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Subjetividades

Reavivando a subjetividade em
indivíduos em situacao
~ de rua
alcoolismo

desemprego
desavenças familiares

drogas
são alguns dos motivos que levam um Práticas que estão ligadas ao
indivíduo a aderir à vida na rua sentimento de humilhação e
vergonha e levam a população
em questão a abdicar de seus
impedimento de acesso à:
direitos e da luta por esses, e
• serviços de saúde,
consequentemente de sua
• transporte público,
existência de forma geral.
• ambientes de lazer e mercado de trabalho
constatam a exclusão de direitos e caracterizam as
práticas discriminatórias frente à esta população.
• Privar indivíduos de direitos básicos; O PROJETO :
• Indiferença;
• Negar assistência; Tratar dos problemas como exclusão, vulnerabilidade e
• Ignorar sua história e sua invisibilidade social, advindos da pobreza, que tem por
subjetividade consequência a perda da subjetividade

Fazem emergir os sentimentos de


dor e humilhação • tratamento com humanidade;
• a desmistificação de ideias
impostas pelo fatalismo;
• respeito e retomada da
individualidade.
Pretende-se promover aos participantes,
conhecimento de suas condições reais e direitos
fundamentais

e
Através das atividades realizadas, dispor meios
funcionais para que o próprio individuo busque
realizar suas ambições como sujeito social e ser
humano visível em seu contexto.

O projeto visa, através de intervenções humanizadas e análise qualitativa:

Compreender como a pobreza afeta a individualidade da população e reavivar


a subjetividade, promovendo sentimento de pertença e possibilidade de
mudança em suas condições atuais auxiliando na inserção desses indivíduos no
mundo social além de conhecer seus desejos e contemplar suas necessidades.
Público-Alvo
Indivíduos em situação de rua, com faixa etária entre 18 e 60 anos,
habitantes da Praça da Sé, São Paulo Capital.

Equipe
Psicólogo(a) social: conduzirá a dinâmica em grupo, trará as pautas de
subjetividade individual em meio ao contexto inserido.

Assistente social: auxiliará na dinâmica, verificará os aspectos ambientais em que o projeto


pode intervir, como, busca pela família e realizar os possíveis encaminhamentos para as
instituições necessárias, conforme a necessidade de cada indivíduo.

Estagiários(as) de psicologia e de assistência social: auxiliarão nos processos


organizacionais do projeto, além de ir de encontro com os indivíduos que participarão das dinâmicas.
Monitoramento e avaliação
Para a validação da dinâmica como intervenção direta, realiza-se o acompanhamento individual e coletivo dos indivíduos:

o relato verbal ou escrito para os estagiários como um breve


resumo do que acredita que o projeto está auxiliando na rotina e nas questões
intrínsecas relacionadas a individualidade e subjetividade durante a semana.

o compartilhamento de uma palavra para cada indivíduo no


início e no final da dinâmica grupal, com o objetivo dessa expressão
demonstrar o que o projeto ressignificou nessa população durante o
período de tempo. Dessa forma obtém-se um parâmetro geral e específico
sobre como a intervenção chegará aos objetivos alcançados do projeto.
Método
Entre agosto e outubro de 2022 ocorrerão O lugar contará com um espaço de banho
rodas de conversa, todos os sábados, solidário, alimentação e vestes limpas,
realizadas no período da manhã oferecendo sequência nas .

No início dos encontros será explicado a proposta do projeto, Rodas de 5 a 10 pessoas, formando ao todo
que é a retomada da subjetividade e compartilhamento de 5 rodas, totalizando 50 pessoas por
experiências, e também, proporcionar um lugar de acolhimento. encontro, tendo duração máxima de duas
horas.
Todas as rodas realizaram-se na Praça da
Sé na Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns
A primeira para acolhimento das questões cotidianas dos (Igreja da Praça da Sé).
indivíduos.
A segunda para promover reconhecimento dos direitos e desejos
individuais e expor as possibilidades de mudança da condição atual, A proposta de programação das rodas de conversa partirá da
e assim poder buscar sua inserção no mundo social. Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas poderão ser
abordados outros temas e assim aprimorados ao longo dos diálogos
ocorridos em cada encontro.
cronograma
Apresentação do projeto seguida da apresentação de cada indivíduo. Trabalharemos a concepção do grupo sobre direitos fundamentais
do ser humano a partir das definições dadas individualmente. O psicólogo conduzirá a roda e um dos estagiários tomará nota do que
for apresentado pelos participantes.

Cada participante fará um desenho de como se enxerga na sociedade, e, após isso, os participantes discutirão seus desenhos e suas
perspectivas sobre eles, trazendo conceitos de identidade e comunidade.

Discussão acerca de relações familiares, onde será elaborado um quadro em que cada um falará uma frase que explique o significado
de família, e então a psicóloga explicará os múltiplos conceitos da instituição familiar. O quadro será apresentado e a assistente social
reforçará que todos têm direito a um padrão de vida seguro para si e sua família.
Debate sobre acesso que os indivíduos têm à saúde. Quais procedimentos eles acreditam que conseguem realizar de forma gratuita,
quais unidades eles frequentam e a forma que são atendidos. A assistente social apresentará a localização das unidades de saúde
pública na região em que esta população possa ser atendida, caso precise.

