é discutida nos comentários. Trata-se do seu arranjo em pares mutuamente
complementares. A fé faz par com a sabedoria, assegurando que os aspectos emocionais e intelectuais da vida
espiritual sejam mantidos em equilíbrio; a energia faz par com a concentração, assegurando que a ativação e a
contenção no desenvolvimento mental sejam equilibradas. A atenção plena desenvolve o papel de supervisora
das demais, mantendo-as unidas numa tensão mútua enriquecedora. A série de repetição de suttas ocorre a
partir do SN XLVIII.76.
Ao invés de “faculdades espirituais” o renomado mestre Birmanês Ledi Saydaw interpreta indriya
como sendo as “Cinco faculdades controladoras ou governadoras” pois elas representam o controle ou
governo que alguém possui sobre a sua mente.

Sotapanna Sutta (SN XLVIII.3) - Entrou na Correnteza. Aquele que entrou na correnteza e
as cinco faculdades.
Datthabba Sutta (SN XLVIII.8) - Para ser Visto. Como desenvolver as cinco faculdades.
Indriya-vibhanga Sutta (SN XLVIII.10) – Análise das Faculdades Mentais. Um resumo das
cinco faculdades mentais: convicção, energia, atenção plena, concentração, sabedoria.
Patilabha Sutta (SN XLVIII.11) – Obtenção. O domínio das cinco faculdades.

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Samkhitta (Pathama) Sutta (SN XLVIII.12) - Em Resumo (1). A relativa intensidade das
faculdades determina o grau dentre os nobres discípulos.
Samkhitta (Dutiya) Sutta (SN XLVIII.13) - Em Resumo (2). A relativa intensidade das
faculdades determina o grau dentre os nobres discípulos.
Samkhitta (Tatiya) Sutta (SN XLVIII.14) - Em Resumo (3). A relativa intensidade das
faculdades determina o grau dentre os nobres discípulos.
Vitthara Sutta (SN XLVIII.15) - Em Detalhe. A relativa intensidade das faculdades
determina o grau dentre os nobres discípulos.
Patipanna Sutta (SN XLVIII.18) – Praticando. A relativa intensidade das faculdades
determina o grau dentre os nobres discípulos.
Jivitindriya Sutta (SN XLVIII.22) - A Faculdade Vital. Três outros tipos de faculdades.
Aññindriya Sutta (SN XLVIII.23) - A Faculdade do Conhecimento Supremo. Três tipos de
conhecimento.
Suddhaka Sutta (SN XLVIII.25) - Versão Simples. As faculdades dos sentidos.
Suddhika Sutta (SN XLVIII.31) - Versão Simples. As faculdades emocionais.
Vibhanga Sutta (SN XLVIII.36) – Análise. A análise das faculdades emocionais.
Uppatipatika Sutta (SN XLVIII.40) - Ordem Irregular. A origem e a cessação da faculdade
da dor, prazer, etc.
Jara Sutta (SN XLVIII.41) – Velhice. O Buda, agora um homem envelhecido, fala sobre a
velhice.
Unnabhabrahmana Sutta (SN XLVIII.42) - O Brâmane Unnabha. O domínio das cinco
faculdades dos sentidos.
Saketa Sutta (SN XLVIII.43) – Saketa. A relação entre as cinco faculdades e os cinco poderes
Pubbakotthaka Sutta (SN XLVIII.44) – O Portão do Oriente. O Buda e o Ven. Sariputta
discutem a convicção e se ela está presente naqueles que viram o Imortal. Eles coincidem
que até que a pessoa experimente o Imortal por ela mesma, ela somente poderá aceitar a
sua existência com base na fé.
Pubbarama (Pathama) Sutta (SN XLVIII.45) - O Parque do Oriente (1). As cinco faculdades
e a destruição das impurezas.
Pubbarama (Dutiya) Sutta (SN XLVIII.46) - O Parque do Oriente (2). As cinco faculdades e a
destruição das impurezas.
Pubbarama (Tatiya) Sutta (SN XLVIII.47) - O Parque do Oriente (3). As cinco faculdades e a
destruição das impurezas.
Pubbarama (Catuttha) Sutta (SN XLVIII.48) - O Parque do Oriente (4). As cinco faculdades
e a destruição das impurezas.
Apana Sutta (SN XLVIII.50) - Em Apana. O Venerável Sariputta explica que as faculdades
se desenvolvem numa progressão.
Sala Sutta (SN XLVIII.51) – Sala. Um símile que ilustra a importância da faculdade da
sabedoria.
Mallika Sutta (SN XLVIII.52) – Mallika. Um símile que ilustra a importância da faculdade
da sabedoria.
Sekha Sutta (SN XLVIII.53) - Um Treinando. A diferença entre um sekha e um arahant.
Pada Sutta (SN XLVIII.54) – Pegadas. Um símile que ilustra a importância da faculdade da
sabedoria.
Sara Sutta (SN XLVIII.55) - Cerne. Um símile que ilustra a importância da faculdade da
sabedoria.

