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ESTUDO DIRIGIDO

TEORIA E TECNICA ADULTO-IDOSO


TEXTO: RECOMENDAÇÕES AOS MÉDICOS QUE EXERCEM A PSICANÁLISE

1) Para Freud, o que é atenção flutuante?

A atenção flutuante trata-se de uma técnica de atendimento, onde o


psicanalista, em sua escuta, suprime os seus pré julgamentos conscientes
e de suas defesas inconscientes.

2) Por que razões poderão existir confusões de relatos entre os pacientes?

Pelo fato de que o analista atenderá varias pessoas em um dia e terá


dificuldade em lembrar, nomes, datas, fatos que ocorreu e principalmente
pelo esforço de não confundi-los, em especial aqueles pacientes que
produzem material semelhante durante a análise.

3) Quais as advertências que Freud faz sobre a realização das anotações


das sessões?

Freud não recomenda que tomemos notas, pois faríamos uma seleção
prejudicial do material fornecido pelo paciente e parte da nossa
concentração estaria presa na escrita ao invés de estar uniformemente
suspensa conforme é aconselhável. Freud considera a interpretação é
melhor empregada a partir daquilo que se ouviu.

4) Quais razões Freud usa para justificar a necessidade do analista realizar


a própria análise?

O analista deve realizar a própria analise para compreensão de si mesmo e


do mundo externo, mas principalmente para que não caia na tentação de
projetar peculiaridades de sua própria personalidade o que levaria o
método psicanalítico ao descrédito e desencaminharia os inexperientes.

5) Para as pessoas comuns o fato de lhe contarmos nossas próprias


experiências de superação e vivências poderia ser um incentivo para a
criação de laço afetivo. No entanto, Freud se opõe a essa postura no
psicanalista. Por quê?

“Mas nas relações psicanalíticas as coisas amiúde acontecem de modo


diferente do que a psicologia da consciência poderia levar-nos a esperar. A
experiência não fala em favor de uma técnica afetiva deste tipo.
Tampouco é difícil perceber que ela envolve um afastamento dos
princípios psicanalíticos e beira o tratamento por sugestão. Ela pode
induzir o paciente a apresentar mais cedo, e com menos dificuldade,
coisas que já conhece, mas que, de outra maneira, esconderia por certo
tempo, mediante as resistências convencionais. Mas esta técnica não
consegue nada no sentido de revelar o que é inconsciente ao paciente. O
médico deve ser opaco aos seus pacientes e, como um espelho, não
mostrar-lhes nada, exceto o que lhe é mostrado. "

6) O que Freud dirá sobre a “atividade educativa” no tratamento


psicanalítico?

O psicanalista deve resistir a tentação de exercer a atividade educativa


sobre o paciente e deve guiar-se pelas capacidades deles em vez de por
seus próprios desejos. "Nem todo neurótico possui grande talento para sublimação;
pode-se presumir que muitos deles de modo algum teriam caído enfermos se possuíssem
a arte de sublimar seus instintos."

7) Até que ponto deve-se buscar a cooperação intelectual do paciente no


tratamento?

“ É errado determinar tarefas ao paciente, tais como coligir suas lembranças ou pensar
sobre um período específico de sua vida. Pelo contrário, ele tem de aprender, acima de
tudo – o que nunca acontece facilmente com alguém -, que atividades mentais, tais
como refletir sobre algo ou concentrar a atenção, não solucionam nenhum dos enigmas
de uma neurose; isto só pode ser efetuado ao se obedecer pacientemente à regra
psicanalítica, que impõe a exclusão de toda crítica do inconsciente ou de seus derivados.
Deve-se ser especialmente inflexível a respeito da obediência a essa regra com pacientes
que praticam a arte de desviar-se para o debate intelectual durante o tratamento, que
teorizam muito e com frequência muito sabiamente sobre o seu estado e, dessa maneira,
evitam fazer algo para superá-lo. "

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