Você está na página 1de 76

Cimento Portland -Definição-

• É um aglomerante Hidráulico de uma


mistura de Clínquer, uma pequena
quantidade de sulfato de cálcio e
adições.
Breve histórico

• Egípcios (Gesso impuro calcinado)

• Gregos e Romanos (Adição de Pozolana)

• Joseph Aspdim -1824- (Calcário e argila)


Processo de fabricação
Calcário

Moinho de cru

Silo de
Argila farinha

Jazidas Adições de
correção

Adições

Silo de Clínquer Forno rotativo

Silo de Moinho Torre de


cimento de cimento Resfriador de grelhas ciclones
Extração de matérias primas

• Pesquisa

• Lavra

• Plano de fogo
Matérias primas

• Calcário (CaCO3)

• Argila (SiO2 ; Al2O3 e Fe2O3)


Preparação das matérias primas
• Transformar as matérias primas em
farinha através das seguintes operações
unitárias :
BRITAGEM
PRÉ-HOMOGENEIZAÇÃO
SECAGEM
MOAGEM
HOMOGENEIZAÇÃO
Pilhas de Pré Homogeneização

Diferente teores
Dosagem das matérias
primas

• A matéria prima é dosada afim de se


obter uma mistura crua (farinha) capaz de
fornecer um Clínquer dentro dos
parâmetros de qualidade desejados.
Parâmetros de qualidade da farinha

• Composição química (Via Raio-X)


100 CaO
FSC =
2,8 SiO2 + 1,18 Al2O3 + 0,65 Fe2O3

MS = SiO2 MA = Al2O3
Al2O3 + Fe2O3 Fe2O3

Além de :
- Perda ao fogo, resíduo insolúvel, Na e K
Parâmetros de qualidade da farinha

• Finura
– Peneiras #100 e #170

• Homogeneização
– Desvio padrão (FSC)

• Mineralogia
Homogeneização descontínua
Alimentação em silos de farinha

Base com fundo cônico


Mínimo de 3 silos em série
Descarga
Silo com homogeneização contínua

Alimentação Filtro de
Fluidização controlada por mangas
microprocessador

Alimentação do forno
Forno de Clínquer

• Construção
Clínquer -definição-

• É o produto granulado obtido da queima


em forno rotativo de uma mistura
adequada de calcário, argila e adições.
Fabricação do Clínquer

• Envolve as seguintes etapas :

 Pré-aquecimento (Calcinação)
 Clinquerização
 Resfriamento
Reações no interior do forno
 ZONA DE DESCARBONATAÇÃO - 700 a 900 ºC
CaCO3 = CaO + CO2

 ZONA DE TRANSIÇÃO - 1100 a 1250 ºC


3CaO + Al2O3 = 3 CaO.Al2O3
4CaO + Al2O3 + Fe2O3 = 4CaO.Al2O3.Fe2O3
ZONA DE CLINQUERIZAÇÃO - 1300 a 1450 ºC
2CaO.SiO2 = 2CaO.SiO2
2CaO.SiO2 + CaO = 3CaO.SiO2
ZONA DE RESFRIAMENTO - 1250 a 100 ºC
2CaO.SiO2 + 3CaO.SiO2
Componentes mineralógicos do Clínquer

DESIGNAÇÃO FÓRMULA SÍMBOLO

SILICATO TRICÁLCICO 3 CaO.SiO2 C3S


(ALITA)
SILICATO DICÁLCICO 2 CaO.SiO2 C2S
(BELITA)
ALUMINATO TRICÁLCICO 3 CaO.SiO3 C3A

FERRITO ALUMINATO 4CaO.Al2O3.Fe2O3 C4AF


TETRACÁLCICO
C3S - Alita

• Teor 50 a 65 %

 Desenvolvimento de resistências
iniciais

 Alto calor de hidratação


C2S - Belita

• Teor 15 a 25 %

• Taxa de hidratação mais lenta que C 3S

• Responsável pela resistência a idades


mais longas
C3A - Aluminato tricálcio

• Teor 6 a 10%
• Alta reatividade
 Maior responsável pelo calor hidratação
• Importante papel na pega
• Influencia resistências iniciais
C4AF - ferro aluminato tetracálcico