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Patitthita Sutta (SN XLVIII.56) – Estabelecido. A diligência e as cinco faculdades.
Uppada Sutta (SN XLVIII.59) – Surgimento. As cinco faculdades e o surgimento de um
Buda.
Chatthapacinaninna Sutta (SN XLVIII.76) - Declivando para o Oceano. As cinco faculdades
têm Nibbana como direção.
Kumbha Sutta (SN XLVIII.97) - O Pote. Quem desenvolve e cultiva as cinco faculdades
abandona todos os estados ruins e prejudiciais.
Esana Sutta (SN XLVIII.105) – Buscas. Os três tipos de buscas
Asava Sutta (SN XLVIII.107) – Impurezas. Os três tipos de impurezas.
Bhava Sutta (SN XLVIII.108) - Ser/Existir. Os três tipos de existências.
Dukkhata Sutta (SN XLVIII.109) – Sofrimento. Os três tipos de sofrimento.
Ogha Sutta (SN XLVIII.111) – Torrentes. As quatro torrentes.
Upadana Sutta (SN XLVIII.117) – Apego. Os quatro tipos de apego.
Anusaya Sutta (SN XLVIII.119) - Tendências Subjacentes. As sete tendências subjacentes
Kamaguna Sutta (SN XLVIII.120) - Elementos do Prazer Sensual. Os cinco elementos do
prazer sensual.
Nivarana Sutta (SN XLVIII.121) – Obstáculos. Os cinco obstáculos.
Upadanakkhandha Sutta (SN XLVIII.122) - Agregados Influenciados pelo Apego. Os cinco
agregados influenciados pelo apego.
Orambhagiya Sutta (SN XLVIII.123) - Primeiros Grilhões. Os cinco primeiros grilhões.
Uddhambhagiya Sutta (SN XLVIII.124) - Grilhões Superiores. Os cinco grilhões superiores.

XLIX. Sammappadhana-samyutta – Os Quatro Esforços Corretos.


Este samyutta contém 54 suttas dos quais 14 foram traduzidos para o Português.

XLIX. Sammappadhana-samyutta – Os Cinco Esforços Corretos.


Chatthapacinaninna Sutta (SN XLIX.6) - Declivando para o Oceano. Os quatro esforços
corretos têm Nibbana como direção.
Kumbha Sutta (SN XLIX.27) - O Pote. Quem desenvolve e cultiva os quatro esforços
corretos abandona todos os estados ruins e prejudiciais.
Esana Sutta (SN XLIX.35) – Buscas. Os três tipos de buscas
Asava Sutta (SN XLIX.37) – Impurezas. Os três tipos de impurezas.
Bhava Sutta (SN XLIX.38) - Ser/Existir. Os três tipos de existências.
Dukkhata Sutta (SN XLIX.39) – Sofrimento. Os três tipos de sofrimento.
Ogha Sutta (SN XLIX.41) – Torrentes. As quatro torrentes.
Upadana Sutta (SN XLIX.47) – Apego. Os quatro tipos de apego.
Anusaya Sutta (SN XLIX.49) - Tendências Subjacentes. As sete tendências subjacentes
Kamaguna Sutta (SN XLIX.50) - Elementos do Prazer Sensual. Os cinco elementos do
prazer sensual.
Nivarana Sutta (SN XLIX.51) – Obstáculos. Os cinco obstáculos.
Upadanakkhandha Sutta (SN XLIX.52) - Agregados Influenciados pelo Apego. Os cinco
agregados influenciados pelo apego.
Orambhagiya Sutta (SN XLIX.53) - Primeiros Grilhões. Os cinco primeiros grilhões.
Uddhambhagiya Sutta (SN XLIX.54) - Grilhões Superiores. Os cinco grilhões superiores.

