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Início
1Histórico
2Objetivos da OMPI
2.1Objetivos Gerais
2.2Metas Estratégicas
2.2.1Metas Estratégicas Atuais
3Estrutura
5Financiamento
6Tratados Existentes
6.1Tratados de Classificação
6.4Demais Tratados
6.4.1Acordo de Cooperação OMPI-OMC
6.4.2Acordo OMPI-ONU
6.4.3Outras parcerias
7Agenda de Desenvolvimento
8Críticas
8.1Subdemocracia
8.2Sobreposição do interesse privado sobre o público
8.3Falta de transparência
8.4Diplomacia Excessiva
8.5Esvaziamento
9Referências
10Bibliografia e Referências
11Ligações externas
Índice
Sede em Genebra
Histórico
Surgimento da propriedade intelectual Tipo Agência especializada
Acrônimo OMPI
Internacionalização da proteção à propriedade Comando Daren Tang[1]
intelectual Status Ativa
Criação da OMPI Fundação 1967
Objetivos da OMPI Sede Genebra, Suíça
Objetivos Gerais
Website www.wipo.int (http://www.wip
Metas Estratégicas o.int)
Metas Estratégicas Atuais Commons United Nations World
Estrutura Intellectual Property
Organization
Mecanismos de Solução de Controvérsias
Centro de Arbitragem e Mediação da OMPI Organização das Nações Unidas
Solução Uniforme de Disputas sobre Registro
de Domínio
Sistema de Casos Eletrônicos
Financiamento
Tratados Existentes
Tratados de Classificação
Tratados de Sistema de Proteção Global
Tratados de Proteção de Propriedade
Intelectual
Demais Tratados
Acordo de Cooperação OMPI-OMC
Acordo OMPI-ONU
Outras parcerias
Agenda de Desenvolvimento
Proposta de Planos e Orçamento 2006-2007
Estratégias de atuação
Plano de Recomendações para a Agenda de
Desenvolvimento
Papel do Brasil na agenda de desenvolvimento
Críticas
Subdemocracia
Sobreposição do interesse privado sobre o
público
Falta de transparência
Diplomacia Excessiva
Esvaziamento
Referências
Bibliografia e Referências
Ligações externas
Histórico
Internacionalização da proteção à
propriedade intelectual
Em 1893 a CUP e a CUB unificaram seus escritórios dando origem ao BIRPI (Bureaux Internationaux
Réunis pour la Protection de la Propriété Intellectuelle, acrônimo francês que significa Escritório
Internacional Unificado pela Proteção da Propriedade Intelectual), que teria a função de administrar ambos
os acordos.
Criação da OMPI
Após a Segunda Guerra Mundial, as discussões de caráter internacional passaram a se dar no âmbito da
ONU, que, criou, em 1967, na Convenção de Estocolmo, a Organização Mundial da Propriedade
Intelectual (OMPI).
Desse modo, a OMPI foi formalmente criada a partir da assinatura da Convenção para o Estabelecimento
da Organização Mundial da Propriedade Intelectual,[4] assinada em 14 de julho de 1967.
Objetivos da OMPI
Objetivos Gerais
Assim, segundo o Acordo entre a OMPI e a ONU, a proposta da OMPI foi redefinida para a promoção da
atividade intelectual criativa e a facilitação da transferência de tecnologia relacionada à propriedade
industrial para os países em desenvolvimento de forma a acelerar seu desenvolvimento econômico, social
e cultural.
Metas Estratégicas
Além dos objetivos gerais da organização, a cada 4 anos o Diretor-Geral divulga um Plano de Atuação a
Médio Prazo (Medium Term Plan), que define as metas estratégicas de atuação da OMPI nos 4 anos
subsequentes ao biênio no qual são definidos o Plano de Diretrizes (Draft Program) e o orçamento. As
metas do Plano de Atuação a Médio Prazo são refinadas na Proposta de Planos e Orçamentos bienal.
Estrutura
A direção estratégica e as atividades da
OMPI são definidas por seus Estados-
membros.[2] Atualmente são 192
Estados associados, ou seja, 90% dos
países do mundo.
