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MÉTODO DA PERCENTAGEM CONSTANTE

o método da porcentagem constante é também conhecido como método de Matheson ou


Exponencial, ou ainda método da porcentagem fixa sobre o valor contábil. Este método
necessita de incorporar o valor residual no cálculo da depreciação. O valor da depreciação, à
medida que tende a obsolescência, vai diminuindo, sendo sempre maior no início da vida útil.
Mostra-se eficiente em demonstrar o declínio do valor de mercado do ativo e determinação do
valor residual. (MIRANDA; GANDRA; MIRANDA; DURRANT; MACÊDO NETO; MIRANDA, 2021)

Segundo Sampaio, Machado, Silva e Zanuncio (2021) O método exponencial, também


conhecido como método de Mathenson, baseia - se em uma taxa crescente de depreciação
sobre o valor residual do ano anterior.

Este método estabelece uma depreciação constante em percentual, e continua em cada


período igual ao valor de uma taxa calculada aplicada ao valor residual do período anterior,
isto é, a depreciação no final de um período é igual ao produto do valor residual do início pela
taxa calculada, sendo o valor da taxa função do tempo de amortização e do Valor do Novo e do
Valor Residual Final ou Valor de Sucata. (ABUNAHMAN,2000)

A equação para obtenção do valor da depreciação é dada por:

T =1−

n V Rn
Vn

Sendo:

T= Taxa calculada

Vn= Valor do Novo (custo da máquina em funcionamento)

VRn= Valor Residual após “n” anos

Em virtude do tipo de cálculo, extremamente repetitivo e com grande número de casas


decimais, seria aconselhável a utilização deste método com auxílio de computador. A planilha
eletrônica facilita, sobremaneira, os cálculos acima.
Figura X Fonte: ABUNAHMAN,2000

Figura X Fonte: ABUNAHMAN,2000

Método do Fundo de Amortização

No que se refere à amortização, as empresas necessitam da recuperação do capital aplicado na


aquisição de direitos de duração limitada (patentes etc.) ou de bens com prazo legal ou
contratualmente limitado, e em custos, encargos ou despesas registrados no ativo diferido.
(OLIVEIRA NETO,2008)

Na perspectiva contabilística, a amortização refere-se à perda de valor sofrida pelos bens


imobilizados como capital (ou ativo) fixo, que se depreciam com o tempo. Na perspectiva
fiscal, aquela perda é considerada um custo e pode ser deduzida aos lucros tributáveis. As
deduções são feitas em função de taxas estabelecidas por lei. Uma amortização é, assim, uma
reserva financeira que se vai constituindo ao longo do período de vida de um bem, com o
objetivo de o substituir no fim desse período (ASSIS, 2006).

As amortizações e reintegrações do exercício são despesas que registam a perda temporal de


valor dos equipamentos usados na produção de bens e serviços e representam uma reserva
financeira que irá permitir a substituição daqueles equipamentos no final da sua vida útil.
(ASSIS, 2006).

Determina-se um "fundo imaginário" onde seria aplicado o valor depreciado, devendo o


mesmo render juros previamente estabelecidos, que por finalidades didáticas
estabeleceremos em 30% a.a. como sendo o valor que um industrial obtém como rendimento
de seu capital aplicado. (ABUNAHMAN,2000)

Ainda, segundo o autor, para facilitar a determinação do valor a ser colocado neste fundo a
cada período usaremos o seguinte artificio:

1) Depositaremos um valor unitário neste fundo e analisaremos seu comportamento;

2) Dividiremos a depreciação total D T pelo montante obtido no fundo acima, após N períodos,
correspondente a vida útil. Obteremos, então, o valor constante a se depositar no "FUNDO DE
AMORTIZAÇÃO" que, com a taxa estipulada inicialmente, permitirá a compra de nova
máquina, utilizando-se a máquina depreciada (V R) como parte de pagamento.
(ABUNAHMAN,2000)
Figura X . Fonte: ABUNAHMAN,2000

Figura X Fonte: ABUNAHMAN,2000

Para encontrar a vida útil dos bens, podem ser utilizadas tabelas como as publicadas por Gatto,
2007 (in Engenharia de Avaliações, Pini, 2007), das quais destacamos duas, a seguir :
Segundo De Camargo Lima, existem diversas tabelas que fornecem vida útil às máquinas e
equipamentos rurais, exemplificamos através desta, de Daudt.1996:

EXEMPLO:

Avaliar um
grupo
moto
gerador,
comprado
a cinco
anos
passados e
que
apresenta
vida
aparente
de dois
anos. O modelo similar é vendido atualmente por R$ 52.000,00 (cinquenta e dois mil reais).

