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EEB PROF CARLOS ZZIPERER SOBRINHO

DISCIPLINA .: DROGAS TURNO/TURMA: VESPERTINO/ 3º04

PROFESSOR.:

Trabalho sobre as DROGAS

Aluno : Fabio Lucio Lepeck Filho

SÃO BENTO DO SUL 30/06/2022.


Sumário
1- Efeitos do Álcool no corpo.......................................................................................................................................3
1.1- Embriaguez......................................................................................................................................................3
1.2- Gravidez e bebida não combinam...................................................................................................................3
1.3- Danos internos................................................................................................................................................3
1.3.1- Cérebro....................................................................................................................................................3
1.3.2- Coração....................................................................................................................................................3
1.3.3- Fígado......................................................................................................................................................3
1.3.4- Estômago.................................................................................................................................................3
1.3.5- Rins..........................................................................................................................................................3
2- Como a maconha age no organismo Humano?.......................................................................................................4
2.1- Síndrome amotivacional..................................................................................................................................4
2.2- Anestésicos......................................................................................................................................................4
2.2.1- agentes inalatórios:.................................................................................................................................4
2.2.2- gases anestésicos.....................................................................................................................................4
2.2.3- anestésicos intravenosos.........................................................................................................................4
2.3- Consumo de drogas anestésicas por profissionais de saúde...........................................................................4
2.4- Consequências.................................................................................................................................................4
3- Drogas inalantes......................................................................................................................................................4
3.1- Drogas Sintéticas.............................................................................................................................................4
3.1.1- GHB:.........................................................................................................................................................5
3.1.2- Ketamina:................................................................................................................................................5
3.1.3- Metanfetamina........................................................................................................................................5
4- Danos causados pelo cigarro...................................................................................................................................6
4.1- Produtos prejudiciais.......................................................................................................................................6
4.1.1- Monóxido de carbono, CO(g)...................................................................................................................6
4.1.2- Amônia, NH3 (g........................................................................................................................................6
4.1.3- Nitrosaminas............................................................................................................................................6
4.1.4- Nicotina...................................................................................................................................................6
4.2- Cigarro e gravidez não combinam...............................................................................................................7
5- Cocaína, crack, merla e oxi......................................................................................................................................7
5.1- Cocaína............................................................................................................................................................7
5.2- Crack e merla...................................................................................................................................................8
5.2.1- Crack........................................................................................................................................................8
5.2.2-Oxi.................................................................................................................................................................. 8
1- Efeitos do Álcool no corpo
Se apenas algumas doses forem consumidas, o período de ação do acetaldeído é curto e os estragos são menores,
pois ele é atacado por outra enzima, o aldeído-desidrogenase, junto com outra substância, a glutationa, que
transformam o acetaldeído em acetato, uma espécie de vinagre, não tóxica.
Mas a glutationa armazenada no fígado não é suficiente para uma grande quantidade de bebida alcoólica, deixando
o supertóxico acetaldeído por mais tempo no organismo. O que ele causa? Além de aumentar a pressão arterial,
pode causar derrame, mas, mais comumente, causa fadiga, náuseas, irritação do estômago, dor de cabeça.
Reconheceu? É a chamada ressaca. Voltaremos a ela mais adiante.
Enquanto o álcool passa por esse processo químico no fígado, já nos primeiros 20 minutos você começa a se sentir
mais solto, eufórico, como se pudesse fazer e ser tudo no mundo. É aqui que geralmente aparece o conquistador
que existe em você: sua libido aumenta e você se sente mais ousado, irresistível e paquerador. A felicidade e a
excitação nesse momento são comuns, mas essas sensações passam muito rápido.

1.1- Embriaguez
Enquanto que para chegar a esse estado bastam uma ou duas doses, para chegar à embriaguez é um pulinho, ou
mais alguns goles. E assim, com trinta a quarenta minutos de ingestão contínua, você já não tem mais controle do
seu senso crítico. Seu julgamento fica comprometido e você fica sensível ao ambiente, rindo ou chorando ao sabor
do vento.
“O álcool tem ação direta no sistema límbico, do Sistema Nervoso Central, e age como um depressor das funções
cerebrais, diminuindo o centro da crítica da pessoa, que fica mais expansiva. A ansiedade, a variação de humor e a
depressão são consequências da ingestão de bebida alcoólica”, explica Claudio Jerônimo.
Entre os 45 e 90 minutos, o nível de álcool no seu corpo atinge o ápice e a ação diurética começa a funcionar: pode
demorar para que você se levante pela primeira vez para urinar, mas esse passeio vai ser frequente até o fim da
farra.