Os Estados se reúnem em
assembleias, comitês e em grupos de
trabalho.
Criado em 1994 e sediado em Genebra, Suíça, o Centro de Arbitragem e Mediação da OMPI oferece
meios alternativos de solução de controvérsias para a solução de disputas comerciais internacionais entre
partes privadas. O Centro é reconhecido internacionalmente como competente para solucionar conflitos
sobre tecnologia, entretenimento e outras disputas que envolvam propriedade intelectual. Além da
Arbitragem e a Mediação, procedimentos alternativos tradicionais, a OMPI disponibiliza a Decisão por
Especialista. Neste procedimento, por acordo entre as partes, a disputa é submetida a um ou mais
especialistas que fazem uma determinação sobre o assunto. Se as partes não acordarem em outro sentido, a
determinação é vinculante.
A Política de Solução Uniforme de Disputas sobre Registro de Domínio ( UDRP Policy – Uniform
Domain Name Dispute Resolution) define as regras legais de resolução de disputas de infração de marcas
registradas pelo registro abusivo de domínios na Internet. Esta política é aplicada em procedimentos
administrativos geridos pelo Centro de Arbitragem e Mediação da OMPI.
Em 2006, o número de casos administrados pela OMPI sobre registro de domínios excedia 13,000,
envolvendo partes de 144 países e quase 24,000 domínios de Internet.
A OMPI disponibiliza um Sistema de Casos Eletrônicos ( ECAF – WIPO Electronic Case Facility)
virtual para diminuir o tempo e os custos na condução dos casos. Neste sistema, as comunicações de cada
parte em um procedimento são submetidas eletronicamente, e um e-mail é enviado à outra parte para alertá-
la. Este sistema facilita a comunicação entre as partes e o armazenamento de documentos, além de oferecer
o sumário e as informações essenciais de cada caso.
Financiamento
A OMPI é diferente das outras agências da ONU, pois suas atividades são totalmente financiadas por seu
próprio orçamento, tornando-a independente economicamente. Para o biênio de 2006-2007, 90% do
orçamento de 531 milhões de francos suíços (440 milhões de dólares americanos) vieram de taxas de
registro de marcas e patentes internacionais. Os outros 10% provem de taxas de serviços de arbitragem e
mediação, de publicações e de pequenas contribuições de Estados-membros.
Tratados Existentes
A OMPI administra, atualmente, 24 tratados.
Os tratados são divididos em três grupos gerais: Proteção de Propriedade Intelectual; Sistema de
Proteção Global e; Classificação.
O grupo dos tratados relativo à Proteção de Propriedade Intelectual, contendo 14 tratados, define as
regras básicas de proteção de propriedade intelectual dos países, acordada por estes.
O segundo grupo do tratados, que se refere ao Sistema de Proteção Global, contendo 6 tratados, engloba
tratados que asseguram a eficácia de registros internacionais de propriedade intelectual em todos os países
signatários, assim garantindo que os direitos de proteção intelectual sejam respeitados em todos os Estados-
membros, e não somente no país onde foi registrado.
Por fim, o último grupo, cujos tratados se referem à Classificação, contendo 4 tratados, cria sistemas de
classificação que organizam informações sobre invenções, marcas registradas, e desenhos industriais.
Tratados de Classificação
Acordo de Locarno [2] (http://www.wipo.int/treaties/en/classification/locarno/), relativo a
desenho industrial.
Acordo de Nice [3] (http://www.wipo.int/treaties/en/classification/nice/), relativo a marcas
registradas de produtos e serviços.
Acordo de Estrasburgo [4] (http://www.wipo.int/treaties/en/classification/strasbourg/),
relativo a classificação de patentes.
Acordo de Viena [5] (http://www.wipo.int/treaties/en/classification/vienna/), relativo a
elementos figurativos de marcas.
O Acordo de Roma, concluído em 1961 é administrado pela OMPI juntamente com a United Nations
Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) [26] (https://web.archive.org/web/20070529
005144/http://portal.unesco.org/en/ev.php-URL_ID%3D29008%26URL_DO%3DDO_TOPIC%26URL_
SECTION%3D201.html) e International Labour Organization (ILO) [27] (http://www.ilo.org/global/lang--
en/index.htm).
