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Início
1Histórico

1.1Surgimento da propriedade intelectual


1.2Internacionalização da proteção à propriedade intelectual
1.3Criação da OMPI

2Objetivos da OMPI

2.1Objetivos Gerais

2.2Metas Estratégicas
2.2.1Metas Estratégicas Atuais

3Estrutura

4Mecanismos de Solução de Controvérsias

4.1Centro de Arbitragem e Mediação da OMPI

4.2Solução Uniforme de Disputas sobre Registro de Domínio


4.3Sistema de Casos Eletrônicos

5Financiamento

6Tratados Existentes

6.1Tratados de Classificação

6.2Tratados de Sistema de Proteção Global

6.3Tratados de Proteção de Propriedade Intelectual

6.4Demais Tratados
6.4.1Acordo de Cooperação OMPI-OMC

6.4.2Acordo OMPI-ONU

6.4.3Outras parcerias

7Agenda de Desenvolvimento

7.1Proposta de Planos e Orçamento 2006-2007


7.2Estratégias de atuação

7.3Plano de Recomendações para a Agenda de Desenvolvimento


7.4Papel do Brasil na agenda de desenvolvimento

8Críticas

8.1Subdemocracia
8.2Sobreposição do interesse privado sobre o público

8.3Falta de transparência

8.4Diplomacia Excessiva

8.5Esvaziamento

9Referências

10Bibliografia e Referências
11Ligações externas

Organização Mundial da Propriedade


Intelectual
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Organização Mundial da Propriedade Intelectual


(OMPI; em inglês, World Intellectual Property Organização Mundial da
Organization, WIPO) é uma entidade internacional de Propriedade Intelectual
Direito Internacional Público com sede em Genebra (Suíça),
integrante do Sistema das Nações Unidas.

Criada em 1967, é uma das 16 agências especializadas da


ONU e tem por propósito a promoção da proteção da
propriedade intelectual ao redor do mundo através da
cooperação entre Estados. O atual Diretor-Geral da OMPI é
o australiano Francis Gurry.

Atualmente, é composta de 187 Estados-membros [2] e


administra 27 tratados internacionais, o mais recente dos
quais é o Tratado de Marraquexe, que visa a impor
limitações e exceções aos direitos autorais sobre livros em
benefícios de pessoas cegas e deficientes visuais,
permitindo-lhes um acesso sem fronteira aos livros.[3]

Índice
Sede em Genebra
Histórico
Surgimento da propriedade intelectual Tipo Agência especializada
Acrônimo OMPI
Internacionalização da proteção à propriedade Comando Daren Tang[1]
intelectual Status Ativa
Criação da OMPI Fundação 1967
Objetivos da OMPI Sede Genebra, Suíça
Objetivos Gerais
Website www.wipo.int (http://www.wip
Metas Estratégicas o.int)
Metas Estratégicas Atuais Commons United Nations World
Estrutura Intellectual Property
Organization
Mecanismos de Solução de Controvérsias
Centro de Arbitragem e Mediação da OMPI Organização das Nações Unidas
Solução Uniforme de Disputas sobre Registro
de Domínio
Sistema de Casos Eletrônicos
Financiamento
Tratados Existentes
Tratados de Classificação
Tratados de Sistema de Proteção Global
Tratados de Proteção de Propriedade
Intelectual
Demais Tratados
Acordo de Cooperação OMPI-OMC
Acordo OMPI-ONU
Outras parcerias
Agenda de Desenvolvimento
Proposta de Planos e Orçamento 2006-2007
Estratégias de atuação
Plano de Recomendações para a Agenda de
Desenvolvimento
Papel do Brasil na agenda de desenvolvimento
Críticas
Subdemocracia
Sobreposição do interesse privado sobre o
público
Falta de transparência
Diplomacia Excessiva
Esvaziamento
Referências
Bibliografia e Referências
Ligações externas

Histórico

Surgimento da propriedade intelectual


O direito de propriedade intelectual nasce no século XIX, após
a Revolução Industrial, permitindo às indústrias controlar tanto
sua produção, através das patentes, quanto sua distribuição,
através das marcas. Neste momento histórico não havia ainda
um sistema internacional regulando o direito de propriedade
industrial.

Os países, individualmente, regulavam de forma rudimentar,


através de sua legislação interna, como se dava o regime de
propriedade intelectual, o que permitia uma aplicação
industrial patenteada em um país ser apropriada por outro sem
que isso fosse considerado um ilícito.

