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PARTE 2 PARTE 2
GUINDASTES
GUINDASTES
DE TORREDE TORRE
189
CAPITULO 5

REQUISITOS PARA ESCOLHA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

ESCOLHA DE MÁQUINAS

Como os guindastes móveis, os guindastes de torre também devem ser selecionados


para atender as necessidades específicas do serviço. Se as características básicas não
combinam com os requisitos da obra, já está criada uma condição insegura de trabalho.
Começam as improvisações de última hora, o que só poderá resultar em acidentes.

A decisão de usar guindastes de torre em vez de guindastes móveis é relativamente


simples tendo em vista que as condições determinantes são simples também:

• Sempre que a utilização é a longo prazo num local fixo;


• Sempre que o local é restrito ou congestionado;
• Sempre que as alturas de levantamento são extremamente altas ou muito profundas;
• Sempre que a necessidade de translado é pouca, mas os de içamentos são freqüentes;
• Sempre que os alugueis de guindastes de torre é mais econômica do que os móveis;
• Sempre que a descarga dentro da área das frentes é mais fácil do que na área externa;
O uso de qualquer tipo de guindaste requer planejamento mas para guindastes de
torre esse planejamento é mais rigoroso, tendo em vista sua estrutura, infra-estrutura e a
presença na obra tem caráter permanente durante a fase de obras pesadas.

Ao selecionar o tipo mais adequado, tamanho e número de guindastes para uma


aplicação específica, as características devem ser analisadas, baseando-se nos requisitos
impostos em função do tipo de carga a ser manuseada e o ambiente onde o guindaste vai
operar.

Além da análise desses fatores, como pesos, dimensões, raios de içamento da carga
de maiores dimensões e mais pesadas, quem faz a seleção, deve também considerar:

• O tipo e tamanho da fundação para o guindaste e a altura livre do guindaste (Fig. 5.1).

• A altura máxima possível de escoramento (Fig. 5.2).


• Esquema de montagem;
• O peso do guindaste que a estrutura deve sustentar;
• Comprimento das lanças disponíveis;
• Possível necessidade de estaiamento;
• Espaço disponível entre a posição mais alta e o ponto mais alto de trabalho (Fig. 5.3).
• Área a ser coberta;
• Velocidades de içamento e abaixamento;
• Comprimento do cabo a ser alojado no tambor (Fig. 5.4);
190

Altura
Altura livre do livre
guindaste
do guindaste

Fig. 5.1 - Altura livre do guindaste

A altura máxima
A altura máximapossível
possível
de escoramento
de escoramento 5.2 – página 189).
(Fig.
(Fig. 5.2 – página 189).
Braços
da
torre

Fig. 5.2 – Altura máxima possível de escoramento


191

Espaço
disponível
Espaço
disponível

• Fig. 5.3 - Espaço disponível entre a posição mais alta e o ponto mais
alto de trabalho

• A quantidade de peças de cabo que a máquina necessita para o içamento;


• Assistência técnica disponível e seu custo;
• Encargos da locação;
• Os custos de implantação como transporte, montagem e desmontagem da máquina;
• A capacidade do guindaste deve ter uma margem de segurança de 5% do içamento.
É muito grande a variedade dos tipos de guindastes e suas configurações, quanto a
combinação de torre, lanças e tipo de base necessárias.

Configurações de Torre

Existem guindastes com torres fixas (Fig. 5.5) e torres giratórias (Fig. 5.6). Nas
torres fixas o anel de giro fica no topo, ou próximo ao topo da torre, sendo que a lança gira
sobre a torre fixa. Já nos guindastes de torre giratória o anel de giro é localizado na base
da torre, girando assim a lança e a torre, juntas, sobre a base.

Independente de serem as torres fixas ou giratórias, podem ser também classificadas


como “mono torres”, torres “internos e externos” e torres “telescópicas”. Na “mono torre” a
lança é suportada por uma estrutura de torre, única, que pode ser fixa ou giratória
(Fig. 5.7). As torres “interno e externo” são caracterizados pela lança sendo suportada
pela torre “interno”, giratória, montada sobre a torre “externa”, fixa (Fig. 5.8).
A estrutura da torre “telescópica” consiste de duas ou mais seções, encaixadas uma dentro
da outra, permitindo a variação de altura, sem necessidade de desmonte parcial e
remontagem (Fig. 5.9).
As torres “telescópicas” geralmente são do tipo giratório, montadas sobre trilhos, ou móveis.
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Configurações de Lança

As lanças mais comuns usadas nos guindastes


de torres são: lança plana, lança móvel, lança inclinada
e com carrinho e lança articulada .
- A lança plana é sustentada por cabos na posição
plana ou quase plana e o gancho, está no carrinho se
desloca pela lança para alcançar o raio de içamento
desejado (Fig. 5.10).
- As lanças móveis estão ligadas no pé da lança ao
topo da torre por intermédio de pino mestre e são sus-
pensas por cabos de barlavento, de forma semelhante
as lanças dos guindastes móveis (Fig. 5.11)
O cabo de içamento de carga passa por uma roldana
na cabeça da lança, e o raio de içamento é alterado
pela mudança de ângulo da lança.
- As lanças inclinadas, também são montadas no pé,
e no topo da torre, por meio de pino mestre, mas são
suspensas por cabos em um ângulo fixo, e para mudar
o raio de içamento, se isso for viável, nem todos os
guindastes desse tipo permitem este tipo de recurso,
o gancho é montado sobre um carrinho, que se move
pela lança (Fig. 5.12).
mestre, como a lança inclinada, mas na parte traseira
- A lança articulada tem a fixação da lança é pelo pino
do topo da torre, e o gancho é suspenso pelo cabo de
içamento que passa pela roldana no bico da lança
(Fig. 5.13).

A lança plana geralmente tem o menor raio


mínimo do que o seu equivalente em lança móvel e
assim tem mais facilidade de manusear cargas mais
próximas a torre do guindaste. Mas em certas alturas
de torre, maiores alturas de içamento podemos obter
com lança móvel, com a vantagem que essa lança
ainda pode ser abaixada ou suspensa para desviar
de obstáculos. Uma vantagem da lança inclinada, é
sua altura adicional na ponta da lança, podendo
assim passar por cima de obstáculos que impediriam
a movimentação da carga com a lança plana. Lanças
articuladas tem a vantagem de terem seu raio de
operação menor do que da lança móvel comum.
Fig. 5.4 – Ao escolher um tipo de
guindaste, devemos considerar a
capacidade do cabo.
193

Anel de giro

Anel de girofixa (sem giro)


Torre

Torre fixa (sem giro)

Fig. 5.5 – Configuração de torre fixa

Torre giratória
Torre giratória

Anel de giro
Anel de giro

Fig. 5.6 – Configuração de torre giratória


194

Mono torre
Mono torre

Fig. 5.7 – Configuração de mono torre

Seção giratória da torre


Seção giratória da torre

Anel de giro
Anel de giro

Seção fixa da torre


Seção fixa da torre

Fig. 5.8 – Configuração de torres interno e externo


195

Anel de giro

Anel de giro Seção telescópica

Seção telescópica

Fig. 5.9 – Configuração de torre telescópica

Lança plana
Lança plana

Fig. 5.10 – Configuração de lança plana

Configurações de Base

Além de classificarmos os guindastes por configurações de torre e de lança,


classificamos também pela configuração dos tipos de base. Existem torres montadas sobre
trilhos, que são móveis, existem torres estacionárias, torres “trepantes” que escalam os
diversos níveis de seu apoio e as torres móveis sobre pneus ou esteiras.
196
As torres sobre trilhos podem ser fixos ou giratórios, podendo ter qualquer uma
das configurações de lança (Fig. 5.14). Em virtude da sua mobilidade têm uma área de
cobertura maior do que as torres estacionárias. Também se adaptam melhor ao translado
com carga, do que os guindastes de torre com pneus ou esteiras.

Lança móvel
(ângulo
Lança variável)
móvel Carrinho que
(ângulo variável) se move com
o gancho para
Carrinho
aumentar que
o raio
com a cargacom
se move
o gancho para
aumentar o raio
com a carga
Ângulo
Ângulo fixo
fixo

Fig. 5.11 – Configuração de lança móvel Fig. 5.12 - Configuração de lança inclinada

A vantagem principal dos guindastes sobre trilhos é a cobertura máxima da área de


operação com o espaço mínimo necessário, a desvantagem é o custo adicional dos trilhos e
as eventuais interrupções de serviço de guindastes, se houver algum trabalho a ser
executado sobre ou próximo aos trilhos.

A configuração de torre estacionária tem a vantagem de ocupar um espaço pequeno


e limitado (Fig. 5.15). Podem ser montadas com várias alturas até o limite de sua altura
máxima e podem ser estendidas acima desse limite, fixando-os com a estrutura existente
por meio de escoramento. O guindaste de base fixa, estacionária, deve ter capacidade de
cobrir todos os pontos onde haverá necessidade de manusear carga. A capacidade do
guindaste vai se reduzindo em função do aumento do raio de ação, assim devemos ser
cuidadosos ao escolhermos esse tipo de guindaste, para que as cargas máximas ainda
possam ser manuseadas. Se o guindaste for utilizado em altura que virá ser estendida, é
vantajoso que a torre permita a adição de mais seções no futuro, sem a necessidade de
desmonte e remontagem da lança e do contrapeso (Fig. 5.16).

As torres “trepantes”, de escalada, são utilizadas com boa vantagem onde a estrutura
do edifício é alta e suporta o peso do guindaste (Fig. 5.17). Esse tipo de guindaste é
utilizado para construir em locais que possa ser instalada o sistema de escaladas, para ir
subindo o guindaste acompanhando o crescimento da estrutura. Normalmente são
inicialmente instalados como estacionários, depois sendo transferidos para a estrutura que
viabiliza a sua subida, piso por piso.
197

PinoPino mestre
mestre na
partenaposterior
parte posterior
do topo
do topo da torre
da torre

Fig. 5.13 - Configuração de lança articulada

Seção giratória
Seçãodagiratória
torre
da torre
Torre interna
e externa
Torre interna
e externa
Torre giratória Seção
Torre giratória Seção fixa
fixa da torre
da torre

Fig. 5.14 – Configuração de guindaste sobre trilhos


198

Torre fixa
estacionária com
escoramento

Fig. 5.15 - Torre fixa, estacionária com


escoramento na estrutura existente

A configuração móvel consiste de montar


a torre sobre pneus ou esteiras, como guindaste
móvel. As máquinas de esteira são equipadas
com lanças especiais, montadas verticalmente e
usam as lanças horizontais, inclinadas ou ainda,
articuladas. Sua vantagem reside no fato de boa
alcance, sem necessitar de lanças longas, que
seriam obrigatórias, para se alcançar o topo das
estruturas usando guindastes móveis.

A torre “trepante” deve ser montada firme


e nivelada se quisermos trabalhar com a sua
capacidade máxima. Essas torres tem condição
de trafegar sobre planos firmes e em nível, mas
são limitados para manusear cargas nessas
circunstâncias. Podem se movimentar também,
sobre solo não preparado, dentro de certos Fig. 5.16 – Pode ter vantagem usar
limites, dependendo da compactação e o seu guindaste de base fixa de um tipo
caimento. que permita adicionar seções para
futuro aumento de altura.
199

Fig. 5.17 – Configuração de guindaste “trepante” de escalada


200

Fig. 5.18 – Torre de guindaste montada sobre esteiras


201

Fig. 5.19 – Torre de guindaste montada sobre pneus

Os guindastes com torre montadas sobre pneus, devem ter suas patolas, sempre
estendidas e serem niveladas em seus macacos hidráulicos para o manuseio seguro de
cargas (Fig. 5.19). A maioria dessas máquinas tem as torres giratórias e lanças articuladas,
que facilita seu transporte e instalação. Alguns desses equipamentos são completamente
autônomos com motor próprio podendo trafegar em vias públicas. São adequados para
serviços rápidos, montagem e desmontagem fácil e rápido, mas não podem trafegar e
manusear cargas quando completamente montados.

A escolha de equipamentos deve ser feita só após o exame meticulosa de todos os


fatores envolvidos. Ao alugar um guindaste, faça a locadora conhecer todas as suas
necessidades para que a máquina ofertada atenda essas necessidades.

Ao escolher um equipamento, o responsável deve garantir que a máquina é segura


e é utilizável durante o período de locação, nas condições e prazo previamente
combinadas. Nada deve ser definido dependendo de experiências e tentativas, os itens aqui
202
descritos são destinados para facilitar o processo, apontando considerações críticas que
não devem ser ignoradas.

A responsabilidade de escolha de equipamento envolve não só a obtenção do


equipamento mais adequado, no aspecto técnico e econômico para fazer o serviço, mas
também a meta de eliminar qualquer possibilidade para danos materiais e principalmente,
danos pessoais na obra e ao público em geral.

As locações devem ser feitas somente através de firmas de reputação reconhecida e


os equipamentos devem estar em perfeitas condições de trabalho.

REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS

O primeiro requisito de um programa de segurança de operação de guindaste é que


as máquinas necessárias devem estar em perfeitas condições de trabalho. Se essa máquina
foi projetada, construída, inspecionada, testada e mantida de acordo com as Normas
Técnicas Canadenses – Código Z248 – Guindastes de Torres, é uma garantia que é um
equipamento que atende inclusive todas as normas de segurança estaduais e federais.

Se faltarem comprovantes nesse sentido, é a obrigação do proprietário providenciar e


fornece-los junto com o equipamento.

Identificação.

Todos os componentes principais do guindaste, estruturais, elétricos e mecânicos,


devem ter uma plaqueta de identificação, indicando: o nome do fabricante, número do
modelo da máquina, número de série, data da venda pelo fabricante e o peso do
equipamento (Fig. 5.20)

Fabricante:____________________________________
N° do modelo da máquina:________________________
N° de série:____________________________________
Data de aquisição:_______________________________
Peso:_________________________________________
Dimensões:____________________________________

Fig. 5.20 - Todos os componentes principais do guindaste, estruturais, elétricos e


mecânicos, devem ter uma plaqueta de identificação, indicando: o nome do fabricante,
número do modelo da máquina, número de série, data da venda pelo fabricante, peso
e tamanho do equipamento
203
Devem ter também números de identificação, marcados claramente, em todos os
componentes removíveis da máquina (como lanças e contrapesos) para identificar, a qual
máquina pertencem. É fundamental que esses componentes sejam utilizadas somente com
as máquinas as quais pertencem.

Qualquer alteração nos componentes ou seções estruturais feito por terceiros, exceto
o próprio fabricante, ou seu representante, deve ter certificação por engenheiro qualificado,
atestando a integridade estrutural e sua capacidade de suportar as cargas previstas pelo
projeto original.

Informações de Capacidade de Carga

Todos os guindastes de torre devem ter seus gráficos de carga, legíveis, afixados no
cabine do operador, em local visível.

Se o guindaste for operado por console de controle remoto, o gráfico deve estar
fixado no console também (Fig. 5.21).

O gráfico de cargas deve conter as seguintes informações, para o operador poder


determinar com rapidez e exatidão a capacidade do guindaste:

• Números de modelo e de série do guinaste e sua data da fabricação;


• A faixa completa de cargas para todas as condições, raios de operação e ângulos de
lança, para cada contrapeso, comprimento de lança e altura de torre.

• Instruções referentes a mudanças de marcha;


• Opções de alternativas, quando utilizados equipamentos opcionais de geometria variável,
como estaiamentos, escoramento, contrapeso adicional ou contrapeso móvel.

• Áreas de trabalho com capacidades correspondentes no gráfico. O fabricante pode listar


capacidades para essas áreas ou listar capacidades para a combinação de áreas, mas
sempre devidamente identificadas.

• Aviso, se não foram considerados fatores como cargas de oscilações, velocidades do


vento e operacionais.

• Componentes recomendáveis para bitolas e tipos de cabos de içamento para diversos


cargas.

• Aviso sobre as limitações do equipamento e procedimentos de operação.


• Informações sobre o tambor, velocidades de cabo e capacidade de bobinamento.
• Limites de operação em função da velocidade do vento.
• Limites de operação em função das baixas temperaturas.
• Se foi utilizado algum material especial, como ligas de alumínio ou aços especiais na
estrutura do guindaste o gráfico de cargas deve mencionar isto.
204

A unidade de controle remoto


deve ser munida de gráfico
de cargas

Unidade de controle remoto

Unidade de controle remoto

Fig. 5.21 - Se o guindaste for operado por console de controle remoto, o gráfico deve
estar fixado no console também
205
Cabines (Fig. 5.22)

Os cabines de operador podem ser instalados sobre o guindaste ou num local remoto
e devem atender os seguintes requisitos. Se o equipamento for operado de um console
remoto ou de um plano temporário de operação (Fig. 5.23) acoplado a torre e com o
operador fora do cabine, essas recomendações não são aplicáveis.

O cabine deve:

• Ser construído de material incombustível.


• Ser projetado e construído para proteger
o operador e os controles das intempéries.

• Ter espaço suficiente para permitir uma


operação confortável sem limitações de
espaço ou altura (Fig. 5.24).

• Ter cobertura com resistência suficiente


para proteger o operador de objetos em
queda. Fig. 5.24 – O cabine deve ter espaço
suficiente para permitir a operação
• Estar fixado de forma segura na estrutura sem limitações de espaço ou altura.
do equipamento.

• Oferecer ao operador
visibilidade perfeita e
e irrestrita da carga,
da ponta da lança e
da área de operações,
nas condições
normais de operação
(Fig. 5.25).

• As janelas devem ter


vidros se segurança
e permitir ventilação.
A janela frontal deve Fig.
Fig. 5.25
5.25 –– O
O cabine
cabine deve
deve oferecer
oferecer
ser removível ou visibilidade
visibilidade perfeita
perfeita ee irrestrita
irrestrita para
para
permitir fixá-la aberta oo operador
operador
se necessário, com
dispositivo de fixação segura para evitar fechamento acidental. As guarnições das
janelas devem ser projetadas de forma que permitam a limpeza dos vidros sem oferecer
risco de acidentes.

• Ter fechadura nos acessos para evitar entrada de pessoas não autorizadas. As portas
devem ter dispositivos de segurança que impeçam aberturas e fechamentos acidentais.
206

Fig. 5.22 - Cabine de operação

Plataforma temporário de controle


Plataforma temporário de controle

Fig. 5.23 - Plataforma temporário de controle


207
• Ter caminho seguro de acesso (Fig. 5.26)
sem perigo de tropeções ou queda. Se o
acesso for por meio de alçapão pelo piso,
deve haver espaço suficiente ao lado do
alçapão para o operador acessar ou sair
sem perigo ou dificuldade. O alçapão de
ter tamanho adequado.
Fig. 5.26 -
• Se a posição vertical do cabine for ajustável, O cabine
o meio de acesso deve ser efetivo em todos deve ter meio
os níveis. Se o meio de movimentação do seguro de
cabine for mecânico deve ser previsto um acesso e
dispositivo de segurança tipo catraca para Fig. 5.26 - O cabine deve
saída.
ter meio
manter o cabine em sua posição. seguro de acesso e saída.

• Ter iluminação suficiente para o operador


poder desempenhar suas funções.

• Ter assento ajustável nas posições, frente


para cima, para baixo e reclinável.

• Ter as passadiços de acesso de chapa


anti-derrapante, uma vez que é um dos
acidentes mais comuns em guindastes
é o escorregamento e a conseqüente
queda. A pintura anti-derrapante sobre
as superfícies dos passadiços pode ser
uma solução adequada.

• Ter guarda-corpos de proteção em toda


extensão dos passadiços e acessos, se
os mesmos forem muito estreitos, deve
ser providenciado cabo, alça ou outro
meio auxiliar em pontos convenientes
para fixação do cinto de segurança. Fig. 5.27 – Deve haver guarda-corpo de
(Fig. 5.27) proteção em toda extensão dos acessos

• Ter corrimão e degraus de acesso ao cabine.

• Ter os seguintes acessórios:

a) limpadores de pára-brisas
b) aquecimento que possa manter a temperatura interna mínima de +10ºC, com a
temperatura externa de –28ºC
c) desembaçador de vidros
d) extintor de incêndio, tipo CO 2 , pó químico ou equivalente (tipo 5:B:C)
208
Balanço ao Vento

Os guindaste de torre no período noturno de não utilização deve ficar com a lança
livre, para girar livremente e se alinhar com a direção do vento (Fig. 5.28), como uma
bandeira, o que é possível, uma vez que a resistência ao vento da lança principal é maior do
que da contrabalança (Fig. 5.29), mas se alguém pendurar uma placa grande (nome da
firma) na contrabalança, esse balanço ao vento estará prejudicado e pode ter
conseqüências muito graves (Fig. 5.30).

Fig. 5.28 - Os guindaste de torre no período noturno de não utilização devem ficar com
as lanças livres para girar livremente e se alinhar com a direção do vento, como uma
bandeira .

Fig. 5.29 – A resistência ao vento da lança é sempre maior do que da contrabalança


209

vento

Fig. 5.30 - Nunca coloque placa na contrabalança, para não desbalancear a lança com
o alinhamento com o vento, o resultado pode ser desastroso, por a lança ser impedida
de acompanhar a direção do vento

O balanço ao vento pode ser verificado assim:

Com a velocidade do vento em torno de 3,7 a 7,5 km/h, gire a lança perpendicular a direção
do vento e libere a lança. Se o balanço estiver correto a lança vai se deslocar até assumir a
posição da direção do vento. Se a lança permanecer imóvel, não virar à direção do vento,
retire as placas de anúncio fixadas na contrabalança. Se mesmo assim a lança não se
mover para a direção do vento, instale as placas na ponta da lança principal (Fig. 5.31).

Controles Operacionais

• Todos os controles para a operação normal devem ser localizados em fácil alcance do
operador.

• Todos os controles devem ter dispositivo de segurança (tipo “homem morto”) que faça o
controle voltar para a sua posição “neutra” quando solto (Fig. 5.32), caso
de um mal súbito do operador.

• Os controles devem ser posicionados de tal maneira, que seja evitado um acionamento
acidental e não seja posto em movimento o guindaste.

• A tensão de alimentação dos circuitos dos controles não deve exceder 55 volts.
• A chave geral deve ter tranca e deve estar localizada no alcance fácil do operador.
• Cada controle deve ser adequadamente identificado (Fig. 5.32).
210
• Todos os controles devem ser instalados de Vento Vento
de 3,7de 3,7 a 7,5 km/hora
a 7,5
tal maneira, que se movam para a direção km/hora
resultante de movimento da carga ou da
máquina (Fig. 5.33)

Equipamentos e Fiação Elétrica

• Todos os componentes elétricos devem ser


adequadamente aterrados à estrutura do
guindaste, que por sua vez, também deve
ser aterrado (Fig. 5.34) Vire a lança perpendicular ao vento
Vireeasolte
lançaoperpendicular
freio deixandoao vento solta.
a lança
e solte o freio deixando a lança solta.
• Toda a instalação elétrica e as fiações devem
ser instaladas de acordo as Normas Elétricas
Canadenses.

• Nas conexões dos cabos de força para a


torre, devem ser utilizados conectores de
segurança, de alívio, para a proteção do
cabo nesses pontos.

• Todos os equipamentos e conexões elétricas A lança deve virar para a direção


devem ser a prova de tempo, impermeáveis. do vento.
A lança deve virar para a direção
do vento.
• Os cabos elétricos que passam dentro da
torre, devem ser fixados com intervalos ,
de forma segura e adequadamente aterrados.

Caixas de Engrenagens

• As caixas de engrenagens devem ser com a


lubrificação automática, e as engrenagens de
fácil remoção. As caixas devem ser robustas, Se isso não acontecer, retire as placas
munidas te tampas de inspeção. Devem ter denão
Se isso nome da contrabalança
acontecer, ....
retire as placas
meios fáceis de reabastecimento de óleo, de de nome da contrabalança ....
ventilação, drenagem e inspeção de nível de
óleo.

• As bases devem ser usinadas, e bem fixadas


sobre a superfície também usinada, exceto se
as engrenagens forem montadas no eixo e as
caixas façam parte integral do conjunto. Nesse
caso deve ser inspecionado o alinhamento dos
eixos.

• Nas caixas de operação manual, as alavancas


devem ter trava de segurança, impedindo que ......e instale
.....e instale as placas
as placas na ponta
na ponta da da
se libere o bloco do gancho enquanto trocando ança lança
principalprincipal
. .
as engrenagens, sendo recomendável abaixar
o bloco do gancho durante essa operação. Fig. 5.31 – Método de verificação de
balanço ao vento.
.
211
Os controles, quando soltos devem ter
retorno automático
Os controles, parasoltos
quando a posição “neutra”.
devem ter
retorno automático para a posição “neutra”.

Retorno automático
Retorno automático

Controles de retorno automático (tipo “homem morto”)

Controles de retorno automático (tipo “homem morto”)

Todos os
Todos os controles controles
devem devem ter Identificação
ter Identificação

• Fig. 5.32 - Todos os controles devem ter dispositivo de segurança (tipo “homem
morto”) que faça o controle voltar para a sua posição “neutra” quando solto,
caso de um mal súbito do operador.
212

Subir
Subir&&baixar
baixar
aalança.
lança.

Carrinho
Carrinhopara
para
fora ou dentro.
fora ou dentro

Lança para cima


ou para baixo.
Lança para cima
ou para baixo.

Giro para esquerda


ou para direita
Giro para esquerda
ou para direita

Translado
Translado

• Fig. 5.33 - Todos os controles devem ser instalados de tal maneira, que se movam
para a direção resultante de movimento da carga ou da máquina
213

Fig. 5.34 – Todos os componentes elétricos devem ser aterrados a estrutura do


guindaste, que por sua vez deve ser aterrado também.

Conjunto de Tambores – As informações são idênticas as dos tambores de


guindastes
móveis.....consulte a partir da página 15 desse manual.
Freios

• Todos os freios de guindaste devem ser de segurança, “prova de falhas”, que devem ser
acionados automaticamente nos casos de falta de força (elétrica, hidráulica ou
pneumática) (Fig. 5.35). Esses freios não devem se soltar enquanto a força não estiver
restituída, e ainda assim devem ser soltos deliberadamente. A aplicação deve ter ação

A corrente elétrica Ao
Aovoltar
voltaraaalavanca
alavanca Na falta de corrente
A corrente elétrica Na falta de corrente
mantém os pistões para
paraoo“neutro”
“neutro”corta
corta o freio é acionado
mantém os pistões o freio é acionado
e o freio abertos aacorrente
correnteelétrica
elétricaee pelas molas
e o freio abertos pelas molas
as
asmolas
molasprendem
prendem
oofreio
freio

Fig. 5.35 - Freios de segurança – funcionamento típico


214
direta sobre o tambor de içamento, e assim não
são admitidos correntes ou correias de conexão
entre o freio e o tambor (Fig. 5.36). O torque de
resistência do freio não deve ser menos do que
150% do torque do tambor. Em sistemas
hidráulicos, usando o sistema direto, positivo
para segurar a carga, o freio de içamento só
pode ser utilizado nos casos de emergência
como um dispositivo de segurança de prova de
falhas, e a sua aplicação e seu torque devem
ser como recomendados pelo fabricante.