41
L. Bala-samyutta – Os Cinco Poderes.
Este samyutta contém 108 suttas dos quais 14 foram traduzidos para o Português.

L. Bala-samyutta – Os Cinco Poderes.


Estes samyuttas contêm apenas a série de repetição de suttas encontrados nos outros samyuttas do
Maha Vagga com os ajustes correspondentes. O renomado mestre Birmanês Ledi Saydaw explica que os
“cinco poderes” são assim chamados porque eles “subjugam os estados mentais opostos.” Os comentários
observam que os cinco poderes são assim chamados porque eles são poderosos no sentido de não serem
abalados pelos estados opostos.

Chatthapacinaninna Sutta (SN L.6) - Declivando para o Oceano. Os cinco poderes têm
Nibbana como direção.
Kumbha Sutta (SN L.27) - O Pote. Quem desenvolve e cultiva os cinco poderes abandona
todos os estados ruins e prejudiciais.
Esana Sutta (SN L.35) – Buscas. Os três tipos de buscas
Asava Sutta (SN L.37) – Impurezas. Os três tipos de impurezas.
Bhava Sutta (SN L.38) - Ser/Existir. Os três tipos de existências.
Dukkhata Sutta (SN L.39) – Sofrimento. Os três tipos de sofrimento.
Ogha Sutta (SN L.41) – Torrentes. As quatro torrentes.
Upadana Sutta (SN L.47) – Apego. Os quatro tipos de apego.
Anusaya Sutta (SN L.49) - Tendências Subjacentes. As sete tendências subjacentes
Kamaguna Sutta (SN L.50) - Elementos do Prazer Sensual. Os cinco elementos do prazer
sensual.
Nivarana Sutta (SN L.51) – Obstáculos. Os cinco obstáculos.
Upadanakkhandha Sutta (SN L.52) - Agregados Influenciados pelo Apego. Os cinco
agregados influenciados pelo apego.
Orambhagiya Sutta (SN L.53) - Primeiros Grilhões. Os cinco primeiros grilhões.
Uddhambhagiya Sutta (SN L.54) - Grilhões Superiores. Os cinco grilhões superiores.

LI. Iddhipada-samyutta – As Quatro Bases do Poder Espiritual.


Este samyutta contém 86 suttas dos quais 25 foram traduzidos para o Português.

LI. Iddhipada-samyutta – As Quatro Bases do Poder Espiritual


O termo iddhipada, interpretado como “base do poder espiritual,” é um composto de iddhi e pada.
Iddhi originalmente significava sucesso, desenvolvimento ou prosperidade, mas desde o princípio da tradição
iogue na Índia a palavra passou a significar um tipo especial de sucesso obtido através da meditação, isto é, a
habilidade de realizar façanhas fantásticas que desafiam a ordem normal dos eventos. Essas façanhas, na
espiritualidade Hindu, não devem ser consideradas como milagres que provam a estatura divina da pessoa
que os realiza. Elas são, ao invés disso, compreendidas como uma extensão natural da causalidade, e se
tornam acessíveis ao meditador através das habilidades na concentração, (samadhi). A mente treinada na
concentração é capaz de discernir interconexões sutis entre os fluxos de energia mental e material invisíveis à
consciência sensorial comum. Essa percepção permite que o iogue habilidoso tenha acesso aos fluxos
profundos da causalidade natural usando-os para realizar façanhas que, para os não iniciados, parecem ser
místicas ou miraculosas.
Apesar do Budismo ser com freqüência retratado como um sistema ético racional e um caminho de
meditação ascética, os Nikayas estão repletos de textos nos quais o Buda é mostrado realizando atos supra-
humanos e elogiando os discípulos que se sobressaiam nessas habilidades. O que o Buda rejeitava não era a
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obtenção desses poderes em si, mas abuso do seu uso para fins irresponsáveis. Ele proibia aos monges e
monjas a demonstração desse poderes para impressionar os leigos e converter os céticos, e ele enfatizava que
esses poderes por si mesmos não eram prova de verdadeira sabedoria.