Discussão acerca da alimentação precária dos indivíduos e a dificuldade de uma alimentação contínua e gratuita/de baixo custo, como
do programa “Bom prato”.

Discussão acerca da habitação; o lugar que residiram e residem atualmente, o que significa morar na rua e quais os perigos e
consequências. Serão apresentados pela assistente social lugares que podem dormir no inverno, como albergues e núcleos de
convivência e locais que possam tomar banho.

Neste encontro falarão sobre o direito a trabalhar, a reinserção no mercado e o que eles entendem como trabalho. A assistente social
apresentará materiais que falem sobre a reinserção e projetos que possam auxiliá-los, como cursos gratuitos da “Fábrica de cultura”.

Neste encontro será trabalhado sobre os meios de lazer que esses indivíduos têm acesso, como entendem cultura e como ela interfere
no cotidiano deles. A assistente social apresentará projetos culturais e atividades de lazer gratuitos pela cidade.
Debates sobre os planos e sonhos que um dia foram pensados pelos participantes. Neste encontro cada indivíduo falará qual a
profissão que já trabalhou ou que gostaria de trabalhar. Ao final serão apresentadas as escolas da região que tenham ensino para
adultos.

Discussão acerca das frustrações e realizações individuais em suas vidas, ressignificando experiências e idealizações futuras sobre
sua vida nos aspectos intangíveis ao projeto.

Debates sobre suas percepções sobre si mesmos, suas características individuais de personalidade e pensamento.

O encontro abordará um tema livre de escolha dos participantes com o intuito de, por meio da verbalização e compartilhamento,
tornar perceptível a mudança de visão dos participantes.

Fechamento do programa de intervenção. Este encontro será utilizado para relacionar as melhorias que o projeto trouxe na vida
singular do participante e como ele se sentiu durante o processo.

Fim do cronograma
ORÇAMENTO E PARCERIAS

Valor Total
5 Quadros brancos com cavaletes R$ 850,00
10 Canetas para quadro branco R$ 50,00
5 Apagadores para quadro branco R$ 40,00
500 Folhas Sulfite R$ 30,00
100 Lápis de escrever R$ 100,00
60 Borrachas R$ 60,00
50 Canetas R$ 40,00
20 Pranchetas R$ 50,00
ORÇAMENTO E PARCERIAS

Salário (mensal individual) – 2 horas semanais – 8 a 10 horas mensais


5 Psicólogas (os) R$ 2.120,00
5 Assistentes Sociais R$ 1.800,00

ONG Banho Solidário Sampa (doação)


Café da manhã (doação) – Grupo Pão de Açúcar
Estagiários (voluntários) – Centro Universitário São Camilo e outras instituições.
Espaço com cadeiras será cedido pela igreja em que os encontros ocorrerão.
referências
CRUZ, Jane da Rocha. O impacto da vulneração na subjetividade das pessoas em situação de rua: colaboração da Bioética da Proteção. Orientadora: Stella Regina Taquette.
2018 111 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018. Disponível em
<http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7740>. Acesso 25 maio. 2022

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. 1948. Disponível em <https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos>. Acesso em 28 maio. 2022.

FÁBRICAS DE CULTURA ABREM INSCRIÇÕES PARA CURSOS GRATUITOS DO 2° SEMESTRE. Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, 2022. Disponível em:
<http://www.fabricasdecultura.org.br/noticias/fabricas-de-cultura-abrem-inscricoes-para-cursos-gratuitos-do-2-semestre->. Acesso em: 24 maio. 2022

LOPES, Annelise Carvalho; ZAN, Haline Esmeralda; COSTA, Loren Alyne. Subjetividade E Liberdade Da Pessoa Em Situação de Rua. 18ª Semana de Iniciação Científica e 9ª Semana de
Extensão: Iniciação Científica e Extensão, Centro Universitário do Leste de Minas Gerais. 2017. Disponível em: <https://unileste.catolica.edu.br/portal/wp-
content/uploads/2020/05/SUBJETIVIDADE-E-LIBERDADE-DA-PESSOA-EM-SITUACAO-DE-RUA.pdf>. Acesso 25 maio. 2022

RIOS, Izabel Cristina. Rodas de conversa sobre o trabalho na rua: discutindo saúde mental. Physis: Revista de Saúde Coletiva. 2007, v. 17, n. 2 pp. 251-263. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S0103-73312007000200003>. Acesso em 28 maio. 2022

SITE DO CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DE SÃO PAULO. Disponível em: <https://www.crpsp.org/pagina/view/65>. Acesso 25 maio. 2022

SITE DO CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Disponível em: <https://www.cfess.org.br/visualizar/menu/local/tabela-de-honorarios>. Acesso 25 maio. 2022

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