• Quando utilizados freios eletro-


mecânicos, os mesmos devem ser
projetados assim, que se ativem tão Fig. 5.36 – Não são admitidos
logo que houver falta de corrente correntes ou correias entre
elétrica. Devem ser feitos arranjos o freio e o tambor.
para que a bobina magnética não seja
energizada por uma corrente secundária, quando a alimentação principal é interrompida.
Os freios não devem se soltar enquanto o motor não estiver energizado e capaz de
fornecer o torque necessário ao tambor.

• Todos os freios e embreagens que sustentam carga devem ser dimensionados e ter
capacidade térmica para controlar as cargas recomendadas .

• As molas que acionam os freios devem ser de compressão e não devem ser tensionados
excedendo 50% do limite elástico do material.

• As tensões em qualquer parte da estrutura de frenagem (Não sendo as molas) não


devem exceder a 50% da tensão admissível para o material quando aplicada a frenagem.

• As superfícies de frenagem devem ser retificadas, lisas e livres de defeitos.


• Os pesos de frenagem devem ser fixados seguramente as suas alavancas.
• As sapatas e as lonas devem ser protegidas da chuva, graxas e óleos.
• Todos os freios devem ter dispositivos de regulagem de fácil acesso, exceto nos freios de
regulagem automática.

• O freio de giro deve ter capacidade de segurar a lança contra as pressões do vento até o
limite de velocidade de vento especificado pelo fabricante. O freio deve ser projetado e
regulado de tal maneira que a lança fique bamba (livre) com ventos acima de 65 km/hora.

• Todos os guindastes sobre trilhos, cada trem tipo deve ter seu freio hidráulico ou
magnético de capacidade suficiente, para parar o guindaste numa distância de 10% da
sua velocidade de translado. Deve ter também um dispositivo de segurança aplicável
para impedir a movimentação do guindaste durante vendavais.

Nota: O abaixamento controlado de uma carga só pelo freio é um procedimento perigoso, somente é
admitido se o guindaste tem um dispositivo de limitador de velocidade e com os freios continuamente
controlado pelo operador .
215
Cabos, Estropos, Cabeamento e Acessórios

Para informações completas pertinentes consulte o “Rigging Manual” (Manual de


Içamento) da Associação de Segurança de Construção de Ontário.

Roldanas - As informações são idênticas as das roldanas de guindastes


móveis.....consulte a partir da página 20 desse manual

Batentes de Lança

Os guindastes de torre de lança móvel,


como os guindastes móveis, devem ter seus
batentes de lança para evitar que a lança
tombe e seja projetada para trás da torre.
(Fig. 5.37) O melhor tipo de batente de lança
é o qual combina as funções de desacoplar
o motor de içamento da lança e pára fisicamente
a lança quando a mesma atinge um ângulo
máximo pré-determinado. Devem ser
instalados
Devem ser
Esse tipo de batente normalmente é um batentesinstalados
de
lança. batentes de
tipo de mola ou um pistão pneumático, num
cilindro fechado, montado no topo do mastro, lança.
para interceptar a lança, bem acima das suas
dobradiças. Quando a lança atinge um ângulo
pré-determinado, ativa a chave que faz parar
o tambor de içamento da lança.

Alguns dispositivos utilizam os princí-


pios de chave de fim -de-curso, que desligam
o motor do içamento da lança quando a lança Fig. 5.37 - Batentes de Lança nos
atingir o ângulo pré-determinado. Não são guindastes de lança móvel
recomendadas essas chaves, como dispositivo
único, pois não são efetivos nos casos de tombamento de lança, em virtude de
“chicoteamento” ou vento forte, não impedindo acidentes comuns de lança. Todavia, podem
ser utilizados em conjunto com os batentes convencionais.

Dispositivos de Segurança

O proprietário do guindaste deve fornecer o equipamento com proteções adequadas


sobre todas as partes móveis do guindaste, como, engrenagens, polias, correias, correntes,
rodas loucas, eixos, etc., para garantir a segurança, em condições normais de operação.
Como regra básica, todas as proteções devem ser objeto de inspeção e manutenção
periódica e devem suportar sem deformação, o peso de uma pessoa, exceto que sua
localização impossibilite ser pisada ou subir nela. Os pontos de lubrificação devem ter
acesso livre, sem a necessidade de remoção de proteções. Todos os freios e embreagens
devem ser protegidos das intempéries.

Verifique os painéis elétricos se não oferecem risco de contato ao operador ou


pessoal de manutenção.
216
Chaves de Fim-de-Curso

Todos os guindastes de torre, de qualquer configuração, devem ser equipados com


dispositivos de segurança, que atuam automaticamente para evitar danos, caso o operador
cometer algum erro. Os mais importantes desses dispositivos são as chaves de fim -de-
curso, que se adequadamente instaladas e ajustadas, virtualmente eliminam a possibilidade
de sobrecarregar ou danificar o guindaste (Fig. 5.38)

Limitador de sobrecarga
Limitador de sobrecarga

Limitadores de ângulo, Limitador do


alto e baixo da lança carrinho
Limitadores de ângulo, Limitador do carrinho Limitador
alto e baixo da lança Limitador do cabo do Limitador
gancho
de içamento do gancho
Limitador do cabo
de içamento

Limitadores de translado

Limitadores de translado

Fig. 5.38 - Chaves de Fim-de-Curso em guindastes de torre.

Todos os guindastes de torre devem ter chaves de fim-de-curso para:

• Limitar a altura do gancho, para paralisar o tambor quando


o gancho atingir a sua altura máxima (Fig. 5.39);

• Limitar a lança móvel, nos ângulos máximo


e mínimo, paralisando o tambor de içamento
da lança (Fig. 5.40) Limitadores
de ângulo,
• Limitar o translado do carrinho nos extremos alto e baixo
da lança (Fig. 5.41) da lança
Limitadores
de ângulo,
• Limitadores de excesso de carga, paralisando alto e baixo
• o tambor de içamento da carga se o peso da da lança
carga exceder o limite admissível, em qualquer
raio de operação. Essa limitação utiliza duas
chaves. A primeira atua se a carga no gancho
exceder 5% do peso admissível. Fig. 5.40 – Chaves de Fim-de-Curso
(Fig. 5.42) limitadores do ângulo da lança
217

A chave limitadora da altura


do gancho impede o bloco do
A chave limitadora da altura
gancho bater
do gancho impede o bloco nadolança
gancho bater na lança

Fig. 5.39 – Chave de Fim-de-Curso do gancho

O ajuste dessa chave é independente do comprimento da lança – pois, corresponde a


carga permissível. Sua função é proteger o cabo e o guincho de içamento contra
sobrecarga. A segunda chave detecta a tensão nos cabos de sustentação da lança.
(Fig. 5.43). Essa tensão aumenta na m edida que a carga se move para a
extremidade externa da lança ou quanto mais pesada for a carga suspensa. Também
deve atuar com 5% de excesso da carga admissível. Deve também atuar,
interrompendo o movimento do carrinho (trolley) quando o mesmo sai fora do raio
estipulado (Fig. 5.44).

• Chaves de fim-de-curso nos guindastes sobre trilhos acionam os freios de translado


quando o guindaste se aproxima ao fim dos trilhos (Fig. 5.45)

Esses dispositivos são essenciais para uma operação segura de guindastes de torres,
devem ser ajustadas e nunca devem ser adulteradas. Toda operação de guindaste deve se
paralisar, se qualquer uma dessas chaves estiver falhando.
218

Limites de movimento
do carrinho
Limites de movimento
do carrinho

Fig. 5.41 – Chaves de fim-de-curso do carrinho da lança

A chave de fim-de-curso de sobrecarga de momento deve paralisar a carrinho


no seu translado para “fora” no caso de houver possibilidade de sobrecarga em
virtude de aumento do raio.
A chave de fim-de-curso de sobrecarga de momento deve paralisar a carrinho
no seu translado para “fora” no caso de houver possibilidade de sobrecarga em
virtude de aumento do raio.

Pego a carga aqui Paralisa o carrinho Tenta colocar aqui

8
7
6
5
Carga 4
em t 3
2
1
4,57 9,14 13,72 18,29 22,86 27,43 32,00 36,58
Raio da carga m
Excesso de carga

Fig. 5.44 – Atuação da chave de fim-de-curso de excesso de carga


219

8
7
6
5
Carga 4
em t 3
2
1
4,57 9,14 13,72 18,29 22,86 27,43 32,00 36,58
Raio da carga m

A chave de excesso de carga no gancho estabelece


A chaveade excesso
parte de carga
horizontal no gancho
do gráfico estabelece
de carga
a parte horizontal do gráfico de carga

Chave de excesso de carga no gancho Chave de excesso de carga no gancho

Chave de
Chave de excesso de carga no gancho excesso de carga
no gancho

Chave de excesso de carga


Chave de excesso de carga

Guincho

Chave de excesso de carga

Chave de excesso de carga


Cabo de içamento
Guincho
Cabo de içamento

Cabo de içamento
Cabo de içamento

Fig. 5.42 – Chaves limitadores de excesso de carga


220
Chave limitadora de momento
Chave limitadora de momento

ChaveChave
limitadora de momento
limitadora de momento

Conforme aumentar a
carga, os cabos de
sustentação tentam se
endireitar,aumentar
Conforme ativando aa
carga,
chave os
limitadora
cabos de
sustentação tentam se
endireitar, ativando a
chave limitadora

Chave limitadora de momento

Chave limitadora de momento

A chave limitadora de momento de excesso de carga estabelece a parte curva do gráfico

8
7
6
5
Carga 4
em t 3
2
1
4,57 9,14 13,72 18,29 22,86 27,43 32,00 36,58
Raio da carga m

Fig. 5.43 – Chave limitadora de momento de excesso de carga


221

Fig. 5.45 – Chave limitadora nos trilhos


222
Segurança

É recomendado que todos os guindastes de torres sejam equipados com os seguintes


dispositivos de segurança:

• Uma caixa metálica de fixação permanente na máquina, para a guarda de ferramentas e


equipamento de lubrificação.

• Iluminação adequada para operação noturna (Fig. 5.46).


• Extintor de incêndio tipo 5:B:C, cuja operação é manutenção deve ser de conhecimento
de toda equipe de operação e manutenção do guindaste.

• Indicadores de inclinação de lança em todas as máquinas de lanças móveis em plano


vertical. Esse indicador deve estar em local visível para o operador e ter exatidão de 1º .

• Sinaleiro audível instalado no trem tipo dos guindastes de trilhos, com o controle de
acionamento de fácil alcance para o operador (Fig. 5.47).

• Batentes de lança amortecidos e chaves de dispositivos de corte dos içamentos de lança,


nos guindastes de lanças móveis

• Além de garantir acesso seguro aos pontos de trabalho e manutenção, é recomendável a


instalação de cabos estendidos nos locais de risco, na torre a na lança, para possibilitar o
engate do cinto de segurança. Plataformas de serviço adicionais, instalados nos locais
mais freqüentados, com guarda-corpo, facilitam a movimentação do pessoal de
manutenção, oferecendo proteção contra quedas (Fig. 5.48)

• Instalar marcadores de raio, para manter informado o operador o operador da posição do


gancho (Fig. 5.49)

Manuais e Registros do Equipamento.

O Manual do fabricante contêm todas as informações e dados pertinentes a operação


e manutenção do equipamento, para cada modelo específico. Esse manual deve estar
disponível para o operador e todo pessoal envolvido em içamentos. No manual devem
constar, no mínimo, os seguintes dados:

• Designação e tipo de equipamento;


• Nome do fabricante;
• Nome do projetista, se for diferente do fabricante;
• Números de modelo e série do equipamento;
• Data da venda pelo fabricante;
• Peso individual dos: elementos estruturais, componentes mecânicos e contrapesos.
• Uma cópia do gráfico de cargas com todas as combinações e variações de capacidade e
de geometria.
223
• Procedimentos de inspeção e manutenção, incluindo:
a) Especificações de materiais dos elementos da lança e da torre;
b) Especificações de soldas para os elementos estruturais;
c) Especificações de parafusos e torqueamento;
• Especificações de estropos;
• Procedimentos de montagem;
• Procedimentos de alteamento;
• Precauções operacionais;
• Procedimentos de desmontagem;
Se o equipamento não é fornecido com seu livro de registros, deve-se iniciar um, - o
livro de registro deve ser mantido atualizado, anotando todas as ocorrências, inspeções,
testes, reparos, manutenção e as horas de serviço relacionados a máquina. Todos os
registros devem ter data e assinatura do operador, da manutenção e do supervisor. Os
proprietários devem garantir que o livro de registros permaneça junto com a máquina e que
seja regularmente atualizada durante a vida útil da máquina.

Recuse a compra, locação ou uso de qualquer parte de equipamento que tenha sido
modificado, alterado de qualquer maneira, desviando assim das especificações do
fabricante, que pode alterar o fator de segurança do equipamento, exceto se houver
documento pertinente, emitido por autoridade competente, comprovando e certificando que
as especificações foram observadas e mantidas. Verifique os registros, se os reparos, se
houverem, foram feitos por pessoal de competência comprovada.

Fig. 5.49 – Instale marcadores de raio para facilitar o controle da posição do gancho
224

Fig. 5.46 – O guindaste deve ser equipado com refletores para oferecer boa iluminação
para as operações no período noturno.
225

Sirene
Sirene

Fig. 5.47 – Os guindastes sobre trilhos devem ter sirene que deve soar durante o
translado.
226
Cabo deCabo
segurança
de segurança
Cinto de segurança com engate
Cinto de segurança com engate

Instale cabos de segurança ao longo da lança

Instale cabos de segurança ao longo da lança

Cabo de segurança

Cinto de segurança
Cabo de segurançacom Cinto de segurança
engate.
com engate.

Plataforma
Plataforma de serviço de serviço
Plataforma
de serviço
Plataforma de serviço

Instale
Instaleplataformas
plataformasdede Instaleplataformas
Instale plataformasee
serviço
serviço nocarrinho
no carrinhodo
do passadiços
passadiços de deserviço
serviço
gancho
gancho

Fig. 5.48 – Para melhorar a segurança, instale cabos de segurança


e plataformas de serviço com guarda-corpo.
227
CAPITULO 6

INSPEÇÃO, TESTE E MANUTENÇÃO

INSPEÇÃO

A segurança do equipamento e das operações não pode ser garantidos se o


equipamento não receber inspeções, testes e manutenção regulares. As inspeções
periódicas são muito importantes, sendo o único meio de detectar falhas e defeitos que são
fontes potenciais de acidentes e ainda, essas inspeções possibilitam a identificar falhas e
desgastes, que mais tarde resultariam em reparos mais caros e mais demorados.

É da responsabilidade do proprietário ou fornecedor do equipamento, que essas


inspeções sejam executadas de acordo com as especificações do fabricante, por pessoas
capacitadas e competentes.

Devido a grande variedade de condições de operação dos equipamentos, não é


possível o fabricante estabelecer intervalos de tempo, padrões, para a periodicidade das
inspeções. Os intervalos de tempo prescritos nas publicações, são como mínimos para uma
operação segura em condições gerais. O usuário de adequar esses períodos para as suas
condições de trabalho.

É importante que o livro de registros, indicando


os números de modelo e série do equipamento, seja
mantida junto o equipamento, sempre atualizado, por
toda vida útil do equipamento, registrando todos os
eventos, as revisões em seus detalhes, modificações,
inspeções, testes, reparos, manutenções e todos os
incidentes com as suas conseqüências com detalhes.
(Fig. 6.1). O livro deve conter também os números
de identificação das seções estruturais, utilizadas em
cada instalação e operação. Deve conter ainda, os
detalhes das seções estruturais e os componentes
projetados e fabricados por terceiros. Deve indicar as
datas dos serviços executados, bem como indicar os
responsáveis pela execução, contemplando as horas Livro
de serviço. O livro de registro deve ser disponibilizado de
Livro
para todos os envolvidos com a segurança do serviço registro
de
e do equipamento. registro

É recomendado também, que o livro de registro


acompanhe o equipamento em caso de mudança para Fig. 6.1 – Todos os guindastes
um novo usuário ou proprietário. devem ter seu livro de registro

Todas as inspeções devem ser executadas e supervisionadas, por pessoal


competente. O inspetor deve ter conhecimentos suficientes, teóricos e práticos, do
equipamento, para ter condições não só de detectar as falhas e perigos potenciais, mas
também saber identificar as conseqüências desses defeitos no funcionamento do
equipamento. Deve ser o responsável pela atualização do livro de registros e comunicar
todas as falhas, defeitos, ao supervisor.
228
É da responsabilidade do proprietário do equipamento, ou de seu representante,
que nos casos abaixo mencionados, o equipamento seja inspecionado, testado para
assegurar a perfeita condição de operação:

• Antes de iniciar usar um equipamento novo e/ou recém adquirido;


• Após cada reparo ou alteração substancial;
• Após cada modificação substancial feita no projeto do equipamento;
• Após cada montagem do equipamento;
• Antes de voltar a utilizar um equipamento que foi armazenado por período prolongado;
• Antes de retornar um equipamento ao serviço, que foi envolvido em acidente.

Os intervalos de inspeção para os guindastes em serviço regular dependem da


natureza do serviço, e do desgaste dos componentes críticos.

Qualquer desgaste deve ser cuidadosamente examinado para ponderar, se a


continuidade da utilização do componente não constituirá fonte de perigo de acidentes.
Essa definição é relativo com o tipo, freqüência dos içamentos, tipo da carga e para quando
é prevista a próxima inspeção.

O inspetor deve definir:

• Se o defeito observado apresenta possibilidade de falha funcional, e


• Se o grau de desgaste permite operação segura até a próxima inspeção programada.

Se o equipamento for considerado em virtude do defeito encontrado, inseguro e


perigoso, deve ser emitida a ordem de ”Parar a Máquina”, proibindo sua utilização,
enquanto os reparos não forem executados, restituindo a máquina a sua condição segura.

Para que essas inspeções, reparos e manutenção possam ser executados de forma
segura nos guindastes de torres, devem ser instalados na torre e na lança, passadiços,
escadas, cabos de segurança e plataformas de trabalho.

Mesmo com esses dispositivos de segurança, o equipe deve ser instruída, de sempre
utilizarem seus equipamentos de proteção individual (EPIs), como cintos de segurança tipo
pára-quedista, capacetes, luvas de proteção, para evitarem acidentes graves ou fatais, em
virtude de queda de altura (Fig. 6.2).
229
Cabo de segurança

Cinto de segurança
engatado

Fig. 6.2 - O equipe deve ser instruída, de sempre utilizarem seus equipamentos de
proteção individual (EPIs), como cintos de segurança tipo pára-quedista.

Inspeções Freqüentes (Intervalos de 1 a 5 dias)

Todos os componentes que tem que ver com a segurança do guindaste e são sujeitos a
alterações durante o uso de dia-dia, devem ser inspecionados se possível diariamente e
observadas constantemente durante a operação.

Para determinar se a máquina está segura para a utilização, devem ser feitas as
inspeções nas seguintes áreas:

• Todos os cabos de aço, roldanas, tambores, estropos e acessórios de içamento,


conforme o manual de “Rigging” da Associação de Segurança de Construção de Ontário.
Os ganchos deformados ou trincados devem ser descartados, destruídos, substituídos
por novos e devem ter travas de segurança.

• As roldanas devem ter giro livre.

• Inspeção visual da torre e da lança, que devem ser absolutamente retas, inclusive as
treliças, se apresentam alguma trinca, deformação na estrutura e nas soldas (Fig. 6.3).
As treliças deformadas, (Fig. 6.4) se houverem, nunca devem ser endireitadas, com
marteladas ou por aquecimento, devem ser recortadas e substituídas por novas
peças equivalentes (Fig. 6.5). Esses serviços de solda devem ser executados por
pessoas habilitadas e deve ser acompanhado por especialistas. Observe a pintura, se
não apresenta falhas ou trincas.
230
• Certifique-se que os passadiços estejam limpos, isentos de tacos, graxas e óleo.
• Verifique as proteções das partes móveis, que estejam todos fixados em seus lugares.
• Confira a fixação dos contrapesos.
• Confira os tirantes e suportes.
• Verifique as vigas que suportam a torre se estão firmes e não estão deformadas.
• Verifique as capas dos rolamentos se não estão trincadas.
• Verifique os passadiços e as escadas.
• Confira o torqueamento dos parafusos da torre e da lança, alinhe a posição do
contrabalança para o canto correspondente, para reapertar os parafusos do canto (Fig.
6.6).

Fig. 6.3 – Todos os elementos estruturais devem estar absolutamente retos.

• Uma vez por semana, pelo menos, devem ser verificados e reapertados os parafusos do
anel de giro. Aproveite verificar as engrenagens, e as chapas de desgaste. Essa parte da
torre recebe a maior solicitação, esforço direto de torção, em função das aceleradas e
freadas com carga. A negligência nesse ponto já foi causadora de muitos acidentes.

• Esse serviço de verificação e reaperto deve ser feito, com o gancho livre, sem carga. Os
parafusos da metade dianteira do anel de giro devem ser apertados com uma carga de
2/3 a 3/4 da carga admissível na ponta da lança, suspensa. Depois gira-se o guindaste
para apertar os parafusos adjacentes. Repita essa operação até completar o círculo
(Fig. 6.7). Esse retorqueamento só deve ser feito uma única vez, se afrouxarem de
novo, devem ser substituídos os parafusos, por novos.

• Verifique as cunhas de madeira diariamente, com o guindaste em funcionamento, com


guindaste parado as cunhas soltas não podem ser detectadas.

• Confira a tensão dos estaiamentos.


As treliças dobradas desalinham
as longarinas principais da estrutura.
As treliças dobradas desalinham
231
as longarinas principais da estrutura.

NÃO
NÃO ! !
Verifique as soldas, se
não tem trincas eas soldas, se
Verifique
corrosão.
não tem trincas e
corrosão.

Os
Osdentes
dentesnos
noscantos
cantos
podem
podemreduzir
reduzirmuito
muitoaa
resistênciaestrutural.
resistência estrutural.

Fig. 6.4 – Inspecione todos os elementos Fig. 6.5 – As treliças deformadas não
estruturais, deformações, corrosão e devem ser endireitadas, devem ser
trincas. recortadas e substituídas.

Ao torquear os parafusos da torre . . . .


Ao torquear os parafusos da torre . . . .

A contra-lança deve estar alinhada sobre o canto


A contra-lança deve estar alinhada sobre o canto
da torre, onde está se fazendo o reaperto
da torre, onde está se fazendo o reaperto

Fig. 6.6 - Confira o torqueamento dos parafusos da torre e da lança, alinhe a posição
do contra-lança para o canto correspondente, para reapertar os parafusos do canto
232
• Verificar as caixas de engrenagens, se tem parafusos soltos, se tem vazamento e
confira o nível do óleo. A caixa de engrenagens solta danifica os rolamentos e o pinhão.

• Verifique todas as correias V se estão com a tensão apropriada. Se houver necessidade


de substituir uma correia, troque todas as correias do mesmo grupo.

• Verifique os cabos elétricos, se não estão danificados, se estão livres de obstáculos, se


os terminais estão em boas condições.

Nota: Durante essa inspeção da parte elétrica, desligue a chave geral. Esse serviço
requer o acompanhamento por parte de um eletricista competente.

• Verifique a tensão nos parafusos dos contatores


• Verifique o ajuste dos reles de sobrecorrente, se estão corretos.
• Confira a tensão, se está na faixa recomendada pelo fabricante.
• Verifique os anéis de deslizamento, se não estão queimados (Fig. 6.8).

Meia-lua dianteira
Meia-lua dianteira

Torqueamento:
Torqueamento:

1)1.Fazer a meia-lua
Fazer a meia-luatraseira – sem
traseira
sem carga no gancho
carga no gancho
2)2.Fazer a meia-lua
Fazer meia-lua dianteira
dianteira – com
com
carga dede
2/3 a 3/4
a ¾dada carga
carga 2/3 carga
admissível nonogancho.
admissível gancho
3) Gire 180º e repita a operação. Meia-lua traseira.
3. Gire 180° e repita a operação Meia-lua traseira.

Fig. 6.7 – Torqueamento do anel do giro


233
• Verifique as conexões dos cabos de alimentação
e de controle, se as conexões estão firmes e
isentas de oxidação.

• Verifique se a lubrificação da máquina está correta


e se os reservatórios de óleo estão abastecidos. Os
filtros devem ser limpos ao trocar óleo. Verifique os
bujões de nível de óleo nas caixas de engrenagens.

• Verifique a carnagem por vestígios de pingos de


fluído hidráulico. Os vazamentos dos sistemas de Anéis de
óleo e hidráulicos devem eliminados antes de por deslizame
o equipamento em funcionamento. Todas as nto
mangueiras devem ser inspecionadas, e se for o
caso, substituídas. Verifique todas as tampas de
abastecimento, se estão em seus lugares.

• Inspecione e teste todos os freios e embreagens


se seu funcionamento está correto, se necessário
ajuste-os. Se possível teste o freio de carga, com Fig. 6.8 – Verifique e limpe os
a carga máxima nominal, com alguns centímetros anéis de deslizamento
suspensos do solo. Não deve haver deslizamento.

• Verifique as guarnições de freio e embreagem, que devem estar isentos de graxa e óleo.
• Verifique a folga entre as engrenagens se estão dentro da tolerância.
• Verifique se estão apertados os parafusos de fixação do motor.
• Inspecione o pinhão e a engrenagem principal se não tem falhas e se estão corretamente
lubrificados.

• Verifique as roldanas dos cabos se estão girando livres, se não estiverem, troque os
rolamentos.

• Verifique as condições do carrinho, a tensão do seu cabo e o estado das suas roldanas.
• Verifique se o cabo de içamento está corretamente enrolado no tambor e se suas
roldanas estão livres.

• Verifique o maquinário de içamento, de giro do carrinho. Observe os ruídos e vibrações


não habituais, podem indicar danos ou desgastes.

• Confira a existência, o estado, a carga e a data de vencimento dos extintores de incêndio


• Verifique nos guindastes de trilho, para garantir uma operação segura:
a) As conexões entre os trilhos. b) Trem tipo desgasto.
c) Se a drenagem está adequada. d) Trilhos desnivelados.
e) Fixação adequada dos trilhos. f) Chaves de fim-de-curso inoperantes.
g) Materiais estranhos no trilho, entulho, pedras, neve ou gelo.
h) Se os aterramentos e barras de conexão estão adequadas.
234
Essas verificações, mais as recomendadas pelo fabricante, são essenciais para garantir
uma operação segura.

Fig. 6.9 – Verifique todas as soldas se não apresentam trincas.

Inspeções Mensais.