Apesar disso, o Buda incorporou os iddhis ao seu método de treinamento dentro de um esquema com
oito elementos encontrados com freqüência nos textos. O esquema é simplesmente chamado de “vários tipos
de poderes supra-humanos” e é freqüentemente mencionado neste samyutta.
Embora os quatro iddhipadas façam parte do conjunto de trinta e sete apoios ou “asas para a
iluminação”, eles possuem um sabor um tanto distinto dos demais. Enquanto os outros só são expostos
devido à sua contribuição para a iluminação e a realização de Nibbana, os iddhipadas podem ser usados para
alcançar tanto os fantásticos poderes supra-humanos como o poder espiritual supremo do estado de arahant.
Os quatro iddhipadas são definidos através de uma fórmula citada em quase todos os suttas desta
coleção. A fórmula pode ser analisada em três partes, duas delas comuns a todas as quatro bases, a terceira
diferenciando-as em quatro partes. As duas partes comuns são a concentração, (samadhi), e as “formações
volitivas para o esforço”, (padhanasankhara). Essas formações volitivas são definidas pela fórmula dos quatro
esforços corretos, (sammappadhana), de forma que os iddhipadas, o terceiro conjunto de apoios para a
iluminação, contêm implicitamente o segundo conjunto. Os componentes únicos de cada iddhipada são os
fatores que assumem a liderança na geração da concentração: desejo, (chanda), energia, (viriya), mente,
(citta), e investigação, (vimamsa). O comentário interpreta o desejo neste caso como “vontade de agir” e a
investigação como sabedoria. Para energia e mente não é proporcionada nenhuma definição especial, exceto os
sinônimos em geral usados para esses fatores. É de se supor que apesar de todas as quatro qualidades
coexistirem em cada estado de concentração, numa dada ocasião apenas uma das quatro irá assumir o papel
dominante de gerar a concentração e essa dará o nome ao iddhipada. É interessante observar que a fórmula
para o esforço correto, incluído na fórmula do iddhipada, conforme mencionado acima, menciona três fatores
que atuam como iddhipadas, isto é, desejo, energia e mente; e visto que o esforço correto pressupõe o
discernimento entre os estados benéficos e os prejudiciais, algum grau de investigação também estará
envolvido. Assim, é possível observar o caráter entrelaçado dos sete conjuntos de apoios ou “asas para a
iluminação”. A série de repetição de suttas ocorre a partir do SN LI.38.

Buddha Sutta (SN LI.8) – Buda. Foi desenvolvendo as quatro bases do poder espiritual que
o Buda se tornou um Perfeitamente Iluminado.
Cetiya Sutta (SN LI.10) - O Santuário. Quem desenvolve as quatro bases do poder espiritual
pode viver por muito tempo.
Pubba Sutta (SN LI.11) – Antes. O Buda descobriu as quatro bases do poder espiritual
quando ainda era um Bodisatva.
Chandasamadhi Sutta (SN LI.13) - Concentração devida ao Desejo. Uma análise das quatro
bases do poder espiritual.
Brahmana Sutta (SN LI.15) -- Para Unnabha o brâmane. O Ven. Ananda explica para
Unnabha que o caminho do Dhamma tem um objetivo claro – o abandono do desejo – que
somente pode ser alcançado pelo forte desejo de dar fim ao desejo.
Samanabrahmana Sutta (SN LI.17) - Contemplativos e Brâmanes. Como os contemplativos
e brâmanes do passado, presente e futuro obtêm os poderes supra-humanos.
Bhikkhu Sutta (SN LI.18) - Um Bhikkhu. Os poderes espirituais e a libertação.
Iddhadidesana Sutta (SN LI.19) - Um Ensinamento. Os poderes espirituais, as suas bases e o
caminho para o seu desenvolvimento.
Vibhanga Sutta (SN LI.20) – Análise. A análise das quatro bases do poder espiritual e os
seus frutos.
Ayogula Sutta (SN LI.22) - A Bola de Ferro. Como o Buda vai até os mundos de brahma.
Bhikkhu Sutta (SN LI.23) - Um Bhikkhu. Os poderes espirituais e a libertação

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Chatthapacinaninna Sutta (SN LI.38) - Declivando para o Oceano. As quatro bases do poder
espiritual têm Nibbana como direção.
Kumbha Sutta (SN LI.59) - O Pote. Quem desenvolve e cultiva as quatro bases do poder
espiritual abandona todos os estados ruins e prejudiciais.
Esana Sutta (SN LI.67) – Buscas. Os três tipos de buscas
Asava Sutta (SN LI.69) – Impurezas. Os três tipos de impurezas.
Bhava Sutta (SN LI.70) - Ser/Existir. Os três tipos de existências.
Dukkhata Sutta (SN LI.71) – Sofrimento. Os três tipos de sofrimento.
Ogha Sutta (SN LI.73) – Torrentes. As quatro torrentes.
Upadana Sutta (SN LI.79) – Apego. Os quatro tipos de apego.
Anusaya Sutta (SN LI.81) - Tendências Subjacentes. As sete tendências subjacentes
Kamaguna Sutta (SN LI.82) - Elementos do Prazer Sensual. Os cinco elementos do prazer
sensual.
Nivarana Sutta (SN LI.83) – Obstáculos. Os cinco obstáculos.
Upadanakkhandha Sutta (SN LI.84) - Agregados Influenciados pelo Apego. Os cinco
agregados influenciados pelo apego.
Orambhagiya Sutta (SN LI.85) - Primeiros Grilhões. Os cinco primeiros grilhões.
Uddhambhagiya Sutta (SN LI.86) - Grilhões Superiores. Os cinco grilhões superiores.

