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Ficha técnica

2014 – SEBRAE MINAS


Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma
ou por qualquer meio, desde que divulgadas as fontes.

SEBRAE MINAS

Lázaro Luiz Gonzaga


Presidente do Conselho Deliberativo

Afonso Maria Rocha


Diretor-superintendente

Luiz Márcio Haddad Pereira Santos


Diretor-técnico

Fábio Veras de Souza


Diretor de Operações

Unidade de Atendimento Individual ao Empreendedor


Mara Veit
Gerente

Ariane Maira Chaves Vilhena


Laurana Silva Viana
Ludmila Pereira Araujo Laguardia
Luciana Cristine de Carvalho Lessa
Viviane Soares da Costa
Equipe Técnica
Apresentação
Quer abrir o seu próprio negócio? Ponto de Partida: aqui começa o sucesso

A série Ponto de Partida é constituída por manuais com informações essenciais sobre a
abertura de negócios.

É objetivo deste manual oferecer respostas a questões tais quais “Como funciona o
empreendimento?”, “Quais os equipamentos necessários?”, “Existe legislação específica?”,
“Quais são as instituições ligadas a esta atividade?”, entre outras.

A equipe de profissionais responsável pela elaboração dos manuais tem a preocupação de


manter as informações atualizadas, por meio de consulta frequente a empresários,
instituições setoriais (associações, sindicatos, Conselhos Regionais), consultores
especializados, bem como pela leitura (livros, revistas e Internet) e participação em Feiras
e Eventos.

O Sebrae Minas não se responsabiliza pelo resultado final do empreendimento, uma vez
que o sucesso de um negócio depende de muitos fatores, como comportamento
empreendedor, existência de mercado, experiência, atenção às características próprias do
segmento, dentre outros. Entretanto, o Sebrae Minas dispõe de diversos programas para
orientar e capacitar empreendedores e empresários. Para mais informações, visite um dos
nossos Pontos de Atendimento, acesse www.sebraemg.com.br ou ligue 0800 570 0800.

Atenção: é recomendável a leitura do manual “Como abrir uma Empresa de


serviço”, para obtenção de outras informações importantes e complementares.
Sumário

O negócio........................................................................................... 5
Local e estrutura ............................................................................... 12
Normas técnicas ............................................................................... 13
Legislação específica.......................................................................... 16
Endereços úteis ................................................................................ 27
Cursos e eventos .............................................................................. 29
Sugestões de vídeos .......................................................................... 30
Referências ...................................................................................... 31
Saiba como montar: Empresa de coleta, destinação e reciclagem de resíduos perigosos 5

O negócio
Saiba mais sobre a montagem e o funcionamento do seu futuro empreendimento

De acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE a atividade de


coleta e destinação de resíduos perigosos1 se caracteriza de duas formas:

 Coleta de resíduos perigosos (3812-2/00) e compreende:


 A coleta de resíduos perigosos em qualquer estado físico (sólido, liquido, pastoso,
granulado, etc.). Tais resíduos se caracterizam por conter substâncias ou
formulações explosivas, oxidantes, inflamáveis, tóxicas, irritantes, cancerígenas,
corrosivas, infecciosas ou de qualquer outro tipo que sejam prejudiciais à saúde
humana e ao meio ambiente;
 A coleta de óleo usado de estaleiros e de postos de combustíveis;
 A coleta de resíduos biológicos perigosos;
 A coleta de resíduos radioativos;
 A coleta de lixos hospitalares;
 A coleta de pilhas e baterias usadas;
 A operação de estações de transferência para resíduos perigosos;
 A identificação, o tratamento, a embalagem e a rotulagem de resíduos perigosos
para fins de transporte.

 Tratamento e disposição de resíduos perigosos (3822-0/00) e compreende:


 O tratamento e a disposição de resíduos perigosos em qualquer estado físico (sólido,
liquido, pastoso, granulado, etc.);
 O tratamento e a disposição de resíduos contaminados (p. Ex. Animais intoxicados
vivos ou mortos);
 A incineração e combustão de resíduos perigosos;
 O tratamento, a disposição e a armazenagem de resíduos radioativos,
compreendendo:
 O tratamento e a disposição de resíduos de transição radioativos, isto é, aqueles que
diminuem a sua radioatividade dentro do período de transporte;
 A encapsulação, a preparação e outros tratamentos de resíduos radioativos para
armazenagem.

São considerados resíduos perigosos os dejetos de natureza inflamável, corrosivo,


patógeno, tóxico ou reativo. Alguns resíduos sólidos exigem um tratamento diferenciado, e
uma forma de tratamento específica para as suas características. Os resíduos sólidos
podem ser classificados de acordo com a origem, tipo, composição química e
periculosidade.

1
A classificação acima é uma indicação para melhor entendimento do negócio e o que ele compreende. O Sebrae
Minas se isenta de responsabilidades quanto ao enquadramento do negócio na CNAE, devendo o empreendedor
consultar as autoridades fiscais e um profissional de contabilidade antes mesmo do registro da empresa.

Atualizado em: out./2014


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Por se tratar de um negócio que atua diretamente com componentes que podem trazer
riscos para saúde humana, é fundamental que o empreendedor tenha os conhecimentos
técnicos necessários, e ainda, conte com uma equipe de profissionais capacitados para que
todos os processos sejam realizados de forma segura.

Esse é um tipo de negócio que depende de vários fatores para obter sucesso, entre eles
estão, por exemplo, o cuidado com o acondicionamento, armazenamento e disposição de
acordo com as normas regulamentadoras do gerenciamento de resíduos. Por essa razão
além de compreender o processo interno da empresa, será necessário que a equipe de
profissionais entenda também os processos operacionais das empresas clientes, a fim de
prestar um atendimento personalizado, de qualidade e sem comprometer a rotina das
empresas.

Com o surgimento de novas leis que visam a preservação ambiental, são regulamentados o
tratamento, a destinação e reciclagem dos resíduos perigosos. Nesse sentido, as empresas
desse segmento estão diante de um mercado em expansão. No entanto, é importante
ressaltar que o mercado apresenta concorrência, inclusive com empresas de grande porte,
que exploram este tipo de prestação de serviço. Diante disso, quem pretende ingressar
nesse segmento deve investir em diferenciais competitivos através de ações que
contribuam para a valorização dos serviços perante aos clientes.

É interessante realizar campanhas informativas para que os clientes tomem conhecimento


da necessidade do serviço ofertado, e ainda, investir em ações que fortaleçam o
relacionamento com eles.

A falta de conhecimento, por parte das empresas geradoras de resíduos, sobre a


destinação e tratamento pode apresentar uma dificuldade na formação da cartela de
clientes. Isto principalmente, quando se trata de empresas que não possuem a
obrigatoriedade de tratar os resíduos de forma adequada.

Serviços

A empresa não precisa se limitar a oferecer um único serviço. Mas antes de disponibilizar
outros é necessário avaliar a necessidade dos clientes e a sua capacidade de atendimento,
principalmente no que diz respeito à legislação ambiental e as normas de segurança. Veja
alguns exemplos:

 Coleta
 Transporte
 Destinação (incineração, descontaminação, ou disposição em solo previamente
preparado).