Demais Tratados
Tratado de Marraquexe (Tratado para facilitar o acesso a livros e publicações a
pessoas cegas ou com outras deficiências ou dificuldades visuais): considerado um
marco na história da OMPI, uma vez que em vez de reforçar restrições de acesso a material
protegido por direitos autorais, pela primeira vez flexibiliza ditos direitos de propriedade, em
prol dos direitos humanos (direitos de pessoas com deficiências físicas).[3]
Ademais, na 24ª sessão ordinária da Assembleia Geral da OMPI em 1999 foi reafirmada a intenção de
relação de cooperação com a OMC a fim de facilitar a implementação das regras do Acordo TRIPS,
especialmente nos países em desenvolvimento. Para tanto, as organizações juntas participaram simpósios e
seminários.
Acordo OMPI-ONU
Ambas reconhecem tratar-se de uma relação de coordenação entre as atividades e políticas das
organizações e cooperação a fim de facilitar a troca de informações e tal coordenação. Assim, acordam na
representação recíproca das organizações nas sessões da outra organização, com direito a participar das
deliberações, mas sem direito a voto.
Mais importante, fica acordado que as organizações tomarão as devidas providências para incluir
recomendações e itens propostos pela outra organização em suas agendas. Ademais, há a previsão de troca
de informações e documentos, assistência técnica de uma organização à outra, transferência de tecnologia,
entre outras disposições.
Por fim, fica acordado também que a OMPI deve informar o Conselho Econômico-Social da ONU sobre a
natureza e escopo de qualquer acordo a ser concluído entre aquela e outra organização internacional
intergovernamental ou não-governamental.
Outras parcerias
A OMPI trabalha em garantir uma relação de comunicação e cooperação não apenas com a ONU e OMC,
mas também com outras organizações internacionais, intergovernamentais ou não-governamentais
preocupadas com a propriedade intelectual, principalmente no tocante à implementação de regras de
propriedade intelectual.
A cooperação se dá especialmente por meio de troca de informações e discussão de temas coincidentes das
agendas das organizações.
Agenda de Desenvolvimento
Um dos itens importantes da agenda da OMPI é o desenvolvimento. A OMPI tem como objetivo trabalhar
para que países em desenvolvimento e países em via de desenvolvimento (PVD) consigam integrar o
sistema de propriedade intelectual, assim promovendo o desenvolvimento econômico, social e cultural.
Os objetivos e planos de ações são estabelecidos a cada dois anos pelos Estados-membros da OMPI. A
Proposta de Planos e Orçamentos de 2006/07 [34] (http://www.wipo.int/edocs/mdocs/govbody/en/wo_pbc
_8/wo_pbc_8_3_pub.pdf) define como alguns objetivos:
Estratégias de atuação
Exemplo de programa proposto no Plano é o de aumentar o seu apelo ao público, por meio do site oficial
da OMPI, divulgação da imagem da OMPI nos meios de comunicação em massa e sua biblioteca e sistema
de dados online, para estimular um melhor entendimento sobre propriedade intelectual e o trabalho da
OMPI. Para tanto, a OMPI irá estabelecer estratégias de comunicação que garantam transparência,
eficiência, acesso à informações e estabeleçam um diálogo entre ela e o público.
Outro programa é o de coordenação externa, na qual a OMPI estabelece novos escritórios internacionais,
em Nova York, Washington D.C., Bruxelas e Singapura, para facilitar o relacionamento com outras
organizações internacionais, instituições governamentais relevantes, indústrias e consumidores.
A OMPI também estabelece, entre outros, um programa de uso estratégico de propriedade intelectual no
desenvolvimento. Para tanto, a Organização estabelecerá parcerias de e atividades e pesquisas com
Estados-membros, universidades, instituições públicas de pesquisa, agências intergovernamentais, e
entidades empresariais, além de estudos de caso em países em desenvolvimento, para documentar suas
experiências e problemas a serem solucionados.