Internacionalização da proteção à
propriedade intelectual

As primeiras tentativas de internacionalização|internacionalizar


a proteção à propriedade intelectual, criando um sistema
internacional de propriedade intelectual se deram e 1883 e
1886, com a Convenção de Paris pela Proteção da Propriedade Sede da WIPO, em Genebra
Industrial (CUP) e a Convenção de Berna pela Proteção do
Trabalho Artístico e Literário (CUB), respectivamente.

Em 1893 a CUP e a CUB unificaram seus escritórios dando origem ao BIRPI (Bureaux Internationaux
Réunis pour la Protection de la Propriété Intellectuelle, acrônimo francês que significa Escritório
Internacional Unificado pela Proteção da Propriedade Intelectual), que teria a função de administrar ambos
os acordos.

Criação da OMPI

Após a Segunda Guerra Mundial, as discussões de caráter internacional passaram a se dar no âmbito da
ONU, que, criou, em 1967, na Convenção de Estocolmo, a Organização Mundial da Propriedade
Intelectual (OMPI).

A Convenção de Estocolmo estabeleceu os objetivos da OMPI e harmonizou os direitos de propriedade


intelectual. A partir deste momento o BIRPI tornou-se a Secretaria Internacional da OMPI.

Desse modo, a OMPI foi formalmente criada a partir da assinatura da Convenção para o Estabelecimento
da Organização Mundial da Propriedade Intelectual,[4] assinada em 14 de julho de 1967.

Objetivos da OMPI

Objetivos Gerais

De acordo com o Artigo 3º da Convenção para o Estabelecimento da Organização Mundial da Propriedade


Intelectual,[4] à época de sua criação, em 1967, o principal objetivo da organização é promover a proteção
da propriedade intelectual internacionalmente.
Em 1974 a OMPI tornou-se agência especializada da ONU, harmonizando seus objetivos com o interesse
público e com as metas humanitárias da ONU.

Assim, segundo o Acordo entre a OMPI e a ONU, a proposta da OMPI foi redefinida para a promoção da
atividade intelectual criativa e a facilitação da transferência de tecnologia relacionada à propriedade
industrial para os países em desenvolvimento de forma a acelerar seu desenvolvimento econômico, social
e cultural.

Metas Estratégicas

Além dos objetivos gerais da organização, a cada 4 anos o Diretor-Geral divulga um Plano de Atuação a
Médio Prazo (Medium Term Plan), que define as metas estratégicas de atuação da OMPI nos 4 anos
subsequentes ao biênio no qual são definidos o Plano de Diretrizes (Draft Program) e o orçamento. As
metas do Plano de Atuação a Médio Prazo são refinadas na Proposta de Planos e Orçamentos bienal.

Metas Estratégicas Atuais

De acordo com a Proposta de Planos e Orçamentos de 2006/2007 [1] (http://www.wipo.int/edocs/mdocs/


govbody/en/wo_pbc_8/wo_pbc_8_3_pub.pdf), referente ao Plano de Atuação a Médio Prazo que
orienta a atividade da OMPI de 2006-2009, as metas estratégicas da OMPI são:

Promoção da uma cultura da Propriedade Intelectual


Integração da Propriedade Intelectual nos programas e políticas de desenvolvimento
nacionais
Desenvolvimento de leis e padrões internacionais de Propriedade Intelectual
Fornecimento de serviços de qualidade em sistemas de proteção de Propriedade
Intelectual
Aumentar a eficiência da administração e dos processos auxiliares da OMPI

Estrutura
A direção estratégica e as atividades da
OMPI são definidas por seus Estados-
membros.[2] Atualmente são 192
Estados associados, ou seja, 90% dos
países do mundo.

Os Estados se reúnem em
assembleias, comitês e em grupos de
trabalho.

Nas Assembleias Gerais a cada Estados-membros[2] da OMPI.


Estado-membro é atribuído um voto,
sem levar em conta sua população ou
contribuição financeira à OMPI. Nas assembleias são tratados os rumos da organização, suas atividades e
programas, inclusive seu orçamento, alguns temas específicos, e as decisões são tomadas por consenso.
A organização e a implementação das decisões tomadas nestas reuniões são feitas pelo Secretariado da
OMPI. O Secretariado, sediado em Genebra, é composto por membros de mais de 90 países, especialistas
em políticas públicas, economia, administração e TI (tecnologia da informação). O Secretariado também
administra o Sistema Internacional de Registro de Propriedade Intelectual e desenvolve os programas para
alcance das metas da OMPI.