O empreendedor que optar pela coleta e limpeza dos resíduos perigosos pode destiná-los
para empresas de reciclagem ou podem trabalhar com o processo de reciclagem após a
coleta.

Atualizado em: out./2014


Saiba como montar: Empresa de coleta, destinação e reciclagem de resíduos perigosos 7

Leitura complementar
Leia também o manual “Saiba como montar Empresa de reciclagem”

Clientes

Dentre os clientes atendidos estão as indústrias de transformação, consultórios


odontológicos, clínicas veterinárias, hospitais, clínicas médicas entre outros. Entre os
potenciais clientes deste segmento estão empresas de grande porte que geram uma grande
quantidade de resíduos e buscam uma única empresa para o seu gerenciamento, e também
micro e pequenas empresas que são obrigadas a destinar adequadamente os seus resíduos
e terceirizam esta operação em virtude dos custos.

Local e estrutura

A escolha do local para instalação do empreendimento deve ser realizada seguindo alguns
critérios como, facilidade de acesso e espaço físico com a possibilidade de adequação para
a realização dos processos.

Equipamentos

A quantidade dos equipamentos, assim como, os veículos necessários para a realização das
atividades irão variar de acordo com o tipo de resíduo, frequência de coleta, espaço
disponível para armazenamento entre outros.

Além disso, caso o empreendedor opte pela reciclagem, deve pesquisar em relação aos
equipamentos necessários para esse tipo de serviço. Esses equipamentos encontram-se
descritos no manual indicado acima.

Segurança operacional: Equipamento de Proteção Individual (EPIs)

Os funcionários deverão utilizar equipamentos de proteção individual adequados para


lidarem com os resíduos.

As luvas e as botas devem ser de PVC, impermeáveis, resistentes, de cor clara, de


preferência branca, antiderrapantes e de cano longo. Além disso, é importante o uso de
máscara, gorro e avental. A empresa deve disponibilizar também, uniforme e crachá para a
identificação para sua equipe.

Funcionalidade do processo operacional

A frequência da coleta em cada estabelecimento deve ser indicada pela instituição


contratante conforme legislação vigente. O horário da coleta pode ser noturno ou diurno
variando de acordo com a necessidade de recolhimento de cada instituição, já que para
cada tipo de cliente existe um horário mais conveniente e de acordo com o tipo de resíduo
pode existir condições distintas em para seu recolhimento e destinação.

Atualizado em: out./2014


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O número de profissionais a ser alocado em cada coleta irá variar de acordo com o tipo de
veículo que será deslocado e a quantidade de material que será coletado naquela jornada.
É importante ressaltar que por se tratar de uma atividade altamente insalubre a jornada
máxima de trabalho neste seguimento é de oito horas por equipe.
O trajeto a ser percorrido após o recolhimento do resíduo até o local de incineração deve
ser seguido de forma rigorosa, conforme o aquele aprovado pelo órgão fiscalizador. O
veiculo deve trafegar com um sistema de vedação, para evitar a liberação de agentes
poluentes.

Ao chegar ao local da coleta o veículo deve ser estacionado o mais perto possível do local
onde estão armazenados os resíduos. No momento da coleta o profissional deve verificar se
a embalagem atende os padrões exigidos pelos órgãos fiscalizadores. As embalagens com
os resíduos não devem ser arrastadas ou jogadas dentro do veículo, deve-se manuseá-las
com cuidado de forma que a garantir a sua integridade. O transporte só pode ocorrer em
veículos apropriados e que atendam as exigências dos órgãos regulamentadores.

Atenção
Todo o processo operacional da empresa deve esta em conformidade com a legislação
vigente e as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

Lixo eletrônico ou resíduos tecnológicos

O lixo eletrônico, também conhecido como e-lixo é gerado pelas constantes mudanças
tecnológicas feitas em celulares e computadores e eletrodomésticos. A todo o momento
surgem novos modelos e devido a isso, as pessoas estão em constante troca de aparelhos.

É considerado lixo eletrônico ou resíduo tecnológico os componentes como teclados de


computadores, monitor, câmeras digitais, celulares, geladeiras, televisão, micro-ondas,
lâmpadas, baterias e pilhas, etc. Estes resíduos possuem materiais extremamente nocivos
à saúde humana e ao meio ambiente como, chumbo, níquel e mercúrio. Por esta razão, a
separação do lixo para reciclagem deve ser realizada seguindo algumas precauções para
que não haja risco de contaminação.

O volume de lixo eletrônico produzido vem aumentando de forma significativa, o que


evidencia a necessidade de reciclar tudo o que for possível destes componentes, gerando
novas oportunidades de negócio no segmento de reciclagem.

Lixo hospitalar

O lixo hospitalar é produzido nas salas de cirurgia e curativos, nas clínicas dentárias, nos
laboratórios, nos ambulatórios, além de clínicas veterinárias e biotérios (viveiro de cobaias
e outros animais empregados em experiências de laboratório, produção de soros, vacinas
etc.). A composição de tal lixo é a mais variada possível, podendo ser constituída de restos

Atualizado em: out./2014


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de alimentos de enfermos, restos de limpeza de salas de cirurgia e curativos, gazes,


ataduras, peças anatômicas etc. É importante estar atento ao manuseio deste lixo, pois as
pessoas que o manipulam podem ficar sujeitas a doenças e levarem para outras, vários
tipos de contaminação.
O desconhecimento e a falta de informações sobre o assunto faz com que, em muitos
casos, os resíduos sejam ignorados, ou recebam um tratamento diferente daquele que
seria o correto e seguro.

Normalmente os hospitais, clínicas, farmácias, e similares terceirizam a coleta, o


tratamento e a disposição dos resíduos.

Identificação e classificação dos resíduos hospitalares:

Grupo A - Resíduos infecciosos


São resíduos que apresentam a possibilidade da presença de agentes biológicos, que, por
possuir uma maior ou concentração de vírus, podem apresentar risco de infecção.
Geralmente é um material proveniente de isolamentos, sangue humano e derivados,
material patológico, materiais perfurantes e cortantes, resíduos de diagnóstico e
tratamento (gaze, drenos, sondas, absorventes e qualquer material sujo com resíduos e
fluidos corpóreos) e peças anatômicas provenientes de amputações e biópsias.

Grupo B – Resíduos especiais


São resíduos que contém substâncias químicas que podem colocar em risco a saúde pública
e do meio ambiente, de acordo com suas características de inflamabilidade, corrosividade e
toxicidade.

Grupo C - Resíduos radioativos


São resíduos resultantes de qualquer atividade humana que contenham radionuclídeos em
quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas da Comissão
Nacional de Energia Nuclear-CNEN, e para os quais a reutilização é imprópria ou não
prevista. Geralmente este tipo de material deve ser devolvido ao fabricante conforme
acordo realizado no compra.