• Teor 3 a 8%

• Contribuição incerta na resistência

• Responsável pela coloração do cimento


Controle de qualidade do Clínquer
• Mineralogia (Via microscopia)

• Finura

• Peso litro

• Composição química (Via Raio-X)


– C3S, C2S, SO3, Mg, CaOlivre e Álcalis
Pré - Calcinador de 5 estágios Alimentação

T=330ªC 1
Etapa Gases Material Exaustão do forno
1ª 330ºC 60 a 100ºC
2ª 600ºC 580ºC 2
3ª 770ºC 760 ºC
4ª 870ºC 850 ºC Pré - Calcinação 3
5ª 900ºC 900 ºC
4
Ciclone
Calcinador 60%
Ar de exaustão 5

Ar-primário
Forno
Maçarico 40%
clinquer
750 Kcal/kg Clínquer

Transportador de cadeia Silo de clinquer

Ar de refrigeração do clinquer
Cimento Portland

• Moagem de cimento

– Etapa onde o Clínquer e as adições passam


por uma operação de cominuição,
resultando no tipo de cimento desejado.
Adições
• Escória
– Ligante hidráulico
– Durabilidade
– Resistência final
• Pozolana
– Impermeabilidade
– Diminui o calor de hidratação
– Inibe reação álcalis-agregados
• Filler calcário
– Melhora trabalhabilidade
Adições

• Gesso
– Retarda o tempo de pega
– Favorece a resistência (até 4% adicionado)
• Sílica ativa
– Melhora a resistência à abrasão e ataque
químico
– Impermeabilidade, aderência e etc.
Razões para utilização de adições
• TÉCNICAS
 PROPRIEDADES ESPECÍFICAS
• ECONÔMICAS
 MENOR CUSTO
 DIMINUIÇÃO DO CONSUMO ENERGÉTICO
• ECOLÓGICAS
 APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS POLUIDORES
• ESTRATÉGICAS
 PRESERVAÇÃO DAS JAZIDAS
Tipos de cimento
Tipo de Composição (% de massa)

Cimento Escória
Sigla Clínquer Material Material
granulada de
+ pozolânico carbonático
Portland alto-forno (sigla Z) (sigla F)
Gesso (sigla E)

CPI 100 -
Comum
CPI-S 99-95 1-5

Composto CPII-E 94-56 6-34 - 0-10

CPII-Z 94-76 - 6-14 0-10

CPII-F 94-90 - - 6-10

Alto forno CPIII 65-25 35-70 - 0-5

Pozolânico CPIV 85-45 - 15-50 0-5

Alta resistência CPV-ARI 100-95 - - 0-5


inicial

CPB-25
Branco CPB-32 100-75 - - 0-25
estrutural
CPB-40

Branco não CPB 74-50 - - 26-50


estrutural
Fonte: Kattar, Eduardo José.(1997)
Nomenclatura

CP II - F - 32
Classe de resistência
Tipo composto aos 28 dias

Composto com Filler


Controle de qualidade do cimento
• Composição química
– SO3, compostos de Bogue
– Perda ao fogo, Mg e álcalis
• Ensaios físicos
– Resistência à compressão – Umidade
– Tempo de pega
– Expansibilidade
– Água para consistência
– Blaine
Expedição

• Ensacadeiras

• Granel
Hidratação

ÁGUA + CIMENTO DISSOLUÇÃO

FORMAÇÃO DE NOVAS FASES HIDRATADAS

TEMPO + ENTRELAÇAMENTO DOS CRISTAIS

RESISTÊNCIA MECÂNICA

Você também pode gostar