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ONU lança site para ajudar refugiados a encontrar emprego no Brasil

Plataforma é voltada para as empresas, que podem buscar no site a orientação sobre
o processo de contratação de refugiados

Por Agência Brasil.

Refugiados no Brasil: documento de pedido de refúgio é suficiente para o registro de


contratação pelas empresas (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Pacto Global e a Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados


(ACNUR) lançaram nesta quarta-feira, 3, site com o objetivo de facilitar a contratação
de refugiados que vivem no Brasil. O lançamento ocorreu nesta manhã, em São Paulo.

A plataforma é voltada para as empresas, que podem buscar, no site, orientação sobre
o processo de contratação de refugiados. Caio Pereira, secretário executivo do Pacto
Global, esclarece que o documento de pedido de refúgio é suficiente para o registro
de contratação pelas empresas.

“Na plataforma, tem o passo a passo, os documentos. O que a gente vê, muitas vezes,
é que o principal desafio é a falta de conhecimento para contratar. Muitas vezes, o

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setor de Recursos Humanos tem suas travas. Legalmente, a gente sabe que é muito fácil
contratar”.

Veja também:

Brasil já recebeu 1,1 milhão de imigrantes e 7 mil refugiados

Ele defendeu que as empresas têm a responsabilidade de atuar ativamente na


sociedade para a evolução das causas sociais. “As empresas precisam refletir a
diversidade da população”.

Mulheres

Segundo Adriana Carvalho, gerente de Princípios de Empoderamento da Organização


das Nações Unidas (ONU) mulheres, estudos apontam que as empresas com mais
diversidade são mais lucrativas e vivem por mais tempo. “Tem muitas razões
socioeconômicas para a gente querer uma sociedade mais inclusiva”.

Os casos de mulheres refugiadas, na opinião de Adriana, costumam ser mais complexos


que dos homens, muitas delas chegam com seus filhos.

O programa voltado a esse público feminino, Empoderando Refugiadas, beneficiou 130


mulheres da Colômbia, Síria, de Moçambique, da República Democrática do Congo e
Venezuela. Na última edição, que começou em julho incluiu 50 participantes
venezuelanas, sírias, angolanas e congolesas.

Dados

Paulo Sérgio Almeida, oficial da Acnur, avalia que o mundo registra, atualmente, o
maior número de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial. “Por ter tido uma
opinião política, por causa de sua fé, por causa de sua raça. Deixam uma vida para
trás e chegam em outro lugar novo para recomeçar. ”

No Brasil, a acolhida de venezuelanos foi o maior desafio enfrentado, pela necessidade


de interiorização. “Num país continental como o Brasil, eles chegam na pontinha, no
Norte. Há uma retenção, as pessoas ficam lá sem oportunidades. Elas querem contribuir,
mas não conseguem se deslocar pelo alto custo”.

De acordo com o Comitê Nacional para Refugiados do Ministério da Justiça, até o final
de 2018 o Brasil reconheceu 10.522 refugiados vindos de 105 países, como Síria,
República Democrática do Congo, Colômbia, Palestina e o Paquistão. Desse total,
pouco mais de 5 mil tem registro ativo no país, sendo que 52% moram em São Paulo,
17% no Rio de Janeiro e 8% no Paraná. A população síria representa 35% dos refugiados
com registro ativo no Brasil.

FONTE: https://exame.abril.com.br/brasil/onu-lanca-site-para-ajudar-refugiados-a-
encontrar-emprego-no-brasil/

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