1.2- Gravidez e bebida não combinam


O álcool ultrapassa a placenta e atinge o feto em desenvolvimento, afetando principalmente o Sistema Nervoso, ou
seja, a primeira coisa desenvolvida no bebê. E, apesar de a fase mais perigosa ser nos primeiros três meses, em
qualquer época da gravidez o álcool pode afetar de tal maneira a gestação que causa a síndrome alcoólica fetal
(SAF), uma condição que impacta a formação do bebê, causando retardo no desenvolvimento psicomotor,
aumentando a distância entre os olhos do bebê, microcefalia, dificuldades de aprendizagem, entre outros
problemas”, afirma o psiquiatra.

1.3- Danos internos   


1.3.1- Cérebro – o álcool afeta o Sistema Nervoso Central e pode causar perda de reflexo, problemas de atenção,
perda de memória, sonolência e coma, que pode levar à morte.

1.3.2- Coração  – o álcool libera adrenalina, que acelera a atividade do sangue no coração, aumentando a
frequência dos batimentos cardíacos.

1.3.3- Fígado  – altera a produção de enzimas, mudando o ritmo do metabolismo do álcool consumido,
ocasionando inflamação crônica, hepatite alcoólica e cirrose.

1.3.4- Estômago  – irrita as mucosas do estômago e esôfago, ocasionando esofagite, gastrite e diarreia.

1.3.5- Rins  – o efeito diurético do álcool acaba por sobrecarregar os rins, comprometendo a eficácia do processo
de filtragem das substâncias que ocorre nesse órgão.
2- Como a maconha age no organismo Humano?
A maconha apresenta um ativo chamado de (THC) tetra- hidrocanabinol, cuja é uma droga alucinógena,
cuja modifica a atividade cerebral, e o THC inibe a percepção de tempo e espaço, causando delírios e
alucinações, interferindo na capacidade de aprendizagem.
Ela deixa os olhos vermelhos e a boca seca, batimentos cardíacos altos, afeta temporalmente a visão e
sistema imunológico.

2.1- Síndrome amotivacional


O usuário não tem mais vontade de fazer mais nada, tudo perde valor e fica sem graça.
2.2- Anestésicos
Entende-se por drogas anestésicas todas as substâncias psicoativas que, quando consumidas por via oral ou
administradas no organismo (seja por via endovenosa, intramuscular ou inalatória, por exemplo), têm
potencial para alterar as funções mentais e cognitivas. Portanto, os anestésicos são fármacos que
podem bloquear as capacidades sensitivas do organismo.

Por isso, tais substâncias são largamente empregadas no alívio da dor — ou analgesia — e no efetivo
bloqueio das funções sensitivas que levam à anestesia durante cirurgias, exames e outros procedimentos
médicos invasivos. Entre os tipos de anestésicos mais utilizados nos serviços de saúde, destacam-se:

2.2.1- agentes inalatórios: gases anestésicos, como óxido nitroso e xenônio;


2.2.2- gases anestésicos, como óxido nitroso e xenônio;
2.2.3- anestésicos intravenosos, exemplificados pelos sedativos hipnóticos, bem como opioides.

2.3- Consumo de drogas anestésicas por profissionais de saúde


Um estudo sobre o uso de medicamentos psicoativos entre profissionais de saúde, publicado na Revista de
Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), confirmou o envolvimento da classe com
drogas anestésicas. Ele aponta que 37,4% do total de profissionais participantes admitiram consumir
remédios tranquilizantes e ansiolíticos, sendo alguns com ação anestésica..

2.4- Consequências
Os anestésicos pode causar parada cardíaca em excesso

3- Drogas inalantes
São substâncias que podem entrar no organismo por meio de aspiração ou pela boca.
Seus efeitos aparecem em pouco tempo, geralmente são a euforia, tonturas, e
perturbações auditivas. Mas logo em seguida os sintomas pioram sendo eles: depressão,
confusão mental, palidez, alucinações e convulsão.
3.1- Drogas Sintéticas
Drogas sintéticas são drogas produzidas pelo homem, através de processos químicos, cujos principais componentes
não são encontrados na natureza..

Ecstasy, LSD, GHB, Ketamina e Metanfetaminas.


3.1.1- GHB: É um depressor do sistema nervoso central com efeitos semelhantes ao do álcool. Encontrado,
geralmente, na forma de sais, sendo misturado em água para uso recreativo. Inicialmente utilizado como substância
anabolizante, teve o seu uso proibido pelo alto risco de superdosagem (overdose).