Grupo D - Resíduos gerais ou comuns


São resíduos que não oferecem riscos a saúde pública e ao meio ambiente, que segundo
pesquisas podem ser equiparados a resíduo domiciliar. São os materiais provenientes das
áreas administrativas, resíduos alimentares da produção de alimentos, áreas externas e
jardins, sucatas e embalagens reaproveitáveis. Os vidros, plásticos, papel, papelão, metais
e outros materiais recicláveis recebem embalagens próprias conforme o tipo de material e
deverão ser destinadas a reciclagem interna ou a venda como sucatas diversas.

Grupo E - Materiais perfurocortantes


São materiais como agulhas, ampolas de vidro, brocas, limas endodontias, pontas
diamantadas, lâminas de bisturi e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório
(pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares. Estes materiais

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também devem ter um tratamento especial no momento de seu descarte uma vez que
oferecem risco de contaminação.

O material cortante deverá ser acondicionado em caixas de papelão a fim de evitar


acidentes no momento de seu recolhimento. Já os demais resíduos em sacos plásticos
brancos identificados com a simbologia de material infectante, e seu destino deverá ser a
incineração ou aterro sanitário através de sistema de coleta especial.

Incineração do lixo hospitalar

A incineração é um processo onde ocorre a destruição de resíduos através da combustão.


Este processo permite, à destruição de micro-organismos patogênicos que podem ser
prejudiciais a saúde. Por essa razão, a incineração é considerada a melhor forma de
destruir o lixo hospitalar, desde que os incineradores possuam tecnologia adequada e
estejam em locais que não causem incômodos à população.

A incineração do lixo hospitalar, como forma de tratamento, não é obrigatória, porém é


considerada a melhor alternativa. Porém é importante ressaltar que, a incineração é um
processo oneroso devido à necessidade de equipamentos adequados e mão de obra
qualificada para a realização do processo operacional.

Para que uma empresa atue em conformidade com as exigências legais é necessária a
apresentação de um projeto ao Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA,
descrevendo quais resíduos serão incinerados, qual será o plano mínimo de
monitoramento, que pode ser tornar mais caro e mais complexo à medida que se deseje
incinerar substâncias mais perigosas e em maior quantidade e variedade, entre outros
aspectos que se façam necessários para operacionalização do empreendimento.

Ao planejar o teste de queima é importante estabelecer o equilíbrio entre versatilidade na


aceitação de diferentes resíduos e o rigor na triagem durante sua recepção (tipo e
frequência de análises e critérios de aceitação).
A cinza resultante da queima do lixo é estéril – ou seja, não está contaminada, e
representa 10% do volume inicial dos dejetos, dessa forma pode ser dispensada em um
aterro sanitário.

Os tipos de incineradores

Os incineradores mais utilizados são as câmaras múltiplas e o incinerador de ar controlado.

Os incineradores de lixo possuem características próprias, diferindo da maioria dos


equipamentos utilizados para este fim. E por isso têm que ter projeto especial e obsevares
as três condições fundamentais, quais sejam:
 Temperaturas elevadas (800 – 1000º C) para permitir a queima dos resíduos e a
oxidação dos gases liberados;
 Tempo de exposição que deve ser calculado em função do projeto, para que haja uma
combustão completa;

Atualizado em: out./2014


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 Turbilhamento do lixo, responsável pelo aumento da área de contato entre partículas e


o oxigênio necessário, elevando a eficiência da queima.

Ações de preservação ao meio ambiente

É importante ressaltar que ao incinerar este tipo de resíduos, é liberado na atmosfera


partículas que são altamente nocivas ao meio ambiente. Por esta razão é necessário o
investimento na compra de um sistema de filtragem, que atua no controle da emissão
destas partículas no meio ambiente.

Para que a formação e emissão dos poluentes sejam minimizadas, é necessária, entre
outras estratégias, a implantação de um sistema de filtragem, além de um sistema de
monitoração e controle do processo de combustão e equipamentos de limpeza dos gases.
Estes sistemas geralmente demandam um alto investimento.

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Local e estrutura
Acerte na escolha, construção e decoração do ponto

Circulação/DML/Copa/Administração:

- Definir um local para o depósito de material de limpeza (DML), que contenha tanque
e espaço para armazenagem do lixo.
- As empresas devem oferecer a seus empregados condições de conforto e de higiene
que garantam refeições adequadas por ocasião dos intervalos previstos na jornada
de trabalho, bem como meios para conservar e aquecer o alimento na hipótese do
trabalhador trazer de casa.
- Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação, natural ou artificial,
adequada à natureza da atividade.
- Um ambiente confortável gera bem-estar e disposição, aumentando a produtividade.

Instalações Sanitárias - IS:

- As instalações sanitárias (IS) devem possuir lavatórios e estar supridas de produtos


destinados à higiene pessoal.
- As instalações sanitárias (IS) não podem se comunicar diretamente com os locais de
trabalho ou destinado às refeições. É interessante que sejam separadas por sexo!
- Os revestimentos utilizados nas instalações sanitárias (IS) devem ser impermeáveis
e laváveis.
- Os coletores de resíduos das IS devem também ser dotados de tampa e acionados
sem contato manual.

Recomendações gerais:

- Todos os estabelecimentos devem ser providos de extintores portáteis, colocados


em locais assinalados, de fácil acesso e visualização, indicado pelo órgão
competente.
- É importante uma iluminação adequada e um sistema de ventilação que possibilite
conforto térmico a todos os usuários.

Atualizado em: out./2014


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Normas técnicas
Verifique algumas das normas para o seu negócio.

Norma técnica é um documento de caráter universal, simples e eficiente, no qual são


indicadas regras, linhas básicas ou características mínimas, que devem ser seguidas por
determinado produto, processo ou serviço.

Devidamente utilizada, a Norma Técnica proporciona a perfeita ordenação das atividades e


a obtenção de resultados semelhantes e padronizados, para que um mesmo produto possa
ser adotado em diferentes países.

As normas técnicas podem ser utilizadas para:

 Racionalizar processos, eliminando desperdícios de tempo, de matéria-prima e de


mão de obra;
 Assegurar a qualidade do produto oferecido ao mercado;
 Conseguir aumento de vendas;
 Incrementar as vendas de produtos em outros mercados;
 Reduzir a troca e a devolução de produtos;
 Reverter o produto, processo ou serviço em patrimônio tecnológico, industrial e
comercial para o País, quando da relação com o mercado internacional;
 Reforçar o prestígio de serviços prestados;
 Aumentar o prestígio de determinada marca;
 Garantir saúde e segurança.

Seguem abaixo algumas normas técnicas sobre manuseio e transporte de resíduos


perigosos:

NBR 9735
Data de publicação: 25/05/2012
Título: Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de
produtos perigosos
*Esta Norma estabelece o conjunto mínimo de equipamentos para emergências no
transporte terrestre de produtos perigosos, constituído de equipamento de proteção
individual, a ser utilizado pelo condutor e pessoal envolvido (se houver) nas operações de
transporte das unidades de transporte, equipamentos para sinalização, isolamento da área
da ocorrência (avaria, acidente e/ou emergência) e extintor de incêndio portátil para a
carga.