Além das inspeções freqüentes (de cada 1 a 5 dias), a seguinte inspeção deve ser
executada uma vez por mês. O conhecimento do histórico do equipamento, a idade e as
condições de cada guindaste e a severidade do serviço executado afetam o grau de
necessidade de inspeções adicionais, para garantir uma operação absolutamente segura.

• Inspecione todo o guindaste investigando danos estruturais, com atenção especial


voltada a distorções, deformações ou trincas na área do anel de giro.

• Inspecione cuidadosamente todas as conexões soldadas, procurando trincas. Inspecione


as longarinas principais e outros elementos estruturais, procurando falhas de pintura e
trincas reveladoras de danos, deformações, dentes e corrosão (Fig. 6.9).

• Inspecione os tambores e as roldanas, se não apresentam trincas.


• Inspecione os pinos, rolamentos, eixos engrenagens e roletes se não apresentam
desgaste, trincas ou deformações.

• Inspecione os freios e embreagens, verificando desgastes nas guarnições.

• Inspecione os equipamentos elétricos, reles, painel de controle, verificando os contatos


se não estão queimados ou oxidados, parafusos perdidos, cabos danificados.
235
• Verifique as condições de todos os motores elétricos, se o consumo de corrente está
dentro das especificações, as aberturas de ventilação estão livres. Verifique os
rolamentos, as escovas e os acoplamentos. Passe ar comprimido ao concluir a
inspeção.

• Verifique as correias V, alinhamento, tensão e desgastes. Com a tensão correta a correia


pode defletir de 6 a 13 mm, pressionada com o polegar. (Fig. 6.10) Tensão excessiva
destrui os rolamentos. Se uma das correias estiver danificada, deve ser substituída o
conjunto completo de correias iguais. Se usarmos correias velhas e novas, misturadas,
as novas se aquecerão e seu desgaste será quase imediato.

Verificar tensão Pressionar com o polegar


Pressionar com o polegar

Verificar tensão

não mais do que 6 a 13 mm


não mais do que 6 a 13 mm

Fig. 6.10 – Verificação da tensão das correias V – a deflexão permitida ao


pressionarmos a correia com o polegar, é de 6 a 13 mm

• Confira o funcionamento dos acoplamentos por fricção.


• Reaperte os parafusos de fixação dos motores, bombas e caixas redutoras.
• Verifique as conexões elétricas, contatos pobres e isolação danificada.
• Lubrifique todos os cabos móveis.
• Verifique os mecanismos de controle investigando desgastes e contaminações.
• Inspecione todas as mangueiras, hidráulicas e pneumáticas, conexões e tubulações.
236
Qualquer deterioração encontrada é motivo de questionam ento, e se a
continuidade de seu uso no sistema apresenta riscos para a segurança operacional.
Qualquer das condições abaixo relacionadas são motivo de substituição ou reparos
imediatos:

a) Qualquer evidência de vazamento de ar ou óleo nas superfícies das mangueiras ou


nas fixações das conexões blindadas.

b) Qualquer deformação nas capas externas das mangueiras.

c) Qualquer vazamento nas conexões que não possa ser vedada pelo processo normal.

d) Qualquer evidencia de desgaste externa por abrasão – deve ser eliminada a causa
desse desgaste.

Inspeções Anuais

Além das inspeções, até agora descritas (freqüentes e mensais) devemos fazer uma
inspeção meticulosa anualmente com as seguintes verificações:

• Deve ser feito ensaio não-destrutívo, anualmente, no gancho, nas soldas das seções da
torre junto ao anel de giro, no mastro e na lança. Esse ensaio deve ser feito por empresa
credenciada pelo Código W.178 da CSA, Código de Qualificação da Organização de
Inspeção de Soldas ou pela Junta de Padrões e Especificações para Ensaios Não-
destrutivos do Governo Canadense, codificados como, 48-GP-4 (radiografia), 48-GP-7
(ultrasom), 48-GP-8 (partículas magnéticas), 48-GP-9 (líquido penetrante), que deverá
emitir certificado de qualidade. Esse certificado deve ser registrado e guardado no livro
de registros do guindaste.

Foi descoberto, baseando-se em investigações de pesquisas, selecionando


guindastes por amostragem, que diversos guindastes apresentam trincas invisíveis em suas
estruturas, que levou a deterioração da estrutura desses guindastes (Fig. 6.11).

Essas trincas são resultado da fatiga de material, os guindastes de torres são vítimas
desse tipo de fatiga. Se não tiver carga no gancho, o guindaste pende para a direção do
contrapeso, quando está carregado, pende para a direção oposta, na direção da carga. Essa
oscilação constante tem o mesmo efeito que ocorre quando pegamos um clipe de papel e
dobramos para um lado e para o outro. Aparecem trincas de fatiga e o clipe acaba
quebrando (Fig. 6.12). Essas trincas começam nos pontos de solda, de número e
dimensões pequenas, mas vão aumentando no decorrer do tempo, lavando ao colapso a
estrutura do guindaste (Fig. 6.13). Nada pode impedir esse processo de fatiga, mas os
ensaios não-destrutivos, feitos anualmente, podem determinar o limite até onde o guindaste
é seguro.

A inspeção de partículas magnéticas comprovadamente é o melhor método para


guindastes de torres, para detectar essas falhas, de forma relativamente barata e sem a
necessidade da remoção da pintura ou outra maneira de preparar a superfície da estrutura,
para testes.
237
Se o guindaste permanecer no mesmo local por período superior de um ano, uma
inspeção visual de cada ponto de solda anualmente, pode ser aceitável. Entretanto o ensaio
não-destrutívo deve ser executado antes da sua remontagem em outro local.

Falha típica de fatiga em


Falha típica dede
fatiga em
guindastes torre
guindastes de torre

As trincas de fatiga crescem e aumentam


Trincas
Trincas de fatiga
de fatiga juntojunto as soldas.
as soldas. Asdecorrer
no trincas dedofatiga crescem e aumentam
tempo.
no decorrer do tempo.

Fig. 6.11 – Trincas de fatiga em guindastes de torre

Podemos observar, que quanto mais antigo o


guindaste, mais aumenta o fator de trincas de
fatiga.

Anos: 1 – 2; 2 – 3; 3 – 4; 4 – 5

Fator: A > B > C > D

Número de trincas
Tempo
Fig. 6.13 – O fator de tamanho e número de trincas cresce ao decorrer do tempo
238

Sem carga – o guindaste pende


Sem carga – o guindaste
na direção pende
do contrapeso.
na direção do contrapeso.

Plena carga – o guindaste pende


na direção
Plena cargada
–ocarga
guindaste pende
na direção da carga

Esse movimento constante de pender em duas direções distintas e freqüentes levam o


material á fatiga, conseqüentes trincas e possível colapso da estrutura.

Esse movimento Dobra


constante
num de pender em duas direções
sentido distintas
Os efeitos de efatiga
freqüentes levam oconstantes
por dobras material á
fatiga, conseqüentes trincas e possível colapso da estrutura.
pode ser demonstrado, dobrando um arame
Dobra num sentido ou clipe de papel, de um lado e do outro até
Osquebrar
efeitos de fatiga por dobras constantes
pode ser demonstrado, dobrando um arame
ou clipe de papel, de um lado e do outro até
quebrar

Dobra noutro sentido

Dobra noutro sentido

Fig. 6.12 – Dobramentos constantes levam os materiais á fatiga


239
Inspeções Quando Necessárias

Essas inspeções são necessárias quando ocorrem incidentes que causam choques
repentinas e fora do comum na carga, tensões fora de comum ou danos por qualquer
motivo. Todos esses acidentes que podem afetar a segurança operacional do guindaste,
devem ser seguidos, de imediato por uma inspeção meticulosa, usando todos os métodos
de ensaios não-destrutivos. Todos os reparos considerados necessários, devem ser
executados, antes de retornar o guindaste ao serviço regular.

Nota: O resultado de todas as inspeções deve ser anotado no livro de


registros do guindaste, com todos os detalhes, com data e assinatura do
inspetor.

Deve ser reconhecido que, enquanto o guindaste é projetado e fabricado com todos
os fatores de segurança, todo mecanismo começa se deteriorar no primeiro dia de seu
trabalho. Esse processo é inevitável e contínuo, até uma data futura, que a máquina não
mais é capaz desempenhar sua carga de trabalho previsto, exceto se, as peças e
componentes sujeitos a desgastes, sejam regularmente inspecionados, reparados ou
substituídos.

TESTES
Testar é necessário para comprovar que todos os serviços executados na máquina,
foram feitos de forma correta e que a máquina está em condições de executar suas tarefas
com segurança.

Imediatamente após a montagem do guindaste, devem ser executados uma série de


testes para o ajuste correto das chaves de fim-de-curso.

• Os ajustes das chaves de fim-de-curso do carrinho “dentro” e carrinho “fora” devem ser
feitos sem carga e com o gancho no ponto mais alto. Essas chaves devem atuar bem
antes do carrinho chocar com seus batentes na lança (Fig. 6.14).

Chave limitadora ativada

Sobre passagem do carrinho


Chave limitadora sem carga
ativada
com a velocidade máxima
Sobre passagem
Posições absolutasdo
decarrinho sem carga
parada interna e externa
com a velocidade máxima

Posições absolutas de parada interna e externa

Fig. 6.14 – Ajuste das chaves de fim-de-curso do carrinho.


240
• Chave limitadora da altura do gancho, evita
o bloco do gancho bater no carrinho ou na
ponta da lança (Fig. 6.15), e ajusta-se assim:

a) Use a menor parte de cabo de içamento


b) Suspender o gancho, sem carga, até sua
posição mais alta, na velocidade máxima
c) Pare e verifique a distância de
sobrepassagem livre.
d) Acrescente mais 30 cm a essa distância.
e) Ajuste a distância entre o gatilho e o
ponto de parada desejada para essa
medida. Chave limitadora
Chave limitadora

Não se pode determinar uma medida


fixa uma vez que a sobrepassagem pode
variar pelos fatores, como: diâmetro do
tambor, velocidade do motor, desgaste do Ajuste
Ajuste
freio, etc.
Parada
Essa verificação deve ser executada Parada
quando o guindaste é montada, ou alguma
modificação foi introduzida no guincho de
movimento
içamento ou no motor

• Chaves limitadoras de lança alta e lança Aciona


Aciona
baixa, para guindastes de lança móvel, oo
freio
freio
que atua quando a lança atingir o ângulo
pré-determinado como limite máximo e o
limite mínimo. O ajuste é feito com os
movimentos lentos da lança, para cima e
para baixo, sem carga, permitindo que a
lança ative o gatilho das chaves. Fig. 6.15 – Ajuste da chave limitadora do
(Fig. 6.16) da altura do gancho.

• Chave limitadora nos trilhos dos guindastes sobre trilhos, que devem ser ajustados para
os mesmos ativarem os freios do guindaste com 2,5 m do fim dos trilhos. (Fig. 6.17).

• Chave limitadora de excesso de peso, todos os guindastes tem pelo menos uma chave,
mas algumas marcas e modelos podem ter duas ou mais chaves. Marcas diferentes de
guindastes requerem métodos diferentes de regulagem, mas, geralmente é usada uma
carga com peso da capacidade nominal do guindaste, a ser suspensa um metro do solo
e a chave é ajustada para esse limite de peso. Adiciona-se mais um pouco de peso, e
a chave deve atuar. Esse peso adicional não deve ser mais do que 5% da capacidade
do guindaste (Fig. 6.18).

Pode ser necessário termos dois jogos de pesos, um para a chave limitadora de
excesso (a ser utilizado com o raio mínimo) e o outro para os ajustes da chave limitadora de
momento de excesso de carga (a ser utilizado com o raio máximo).
241
Alguns procedimentos de teste sugerem um
excesso de carga de 25%, mas isso é um exagero
e é muito perigoso, uma vez que um teste desses
pode danificar o guindaste, mais do que o seu uso
em serviços pesados.

Nunca sobrecarregue um guindaste, acima


dos 5%, independente com que cuidado seja feita
o teste. O fabricante deixou pouca margem para
excessos, ao elaborar o seu gráfico de cargas. Se
excedemos esses limites, podemos danificar a Ajuste as chaves
estrutura do guindaste e esse dano não detectado
em tempo, podem causar acidentes no futuro. O
fator de segurança dos guindastes de torre é bem Fig. 6.16 – Ajuste de chaves
baixo, não foram projetados para aceitarem os limitadoras das lanças móveis,
excessos de carga. para a chave impedir a lança
passar dos ângulos (alto e
Os ajustes das chaves limitadoras devem baixo) pré-determinados.
ser verificados periodicamente e a sua eficiência
testada semanalmente.

Além dos testes de após montagem, deve Fig. 6.16 – Ajuste de chaves
ser elaborado teste de carga de 100% em todos limitadoras das lanças móveis,
os guindastes que sofreram reparos demorados para a chave impedir a lança
ou alterações, para verificar: passar dos ângulos (alto e
baixo) pré-determinados.
• A integridade estrutural do equipamento,
• Se a estrutura de suporte e o método de fixação do guindaste são adequados.
• Funcionamento adequado de todas as funções, sob a carga admissível.
• O desempenho das alterações ou reparos feitos no equipamento.
Se em qualquer estágio dos testes o guindaste falhar, o mesmo deve ser retirado do
serviço até detectar o erro, corrigir, para então iniciar os testes novamente.

Se o profissional encarregado dos testes considerar que a máquina não está em


condições seguras para manusear cargas até o máximo admissível indicado do gráfico de
cargas, o novo diagrama deve ser elaborado para substituir o atual, superado.

Todos os guindastes devem ser testados, inicialmente, sem carga, para verificar se os
itens mencionados no procedimento de Inspeções Freqüentes, estão funcionando
corretamente.

Os guindastes não devem ser redimensionados para maiores cargas do que as


cargas admissíveis indicadas no gráfico de cargas do fabricante, exceto se as modificações
tem aprovação documentada, estando de acordo, assinada pelo fabricante.
242

Ponto de parada
Freio
acionado
Ponto Freio acionado
de
parada

Vista Traseira

Sobrepassagem Vista Traseira


Sobrepassagem

Fig. 6.17 – Ajuste das chaves limitadoras de translado sobre trilhos.

MANUTENÇÃO

Para manter a máquina dentro da faixa de segurança operacional, é essencial que a


manutenção seja executada antes de ser necessário e não depois. Isso exige a implantação
de um plano de manutenção preventiva, baseado nas recomendações do fabricante.

Mantenha registrado tudo que se refere a manutenção, o passado, o presente e a


futura manutenção no livro de registros do equipamento, registrando as horas trabalhadas,
verificações, ajustes, reparos, substituição de peças, inspeções e testes. Os preparativos e
a implementação de um plano de manutenção programado, baseados no livro de registros,
não só garante uma operação segura e livre de problemas, mas também representa
economia.

Devido a grande variedade de tipos de serviços, a atividade da máquina e o meio


ambiente, é difícil o fabricante desenvolver um programa de manutenção simples,
padronizado, que seja aplicável em todas as situações. O pessoal de manutenção deve
ajustar, estender ou modificar o programa, dentro das recomendações do fabricante, para
suas necessidades específicas.
243
Ajuste da chave limitadora
de excesso de carga 8
7
6
5
Carga 4
em t 3
2
1
4,57 9,14 13,72 18,29 22,86 27,43 32,00 36,58
Raio da carga m

1 2 Carga Admissível
Carga Admissível
Carga Excedente (5%)
Carga Excedente (5%)

Ajusteaachave
Ajuste chave CargaCarga Admissível
Admissível Verifique
Verifique a atuação a atuação da chave
da chave

Fig. 6.18 a – Ajuste da chave limitadora de excesso de carga

8
Carga 7
em t 6
5
Ajuste a chave 4
limitadora de momento 3
de excesso de carga 2
1
4,57 9,14 13,72 18,29 22,86 27,43 32,00 36,58
Raio da carga m

1 2 Carga Admissível

Carga Excedente (5%)


Carga Admissível
Ajuste Carga Verifique a atuação da chave
a chave Admissível Carga Excedente (5%)
Ajuste Carga
a chave Admissível Verifique a atuação da chave
Fig. 6.18 b – Ajuste da chave limitadora de momento de excesso de carga
244
Ajuste da chave limitadora
do momento 8
de excesso de carga 7
para o carrinho 6
5
Carga 4
em t 3
2
1
4,57 9,14 13,72 18,29 22,86 27,43 32,00 36,58
Raio da carga m

Carrinho para fora


1 2 Verifique a
atuação da
Carrinho para fora
chaveno raio Carga
apropriado Admissível
Carga Admissível Carga
Admissível
Carga Admissível Verifique a atuação da chave
no raio apropriado

Fig. 6.18 c – Ajuste das chaves limitadora de excesso de carga e momento de excesso
de carga

A freqüência de uso afeta particularmente a vida útil dos componentes do


equipamento, como cabos de aço, cujas falhas geralmente resultam em conseqüências
sérias.

Todo pessoal de manutenção deve estar ciente dos perigos que a operação de
guindastes representam e é da responsabilidade do encarregado, de instruir todo seu
pessoal, quanto as precauções necessárias de operar um guindaste. O pessoal de
manutenção deve ter bons conhecimentos, baseados em literatura específica e devem ter
acesso as matérias publicadas pelo fabricante.

A que deverá ser feito pela manutenção, será ditado pelas condições encontradas
durante as inspeções, entretanto, além dessas providências necessárias estabelecidas pela
inspeção, as seguintes precauções de segurança devem ser aplicadas:

• Todos que estiverem trabalhando na estrutura do equipamento devem utilizar cintos de


segurança, tipo pára-quedista, com engate e devem se fixar na estrutura, para evitar
acidentes por queda de altura.

• Desligar a chave geral, colocando um aviso visível - “Não Ligue”.


• Nunca, ninguém deve permanecer sobre ou sob o equipamento quando a chave geral
ligada ou o operador estiver nos comandos, exceto com o conhecimento e autorização
do mesmo.
245
• Seja ordeiro . . . mantenha limpas as áreas de trabalho, livre de entulhos, óleo, graxa,
cabos e outros objetos que só representam perigo. As peças soltas, usadas, devem
estar em caixas apropriadas. Use soluções não inflamáveis para limpeza. Suba nas
estruturas com os sapatos limpos e secos, para evitar escorregões.

• Mantenha as mãos, pés, roupas, afastados das engrenagens, dos cabos e tambores.
• Nunca use roupas soltas, desabotoadas que podem ser dragados pelo maquinário
móvel. Tenha sempre extintores de incêndio, carregados e em condição de uso, à mão.

• Nunca adultere dispositivos de segurança.


• Antes de retornar o guindaste ao serviço regular, inspecione as áreas onde peças foram
substituídas ou afetadas pelos reparos, junto com o operador, para conferir se tudo está
com seu funcionamento normal. Em seguida faça os testes necessários.

• Coloque as proteções e painéis em seus lugares.


• Nunca inicie a operação enquanto o pessoal não se afastou do guindaste. Nunca ative a
chave enquanto os envolvidos não saibam o que devem fazer, quando e como.

O equipamento danificado, que teve reparos estruturais devem ser testadas


completamente, por empresa competente e habilitada ou pelo fabricante, antes de devolve-
lo ao serviço regular.

Cada seção de torre, mastro ou lança que foi envolvido em acidente, tendo danos
estruturais, ou suspeita dos mesmos, deve ser recolhido do serviço, até que pessoal
qualificado, o fabricante ou seu representante emitam certificado, comprovando que as
condições estruturais estão satisfatórias.

Nota: Reparos ou alterações estruturais


de qualquer espécie, são serviços que
requerem treinamento especial e experiência.
Nunca faça tentativa de reparos estruturais,
sem antes contatar o fabricante ou seu
representante. Soldas inadequadas podem
causar mais danos, piorando as condições
do equipamento. Todos os serviços de soldas
devem ser executadas por soldadores
qualificados e o método de trabalho deve ser
de acordo as instruções do fabricante.

Os elementos estruturais, tubulares ou


não, que se acham danificados, amassados ou
deformados, não devem ser reparados ou Fig. 6.19 – Os elementos estruturais
endireitados. Devem ser recortados e danificados, devem ser recortados e
substituídos por novos componentes. substituídos por novos elementos
(Fig. 6.19) equivalentes.

Não devem ser feitos reforços, alterações ou reparos na estrutura, sem a permissão
explícita do fabricante.
246
Defeitos que forem detectados, como os descritos a seguir, devem ser corrigidos
imediatamente, para garantir a operação segura:

• Todos os mecanismos funcionais, se trincados, quebrados, corroídos, deformados e


desgastados;

• Todas a s partes críticas da estrutura, se trincados, quebrados, corroídos, deformados e


desgastados;

• Os ganchos com defeitos, deformações, trincados, devem ser descartados e destruídos.


Reparos ou remanufaturamento não é admissível.

• Os elementos estruturais corroídos devem ser limpos até o metal vivo e repintados.
Nunca aplique pintura sobre ferrugem e pintura antiga, que só servira para esconder
defeitos e criar bolsões para acumular água (Fig. 6.20).

NÃO
NÃO! ! SIM !SIM

Fig. 6.20 – Nunca aplique pintura sobre ferrugem – limpe a superfície até o metal vivo.

ter o mesmo fator de Todas as peças de reposição e os reparos devem do


segurança, como as de equipamento.
fábrica e em
conformidade com as Deve ser paralisada a máquina para lubrificação, exceto
especificações. É nas partes onde há necessidade para o funcionamento, em
recomendável usar caso de partes móveis que devem ser lubrificados em
somente peças de movimento. Todos os painéis de proteção, se foram removidos,
reposição, originais, devem ser recolocados e fixados adequadamente em seus
adquiridos no fabricante lugares, antes de retornar o equipamento para a operação
do guindaste ou seu normal.

Todos os cabos de aço e estropos devem ser inspecionados e receberem


manutenção conforme as instruções do fabricante, constantes no manual do equipamento e
as normas da Associação de Segurança de Construção de Ontário.
247
É muito importante que todos os reparos e ajustes sejam executados somente por
pessoal preparado, treinado autorizado e designado para isso. Quando o guindaste está
sendo reparado, o elemento de manutenção designado para isso, tem toda a autoridade e
assim suas instruções devem ser cumpridas sem questionamentos, exceto se essas
instruções se chocarem com as normas de segurança de operação. Nesse caso o
supervisor de manutenção deve ser contatado, para obter a decisão final.

Nota: Nunca ninguém deve tentar fazer reparos para os quais não estiver qualificado.

Sugestões de Armazenamento da Máquina

Ao desmontar um guindaste, todos os seus componentes devem ser limpos, feitos os


reparos necessários, repintados e armazenados em local apropriado.

Componentes Estruturais
• As seções da torre, mastro e lança, devem ser limpos removendo resíduos de concreto,
terra, graxa e óleo.

• Executar o ensaio rigoroso, não-destrutívo, de partículas magnéticas para detectar as


falhas estruturais, como as trincas.

• A ferrugem deve ser removida, raspando e com escova de aço e depois aplicar uma
demão de base e uma demão de esmalte sintético.

• As seções devem repousar horizontalmente sobre dormentes de madeira (Fig. 6.21)

Fig. 6.21 - As seções devem repousar horizontalmente sobre dormentes de madeira

• As roldanas devem ser limpas, inspecionadas, verificando os rolamentos, desgaste,


desgaste do sulco e trincas. Os rolamentos devem ser engraxados e embalados em
películas protetoras, depois pulverizadas os conjuntos com um material preservador
apropriado.

• Todos os pinos, parafusos, arruelas e porcas, devem ser limpos, montados e devem ser
banhados com óleo, colocados num recipiente adequado em local seco.
248
Cabos de Aço

• Todos os cabos, de içamento, de sustentação e estropos, devem ser inspecionados,


verificando desgaste, feixes rompidos, dobras, pinçamentos e outros danos. Cabos
danificados não devem ser reutilizados. Destrua-os cortando com maçarico.

• Lubrificar os cabos com lubrificante adequado, próprio para cabos.


• Enrole os cabos em bobinas grandes e guarde-os sobre estrados, cobertos, em local
seco.

Conjunto de Mesa de Giro

• Limpe o conjunto, removendo a graxa velha, depois envie para inspeção e reparos.
• Todas as engrenagens e eixos devem ser limpos e em seguida cobertos com produto
preservador adequado.

• As caixas de engrenagens devem ser limpas e reabastecidas com lubrificante


apropriado, em seguida armazenados sobre dormentes de madeira em local seco.

Conjunto de Carrinho

• Esse conjunto deve ser limpo, inspecionado e verificado os desgastes das correias e
polias.

• Os rolamentos devem ser engraxados e embalados em películas protetoras, depois


pulverizadas os conjuntos com um material preservador apropriado.

• As conexões elétricas devem ser revisadas, reapertadas e os cabos enrolados e


amarrados.

Conjuntos de Escalada (de torres “trepantes”)

• Todos os componentes devem ser limpos e pulverizados com composto anti-ferruginoso.


• Os cilindros hidráulicos devem ser inspecionados verificados os danos e eliminados os
vazamentos se houverem.

• A tubulação hidráulica deve ser limpa e revisada.


• A unidade de força deve ser inspecionada, conferir os parafusos, e o reservatório limpo e
reabastecido com fluído hidráulico adequado.

• As conexões elétricas devem ser limpas, revisadas, reapertadas e os cabos enrolados e


amarrados.
249
Chaves de fim-de-curso

• As chaves devem ser inspecionados, e as juntas gastas substituídas.


• As roldanas e gatilhos devem ser limpos e lubrificados.
• As conexões elétricas devem ser limpas, revisadas, reapertadas e os cabos enrolados e
amarrados.

• As chaves, depois de inspecionadas devem ser armazenadas em local apropriado


preferencialmente “climatizado”

Mecanismo de Içamento
• O conjunto deve ser limpo, os rolamentos verificados e depois engraxados.
• A caixa de redução deve ser limpa, inspecionada e o reservatório completado – se o óleo
estiver contaminado, substitua.

• As sapatas dos freios devem ser limpos, inspecionados e as guarnições substituídas se


estiverem gastas.

• Todas as correias V e polias devem ser inspecionadas e substituídas se necessário. A


substituição de correias se compreende sempre - jogo completo da correia do mesmo
tipo.

• Os rolamentos das polias devem ser limpas, inspecionadas e engraxadas.


• Os cabos elétricos devem ser limpos, inspecionados enrolados e amarrados, embalando-
os em seguida a prova de tempo.