LII. Anuruddha-samyutta – Anuruddha.


Este samyutta contém 24 suttas dos quais 9 foram traduzidos para o Português.

LII. Anuruddha-samyutta – Anuruddha


Este samyutta apresenta o Venerável Anuruddha como um expoente dos quatro fundamentos da
atenção plena, que aparecem em todos os suttas neste capítulo. Este samyutta pode na sua origem ter sido
parte do Satipatthana-samyutta sendo mais tarde destacado dele. O Satipatthana-samyutta preserva três
suttas ditos por Anurudha (SN XLVII.26, XLVII.27 e XLVII.28) que estão em consonância com o caráter
dos suttas deste samyutta. Não existe uma explicação da razão destes suttas terem sido mantidos separados
daquela coleção.
Pathamarahogata Sutta (LII.1) – Só. A prática do insight.
Sutanu Sutta (SN LII.3) – Sutanu. A libertação como benefício dos fundamentos da atenção
plena.
Ambapalivana Sutta (LII.9) - O Bosque de Ambapali. Mesmo os arahants seguem
praticando os fundamentos da atenção plena.
Iddhividha Sutta (SN LII.12) – Os Poderes Supra-humanos. Os poderes supra-humanos e os
fundamentos da atenção plena.
Dibbasota Sutta (SN LII.13) - O Ouvido Divino. O ouvido divino e os fundamentos da
atenção plena.
Cetopariya Sutta (SN LII.14) - A Leitura da Mente. A leitura da mente e os fundamentos da
atenção plena.
Pubbenivesa Sutta (SN LII.22) - Vidas Passadas. A recordação de vidas passadas e os
fundamentos da atenção plena.
Dibbacakkhu Sutta (SN LII.23) - O Olho Divino. O olho divino e os fundamentos da atenção
plena.
Asavakkhaya Sutta (SN LII.24) - A Destruição das Impurezas. A destruição das impurezas e
os fundamentos da atenção plena.
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LIII. Jhana-samyutta – Jhana.
Este samyutta contém 54 suttas dos quais 14 foram traduzidos para o Português.

LIII. Jhana-samyutta – Jhana


Este samyutta contém apenas a fórmula tradicional para os quatro jhanas inserida na série de
repetições de suttas encontrados nos outros samyuttas.

Chatthapacinaninna Sutta (SN LIII.6) - Declivando para o Oceano. Os quatro jhanas têm
Nibbana como direção.
Kumbha Sutta (SN LIII.27) - O Pote. Quem desenvolve e cultiva os quatro jhanas abandona
todos os estados ruins e prejudiciais.
Esana Sutta (SN LIII.35) – Buscas. Os três tipos de buscas
Asava Sutta (SN LIII.37) – Impurezas. Os três tipos de impurezas.
Bhava Sutta (SN LIII.38) - Ser/Existir. Os três tipos de existências.
Dukkhata Sutta (SN LIII.39) – Sofrimento. Os três tipos de sofrimento.
Ogha Sutta (SN LIII.41) – Torrentes. As quatro torrentes.
Upadana Sutta (SN LIII.47) – Apego. Os quatro tipos de apego.
Anusaya Sutta (SN LIII.49) - Tendências Subjacentes. As sete tendências subjacentes
Kamaguna Sutta (SN LIII.50) - Elementos do Prazer Sensual. Os cinco elementos do prazer
sensual.
Nivarana Sutta (SN LIII.51) – Obstáculos. Os cinco obstáculos.
Upadanakkhandha Sutta (SN LIII.52) - Agregados Influenciados pelo Apego. Os cinco
agregados influenciados pelo apego.
Orambhagiya Sutta (SN LIII.53) - Primeiros Grilhões. Os cinco primeiros grilhões.
Uddhambhagiya Sutta (SN LIII.54) - Grilhões Superiores. Os cinco grilhões superiores.