NBR 11175
Data da publicação: 30/07/1990
Título: Incineração de resíduos sólidos perigosos - Padrões de desempenho -
Procedimento
*Fixa as condições exigíveis de desempenho do incinerador. Esta norma exclui os resíduos
classificados como perigosos devido à patogenicidade e inflamabilidade.

Atualizado em: out./2014


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NBR 7500 – Versão corrigida: 2009


Data da publicação: 15/07/2009
Título: Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e
armazenamento de produtos.
*Esta Norma estabelece a simbologia convencional e o seu dimensionamento para produtos
perigosos, a ser aplicada nas unidades de transporte e nas embalagens, a fim de indicar os
riscos e os cuidados a serem tomados no transporte terrestre, manuseio, movimentação e
armazenamento, de acordo com a carga contida.

NBR 10004
Data da publicação: 31/05/2004
Título: Resíduos sólidos - Classificação
*Esta Norma classifica os resíduos sólidos quanto aos seus potenciais ao meio ambiente e à
saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente.

NBR 12807
Data da publicação: 31/01/1993
Título: Resíduos de serviços de saúde - Terminologia
*Esta Norma define os termos empregados em relação aos resíduos de serviços de saúde.

NBR 12808:
Data da publicação: 30/01/1993
Título: Resíduos de serviço de saúde - Classificação
* Esta Norma classifica os resíduos de serviços de saúde quanto aos riscos potenciais ao
meio ambiente e à saúde pública, para que tenham gerenciamento adequado.

NBR 12809
Data da publicação: 28/02/1993
Título: Manuseio de resíduos de serviços de saúde - Procedimento
*Esta Norma fixa os procedimentos exigíveis para garantir condições de higiene e
segurança no processamento interno de resíduos infectantes, especiais e comuns, nos
serviços de saúde.

NBR 12810
Data da publicação: 03/01/1993
Título: Coleta de resíduos de serviços de saúde - Procedimentos
*Esta Norma fixa os procedimentos exigíveis para coleta interna e externa dos resíduos de
serviços de saúde, sob condições de higiene e segurança.

NBR 13221
Data da publicação: 16/04/2010
Título: Transporte terrestre de resíduos
*Esta Norma especifica os requisitos para o transporte terrestre de resíduos, de modo a
minimizar danos ao meio ambiente e a proteger a saúde pública.
NBR 14652
Data da publicação: 30/04/2001

Atualizado em: out./2014


Saiba como montar: Empresa de coleta, destinação e reciclagem de resíduos perigosos 15

Título: Coletor-transportador rodoviário de resíduos de serviços de saúde -


Requisitos de construção e inspeção - Resíduos do Grupo A
*Esta Norma estabelece os requisitos mínimos de construção e de inspeção dos coletores-
transportadores rodoviários de resíduos de serviços de saúde do grupo A.

Normas Técnicas: o que eu tenho a ver com isso?


História em quadrinhos publicada pela ABNT e Sebrae. Destina-se a empresários de
diversos setores, com informações sobre normas técnicas, vantagens e a importância de
adquiri-las.
O gibi tem por objetivo sensibilizar a todos sobre a importância da normalização de uma
forma simples e agradável. Para fazer o download, acesse www.abnt.org.br, clique em
“Imprensa” e depois em “Publicações”.

Acordo de cooperação técnica e financeira Sebrae/ABNT para acesso a normas


técnicas para micro e pequenas empresas
O Sebrae e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) firmaram um convênio que
possibilita às micro e pequenas empresas o acesso às normas técnicas brasileiras por 1/3
do seu preço de mercado. O objetivo dessa ação é facilitar e intensificar o uso das normas
técnicas, bem como o acesso à sua elaboração, qualificando produtos e auxiliando as MPEs
a se tornarem mais competitivas e conquistarem novos mercados.

Para obter a norma técnica, a MPE precisa estar cadastrada no Sebrae ou ser optante do
Simples. Para mais informações, acesse o site www.abntnet.com.br/sebrae.

Atualizado em: out./2014


Saiba como montar: Empresa de coleta, destinação e reciclagem de resíduos perigosos 16

Legislação específica
Conheça as leis que regulamentam o negócio que você pretende montar

Considerações iniciais

Serviço de coleta destinação de resíduos perigosos constitui atividade com característica


potencialmente poluidora, pelo que fica o empreendedor obrigado a consultar o órgão de
fiscalização ambiental, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) ou a
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Supram, a
fim de obter esclarecimentos sobre Licenciamento Ambiental.

O empreendimento pode estar sujeito à responsabilidade técnica podendo ser Engenheiro


Ambiental devidamente habilitado no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia –
CREA.

Sem prejuízo do profissional habilitado, o empreendimento também está obrigado à


obtenção do registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA, nos moldes
estabelecidos na Lei federal nº 6.839/80.

Licenciamento ambiental

A entidade competente para determinar o perfil das empresas de potencial poluente é o


Conselho Estadual de Política Ambiental – Copam. É, portanto, um órgão deliberativo,
encarregado da elaboração de dispositivos normativos relacionados à proteção,
conservação e melhoria do meio ambiente. Já a Fundação Estadual do Meio Ambiente –
Feam – fica incumbida de executar as deliberações do Copam, caracterizando-se, assim,
como um órgão executivo. A Feam tem por finalidade propor e executar uma política
ambiental que visa a prevenção, a correção da poluição ou da degradação ambiental
provocada por atividade poluidora, bem como promover e realizar estudos e pesquisas
sobre a poluição, qualidade do ar, da água e do solo. Essas entidades, por sua vez, estão
subordinadas à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável –
Semad.

Por força do Decreto Estadual nº 44.844/08, todo empreendimento, antes de iniciar suas
atividades, deverá proceder a regularização ambiental na Semad.

A regularização ambiental é procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental


competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos
e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental,
considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao
caso.

É através da regularização ambiental que o empreendedor atende às exigências do poder


público com relação a Licenciamento Ambiental, Autorização Ambiental para
Funcionamento, Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos, Cadastro de Uso

Atualizado em: out./2014


Saiba como montar: Empresa de coleta, destinação e reciclagem de resíduos perigosos 17

Insignificante, Supressão de Vegetação Nativa e Intervenção em Área de Preservação


Permanente.

a) Autorização Ambiental de Funcionamento – AAF


É aquela fornecida às atividades de pequeno porte e pequeno ou médio potencial poluidor;
bem como os empreendimentos de médio porte e de pequeno potencial poluidor, previstos
no rol da Deliberação Normativa nº 74/2004 do Copam, ficando dispensados do
Licenciamento Ambiental.

b) Licenciamento Ambiental
É aquele destinado às atividades e/ou aos instrumentos de maior porte e maior potencial
poluidor, entendidos como fontes de poluição, previstos no rol da Deliberação Normativa n°
74/2004 do Copam.

c) Certidão de Dispensa – CD
Certifica a isenção do processo de Licenciamento ou de AAF, quando o empreendimento
não se enquadrar em nenhuma das classes estabelecidas pela Deliberação Normativa nº
74/2004.

d) Licenciamento Sumário*
É aquele fornecido, por deliberação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, às atividades
e/ou instrumentos entendidos como fontes de poluição, que não estiverem previstos no rol
da Deliberação Normativa n° 74/2004.
*O termo "Sumário" não está previsto em qualquer dispositivo normativo. É, tão-somente,
um termo criado na Feam para designar esse tipo de Licenciamento.

