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VIGILÂNCIA POPULAR

EM SAÚDE

Reflexões a partir do campo da


Educação popular
Conceito em construção – disputas de visões

Formas de operação em produção – diferentes


formas de pensar sua operacionalização, que
envolvem agentes sociais diferenciados

Experiências diversas: nas cidades, no campo,


envolvendo ou não o SUS

O popular e suas experiências no campo da saúde


Recuperar conceitos chaves para reflexão sobre
a Vigilância Popular em Saúde

Discutir a importância de uma Vigilância


Popular em Saúde a partir do caso da
Tuberculose em favelas do Rio de Janeiro

Destacar as principais referências e conceitos


na visão apresentada de Vigilância Popular
OBJETIVOS
Apresentar a proposta do projeto Vigilância
Popular em Saúde, Produção e circulação
compartilhada de conhecimento

Indicar alguns principais resultados empíricos e


conceituai
Território

Promoção
JUNTANDO
PEDAÇOS Emancipatória da
Saúde

Método CAP
Uma doença antiga, estudada e
negligenciada. O Rio de Janeiro é uma das
capitais com mais casos de tuberculose.
Mas por que para algumas pessoas a
tuberculose é hereditária? Hereditária é a
situação social. Os lugares mais pobres
TUBERCUL OSE dos lugares mais ricos reúnem condições
: EPIDE MIA precárias de vida que propagam uma
doença que não deveria mais existir.
SILE NCIOSA?
Ontem ou hoje a alvorada lá no morro nem
sempre foi uma beleza. O documentário
revela que há décadas partilhamos a
mesma herança social.
• Herança Social
PARTICIPAÇÃO

EDUCAÇÃO POPULAR
MAIS
ALGUNS
PEDAÇOS
EXPERIÊNCIA

EDUCADORES LOCAIS
– AGENTES SOCIAIS
EM MOVIMENTO
PARTICIPAÇÃO: SEGUINDO O
MOVIMENTO DA POPULAÇÃO

(…) freqüentemente as autoridades querem a participação da população


para poder solucionar problemas para os quais não dão conta. Nesta
concepção está incluída a idéia de que o aceite do convite de participar
seria uma forma dos governos se legitimarem. Justamente a descrença
da população, tal como manifestada acima pela liderança da favela, no
interesse dos governos de resolver os seus problemas, faz com que sua
forma de participar seja diferente do que a suposta pelo convite. E
embora muitos profissionais sejam sinceros na sua intenção de colaborar
com uma participação mais efetiva e de acordo com os interesses
populares, mesmo assim a população vê estes profissionais como sendo
atrelados às propostas das autoridades em que não crê. Daí sua aparente
falta de interesse em "participar" (Valla, 1996)
• (…) é preciso ressignificar a concepção de participação popular no SUS,
considerando que, diante dos desafios atuais, a sua força não deveria se
concentrar nos espaços instituídos, mas fortalecer e criar dinâmicas
criativas para a emergência de espaços instituintes. Essa ideia é central para
nossa concepção tanto de uma promoção emancipatória da saúde como de
vigilância popular de saúde no território. Ela se configura exatamente em
sua capacidade de trazer movimento aos canais institucionalizados, e
alimentá-lo com conhecimentos e dinâmicas que não são visíveis a maioria
dos profissionais, e formas de ação que são sistematicamente ignoradas ou
invisibilizadas por eles. Por isso, em nossa perspectiva, a ampliação do
conhecimento da situação de saúde local e busca de respostas sobre estes
problemas, exige um caminho instituinte que dialogue regularmente com a
dinâmica do território, com as experiências, conhecimentos e respostas que
vem sendo dadas por aqueles que ali vivem e trabalham. Este é o sentido da
Rede de Vigilância Popular. (Cunha et al, 2018)
INCORPORAÇÃO DO CONHECIMENTO
POPULAR NA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO

A compreensão da classes populares é um requisito obrigatório,


não para poder melhor reiterar as propostas dos profissionais e
/ou intelectuais, mas para completar uma equação capenga que
inclui apenas uma das partes do conhecimento. A incorporação
das massas nas propostas da sociedade civil significa também a
incorporação de seu conhecimento. (Valla, 1993, p.10)
A EDUCAÇÃO POPULAR

Uma das características básicas da educação popular é a indicação de


problemas concretos e o esforço de resolvê-los. A partir de um
problema formulado, busca-se uma metodologia adequada. A vida –
isto é, os problemas que os homens enfrentam para garantir sua
sobrevivência – é a referência para a educação popular. (Valla,
1993)
Contribui para discutir
Coloca em questão os o estatuto
referenciais teóricos e epistemológico da
políticos dos ciência e trazer o
pesquisadores e conhecimento popular
CONTRIBUIÇÃO DE mediadores para a construção
científica
VICTOR VALLA
PARA O CAMPO DA
EDUCAÇÃO Interroga o conceito
POPULAR Pensa a
potencialidade da
de participação em
diálogo com o que as
cultura e
classes populares são
conhecimento popular
e estão fazendo
Há, no pensamento e nas ações de Valla, uma concepção inconformista de público que
afirma incondicionalmente a participação de todos os segmentos sociais nos processos que
resultam em definição de noções e de formas de exercício de direitos. É uma concepção
que recusa pesos e medidas diferenciados para os diversos grupos sociais e que, no
entanto, não se assenta em idealizações da participação popular. Entendo assim porque ele
não lamenta os limites à participação popular a partir da ausência ou presença atenuada das
classes populares nos conselhos ou nas práticas político-partidárias, por exemplo. Seu
ponto de partida são as práticas participativas mais banais, como a participação difusa nas
relações escolares e nas tentativas de acesso ao atendimento à saúde, em que formas
diversas de cassação da fala e de interdição de ações são realizadas sistematicamente sem
que, no entanto, seja totalmente visível essa sistematicidade e sem que percebamos as
formas capilares de nossa adesão ou consentimento a essa matriz de ação.

(Eveline Bertino Algebaile , A contribuição de Victor Valla ao pensamento da educação


popular )
Há, aqui, uma concepção de público que não se destina a ser venerada como utopia,
mas a ser exercida no tempo presente, sustentando desde já a reconstrução profunda
das condições de participação dos sujeitos na produção histórica das noções e das
formas de exercício de direitos. Participar é participar, por qualquer meio, pelos
meios disponíveis, por todos os meios. É um jogo em que não cabem prévias
nem ensaios. O “aquecimento” é a própria ação.
Essa concepção de público, para Valla, não é um princípio a ser aplicado
normativamente sobre as práticas. É conhecimento em ato, encarnado em ações e
indissociável delas. Quase inexplicável, seu modo de se fazer compreensível é
realizar-se. Inscrita na própria prática e por ela formulada, essa concepção resulta em
instigantes interrogações sobre as formas de organização institucional vigentes e
nossa disposição para pensar e exercitar possibilidades de um fazer institu- cional de
novo tipo, referenciado no aproveitamento de possibilidades e fissuras nos modos de
funcionamento das instituições para fomentar agregações, invenções, derivas e
coesões que, novamente lembrando Gramsci, possam se tornar matrizes de novas
modificações.
EXPERIÊNCIA