Organizações intergovernamentais, organizações não-governamentais, representantes da sociedade civil e


grupos industriais podem receber status oficial de observadores nas reuniões da OMPI. Para isto, a cada
ano a OMPI abre um processo de atribuição deste status às organizações interessadas.

Mecanismos de Solução de Controvérsias

Centro de Arbitragem e Mediação da OMPI

Criado em 1994 e sediado em Genebra, Suíça, o Centro de Arbitragem e Mediação da OMPI oferece
meios alternativos de solução de controvérsias para a solução de disputas comerciais internacionais entre
partes privadas. O Centro é reconhecido internacionalmente como competente para solucionar conflitos
sobre tecnologia, entretenimento e outras disputas que envolvam propriedade intelectual. Além da
Arbitragem e a Mediação, procedimentos alternativos tradicionais, a OMPI disponibiliza a Decisão por
Especialista. Neste procedimento, por acordo entre as partes, a disputa é submetida a um ou mais
especialistas que fazem uma determinação sobre o assunto. Se as partes não acordarem em outro sentido, a
determinação é vinculante.

Solução Uniforme de Disputas sobre Registro de Domínio

A Política de Solução Uniforme de Disputas sobre Registro de Domínio ( UDRP Policy – Uniform
Domain Name Dispute Resolution) define as regras legais de resolução de disputas de infração de marcas
registradas pelo registro abusivo de domínios na Internet. Esta política é aplicada em procedimentos
administrativos geridos pelo Centro de Arbitragem e Mediação da OMPI.

Em 2006, o número de casos administrados pela OMPI sobre registro de domínios excedia 13,000,
envolvendo partes de 144 países e quase 24,000 domínios de Internet.

Sistema de Casos Eletrônicos

A OMPI disponibiliza um Sistema de Casos Eletrônicos ( ECAF – WIPO Electronic Case Facility)
virtual para diminuir o tempo e os custos na condução dos casos. Neste sistema, as comunicações de cada
parte em um procedimento são submetidas eletronicamente, e um e-mail é enviado à outra parte para alertá-
la. Este sistema facilita a comunicação entre as partes e o armazenamento de documentos, além de oferecer
o sumário e as informações essenciais de cada caso.

Financiamento
A OMPI é diferente das outras agências da ONU, pois suas atividades são totalmente financiadas por seu
próprio orçamento, tornando-a independente economicamente. Para o biênio de 2006-2007, 90% do
orçamento de 531 milhões de francos suíços (440 milhões de dólares americanos) vieram de taxas de
registro de marcas e patentes internacionais. Os outros 10% provem de taxas de serviços de arbitragem e
mediação, de publicações e de pequenas contribuições de Estados-membros.
Tratados Existentes
A OMPI administra, atualmente, 24 tratados.

Os tratados são divididos em três grupos gerais: Proteção de Propriedade Intelectual; Sistema de
Proteção Global e; Classificação.

O grupo dos tratados relativo à Proteção de Propriedade Intelectual, contendo 14 tratados, define as
regras básicas de proteção de propriedade intelectual dos países, acordada por estes.

O segundo grupo do tratados, que se refere ao Sistema de Proteção Global, contendo 6 tratados, engloba
tratados que asseguram a eficácia de registros internacionais de propriedade intelectual em todos os países
signatários, assim garantindo que os direitos de proteção intelectual sejam respeitados em todos os Estados-
membros, e não somente no país onde foi registrado.

Por fim, o último grupo, cujos tratados se referem à Classificação, contendo 4 tratados, cria sistemas de
classificação que organizam informações sobre invenções, marcas registradas, e desenhos industriais.

Tratados de Classificação
Acordo de Locarno [2] (http://www.wipo.int/treaties/en/classification/locarno/), relativo a
desenho industrial.
Acordo de Nice [3] (http://www.wipo.int/treaties/en/classification/nice/), relativo a marcas
registradas de produtos e serviços.
Acordo de Estrasburgo [4] (http://www.wipo.int/treaties/en/classification/strasbourg/),
relativo a classificação de patentes.
Acordo de Viena [5] (http://www.wipo.int/treaties/en/classification/vienna/), relativo a
elementos figurativos de marcas.