Em virtude de legislação ambiental no âmbito do estado de Minas Gerais, é necessário que


o empreendedor solicite a regularização ambiental à Semad, por intermédio das
Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável –
SUPRAM’s, conforme detalhado no título Regularização Ambiental presente no manual
“Ponto de Partida – Como abrir uma empresa”.

A documentação necessária para a regularização ambiental poderá variar de acordo com a


atividade ou instrumentos utilizados, sendo avaliado pelo órgão ambiental competente,
após o início do pedido de regularização ambiental.

Sanções pelo descumprimento da legislação ambiental

O descumprimento dos dispositivos da Lei sujeita o infrator às seguintes penalidades, sem


prejuízo de outras:
- Advertência;
- Multa simples;
- Multa diária;
- Apreensão dos produtos e dos subprodutos da flora e de instrumentos, petrechos,
máquinas, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na prática da
infração;

Atualizado em: out./2014


Saiba como montar: Empresa de coleta, destinação e reciclagem de resíduos perigosos 18

- Destruição ou inutilização do produto;


- Suspensão de venda e fabricação do produto;
- Embargo da obra ou atividade;
- Suspensão parcial ou total das atividades;
- Restritivas de direitos (suspensão de registro, licença, permissão ou autorização;
cancelamento de registro, licença, outorga, permissão ou autorização; perda ou
restrição de incentivos e benefícios fiscais; perda ou suspensão da participação em
linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito; e proibição de
contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos).

A entidade responsável pela fiscalização do cumprimento das normas ambientais, em geral,


no interior do estado, é a Fundação Estadual do Meio Ambiente – Feam, enquanto a
Supram é órgão de apoio técnico e administrativo que visa à agilidade e maior eficiência
nos processos de regularização ambiental.

Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS

A Lei Federal nº 12.305/10, bem como Decreto Federal nº 7.404/10 instituem e


regulamentam a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Entre outras disposições torna
obrigatória a elaboração de Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS para os
geradores de resíduos sólidos oriundos de:
1. Serviços públicos de saneamento básico, excetuados os resíduos domiciliares (os
originários de atividades domésticas em residências urbanas) e os resíduos de
limpeza urbana (os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e
outros serviços de limpeza urbana);
2. Resíduos industriais - os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;
3. Resíduos de serviços de saúde - os gerados nos serviços de saúde, conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sistema
Nacional do Meio Ambiente – Sisnama e do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
– SNVS;
4. Resíduos de mineração - os gerados na atividade de pesquisa, extração ou
beneficiamento de minérios;
5. Estabelecimentos comerciais que gerem resíduos perigosos; ou que gerem resíduos
que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou
volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público
municipal;
6. Empresas de construção civil, nos termos de regulamento ou de normas
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama;
7. Responsáveis pelos terminais e outras instalações de resíduos de serviços de
transportes (os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários,
rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira) e, nos termos do regulamento
ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do SNVS, as
empresas de transporte;
8. Responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão competente do
Sisnama, do SNVS ou do Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária –
Suasa.

Atualizado em: out./2014


Saiba como montar: Empresa de coleta, destinação e reciclagem de resíduos perigosos 19

Os planos de gerenciamento de resíduos sólidos para microempresas e empresas de


pequeno porte, assim definidas na Lei Complementar nº 123/06 tem critérios e
procedimentos simplificados, salvo em caso da microempresa e empresa de pequeno porte
ser geradora de resíduos perigosos.

A legislação supra citada institui e torna obrigatório o sistema de logística reversa de alguns
produtos.

Logística reversa é o meio pelo qual se viabiliza a coleta e a restituição dos resíduos sólidos
ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos,
ou outra destinação final ambientalmente adequada.

São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno


dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de
limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes de:
1. Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja
embalagem, após o uso constitua resíduo perigoso, observadas as regras de
gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas
técnicas;
2. Pilhas e baterias;
3. Pneus;
4. Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
5. Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
6. Produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS

Empresa de coleta, destinação e reciclagem de resíduos perigosos trabalha diretamente


com resíduos de serviços de saúde e, portanto, devem estar atenta à Resolução 358/2005
do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, devendo elaborar e implantar o Plano
de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS, de acordo com a norma
vigente.

A Resolução CONAMA nº 358/05 define PGRSS como documento integrante do processo de


licenciamento ambiental, baseado nos princípios da não geração de resíduos e na
minimização da geração de resíduos, que aponta e descrevem as ações relativas ao seu
manejo, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento,
coleta, armazenamento, transporte, reciclagem, tratamento e disposição final, bem como a
proteção à saúde pública e ao meio ambiente.

Sistema de tratamento de resíduos de serviços de saúde, nos termos da Resolução acima


citada é o conjunto de unidades, processos e procedimentos que alteram as características
físicas, físico-químicas, químicas ou biológicas dos resíduos, podendo promover a sua

Atualizado em: out./2014


Saiba como montar: Empresa de coleta, destinação e reciclagem de resíduos perigosos 20

descaracterização, visando a minimização do risco à saúde pública, a preservação da


qualidade do meio ambiente, a segurança e a saúde do trabalhador.

Disposição final de resíduos de serviços de saúde, por sua vez, é a prática de dispor os
resíduos sólidos no solo previamente preparado para recebê-los, de acordo com critérios
técnico-construtivos e operacionais adequados, em consonância com as exigências dos
órgãos ambientais competentes.

Cabe aos geradores de resíduos de serviço de saúde e ao responsável legal o


gerenciamento dos resíduos desde a geração até a disposição final, de forma a atender aos
requisitos ambientais e de saúde pública e saúde ocupacional, sem prejuízo de
responsabilização solidária de todos aqueles, pessoas físicas e jurídicas que, direta ou
indiretamente, causem ou possam causar degradação ambiental, em especial os
transportadores e operadores das instalações de tratamento e disposição final, nos termos
da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981.

Os geradores de resíduos de serviços de saúde, em operação ou a serem implantados,


devem elaborar e implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde –
PGRSS, de acordo com a legislação vigente, especialmente as normas da vigilância
sanitária.

Cabe aos órgãos ambientais competentes dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
a fixação de critérios para determinar quais serviços serão objetos de licenciamento
ambiental, do qual deverá constar o PGRSS.

Disposição final de resíduos de serviço de saúde

De acordo com a Resolução nº 358/05 expedida pelo CONAMA há algumas condições


mínimas para a disposição final do lixo hospitalar.