Denominações:
GHB, G, ecstasy liquido, Blue Verve.

Principais efeitos: Em pequenas doses os efeitos são similares aos do álcool: relaxamento, redução da inibição.
diminuição nas atividades motoras e melhora de humor. Doses mais altas causam tontura, voz pastosa, náusea e
desequilíbrio. A linha entre a dose recreativa e a superdosagem é muito sutil.

Riscos para a saúde: O GHB é um potente depressor respiratório e uma overdose pode causar inconsciência,
convulsões, vômitos e coma. A mistura com o álcool pode ser fatal. O uso em conjunto com o ecstasy pode acarretar
um quadro gravíssimo de convulsão e possível sufocamento. O uso frequente causa dependência severa, com
sintomas de abstinência semelhantes ao do álcool (delirium tremens).

3.1.2- Ketamina: É um anestésico utilizado principalmente em animais. Obtido, normalmente, em lojas de


produtos para animais, na forma líquida passa por um processo de secagem para extração dos cristais, que são
triturados e usados por via nasal.

Principais efeitos: A Ketamina é um anestésico que tem a capacidade de diminuir a percepção corporal e causar
alterações visuais. Em doses pequenas o usuário se sente embriagado, tonto e com movimentos desajeitados e
robóticos. O pensamento se torna enevoado, com a visão de cores brilhantes e sensação de estar sonhando
acordado. Em doses altas o individuo sente que sua mente está saindo do corpo, causando uma angústia de
sensação de morte.

Riscos para a saúde: A ketamina tem um alto poder de dependência psicológica e não é raro o uso frequente e
diário. O usuário frequente tem a sensação de estar sendo perseguido (paranoia). Recentemente foi descoberto, que
a ketamina causa lesões irreversíveis em regiões do cérebro relacionadas à memória e ao pensamento lógico.

3.1.3- Metanfetamina: Um potente estimulante sintético, usado para fins tanto médicos quanto recreativos.
Encontrado sob as formas de pó ou cristais pode ser fumado, aspirado, injetado ou mesmo ingerido com liquido.
Denominações: Ice, Speed. Cristal, Crank, Meth e outros.

Principais efeitos: E um estimulante do sistema nervoso central. Causa euforia, nervosismo, hiperexcitabilidade,
aumento da pressão e dos batimentos cardíacos, suor, tontura, insônia, fala incessante, ranger dos dentes e outros
sintomas semelhantes aos efeitos da adrenalina.

Riscos para a saúde: Além de causar tolerância aguda (o usuário precisa de doses cada vez maiores para obter
o mesmo efeito) e dependência severa, o uso frequente causa uma síndrome denominada psicose anfetamínica
semelhante a um transtorno mental necessitando de tratamento psiquiátrico além da interrupção do uso.
4- Danos causados pelo cigarro
A fumaça do cigarro é constituída de duas fases, a gasosa e a particulada. O que faz mal no cigarro, além de sua
capacidade de desenvolver tolerâncias, levar à dependência e causar síndrome de abstinência, são as substâncias
encontradas nessas duas fases. Sob o ponto de vista toxicológico, as substâncias mais ativas da fase gasosa são o
monóxido de carbono, a amônia e as nitrosaminas. A fase particulada (ou condensada) é constituída de um aerossol
sólido com substâncias voláteis incluídas, ou seja, é uma dispersão coloidal na qual o dispergente (no caso do
cigarro, a água) se encontra na fase gasosa e o disperso (nicotina, alcatrão e outras substâncias), na fase sólida.

Os filtros dos cigarros geralmente retêm 99% das partículas com diâmetro igual ou superior a 0,3 mm. Ao fumar um
cigarro, um indivíduo absorve cerca de 1012 partículas; as mais altas concentrações de poluentes urbanos não
ultrapassam 106 partículas por mililitro de fumaça. As substâncias mais ativas dessa fase são o alcatrão e a nicotina.
O tabagismo passivo (absorção da fumaça do cigarro por não fumantes) também pode causar problemas de saúde.

Os fumantes passivos sofrem também de irritação nos olhos, de aumento de seus problemas alérgicos,
principalmente das vias respiratórias, tosse, cefaleia (dor de cabeça) e aumento de problemas cardíacos, como
elevação da pressão arterial e angina (dor no peito).

4.1- Produtos prejudiciais


4.1.1- Monóxido de carbono, CO(g)
É um gás incolor, inodoro, insípido, combustível, altamente tóxico, formado na combustão incompleta de materiais
orgânicos. O monóxido de carbono forma com a hemoglobina um composto estável, impedindo que ela volte a
transportar oxigênio no organismo. Por isso, o monóxido de carbono pode ser fatal se absorvido em grande
quantidade.