Solução:

a) Pelo método de Cole


A depreciação total ou acumulada é dada por:

V Ap× (2 N− Ap+1 )× D
D A= p

2
Onde:

D A = depreciação total

V Ap = idade aparente do equipamento = 2 anos

N = vida útil do equipamento (14 a 20 anos) = 15 anos

D p = fator ou parcela de depreciação anual.

Sendo:

2 ( V n−V )
D p= r

N ( N +1 )
Onde:

V n= valor do equipamento novo (preço de aquisição atual) = R$ 52.000,00

V R= valor residual, entre 5% a 20% de V n(tomamos, no caso, 15%) = R$ 7.800,00

Substituindo na fórmula, temos:

2 ( 52.000,00−7.800,00 )
D p= D p=368,33
15 (15+ 1 )

2× ( 2× 15−2+1 ) ×368,33
D A= D A =10.681,57
2

O valor V n do equipamento, no estado será:

V m=V n- D A =RS 52.000,00−¿ R$10.681,00

V m=R$ 41.369,00 (quarenta e um mil trezentos e sessenta e nove reais)

b) Pelo método da Percentagem Constante A taxa de depreciação é calculada pela fórmula:

T =1−

n V Rn
Vn
Sendo:

T= Taxa calculada

V n= Valor do equipamento novo = R$ 52.000,00

V Rn= Valor residual = R$ 7.800,00

T =1−

15 7.800,00
52.000,00
T=1- 0,881196473 = 0,1188

Aplicando a taxa sobre o valor novo, temos:

0,1188 x R$ 52.000,00 R$ 6.177,00 que é a depreciação no primeiro ano.

Valor da máquina no 1° ano: R$ 52.000,00 - R$ 6.177,00 =R$ 45.823,00

0,1188 x R$ 45.823,00= R$ 5.443,68 que é a depreciação no segundo ano.

Valor da máquina no 2° ano: R$ 45.823,00 - R$ 5.443,00= R$ 40.380,00

Como a idade aparente é de dois anos, tem-se, finalmente:

V m=R$ 40.380,00 (quarenta mil trezentos e oitenta reais)

Que é bastante compatível com o obtido anteriormente.

AVALIAÇÃO DE JAZIDAS MINERAIS: FORMULA DE HOSKOLD

O valor dos bens imóveis reside na sua capacidade de gerar renda, que é
proporcionada pela localização, condições de acesso, infraestrutura pública nas
proximidades, aptidão dos solos às atividades inerentes, infraestrutura de apoio
no próprio imóvel, condições climáticas, restrições ambientais e legais,
capacidade de gerenciamento, dentre outras inúmeras variáveis. ( DE CAMARGO
LIMA, 2014)

DO BAIRRO

O bairro de Jacarepaguá é um dos que se apresentam com melhores condições de


desenvolvimento na cidade do Rio de Janeiro, tanto sob o aspecto residencial, pela existência
da estrada Grajaú - Jacarépaguá, como da recente implantação da "Linha Amarela"

É o principal logradouro da região, dispondo até o Rio Centro de duas pistas independentes de
mão e contra mão, pavimentação asfáltica muito boa, iluminação a vapor de mercúrio,
escoamento pluvial adequado e perfeita sinalização. No trecho do imóvel a pista é única,
dotada de toda infraestrutura urbana, existindo nas proximidades comércio, assistência
médica, templos religiosos e áreas de lazer.
A jazida de granito está localizada num terreno resultante de diversas áreas que foram
adquiridas paulatinamente pelo Grupo Empresarial que detém o "Direito de Lavra". A área da
jazida é delimitada por um polígono irregular que tem vértice a 425,00 m no rumo verdadeiro
de 35° NE, do canto NE da ponte na estrada dos Bandeirantes sobre o rio Calimbá

Os terrenos, após o remembramento das áreas, passaram a totalizar uma superfície de