Quanto à seleção de área a mesma não pode possuir restrições quanto ao zoneamento
ambiental (afastamento de Unidades de Conservação ou áreas correlatas); e tem que
respeitar as distâncias mínimas estabelecidas pelos órgãos ambientais competentes de
ecossistemas frágeis, recursos hídricos superficiais e subterrâneos.

Quanto à segurança e sinalização deverá haver sistema de controle de acesso de veículos,


pessoas não autorizadas e animais, sob vigilância contínua; e sinalização de advertência
com informes educativos quanto aos perigos envolvidos.

Quanto aos aspectos técnicos deverá haver:


a) Sistemas de drenagem de águas pluviais;
b) Coleta e disposição adequada dos percolados;
c) Coleta de gases;
d) Impermeabilização da base e taludes; e
e) Monitoramento ambiental.

Atualizado em: out./2014


Saiba como montar: Empresa de coleta, destinação e reciclagem de resíduos perigosos 21

Por fim, quanto ao processo de disposição final de resíduos de serviços de saúde o


empreendedor deverá obedecer as seguintes especificações:
a) Disposição dos resíduos diretamente sobre o fundo do local;
b) Acomodação dos resíduos sem compactação direta;
c) Cobertura diária com solo, admitindo-se disposição em camadas;
d) Cobertura final; e
e) Plano de encerramento.

Os veículos utilizados para coleta e transporte externo dos resíduos de serviços de saúde
devem atender às exigências legais e às normas da ABNT.

Transporte rodoviário de produtos perigosos

O transporte rodoviário de produtos perigosos é regulamentado através dos Decretos


Federais nº 96.044/88 e 4.097/2002, além de normas infralegais expedidas pelo IBAMA,
Polícia Federal, Polícia Civil, Exército, entre outros órgãos, dependendo da carga perigosa a
ser transportada.

Nos termos da Lei Federal nº 10.233/01 é competência da Agência Nacional de Transportes


Terrestres – ANTT regulamentar o transporte de cargas e produtos perigosos em rodovias e
ferrovias.

A Resolução da ANTT nº 420, de 12 de fevereiro de 2004 aprova as instruções


complementares ao regulamento do transporte terrestre de produtos perigosos. A
normatização do transporte de cargas perigosas e nocivas irá variar de acordo com o
produto perigoso ou nocivo a ser transportado. A leitura da referida norma é de vital
importância para a exploração do empreendimento no caso de transporte de produtos
perigosos.

Os veículos e equipamentos (como tanques e contêineres) destinados ao transporte de


produto perigoso a granel deverão ser fabricados de acordo com as Normas Brasileiras ou,
na inexistência destas, com norma internacional aceita.

O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, ou


entidade, por ele credenciada, atestará a adequação dos veículos e equipamentos ao
transporte de produto perigoso, nos termos dos seus regulamentos técnicos.

Durante as operações de carga, transporte, descarga, transbordo, limpeza e


descontaminação os veículos e equipamentos utilizados no transporte de produto perigoso
deverão portar rótulos de risco e painéis de segurança específicos, de acordo com as NBR-
7500 e NBR- 8286.

Vale ressaltar que é expressamente proibido o transporte, no mesmo veículo ou contêiner,


de produto perigoso, com risco de contaminação, juntamente com alimentos,
medicamentos ou objetos destinados a uso humano ou animal ou, ainda, com embalagens

Atualizado em: out./2014


Saiba como montar: Empresa de coleta, destinação e reciclagem de resíduos perigosos 22

de mercadorias destinadas ao mesmo fim; bem como o transporte de animais juntamente


com qualquer produto perigoso.

Dependendo da carga perigosa ou nociva a ser transportada poderá ser exigida licença
especial expedida pelo IBAMA, Polícia Federal, Polícia Civil ou Exército, entre outros órgãos.
Portanto, orientamos que o empreendedor consulte diretamente a ANTT para maiores
informações sobre as licenças para transporte de resíduos perigosos.

Diante da existência de requisitos especiais e obrigatórios quanto ao transporte rodoviário


de produtos perigosos orientamos a leitura na íntegra das referidas normas bem como a
consulta direta à ANTT para maiores informações.

Agência Nacional de Transporte Terrestre – ANTT

A Lei Federal nº 10.233/2001 instituiu a ANTT – Agência Nacional de Transportes


Terrestres, entidade integrante da Administração Federal indireta, submetida ao regime
autárquico especial e vinculada ao Ministério dos Transportes.

O regime autárquico especial conferido à ANTT é caracterizado pela independência


administrativa, autonomia financeira e funcional e mandato fixo de seus dirigentes.

Constituem a esfera de atuação da ANTT:


1. O transporte ferroviário de passageiros e cargas ao longo do Sistema Nacional de
Viação;
2. A exploração da infraestrutura ferroviária e o arrendamento dos ativos operacionais
correspondentes;
3. O transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
4. O transporte rodoviário de cargas;
5. A exploração da infraestrutura rodoviária federal;
6. O transporte multimodal;
7. O transporte de cargas especiais e perigosas em rodovias e ferrovias.

A ANTT articula-se com outras agências reguladoras para resolução das interfaces do
transporte terrestre com os outros meios de transporte, visando à movimentação
intermodal mais econômica e segura de pessoas e bens. Harmoniza sua esfera de atuação
com a de órgãos dos estados, do Distrito Federal e dos municípios encarregados do
gerenciamento de seus sistemas viários e das operações de transporte intermunicipal e
urbano. Também articula-se com entidades operadoras do transporte dutoviário, para
resolução de interfaces intermodais e organização de cadastro do sistema de dutovias do
Brasil.

Responsabilidade técnica

Empresas que exploram atividade de coleta e destinação de resíduos perigosos são


obrigadas a obter registro diretamente com o Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia de Minas Gerais – Crea.

Atualizado em: out./2014


Saiba como montar: Empresa de coleta, destinação e reciclagem de resíduos perigosos 23

O registro no Crea-MG é concedido à pessoa jurídica, desde que, para a atividade, seja
mantido, nos quadros da empresa, profissional habilitado em engenharia ambiental, na
qualidade de responsável técnico, podendo ser sócio, empregado ou prestador de serviço
especificamente contratado para o fim.

O Decreto Federal nº 7.404/10 dispõe que as pessoas jurídicas que operam com resíduos
perigosos, em qualquer fase de seu gerenciamento, são obrigadas a se cadastrar no
Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos, devendo indicar responsável
técnico pelo gerenciamento dos resíduos perigosos, devidamente habilitado, cujos dados
serão mantidos atualizados no cadastro.

A Resolução nº 447/00 do Confea dispõe sobre o registro profissional do engenheiro


ambiental e discrimina suas atividades profissionais. Prescreve, em seu artigo 2º que
compete ao engenheiro ambiental o desempenho das atividades 1 a 14 e 18 do artigo 1º
da Resolução nº 218 do Confea, de 29 de junho de 1973, referentes à administração,
gestão e ordenamento ambientais e ao monitoramento e mitigação de impactos
ambientais, seus serviços afins e correlatos.

