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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL

DE CAMPINAS – SÃO PAULO.

Requer que todas as notificações, intimações e publicações sejam


endereçadas exclusivamente a procuradora THAIS TAKAHASHI –
OAB/PR 34.202 – OAB/SP 307.045 e encaminhadas para a Rua
Paraíba, 150, Centro, Cornélio Procópio – Paraná, CEP: 86300-000,
sob pena de nulidade nos termos do 272 §5º do CPC.

PERÍCIA MÉDICA AUDIOMÉTRICA E AVALIAÇÃO SOCIAL

APARECIDO DONIZETE DA SILVA, brasileiro, em regime de união


estável, desempregado, portador do CI.RG nº 9.817.432-0, inscrito no CPF/MF nº 959.748.658-04, residente
e domiciliado na Rua Itaoca, 170 – Jd. Aeroporto – Campinas – SP, por sua procuradora (doc. 01) em anexo,
vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor AÇÃO DE CONCESSÃO DE
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO – REGRA 86/96, em face do INSS –
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, com representação legal em Londrina – Paraná, pelos
fundamentos e fatos jurídicos que passa a expor e ao final requerer:

1. DOS FATOS

O autor requereu o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição na data de


02/02/2018 (42/185.247.644-0), apresentando contagem do INSS com a averbação rural no período de
01/01/1974 a 31/12/1974 e reconhecimento da especialidade dos períodos de 25/05/1976 a 15/02/1980,
09/06/1980 a 24/01/1983, 27/11/1985 a 21/02/1996, conforme contagem anexa:

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O reconhecimento destes períodos, também estão comprovados nos autos 0011935-
16.2012.403.6105 da 8ª Vara Federal de Campinas, conforme sentença anexa:

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Naquele feito, ainda o autor teve reconhecido em sentença e acórdão o tempo
especial do período de 21/08/1984 a 25/11/1985, conforme anexos:

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Apesar das comprovações, o INSS não incluiu na contagem de tempo a
especialidade do período de 21/08/1984 a 25/11/1985, razão pela qual requer a sua inclusão neste feito para
concessão do benefício pretendido.

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2. DA PRESUÇÃO DO VÍNCULO ANOTADO EM CTPS COM BASE EM RECLATATÓRIA
TRABALHISTA

O autor apresentou sua CTPS com vínculo empregatício junto a empresa Rafael
Usinagem e Manutenção Ltda – ME, laborado como ajudante geral no período de 11/05/2004 a 14/07/2015,
apresentando acordo homologado pela justiça do trabalho com reconhecimento do vínculo empregatício.

Na reclamatória trabalhista há como subsídio do labor, ASO – Atestado de Saúde


Ocupacional; Depósitos realizados pela empregados em conta corrente do autor, comprovando o pagamento
parcelado da rescisão verbal realizada entre as partes; Cartões de Ponto. A contestação apresentada pela
empresa, confirma a prestação do serviço do autor, sendo homologado o acordo em audiência de conciliação
no valor de R$24.000,00 com reconhecimento do vínculo empregatício.

O INSS não reconheceu este período, deixando de computá-lo na contagem


administrativa em ofensa a Súmula 31 da TNU “A sentença proferida na esfera trabalhista reveste-se de
início de prova material para fins previdenciários".

Portanto, perfeitamente possível a utilização da CTPS e trabalhista como prova


material do labor exercido pelo autor, o que será demonstrado em audiência de instrução.

3. DEFICIÊNCIA

Conforme laudo pericial da reclamatória trabalhista movida pelo autor, restou


comprovado a PAIRO – Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional, doc. anexo.

O §1º do art. 201 da Constituição Federal determina a contagem diferenciada dos


períodos de tempo de contribuição exercidos por pessoas portadoras de deficiência. Por conseguinte, a Lei
Complementar nº 142/2013, regulamentando a previsão constitucional, estabeleceu a necessidade de a pessoa
ter desempenhado atividades na condição de pessoa portadora de deficiência por 25, 29 ou 33 anos conforme
o grau de deficiência:

Art. 3º. (...)