4.1.2- Amônia, NH3 (g)


É formada naturalmente na queima do tabaco, além de ser adicionada ao cigarro como agente de sabor. O
problema é que a absorção da nicotina depende do pH do tabaco. Independentemente do teor de nicotina que o
tabaco tenha em pH ácido (pH q 5,5), o organismo absorve uma pequena quantidade dessa substância e a absorção
é mais lenta, ocorrendo nos alvéolos pulmonares. Por outro lado, se o mesmo tabaco tiver pH básico (pH q 8,5), leva
o organismo a absorver mais rapidamente uma quantidade bem maior de nicotina e diretamente na mucosa bucal. A
amônia é uma substância básica, e sua adição reduz a acidez do fumo, tornando-o mais alcalino, o que faz com que o
organismo absorva mais nicotina, causando maior dependência do cigarro e mais prejuízos à saúde. O teor de
amônia nos cigarros brasileiros é bem elevado, variando entre 13,2 mg e 15,0 mg.

4.1.3- Nitrosaminas
São consideradas uma das substâncias mais ativas no que diz respeito ao desenvolvimento de cânceres em
humanos. H3 C k N k N l O CH3 Dimetilnitrosamina Alcatrão É um líquido negro e espesso que fica em parte retido no
filtro do cigarro e em parte impregnado no pulmão dos fumantes. É tudo o que resta depois de extraídas a nicotina e
a umidade do tabaco.

Quimicamente é constituído principalmente por hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, HPAs, alguns dos quais são
comprovadamente carcinogênicos, como, por exemplo, o benzopireno. Saúde e sociedade 110 Capítulo 4
Benzopireno O alcatrão contém ainda vários outros compostos, como fenóis, cresóis, nitrosaminas não voláteis (N-
nitrosonornicotina, N-nitrosoanatabina), íons metálicos (ferro, cádmio, crômio, manganês, zinco) e compostos
radioativos, como o polônio-210.

4.1.4- Nicotina
É uma substância de caráter básico. Quando pura se apresenta na forma de um líquido oleaginoso e incolor que, em
contato com o ar, se oxida, tornando-se pardo-escuro, e faz parte de um grupo de compostos denominados
alcaloides.
Quando a fumaça do cigarro é tragada, a nicotina é imediatamente distribuída pelos tecidos e absorvida pelos
pulmões, chegando ao cérebro geralmente em 9 segundos. Apresenta leve ação estimulante, reduz o apetite e
aumenta o batimento cardíaco, a pressão arterial, a frequência respiratória e a atividade motora. Por outro lado,
deixa os dentes amarelados, os cabelos, as roupas e o hálito com odor forte e desagradável e a pele envelhece mais
rápido devido ao aumento de radicais livres. Além disso, diminui a capacidade física e respiratória, o que prejudica a
realização de atividades como correr, subir escadas, caminhar, dançar. Ao longo do tempo, a nicotina desenvolve
tolerância no organismo, o que leva o fumante a aumentar progressivamente o número de cigarros diários.

A maioria dos fumantes, quando suspendem repentinamente o consumo de cigarros, pode entrar em síndrome de
abstinência, reconhecida pelos seguintes sintomas: fissura (desejo incontrolável por cigarro), irritabilidade, agitação,
prisão de ventre, dificuldade de concentração, sudorese, tontura, insônia e dor de cabeça. Sabe-se que a
dependência do cigarro em adolescentes e adultos jovens é maior em filhos de pais fumantes. O que ainda se
discute é se o início do tabagismo, nesses casos, seria consequência do exemplo vindo de casa ou da necessidade
orgânica criada por anos de inalação involuntária da nicotina. Parar de fumar faz muito bem, mas exige um grande
esforço.

4.2- Cigarro e gravidez não combinam


“[...] Abortos espontâneos, nascimentos prematuros, bebês de baixo peso e menor comprimento, hemorragia e
morte de recém-nascidos são algumas das complicações do cigarro durante a gravidez. Ao fumar um único cigarro, a
mãe está transmitindo, através da corrente sanguínea, as quase 5 mil substâncias tóxicas presentes no cigarro para
seu filho. No período de amamentação, o bebê recebe as substâncias através do leite materno. Os efeitos da
exposição materna ao cigarro são drásticos: em poucos minutos, os batimentos cardíacos do feto aceleram, devido
ao efeito da nicotina sobre o aparelho cardiovascular, além de aumentar as chances de o bebê desenvolver
complicações respiratórias, asma e alergias.

