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ANAMINESE DA FAMILIA

1. Você gosta de desenhar? Comunique-se com a criança desenhando e quando

conseguir sua atenção verbalize o que está desenhando.

2. Você gosta de fazer construções de peças? Faça-as junto à criança, mas sem invadir

o seu espaço. Dessa maneira você estará chamando sua atenção, estimulando-a.

3. Potencie a interação naquilo que a criança gosta de fazer, realizando com ele ou

com ela.

4. Se a criança apresenta hipersensibilidade acústica, evite lugares com multidões.

5. Para realizar uma tarefa, dê ordens breves, claras e simples.

6. Não faça as coisas no lugar da criança, dê tempo para ela.

7. Respeite seu ritmo e seu ritual, ou seja, se a criança prefere guardar os brinquedos

de uma determinada maneira, faça da mesma forma. Assim conseguirá empatia e fazer

coisas juntos.

8. Incentive a imitação para chegar à comunicação. Através da brincadeira,

chegaremos melhor à criança.

9. Reforce o que elas fazem bem. Essa forma de estimulação trata-se de qualquer coisa

que a criança goste, e pode ser algumas dessas coisas:

10. Faça cartazes com desenhos de elementos básicos como comer (especificando os

alimentos), tomar banho, vestir-se. Coloque esses cartazes num lugar que a criança

possa ver, para que mostre para ela o que você deseja. Pode ainda perguntar a ela: o

que é isso? E fale você mesmo sobre o objeto desenhado.


O profissional precisa ouvir mais a família e buscar, em conjunto com ela, uma solução para
cada caso. Nós pais nos deparamos com profissionais que pouco sabem sobre nossas
necessidades, nossos conflitos, nossas expectativas e nossos sonhos. O autista faz parte de
uma determinada família, que possui características singulares e, para que se possa de fato
beneficiá-la, é preciso que os caminhos propostos para ele também acolham a sua família.
Precisamos de soluções para nossas dificuldades. Não podemos ficar escondidos em nossas
casas, achando que a vida é assim mesmo. A vida será fruto de nossa capacidade de enfrentar
as dificuldades, buscando soluções que possam proporcionar uma existência com dignidade.
Quanto à nossa dor de termos filhos diferentes, aprenderemos que não conseguiremos
extingui-la. De vez em quando, ainda ficaremos tristes. Mas poderemos construir uma vida
significativa se nos dispusermos a entrar em contato com os autistas, porque aprenderemos
que todo e qualquer relacionamento se baseia no respeito às diferenças, e não na
transformação do outro naquilo que ele nunca poderá ser. Aprenderemos a amar os autistas
pelo fato deles terem sido escolhidos a vir e a permanecer nesse mundo, ao nosso lado.

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