(..) a experiência dos moradores, inscrita em processos macro-


estruturais, é vivida por estes sujeitos, que tratam desta experiência, de
acordo com sua cultura, sua visão de mundo e sua historicidade. Apesar
de inseridos em determinadas condições de vida, que conformam seu
campo de ação, os moradores respondem a elas atravessados por sua
experiência, que implica numa forma de apropriação da realidade e nas
possibilidades de ação sobre ela. A experiência é, pois, uma mediação
no desvendamento dos processos de constituição do espaço e de
produção social de saúde-doença. (Cunha, 1995)
Fonte: E. P. Thompson, A Miséria da Teoria, A Formação da Classe
Operária Inglesa
As pessoas não experimentam sua própria experiência como
ideias, no âmbito do pensamento e de seus procedimentos, ou
(como supõem alguns praticantes teóricos) como instinto
proletário etc. Elas também experimentam sua experiência como
sentimento na cultura, como normas, obrigações familiares e de
parentesco, e reciprocidade, como valores ou (através de formas
mais elaboradas) na arte ou nas convicções religiosas. Essa
metade da cultura (e é uma metade completa) pode ser descrita
como consciência afetiva e moral (THOMPSON, 1981:189)
A FAV E L A : D E S E N R A Í Z A M E N TO ,
PROVISORIEDADE E INVISIBILIDADE

• Desenraízamento: processos estruturais que marcam o


desenvolvimento do capitalismo no Brasil e seus impactos sobre as
classes populares

• Provisoriedade: relaciona-se com as políticas públicas voltadas para as


áreas populares urbanas, e é compreendida considerando os
processos estruturais acima referidos

• Invisibilidade: expressa os modos de vida, as respostas sociais e os


problemas dos moradores de territórios que passam por
desenraízamentos e vivem sob a provisoriedade
Diálogo com as reflexões de Eclea Bosi a
respeito da obra de Simone Weil (BOSI, 2003).

Processo que retira do morador de seu lugar por


DESENRAÍZAMENTO
diferentes razões, todas relacionadas a um
modelo de desenvolvimento que cria
desigualdades sociais e ambientais.

Está presente na migração do campo para a


cidade; quando os moradores precisam deixar
suas casas em função de uma enchente ou outra
situação de risco; ou ainda com aqueles
removidos por causa de programas urbanos que
os obrigam a deixar o lugar onde moram.
Desde que as primeiras favelas se formaram no Rio de Janeiro, até os
dias de hoje, quando se expandem, encontramos experiências de
pessoas que foram arrancadas de seus lugares de origem - seja das
próprias áreas centrais da cidade, seja de regiões rurais por todo o
país - para dar lugar a um progresso que beneficiava a poucos.

• Destruição do Cabeça de Porco (1893): ex-moradores


aproveitaram o material da demolição do cortiço e subiram o
morro por detrás da estalagem
• Ex- combatentes de Canudos (1897): os soldados que voltaram
da Guerra de Canudos, na Bahia, se estabeleceram lá, com a
autorização dos chefes militares e do governo.
O MORRO DA FAVELA, HOJE
PROVIDÊNCIA
Lílian Vaz observa que a favela da virada do século
não era o que entendemos hoje por esta palavra.
Levanta a hipótese de que quando ela surgiu
constituía uma forma intermediária entre o cortiço e
a favela atual, entre o velho e o novo. A conexão que
une o velho e o novo se traduz na presença de
casebres e barracões dentro do grande cortiço- o
Cabeça de Porco- e ainda, na existência no Morro da
Favela de habitações coletivas baixas e compridas,
formadas pela sucessão de portas e janelas que
dificilmente poderiam ser auto construídas.
Famílias deixando o
Pasmado, 1964

Incêndio no Pasmado e a
promessa da nova era que se
pretendia inaugurar
FAMÍLIAS REMOVIDAS DO
ESQUELETO, 1965
• Intervenção do Estado nas
Associações de Moradores

• Atrelamento das
associações às Regiões
Administrativas e à
Secretaria de Serviço
Social
Favela da Praia do Pinto, 1968:
resistência de 7000 moradores e
incêndio • 1968/73, remoção de mais
90.000 moradores de 50
favelas

• Perseguição à Fafeg
Importante marca do surgimento e
desenvolvimento das favelas no Rio de
Janeiro, e em especial as políticas
públicas voltadas para elas.