Painéis e Controles Elétricos

• As conexões elétricas e chaves devem ser limpas, revisadas, reapertadas e os cabos


enrolados e amarrados, em seguida guardados juntos com seus painéis
correspondentes.
250
CAPÍTULO 7

MONTAGEM, ESCALADA, DESMONTAGEM E TRANSPORTE

MONTAGEM

Devido a grande variedade de problemas e perigos que se associam com guindastes


de torres, além dos problemas já comuns com os guindastes em geral, foram relacionados
os motivos mais freqüentes de falhas e acidentes:

a) Montagem inadequada.
b) Escoramento inadequado.
c) Escoramento ou atirantamento com materiais ou estruturas instáveis, inseguras ou
incapazes de oferecer o suporte necessário.

d) Montagem dentro de um edifício que não oferece condições, resistência ao peso.


e) Adulteração de chaves de fim-de-curso ou outros dispositivos de segurança.
f) Falha estrutural do guindaste, devido a fatiga.
g) Procedimentos de inspeção inadequados.
h) Falhas devido a utilização com ventos fortes.
i) Içamento de cargas com pesos excedendo as cargas admissíveis para o guindaste ou
içamento excêntrico.

j) Operador não tinha visibilidade do gancho e da carga – constantemente.


k) Colisão com outros guindastes.
l) Operadores com pouca habilidade em operações com guindastes de torre.

Tendo em vista que esses acidentes, na maioria foram resultado de erros cometidos
por pressa, relaxe, durante a montagem, é muito importante que a montagem e instalação
do guindaste de torre seja um trabalho bem planejado e executado dentro dos parâmetros
recomendados pelo fabricante ou seu representante. As improvisações podem ter resultados
fatais.

Dada a complexidade e a grande variedade de projetos de guindastes de torre, não é


possível apresentar um manual compreensível e resumido, mas, esse capítulo destaca os
procedimentos mais importantes que devem ser seguidos.

Não importa quem definiu o uso de guindaste de torre, se o engenheiro da obra, se o


construtor, se o arquiteto, ele é o responsável pela operação segura do guindaste sob seu
controle.

Se a pessoa ou a empresa não proporcionar uma área adequadamente preparada


para a instalação do guindaste e instruções para sua montagem e operação, essa será um
empreendimento inseguro, independente das condições do equipamento e a experiência do
operador.
251
É recomendável consultar e contratar um consultor experiente em operações de
guindastes, suas fundações, escoramentos e a instalação em todas as suas fases, que
conheça inclusive os projetos, desenhos e planejamento de uso de guindastes.

Não devem ser poupados esforços para garantir a segurança do público, da


propriedade e principalmente todo pessoal envolvido na operação, desde o momento da
chegada do guindaste até sua saída do canteiro. Os seguintes diretrizes, se seguidos, vão
contribuir efetivamente a uma instalação bem
planejada e segura. Os desenhos e as
especificações de montagem devem
contemplar os seguintes pontos:

• Planta do canteiro, indicando a localização


exata do guindaste, seus raios de operação,
pontos de estaiamento, as elevações, os
caimentos, todas as redes – elétrica, água e
outras, escavações, outros guindastes,
edifícios, estruturas e todos os fatores que
podem interferir ou serem interferidos.

• O guindaste deve ser localizado, de forma que Fig. 7.1 - O guindaste deve ser
fique uma folga de 3 metros entre a ponta da localizado de tal forma, que fique
lança e o possível obstáculo, em qualquer uma folga de 3 metros da ponta da
direção (Fig. 7.1). lança até qualquer obstáculo.
Nunca deve ser localizado, seja guindaste sobre
trilhos, fixos ou sobre base temporário, próximo a escavações, taludes, canais, aterros e
sobre solo não compactado (Fig. 7.2), e ainda, sua base nunca deve ficar sobre redes
subterrâneas de qualquer espécie, cisternas e outras estruturas de utilidades.

• Na localização do guindaste deve ser levado em conta também a localização de outros


guindastes, principalmente se suas lanças poderão interferir, uma com a outra, mesmo
com lanças de comprimentos e em níveis diferentes, sempre há a possibilidade de
embaraçarem os cabos. Para evitar essas situações, os guindastes devem ser
localizados de tal forma que os operadores possam visualizar a área de possível conflito.
Os operadores devem poder manter comunicação via radio (Fig. 7.3), podendo assim
alertar um ao outro em caso de perigo eminente de acidente. É importante numa situação
dessa, haver uma pessoa responsável pelo comando das operações, determinando
seqüências e prioridades.

• O guindaste deve ser localizado de tal maneira, que não seja necessário manusear
cargas sobre áreas onde o público tem acesso, mas se isso for inevitável, deve ser
destacado um sinaleiro e avisos visíveis afixados em pontos estratégicos. Se a
movimentação da carga tiver que ser feita sobre faixas de tráfego, o usuário deve obter
permissão das autoridades de transito para bloquear, interromper as pistas, com auxílio
de autoridade policial (Fig. 7.4).

• Se houverem redes de utilidades, elétrica ou telefone, no raio do giro, os mesmos deve


ser relocados para permitir uma folga de 3,0 metros entre a rede e a ponta da lança. Na
impossibilidade da relocação, as redes deve ser isoladas (Fig. 7.5).(Ver mais adiante
“Riscos Elétricos”). Contato acidental com redes de linha viva, é o maior responsável
pelos acidentes fatais em operação com guindastes – não facilite .
252

Pode ocorrer
Pode ocorrer
desmoronamento
desmoronamento

Fig. 7.2 - Nunca deve ser localizado, seja guindaste sobre trilhos, fixos ou sobre
base temporário, próximo a escavações e taludes.

Contato via radio


Contato via radio

Fig. 7.3 - Os operadores devem poder manter comunicação via radio


253

3,00 m (mínimo)
3,00 m (mínimo)

Fig. 7.5 – As redes elétricas devem ficar afastados da ponta da lança do guindaste
com uma folga mínima de 3,00 metros

• Deve ser reservada uma área de montagem


de uso exclusivo para o equipe de montagem,
de tamanho suficiente para poderem estocar e
manusear o guindaste desmontado e ainda ter
condições de monta-lo, sem interferir com as
outras áreas da obra. Esse espaço deve estar
em condições de trabalho, permitindo inclusive
a locomoção do guindaste móvel utilizado para
o montagem do guindaste de torre. Deve ainda
ter acesso fácil para os caminhões que trazem
as peças, seções do guindaste de torre.

• O solo deve ter capacidade de suportar o peso


do guindaste, seja que tipo for, de trilho ou fixo,
com a carga mais pesada suspensa. É válida a
consulta com uma empresa especializada de
sondagem e fundações, tendo em vista que já
ocorreram muitos acidentes, em virtude de um
solo instável e baixa resistência, não suportando
a carga do guindaste (Fig. 7.6). A solicitação é
grande, considerando peso do equipamento, os Fig. 7.4 – Sempre que possível, isole
contrapesos, a carga, esforços de vento, e mais a área do raio de ação do guindaste,
outros fatores como giro, etc. para impedir acesso do público.

• Da mesma forma, deve ser analisada a capacidade de suporte da estrutura, se


pretendemos fixar nosso guindaste numa edificação. Devem ser ponderados as
possibilidades de escoramento, as fundações do edifício, a qualidade da estrutura e
eventuais interferências (Fig. 7.7). Devem ser consideradas todas as situações
possíveis, os mais desfavoráveis, uma vez que as cargas e esforços são muito variadas.
É importante envolver a engenharia civil para essas estimativas e investigações. O
projeto final deve ser aprovado por engenheiro credenciado, responsável. Em certos
casos o projeto deve ser enviado as autoridades municipais para aprovação.
254
• Ao preparar o projeto, devemos determinar as cargas e o centro de gravidade do
guindaste, com e sem carga, nas duas condições a estabilidade do guindaste dependerá
da fundação adequada e dos chumbadores de ancoragem. A estabilidade e a segurança
sob os efeitos de vento, devem ser estabelecidas conforme a Norma F.E.M., Artigo 1.5,
Seção 1 do “Rules For The Design of Hoisting Appliances” (Normas de Projeto de
Dispositivos de Içamento)

• Nos casos onde o guindaste deverá permanecer em seu lugar durante os meses de
inverno, com a fundação exposta aos intempéries, deve ser considerado o congelamento
do solo.

Condições precárias
de soloCondições precárias
de solo

Fig. 7.6 - O solo deve ter capacidade de suportar o guindaste com a carga

• Se o projeto requer estaiamento, o mesmo deve ser considerado para a condição mais
desfavorável, com fator de segurança de 5 : 1 na resistência dos cabos de estaiamento.
(Fig. 7.8)
255

Carga
Horizontal carga
Carga
Horizontal
Carga
Carga
Horizontal carga
Horizontal

Carga
Carga
Vertical
Vertical

H1 H=1 Altura
= Altura Livre
Livre dada Torre
Torre
H2 H=2 Altura
= Altura Total
Total dada Torre
Torre
H3 H=3 Altura
= Altura entre
entre osos Pisos
Pisos

Carga Carga
Horizontal Vertical
(toneladas) (toneladas)
31,7
H1 = Altura Livre da Torre
52,0
24,4
27,2 21,4
18,3 49,8
15,2
12,2
22,7 9,2
45,3

18,2

40,8

13,6

36,2
4,6 7,6 10,7 13,9 15,2 21,4 27,4 33,9 39,6
6,1 9,2 12,2 15,2 18,3 24,4 30,5 36,6 41,2
H2 = Distância entre Pisos (metros) H2 = Altura Total da Torre (metros)

Fig. 7.7 – Se a torre do guindaste é montada sobre, ou estaiada à uma estrutura, deve
ser verificada se essa estrutura tem resistência suficiente para suportar as cargas que
atuarão em função de: altura livre da torre, altura total da torre, distância entre os
pisos, cargas horizontais e verticais.
256

Fator de
segurança
Fator de
segurança5:1
5:1

Fig. 7.8 – Os cabos de estaiamento devem ter fator de segurança de 5 : 1

As cantoneiras, suportes e demais embutidos, como os chumbadores, devem ser


especificadas, posicionadas e escoradas com absoluta precisão durante a concretagem e a
cura da base, serviço esse, que deve ser continuamente inspecionado (Fig. 7.9). Deve ser
ainda garantida a drenagem adequada para evitar acúmulo de água em volta da base do
guindaste.

Se o guindaste deve ser montado sobre uma base provisória, para depois transferir
para um edifício, as instruções devem especificar:

• A resistência do concreto, antes de receber as cargas do guindaste;


• A altura total do guindaste;
• A distância entre os suportes em relação da projeção da torre acima
do suporte do topo (Fig. 7.10);

• A folga entre a torre e a abertura no piso de suporte (Fig. 7.11);

• A orientação correta da torre, posicionamento do equipamento de escalada (torres


“trepantes”) e seu acoplamento;

• Que o guindaste deve ser fixado pela estrutura de escalamento, antes de ser fixada na
base pelos chumbadores. As cunhas deve ser travadas para evitar sua saída durante a
operação;

• Que as vigas que sustentam o guindaste, devem estar absolutamente em nível, para
assegurar que a torre se apoie nas duas vigas em ambos os lados da torre (Fig. 7.12);

• Que as vigas de suporte devem ser seguramente ancoradas ao piso, e a quantidade e


tamanho das vigas e dos parafusos, para cada instalação (Fig. 7.13);
257
• Que os passos de cada escalada devem ser no mesmo nível para ambas as garras
para engatar nos degraus durante a escalagem (Fig. 7.14);

Fig. 7.9 – As cantoneiras, suportes e chumbadores – todos os embutidos, devem ser


posicionados com exatidão, escorados, antes e durante a concretagem e cura da
base.
258

Carga
Horizontal

Carga
Horizontal
Carga
Horizontal carga
Carga
Vertical

Carga carga
Horizontal

H1 = Altura Livre da Torre H1 = Altura Livre da Torre


H2 = Altura Total da Torre
Carga H2 = Altura Total da Torre
H3 = Altura entre os Pisos H3 = Altura entre os Pisos
Vertical

Carga Carga
Horizontal Vertical
(toneladas) (toneladas)
31,7
H1 = Altura Livre da Torre
52,0
24,4
27,2 21,4
18,3 49,8
15,2
12,2
22,7 9,2
45,3

18,2

40,8

13,6

36,2
4,6 7,6 10,7 13,9 15,2 21,4 27,4 33,9 39,6
6,1 9,2 12,2 15,2 18,3 24,4 30,5 36,6 41,2
H2 = Distância entre Pisos (metros) H2 = Altura Total da Torre (metros)

Fig. 7.10 – Antes da transferência do guindaste da sua base provisória para o edifício,
a distância entre os pisos de suportes (H3) deve ser especificada.
259

Vista A – A (olhando para baixo)


Suporte

Suporte

Vista B – B (olhando para baixo) Abertura no piso


Vista B – B (olhando para baixo)
Cunhas
Abertura no piso
Cunhas

Abertura no piso
Abertura no piso

Fig. 7.11 - Deve ter uma folga a torre e a abertura de passagem da mesma no piso,
para as suportes de escalagem, cunhas, etc.

Detalhe: Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Estágio 4 Estágio 5


Escadas de Escalamento Escalamento Escalamento Retomada Suporte inferior
escalamento. iniciado. quase completo. Suporte travado.
Detalhe: Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Estágio 4 Estágio 5
completo. Suporte inferior. Repetir o ciclo.
Escadas de Escalamento Escalamento Escalamento Retomada Suporte inferior
superior
escalamento iniciado. quase completo. Suporte travado.
travado.
. completo. Suporte inferior. Repetir o ciclo.
superior
travado.
Fig. 7.14 – Os passos da escada de escalamento devem ser exatamente na mesma
altura, para que as garras engatem sempre ao mesmo tempo.
260
Carga Devem suportar
Horizontal todas as cargas
(toneladas) horizontais
Devem suportar
31,7 H1 = Altura Livre da Torre 24,4 todas
Pode seras cargas
horizontais
21,4 chumbar no

27,2 18,3 piso Pode ser


15,2 chumbar
no
22,7 12,2 piso
9,2 SEÇÃO A - A
18,2 SEÇÃO A - A

13,6

4,6 7,6 10,7 13,9


6,1 9,2 12,2 15,2
H3 = Distância entre Pisos (m)

Cunhas

Cunhas

PLANTA
PLANTA
Fig. 7.13 – As vigas devem ser chumbadas para suportar todas as cargas horizontais

• A carga máxima admissível no piso (nas bordas das aberturas para a torre) sem
escoramento.

• Exatamente o que é necessário para suportar as cargas e com quanto escoramento.


Geralmente o escoramento deve ficar ao menos seis pisos abaixo do ponto de apoio
mais baixo do quinaste (Fig. 7.15);

• O método de fixação do guindaste ao chegar na posição mais alta do escalamento. É


importante que as cunhas sejam instaladas conforme as recomendações do fabricante
quanto as distâncias entre os suportes. É uma norma prática encunhar a cada 2º piso,
alternadamente e nunca mais do que em dois níveis (Fig. 7.16);

Se o guindaste for auto-suportante, sem estaiamento as instruções de instalação


devem especificar:
261
• A altura livre máxima. Se a altura exceder esse limite, devem ser projetados
estaiamentos e seus suportes, ou outra ancoragem viável (Fig. 7.17).

Perfil U
Perfil U reforçado Perfeitamente
Travessões
reforçado Vigas em nível
principais
Vigas
Travessões Perfeitamente
principais
em nível
Vigas de
travamento
Vigas de Cunhas de
travamento Cunhas denivelamento
Perfis de Perfis deMastro Mastro nivelamento
posicionamento posicionamento
SEÇÃO A – A
SEÇÃO A – A
Vigas transversais Em nível !

Vigas transversais Em nível !


Vigas principais
de suporte

Mastro
Cunhas
Vigas principais
de suporte
PLANTA

Mastro
Cunhas

PLANTA
Em nível !
Em nível !

Em nível
Em! nível !

Fig. 7.12 – As vigas de suporte do guindaste devem estar em perfeito nível


262
Essas definições devem contemplar os esforços máximos “em serviço” e “fora de serviço”
que o guindaste vai transmitir a estrutura aonde ficará estaiado. Será a responsabilidade
do engenheiro civil o projeto adequado do estaiamento e seus suportes bem como a
capacidade da estrutura suportar os esforços adicionais. Na medida da escalada os estais
devem ser fixados em alturas apropriadas.

• As instruções devem especificar também, como o guindaste deve ser equilibrado, antes
de fixar os estais. Isso é necessário para assegurar que a torre está vertical e as tensões
dos estais não causam tensões adicionais a torre (Fig. 7.18).

• O projeto deve considerar a posição dos suportes de estaiamento em relação das juntas
da torre e nos casos quando o estaiamento acontece entre as juntas.

• As instruções devem especificar ainda, como a torre será cunhada entre os suportes de
estaiamento e o travamento das cunhas em seus lugares.

• No caso de guindastes sobre trilhos, as instruções devem estipular que, quando a altura
livre da torre exceder o limite para a função de translado, as rodas devem ficar
bloqueadas e os controles de translado desativadas para assegurar o não mais translado
(Fig. 7.19). Lembramos que não pode ser usado como ancoragem, qualquer parte do
trilho, para garantir a estabilidade do guindaste.

Cunhas de
Cunhas de nivelamento
nivelamento Viga
Viga suporte
suporte

Soleira
10 x 15
Soleira
10
15xx15
15
15 x 1525 cm
cada
cada 25 cm

Cunhas

Cunhas
Soleira
20 x 5

Soleira
20 x 5
Seção A - A

Seção A - A

Fig. 7.15 – Assegure escoramento adequado em baixo as lajes


263
Torre
Torre
5
5

15
15
15
5
2

25
Cunhas da torre Cunha típica (medidas em centímetros)
Cunha típica (medidas em centímetros
Cunhas da torre

Fig. 7.16 – Use 8 cunhas por piso e nunca encunhar mais do que em 2 níveis.

Os desenhos de montagem e as instruções


devem especificar:

• Que a torre deve ser montada em condições


meteorológicas absolutamente favoráveis e
nunca executar montagem com ventos acima
de 32 km/hora. Se o fabricante forneceu uma
velocidade limite de vento para montagem ou Manter a torre
desmontagem, é esse limite que deve ser Manter a torre
absolutamente
obedecido. Onde existir “afunilamento”, “vento absolutamente
reto ao fixar os
reto ao fixar os
encanado” (entre edifícios altos), a velocidade tirantes
tirantes com
com a a
do vento poderá exceder longe a média estrutura.
estrutura.
(Fig. 7.20)

• Os contrapesos de acordo com as instruções


do fabricante. Os lastros e contrapesos devem
ter seu peso individual marcados no corpo.
A capacidade de içamento dos guindastes
depende dos contrapesos. Operando com
menos do que o necessário o guindaste tomba
para a frente e operando com a mais, tombará
mais fácil para trás. Acrescentar contrapesos
a mais, para suspender excessos de carga, vai
evitar o tombamento, mas correremos o risco
de desmoronar o guindaste por excesso de
peso. O contrapeso deve ser o peso correto Fig. 7.18 – O atirantamento da torre
de acordo com o comprimento da lança e o deve ser feita de maneira que a torre
tipo de operação (Fig. 7.21). permaneça absolutamente reta.
264

Altura máxima
auto-sustentante

Altura máxima
auto-sustentante

Altura
Altura
máxima
máxima
escorada
escorada

E
E
s s
c c
a
a
l l
a
a
Altura máxima m
m
estaiada e
e
n
n
Altura máxima t
t
estaiada o
o

Esticador

Esticador

Fig. 7.17 – Se tivermos que aumentar a altura do guindaste acima do limite de auto-
sustentante, devemos estaiar a torre ou escora-la a estrutura adjacente.

• Se o lastro e os contrapesos forem de concreto, devem ser de traço correto e terem já


50% da cura concluída. No caso de concreto armado, as alças devem fazer parte íntegra
da armadura. (Fig. 7.22). Substâncias granuladas, como brita ou seixo, que retêm a
umidade, devem ser usados como lastro, só em seu estado seco, e só se seu peso pode
ser facilmente determinado, sendo confinados em recipiente prova de tempo, onde deve
constar marcado seu peso. Nunca devemos usar areia.

As instruções devem especificar também:

• O peso dos subconjuntos que serão içados pelo guindaste móvel.


• O torque correto de todos os parafusos estruturais.
• O método correto de testar o guindaste recém montado.
265

Se a altura exceder esse limite, as rodas


Altura máxima para Altura máxima para Se a altura
devem exceder
ficar esse limite,
bloqueadas as rodas
e o guindaste
o translado. o translado. devem ficar na
bloqueadas
estancado posição. e o guindaste
estancado na posição.

Se a altura for
muitoSe a altura
grande for
pode
muito grande,
ser preciso estaiar
podeo ser preciso
também
estaiaralém
guindaste, também
de
o guindaste, Cunhas do trem tipotipo
as rodasalém Cunhas do trem
bloquear
de bloquear
as rodas.

ou
ou

Fig. 7.19 – Excedendo a altura máxima permissível para translado as rodas devem ser
bloqueadas e o guindaste deve ser estaiada.
266

A velocidade do vento
junto as bordas das
32 km/h estruturas pode ficar o do vento
A velocidade
dobro devido a as bordas das
junto
32 km/h turbulência.estruturas pode ficar o
dobro devido a
64
64km/h
km/h turbulência.

Os ventos podem dobrar sua velocidade


nas proximidades de edifícios devido ao
efeito “venturi” (“afunilamento”)

Os ventos podem dobrar sua velocidade


nas proximidades de edifícios devido ao
efeito “venturi” (“afunilamento”)

Fig. 7.20 – Não fazer montagem ou desmontagem de guindastes com ventos de


velocidade acima de 32 km/hora

PoucoPouco contrapeso
contrapeso – –
O guindaste
O guindaste pode pode
tombar
tombar para frente.
para frente.

Muito
Muito contrapeso
contrapeso ––
O guindaste pode
O guindaste pode
tombar
tombar para
para trás.
trás.

Fig. 7.21 – O contrapeso deve ser o adequado para cada tipo de guindastes
267
Todos os itens mencionados devem ser
documentadas e observados pela pessoa ou
empresa que controla o guindaste.

A maioria dessas informações constam


no manual do fabricante, entretanto, essas
informações devem ser relacionadas com uma
montagem específica e isso torna necessário
o planejamento.

A responsabilidade do equipe de monta-


gem começa quando o guindaste chega na obra.
Mesmo que os pontos anteriores são recomenda-
dos a ser responsabilidade de quem vai usar o
guindaste, o supervisor do equipe de montagem
também é responsável que tudo seja executado
dentro dos parâmetros recomendados.

O supervisor de montagem deve se certificar que:

• A fundação ou base do guindaste está de


acordo com os desenhos aprovados, se
está em nível absoluta e se a locação dos
Concreto armado
chumbadores está correta.

• Se todos os componentes tem identificação


clara e legível, e se as peças realmente
pertencem ao guindaste a ser montado.
Nunca monte uma seção danificada, treliças
ou longarina principal deformada, soldas trin-
cadas ou quebradas. As seções da lança e
da torre deves se encaixar com facilidade,
sem a necessidade de serem forçadas os
parafusos de conexão.

• Os componentes estruturais principais do


guindaste são inspecionados, qualquer falha
ou defeito encontrado é reparado dentro das
especificações do fabricante. As cargas
admissíveis, seguras, só valem para os
guindastes em boas condições, sem danos
nos seus componentes estruturais.
As longarinas principais e as treliças devem
ser retas e os encaixes não devem apresentar
excentricidade. Os o guindaste for danificado
no serviço, o operador deve relatar isso ao
supervisor, e o equipamento deve ser retirado Fig. 7.22 – Todos os contrapesos
do serviço regular até a execução dos reparos devem ser de concreto armado, de
necessários. traço correto, de cura completa e ter
as alças de içamento, sendo partes
integrantes da armação, ter ainda os
cantos chanfrados.
268
• Os componentes elétricos, mecânicos e hidráulicos são inspecionados conforme as
recomendações e especificações do fabricante.

• Todos os parafusos, arruelas e porcas da torre são novas e de tamanho e quantidade


adequados.

• Todos os componentes sejam içados e manuseados de maneira a não danificá-los.

Independente do tipo ou marca de guindaste, o mesmo deve ser ajustado, montado


dentro das recomendações do fabricante, de forma segura, eliminando todos os riscos.

O manual do guindaste a ser montado deve estar disponível para consulta para os
membros do equipe de montagem, que por sua vez deve conhecer todos os procedimentos.
Qualquer desvio desses procedimentos, substituição de peças ou materiais, só é permitido
se houver autorização do fabricante, por escrito.

O manual do fabricante pode ser um volume grande, assim pode ser mantido no
escritório da obra como referência, mas um sumário conciso que contemple as instruções de
montagem e desmontagem, deve ser disponibilizado em forma de lista de verificações
(Check-list).

Não se montam dois guindastes, mesmo iguais, exatamente da mesma maneira,


todos tem as suas particularidades, mas em linhas gerais a seqüência é essa:

Montagem da Torre:

Existem duas maneiras de montar uma torre, uma é subindo as seções , uma por uma
começando pela base, ou então, enfileirar alinhadas as seções no solo, cada seção
calçada em dormentes de madeira, parafusá-las nas juntas e suspender a torre completa
(Fig. 7.23). Independente do método utilizado, as seções devem ser perfeitamente
alinhadas, com os lados combinando uma com a outra, com a escada de marinheiro sempre
no mesmo lado (Fig. 7.24). Na fase inicial da montagem os parafusos só devem ser
torqueados com 75% do recomendado, depois finalmente após a conclusão torqueie todos
os parafusos 100%. Gire a contrabalança sobre o canto que está sendo torqueado, para
causar compressão (Fig. 7.25)

Cuidado . . . . pode ser necessário o estaiamento da torre, dependendo sua altura


total, auto-sustentante (Fig. 7.26). Ao tensionar os estais, tenha o cuidado de verificar se a
torre permanece perfeitamente no prumo. Não se esqueça dos calços de proteção onde os
estais ficam amarrados, podendo ser peças de caibros, mas preferível utilizar peças de
tubos (Fig. 7.27) mas nunca amarre os estais direto nas longarinas, sem proteção.

Montagem da Mesa do Giro e o Mastro:

Usualmente o próximo passo na montagem é a mesa de giro e o mastro (Fig. 7.28).


Ainda no solo, verifique a folga entre o pinhão e as engrenagens do anel, em seguida
aplique lubrificante adequado, nas superfícies. O mastro é instalado sobre a mesa de giro,
depois os parafusos de ligação devem ser torqueados com 100%. Ainda no solo os cabos de
sustentação dianteiras e traseiras podem ser montadas e fixadas. Deixe os esticadores em
meio curso. Ao instalar o mastro, confira sua orientação correta em relação a mesa de giro.
269

A torre pode ser montada na posição vertical, seqüencialmente . . . ou


A torre pode ser montada na posição vertical, seqüencialmente . . . ou

. . . . alinhando no solo, sobre dormentes de madeira, parafusar as seções e suspender a


. . . .torre completa
alinhando de uma
no solo, vez.
sobre dormentes de madeira, parafusar as seções e suspender a torre
completa de uma vez.

