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Unidade I – Introdução da

Psicoterapia Breve Emergencial

● História e aspectos introdutórios da


Psicoterapia Breve Emergencial
●Perspectiva conceitual e considerações gerais
● Fundamentação teórica, desafios e pesquisas
• A Psicoterapia Breve é uma modalidade de
atendimento terapêutico que tem sido utilizada, seja
em consultórios particulares ou em instituições
públicas, utilizadas principalmente em situações de
crise, de emergência, dor e outros desconfortos
e/ou conflitos.
• Pode ser realizada por tempo determinado,
individualmente nas diferentes etapas evolutivas do
desenvolvimento, em grupo, com casais ou famílias.
• Existe uma multiplicidade de propostas e de formas
de trabalho, desenvolvidas por diferentes autores.

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• A psicoterapia dinâmica breve desenvolveu a
partir dos postulados psicodinâmicos da
psicanálise. Porém, ela é distinta da técnica
psicanalítica clássica e tem suas
características próprias, assim como
indicações específicas.

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• A complexidade das exigências e das pressões
sociais, econômicas, políticas e as dificuldades
de toda ordem às quais o ser humano é
submetido, especialmente nas grandes
metrópoles, cria um ambiente muito propício
à pesquisa de formas de tratamento com
aplicabilidade mais abrangente e menos
onerosa.
• Soluções rápidas, eficazes e econômicas.

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• Os objetivos são estabelecidos a partir de
uma compreensão diagnóstica do paciente e
da delimitação de um foco, considerando-se
que esses objetivos sejam passíveis de serem
atingidos num espaço de tempo limitado (que
pode ser ou não preestabelecido), através de
determinadas estratégias clínicas. Assim, as
PB estão, em termos técnicos, alicerçadas
num tripé: foco, estratégias e objetivos.

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Além da temporalidade, há outros critérios que
caracterizam as P.B.’s tais como:
Geralmente Foco , recurso teótico-técnico que permite a realização de um
estes dois itens “recorte” na psicopatologia do paciente.

determinam o Objetivos a serem alcançados,


tempo da “O paciente, mais que um objeto-a-modificar, é uma pessoa a-aceitar.
psicoterapia
Planejamento estratégico
Disposição face-a-face
Flexibilidade
Atividade do terapeuta, como o tempo
é limitado, torna-se imprescindível que se delimite o problema que
será trabalhado e que sejam feitas interpretações adequadas para a
obtenção de insight pelo paciente.

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“A PB é fundamentada no princípio da
flexibilidade, onde se evidencia não apenas
na individualização da mesma para atender ás
necessidades individuais dos diferentes
pacientes, como também na adequação de
estratégia e táticas de acordo com o esforço
terapêutico”.
• Em PB o terapeuta precisa manter
uma responsividade livremente
flutuante para as tentativas que o
paciente pode vir a fazer de tirá-lo de
seu papel.
• O terapeuta precisa propiciar o
desenvolvimento de uma boa aliança
terapêutica força motriz de todas as
formas de psicoterapia.
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• Uma aliança terapêutica precocemente
estabelecida favorece a consecução de
bons resultados terapêuticos, dado que,
nesse contexto, o paciente consegue
experimentar o terapeuta como um
aliado em quem pode confiar e que está
genuinamente comprometido com o
paciente enquanto pessoa.

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“ Não desprezemos a palavra. Afinal de contas ela é um
instrumento poderoso; é o meio pelo qual
transmitimos nossos sentimentos a outros, nosso
método de influenciar outras pessoas. As palavras
podem fazer um bem indivizível e causar terríveis
feridas. Sem dúvida ‘no começo foi a ação’ e a palavra
veio depois; em certas circunstâncias ela significou
um progresso da civilização quanto os atos foram
amaciados em palavras. Mas originalmente a palavra
foi magia – um ato mágico; e conservou muito de seu
antigo poder”.
Freud (1926)
• A Psicoterapia Breve originou-se de modificações
técnicas surgidas, a partir da atuação de discípulos de
Freud.
• Embora não se pretendesse realizar psicanálise breve,
defendia-se o uso dos conhecimentos adquiridos em
processos psicanalíticos de longa duração para a
solução de conflitos específicos.
• Freud buscava de uma cura rápida para as neuroses e
problemas de seus pacientes

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• A PB é um fruto da tentativa de adaptar o
procedimento psicanalítico ás necessidades
individuais dos pacientes. De acordo com
Alexander e French, a rigidez dos psicanalistas
levavam á selecionar os pacientes que se
adaptavam á sua técnica e a aconselhar a não se
submeterem á psicanálise os que não eram
adequados a tal procedimento psicoterapêutico.

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• Entre 1920 e 1925, Sandor Ferenczi e Otto
Rank realizam tentativas de abreviar a cura
psicanalítica, recebendo duras críticas de
Freud.
• Ferenczi (1926) propõe o método ou técnica
ativa, em alguns casos para vencer a
resistência do paciente, sendo considerado pai
da psicoterapia breve.

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