LIV. Anapana-samyutta – Respiração.


Este samyutta contém 20 suttas dos quais 5 foram traduzidos para o Português.

LIV. Anapana-samyutta – Respiração


A atenção plena na respiração, (anapanasati), em geral é considerada como a prática de meditação
mais importante ensinada nos Nikayas. A exegese do cânone em Pali explica que foi essa meditação que o
Buda praticou na noite da sua iluminação, conduzindo-o aos jhanas e aos três conhecimentos verdadeiros. Ao
longo da sua carreira de ensino ele de tempos em tempos se isolava para praticar essa meditação, ele a
chamava de “Morada dos Tathagatas,” e com freqüência a recomendava tanto para os treinandos como para
os arahants. Para os treinandos essa meditação conduz à destruição das impurezas; para os arahants conduz
a uma permanência prazerosa aqui e agora e à atenção plena e plena consciência. Os primeiros seis suttas
deste samyutta são compostos apenas dos termos da atenção plena na respiração, o mesmo encontrado no
Anapanasati Sutta – MN 118. A partir do sétimo sutta, no entanto, há uma mudança importante e os suttas
passam a tratar da concentração através da atenção plena na respiração.

Padipopama Sutta (SN LIV.8) - O Símile da Lamparina. O Buda enumera os benefícios


advindos da concentração através da atenção plena na respiração.
Vesali Sutta (SN LIV.9) - Em Vesali. O cuidado na escolha do objeto de meditação.
Kimbila Sutta (SN LIV.10) – Kimbila. A correlação entre os fundamentos da atenção plena e
a atenção plena na respiração.

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Kankheyya Sutta (LIV.12) – Perplexidade. A permanência preferida do Tathagata é a
concentração através da atenção plena na respiração.
Ananda Sutta (SN LIV.13) – Ananda. A atenção plena na respiração é um método completo
de treino mental culminando com a completa libertação.

LV. Sotapatti-samyutta – Entrar na Correnteza.


Este samyutta contém 74 suttas dos quais 21 foram traduzidos para o Português.

LV. Sotapatti-samyutta – Entrar na Correnteza


Este samyutta trata do grupo específico de fatores que definem uma pessoa que entrou na correnteza,
(sotapanna). A correnteza, (sota), é o Nobre Caminho Óctuplo e o sotapanna é assim chamado porque ao
penetrar através do conhecimento direto a verdade do Dhamma, ele passa a possuir os oito fatores do
caminho.
As quatro qualidades que definem uma pessoa como um sotapanna são chamadas os quatro
sotapattiyanga, fatores do sotapanna. Esse termo em Pali é na verdade empregado com referência a duas
tétrades distintas. A tétrade mencionada mais freqüentemente é o conjunto de quatro qualidades possuídas
pelo sotapanna e nesse contexto elas são identificadas como “fatores do sotapanna”. Mas além dessa tétrade
encontramos uma outra mencionada com menos freqüência, que consiste das qualidades que precisam ser
realizadas para alcançar o estado de sotapanna ou os “fatores para sotapanna.”
Os quatro fatores do sotapanna são a convicção comprovada no Buda, Dhamma e Sangha e as
“virtudes apreciadas pelos nobres”. A convicção comprovada é a fé arraigada na validação pessoal da verdade
do Dhamma, também chamada de olho do Dhamma (SN XIII.1).
A outra tétrade consiste nos fatores para sotapanna, isto é, para realizar o estado de sotapanna. São
eles: associar-se com pessoas verdadeiras, ouvir o verdadeiro Dhamma, atenção com sabedoria e prática de
acordo com o Dhamma.