Fig. 7.23 – Alternativas de montagem da torre


270

Ao juntarasas
Ao juntar seções,
seções, certifique-se
certifique-se que as que as
mesmas
mesmas estejam orientadas corretamente. AsAs
estejam orientadas corretamente.
lances
lancesda
daescada
escadadevem
devemser sercontínuos.
contínuos.

Fig. 7.24 – Confira a orientação correta das seções da torre, e a posição da escada.
Verifique se os parafusos
Verifique se os pinos e
estão completamente
Verifique se os parafusos Verifique
contra-pinos
se osestão
pinos e
torqueados.
estão completamente contra-pinos
seguros. estão
torqueados. seguros.

Ao
Aotorquear
torquearos
os parafusos da torre . . .
parafusos da torre . . .

AAcontrabalança
contrabalançadeve
deveestar
estaralinhada
alinhada
sobre o canto da torre que está
sobre o canto da torre que está sendosendo
trabalhado,para
trabalhado, paracriar
criarcompressão.
compressão.

Fig. 7.25 – Maneira correta de montagem das seções da torre.


271
Perna, longarina da torre

NÃO ACEITÁVEL MELHOR


NÃO ACEITÁVEL MELHOR
Fig. 7.27 – Proteção das pernas da torre e dos cabos de estaiamento.

Conjunto de lança e contra-lança:

Verifique se as seções estão apoiadas


sobre dormentes de madeira, e as seções mais
curtas estão mais próximas a torre. (Fig. 7.30)
Duas seções mais curtas pesam mais do que
uma seção longa, equivalente, assim podem os
melhorar a estabilidade. Torqueie os parafusos
100%, enquanto a lança está no solo. Verifique
se o carrinho está instalada corretamente e se
todas as roldanas estão em boas condições e
adequadamente lubrificadas.

Instalação da Contra-lança:

Quando a mesa de giro e o mastro estão


em seus lugares, o próximo passo é instalar a
contrabalança. (Fig. 7.31) O conjunto deve ser
suspenso, respeitando as regras de içamento,
sempre mantendo-o em nível. Fixe o conjunto
de contra-lança na mesa de giro com os seus
pinos e trave com os contra-pinos. Suspenda
a parte traseira da contra-lança e instale os
cabos de sustentação. Abaixe o conjunto para
ajustar os esticadores para nivelar, permitindo a
inclinação apropriada para cima. Verifique as
condições dos pinos e confira os contra-pinos - Fig. 7.26 – Pode ser necessário o
contra-pinos de mola não são recomendados, estaiamento da torre durante a
uma vez que podem escapar acidentalmente. montagem.
272
Instalação da Lança:

A lança principal repousando sobre os


dormentes de madeira, fixe os cabos de forma
que o conjunto possa ser suspenso em nível.
Suspenda a lança, em nível e fixe-a na mesa de
giro, com seus pinos e trave com contra-pinos.
Suspenda a extremidade externa da lança, até
poderem ser fixados os cabos de sustentação.
Abaixe de novo a lança e faça o ajuste dos
esticadores para obter a inclinação apropriada
para o carrinho (Fig. 7.32).

Instalação dos Contrapesos:

Suspenda um contrapeso cada vez e


deposite-o cuidadosamente em seu suporte.
(Fig. 7.33) Quando todos estiverem no lugar
fixe-os com as tiras de fixação, seguramente Fig. 7.28 – Montagem da Mesa de
para não se moverem. Giro e do Mastro.
.

Fig. 7.29 – Içamento da Mesa de Giro e do Mastro

Instalação Elétrica:

Alguns procedimentos de montagem requerem uma parte ou de toda instalação


elétrica energizada durante o processo de montagem. Isso só ceve ser feito sob a
supervisão de eletricista competente e credenciado, após a tensão de alimentação ter sido
verificado, e a instalação inspecionada e constatada a conformidade das isolações e
aterramentos. Trabalhando com a rede energizada devem ser cumpridas as instruções
sobre a isolação.
273
A alimentação principal, inclusive os disjuntores, transformadores e outros
equipamentos elétricos, devem ser instalados de acordo com as normas “Canadian
Electrical Code – Part I” (Código de Eletricidade Canadense – Parte 1) para atender as
exigências locais, e devem ser feitos por eletricista qualificado e credenciado.

Fig. 7.30 – Ao montar a Lança e a Contra-lança as seções devem estar alinhadas


sobre dormentes de madeira

Cabos de
sustentação

Suspender
para fixar
Cabos de
os cabos
de sustentação sustentação
Suspender
para fixar
os cabos
de sustentação

- A lança de estar em nível Suspenda a extremidade externa Ajuste os esticadores dos cabos
durante o seu içamento. da lança para fixar os cabos de de sustentação, para a inclinação
- Inserir o pé da lança na sustentação. correta.
Suspenda a extremidade externa
mesa de giro e faça a Ajuste os esticadores dos
da lança para fixar os cabos de
pinagem de fixação. Cabos de sustentação,
sustentação.
Para a inclinação correta.

- A lança de estar em nível


durante o seu içamento.
- Inserir o pé da lança na
mesa de giro e faça a
pinagem de fixação.

Fig. 7.31 – Montagem da Contra-lança


(1)
274
(2) Içar a lança Mantenha a
Içar a lança parada até posicionar
Lança parada
horizontalmente... até posicionar
.
os pinos de
montagem

inserir os pinos de
Inserir osépinos de
de lança.
pé de lança.

Suspenda a
Ponta da lança
para fixar os
cabos de
suporte . . .

da lança para fixar


os cabos de suporte . . .

Instalar os cabos
e suporte. - Ajuste os esticadores
dos cabos de suporte
para a inclinação
Instalar os cabos adequada.- Ajuste os esticadores
de suporte. - Complete o dos cabos de suporte
cabeamento.para a inclinação
adequada.
- Complete o
cabeamento.

Fig. 7.32 - Montagem da Lança

Cabos de Aço:

Os cabos de içamento e do carrinho


devem ser instalados conforme as instruções
do fabricante e dos diretrizes da Associação
de Segurança de Construção de Ontário
(Rigging Manual) (Fig. 7.34).

Ajustes das Chaves de Fim-de-Curso


(Chaves limitadoras):

Consulte esse manual


no texto sobre “Testes”.
Fig. 7.33 – Suspendo os contrapesos um
275
de cada vez

Esticador do cabo do carrinho e guincho


Esticador do cabo do carrinho e guincho

Tambor do carrinho

Tambor do carrinho

Cabo
Cabo de de 2 partes
2 partes Cabo de 4 partes
Cabo de 4 partes

Fig. 7.34 – O cabeamento deve ser adequado – ver o “Rigging Manual” da Associação
de Segurança de Construção de Ontário.
276

Lista de Verificações de Montagem

Após a conclusão da montagem é recomendado que o supervisor de montagem


execute um teste final, meticuloso, seguido por testes estáticos e dinâmicos para conferir o
funcionamento correto do guindaste.

Esses testes devem incluir:

Elétrica:

• Alimentação principal e os contatos dos disjuntores.


• O chicote principal, sua proteção e fixação a cada 6 metros.
• Cabos de controle, sua proteção e fixação.
• Cabos elétricos, sua proteção e fixação.
• Painéis elétricos, a fixação de suas tampas, parafusos firmes.
• Condições do console de controle.
• Chaves de fim-de-curso limitadores seu estado e ajustes.
• Fusíveis, amperagens conforme as especificações.
• Se os motores giram na direção correta.
• Aterramentos apropriados.

Mecânica:
• Unidade de força hidráulica, proteções e ausência de vazamentos.
• Mecanismo de escalagem, completo e funcionamento adequado.
• Lubrificação adequada do anel de giro, engrenagens e rolamentos.
• Folga das engrenagens dentro da tolerância.
• Conjuntos de acionamento, funcionamento e nível de óleo.
• Lubrificação em geral.
• Alinhamento e funcionamento do carrinho, funcionamento das chaves limitadoras.
• As rodas do carrinho, polias e tensão dos cabos.
• Trilho do carrinho, alinhamento, superfície.
• Níveis de óleo nas caixas redutoras e nos reservatórios.
• Condições dos cabos em geral.
• Tambor de içamento, seu giro livre.
• Freio de içamento, condições e operação adequadas.
• Existência de manual de operador.
277
• Gráfico de cargas afixada no campo de visão do operador.
• Cabo suficiente em todos os tambores (devem sobrar 3 voltas no tambor com o gancho
na posição mais baixa).

• Capas e saias de proteção em seus lugares, fixadas adequadamente.


• Freios de segurança operando adequadamente em caso de falta de força.
• Vibrações inadequadas.
• Tensão dos estais da lança.
• Contrabalança no horizontal.
• Contrapesos, quantidade e fixação adequadas.
• Os grampos de todos os cabos, aperto e estado adequados.
• Roldanas com o giro livre.
• Tensão adequada do cabo do carrinho permitindo translado correto.
• Passagem livre de todos dos cabos, sem interferências na estrutura do guindaste.
• Anel de giro sem deformações, fixação adequada com o mastro, alinhamento do pinhão
e as engrenagens, folgas adequadas entre os roletes de suporte e o anel.

Estrutural:

• Encunhamento ou estaiamento adequado.


• Escoramento adequado em volta da abertura da laje.
• Torre no prumo.
• Parafusos da torre instalados e adequadamente torqueados.
• Seções da torre sem danos.
• Chumbadores torqueados.
• Mesa de giro sem danos.
• Parafusos do anel de giro adequadamente torqueados.
• Parafusos do mastro adequadamente torneados.
• Conexões da lança e contrabalança com a mesa de giro satisfatórias.
• Esticadores dos cabos ajustados.
• Ângulos da lança e contrabalança corretos.
• Seções da lança e contrabalança parafusadas e torqueadas.
• Contrapesos corretos e fixados adequadamente.
• Contra-pinos colocados nos pinos de conexão.
• Todos ao parafusos de montagem de componentes apertados.
• Escadas de acesso nas posições corretas, contínuas.
278
• Plataformas de serviço, passadiços e cabos de segurança em seus lugares.
Essas verificações devem ser executadas pelo menos uma vez por mês.
Após a montagem, deve-se fazer teste funcional do guindaste, sem carga, para se
certificar da operação correta dos controles, movimentos, funcionamento das chaves
limitadoras e dos freios. Depois os testes devem ser repetidas, com carga, de peso próximo
ao limite de capacidade do guindaste. Por questão de segurança esse teste deve ser
executado em pouca altura e com a área completamente livre de pessoas ou veículos.

Procedimentos de Fixação com Parafusos


Um dos erros mais comuns cometidos durante a montagem de guindastes de torre, é
o procedimento errado ao parafusar e torquear. As porcas e os parafusos deve ser
adequadamente lubrificados, devem ser de tamanho e grau de resistência adequados e
devem ser apertados o suficiente para ofereceram tensão maior do que as cargas dinâmicas
aplicadas. Se a carga dinâmica exceder a pré-carga, a fixação certamente falhará devida a
fatiga.

Aproximadamente 90% do torque necessário para apertar parafusos não lubrificados,


para vencer o atrito. Tendo em vista que o atrito depende da galvanização, da limpeza dos
parafusos, valores específicos de torque não podem ser estabelecidos para determinados
tamanhos de parafusos.

Se não houver disponibilidade de chave de torque de boa qualidade, use o método


“desvirar a porca” para obter aperto suficiente. Sua eficiência depende da uniformidade do
ponto de partida, de onde é medida o início da rotação da porca. Uma vez obtido o aberto,
aplica-se mais meia volta. Dessa forma obteremos um aperto pouco abaixo do crítico
(Fig. 7.35).

Se o parafuso tiver um comprimento superior de que oito vezes o seu diâmetro, o


aperto deve ser 2/3 de volta a mais.

Siga sempre as recomendações do fabricante ao substituir porcas ou parafusos. As


porcas devem ser do tipo “Pesado Semi Acabado” . As porcas leves espanam-se com muita
facilidade ao apertá-los. O grau das porcas e parafusos sempre deve ser o mesmo e devem
ter propriedades adequadas ao serviço. Generalizando, num caso de excesso de aperto,
deve romper o parafuso antes de espanar a rosca.

Os parafusos devem ser de rosca grossa em função de serem mais resistentes e


podem ser torqueados, não exigem tanto cuidado no manuseio e exigem menos voltas para
apertar.

As arruelas devem ser chatas e temperadas, para oferecer uma superfície de apoio
regular sob as cabeças dos parafusos e as porcas, permitindo assim um torqueamento
suave e evitar o desgaste das peças. A utilização de arruelas de pressão tem vantagens
duvidosas. Uma vez afrouxadas além do ponto de pressão soltam-se com maior facilidade
(Fig. 7.36)

As superfícies de apoio devem ser limpas, relativamente lisas e livres de rebarbas.


279

Fig. 7.35 – Ao apertar uma porca pelo método “solta porca”, o aperto adicional a partir
do ponto de pega é obtido por alguns impactos pelo torquimetro de impacto, ou pelo
aperto com chave comum de acordo as especificações do aço e do parafuso.

Os seguintes pontos devem ser também observados ao lidarmos com fixações


parafusadas:

• Nunca reutilizar porcas ou parafusos que foram aquecidos com maçarico durante a
remoção.

• Nunca misturar porcas e parafusos de graus diferentes.


• Porcas e parafusos devem ser estocados em locais abrigados do relento.
• Inspecione as porcas e parafusos de não terem sinais de corrosão, desgaste e outros
danos.

• Use sempre o torqueamento recomendado.


• Não reutilize porcas ou parafusos soltos. Se foi apertado e soltou depois, devem ter a
rosca espanada. Coloque novas porcas e parafusos.
280
A tabela seguinte relaciona os torques mais utilizados para os parafusos populares
grau 5 e 8 (Fig. 7.37). Duas colunas são apresentadas para cada grau de parafuso, “seco” e
“lubrificado”. Os parafusos secos são os que vierem nas embalagens ou sem lubrificação
externa. A segunda coluna se refere a parafusos lubrificados com óleo, grafite, etc.

Diâmetro e Grau 8 Grau 5

Nº de voltas Seco Lubrif. Seco Lubrif.


de rosca Torque Torque Torque Torque

pol. lb. pol. lb. pol. lb. pol. lb.

4 – 40 12 9 8 8
6 – 32 23 17 16 12
8 – 32 41 31 30 22
10 – 24 60 45 43 32
1/4 – 20 144 108 96 75

pol. lb. pol. lb. pol. lb. pol. lb.

5/16 – 18 25 18 17 13
3/8 – 16 45 35 30 23
7/16 – 14 70 55 50 35
1/2 – 13 110 80 75 55
9/16 – 12 150 110 110 80
5/8 – 11 220 170 150 110
3/4 – 10 380 280 260 200
7/8 - 9 600 460 430 320
1- 8 900 680 640 480
1-1/8 - 7 1.280 960 800 600
1-1/4 - 7 1.820 1.360 1.120 840
1-3/8 - 6 2.380 1.780 1.460 1.100
1-1/2 - 6 3.160 2.360 1.940 1.460

Arruela de
Arruela de Aço mole Grau 5 Grau 8
pressão
pressão Aço mole Grau 5 Grau 8

Fig. 7.36 – Não utilizar arruelas de Fig. 7.37 – As cabeças dos parafusos
pressão uma vez que as porcas se levam as marcas de identificação
soltam até o ponto onde a arruela
atua feito mola, e isso é muito vago
como segurança.
281
Considerações Especiais para Guindastes Sobre Trilhos

É indispensável para operação segura de guindastes de trilho, que o trilho esteja em


nível, seja estável e de resistência adequada. Pode acontecer que dois terços da carga
suspensa cai sobre um trem tipo com risco de recalque diferencial (Fig. 7.38). As
deformações aceitáveis dos trilhos de uma linha férrea, podem ter conseqüências perigosas
de instabilidade no caso de guindaste sobre trilhos.

É fundamental que o projeto da fundação dos trilhos do guindaste contemple com


seriedade as condições do solo e que esse projeto seja aprovado por engenheiro civil
experiente. Se não puder ser determinado a capacidade do solo sob os trilhos, por meios
convencionais, deve ser contratada uma empresa de sondagem e investigação de solos.

Fig. 7.38 - É possível que 2/3 do peso total do guindaste caia sobre um dos trem tipo

Os trilhos devem ter uma sub-base substancial de brita de no mínimo de 30 cm de


espessura e 1,2 metros de largura na crista ou de acordo as especificações do guindaste se
for maior do que esse mínimo. A resistência mínima do solo após a compactação não deve
ser menor do que 3,2 kg/cm2 e o solo solto deve ser removido antes do lançamento do leito
de brita (Fig. 7.39).

A pressão transmitida ao solo poderá ser reduzida com o aumento da profundidade


do lastro sob as emendas, mas esse aumento pode causar problemas de compactação e em
casos extremos pode ser necessário um processo de estabilização. O lastro deve ser bem
compactado sob as emendas numa distância não inferior a 60 cm em cada lado e de cada
trilho. Ao compactar o lastro deve se ter o cuidado de não compactar a mais nos eixos dos
trilhos, pois o trilho poderá vir a quebrar se o lastro recalcar sob os trilhos (Fig. 7.40).
282
2
3,2 kg/cm
Remover o solo de superfície
Compactar para
2
3,2 kg/cm
Compactar para Remover o solo de superfície
2
Compactar
3,2 kg/cm
para
2
3,2 kg/cm

min. 1,20 m min. 1,20 m


min. 1,20 m min. 1,20 m
mínimo 30 cm
mínimo 30 cm

Fig. 7.39 – A base do trilho deve estar de acordo com as especificações do fabricante
mínimo 60 cm

mínimo 60 cm

O lastro
O lastro deve
deve serser compactado
compactado no no mínimo
mínimo 60 60
cmcm além
além dasdas pontas
pontas dosdos dormentes.
dormentes.

Cargas
Cargasdo
doguindaste
guindaste

Nunca compactar o lastro sob o centro dos dormentes . . . . .


Nunca compactar o lastro sob o centro dos dormentes . . . . .

. . . . O .dormente vai quebrar


. . . O dormente vai quebrar

A carga do guindaste causa algum recalque e o centro do dormente vai quebrar

A carga do guindaste causa algum recalque e o centro do dormente vai quebrar

Fig. 7.40 – Recomendações sobre compactação do lastro dos trilhos do guindaste

O leito dos trilhos e o trilho devem estar de acordo as especificações do fabricante,


para leitos, espaçamentos de emendas e peso de trilho.

Ao se decidir pela localização dos trilhos, lembre-se que todos os guindastes sobre
trilhos requerem uma folga de 60 cm entre o guindaste e as estruturas adjacentes,
283
estacionárias, e de pilhas de estocagem. Se necessário devem ser construídas muros de
retenção (Fig. 7.41).

Fig. 7.41 – Ao localizar os trilhos, deixar sempre uma folga de no mínimo 60 cm entre
o ponto lateral mais saliente do guindaste e os obstáculos fixos como edifícios ou
pilhas de estocagem de materiais.

Nunca localizar trilhos a distância inferior a 6 metros, de áreas de escavação, aterros,


taludes ou canaletas não escoradas (Fig. 7.42).

mínimo 6 m
mínimo 6 m

mínimo 6 m mínimo 6 m
linha de rompimento linha de rompimento

linha de rompimento linha dede


rompimento
Nunca localizar trilhos a distância inferior a 6 metros, áreas de escavação, aterros, taludes ou
canaletas não escoradas (Fig. 7.42).
Fig. 7.42 – Nunca localizar os trilhos do guindaste, a distância menor do que 6 metros,
de taludes, aterros ou canaletas não escoradas, para evitar desmoronamento e queda
do guindaste

Se a instalação do guindaste é para longo prazo, considere a possibilidade de


utilização de leito de concreto armado, cujas vantagens iniciais são a minimização da
deformação dos trilhos e da manutenção.
284
Os leitos de concreto (Fig. 7.43) devem:

• Ser projetados como vigas contínuas, suportando duas cargas concentradas, móveis.
• Ter fundação própria.
• Enterrados para oferecer estabilidade lateral.
• Ter travamentos transversais.
• Serem equipados com vigas de madeira com sapata de concreto para oferecer
flexibilidade ao trilho e absorver a vibração.

Se forem utilizados dormentes de madeira sobre a base de lastro, certifique-se que:


• Os trilhos estejam montados sobre as vigas que por sua vez sejam fixados com os
dormentes.

Fundação Longitudinal

Fundação Longitudinal

Fundação Independente Distância


depende das
Distância
dimensões
depende das
Fundação Independente das vigas.
dimensões
das vigas.

Lastro com Vigas de Madeira


Lastro com Vigas de Madeira

Lastro com Placas Base


Lastro com Placas Base

Fig. 7.43 – Bases típicos de concreto para fundação dos trilhos

• O lastro seja brita ou areia lavada.


• Se o solo contém argila o lastro deve ser feito de areia compactada para evitar
deslizamento.

• O lastro se estenda ao menos 60 cm para cada lado sob as emendas (Fig. 7.40).
• Os dormentes estejam em seus lugares, ao menos 20 x 30 cm.
• O espaçamento dos dormentes não deve passar dos 50 cm (Fig. 7.44).
285
• Os dormentes se estendem ao menos 40 cm além dos lados dos trilhos e nunca
menos do que 10% da largura dos trilos (Fig. 7.44).

• O espaçamento dos dormentes no fim dos trilhos é menor do que no meio dos trilhos
(Fig. 7.45).

• O lastro é bem compactado sob as dormentes numa distância de 60 cm a cada lado do


trilho.

Independente do tipo de base ou dormente seja utilizada, é necessário usar placas de


travamento entre os trilhos e dormentes e as emendas requerem dormentes duplos, lado ao
lado, para evitar a sobrecarregar as talas dos trilhos, que devem ser fixados no mínimo com
4 parafusos (Fig. 7.46). Os trilhos devem ter barras de travamento, capazes de resistir
tração e compressão, posicionados em espaços regulares sempre sobre os dormentes, para
manter a bitola correta (Fig. 7.47). Não é recomendado a utilização de maçarico para cortar
e fazer furos no trilho uma vez que esse processo causa alterações na tempera do aço e
pode resultar trincas. Os trilhos devem ter o fundo chato, e de seção não menor do que o
recomendado pelo fabricante do guindaste. ë recomendável minimizar as folgas dos trilhos
nas emendas para evitar os choques das rodas do guindaste. As emendas devem sempre
estar alinhadas, num lado com o outro, nunca fazer as juntas alternadas.

Os trilhos devem estar em perfeito nível, paralelos, e sua bitola deve ter a folga
necessária para os flanges das rodas (Fig. 7.48).

Para evitar descarrilamento na extremidade dos trilhos, além da chave limitadora,


devem ser instalados batentes mecânicos, amortecidos, de fixação segura, com uma
distância de meio comprimento do trem tipo (Fig. 7.49) das extremidades dos trilhos.

Os batentes devem ter a altura mínima de meio diâmetro das rodas e ter capacidade
de absorver energia no fator de 1 metro/seg/seg., com 20% da velocidade padrão do
guindaste.

As chaves limitadoras deve ser instaladas numa distância de 2,50 metros das
extremidades dos trilhos, e sua ação deve desenergizar o motor de translado e ainda
acionar os freios.

Os trem tipo do guindaste devem ter uma proteção tipo “limpa trilho” em cada
extremidade, com a folga máxima de 13 mm acima da superfície do trilho (Fig. 7.50) para
evitar esmagamento de pessoas e corpos estranhos.

Todos os trem tipo devem ter presilhas que possam ser fixadas nos trilhos para
imobilizar o guindaste nas paradas de fim de turno ou eventos de ventos fortes (Fig. 7.51).

Um guindaste com a altura segura para operação normal com estabilidade, pode se
tornar instável, mesmo estacionado, durante os temporais, assim no fim do turno e mesmo
durante as tempestades o guindaste deve ser atirantado em quatro blocos de concreto de
tamanho adequado, conforme as recomendações do fabricante do guindaste, para garantir
margem extra de estabilidade durante ventos fortes. Os blocos de concreto devem estar sob
os trilhos e oferecerem meios de ancoragem própria do guindaste (Fig. 7.52).

Ambos os trilhos devem ter conexão elétrica em cada junta por fios grossos ou barras
de cobre e devem ser adequadamente aterradas (Fig. 7.53).
286
40cm
40 cmou
ou10%
10%de
de––ooque
quefor
formaior
maior

50 cm 50 cm
nunca menores do que (máximo)
50 cm 50 cm
nunca20 cm x 25do
menores cmque (máximo)
20 cm x 25 cm

Fig. 7.44 – Locação dos dormentes no trecho do trilho

no fim dos trilhos dormentes duplos


no fim dos trilhos dormentes duplos

ooespaçamento
espaçamentodos
dosdormentes
dormentesdeve
devese se
decrescentena
decrescente naextremidade
extremidadedos
dostrilhos
trilhos

Fig. 7.45 – Locação dos dormentes nas extremidades dos trilhos


287
CargaCarga
das Rodas
das Rodas

Não ! - A carga das rodas


pode quebrar a junta As barras de travamento devem ter o seu
espaçamento em intervalos iguais e sempre
sobre os dormentes

Não ! - A carga das rodas


pode quebrar a junta

As juntas As barras de travamento


dos trilhos devem ter o seu
devem ser espaçamento em
perpedicu- intervalos iguais
laresAs juntas
com e sempre sobre
dosetrilhos os dormentes
a linha
devem ser
alinhadas,
nuncaperpedicu-
lares com
alternadas.
a linha e
alinhadas,
As pontas
dos nunca
trilhos
devemalternadas.
ser
faceadas
As pontas
dos trilhos
devem ser
faceadas

Todos os As barras de travamento devem suportar as


parafusos cargas de tensão e de compressão
devem ser As barras de travamento devem suportar as
Todos os
pelas talas cargas de tensão e de compressão
parafusos
devem ser
pelas talas

Dormentes sempre duplos


sob as emendas dos trilhos

Dormentes sempre duplos SEÇÃO A - A


SEÇÃO A - A
sob as emendas dos trilhos

Fig. 7.46 - Detalhes das juntas dos trilhos Fig. 7.47 – Detalhes dos travamentos
transversais para manter a bitola
correta dos trilhos.

As talas de união comum dos trilhos não são adequadas para aterramento e
continuidade elétrica. Os cabos de aterramento e de continuidade devem ter conectores
soldadas e devem ser parafusadas ou soldadas diretamente com os trilhos. Não use os
parafusos de emenda para esse propósito, devem ser parafusos independentes.
288

Devem ser instalados batentes


amortecidos
Devem sernasinstalados
extremidades
batentes
dos trilhos.
amortecidos nas extremidades
dos trilhos.

Na indisponibilidade de batentes amortecidos, as configurações acima podem ser utilizados

Na indisponibilidade de batentes amortecidos, as configurações acima podem ser utilizados

Distância mínima deve


Distância
ser 1/2 mínima
comprimento de
deve sertipo.
trem 1/2
comprimento de
trem tipo.