Nos termos do artigo 1º da Resolução Confea nº 218/73 são fixadas as seguintes


atividades de competência do engenheiro:
Atividade 01 - Supervisão, coordenação e orientação técnica;
Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e especificação;
Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica;
Atividade 04 - Assistência, assessoria e consultoria;
Atividade 05 - Direção de obra e serviço técnico;
Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;
Atividade 07 - Desempenho de cargo e função técnica;
Atividade 08 - Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação
técnica; extensão;
Atividade 09 - Elaboração de orçamento;
Atividade 10 - Padronização, mensuração e controle de qualidade;
Atividade 11 - Execução de obra e serviço técnico;
Atividade 12 - Fiscalização de obra e serviço técnico;
Atividade 13 - Produção técnica e especializada;
Atividade 14 - Condução de trabalho técnico;
Atividade 18 - Execução de desenho técnico.

O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS, nos termos da


Resolução CONAMA nº 358/05 deve ser elaborado por profissional de nível superior,
habilitado pelo seu conselho de classe, com apresentação de Anotação de Responsabilidade
Técnica – ART, Certificado de Responsabilidade Técnica ou documento similar, quando
couber.

Atualizado em: out./2014


Saiba como montar: Empresa de coleta, destinação e reciclagem de resíduos perigosos 24

Considerando que a responsabilidade técnica para a atividade não é privativa do


engenheiro ambiental, o empreendedor pode manter outro profissional diferente em seus
quadros, para responder pela atividade, desde que sua habilitação profissional o permita.

A própria legislação que regulamenta a profissão do engenheiro se reporta à necessidade


de entendimentos entre os Conselhos de Classe interessados, sempre que a atividade
desenvolvida estiver no âmbito da habilitação conferida a outros profissionais, pelas
respectivas entidades fiscalizadoras de profissão regulamentada.

Conclusão
Os sistemas de tratamento e disposição final de resíduos de serviços de saúde devem estar
licenciados pelo órgão ambiental competente para fins de funcionamento e submetidos a
monitoramento de acordo com parâmetros e periodicidade definidos no licenciamento
ambiental. Desta forma, é imprescindível a consulta direta ao CONAMA e à Vigilância
Sanitária uma vez que as técnicas de disposição final dos resíduos de saúde, que variam de
acordo com a classificação contida em normas infralegais.

Recomenda-se também ao empreendedor consultar a autoridade municipal competente


para o exercício do controle e da fiscalização ambiental, através da qual deverá obter
informações detalhadas sobre a exploração da atividade na localidade onde o
empreendimento será instalado.

Recomenda-se ainda ao empreendedor solicitar informações detalhadas sobre registro,


autorização especial e normas de execução do transporte de cargas perigosas, diretamente
às autoridades de trânsito, principalmente ANTT, DNIT, DER e Detran, haja vista que a
legislação que rege a matéria é dinâmica, passível de alterações, e, sobretudo, por serem
as mesmas de natureza infralegal.

Importante:
A legislação brasileira está sujeita a alterações constantes. É necessário e indispensável
que o empreendedor solicite às autoridades fiscais informações atualizadas sobre
exigências e requisitos legais, para a regularização da pessoa jurídica e a exploração da
atividade econômica. As instruções recebidas sobre legislação devem ser confirmadas pelas
autoridades fiscais e pelo profissional de contabilidade responsável pela escrita fiscal da
empresa.

Tipos de licenças necessárias para seu empreendimento

Licença ou alvará de funcionamento Prefeitura


Vistorias e observância às normas de Corpo de Bombeiros
segurança
Licença Ambiental Órgãos municipais ou estaduais de Meio
Ambiente
Autorização de Funcionamento Agência Nacional de Transportes Terrestres
– ANTT

Atualizado em: out./2014


Saiba como montar: Empresa de coleta, destinação e reciclagem de resíduos perigosos 25

Fundamentação legal

a) Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 – Institui o Estatuto Nacional


da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis no
8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho
- CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, da Lei no
10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro
de 1990; e revoga as Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de
outubro de 1999;
b) Lei Federal nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966 – Regula o exercício das
profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo e dá outras
providências;
c) Lei Federal nº 6.839, de 30 de outubro de 1980 – Dispõe sobre o registro de
empresas nas entidades fiscalizadoras do exercício da profissão;
d) Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 – Dispõe sobre a Política Nacional do
Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências;
e) Lei Federal nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Institui o Código de Trânsito
Brasileiro;
f) Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999 – Dispõe sobre a Educação Ambiental,
institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências;
g) Lei Federal nº 10.233, de 5 de junho de 2001 – Dispõe sobre a reestruturação dos
transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de
Políticas de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência
Nacional de Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestrutura
de Transportes, e dá outras providências;
h) Lei Federal nº 11.442, de 5 de janeiro de 2007 – Dispõe sobre o transporte
rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração e revoga a Lei
nº 6.813, de 10 de julho de 1980;
i) Lei Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 – Institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras
providências;
j) Decreto Federal nº 96.044, de 18 de maio de 1988 – Aprova o Regulamento para o
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências;
k) Decreto Federal nº 99.274, de 6 de junho de 1990 – Regulamenta a Lei nº 6.902/81
e a Lei nº 6.938/81, que dispõem, respectivamente, sobre a criação de estações
ecológicas e áreas de proteção ambiental e sobre a política nacional do meio
ambiente, e dá outras providências;
l) Decreto Federal nº 4.097, de 23 de janeiro de 2002 – Altera a redação dos arts. 7o
e 19 dos Regulamentos para os transportes rodoviário e ferroviário de produtos
perigosos, aprovados pelos Decretos nos 96.044, de 18 de maio de 1988, e 98.973,
de 21 de fevereiro de 1990, respectivamente;
m) Decreto Federal nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010 – Regulamenta a Lei no
12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos,
cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê

Atualizado em: out./2014


Saiba como montar: Empresa de coleta, destinação e reciclagem de resíduos perigosos 26

Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras


providências;
n) Lei Estadual nº 7.772, de 08 de setembro de 1980 – Dispõe sobre a proteção,
conservação e melhoria do meio ambiente;
o) Decreto Estadual nº 21.228, de 10 de março de 1981 – Regulamenta a Lei nº 7.772,
de 08 de setembro de 1980, que dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria
do meio ambiente no estado de Minas Gerais;
p) Decreto Estadual nº 24.855, de 08 de agosto de 1985 – Dispõe sobre a inscrição,
em dívida ativa, de multa aplicada pelo Conselho de Política Ambiental (Copam) e dá
outras providências;
q) Decreto Estadual nº 44.844 de 25 de junho de 2008 – Estabelece normas para
licenciamento ambiental e autorização ambiental de funcionamento, tipifica e
classifica infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos hídricos
e estabelece procedimentos administrativos de fiscalização e aplicação das
penalidades;
r) Resolução nº 420 da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, de 12 de
fevereiro de 2004 – Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do
Transporte Terrestre de Produtos Perigosos;
s) Resolução nº 306 da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
– Anvisa – RDC/Anvisa, de 7 de dezembro de 2004 – Dispõe sobre o Regulamento
Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde;
t) Resolução nº 218 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – CONFEA, de 29
de junho de 1973 - Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia;
u) Resolução nº 447 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – CONFEA, de 22
de setembro de 2000 - Dispõe sobre o registro profissional do engenheiro ambiental
e discrimina suas atividades profissionais;
v) Resolução nº 237 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, de 19 de
dezembro de 1997 – Dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos e
critérios utilizados para o licenciamento ambiental;
w) Resolução nº 358 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, de 29 de abril
de 2005 - Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços
de saúde e dá outras providências;
x) Deliberação Normativa nº 74 do Conselho Estadual de Política Ambiental – Copam,
de 09 de setembro de 2004 – Estabelece critérios para classificação, segundo o
porte e potencial poluidor, de empreendimentos e atividades modificadoras do meio
ambiente passíveis de autorização ambiental de funcionamento ou de licenciamento
ambiental no nível estadual, determina normas para indenização dos custos de
análise de pedidos de autorização ambiental e de licenciamento ambiental, e dá
outras providências.

Atualizado em: out./2014


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Endereços úteis
Saiba onde você poderá obter mais informações

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES – ANTT


Unidade Regional de Minas Gerais – URMG
Avenida Cristóvão Colombo, 485 – 14º andar – Savassi
30140-140 – Belo Horizonte – MG
Tel.: (31) 3303-1300 – Fax: (31) 3303-1313
www.antt.gov.br

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS TRATAMENTO DE RESÍDUOS – ABETRE


Rua Santa Estela, 515
08441-260 - São Paulo
Tel.: (11) 5081-5351 / 5081-7951
www.abetre.org.br

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT


Rua da Bahia, 1148 – Grupo 1007 - Ed. Maleta - Centro
30160-906 - Belo Horizonte - MG
Tel.: (31) 3226-4396 - Fax (31) 3273-4344
www.abnt.org.br

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS –


ABRELPE
Avenida paulista, 807, cj. 207
01311-915 – São Paulo – SP
Tel.: (11) 3297-5898
www.abrelpe.org.br

COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA RECICLAGEM – CEMPRE


Rua Bento de Andrade, 126 - Jardim Paulista
04503-000 - São Paulo - SP
Tel.: (11) 3889-7806
www.cempre.org.br

CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DE MINAS GERAIS – CREA


Av. Álvares Cabral, 1.600 - Santo Agostinho
30.170.001 - Belo Horizonte - MG
Tel.: 0800-0312732
www.crea-mg.org.br

CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA DE MINAS GERAIS – CRQ


Rua São Paulo, 409 – 16º andar – Centro
30170-902 – Belo Horizonte – MG
Tel.: (31) 3279-9800 – Fax: (31) 3279-9801
www.crqmg.org.br

Atualizado em: out./2014


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DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO ESTADO DE MINAS GERAIS – DETRAN-MG


Av. João Pinheiro, 417 – Centro
30130-180 – Belo Horizonte – MG
Tel.: (31) 3236-3500 – Fax: (31) 3236-3586
www.detrannet.mg.gov.br

FUNDAÇÃO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE – FEAM


Sede – cidade administrativa do Estado de Minas Gerais
Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/nº - Serra Verde
31630-901 - Belo Horizonte – MG
Telefone Geral da Cidade Administrativa: (31) 3915-1000
www.feam.br

INSTITUTO DE PESOS E MEDIDAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS - IPEM-MG


Rua Cristiano França Teixeira Guimarães, 80 – Cinco
32010-130 – Contagem – MG
(31) 3399-7100/7114
www.ipem.mg.gov.br

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE MINAS GERAIS


Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais
Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/nº - Serra Verde
31630-901 - Belo Horizonte – MG
Tel.: (31) 3916 - 0453
www.saude.mg.gov.br

SINDICATO DAS EMPRESAS TRANSPORTADORAS DE CARGA DO ESTADO DE MINAS


GERAIS – SETCEMG
Av. Antônio Abraão Caran, 728 – Pampulha
31275-000 – Belo Horizonte – MG
Tel.: (3l) 3490-0330
www.setcemg.org.br
*Assessoria técnica para iniciar o negócio.

Atualizado em: out./2014


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Cursos e eventos2
Aprimore-se!

Resilimp – SP
*Feira Internacional de Resíduos Sólidos.
www.feirasnacipa.com.br

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O interessado deverá entrar em contato com a instituição, a fim de confirmar as datas e os valores dos cursos.

Atualizado em: out./2014


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Sugestões de vídeos
Vale conferir!

1) Palestra – O Impacto da Lei de Resíduos Sólidos nos Negócios

Duração: 49 min.

*Esse vídeo trata da responsabilidade civil ambiental, bem como a lei que instituiu a
Política Nacional de Resíduos Sólidos, ressaltando o impacto dessa Lei nos municípios,
indústrias, comércios etc. Refere-se também aos dois lados da Lei, que trouxe obrigações,
mas por outro gerou oportunidades de mercado.

O vídeo acima poderá ser acessado em nosso site, no link:


http://www.sebraemg.com.br/atendimento/BibliotecaDigital/VisualizarDocumento.aspx?CO
DIGO=1875

2) Palestra – O Corpo de Bombeiros e o Processo de Abertura de Empresas

Duração: 72 min.

*Esse vídeo destaca a importância dos cuidados necessários na abertura de empresas no


que se refere à prevenção e combate ao incêndio e pânico, com o auxílio dos bombeiros,
tratando das edificações e estabelecendo normas relativas à segurança das pessoas e seus
bens.

O vídeo acima poderá ser acessado em nosso site, no link:


http://www.sebraemg.com.br/atendimento/BibliotecaDigital/VisualizarDocumento.aspx?CO
DIGO=2223

Atualizado em: out./2014


Saiba como montar: Empresa de coleta, destinação e reciclagem de resíduos perigosos 31

Referências

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<http://www.antt.gov.br/>. Acesso em: 28 out. 2014.

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Acesso em: 28 out. 2014.

ALVES, William Lopes. Compostagem e vermicompostagem no tratamento de lixo urbano.2.


ed. São Paulo: Funep, 1998. 53p.

Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais. Disponível em:


<http://www.almg.gov.br>. Acesso em: 28 out. 2014.

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Disponível em: <http://www.crea-mg.org.br>. Acesso em: 28 out. 2014.

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<http://www.ecodesenvolvimento.org.br/noticias/politica-nacional-de-residuos-solidos-e-
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Belo Horizonte: FEAM, 1995. 47p. : il_(Série manual: n 1)

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Disponível em: <http:// www.semad.mg.gov.br>. Acesso em: 28 out. 2014.

SILVA, Maria Esther de Castro e. Compostagem de lixo em pequenas unidades de


tratamento.Viçosa, CPT, 2000. 82p.

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