I - aos 25 (vinte e cinco) anos de tempo de contribuição na


condição de deficiente, se homem, e vinte anos, se mulher, no caso
de segurado com deficiência grave; II - aos 29 (vinte e nove) anos
de tempo de contribuição na condição de deficiente, se homem, e
24 (vinte e quatro) anos, se mulher, no caso de segurado com
deficiência moderada; e III - aos 33 (trinta e três) anos de tempo
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de contribuição na condição de deficiente, se homem, e 28 (vinte e
oito) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve.

Assim, pretende a realização de perícia médica e avaliação social para fixação do


percentual de deficiência do autor.

3. DOS PEDIDOS

Ante ao exposto, MM. Juíza é o pedido do autor que se digne Vossa Excelência em
julgar procedente os pedidos declinados na inicial, condenando o INSS:

a) Designar perícia médica audiométrica, avaliação social e audiência de instrução;

b) Conceder a aposentadoria por tempo de contribuição ao deficiente ou regra de pontos ou comum,


reafirmando a DER caso necessário;

c) Condenar a ré ao pagamento das parcelas vencidas desde 02/03/2017 (42/178.920.830-8) ou 02/02/2018


(42/1985.247.644-0) e vincendas, a ser apurada em liquidação de sentença, monetariamente corrigidas pelo
IGPDI até 08/2006, INPC até 06/2009, IPCA-E depois (Tema 810 – RE 870947) e acrescidas de juros
legais e moratórios nos termos da lei 9.494/97 com alteração dada pela lei 11.960/2009, art. 1º, “f” a partir
da citação (Súmula 204 do STJ), incidentes até a data do efetivo pagamento;

d) Para tanto, requer, a citação da ré, para querendo, apresentar contestação, no prazo legal, bem como
junte aos autos cópia do PA com a contestação, sob pena de aplicação do artigo 400 do CPC;

e) Requer os benefícios da justiça gratuita, por ser o autor pobre na acepção legal do termo, possuindo o
procurador poderes para requerer este benefício;

f) A condenação da Ré ao pagamento de honorários advocatícios no percentual de 20% sobre o proveito


econômico (cálculo que deverá considerar a expectativa de sobrevida) ou total da condenação até o trânsito
em julgado nos termos previstos no artigo 85, §2º e 3º do CPC;

g) A dispensa de audiência de conciliação, tendo em vista a remota possibilidade de a ré transigir, nos termos
do artigo 5º, § único da lei 6.825/80 c/c artigo 132 da lei 8.213/91.

Requer ainda, além da documentação ora carreada aos autos e por todos os meios de
provas em direito admitidas, sem exclusão de nenhuma delas, especialmente, as provas documentais,
periciais, testemunhais e tudo o que se fizer necessário.

Dá-se a causa, o valor de R$48.869,17 (quarenta mil oitocentos e sessenta e nove mil
e dezessete centavos), considerando o disposto no art. 292, §1º e 2º do CPC.
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Termos em que,
Pede deferimento.
Campinas, 28 de janeiro de 2020.

Thais Takahashi Arielton Tadeu Abia de Oliveira


OAB/PR 34.202 OAB/PR 37.201

Wilson Y. Takahashi Antonio Carlos Bernardino Narente


OAB/PR 6.666 OAB/PR 31.728

Leonardo Antunes M. da Silva


Acadêmico de Direito

TESTEMUNHAS

LUIZ CARLOS CORSI – Rua Dr. Mauro Brandemburgo, 139, Jardim Myrian Moreira da Costa,
Campinas/SP;

TIAGO CAMPOS DE SOUZA – Rua Otaviano Alves de Lima, 189, Jardim Chapadão, Campinas/SP;
QUESITOS

1. A perda auditiva do autor gera uma deficiência de natureza grave, moderada ou leve?

2. Foram diagnosticas outras deficiências no autor? Qual o grau da deficiência?

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