Fig. 7.49 – Detalhes de batentes amortecidos nas extremidades dos trilhos

Folga máxima:
Folga máxima:
13 mm
13 mm

Fig. 7.50 - Os trem tipo do guindaste devem ter proteção nas rodas com uma folga
máxima de 13 mm, até o topo do trilho .
289

Fig. 7.51 - Todos os trem tipo devem ter presilhas que possam ser fixadas nos trilhos
para imobilizar o guindaste nas paradas de fim de turno ou eventos de ventos fortes.

As conexões de aterramento devem


atender as exigências das normas técnicas
“Canadian Electrical Code – Part I”. A barra
de aterramento deve ser posicionado no
meio do leito e aproximadamente também
no meio do percurso, deve ter o conector
apropriado que permita a conexão do cabo
de aterramento.

A resistência elétrica do solo deve


ser verificada periodicamente para conferir Os trilhos deve ser paralelos . . .
a eficiência do sistema de aterramento. Os trilhos deve ser paralelos . . .

Antes de lançar o guindaste sobre os


trilhos, o supervisor de montagem deve se
certificar com uma inspeção completa e
rigorosa nos trilhos montados, conferindo a
eficiência dos serviços.

. . . e em nível !

. . . e em nível !

Fig. 7.48 – Inspeção dos trilhos


290

Em vésperas de tempestades e ao
encerramento dos turnos, cuidados
especiais devem ser adotados para
assegurar a estabalidade do guindaste.

Em vésperas de tempestades, e ao
encerramento dos turnos, cuidados
especiais devem ser adotados para
assegurar a estabilidade do guindaste

O guindaste de ser estaiado,


Estacionado no local próprio de estacionamento.

Os trem tipo
devemdeserestacionamento.
O guindaste de ser estaiado, ou . . . Estacionado no local próprio
encunhados

Os trem tipo
devem ser
encunhados

ou

Fig. 7.52 – O guindaste deve ser atirantado nos fins de turno e durante as
tempestades.
291

Continuidade
Continuidade
elétrica não
elétrica não
satisfatória
satisfatória

Conexão
Conexãoparafusada
parafusada

Conexão
Conexão
soldada
soldada

ConexãoConexão
soldadasoldada

Fig. 7.53 – Métodos de conexões de continuidade elétrica, aterramentos e proteção


dos cabos elétricos nos trilhos do guindaste

ESCALADA

Muitos acidentes acontecem durante a escalada do guindaste por não serem


cumpridas as recomendações do fabricante. Essa operação, independente do tipo do
guindaste, é para ser executada por 4 ou 5 pessoas; um homem opera o equipamento de
escalada, dois guiam as catracas nas escadas de escalagem e mais uma ou duas pessoas
colocam os suportes, cunhas e acompanham a movimentação do guindaste.

Antes de estender a altura do guindaste deve ser verificado que:

• A velocidade do vento não está excedendo os 32 km/h permitidos como limite,


• Se a quantidade de contrapesos necessários estão na posição correta no guindaste,
• e a altura máxima não ultrapassa o limite estabelecido para torre auto-suportante ou da
altura acima da ultima escora.
292
• Se a lança está corretamente orientada e travada em relação ao mastro e da direção
do vento,

• Se o mecanismo de escalamento está corretamente acoplado, e o guindaste balanceado.


• Se os acessórios de escalagem, suportes, escadas, dispositivos de travamento estão em
condições, instalados corretamente e ajustados,

• Se o escoramento sob a laje está adequadamente montada e suporta o peso do


guindaste.

• Se o segundo escoramento estão posicionados adequadamente.


• Se as vigas de suporte foram dimensionadas para sustentar as cargas vertical e
horizontal do guindaste, bem como o vão entre os elementos de sustentação no edifício
(Fig. 7.54).

• As catracas de escalamento estão livres e se movimentam com facilidade.


• Se os suportes das escadas de escalamento estão montados pelo menos um piso acima
do piso que sustentará o guindaste. Se o nível não estiver perfeito, devem ser postos
calços para atingir o nível exato, para garantir que as catracas atuem exatamente ao
mesmo tempo durante a escalagem (Fig. 7.55).

Imediatamente antes da escalagem, devem ser liberados as cunhas ou grampos para


permitir a subida livre da torre. O lastro deve ser suspenso pelo próprio guindaste e
movido para a direção necessária para assegurar o equilíbrio do guindaste (Fig. 7.56). É
muito importante verificar se não há obstáculos que possam interferir ou impedir o
escalamento.

• Mantenha em observação constante as catracas, se estão sempre engatadas nas


escadas de escalamento (Fig. 7.57).

Após o guindaste atingir sua posição final e já apoiado nas vigas de suporte no piso,
confira o encunhamento com cunhas de madeira resistente, entre duas lajes, nas quatro
direções, 2 cunhas por lado, no total de 8 cunhas por piso (Fig. 7.58). A altura mínima para o
encunhamento e a carga que as lajes devem suportar estão nas especificações no manual
do guindaste. Finalmente, confira se a torre está no prumo.

Torre
Torre 5 cm
5 cm

Mastro
Mastro

15 cm
15 cm
15
15 cm
cm

25 cm2 5 cm
Cunhas
Cunhas
Cunha
Cunha Típica
Típica
Fig. 7.58 – Usar 8 cunhas por piso, nunca encunhar em mais do que 2 pisos
293

Carga
Horizontal

Carga
HorizontalCarga
Horizontal carga
Carga
Vertical
Carga
Horizontal carga

H1 = Altura Livre da Torre


H21 == Altura
H Altura Total
Livre da Torre
H32 =Altura
H Alturaentre
Total os
da Pisos
Torre
Carga H3 = Altura entre os Pisos
Vertica

Carga Carga
Horizontal Vertical
(toneladas) (toneladas)
31,7
H1 = Altura Livre da Torre
52,0
24,4
27,2 21,4
18,3 49,8
15,2
12,2
22,7 9,2
45,3

18,2

40,8

13,6

36,2
4,6 7,6 10,7 13,9 15,2 21,4 27,4 33,9 39,6
6,1 9,2 12,2 15,2 18,3 24,4 30,5 36,6 41,2
H2 = Distância entre Pisos (metros) H2 = Altura Total da Torre (metros)

Fig. 7.54 – As vigas de suporte devem receber todas as cargas, vertical e horizontal
oferecidas pelo guindaste
294

SEÇÃO A – A
SEÇÃO A – A

Cada catraca deve engatar


completamente na escada.
Cada catraca deve engatar
completamente na escada.

Os degraus da escada
devem estar exatamente
no mesmo nível.
Os degraus da escada
devem estar exatamente
no mesmo nível. TodasTodas
as catracas
as catracas
devemdevem
se mover
se mover
livremente.
livremente.

Fig. 7.55 - Detalhes importantes de escalagem, degraus de escada em nível


295

Lastro

Lastro

Fig. 7.56 – O lastro deve ser posicionado antes da remoção das cunhas.

Escada de escalada
Escada de escalada

Catraca
Catraca

Condição perigosa – A catraca deve encaixar


A catraca deve encaixar
Condição aperigosa
catraca –pode escapar completamente nos degraus
completamente nos degraus
a catraca pode escapar
da escada da escada
da escada
da escada

Fig. 7.57 – Detalhe de encaixe correto da catraca de escalamento


296
DESMONTAGEM

Os procedimentos de desmontagem geralmente é o inverso da montagem, entretanto,


devido as alturas envolvidas e as interferências da estrutura que foi utilizada para a
montagem, a desmontagem é mais difícil e é mais perigoso. Deve ser executado por equipe
experiente e sob supervisão competente, estritamente seguindo as recomendações do
fabricante ou seu representante. Os requisitos para a desmontagem e remoção do guindaste
já devem ser consideradas na elaboração do projeto de montagem.

A remoção pode ser feita por um guindaste montado na cobertura (Fig. 7.59), ou por
um guindaste móvel (Fig. 7.60). e usar o guindaste sobre a cobertura, deve ser feito estudo
sobre como ancorar a máquina e que escoramento é necessário para reforçar a cobertura.
Se optarmos pelo guindaste móvel, devem ser verificados as condições do solo, ou
fundação para esse propósito. Devemos lembrar que a pressão sobre o solo de um
guindaste moderno pode variar de 14 a 70 kg/cm2, assim o solo deve ser firme e em nível e
devemos providenciar dormentes resistentes de madeira para distribuir essa carga. Essas
considerações são mais importantes ainda, se o guindaste deve ser colocado sobre uma
estrutura de cobertura. As cargas aplicadas pelo guindaste podem ser suficientes de
desmoronar toda a estrutura.

Usando guindaste na cobertura ou guindaste móvel devemos verificar o seguinte:

• Se as partes do guindaste devem ser baixadas para a cobertura para posterior


desmonte, isso poderá acrescentar cargas extras.

• Saber o peso de cada componente a ser baixado (Fig. 7.61).


• Nunca soltar pinos, parafusos, cabos de suporte, etc., até a seção ou componente as ser
movimentado, não estiver adequadamente suspenso, fixado, balanceado e seu peso total
já suportado pelo outro equipamento de desmonte (Fig. 7.62).

• Mantenha a área destinada para essa operação absolutamente livre, isole a área.

Dependendo o meio de transporte disponível, a junta entre o anel dentado da base do


guindaste e o anel de topo da torre, podem ser mantidos parafusados para esse tipo de
movimentação. Os guindaste de torre são bastante sensíveis em seus anéis de giro e
parafusos de anéis, já foram constatadas trincas nas soldas dos anéis. Freqüentemente
ocorrem sérios acidentes devido as falhas por fatiga nos parafusos. É rec omendado que:

• A junta entre o anel dentado na base do guindaste e o anel de topo da torre sejam
separados quando em mudança do guindaste para novo local.

• Os parafusos usados sejam destruídos.


• A anel da torre seja verificado se há trincas de solda e a regularidade da superfície de
parafusagem após o desmonte e antes da nova montagem. O contato das cabeças dos
parafusos podem ter sido danificados e consequentemente sujeito a trincas de fatiga.
297

Pau de carga
Guindaste fixo Estais para trás do edifício
Pau de carga
Guincho
Guindaste fixo Estais para trás
do edifício Cabo
Guincho
Cabo
Estais na frente
do edifício
Estais na frente
do edifício

Fig. 7.59 – Desmonte com guincho sobre a cobertura

Fig. 7.60 – Utilização de guindaste móvel e helicóptero para o desmonte de guindaste


de torre
298

Fig. 7.61 – Conheça o peso de todos os componentes a serem descidos

Fig. 7.62 – Nunca desconecte pino, solte parafusos de juntas de componentes


enquanto todo peso da peça não estiver suspensa no guindaste ou guincho de
desmonte.
299
TRANSPORTE DO GUINDASTE

O ponto mais importante é não danificar o equipamento, pois a conseqüência dos


danos normalmente se apresenta no futuro, quando está em serviço em outro local.

Ao suspender as seções estruturais para posicioná-las na carreta ou prancha, nunca


prenda os cabos de içamento nos elementos treliçados para não deformá-los. Sempre
prenda-os nas peças terminais nas extremidades das longarinas onde são feitas as
emendas das seções. A fixação das seções na carreta deve ser com as seções apoiadas
em dormentes, calços de madeira entre as peças, nos lados e sobre as mesmas se houver
mais de uma camada para transportar. Nunca use correntes ou cabos para prender as
seções na carreta – use tiras de lona próprias para esse propósito (Fig. 7.63).

Amarrações com tiras de lona


Amarrações com tiras de lona

Fig. 7.63 – Nunca use correntes ou cabos para amarra as seções estruturais sobre a
carreta – use tiras de lona, específicas para esse propósito.
300
CAPÍTULO 8

PROCEDIMENTOS DE OPERAÇÃO E PRECAUÇÕES

Esse capítulo relaciona as regras de segurança e recomendações que representam a


experiência coletiva de associações de segurança, seguradoras, fabricantes e grandes
usuários de guindastes de torres, no que diz ao respeito de danos pessoais e materiais. A
observação cuidadosa dessas recomendações vai evitar a maioria dos acidentes comuns
relacionados a guindastes de torres.

RESPONSABILIDADES DE GERENCIAMENTO

Não só o operário que está no campo envolvido com serviços de guindaste é


responsável pela integridade física dele mesmo e de seus companheiros, bem com pelo
equipamento. O gerenciamento também tem sua responsabilidade e deve ter consciência
disso.

É responsabilidade da gerência e da supervisão, garantir, que o pessoal envolvido


com a montagem e operação seja bem treinado quanto os procedimentos operacionais e de
segurança.

O empregador deve se assegurar que os guindastes de torre sejam somente


operados por pessoas bem treinadas e competentes, habilitadas e possuidores da licença
emitida pelas autoridades. Os guindastes, como todos os equipamentos pesados, são
equipamentos potentes para poder cumprir a sua tarefa, não se confia uma potência
mecânica em mãos não qualificadas. Deve ter também certeza que o pessoal que
manuseia as cargas seja treinada para isso, conheça os princípios de operação e tenha
capacidade de estimar pesos, distâncias e alturas, bem como, ter visão de segurança, sua e
dos demais envolvidos com a operação.

A elaboração de um plano de segurança, o treinamento de todo o pessoal e a


delegação das responsabilidades individuais é de responsabilidade do empregador. É
responsabilidade do empregador ainda o planejamento de todas as fases de operação,
envolvendo guindastes de torres. Isso inclui, acesso a área, as condições da área de
operações, a remoção de objetos e obstáculos que representam riscos e perigos, como as
redes elétricas.

Em caso de locação de guindastes, as vezes é necessário a contratar serviços de


manutenção dos guindastes, esses serviços devem ser da mais alta qualidade.

É importante designar um elemento para supervisionar a segurança, com autoridade


suficiente para interromper, suspender os trabalhos em caso de práticas operacionais
inseguras. Sem essa autoridade constantemente presente, não podemos contar segurança
absoluta para o pessoal e o equipamento.
301
OPERADORES

Em virtude dos requisitos necessários para a operação segura de um guindaste e a


responsabilidade que isto representa, cada operador deve estar consciente do seu limite
mental e físico para interromper sua atividade, caso não tenha condições seguras de
operação. É de importância fundamental considerar as condições de sua:

• destreza física,
• vista (usando óculos ou não),
• audição (usando aparelho ou não)

Adicionalmente, o operador deve ser um elemento de caráter, emocional estável.


Uma vez que não é possível escrever normas, prevendo todas as situações possíveis de
perigo, o operador deve ter capacidade de reagir rápida e corretamente em situações de
emergência. Devem ser intimamente familiarizados com a máquina, com as normas de
segurança para guindastes de torre e conhecer todas as instruções do manual da máquina.

O Estado de Ontário analisa a escolaridade dos novos candidatos de operadores,


antes de emitir sua habilitação. As licenças graduadas só estão sendo emitidas para os que
receberam treinamento completo, comprovadamente e assim são capazes de operar
qualquer tipo de guindaste de torre, sem restriç ões.

Os operadores devem possuir um livro de registro, individual, onde constam os


registros dos seus treinamentos e da sua experiência em guindastes de torres.

REQUISITOS GERAIS DE OPERAÇÃO

Devemos reconhecer que regras escritas não podem cobrir todas as situações que
podem surgir durante a operação da máquina, nesses casos o operador deve estar
preparado para usar seu próprio bom senso.

Antes da Operação

1- Nunca use ou permita usar um guindaste que não esteja em perfeitas condições
mecânicas. Nunca em sã consciência deve ser utilizado um equipamento que, mesmo
só parcialmente, ofereça a menor margem de perigo, sem antes de comunicar esse
problema ao supervisor, que por sua vez providencie solução, correção do problema.
Sempre que houver dúvida quanto a segurança, o operador não deve operar,
não deve ser mandado a operar o guindaste, até o problema ser sanado.

2- Antes de iniciar a inspeção de operação, teste e mantenha o guindaste dentro das


recomendações desse manual e do manual do fabricante. Substitua as peças que
apresentarem desgastes, danos e defeitos, que possam afetar a operação segura do
equipamento. O operador é responsável por essa inspeção e pela manutenção e
deve:

• Regularmente verificar todas as peças sujeitas ao desgaste e o que encontrar de


falhas, comunicar ao seu supervisor bem como registrar no livro de registros.

• Observar e comunicar ruídos mecânicos estranhos.


302
• Verificar diariamente os freios e as chaves limitadoras.
• Inspecionar diariamente a estrutura, as cunhas, os suportes de escalagem e o
escoramento para constatar se não há falhas.

• Lubrificar regularmente o guindaste, quando está parado.


• Verificar todos os cabos e componentes de içamento conforme o manual.
• Manter a máquina limpa em boas condições de trabalho. Óleo, graxa, barro ou
concreto nas escadas e nos passadiços podem causar sérios acidentes e quando
nos componentes móveis, podem resultar em desgastes e futuros problemas de
funcionamento.

• As proteções e painéis devem estar sempre em seus lugares e bem fixados.


• Conferir as mangueira hidráulicas, danos, vazamentos, etc.
• Inspecionar as caixas de engrenagens, se houver vazamento ou danos. Se for
preciso, completar os reservatórios de óleo.

• Verificar todos os comandos se estão funcionando corretamente.


• Inspecionar todo guindaste se há parafusos, pinos ou travamentos faltantes, se há
trincas nas soldas, gados danificados, elementos estruturais deformados. Reparar
ou substituir componentes faltantes ou danificados antes de voltar a operar a
máquina.

• Verificar as guarnições de freios e embreagens, se há desgastes, graxa ou óleo.


Ajustar os freios e embreagens se houver deslizamento. Danos pessoais no solo,
de materiais e do equipamento podem resultar se negligenciados esses ajustes.

• Mantenha afastado os dedos, mãos, e roupas de componentes móveis, como


correias, engrenagens e cabos. Nunca segure nos cabos para subir no
equipamento ou sobre o cabine. Um movimento brusco pode prender sua mão nas
roldanas.

• Mesmo, sendo operador, nada tendo que ver com a lubrificação ou manutenção
da máquina é interessante ler as seções de lubrificação e manutenção do manual
do fabricante. Conhecimentos de manutenção preventiva podem contribuir a
detectar uma falha da máquina, antecipando assim um acidente.

Nota: A chave geral deve ser desligada antes de iniciar a manutenção.

3) O operador deve estar sempre alerta para possível falhas do equipamento durante a
operação. Se houver alguma falha, desligar o equipamento até localizar o defeito e
sanar o problema. Durante a operação o operador deve:

• Ficar atento para ruídos não habituais, perda ou funcionamento errado dos
comandos de controle.

• verifique se os controles atuam livres e facilmente, sem estanques e travadas.


• fique atento à vazamentos de óleo, corrija -os antes de continuar a operação.
303
• Teste os freios, ao suspender ao primeira carga (alguns centímetros do solo),
não deve ocorrer deslizamento.

• Se houverem mais operadores, notifique o seu parceiro quem vai assumir o


controle , qualquer falha observada.

4) Nunca utilize ou permite outros utilizarem o guindaste de torre se as condições


meteorológicas forem desfavoráveis e representem perigo para o pessoal,
equipamento, carga e o público. Isso significa que as devem ser cuidadosamente
examinadas quanto seu formato e peso se forem içados em dias de vento.

É recomendável evitar suspender cargas que oferecem grande resistência ao vento,


mesmo se seu peso estiver dentro dos limites admissíveis. Sempre devemos nos
preocupar com o pessoal que manuseia as cargas. Já se matou muita gente por
esmagamento ou queda de altura devido o vento que empurrou a carga (Fig. 8.1)

Fig. 8.1 – O vento empurrando a carga, alguém pode se acidentar, por esmagamento
ou queda de altura.

A força do vento pode ser crítico, dependendo de fatores como: localização como
proximidade de outros edifícios altos, variação repentina de força, velocidade e
direção do vento. Na ausência de recomendações específicas do fabricante, devemos
considere como limite para operação segura, ventos até 40 a 48 km/hora, com ventos
mais velozes devemos suspender as operações de guindaste (Fig. 8.2).

5) Se a visibilidade estiver prejudicada por neblina, nevoeiro, chuva ou neve, ao ponto


de não enxergar claramente o sinaleiro, supervisão redobrada é necessário e se for
preciso, o serviço também deve ser suspenso.
304
6) Em temperaturas baixas (geralmente abaixo
dos 0ºC) extremo cuidado é necessário para
não expor a estrutura do guindaste a choques
ou batidas, uma vez que pode ocorrer fratura
de componentes estruturais (Fig. 8.3).

As operações devem ser suspensas se a


temperatura atingir os níveis especificadas
pelo fabricante em suas restrições e na
ausência da especificação desse limite,
devemos adotar para isso a temperatura
limite de –18ºC.

7) Nunca opere ou permita operar guindaste


de torre enquanto a pessoa não estiver Medidor de velocidade
absolutamente familiarizada com a máquina de vento – Anonometro
e sua operação.
Medidor de velocidade
8) Antes de por o equipamento em operação, de vento – Anonometro
confira as proteções, controles, embreagens,
freios, engrenagens e o cabo, se estão
ajustados adequadamente e não oferecem
perigo ao operador, ao patrimônio e ao público.

9) Se houver um aviso afixado nos controles do


equipamento, não ative enquanto esse aviso
não for removido pela pessoa que colocou.

10) Antes de ativar os controles, verifique se a área


está livre, se o pessoal se afastou a distância
segura.

11) Nunca mova um guindaste sobre trilhos sem


antes conferir se não tem alguém nos trilhos.
Se a visibilidade não for aceitável, use um
sinaleiro com radio, toque o sirene antes de
iniciar a movimentação da máquina e durante
o percurso (Fig. 8.4).

12) Nunca permita subirem na torre ou na lança,


não dê carona durante o translado. Use as
duas mãos se tiver que escalar a estrutura
da máquina (Fig. 8.5).

13) Use os Equipamentos de Proteção Individual Fig. 8.2 – Um medidor de


(EPIs), como capacete, óculos de proteção, velocidade de vento no bico
botinas de segurança e luvas raspão, ao da torre é útil para definir se
trabalhar com guindastes de torre. as condições estão ou não
seguras para operação
14) Nunca tente ajustar, reparar ou lubrificar o
equipamento em movimento. Abaixe sempre
a carga, ao solo, trave o bloco do gancho e desligue o controle geral
305

Em tempo
tempo muito
muitofrio
frioos
osmembros
membros
estruturais podem quebrar sem
qualquer aviso.

Fratura térmica

Fratura térmica

Fig. 8.3 – Em tempo muito frio os elementos estruturais podem quebrar – sem aviso.

Sinaleirocom
Sinaleiro comradio
radio

Fig. 8.4 - Se a visibilidade for prejudicada por condições meteorológicas, use


sinaleiro com rádio, toque o sirene antes e durante o translado.
306

Fig. 8.5 – Nunca permita ninguém exceto o operador permanecer no equipamento


durante as operações.

15) O operador nunca deve desviar sua atenção durante a operação do guindaste.

16) Sempre que possível, posicione a carga próximo a torre e de tal maneira que se
minimizem os giros.

17) O operador e o sinaleiro devem ter o cuidado que ninguém fique dentro do raio de giro
do guindaste ou da carga, exceto os participantes autorizados da operação. Não
permitir para ninguém, permanecer de baixo da carga.

18) Uma das precauções mais importantes é determinar o peso da carga, antes do seu
içamento considerar todos os fatores, inclusive não esperados, e conhecer a
capacidade real do equipamento utilizado.

19) Ao determinar o peso total a ser suspensa, devemos lembrar de considerar também
o peso dos dispositivos de içamento (Fig. 8.6). Ao fazer içamento de uma carga com
peso próximo ao limite de capacidade do guindaste redobrar a atenção a esse
detalhe. Leva menos tempo refletir por uns momentos , do que tentar içar – não
conseguir, remanejar e tentar novamente. É também é mais seguro.

Amarração da Carga (“Rigging”)

Consulte a página 132 para essas informações – As considerações são as mesmas.


307

Tudo que estiver entre o


gancho e a própria carga –
deve ser considerado como
peso.
Tudo que estiver entre o
gancho e a própria carga –
deve ser considerado como
peso.

Fig. 8.6 – Tudo que estiver entre o gancho e a própria carga – deve ser considerado
como peso

Manuseio da Carga

Antes de suspender uma carga, verifique, se:


1) A carga está fixada, amarrada segura e adequadamente, impedindo deslocamentos
e não há objetos soltos na carga e na máquina (Fig. 8.7).

2) Os cabos para controlar a carga estão amarrados.

3) A carga está livre para ser içada (não está presa, parafusada, etc.) e todos os cabos
estão pegando a carga.

4) A ponta da lança ou o carrinho está bem posicionada sobre a carga, sobre seu centro
de gravidade, com o cabo de içamento em prumo (Fig. 8.9). As informações do
gráfico de carga só consideram cargas livremente suspensas. Se o cabo de içamento
não estiver no prumo, surgirão esforços e tensões laterais sobre a estrutura do
guindaste, impedindo uma operação segura.

5) Os cabos de içamento estão desembaraçados.


308
6) Não baixe o gancho até o solo para o cabo
de içamento não ficar bambo, se isso
acontecer confira a posição correta de
assentamento do cabo no tambor e nas roldanas.
O cabo frouxo pode traspassar no tambor,
cujas conseqüências podem ser desastrosas.

7) A área está livre de pessoas não envolvidas


com a operação de içamento.

8) Saiba sempre o peso da carga a ser içada.


Nunca use as chaves limitadoras como
avaliadores de peso! Esses dispositivos são
de segurança, só devem atuar em casos de
excessos. Só devem ser ativados quando
ajustados.
As capacidades de carga dos guindastes de
torre são baseadas no peso da carga e no
raio de operação, assim esses fatores sempre
devem ser conhecidos. Deve haver uma Fig. 8.7 – A carga deve estar
pessoa responsável e competente em período amarrada, fixada de forma
integral, para determinar o peso das cargas a segura, impedindo o seu
serem manuseadas. deslocamento.

Fig. 8.8 – Verifique sempre se a carga está livre, antes de iniciar o içamento
309

Giro

Giro

Fig. 8.9 – A carga deve ser mantida diretamente sob o carrinho ou a ponta da lança,
com o cabo de içamento sempre em prumo
310
9) Saiba o raio da carga, que é a distância horizontal entre o centro do guindaste e o
gancho de içamento (Fig. 8.10). Todos os gráficos de carga estão baseados nessa
medida e qualquer erro pode afetar o nível de esforço sobre a estrutura do guindaste.
Se trabalhamos com a capacidade total do guindaste, o raio deve ser determinado
com exatidão. É esse o motivo da utilização de indicador de ângulo nos guindastes de
lança móvel e do marcador de raio nos guindastes de lança plana. Não devemos
esquecer que nos guindastes de lança móvel o raio tende aumentar ao suspender
cargas muito pesadas devido a deflexão da torre. Essa diferença pode ser substancial
em máquinas de lanças longas (Fig. 8.11).