Cakkavattiraja Sutta (SN LV.1) - O Monarca que Gira a Roda. Aquele que entrou na
correnteza comparado com o monarca que gira a roda.
Brahmacariyogadha Sutta (SN LV.2) – Estabelecido. As características daquele que entrou
na correnteza.
Dighavu-upasaka Sutta (SN LV.3) – Dighavu. O Buda ensina seis contemplações para
aquele que entrou na correnteza.
Sariputta Sutta (SN LV.5) – Sariputta. Os fatores para entrar na correnteza.
Veludvareyya Sutta (SN LV.7) - As Pessoas do Portão de Bambu. As qualidades e as
características daquele que entrou na correnteza.
Giñjakavasatha Sutta (SN LV.8) – A Casa de Tijolos. O espelho do Dhamma.
Ananda Sutta (SN LV.13) – Ananda. As quatro coisas que aquele que entrou na correnteza
abandona e as quatro coisas que ele possui.
Duggativinipatabhaya Sutta (SN LV.15) - Destino Ruim. Aquele que entrou na correnteza
não tem medo da morte.
Mittamacca Sutta (SN LV.16) - Amigos e Colegas. Compartir com os amigos os fatores para
entrar na correnteza.
Mahanama Sutta (SN LV.22) – Mahanama. Quem possui os fatores para entrar na
correnteza decliva, tende e se inclina na direção de Nibbana.
Sarakanisakka Sutta (SN LV.24) – Sarakani. Uma controvérsia sobre um discípulo que
gostava de beber.
Nandakalicchavi Sutta (SN LV.30) - O Licchavi. Entrar na correnteza também assegura vida
longa, beleza, felicidade, fama, soberania.
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Puññabhisanda (Pathama) Sutta (SN LV.31) - Fontes de Mérito (1). As quatro fontes de
méritos, fontes daquilo que é benéfico, alimento da felicidade.
Puññabhisanda (Pathama) Sutta (SN LV.32) - Fontes de Mérito (2). As quatro fontes de
méritos, fontes daquilo que é benéfico, alimento da felicidade.
Puññabhisanda (Pathama) Sutta (SN LV.33) - Fontes de Mérito (3). As quatro fontes de
méritos, fontes daquilo que é benéfico, alimento da felicidade.
Devasabhaga Sutta (SN LV.36) - Semelhante aos Devas. Os fatores daquele que entrou na
correnteza conduzem a um renascimento celestial.
Mahanama Sutta (SN LV.37) – Mahanama. A consumação da fé, virtude, generosidade e
sabedoria num discípulo leigo.
Kaligodha Sutta (SN LV.39) – Kaligodha. A generosidade como um dos fatores daquele que
entrou na correnteza.
Nandiyasakka Sutta (SN LV.40) – Nandiya. As características de um discípulo negligente e
diligente.
Gilana Sutta (LV.54) – Enfermo. Como guiar um discípulo leigo no leito de morte.
Sotapattiphala Sutta (LV.55) - O Fruto de Entrar na Correnteza. Os fatores para realizar o
estado de sotapanna.

LVI. Sacca-samyutta – Verdades.


Este samyutta contém 131 suttas dos quais 33 foram traduzidos para o Português.

LVI. Sacca-samyutta – Verdades


O último samyutta do Mahavagga está dedicado às verdades descobertas pelo Buda na noite da sua
iluminação e colocadas por ele no núcleo dos seus ensinamentos. Elas, é claro, são as Quatro Nobres
Verdades; e assim este capítulo sobre as verdades proporciona um fecho adequado para todo o Samyutta
Nikaya. O Sacca-samyutta apresenta as quatro nobres verdades não apenas como meros pronunciamentos da
doutrina, peculiares a um mestre espiritual histórico conhecido como Buda, mas como o conteúdo da
realização de todos aqueles que conquistam a verdade libertadora, quer seja do passado, presente ou futuro. O
Sacca-samyutta conclui, a partir do sutta número 49, com uma longa série de repetições de suttas que
revelam a natureza perniciosa do samsara e ilustram as terríveis conseqüências por não enxergarmos as
verdades; exprimindo um chamado urgente para que demos um fim ao sofrimento através da compreensão -
obtida por meio do conhecimento direto - das Quatro Nobres Verdades. Verdades que o próprio Buda
redescobriu na noite da sua iluminação e que nos legou como sua mensagem para o mundo.

Samadhi Sutta (LVI.1) – Concentração. Buda recomenda a prática da concentração como


forma de desenvolver o discernimento das quatro nobres verdades.
Kulaputta Sutta (LVI.3) - Membros de Clãs. As quatro nobres verdades não são apenas a
doutrina do Buda histórico mas de todos iluminados em todos os tempos.
Vitakka Sutta (SN LVI.7) – Pensamentos. Quais são os pensamentos benéficos e quais são os
prejudiciais.
Cinta Sutta (SN LVI.8) – Reflexão. Quais são as reflexões benéficas e quais são as
prejudiciais.
Viggahikakatha Sutta (SN LVI.9) – Disputas. As disputas não trazem benefício. Qual o
melhor tópico para conversas?
Tiracchanakatha Sutta (SN LVI.10) - Conversa Frívola. A conversa frívola não traz
benefício. Qual o melhor tópico para conversas?