Itamar Silva, morador da favela Santa


Marta e coordenador do IBASE, nos diz
PROVISORIEDADE
em seu texto Favela é Cidade, que”
“o Estado sempre teve dificuldade em
lidar com o fenômeno das favelas no
Rio de Janeiro. A marca desta relação
sempre foi a provisoriedade e a
incompletude de suas promessas”.
• Desde o surgimento das primeiras favelas em nossa cidade as
intervenções públicas nas favelas também têm se dado de
forma provisória, obrigando os moradores a conviverem com
a precariedade do que é deixado e buscarem respostas para
aquilo que fica inacabado.

• “A provisoriedade no Rio de Janeiro já dura no mínimo


114 anos, e moradores, e moradoras de favelas hoje
representam 25% da população da cidade”, diz Itamar
Silva.
Parque Proletário
da Gávea, 1954.
Fonte: Arquivo Público do Estado de
São Paulo.
Rocinha
Desde que começaram a se expandir pela
cidade, as favelas são consideradas
problemas. Por volta de 1920, na primeira
campanha contra as favelas na cidade, elas
foram chamadas de “lepra estética”
(VALLADARES, 2000). A comparação com
doenças foi uma marca para se referir às
favelas.

INVISIBILIDADE
Os modos de vida, as formas culturais, as
redes sociais e o cotidiano da favela sempre
foram pouco visíveis. Sabemos que há
algumas décadas o trabalho de muitos
profissionais que atuam nos serviços, em
especial de saúde e educação, e muitos
estudos e pesquisas, têm contribuído para
reverter esse quadro.
Identificamos vários problemas, muitos dos quais produzidos
ou agravados pelas obras do PAC. Algumas das causas de
adoecimento e morte nos vários territórios nos mostram que
o drama cotidiano dos moradores não é visível, nem para
muitos pesquisadores, nem para os profissionais que atuam
junto a esta população, e nem para os sistemas de
informação.

Não são visíveis também muitas respostas que os moradores


têm dado a esses dramas ignorados.
Arquivo LTM
EDUCADORES LOCAIS: AGENTES
SOCIAIS EM MOVIMENTO

(....) encarna algumas das contradições de nosso mundo social, podendo constituir-
se numa chave para decifrar as principais tensões que o atingem. Ele encontra-se,
pois, em pontos onde as “estruturas sociais estão em ação”, recorrendo aqui a uma
expressão de Bourdieu. Referindo-se aos ocupantes de posições instáveis, como é o
caso dos trabalhadores da área social, este autor destaca que eles:
[...] são extraordinários “analistas práticos”: situados em pontos onde as
estruturas sociais “trabalham” e trabalhados por isso pelas contradições dessas
estruturas, eles são obrigados, para viver e sobreviver, a praticar uma forma de
auto-análise que dá acesso, bastante amiúde, às contradições objetivas que os
possuem, e às estruturas objetivas que se expressam através delas.
(Cunha et al, 2021)
Estabelecidos em pontos onde “as estruturas sociais” estão em
ação, estes agentes possuem não apenas uma experiência local,
mas também uma visibilidade crítica e um conhecimento que nos
apoia na tarefa de compreender as dinâmicas do modo de vida e
as respostas sociais destes territórios, no âmbito de processos
mais amplos que marcam a cidade. A partir da posição de
fronteira que ocupam, eles produzem um conhecimento crítico a
respeito do lugar, sua dinâmica e mudanças históricas, bem de
suas relações com a cidade, e outras organizações e agentes
sociais. (Cunha et al, 2021)
O P R O J ETO V I G I L Â N C I A PO P U LA R EM
SA Ú D E , PR O D U C Ã O E C I R C U LA Ç Ã O
C O M PA RTI LH A D A D E C O N H EC I M EN TO
• Tem como base a construção compartilhada de
conhecimento, e constitui-se em diálogo com
experiências, como da Ouvidoria Coletiva e os avanços
na direção de uma vigilância popular nas áreas de saúde
do trabalhador e saúde e ambiente.

• Reconhecimento do desencontro entre a dinamicidade


do território e a dinâmica da APS.