Raio de carga

Fig. 8.10 – Saiba sempre o raio da carga A lança tende baixar sob a
A lança
carga, tende baixar
aumentando sob a
o raio.
10) Evite impactos por içamentos ou abaixamentos
abruptos, inicie o içamento lentamente até
o esticar o cabo de içamento gradualmente.

11) Nunca passe os controles abruptamente para


a velocidade máxima para evitar o rompimento
dos cabos.

12) Para não exceder o limite de carga, devemos Aumento


considerar a carga do vento e das forças que Aumento de raio
atuam durante os movimentos da carga e do de raio
guindaste em operação normal. É essencial,
evitar movimentos bruscos com a carga, como
arrancadas, giros e paradas abruptas, com a
carga suspensa, pois esses movimentos Fig. 8.11 – O guindaste tende a se
abruptos aumentam perigosamente as flexionar para frente sob a carga,
tensões sobre a estrutura do guindaste. aumentando o raio


311
Os movimentos abruptos podem produzir
forças, que podem exceder o peso da
carga manuseada e essas forças podem
causar danos aos cabos, a torre, a lança
ou outro componente do guindaste.
Arrancadas violentas da carga que ficou
grudada ou congelada ao solo, podem
causar efeitos semelhantes aos freios
soltos abruptamente. Nas máquinas com
lança móvel com ângulos elevados da
lança isso pode causar o “chicoteamento”
da lança para trás e causar até a queda
da lança (Fig. 8.12).

13) Os colaboradores devem afastar as mãos


dos locais perigosos para evitar acidente.

14) Ao suspender cargas pesadas, deve ter


cuidado de evitar socos de içamento e
abaixamento abruptos. Suspenda a
carga por alguns centímetros para um
teste de freios.

15) Maioria das máquinas é equipada com Fig. 8.12 – Evitar “chicoteamento”
velocidades variáveis de içamento, de com movimentos abruptos de subida
giro e do carrinho. Nunca passe das e descida de carga, pode derrubar a
velocidades baixa para alta ou inverso, lança.
faça as mudanças de velocidade com
moderação.

16) Alerte o pessoal se afastar da carga ao


baixar ou suspender uma carga, pois
o gancho pode escapar e causar danos
pessoais muito sérios (Fig. 8.13).

17) Se a carga não estiver acomodada de


forma segura abaixe-a e reajuste.

18) Nunca permita pegarem “carona” na


que está sendo içada ou abaixada.

19) Nunca movimente carga sobre as


pessoas (Fig. 8.14).

20) Preste atenção para que a carga não Fig. 8.13 – Cuidado com os cabos e
venha bater em obstáculos em seu o gancho o “chicoteamento” pode
trajeto de içamento ou giro. causar acidentes graves.

21) Se uma carga estancar – uma grande forma de concreto, por exemplo – nunca tente
suspender e girar livremente. As chaves limitadores de excesso de carga podem não
atuar, mas esse giro pode causar falhas estruturais ao guindaste (Fig. 8.15).
312

Fig. 8.14 – Mantenha livre as áreas de carga / descarga – afastando o pessoal

Fig. 8.15 - As chaves limitadores de excesso de carga podem não atuar, mas esse giro
abrupto pode causar falhas estruturais ao guindaste

22) Nunca faça paradas ou arrancadas abruptas durante o giro. O giro deve ser tão
lento, que a carga não seja expelida pela força centrífuga, (Fig. 8.16) aumentando
assim o raio, que pode desmoronar o guindaste. Esse efeito é multiplicado,
313
quando no momento da partida ou parada abrupta do giro. a carga deve ser
mantida sempre em baixo do gancho.

Fig. 8.16 - O giro deve ser tão lento, que a carga não seja expelida pela força
centrífuga, aumentando assim o raio, que pode desmoronar o guindaste.

23) Antes de girar com a carga para depositá-la


no plano elevado, confira se a área coberta
pelo giro está livre (Fig. 8.17).

24) Nunca permita ninguém permanecer, mesmo


trabalhando em baixo de uma carga suspensa
exceto se a carga estiver escorada pelo piso
e as condições estiverem aprovadas pelo
supervisor dos trabalhos.

25) Nunca use o guindaste para arrastar carga


lateralmente (Fig. 8.18) uma vez que tipo de
esforço lateral não é previsto no projeto dos
guindastes e pode danificar, até destruir o
equipamento. Faça somente içamentos no
prumo.

26) Nunca abaixe a carga ou a lança de maneira


que todo cabo desenrole do tambor. Sempre
devem ficar pelo menos duas voltas de cabo
sobrando no tambor. Se isso aconteceu, ao
reenrolar o cabo, confira se a direção do cabo Fig. 8.17 – Mantenha sempre livre a
está no sentido correto. área do giro para evitar acidentes.
314
27) Nunca suspenda cargas com os estropos
de excesso, soltos (Fig. 8.19). Isso é um
procedimento inseguro e é muito perigoso.

28) Cuidado com os contragolpes das lanças


móveis, nunca opere com ângulo de lança
mais elevado do que é o necessário e do
indicado pela tabela de cargas, uma vez
ao aliviar a lança a mesmo pode sofrer um
contragolpe e bater para trás, atingindo a
torre Fig. 8.12).

29) Nunca permita a carga bater nas estruturas


do edifício.

30) Deixe a maior folga possível entre o bloco


do gancho e as roldanas do carrinho.

31) Os cabos elétricos podem ficar enrolados


e danificados se forem dadas mais do que
3 ou 4 voltas de giro, na mesma direção. Fig. 8.18 - Nunca arraste cargas
Desenrole os cabos tempo em tempo, para lateralmente, isso pode danificar o
evitar isso. equipamento.

NÃO !NÃO ! SIM


SIM! !

Fig. 8.19 – Nunca deixe os estropos não utilizados soltos durante o içamento –
prenda-os no gancho.
315
32) O operador nunca deve abandonar seu posto de controle com uma carga
suspensa.

33) Ao carregar ou descarregar caminhões certifique-se que o motorista saia do cabine.


Sempre trabalhe pela parte traseira dos caminhões e nunca faça giro sobre o cabine
(Fig. 8.20)

34) Ao depositar cargas, sempre faça isto sobre dormentes de madeira, adequadamente
calçados, para não danificar os estropos e facilitar a sua remoção (Fig. 8.21).

Fig. 8.20 - Sempre trabalhe pela parte Fig. 8.21 – As cargas devem ser sempre
traseira dos caminhões e nunca faça depositadas sobre dormentes de madeira,
giro sobre o cabine. Certifique-se que bem calçadas, para não danificar os cabos
o motorista saia do veículo. e facilitar a sua remoção.

Riscos Elétricos

A eletrocutação é um dos acidentes mais freqüentes nas obras de construção e a


maioria deles é causado por guindastes tocarem na rede elétrica. Esse envolvimento é mais
flagrante no caso de guindastes móveis mas os guindastes de torre potencialmente são
expostos da mesma maneira, assim os seguintes procedimentos devem ser seguidos.

Temos uma área em volta de cada rede elétrica, como limite de aproximação. É
estritamente proibido levar um guindaste, parte dele ou uma carga dentro dessa área, sem
antes desenergizar a rede ou isolá-la. Não existem exceções! (Fig. 8.22).
316
O limite de aproximação varia dependendo a tensão da rede (Conforme Código de
Normas Canadenses – Z150) é o seguinte:

Até 125.000 V = 3.0 m ; de 125.001 a 250.000 V = 4.5 m ; acima de 250.001 V = 7.5 m

Um segundo requisito que deve ser atendido, tão importante quanto o primeiro. O
guindaste deve ter um homem designado, cuja única tarefa e responsabilidade é a
observação e sinalização para alertar o operador se a lança, a carga ou qualquer outra parte
do equipamento se aproximar a “faixa de limite”. Isto é necessário, independente se o
guindaste está no limite da lança ou não.

Não há substituto para esses requisitos. Todos os dispositivos de proteção, protetores


de lança, isoladores, sensores de aproximação comercializados tem suas limitações sérias e
seu uso causa uma falsa sensação de segurança. Assim, o uso desses dispositivos não
isenta do cumprimento dos requisitos anteriormente citados.

Raio de 3 metros Raio de 4,5 metros Raio de 7,5 metros


Raio de 3 metros Raio de 4,5 metros Raio de 7,5 metros

Acima de 250.000 V
Até 125.000 V Entre 125.000 e 250.000 V Acima de 250.000 V
Entre 125.000 e 250.000 V
Até 125.000 V
Fig. 8.22 - Restrições de acesso de áreas de rede elétrica

Existem ainda outras precauções adicionais de segurança, quando se trabalha em


proximidades de linhas vivas:

• Remover todas as linhas vivas que ficam sob o guindaste e deixar uma margem extra de
3, 4,5 ou 7,5 metros como limite absoluta de aproximação (Fig. 8.23).

• Na impossibilidade de remover a rede, solicitar a concessionária elétrica de isolá-las.

• O operador deve redobrar a atenção das indicações do sinaleiro ao trabalhar próximo as


linhas vivas.

• Reduzir a velocidade de operação, içamentos, movimentos do carrinho e os giros nas


proximidades de linhas vivas.

• Instruir todo pessoal de se manterem afastados da carga. Se a carga, próximo a rede


elétrica tiver que ser guiada com cabos guia, usar cabos de polipropileno, secos, uma
vez que, (Fig. 8.24) os cabos de nylon e cordas retém umidade e assim conduzem a
eletricidade.
317

Certifique-seque
Certifique-se quenão
nãohá
háredes
redeselétricas
elétricasdentro
dentrodos
dosraios
raiosde
degiro.
giro.


3.00 m

Fig. 8.23 – Todas as redes elétricas devem estar ao menos de 3,0 metros ou mais do
ponto externo do raio de operação

• Nunca empilhar, armazenar materiais perto das redes elétricas.


318
• Considere todas as redes como vivas
enquanto não tiver confirmação positiva
do contrário.

• É necessário cuidado especial ao trabalhar


nas proximidades de torres de transmissão
de radio ou TV, uma vez que a lança pode
atuar como antena e pode adquirir carga
eletrostática.
Se isso acontecer, a única solução prática
é criar uma ligação de terra, da torre e da
lança, e conectar ao ponto de aterramento
(Fig. 8.25), mas nunca ao edifício.

a) Nunca usar cordas úmidas.


a)Nunca usarb)
cordasNunca
úmidas.
usar cabos de aço.
b)Nunca usar c)
cabos deUsaraço.
cabos de polietileno, poliester ou polypropileno
em função das propriedades
c)Usar cabos de polietileno, poliester isolantes.
ou polypropileno
em função das propriedades isolantes.

Fig. 8.24 – Usar sempre cabos guia isolantes perto de redes elétricas

É da responsabilidade do usuário do guindaste:


• Providenciar um sinalizador qualificado.
• Providenciar em tempo hábil a notificação para a concessionária elétrica, para obter a
isolação, desligamento da rede elétrica.

• Informando para a concessionária a data de início e do encerramento, bem como se está


sendo planejado alguma alteração de localização.

• Comunicar a concessionária e ao inspetor de segurança, qualquer acidente envolvendo a


rede elétrica, para que possam ser executadas as inspeções e reparos necessários.

• Inspecionar meticulosamente o equipamento envolvido em acidente elétrico, identificando


os danos causados pelo contato elétrico. Os cabos de aço devem ser substituídos em
caso de terem sido atingidos, uma vez que o arco formado é suficiente para os cabos
fiquem “soldados” ou seus fios cortados.

É da responsabilidade do operador a recusar operar o equipamento até


esses requisitos sejam satisfeitos.
319

Ondas de radio
Ondas de radio

Torre de transmissão
Torre de transmissão
de radio ou TV
de radio ou TV

Os guindastes podem atuar como


acumularem carga estática.
O único meio de superar esse
Os guindastes
problema podem atuar como
é um aterramento
acumularem
eficiente. carga estática.
O único meio de superar esse
problema é um aterramento
eficiente.

Certifique-se que o
guindaste seja sempre
Certifique-se que o
aterrado.
guindaste seja sempre
aterrado.

Fig. 8.25 – Recomendações de aterramento do guindaste.


320
Operação de Mais de Um Guinaste na Mesma Área

Se houver a necessidade de operarem mais do que um guindaste na mesma área,


existe sempre a possibilidade de uma colisão, choque de lanças de comprimentos
diferentes, ou da carga.

Para minimizar a probabilidade dessa ocorrência, os guindastes devem ser


posicionados de tal forma, que os operadores tenham perfeita visibilidade das outras
máquinas na área de risco. Os operadores devem ter comunicação direta entre si, via radio,
para poderem alertar um ao outro de algum perigo eminente (Fig. 8.26). É recomendado que
nesse caso o serviço seja controlado por uma pessoa específica, que por sua vez tenha
condições de contato direto com os operadores e demais envolvidos, determinando as
prioridades sobre as máquinas.

Comunicação Via Rádio

Fig. 8.26 – Em caso de perigo de colisão entre guindastes os operadores devem ter
meio de se comunicarem, via radio.

Translado Com a Carga Suspensa

Essa operação é envolvida com tantos variantes, como condições dos trilhos, altura
da torre, comprimento da lança, direções de giro, momentos gerados por partidas e paradas,
etc., que é impossível definir um padrão único de procedimento para segurança absoluta.
Se uma operação dessas for preciso, antes de mais nada devem ser avaliadas as condições
locais, determinadas as práticas de segurança (Fig. 8.27) e trabalhar com as seguintes
precauções:

• O translado deve ser feito de acordo com as recomendações do fabricante.


• A lança deve ser posicionada na direção do translado.
• A freio de giro deve ser ativado.
321
• Nunca fazer translado com carga com peso no limite de capacidade do guindaste.
• Extremo cuidado é necessário quando o translado é com a carga de peso acima de 50%
da capacidade do guindaste. As eventuais irregularidades do trilho sujeitam o guindaste a
choques de carga que devem ser compensadas com a redução de peso no gancho.
• O translado deve ser com a menor velocidade possível.
• Paradas e partidas abruptas devem ser evitadas.
• Cabos de guia devem ser providenciadas para amarrar a carga e controlar sua oscilação.
• A carga deve ser mantida o mais baixa possível, próximo ao solo, para trabalhar com o
cabo de içamento mais longo possível. Isso vai contribuir a reduzir a carga do impacto na
lança, devido a elasticidade do cabo, que aumenta na proporção do aumento do
comprimento.

• Não afaste o guindaste da carga se o peso for acima de 50% da capacidade de carga do
guindaste, para não aumentar o raio. O translado deve ser o mais lento possível.

• Mantenha a lança no ângulo mais baixo possível. Muitos acidentes acontecem por a
lança tombar para trás, sobre a máquina.

• Não inicie o translado enquanto a área não estiver absolutamente livre e desimpedida.

Sinalização

Seja quem for, o encarregado de uma operação (construtor, encarregado,


superintendente), usando um guindaste, deve se certificar, de que há um elemento
competente designado como sinalizador para trabalhar com o guindaste, enquanto essa
máquina está trabalhando sob sua área de responsabilidade.

A legislação pertinente requer que o sinalizador esteja presente sempre que:

a) O guindaste estiver operando em áreas de risco com linhas vivas.


b) O operador não tem visibilidade permanente do gancho e da carga.
c) O operador não pode ver todas as partes da máquina e seu caminho de translado.

É recomendado que sejam utilizados equipamentos de radio comunicação para os


trabalhos de sinalização em operação de guindastes de torre (Fig. 8.28). Houve ocorrência
de muitos acidentes por motivos de mal entendidos de sinais de mão e todos poderiam ter
sido evitados com o uso de radio.

Iluminação adequada deve ser providenciada para operações noturnas.

Se o operador perder o contato com o sinalizador, deve interromper as operações


enquanto a comunicação não for restabelecida. Se a carga for suspensa num lugar e
descarregada noutro, há necessidade de dois sinalizadores.

Se houver algo a comunicar ao operador fora da rotina estabelecida a melhor opção


mandar para as operações de içamento em primeiro lugar.
322

Mantém a lança sempre na


direção do translado
Mantém a lança sempre na
direção do translado

Ative o freio
de giro.
Ative o freio
de giro. Nunca translada
com carga perto
do limite de
capacidade
Nunca translada
com carga perto
do limite de
Mantém a carga o
capacidade
mais baixo possível

Mantém a carga o
mais
Usebaixo
cabopossível
Use cabo
guia para
guia para
controlar
Velocidade de translado controlar
a carga
o mais lento possível, sempre a carga
na direção da carga
Velocidade de translado
o mais lento possível, sem
Fig. 8.27 – Precauções gerais de Fig. 8.28 - É recomendável o uso de radio
translado com carga suspensa. para os trabalhos de sinalização – sinais
de mão não são ideais para sinalização
de guindastes de torre.
O sinalizador deve:
• Estar posicionado para enxergar constantemente a carga e o equipamento,
mesmo na ausência de perigos.

• Ser qualificado e ter experiência nas operações.


• ter habilidade de falar a mesma linguagem do operador.
• Ser o responsável para manter o público e as pessoas não autorizadas fora do
raio de ação do guindaste.

• Orientar o trajeto da carga para que a mesma nunca fique sobre as pessoas.
• Se manter em contato constante com o operador por meio de radio.

Máquina Abandonada
• O operador nunca deve abandonar o equipamento, com carga suspensa, exceto casos
de extrema emergência. Qualquer falha técnica pode causar a queda ou descida brusca
da carga, sobre pessoas ou equipamentos. Os tambores de freio podem esfriar, soltando
o freio. Uma carga suspensa nunca deve depender apenas dos freios para ficar
suspensa exceto com o operador em seu lugar, em prontidão para manusear a carga se
necessário.
323
Ao abandonar o posto de comando, os seguintes precauções devem ser observadas:
a) Abaixar a carga ao solo;
b) Posicionar o carrinho o mais próximo possível da torre para o raio mínimo (Fig. 8.29);
c) Suspender o gancho na posição mais alta;
d) Com guindaste de lança móvel, posicionar a lança em 15º e o gancho mais alto
(Fig. 8.30)

e) Todos os guindastes de torre devem ter a lança de giro livre ao vento, assim a
embreagem de giro deve estar completamente aberta (Fig. 8.31)

f) Se a altura da torre em serviço é mais alta do que fora de serviço, o guindaste deve
ser estaiado ou ancorado ao edifício;

g) Os guindastes sobre trilhos devem ser fixados aos trilhos pelos grampos;.
h) Todos os controles devem ficar na posição “neutra” – desativados.
i) Desligar a chave geral e trancar a caixa de comando.
j) Trancar o console de controle.
k) Trancar a porta do cabine de operação.

Fig. 8.29 – O guindaste deve pernoitar Fig. 8.30 – Os guindastes de lança móvel
com o carrinho posicionado perto da devem pernoitar com a lança posicionada
torre no raio mínimo e o gancho em 15º
suspenso para o ponto mais alto
324

Vento
Vento
Vento

Vento

Fig. 8.31 – O guindaste deve ficar com a lança livre para poder acompanhar a direção
do vento, quando abandonado.
326
“RIGGING” (Amarração de Carga)

Os Quatro Fundamentos Básicos de “RIGGING” São:

1- O Plano Inclinado
2- A Alavanca
3- A Roda e o Eixo (Engrenagem, Polia e Eixo)
4- O Moitão e a Queda

1- O Plano Inclinado
O plano inclinado, ao transportar uma carga sobre roletes, subindo uma rampa ou em
deslizadores subindo em um caminhão, etc., o macaco de rosca (“screw jack”) é um plano
de adaptação.

2- A Alavanca
O pé-de-cabra é uma alavanca típica, usada na prática. Há dois arranjos. O “dedo” do
pé-de-cabra pivote em torno do ponto de apoio e na realidade a força sobre o solo resiste à
pressão para baixo do pé-de-cabra, dando como resultante uma força para cima, contra
qualquer objeto móvel.

A roda e o eixo são na realidade apenas um a adaptação da alavanca, mas enquanto


o movimento da alavanca é limitado, o movimento da roda pode prosseguir indefinidamente.

3- A Roda e o Eixo

Fazendo uso da roda e do eixo, o que na prática é demonstrado por sinos e polias e
engrenagens no mesmo eixo, as trações na correia ou as tensões, são inversamente
proporcionais aos diâmetros das polias ou, em outras palavras, se uma polia é quatro vezes
o tamanho da outra, a tração da correia na polia grande é um quarto da tração da correia na
mesma polia.

Trem de Engrenagens

Se há um trem de engrenagens, tal como um guincho manual consistindo de várias


reduções de engrenagens, a tração teórica que pode ser exercida no cabo de elevação pode
ser prontamente estimada. É natural que uma dedução precisa ser feita para o atrito.

4- O Moitão e a Queda

Para a discussão das forças relativas ao arranjo do moitão e queda assim como no
guincho ou na elevação, o atrito consome uma parte da energia ao mecanismo,
consequentemente a força real aplicada precisa ser algo maior do que o calculado. A
potência desperdiçada em se vencer o atrito pode variar de 5 a quase 100%, dependendo
da condição dos eixos, rolamentos, engrenagens, polias, roletes, etc., e lubrificação.
327
“RIGGING”

1- Os primeiros e mais importantes passos em qualquer operação de “rigging” são, é


determinar o peso real da carga a ser sustentada ou elevada.

2- Tamanho da carga a ser sustentada ou elevada.


3- Altura ou elevação da carga a ser elevada.
4- Linha de centro de gravidade do ponto de engate.
5- Equipamento disponível e capacidade de elevar a carga dentro de sua capacidade
característica.

6- Localização do equipamento de elevação com relação à fundação do suporte.


7- Tipo de engate.
8- Acessórios de “rigging”.
9- Equipamento de reboque.
10 - Giro exigido.

“Rigger” do Passado e do Presente

O “rigger” do passado era muitas vezes chamado de “o homem da ponte”. (Pioneiros do


Progresso Americano).

O “rigging” pesado é provavelmente o mais fascinante e altamente especializado


ofício em todo o campo da construção, entretanto há menos “riggers” pesados altamente
competentes hoje do que havia vinte anos atrás.

Os “riggers” do passado eram conhecidos como homens do ponte, pois a maioria


deles aprendeu seu ofício trabalhando em altas pontes de aço e arranha-céus. Eram uma
raça de homens sem medo, caminhando em vigas de aço numa altura de 60 a 90 metros,
soldando aço, cravando rebites e fazendo todos os tipos de serviço de “rigging”. Moravam
onde quer que houvesse um serviço de “rigging” quando não estavam trabalhando, estavam
falando sobre o trabalho. Esses homens tinham que ser capazes de fazes seu trabalho pois
havia sempre no portão uma dúzia de homens ou mais para substitui-los.

“Rigging” pesado era um ofício em si, quer fosse numa ponte alta, em um arranha-céu ou
um edifício industrial, esses homens ficavam orgulhosos do que sabiam de sua capacidade
de desempenhar seu trabalho.

Hoje “rigging” pesado se divide em vários ofícios. Um “rigger” pode trabalhar em um


projeto como “rigger” e a seguir em algum outro tipo de trabalho em seu ofício. Portanto, há
somente poucos supervisores competentes de “rigging” sendo treinados para satisfazerem a
demanda da indústria.

Eu calcularia que 90% de todas as falhas de ”rigging” acontecem por incompetência


da parte de supervisor de “rigging”, conduzindo as coisas por tentativas ou confiando em
trabalho tentativo.
328
“Rigging” tem sido sempre um campo fértil para trabalho tentativo. Não há
desculpas ou necessidade de justificar falhas de “rigging” ou de acessórios, pois há
numerosas maneiras de inspecionar e testar o equipamento e seus acessórios.

Um Supervisor Competente de “Rigging”

1- Pré-planeja todas as fases de seu serviço ou da sua elevação, com detalhes do


princípio ao fim, embora sejam elevações consideradas pequenas e fáceis de fazer.
Essas são as elevações que as vezes atraiçoam, pois não se lhes dá bastante
consideração.
2- Utiliza o equipamento e os acessórios de “rigging” devidos e está certo de que os
mesmos estão sendo utilizados dentro de seu limite de segurança.
3- Antes de começar um serviço, ele se assegura de que todos em sua turma estão
devidamente avisados, dentro das normas da sua empresa, e de que todos
envolvidos sabem o que devem fazer. Ele fornecerá n i struções através de diagramas,
desenhos ou modelos, de cada movimentação da operação. Ele mantém sua turma
sempre bem informada e também escuta sugestões.
4- Sem dúvida, ele irá pré-testar o equipamento com a carga real a ser erguida, ao nível
do dolo.
5- É muito, muito importante – Ele não vai ser orgulhoso demais, para pedir ajuda, se ele
não estiver completamente seguro de cada fase da sua operação.
6- Ele não vai arriscar vidas humanas, nem bens materiais.

Só 15 anos atrás, um guindaste sobre esteiras, de 50 toneladas era considerado uma


máquina grande. Hoje achamos que uma máquina de 100 toneladas de capacidade é muito
pequena para muitos dos nossos projetos de construção.

Os projetos de construção estão ficando maiores, mais altos e com cargas muito mais
pesadas para serem levantadas e o pensamento dos dias de hoje é pré-fabricar e pré-
montar em grandes blocos, ou em oficinas ou no local da obra.

Isso se aplica a todos os tipos de construção, tais como:

1- Refinarias de petróleo e indústrias químicas.


2- Barragens.
3- Usinas termelétricas e hidrelétricas.
4- Fábricas de papel.
5- Edifícios.
6- Pontes, etc.
Sim, as cargas e o equipamento a serem elevados estão ficando maiores, mais altos
e mais pesados e a produtividade da mão-de-obra está ficando mais baixa.

As companhias estão descobrindo a cada dia, que compensa usar equipamento de


levantamento de alta capacidade, que também permitem a pré-montagem de grandes
módulos, que custam menos serem montados ao nível do solo do que a grande altitude e é
muito mais seguro.
329
O Guindaste Standard Sobre Esteiras ou Chassis

Cargas seguras em guindastes, dependem do seguinte:

1- Fundação embaixo da máquina.


2- Nivelamento da máquina.
3- Comprimento da lança.
4- Raio de operação.
5- Manuseio adequado.
6- Condições do equipamento.
7- Uso do equipamento dentro da sua capacidade característica.
8- “Rigging” adequado.
1- Um guindaste em solo fofo pode perder 50% de sua capacidade de elevação, ao
erguer cargas pesadas ou perto do seu limite de capacidade. A máquina deve ser
perfeitamente nivelada em blocos de madeira ou concreto. Se a máquina estiver fora
do nível, ela perde imediatamente sua capacidade e ao girar, a carga pende eu um
lado da lança e a lança não é projetada para carga lateral. Muitas lanças falharam
desta forma. É proibido girar rápido.

2- (Raio, em metros). É a distância horizontal, ao nível da base do guindaste do pino


central à linha vertical central, através do centro de gravidade da carga suspen sa.

3- Não acrescente contra peso extra em guindastes, sem primeiro consultar o fabricante
do guindaste. As peças vão gastar depressa e o fator de segurança que contém a
máquina será compensado pelo contra peso extra.