Tratados de Sistema de Proteção Global


Tratado de Budapeste [6] (http://www.wipo.int/treaties/en/registration/budapest/).
Acordo de Haia [7] (http://www.wipo.int/treaties/en/registration/hague/).
Acordo de Lisboa [8] (http://www.wipo.int/treaties/en/registration/lisbon/).
Acordo de Madri [9] (http://www.wipo.int/treaties/en/registration/madrid/).
Protocolo de Madri [10] (http://www.wipo.int/treaties/en/registration/madrid_protocol/).
PCT (Tratado de Cooperação de Patente) [11] (http://www.wipo.int/treaties/en/registration/pc
t/).

Tratados de Proteção de Propriedade Intelectual


Convenção de Berna [12] (http://www.wipo.int/treaties/en/ip/berne/)
Convenção de Bruxelas [13] (http://www.wipo.int/treaties/en/ip/brussels/)
Tratado de Registro de Filme [14] (https://web.archive.org/web/20101130143822/http://ww
w.wipo.int/treaties/en/ip/frt/)
Acordo de Madrid (Indicação de Fonte) [15] (http://www.wipo.int/treaties/en/ip/madrid/)
Tratado de Nairóbi [16] (http://www.wipo.int/treaties/en/ip/nairobi/)
Convenção de Paris [17] (http://www.wipo.int/treaties/en/ip/paris/)
Tratado de Lei de Patente [18] (http://www.wipo.int/treaties/en/ip/plt/)
Convenção de Fonogramas [19] (http://www.wipo.int/treaties/en/ip/phonograms/)
Convenção de Roma [20] (http://www.wipo.int/treaties/en/ip/rome/)
Tratado de Singapura sobre Lei de Marca Registrada (Trademark) [21] (http://www.wipo.i
nt/treaties/en/ip/singapore/)
Tratado de Lei de Marca Registrada [22] (http://www.wipo.int/treaties/en/ip/tlt/)
Tratado de Washington [23] (http://www.wipo.int/treaties/en/ip/washington/)
WCT (Tratado de Copyright) [24] (http://www.wipo.int/treaties/en/ip/wct/)
WPPT (Tratado de Performances e Fonogramas) [25] (http://www.wipo.int/treaties/en/ip/wpp
t/).

O Acordo de Roma, concluído em 1961 é administrado pela OMPI juntamente com a United Nations
Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) [26] (https://web.archive.org/web/20070529
005144/http://portal.unesco.org/en/ev.php-URL_ID%3D29008%26URL_DO%3DDO_TOPIC%26URL_
SECTION%3D201.html) e International Labour Organization (ILO) [27] (http://www.ilo.org/global/lang--
en/index.htm).

Demais Tratados
Tratado de Marraquexe (Tratado para facilitar o acesso a livros e publicações a
pessoas cegas ou com outras deficiências ou dificuldades visuais): considerado um
marco na história da OMPI, uma vez que em vez de reforçar restrições de acesso a material
protegido por direitos autorais, pela primeira vez flexibiliza ditos direitos de propriedade, em
prol dos direitos humanos (direitos de pessoas com deficiências físicas).[3]

Acordo de Cooperação OMPI-OMC

A OMPI assinou um Acordo de Cooperação [28] (http://www.wipo.int/treaties/en/agreement/trtdocs_wo0


30.html) com a Organização Mundial do Comércio (OMC) em 1996 (Acordo OMC-OMPI), visando
estabelecer uma relação de suporte mútuo e cooperação entre as Organizações para melhor administrar
questões de propriedade intelectual no âmbito internacional. Em resumo, o acordo estabelece o
fornecimento de informações, tal como leis e regulamentos, para países membros das organizações, livre
acesso ao sistema de dados da OMPI, assistência técnica e legal a países em desenvolvimento membros da
OMC, mesmo não sendo estes membros da OMPI.

Ademais, na 24ª sessão ordinária da Assembleia Geral da OMPI em 1999 foi reafirmada a intenção de
relação de cooperação com a OMC a fim de facilitar a implementação das regras do Acordo TRIPS,
especialmente nos países em desenvolvimento. Para tanto, as organizações juntas participaram simpósios e
seminários.

Acordo OMPI-ONU

A OMPI também tem um acordo com a ONU de 1971 [29] (http://www.wipo.int/treaties/en/agreement/ind


ex.html) no qual esta reconhece a OMPI como uma organização especializada responsável por tomar as
medidas necessárias para garantir a aplicação e eficácia dos tratados e acordos por ela administrada.