5- Cocaína, crack, merla e oxi:


O crack, a merla e o oxi são formas diferentes de administração da mesma droga, a cocaína, um estimulante do
sistema nervoso central (SNC).

5.1- Cocaína
A cocaína (fórmula abaixo) é extraída das folhas da Erythroxylon coca, uma planta encontrada exclusivamente na
América do Sul.

Por suas propriedades vasoconstritoras, já foi empregada no passado como anestésico tópico em cirurgias
oftalmológicas e otorrinolaringológicas. O uso das folhas de coca para fazer chá é bastante comum (e legal) em
alguns países; sob a forma de chá, pouca cocaína é extraída das folhas, e menos ainda é absorvida pelos intestinos. A
pouca cocaína que passa para a corrente sanguínea é levada ao fígado, onde é metabolizada antes de chegar ao
cérebro; logo, utilizada dessa forma, não causa danos.

Utilizada dessa forma (ilegal), a cocaína tem um efeito devastador sobre o organismo. A substância é um estimulante
do sistema nervoso central (SNC), provoca hiperatividade, excitação, insônia, estado de alerta e falta de apetite.
Torna os reflexos mais rápidos, mas causa perda de autocontrole.

Os efeitos iniciais de bem-estar que ela provoca geram no usuário uma compulsão incontrolável para utilizar a droga
repetidas vezes (fissura) e a aumentar cada vez mais sua dose na busca de efeitos mais intensos. Doses maiores,
porém, geram comportamento violento e agressivo, irritabilidade, tremores e paranoia (desconfiança de tudo e de
todos, sensação de estar sendo perseguido e vigiado).

Fisicamente podem ocorrer dilatação das pupilas (midríase), que deixa a visão embaçada, dor no peito, contrações
musculares, convulsões, elevação da pressão arterial, taquicardia e coma. O uso crônico da cocaína pode levar à
degeneração irreversível dos músculos esqueléticos, conhecida como rabdomiólise. Doses muito elevadas
(overdoses) podem provocar parada cardíaca por fibrilação ventricular ou morte pela diminuição de atividade de
centros cerebrais que controlam a respiração.

5.2- Crack e merla


Derivados da cocaína A pasta da coca é um produto grosseiro, obtido das primeiras fases de extração de cocaína das
folhas da planta, quando estas são tratadas com bases fortes, ácido sulfúrico e solventes orgânicos. Com alto teor de
impurezas, é fumada em cigarros chamados “basukos”.

5.2.1- Crack
É obtido da pasta de coca acrescida do bicarbonato de sódio e amônio, sendo comercializado na forma de pequenas
pedras porosas. É pouco solúvel em água, mas como passa da fase sólida para a fase de vapor numa temperatura
relativamente baixa, 95 °C, pode ser fumado em “cachimbos”.

5.2.2-Oxi
É uma droga mais barata e mais letal que o crack. Também é obtido da pasta de coca, só que em vez da adição de
bicarbonato de sódio e amoníaco, é preparado com querosene e cal virgem que oxidam o produto, daí o nome.

O oxi é extremamente nocivo ao organismo, seus usuários adquirem uma cor amarelada devido a problemas de
fígado, sofrem fortes dores estomacais, dores de cabeça, náuseas, vômitos e diarreia constante.

Por serem fumadas, essas drogas vão direto para os pulmões, órgãos intensamente vascularizados e com grande
superfície, o que proporciona uma absorção praticamente instantânea. Dos pulmões, a cocaína passa para a
circulação sanguínea e chega rapidamente ao cérebro.

Os efeitos começam a ser sentidos em no máximo 15 segundos, porém, duram apenas em torno de 5 minutos. A
curta duração dos efeitos faz com que o usuário volte a utilizar a droga com mais frequência que por outras vias
(nasal e endovenosa), aproximadamente de 5 em 5 minutos, o que leva à dependência mais rapidamente. A fissura,
no caso do crack, da merla e do oxi, costuma ser avassaladora, já que os efeitos da droga são muito rápidos e
intensos. A falta de apetite é outra característica marcante.

Em menos de um mês, o usuário costuma emagrecer de 8 kg a 10 kg. Após o uso intenso e repetitivo, começam a
predominar sensações muito desagradáveis, como cansaço, depressão intensa e desinteresse. A paranoia também é
intensa e provoca grande medo e desconfiança, podendo levar o usuário a atitudes agressivas.

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