4- Não acrescente cabos de espia à lança ou ao pórtico do guindaste. Novamente, irão


sobrecarregar a máquina e “usar” o fator de segurança dela.

5- (Nota) Moitões de carga, lingas, encaixes, vigas adicionais, etc., são considerados
parte da carga.

6- Ao utilizar dois (2) guindaste sobre esteiras ou sobre chassis para elevar uma carga,
tal como vasos de refinarias de petróleo, da posição horizontal para a posição vertical
(sem uma viga equalizadora ou outro meio de equalizar), as máquinas devem ter sua
capacidade reduzida até 65% da sua capacidade nominal, para permitir a
coordenação (isto não aplica a “guy derrick-“s – “pau-de-carga”); o “derrick”, em
cargas mais estreitas, perde 20% da sua capacidade nominal.

7- Ao elevar uma carga que é de 50% ou mais do que a capacidade máxima da


máquina, não faça estimativas aproximadas de peso. Se informações exatas não
podem ser obtidas de documentos de embarque ou de desenhos, pode ser
necessário calcular a carga.

8- Limites seguros de carga para diversos raios devem ser afixados na cabine do
guindaste.
330
9- Antes de elevar cargas, tenha certeza de que o cabo esteja bem enrolado e esteja
junto, no tambor. Observe o embobinamento ao efetuar a elevação.

10 - Todo cabo e todos os acessórios devem ser inspecionados cada dia.

11 - Ao utilizar dois (2) guindastes para levantar cargas, como vasos de refinaria (sem
meios de equalização) “porcas-luvas” devem ser instaladas na fundação e parafusos
de ancoragem da fundação, com parafusos standard de ancoragem, na fundação. À
medida que o vaso assenta sobre os parafusos, ele pode ficar pendurado e fazer a
carga inteira cair em uma máquina.

12 - Ao posicionar vasos petroquímicos verticais, pesados, com um guindaste, “guias-


pilotos” devem ser instalados no topo dos parafusos de ancoragem.

13 - O uso de amarração de cabo pode ser perigoso, principalmente quando usado na


elevação de vasos petroquímicos da posição horizontal para vertical. As amarras irão
entupir e não irão equalizar ao mudar de ângulo e isso poderia dar como
conseqüência a colocação de toda a carga em uma ou algumas partes do cabo.

Recomendamos orelhas de elevação soldadas, para vasoso pesados. Recorra a


vários encaixes de elevação.

14 - O uso de duas (2) voltas de cabo para o levantamento de vasos pesados para a
vertical (se obstruídos) também pode ser perigoso e uma laçada pode passar sobre a
outra, tornando difícil a equalização.

15 - O uso de laçadas de cabo para acompanhar pesados vasos de refinaria para a


posição vertical, também é muito perigoso, pois irão deslizar e ir aos empurrões à
medida que o vaso sobe. É melhor soldar uma orelha de encaixe na base do vaso.

16 - Só um homem deve dar sinais.

17 - Ao elevar uma carga sempre tenha certeza de que a carga está diretamente sob a
ponta da lança.

18 - Ao levar uma carga pesada da posição vertical para a horizontal, destrave o giro na
máquina que esteja suportando toda a carga. Isto permitirá a carga se posicionar
diretamente sob a lança, para evitar carregamento lateral.

19 - Ao deslocar uma máquina com um carregamento pesado, ande em nível e não deixe
oscilar a carga para os lados. Isso produzirá um efeito de rolagem na lança e no
guindaste.

20 - Ao suspender uma carga próxima da capacidade nominal e pretender mover a lança


com a carga, a máquina deve ser testada com a carga a ser na realidade elevada,
movendo a carga ao nível do solo, um mínimo de 1,20 m a mais do que é programada
para ser movida.

21 - Ao movimentar uma máquina com carga pesada, um homem deve caminhar na frente
da carga, para desimpedir o caminho.
331
21b O cabo dianteiro ou parte de transporte da aparelhagem sempre exige mais
tensão ao ser elevado. Ao abaixar a carga, a tensão reverte à última parte (moitão).

22 - Não eleve cargas próximas demais à dois moitões. Isso pode enfraquecer e quebrar
roldanas e cabos.

23 - Para montagens em geral, tal como em petroquímicas, etc., foi determinado ser
menos dispendioso e mais seguro, usar guindastes de capacidade elevada, pois
exigem menos movimento da máquina, mais escoramento e bloqueio, operação muito
mais rápida e mais segura com a mesma quantidade de mão-de-obra em muitos
casos.

24 - Simples livros de “rigging” devem ser fornecidos a todos os “riggers”.


25 - Um serviço ordeiro, limpo é mais seguro e mais produtivo.
26 - Todo “rigger” deve saber como um cabo de aço é construído. Quando um cabo
contorna a roldana, ou é dobrado sobre o pino, todos os fios do cabo devem trabalhar.
O lado de fora fica maior e o lado de dentro fica menor, portanto, se o lado de dentro
não é lubrificado ele não vai trabalhar livremente. Todo cabo de aço vem da fábrica
com uma certa quantidade de óleo, mas se conservado ao ar livre por muito tempo,
virá a secar e a resistência diminuir.

27 - Sapatilhas devem ser utilizadas no cabo de aço ao dobrar sobre pinos, etc., para
aumentar o diâmetro.

28 - Há muitos tipos e resistências de cabos de aço. Não deixe de utilizar o tipo certo para
cada aplicação.

29 - Uso de duas (2) gruas para montagem de vasos de refinaria, etc., é melhor usar uma
grua, sempre que possível, de forma que o ponto de engate esteja logo acima da
linha do centro de gravidade.

Vantagens

A- Os pau-de-carga são mais fortes.


B- Menos cabo nos tambores – mais potência.
C- Cabos de espia mais curtos, mais fortes e mais fáceis de instalar.
D- Menos peso.
E- Como quase a carga total é tirada ao início, os cabos são mais apertados no
tambor (não deslizam).

F- Teste todo o “rigging” no início com quase toda a carga.


G- Pode observar melhor o nível dos moitões da carga principal.
H- Menos espaço para trabalho.
30 - Uso de esticadores em pau-de-carga.
Esticadores pesados são na realidade difíceis de ajustar. O uso de moitões de cabo e
ou elevação mais apertada são preferidos (e mais seguros) com cabos presos na
ancoragem.
332
31 - Tensões adicionais que são aplicados no cabo de aço, na corrente, como um
resultado de carga subitamente aplicada, tal como um puxão ou um impacto, uma
viga, por exemplo, pode suportar com segurança em seu centro uma carga
concentrada de 450 quilos. Se os 450 quilos são deixados cair sobre a viga de uma
altura de 60 cm, a energia desenvolvida no instante do impacto será 450 quilos vezes
60 cm, ou seja, 2700 kgcm. Esta energia deve ser absorvida pela viga e sem dúvida
a viga vai cair.

32 - Acima de tudo, planeje seu projeto como de elevação de início ao fim de um serviço
completo, levando em conta primeiro a segurança.

TABELA DE OLHAIS P

R R P

d d

H H1

SOLDA SOLDA

L f L1

OBS: USAR DIMENSÕES L e H SOMENTE PARA CARGAS (P) VERTICAIS. PARA CARGAS LATERAIS
USAR L1 e H1 - O OLHAL SERÁ CHANFRADO, EM CASO DE CARGAS VERTICAIS, PARA SOLDA.
A SOLDA SERÁ DE TOPO PARA FILETES EM CASO DE CARGAS LATERAIS

P f d R L L1 H H1

2.5 16 25 35 70 95 60 70
3.0 16 25 40 80 110 70 85
3.6 19 25 40 80 110 70 85
4.75 19 26 45 90 120 77 92
6.5 25 29 47 94 125 80 95
8.5 30 32 52 105 140 90 105
9.5 30 35 58 116 155 98 118
12.0 38.1 40 60 120 160 100 120
13.5 38.1 42 66 132 176 110 133
17.0 44.5 45 70 140 187 118 143
25.0 50 54 90 180 240 153 183
35.0 50 62 120 240 320 208 248
50.0 50 74 162 324 432 287 341
75.0 63 86 193 386 515 343 408
100 63 100 250 500 667 450 533
130 69.8 112 290 580 774 524 621
1 1 2 D
C H

L G E A
F
M N P

TONS D A B C E F G H L M N P Tolerância Peso - kg


C A 1 2
0.30 3/16 3/8 1/4 7/8 11/16 9/16 31/32 1.5/32 1/8 1. 1/8 ------ ------ 1/16 1/16 0.02 - - - - -
0.50 1/4 1/2 5/16 1. 1/8 25/32 11/16 1. 9/32 1.7/8 5/32 1. 7/16 1.11/32 - - - - - - 1/16 1/16 0.05 - - - - -
0.75 5/16 17/32 3/8 1. 7/32 27/32 13/16 1.15/32 2.1/8 3/16 1.23/32 1.19/32 - - - - - - 1/16 1/16 0.08 - - - - -
1.00 3/8 21/32 7/16 1. 7/16 1. 1/32 31/32 1.25/32 2.7/32 7/32 2. 1/16 1. 7/8 ------ 1/8 1/16 0.14 - - - - -
1.50 7/16 23/32 1/2 1.11/16 1. 5/32 1.1/16 2. 1/32 2.9/32 1/4 2.11/32 2. 1/8 ------ 1/8 1/16 0.22 - - - - -
2.00 1/2 13/16 5/8 1. 7/8 1. 5/16 1.3/16 2. 5/16 3.9/32 5/16 2.23/32 2. 3/8 3. 1/32 1/8 1/16 0.34 0.37
3.25 5/8 1. 1/16 3/4 2. 3/8 1.11/16 1.9/16 2.15/16 4.7/32 3/8 3.13/32 2.29/32 3.27/32 1/8 1/16 0.65 0.72
4.75 3/4 1. 1/4 7/8 2.13/16 2 1.7/8 3. 1/2 5 7/16 4. 1/8 3. 7/16 4. 7/16 1/4 1/16 0.98 1.28
6.50 7/8 1. 7/16 1 3. 5/16 2. 9/32 2.1/8 4. 1/32 5.3/4 1/2 4. 5/8 3.27/32 5 1/4 1/16 1.53 1.79
8.50 1 1.11/16 1.1/8 3. 3/4 2.11/16 2.3/8 4.11/16 6.1/2 9/16 5. 5/16 4.17/32 5.11/16 1/4 1/16 2.40 2.54
9.50 1.1/8 1.13/16 1.1/4 4. 1/4 2.29/32 2.5/8 5. 9/32 7.5/16 5/8 5. 7/8 5. 1/8 6.13/32 1/4 1/16 3.18 3.56
12.00 1.1/4 2. 1/32 1.3/8 4.11/16 3. 1/4 3 5. 3/4 8.1/8 11/16 6. 7/16 5. 1/2 6.31/32 1/4 1/16 4.35 5.08
13.50 1.3/8 2. 1/4 1.1/2 5. 1/4 3. 5/8 3.5/16 6. 3/8 9.5/32 3/4 7. 1/8 6. 1/8 7.11/16 1/4 1/8 5.72 6.89
17.00 1.1/2 2. 3/8 1.5/8 5. 3/4 3. 7/8 3.5/8 6. 7/8 9.7/8 13/16 7.21/32 6. 1/2 8. 1/4 1/4 1/8 7.85 8.85
25.00 1.3/4 2. 7/8 2 7 5 4.5/16 8. 1/2 11.7/8 1 9. 3/16 7. 3/4 9.19/32 1/4 1/8 12.61 14.20
35.00 2 3. 1/4 2.1/4 7. 3/4 5. 3/4 5 9. 3/4 13.3/8 1. 1/8 10.11/32 8. 3/4 10. 7/8 1/4 1/8 18.64 21.00
50.00 2.1/2 4. 1/8 2.3/4 10. 1/2 7. 1/4 6 12. 1/2 17.3/4 1. 3/8 12.31/32 10.15/16 13.11/16 1/4 1/4 37.88 42.64
75.00 3 5 3.1/4 13 7. 7/8 6. 1/2 14. 1/2 21.1/2 - - - - - - - - - - 13. 1/4 15. 1/8 1/4 1/4 53.98 80.74
100.00 3.1/2 5. 1/4 3.3/4 14. 5/8 9 8 16. 1/2 24.5/8 - - - - - ----- - - - - - 16. 1/4 1/4 1/4 - - - - - 120.20
130.00 4 5. 1/2 4.1/4 10 9 18. 3/8 25.1/16 - - - - - ----- ----- 18 1/4 1/4 - - - - - 153.32

TABELA DE CARGA PARA MANILHAS TIPO ANCORA (m e d i d a s e m p o l e g a d a s) 333


334
Conhecimento Geral de Guindastes

• Parede dos tubos de cima são maiores que dos tubos de baixo para evitar flambagem ao
erguer a lança (caso típico das máquinas que não possuem tirante intermediário).

• Conforme manual de serviço, de 180 pés (54,86 m) acima deve-se usar 2 (dois) macacos
de 50 ton. cada, para auxiliar na abaixar e levantar a lança do solo para não danificar os
rolamentos dos roletes.

• Pista de giro dos roletes na parte superior 7º 15’ – na parte inferior 5º (p/ guindaste
American).

• Esta pista não deve ter contaminação de óleo ou graxa para evitar de estragá-la (limpar a
pista com gasolina ou querosene e ou outros produtos).

• A fogueira sob as patolas tem que ser bem fechada para não danificar as bases.
• Todo raio de operação é em função de giro e não do pé de lança.
• Stop da máquina serve para evitar que a lança caia sobre a máquina e o operador, caso
aconteça de tombar para trás e não é o mesmo material da lança.

• Lança na horizontal até +/- 30º, os contraventamentos que trabalham e acima disso o
esforço na lança passa ser de compressão nos tubos principais.

• Conferir montagem da lança no manual, pois para cada comprimento de lança existe
uma ordem de montagem correta, inclusive dos tensores.

• Quando a movimentação de carga tiver de ser com duas ou mais máquinas, cada uma
das máquinas deverá Ter a capacidade de suportar toda a carga a ser movimentada por
questão de segurança.

• Determinação de carga no cabo de aço quanto ao tipo de carga a ser movimentada, bem
como o ângulo da amarração.

• Se houverem três contraventamentos do módulo da lança danificados em seqüência,


devemos substitui-los.

• Três contraventamentos do módulo da lança seguidos (ou juntos) não devemos usar a
lança, antes de substituir as peças danificadas.

• Se houver ferrugem deve ser retirada com removedor.


• Nunca usar jato de areia nos módulos de lança, pois diminui a espessura das paredes
dos tubos, que já é bastante reduzida para diminuir o peso.

• As lanças devem ser protegidas com borrachas ou madeiras para evitar amassamento,
desgastes nos módulos das lanças.

• Amassamento igual ou superior a espessura do tubo dos módulos da lança deverão ser
consertados conforme já descrito.

• Um módulo de 40 pés (12 m) de lança a tolerância de desalinhamento é de 1/4” (6 mm).


335
• Nunca usar maçarico nos módulos de lança. caso necessite cortar, terá que ser com
serra a frio.

• No caso de empenamento em contraventamentos do módulo da lança, não usar


maçarico para voltar ao normal, terá que ser trocada.

• No caso de Ter que executar serviço de solda, verificar o tipo de solda, de eletrodo,
material a ser soldado, procedimento de soldagem, e nunca usar excesso de solda no
módulo de lança.

• Os tensores não podem ficar soltos sobre a lança no transporte, pois danificam os
módulos de lança.

• Os cabos de aço dos tensores podem sofrer corrosão de dentro para fora, com isso
deve-se fazer teste de carga no IPT, após 6 meses de período de não utilização.

• Os cabos de aço para manusear os módulos de lança devem se emborrachados para


evitar desgastes nos módulos de lança.

• Nunca patolar a máquina parcialmente, devido ao risco de tombar a mesma.


• Se a máquina não tiver nivelamento próprio, utilize nível de pedreiro. Nunca inicie a
operação se não tiver certeza do nivelamento completo da máquina.

• Lona de freio deve ser a original do fabricante devido ao coeficiente de atrito ou


equivalente que atenda a esta especificação.

• Trava de freio do pedal de carga, tem que ser de chapa 1060, devido ao perigo de outra
chapa sofrer desgaste rapidamente, e com isso existe o perigo da trava se soltar, ficando
a carga livre.

• No caso de máquinas importadas que as tabelas de carga estão em libras, deve-se usar
o fator de transformaç ão de 0,4 por segurança e não 0,458.

• Deve-se fazer inspeção diária, em todos os conjuntos de freios e embreagens, para


detectar se não há vazamentos de óleo nas cintas e lonas.

• Nas máquinas modernas, os fabricantes utilizam recursos eletrônicos para o


monitoramento da carga, com isso reduzem bastante as dimensões do equipamento. Por
isso nunca trabalhe com o sistema de monitoramento em condições precárias ou
desligado.

• No caso de módulos de lança serem de cantoneiras, deve-se Ter sempre furo nos cantos
para saída de água.

• Nos lugares em que se utilizam porca com trava, estas não poderão ser substituídas por
porcas comuns.

• Parafusos usados em mesa giratória, elementos de torre, elementos de lança, poderão


ser utilizados no máximo em 3 (três) montagens/desmontagens, mesmo assim após o
teste com revelador de trinca, medição para verificação de alongamento dos parafusos.
336
• Os cabos de aço devem ser inspecionados todos os meses, afim de detectar quebra
dos arames ou outras anomalias.

• As roldanas devem ser inspecionadas a cada 3 (três) meses, afim de acompanhar o


desgaste da canaleta, onde o cabo trabalha.

Norma P&H para Reparo de Lanças Tubulares

(Tradução do boletim da P&H – Escavator Service Manual – Section 1, Division G, Letter 10


de 25/08/1969).

1.0 Objetivo

Esta norma visa fornecer informações para auxiliar a inspeção, assistência técnica e
produção, nos procedimentos para reparos de lanças tubulares danificadas.

2.0 Campo de Aplicação

Esta norma se aplica aos produtos Villares – P&H, Máquinas de Construção,


importadas ou nacionais.

3.0 Materiais das Lanças Tubulares

Os materiais utilizados na fabricação original dessas seções de lança, são todos de


natureza especial e suas propriedades devem ser entendidas e apreciadas, quando
forem necessários cuidados especiais durante a soldagem ou operações de reparos,
para que suas características sejam mantidas. Há também vários Não, que devem ser
obedecidos para que se possa efetuar os reparos com sucesso.

Os materiais e suas aplicações nas lanças são os seguintes:

3.1 Tubos Principais: (P&H 281) Aço liga de alta resistência, tratados
termicamente com resistência ao escoamento de 71 kg/mm2 (100.000 PSI) no
mínimo (Aço T 1 ou STROLOY C).

3.2 Tubos Secundários e dos Quadros das Extremidades: (P&H 280 ou 143)
Aço-doce de baixo teor de carbono com resistência ao escoamento de 39
kg/mm2 (55.000 PSI) no mínimo.

P&H 280 (Tubo Soldado) P&H 143


C - 13/23 C - 15/20
Mn - 30/60 Mn - 60/90
P - 0,07 max. Si - 15/30
S - 0,05 max. P - 0,04 max.
S - 0,05 max.

3.3 Orelhas de Suporte e Levantamento: (P&H 106A) Aço de baixa liga e alta
resistência.
337
3.4 Eletrodos de Solda: Alta qualidade, baixo teor de Hidrogênio.

P&H 109 – (AWS E 9018) P&H 112 – (AWS E 10018)

Estes eletrodos devem ser comprados em recipientes hermeticamente


fechados, e uma vez abertos, manté-los estocados num ambiente com
temperatura acima de 100º C, até que sejam usados. Não devem ficar
expostos mais de 2 (duas) horas à contaminação atmosférica.

Com as informações gerais acima obedecidas, os seguintes itens devem ser


obedecidos antes de qualquer reparo:

4.0 Qualificação para Soldadores e Certificados:

Todos soldadores devem passar pelo teste de soldagem de lanças como indicado nos
procedimentos para soldar lanças. Os testes devem ser efetuados por laboratório de
idoniedade reconhecida e cópias dos resultados destes testes e os certificados devem
ser mantidos arquivados pela inspeção e/ou assistência técnica.

4.1 Procedimentos de Teste para Soldagem

4.1.1 - Materiais:
Tubos principais - P&H 281
Tubos secundários - P&H 280 ou P&H 143

4.1.2 - Dados para Soldagem:


Metal de enchimento - P&H 109 (AWS E 9018M)
Dimensão dos eletrodos: 1/8 a 5/32 conforme a necessidade
Fonte de energia
Posição - horizontal
4.1.3 - Configuração de teste:

3-5 TUBO DE TESTE 3-5 TUBO DE TESTE

1 2 1

TUBO PRINCIPAL TUBO PRINCIPAL

BARRAS DE TRAÇÃO
338
Nota: Soldar os itens 1 e 2 e as barras de traç ão antes de fazer a solda de teste.

Os valores obtidos das peças de teste para a resistência ao escoamento devem ser
no mínimo iguais ao valore requerido pelo material P&H 280 (39 kg/mm2 resistência
mínima de escoamento).

5.0 Inspeção das Partes Danificadas

Antes de se efetuar qualquer reparo, deve-se fazer uma inspeção completa das
seções da lança.

Como guia para essa inspeção, deve-se usar o seguinte critério:


5.1 - Tubos principais da lança:
NÃO E RECOMENDADO NEM AUTORIZADO os reparos dos tubos
principais. Quando uma parte de um tubo principal estiver danificada é
necessário trocar o tubo inteiro.

5.2 - Tubos secundários:


São divididos em dois grupos.
Grupo 1 - Todos os tubos secundários compreendidos lados quatro
lados da lança.

Grupo 2 - Todos os tubos secundários diagonais internos e nos


quadros das extremidades.

Os tubos do Grupo 1 podem ser recuperados se a


profundidade da parte danificada for menos ou igual a
espessura da parede do tubo. A espessura da parede é o
dano máximo aceitável para recuperação. Empenamentos
podem ser endireitados, desde que as deformações nos
tubos estejam dentro da tolerância citada.

A recuperação dos tubos secundários por meio de solda,


deve ser acompanhada por reconstituição com eletrodos de
enchimento, de diâmetros pequenos e baixo teor de
carbono (1/8” – 3/32” - AWS E 7016 - AWS E 7018)
usando pouco aquecimento e mantendo a área o mais fria
possível.

Esmerilhar ou limar o excesso de solda sobre a superfície


dos tubos para minimizar as sobras de solda e para
remover qualquer traço da antiga danificação da lança.

A recuperação dos tubos secundários deve ser avaliada


com base no ponto de vista econômico, porque algumas
vezes é mais caro recuperar os tubos secundários do que
trocá-los.
339
6.0 Procedimentos para Substituir Tubos Secundários

6.1 - Substitua um tubo por vez; complete o reparo antes de remover um


outro tubo, afim de manter o alinhamento.

6.2 - Todo tubo danificado deve ser substituído por um tubo equivalente em
propriedades do material e dimensões. ver a descrição prévia sobre os
materiais.

6.3 - Todo tubo secundário a ser substituído deve ser cortado mecanicamente
diretamente acima do cordão de solda que une ao tubo principal,
deixando-a no tubo principal. Em seguida esmerilhar ou limar esta solda
restante.

Não esmerilhar ou limar a superfície do tubo principal

6.4 - As extremidades dos tubos secundários devem estar próximas da


superfície do tubo principal dentro de uma toler6ancia de 1,6 mm ao
redor de todo contorno, de tal modo que se possa alinhar os tubos
facilmente.

Esta tolerância é muito importante porque um espaçamento maior


redundará numa junta substancialmente mais fraca e também resultará
numa distorção considerável bem como o aparecimento de tensões
residuais.

6.5 - Toda a soldagem dos tubos secundários deve ser feita com eletrodos de
1/8”com baixo calor. A dimensão do cordão de solda deve ser de 3 mm
no mínimo e 5 mm no máximo.

6.6 - Todas as precauções citadas abaixo em O QUE FAZER e O QUE NÃO


FAZER para soldagem das lanças tubulares de aço T-1, devem ser
observadas:

6.6.1 - Não usar chama oxi-acetilênica para cortar a solda do tubo


secundário sobre o principal. O uso de uma serra é o método
preferido quando seguido por esmerilhamento.

A razão para isso é que um calor excessivo irá danificar os tubos


de aço T-1 resultando junta insatisfatória que pode vir a romper-
se.

6.6.2 - Deve-se dispensar um cuidado extremo na remoção de tubos


secundários danificados para não danificar a superfície dos
tubos principais.

6.6.3 - Cuidadosamente, corte os tubos secundários nas dimensões


exatas, obedecendo as tolerâncias nos contornos das
extremidades. Verificar as dimensões originais das lanças antes
de fazer o reparo, para assegurar que o alinhamento dos tubos
principais foi mantido. Um cuidadoso assentamento dos tubos
340
secundários nos tubos principais redundará num cordão de
solda menor e numa junta mais forte.

6.6.4 - Remova um tubo secundário danificado por vez, para manter


sempre a máxima rigidez na seção da lança, enquanto procede a
soldagem de reparo.

6.6.5 - Manter o calor de soldagem num mínimo possível. Solde somente


uma metade de cada junta. Antes de proceder a soldagem da
outra metade, manter sempre a área de solda tão fria quanto
possível. Completar a solda após o esfriamento da primeira
metade soldada.
6.6.6 - Não fazer nenhuma solda sobre o aço T-1 abaixo de 20º C, se
necessário aquecer para essa temperatura, mas NÃO PRÉ-
AQUECER os tubos de aço T-1 acima de 40ºC antes da
soldagem. Mantenha a estrutura fria todo o tempo. É
recomendável que a soldagem não seja feita ao ar livre, como
precaução para que a solda não receba correntes de ar frio e se
esfrie rapidamente, pois isso tem, como conseqüências,
concentrações de tensões.

6.6.7 - Não usar eletrodos que não aqueles especificadamente


autorizadas.

6.7 - Após terem sido completadas todas as soldas de reparo, todas as juntas
e as áreas reparadas devem ser inspecionadas por ensaios não
destrutivos como partículas magnéticas (Magna-Flux).

6.8 - Todos os reparos efetuados devem ser registrados em relatório para


futuras refer6encias com relação a essas seções de lança.

Indicar no relatório sempre que possível as seguintes informações:

6.8.1 - Número de série.


6.8.2 - Nome do cliente.
6.8.3 - Motivo dos danos existentes.
6.8.4 - Condições gerais da lança.
6.8.5 - Outras informações.
Observação: Caso não haja número que identifique a lança ou
prolongamento, gravar em local visível o número do relatório. Cópia do
relatório deve ser enviado para a assistência técnica.

7.0 - Referência: Baseado no boletim P&H:

Escavator Service Manual – Section 1, Division G, Letter 10 de 25/08/1969

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