1.111.259,00 m² sendo parte no plano, parte em aclive acentuado e parte constituindo a jazida
de granito com cerca de 80.000.000,00 m² de reserva aproveitável. Do total da gleba,
destacamos:

• Jazida de granito: 215.418,00 m²

• Terreno aproveitável: 835.841,00 m²

• Reserva florestal: 60.000,00 m²

TOTAL: 1.111.259,00 m²

CÁLCULOS AVALIATÓRIOS PARA OBTENÇÃO DO VALOR DA JAZIDA

A jazida de granito em tela é de excelente qualidade e fácil exploração, com uma reserva
estimada de cerca de 80.000.000,00 m². Sua exploração permitiu a retirada nos últimos três
anos da seguinte produção de brita:

1.995: 587.391,00 m²

1.996: 490.376,00 m³

1.997: 530.842,00 m²

A produção média nos últimos três anos, em números redondos, é de 536.000,00 m².

Com a reserva de cerca de 80.000.000,00 m², seu esgotamento ocorrerá após 149 anos de
exploração. Entretanto, por cautela e atendimento às possíveis mudanças de legislação sobre a
exploração de pedreira em núcleos urbanos, considerando o notável surto de progresso que
ocorre na região, iremos considerar uma expectativa de exploração de 20 anos (n).

Tendo em vista que o preço do m' da brita referido a junho de 1998 é de R$ 25,00/ m3, o valor
da jazida será calculado através da formula de HOSKOLD, a seguir:

V L
j=
t
n
+i
R −1

Onde:
V jV= valor da jazida

L = lucro médio anual obtido na exploração dos três anos antecedentes à avaliação,
devidamente corrigido para a data base =

R$ 25,00/m³ x 536.000,00 m³ - despesas - RS 13.400.000,00 x

(1-0,35) R$ 13.400.000,00 x 0,65 R$ 8.710.000,00

n = número de anos lucrativos previstos (expectância) = 20

t = taxa de amortização = 1/n = 1/20 = 0,05

R= 1+t unidade de capital acrescida da taxa de amortização

¿ 1+0,05=1,05
I=juros legais anuais= 12% = a,12

Substituindo na fórmula, temos:

V 8.710 .000,00
j=¿ =R $ 57.972 .910,00 ¿
0,05
20
+0,12
1,05

ou, em números redondos:

VALOR DA JAZIDA=¿ R$ 58.000.000,00


(Cinqüenta e oito milhões de reais)

REFERENCIAS

ABUNAHMAN, Sérgio Antônio. Curso Básico de Engenharia Legal e de Avaliações. rec. Amp.


São Paulo: Pini, 2000

ASSIS, Rui. Métodos de amortização. Rio de Janeiro: Pini, 2006.


DE CAMARGO LIMA, Marcelo Rossi. Avaliação de propriedades rurais: Manual básico: a
engenharia de avaliações rurais aplicada às fazendas. EDITORA LEUD, 2014.

MIRANDA, Adalberto Gomes de; GANDRA, Jonhnny Jeyson da Costa; MIRANDA, Adailza
Aparício de; DURRANT, Steven Frederick; MACêDO NETO, José Costa de; MIRANDA, Adailson
Aparício de. Depreciação de máquinas e equipamentos usando os métodos linha, cole,
percentagem constante e caires / depreciation of machinery and equipment using, line, cole,
constant percentage and caires METHODS. Brazilian Journal Of Development, [S.L.], v. 7, n. 2,
p. 13736-13753, 2021. Brazilian Journal of Development. http://dx.doi.org/10.34117/bjdv7n2-
136.
OLIVEIRA NETO, Aroldo Antonio de; JACOBINA, Asdrúbal de Carvalho; FALCÃO, Jales Viana.
A depreciação, a amortização e a exaustão no custo de produção agrícola. Revista de Política
Agrícola, v. 17, n. 1, p. 5-13, 2008.

SAMPAIO, Iara Silva; MACHADO, Carlos Cardoso; SILVA, Valéria de Fatima; ZANUNCIO, José
Cola. Influence of the depreciation method on the wood transport cost. Ciência Florestal, [S.L.],
v. 31, n. 1, p. 145-156, 15 mar. 2021. Universidad Federal de Santa Maria.
http://dx.doi.org/10.5902/1980509832812.

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