• Perspectiva que considere os determinantes sociais e,


PROPOSTA sobretudo, que responda às dinâmicas dos modos de
vida e das respostas sociais desenvolvidas nos
territórios:
“contribuir para refazer a lógica e o processo de
informação, impregnando-os de vida real, de conteúdos e
processos que expressem a necessidade democraticamente
definida (...)” (Breilh, 2000, p. 103).

• Recuperar a potencialidade do princípio da participação


a fim de tentar responder aos impasses vividos pela APS
Ponto de partida: as experiências e o
conhecimento anterior das classes
populares/ Reconhecimento do outro como
sujeito; reconhecimento do saber do outro

• As condições e modos de vida


O M ÉTO D O
• A experiência das condições de vida e
suas mudanças
• As experiências dos movimentos e lutas
ALGUNS RESULTADOS
O TERRITÓRIO E SUA
C O M P L E X I D A D E A PA R T I R
D O S I M PA C T O S D O PA C

•Aonde vivo? Pertencimento?


SITUAÇÃO DE SAÚDE E SEUS PROCESSOS DE
DETERMINAÇÃO

• Moradia em risco
• Problemas relativos ao aluguel social e volta para as
moradias em risco, expandindo-as (forma como as obras
se deram, e a incompletude de obras) – adensamento
• Situação do Saneamento Básico
• Situação de aluguel social e de deslocamento de várias
famílias traz problemas em relação ao cadastro e à
mudança de equipe para atendimento
• Cultura do abandono – as pessoas não dão importância a
suas vidas
• Agravos no campo da saúde mental se multiplicam e
articulam-se aos percursos das famílias, seu suporte social e
ao impacto da violência: depressão, transtorno mental, uso
abusivo de drogas.
• Articulação Crack e Prostituição aos processos de
desfiliação social e desestruturação familiar, reforçados
pelo PAC e pela violência
• Doenças crônicas como hipertensão e diabetes se agravam
diante de tais processos de vulnerabilização e violência.
• Adoecimento da população jovem – problema da depressão
• Produção de doenças a partir da situação de saneamento
deixada pelo PAC e especialmente a moradia em risco.
.
Relatório Fotográfico de Urgências
CARTOGRAFIA DE MANGUINHOS, PAC
PROBLEMAS NÃO RESOLVIDOS
ATENÇÃO BÁSICA

• Falta de clareza em relação à dinâmica da rede


• Questões relativas ao acolhimento e ao atendimento
• Importância do Agente de Saúde
• Humanização e formação humana continuada
• Falta de informação dos dois lados – profissionais e moradores
• Falta de resposta a determinados problemas, como pessoas portadores de necessidades especiais
• Suporte Social – pela vizinhança – responde quando não há respostas aos problemas das famílias e
moradores
• Como lidar com as pessoas que vivem sozinhas?
• Dinâmica da ESF – prende ao território, antes tinha o direito de ir a outros lugares
• Dinâmica da ESF x Vínculo Afetivo
POSSIBILIDADES

• Valorização do CGI como canal de discussão e de outros fóruns de


debate e circulação de informação
• Existência de uma pequena rede de suporte social capaz de identificar
problemas e fazer circular informações
• Importância da rede de suporte social na identificação de problemas,
apoio nas situações limites, em especial naquelas que envolvem
preconceitos e estigmatizações
• Acúmulo de experiências e estudos anteriores
• Conhecimento e experiência de agentes sociais que circulam pelo
território e tem credibilidade junto a moradores
LIMITES

• Falta de informação em relação à dinâmica do Sistema de


Saúde.
• Invisibilidade do impacto dos processos de mudança no
território sobre os processos de trabalho na AB
• Disputas internas entre grupos e organizações
• Medo de se expor e falar por conta das relações de poder
OBRIGADA!

Laboratório Territorial de Manguinhos – LTM

Marize Bastos da Cunha


marizecunha@ensp.fiocruz.br

Departamento de Endemias Samuel Pessoa – DENSP/Fiocruz

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