Ambas reconhecem tratar-se de uma relação de coordenação entre as atividades e políticas das
organizações e cooperação a fim de facilitar a troca de informações e tal coordenação. Assim, acordam na
representação recíproca das organizações nas sessões da outra organização, com direito a participar das
deliberações, mas sem direito a voto.
Mais importante, fica acordado que as organizações tomarão as devidas providências para incluir
recomendações e itens propostos pela outra organização em suas agendas. Ademais, há a previsão de troca
de informações e documentos, assistência técnica de uma organização à outra, transferência de tecnologia,
entre outras disposições.

Por fim, fica acordado também que a OMPI deve informar o Conselho Econômico-Social da ONU sobre a
natureza e escopo de qualquer acordo a ser concluído entre aquela e outra organização internacional
intergovernamental ou não-governamental.

Outras parcerias

A OMPI trabalha em garantir uma relação de comunicação e cooperação não apenas com a ONU e OMC,
mas também com outras organizações internacionais, intergovernamentais ou não-governamentais
preocupadas com a propriedade intelectual, principalmente no tocante à implementação de regras de
propriedade intelectual.

A cooperação se dá especialmente por meio de troca de informações e discussão de temas coincidentes das
agendas das organizações.

As organizações parceiras são, exemplificadamente, a European Comission [30] (http://europa.eu.int/com


m/), World Customs Organization [31] (http://www.wcoomd.org), Swiss Federal Institute of Intelectual
Property [32] (http://www.ige.ch/e/institut/i1.shtm), European Brands Association [33]
(http://www.aim.be), entre outras.

Agenda de Desenvolvimento
Um dos itens importantes da agenda da OMPI é o desenvolvimento. A OMPI tem como objetivo trabalhar
para que países em desenvolvimento e países em via de desenvolvimento (PVD) consigam integrar o
sistema de propriedade intelectual, assim promovendo o desenvolvimento econômico, social e cultural.

Proposta de Planos e Orçamento 2006-2007

Os objetivos e planos de ações são estabelecidos a cada dois anos pelos Estados-membros da OMPI. A
Proposta de Planos e Orçamentos de 2006/07 [34] (http://www.wipo.int/edocs/mdocs/govbody/en/wo_pbc
_8/wo_pbc_8_3_pub.pdf) define como alguns objetivos:

Promoção da uma cultura da Propriedade Intelectual


Integração da Propriedade Intelectual nos programas e políticas de desenvolvimento
nacionais
Desenvolvimento de leis e padrões internacionais de Propriedade Intelectual
Fornecimento de serviços de qualidade em sistemas de proteção de Propriedade
Intelectual
Aumentar a eficiência da administração e dos processos auxiliares da OMPI

A OMPI reafirma a importância de proteção de propriedade intelectual como ferramenta para o


desenvolvimento econômico, social e cultural e, por isso, trabalha em adaptar e viabilizar sua aplicação em
países em desenvolvimento e países em vias de desenvolvimento, para que estes consigam atingir os
objetivos definidos nas Metas de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas [35] (http://www.un.org/
millenniumgoals/).

Estratégias de atuação

As estratégias da OMPI para atingir seus objetivos são:

Cooperar com governos, organizações intergovernamentais e setor privado para


estabelecer uma cultura de propriedade intelectual mais sólida e extensa;
Criar e promover políticas de propriedade intelectual específicas para as
necessidades, recursos e condições do país;
Desenvolver leis internacionais de propriedade intelectual que levem em conta as
necessidades de países emergentes além de equilibrar os interesses de detentores de
direitos de propriedade intelectual e objetivos de políticas públicas de certos países;
Garantir o fornecimento de serviços de proteção de propriedade intelectual de
qualidade e; focar na implementação de programas de atividades por meio da
administração responsável e eficiente.

Exemplo de programa proposto no Plano é o de aumentar o seu apelo ao público, por meio do site oficial
da OMPI, divulgação da imagem da OMPI nos meios de comunicação em massa e sua biblioteca e sistema
de dados online, para estimular um melhor entendimento sobre propriedade intelectual e o trabalho da
OMPI. Para tanto, a OMPI irá estabelecer estratégias de comunicação que garantam transparência,
eficiência, acesso à informações e estabeleçam um diálogo entre ela e o público.

Outro programa é o de coordenação externa, na qual a OMPI estabelece novos escritórios internacionais,
em Nova York, Washington D.C., Bruxelas e Singapura, para facilitar o relacionamento com outras
organizações internacionais, instituições governamentais relevantes, indústrias e consumidores.

