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Noémia de Sousa

Carolina Noémia Abranches de Sousa Soares (Catembe, 20 de setembro de 1926 — Cascais,


4 de Dezembro de 2002) foi uma poeta, tradutora, jornalista e militante política
moçambicana. É considerada a “mãe dos poetas moçambicanos”.[1]

Noémia de Sousa

Nome completo Carolina Noémia Abranches de Sousa Soares

Nascimento 20 de setembro de 1926

Maputo, Moçambique

Morte 4 de dezembro de 2002 (76 anos)

Cascais, Portugal

Nacionalidade Moçambicana

Ocupação Poetisa, tradutora, jornalista e militante política

Magnum opus Msaho (1952)

Biografia

Filha de Clara Brüheim Abranches de Sousa, de uma família de comerciantes com origens
germânicas, moçambicanas e goesas, e de António Paulo Abranches de Gama e Sousa, de
ascendência goesa, portuguesa e africana, que era alto funcionário do Governo colonial,
empregado no Banco Ultramarino. Quando Noémia de Sousa tinha 6 anos, a família mudou-
se para Lourenço Marques. Depois da morte do pai em 1932, Noémia de Sousa começou a
estudar no curso pós-laboral de comércio na Escola Técnica e publicou os primeiros poemas
no jornal da escola.[2]

Noémia de Sousa estudou no Brasil e começou a publicar no jornal O Brado Africano.[carece de


fontes

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]

Na década de 1940 viveu numa casa de madeira e zinco no bairro da Mafalala, em Maputo.
Ali escreveu poemas que se tornariam símbolos nacionalistas africanos como "Deixa passar
o meu povo". Só saiu do bairro por motivos políticos, em 1949.[3]

Entre 1951 e 1964 viveu em Lisboa, onde trabalhou como tradutora, mas, em consequência
da sua posição política de oposição ao Estado Novo teve de exilar-se em Paris, onde
trabalhou no consulado de Marrocos. Começa nesta altura a adoptar o pseudónimo de Vera
Micaia.

A sua obra está dispersa por muitos jornais e revistas. Colaborou em publicações como
Mensagem (CEI), Mensagem (Luanda), Itinerário, Notícias do Bloqueio (Porto, 1959), O Brado
Africano, Moçambique 58; Vértice (Coimbra), Sul (Brasil).

Poeta, jornalista de agências de notícias internacionais, viajou por toda a África durante as
lutas pela independência de vários países.

Em 1975 regressou a Lisboa, onde trabalhou na Agência Noticiosa Portuguesa.

Em 2001, a Associação dos Escritores Moçambicanos publicou o livro Sangue Negro, que
reúne a poesia de Noémia de Sousa escrita entre 1949 e 1951.

A sua poesia está representada na antologia de poesia moçambicana Nunca mais é Sábado,
organizada por Nelson Saúte[4]

Obras

Sangue Negro, Maputo, Associação dos Escritores Moçambicanos, 2001.

Sangue Negro, Maputo, Marimbique, 2011.

Sangue Negro, São Paulo, Kapulana, 2016, ISBN 978-85-68846-17-9



Última modificação há 1 ano por Yanguas

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