De fato, o Brasil teve um grande envolvimento com a agenda de desenvolvimento da OMPI. Em 2004, o
Brasil e a Argentina enviaram à Organização uma Proposta de estabelecimento de uma agenda de
desenvolvimento para a OMPI [38] (http://www.wipo.int/documents/en/document/govbody/wo_gb_ga/pdf/
wo_ga_31_11.pdf).
A proposta incluía emendas à Convenção da OMPI; sugestões de cláusulas a serem inseridas em tratados
em negociação, como o Substantive Patent Law Treaty (SPLT); cooperação técnica; criação de uma
Comissão de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia que garantam meios eficazes de
transferências para países em desenvolvimento; organização de seminários internacionais em conjunto com
a OMC e a UNCTAD, entre outros.
As propostas foram analisadas na 31.ª Assembleia Geral em 2004 e, algumas, foram adotadas.
Críticas
Subdemocracia
Ainda que se alegue certa eqüidade entre os Estados-membros da OMPI pela regra do "Um país, um voto",
na prática esta eqüidade não se verifica. Frequentemente os Estados e blocos mais ricos, particularmente os
EUA e Europa, são quem, efetivamente, guiam a agenda da OMPI e têm seus interesses prevalecidos.
Contribui para isso, ainda, o fato de a OMPI dar grande poder ao Secretariado para contornar, muitas vezes,
os desejos dos Estados-membros.
Falta de transparência
Muitas decisões da OMPI são tomadas a portas fechadas e não são levadas a registro oficial. Acertos são
frequentemente feitos durante consultas informais, embora isso não seja atípico na negociação de tratados
internacionais. O grande problema, no entanto, reside na falta de transparência relativa aos programas de
assistência técnica da OMPI. Muito deste material não está disponível a consulta para que jornalistas,
juristas e demais interessados possam analisá-lo e criticá-lo. Ademais, a prática da OMPI consistente na
remessa de discussões controversas a consultas regionais sigilosas, das quais a sociedade civil não pode
participar, pode ser mais um ponto negativo no que se refere à transparência da organização. (Faltam
referências que comprovem essa crítica)
Diplomacia Excessiva
Os delegados dos Estados-membros na OMPI tendem a ser, em sua maioria, diplomatas de carreira,
tendendo a um comportamento bastante "diplomático", e, assim, raramente apresentando intenção de
discordar abertamente de outros membros.
Frequentemente os Estados Unidos e a União Europeia se manifestam sobre a indicação a algum posto da
OMPI, deixando os outros Estados-membros numa posição delicada em que tenham que discordar de um
poderoso aliado comercial de maneira pouco diplomática. (Faltam referências que comprovem essa crítica)
Esvaziamento
As decisões tomadas no âmbito da OMPI são, preferencialmente, tomadas por meios consensuais, mas, em
qualquer votação, cada Estado-membro tem direito a um voto, independentemente de sua população ou
contribuição para os fundos da organização.
Este é um fator relevante, visto que existe uma grande divergência política concernente aos direitos de
propriedade intelectual entre os países do Norte e os países do Sul.
Bibliografia e Referências
«GROSS, Robin. World Intelectual Property Organization. in Global Information Society
Organization, março 2007» (http://www.globaliswatch.org/files/pdf/GISW_WIPO.pdf) (PDF)
(em inglês)
«Página Oficial WIPO - What is WIPO? (O que é a OMPI?)» (http://www.wipo.int/about-wipo/
en/what_is_wipo.html/)
«Página oficial da WIPO - How WIPO works (Como a OMPI funciona)» (http://www.wipo.int/
about-wipo/en/how_wipo_works.html/)
«Página oficial da WIPO - Members and Observers (Membros e Observadores)» (http://ww
w.wipo.int/members/en/)
«Página oficial da WIPO - Treaties (Tratados)» (http://www.wipo.int/treaties/en/)
«Página oficial da WIPO - Program and Budget (Programa e Orçamento)» (http://www.wipo.i
nt/about-wipo/en/budget.html/). ]
Ligações externas
«Página oficial» (http://www.wipo.int)
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