A OMPI também estabelece, entre outros, um programa de uso estratégico de propriedade intelectual no
desenvolvimento. Para tanto, a Organização estabelecerá parcerias de e atividades e pesquisas com
Estados-membros, universidades, instituições públicas de pesquisa, agências intergovernamentais, e
entidades empresariais, além de estudos de caso em países em desenvolvimento, para documentar suas
experiências e problemas a serem solucionados.

Plano de Recomendações para a Agenda de Desenvolvimento

A OMPI também definiu um Plano de Recomendações para a Agenda de Desenvolvimento da


Organização [36] (http://www.wipo.int/ip-development/en/agenda/cdip_recommendations.html) . São 45
recomendações divididos em 6 grupos:

Assistência técnica e capacitação;


Domínio público, políticas públicas, estabelecimento de normas e flexibilizações;
Transferência de tecnologia, tecnologias de informação e comunicação (ICT), e acesso
a conhecimento;
Estudos de avaliações e impactos; temas institucionais incluindo mandatos e
governança;
Outros temas.
A OMPI resume suas atividades de assistência técnica aos países em desenvolvimento e países em via de
desenvolvimento de 1998 à 2005 [37] (http://www.wipo.int/ldcs/en/ip/tech_assistance.html) . Estas
incluem:

Treinamento de oficiais de propriedade intelectual de países em desenvolvimento no


desenvolvimento de recursos humanos;
Patrocínio de visitas de oficiais dos países em via de desenvolvimento à OMPI;
Organização de excursões de estudo para oficiais dos países em via de
desenvolvimento à países industrializados;
Assistência para estabelecimento de Centros de Informações e Serviços de Conselhos
de Propriedade Intelectual, entre outros.

Papel do Brasil na agenda de desenvolvimento

De fato, o Brasil teve um grande envolvimento com a agenda de desenvolvimento da OMPI. Em 2004, o
Brasil e a Argentina enviaram à Organização uma Proposta de estabelecimento de uma agenda de
desenvolvimento para a OMPI [38] (http://www.wipo.int/documents/en/document/govbody/wo_gb_ga/pdf/
wo_ga_31_11.pdf).

A proposta incluía emendas à Convenção da OMPI; sugestões de cláusulas a serem inseridas em tratados
em negociação, como o Substantive Patent Law Treaty (SPLT); cooperação técnica; criação de uma
Comissão de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia que garantam meios eficazes de
transferências para países em desenvolvimento; organização de seminários internacionais em conjunto com
a OMC e a UNCTAD, entre outros.

As propostas foram analisadas na 31.ª Assembleia Geral em 2004 e, algumas, foram adotadas.

Críticas

Subdemocracia

Ainda que se alegue certa eqüidade entre os Estados-membros da OMPI pela regra do "Um país, um voto",
na prática esta eqüidade não se verifica. Frequentemente os Estados e blocos mais ricos, particularmente os
EUA e Europa, são quem, efetivamente, guiam a agenda da OMPI e têm seus interesses prevalecidos.
Contribui para isso, ainda, o fato de a OMPI dar grande poder ao Secretariado para contornar, muitas vezes,
os desejos dos Estados-membros.

Sobreposição do interesse privado sobre o público

A OMPI e seus representantes afirmam que a missão da organização é a promoção da propriedade


intelectual num nível global. No entanto, há posicionamentos minoritários que defendem serem os direitos
de propriedade, em última análise, direitos privados, particulares, e que sua promoção significaria a
promoção exclusivamente de interesses privados, principalmente os das grandes gravadoras, estúdios de
cinema, editoras e laboratórios farmacêuticos. Esses posicionamentos encontram argumentação em
contrário naqueles que defendem que o sistema global da Propriedade Intelectual apresenta resultado final
pró-sociedade: sendo os direitos de propriedade intelectual limitados no tempo e no espaço, sua existência
temporária garante ao criador e ao inventor e aos titulares em geral um retorno financeiro temporário que,
em escala, representam um incentivo à criação e ao desenvolvimento tecnológico. Essa posição vê, na
ausência dos direitos de propriedade intelectual, uma falta de incentivo à inovação, de modo que a
existência desses direitos, embora de ordem privada, resultariam em um resultado favorável à sociedade.