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Dhammacakkappavattana Sutta (SN LVI.11) – Colocando a Roda do Dhamma em
Movimento. Este é o primeiro discurso do Buda, proferido pouco tempo depois do seu
Despertar para um grupo de cinco monges com os quais ele havia praticado as
austeridades na floresta durante muitos anos. O sutta contém o ensino básico das Quatro
Nobres Verdades e o Nobre Caminho Óctuplo. Após ouvir este discurso, o monge
Kondañña atingiu o primeiro estágio do Despertar, dessa forma dando origem à ariya
sangha,(Nobre Sangha).
Tathagata Sutta (SN LVI.12) – Tathagata. As nobres verdades são descobertas e declaradas
por todos Tathagatas.
Khandha Sutta (SN LVI.13) – Agregados. A nobre verdade do sofrimento e os agregados.
Ajjhattikayatana Sutta (SN LVI.14) - As Seis Bases Internas dos Sentidos. A nobre verdade
do sofrimento e as seis bases internas dos sentidos.
Avijja Sutta (SN LVI.17) – Ignorância. O que é a ignorância?
Vijja Sutta (SN LVI.18) - Verdadeiro Conhecimento. O que é o verdadeiro conhecimento?
Kotigama Sutta (SN LVI.21) – Kotigama. É por não compreender e penetrar as quatro
nobres verdades que os seres perambulam no samsara.
Sammasambuddha Sutta (SN LVI.23) - Perfeitamente Iluminado. O Buda é chamado de
perfeitamente iluminado porque ele despertou para as quatro nobres verdades.
Arahanta Sutta (SN LVI.24)- Arahants. Todos os Budas do passado, futuro e do presente
despertaram para as quatro nobres verdades.
Asavakkhaya Sutta (SN LVI.25) - A Destruição das Impurezas. A destruição das impurezas
e as quatro nobres verdades.
Mitta Sutta (SN LVI.26) – Amigos. Compartir com os amigos as quatro nobres verdades.
Tatha Sutta (SN LVI.27) – Atual. As nobres verdades são ‘nobres’ porque são atuais,
infalíveis, não de outro modo.
Loka Sutta (SN LVI.28) – O Mundo. As nobres verdades são ‘nobres’ porque são ensinadas
por um ser supremo, o Buda.
Pariññeyya Sutta (SN LVI.29) - Completa Compreensão. Cada nobre verdade tem uma
tarefa específica.
Simsapa Sutta (SN LVI.31) – As Folhas de Simsapa. O Buda compara o conhecimento que
obteve com o seu Despertar às folhas na floresta e os seus ensinamentos como uma mera
mão cheia de folhas. Ele então explica porque não revelou o restante.
Danda Sutta (SN LVI.33) - A Vareta. O ciclo de samsara e as quatro nobres verdades.
Cela Sutta (SN LVI.34) – Roupas. A aspiração e o esforço extraordinários para penetrar as
quatro nobres verdades.
Suriya Sutta (SN LVI.37) - O Sol. O entendimento correto é o precursor da penetração das
quatro nobres verdades.
Kutagara Sutta (SN LVI.44) - A Casa com Cumeeira. Sem penetrar as quatro nobres
verdades é impossível dar um fim ao sofrimento.
Vala Sutta (SN LVI.45) - O Cabelo. Não é fácil penetrar as quatro nobres verdades.
Chiggala Sutta (SN LVI.48) – O Furo. Este sutta traz o conhecido símile da tartaruga cega,
ilustrando a preciosidade e raridade do nascimento humano.
Nakhasikha Sutta (SN LVI.51) - A Ponta da Unha. Um símile para ilustrar a magnitude do
que foi alcançado por aquele que penetrou as quatro nobres verdades.

Mahapathavi Sutta (SN LVI.55) - A Terra. Um símile para ilustrar a magnitude do que foi
alcançado por aquele que penetrou as quatro nobres verdades.

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Mahasamudda Sutta (SN LVI.57) - O Oceano. Um símile para ilustrar a magnitude do que
foi alcançado por aquele que penetrou as quatro nobres verdades.
Aññatra Sutta (SN LVI.61) - Em Outro Lugar. As nefastas conseqüências para aqueles que
não enxergam as quatro nobres verdades.
Pañña Sutta (SN LVI.63) – Sabedoria. As nefastas conseqüências para aqueles que não
enxergam as quatro nobres verdades
Manussacutitiracchana Sutta (SN LVI.102) - Falecendo como Seres Humanos. As nefastas
conseqüências para aqueles que não enxergam as quatro nobres verdades.

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