Instituto de Educação Física

Curso: Licenciatura em Educação Física

Disciplina: Cultura Popular e Movimento
Profª: Cláudia
Aluno: Leonardo Lima da Silva
Atividade: Texto sobre “Cultura e educação na Cidade das Crianças”
Data: 22 / 03 / 2021

Cultura e Educação na Cidade das Crianças: Considerações

O livro “Encontros com a Arte Contemporânea", do qual o texto em questão faz parte,
de maneira geral reflete sobre a relação indissociável entre arte, cultura e educação, sendo
estes elementos apresentados como indispensáveis na construção da identidade de sujeitos
autônomos e críticos, mas que para isso se faz necessário a ampliação do acesso à cultura e à
educação integral. Na parte desta obra que discorre especificamente a respeito da associação
entre cultura e educação (Cultura e Educação na Cidade das Crianças), mediante o exposto
por ela ao debruçar-me sobre sua leitura, pude correlacionar que o professor de Educação
Física, este um estudioso da cultura do movimento corporal, pode desconstruir sensos
comuns de inferioridades de culturas ou raças, por conta de sua origem, valorizando, ao trazer
para as aulas, o diálogo, a participação inclusiva, a criatividade, a reflexão, passeios culturais
contextualizados concomitante com a prática das diferentes contribuições das diversas
culturas e raças para a Educação Física, através de suas brincadeiras criativas, danças, lutas,
jogos, dentre outras múltiplas práticas, o que fará com que os diferentes sujeitos que dela
participam, se envolvam, se sintam valorizados, libertos e integrados, proporcionando em
suas aulas um espaço saudável de relações sociais. Desta feita, certamente o profissional irá
de encontro ao sistema tradicional educacional (que já se demonstrou ineficiente), nos
contrapondo a uma cultura branca, européia, colonialista e burguesa que tenta se impor de
forma hegemônica e homogênea em detrimento de outras, o que contribui para formação de
pessoas doentes e sem encanto de um lado, e de outro, de pessoas preconceituosas contra as
quais não estão dentro do padrão imposto. Afinal, deve-se considerar que existem vários
saberes nesta sociedade complexa e diversa, portanto, estes estão em todas as pessoas e
lugares, não sendo exclusividade de alguns ou emanados de um só lugar.
Sendo assim, considerando a essência da mensagem do texto abordado, encontro em
seu teor, além do ora já exposto, nexo com o ato de ensinar a Educação Física de forma
holística, enxergando assim os sujeitos como um todo, inseridos dentro de um contexto
social, gerando e consumindo cultura. Com esta cosmovisão, o professor pode contribuir na
formação dos seus alunos tendo em mente as várias possibilidades de explorar as
potencialidades do ferramental particular da Educação Física, além da valorização da
bagagem das crianças, do diálogo e das diversas culturas por vezes consideradas “menores”,
tais como as advindas das ruas, a qual se refere o texto em dado momento. Necessário pois
preservar as diferentes formas de enxergar o mundo (culturas) frente a “evoluçaõ”, inclusive
das brincadeiras, pois brincar é coisa séria e faz parte da cultura dos homens e principalmente
das crianças, que claro, também fazem parte da sociedade. A escola, pois, não pode ser
espaço apenas para a educação vista de forma estanque, pois educação e cultura devem andar
juntas, em perfeita simbiose, de forma indissociáveis. A educação isolada, ministrada por um
professor em uma escola sem esta premissa, acaba por aprisionar a mente dos seus alunos,
mas aquela que promove, através do professor, a educação associada à cultura, libertará os
sujeitos a ela. Podemos por fim então, concluir que a educação isolada ajuda a sabermos
descrever o mundo das coisas, mas se esta vier aliada a cultura, aí então saberemos
interpretá-lo.

REFERÊNCIA DISPONÍVEL ON LINE

SIMAS, L.A. et al. Encontros com a Arte Contemporânea: Cultura e Educação na Cidade das
Crianças, p. 14-20, 2019. Disponivel em :
<https://api.museuvale.com/Assets/Arquivos/galerias/968/museuvale_a081e924-b5e4-4740-
8f0d-26f7cf5e940d.pdf>. Acesso em: 22/03/2021.