Falta de transparência

Muitas decisões da OMPI são tomadas a portas fechadas e não são levadas a registro oficial. Acertos são
frequentemente feitos durante consultas informais, embora isso não seja atípico na negociação de tratados
internacionais. O grande problema, no entanto, reside na falta de transparência relativa aos programas de
assistência técnica da OMPI. Muito deste material não está disponível a consulta para que jornalistas,
juristas e demais interessados possam analisá-lo e criticá-lo. Ademais, a prática da OMPI consistente na
remessa de discussões controversas a consultas regionais sigilosas, das quais a sociedade civil não pode
participar, pode ser mais um ponto negativo no que se refere à transparência da organização. (Faltam
referências que comprovem essa crítica)

Diplomacia Excessiva

Os delegados dos Estados-membros na OMPI tendem a ser, em sua maioria, diplomatas de carreira,
tendendo a um comportamento bastante "diplomático", e, assim, raramente apresentando intenção de
discordar abertamente de outros membros.

Apesar de seus benefícios, particularmente no tratamento de negociações internacionais delicadas, a


diplomacia apresenta, também, aspectos negativos. A cultura diplomática de Genebra contribui para a
OMPI a se manter distante de tópicos controversos e manter controle de liderança. Somente os países e
blocos mais importantes, como é o caso dos EUA e União Europeia, podem suportar o custo político de
adotar posições controversas ou impopulares.

Frequentemente os Estados Unidos e a União Europeia se manifestam sobre a indicação a algum posto da
OMPI, deixando os outros Estados-membros numa posição delicada em que tenham que discordar de um
poderoso aliado comercial de maneira pouco diplomática. (Faltam referências que comprovem essa crítica)

Esvaziamento

As decisões tomadas no âmbito da OMPI são, preferencialmente, tomadas por meios consensuais, mas, em
qualquer votação, cada Estado-membro tem direito a um voto, independentemente de sua população ou
contribuição para os fundos da organização.

Este é um fator relevante, visto que existe uma grande divergência política concernente aos direitos de
propriedade intelectual entre os países do Norte e os países do Sul.

Durante as décadas de 60 e 70 nações em desenvolvimento conseguiram barrar expansões a acordos de


propriedade intelectual, tais como as patentes farmacêuticas universais, que poderiam ter sido alcançadas
através da OMPI. Isso levou, na década de 1980, países desenvolvidos como os EUA a deslocar os temas
relativos a propriedade intelectual da OMPI para o GATT, que, posteriormente, deu origem à OMC, onde
os países do Norte detinham maior controle sobre a agenda de discussão. O esvaziamento da OMPI e a
migração da discussão relativa aos direitos de propriedade intelectual se consolidam com a edição do
TRIPS. (Faltam referências que comprovem essa crítica)
Referências
1. https://www.wipo.int/about-wipo/en/dg_tang/
2. Lista dos Estados-membros da OMPI (http://www.wipo.int/members/en/)
3. «Milagre em Marrakech – Tratado pelo livro acessível deve ser assinado na sexta-feira |
Inclusive – Inclusão e Cidadania» (http://www.inclusive.org.br/?p=24816).
www.inclusive.org.br. Consultado em 18 de setembro de 2015
4. Convenção para o Estabelecimento da Organização Mundial da Propriedade Intelectual
(English) (http://www.wipo.int/clea/en/text_html.jsp?lang=en&id=4046/)

Bibliografia e Referências
«GROSS, Robin. World Intelectual Property Organization. in Global Information Society
Organization, março 2007» (http://www.globaliswatch.org/files/pdf/GISW_WIPO.pdf) (PDF)
(em inglês)
«Página Oficial WIPO - What is WIPO? (O que é a OMPI?)» (http://www.wipo.int/about-wipo/
en/what_is_wipo.html/)
«Página oficial da WIPO - How WIPO works (Como a OMPI funciona)» (http://www.wipo.int/
about-wipo/en/how_wipo_works.html/)
«Página oficial da WIPO - Members and Observers (Membros e Observadores)» (http://ww
w.wipo.int/members/en/)
«Página oficial da WIPO - Treaties (Tratados)» (http://www.wipo.int/treaties/en/)
«Página oficial da WIPO - Program and Budget (Programa e Orçamento)» (http://www.wipo.i
nt/about-wipo/en/budget.html/). ]

Ligações externas
«Página oficial» (http://www.wipo.int)

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=Organização_Mundial_da_Propriedade_Intelectual&oldid=61868623"

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