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PROGRAMA 12
CORTA-CHAMAS
E
VÁLVULAS DE ALÍVIO
DE PRESSÃO E VÁCUO
Índice
1 - Apresentação ...................................................................................................................................... 3
2 - Tecnologia de corta-chamas ............................................................................................................... 3
3 - Formas de perigo com fogo ................................................................................................................ 3
3.1 - Explosão externa ........................................................................................................................... 3
3.2 - Combustão contínua ..................................................................................................................... 4
3.3 - Explosão interna ............................................................................................................................ 4
3.4 - Detonação ..................................................................................................................................... 5
4 - Principio de funcionamento dos corta-chamas ................................................................................... 6
5 - Classificação dos fluidos quanto à explosividade ............................................................................. 11
6 - Comparação entre as normas ........................................................................................................... 11
7 - Protetores .......................................................................................................................................... 12
7.1 - Protetores contra explosão externa e combustão contínua (modelo LC) ................................... 12
7.2 - Protetores contra explosão interna (modelo LE)......................................................................... 13
7.3 - Protetores contra detonação (modelo LD) .................................................................................. 14
8 - Modelo LA ......................................................................................................................................... 15
9 - Modelo LV (modelo LU) .................................................................................................................... 15
10 - Manutenção ..................................................................................................................................... 16
11 - Dados necessários para a especificação de uma válvula ou corta-chamas .................................. 17
12 - Dimensionamento............................................................................................................................ 17
13 - Conclusão........................................................................................................................................ 17
14 - Tanques de armazenagem ............................................................................................................. 18
14.1 - Como são construídos os tanques de armazenagem? ........................................................... 18
14.2 - Parque de tancagem ................................................................................................................ 19
14.3 - Respiro de um tanque .............................................................................................................. 19
14.3.1 - Situação de pressão....................................................................................................... 19
14.3.2 - Situação de vácuo .......................................................................................................... 20
15 - Dimensionamento............................................................................................................................ 22
16 - Válvulas de pressão e vácuo (VPV´s) ............................................................................................. 23
17 - VPV´s ASCA.................................................................................................................................... 25
17.1 - Modelo LO ................................................................................................................................ 25
17.2 - Modelo LT................................................................................................................................. 26
17.3 - Modelo LR ................................................................................................................................ 26
18 - Manutenção ..................................................................................................................................... 27
19 - Como preencher a folha de dados de uma VPV:............................................................................ 28
1- Apresentação
2- Tecnologia de corta-chamas
É caracterizada por ocorrer em recinto fechado (fig. 3). As possibilidades de expansão são
limitadas. A frente de chamas avança com velocidade crescente em direção aos gases não
queimados, aumentando ainda mais a velocidade da chama. Partindo-se da pressão atmosférica
podem surgir pressões de até 10 bar, que destroem o tanque inevitavelmente.
4
Se a explosão interna ocorrer num tanque com ligação para outro, o segundo tanque poderá
também ser destruído (fig.4).
3.4- Detonação
Desenvolve-se a partir de uma explosão interna que se propaga por uma tubulação. A frente
de chamas avança, com velocidade crescente, em direção aos gases não queimados, os quais são
comprimidos progressivamente pelo aumento do volume dos gases queimados. Esta compressão é
adiabática e, com o aumento da pressão e da temperatura da frente de chamas, chega-se a um nível
de energia em que ocorre a ignição da mistura ainda não queimada, já que a frente de chamas age
como um “pistão”, comprimindo a mistura que ainda não havia queimado e elevando sua pressão e
temperatura até uma condição crítica.. Esta condição é chamada de ponto de auto-inflamação (este
fenômeno é semelhante ao que ocorre nos motores de combustão interna ciclo Diesel). Com a
pressão inicial de 1 bar, no decorrer deste processo, a propagação da chama atinge velocidades
acima de 2000 m/s (no caso de mistura de vapor de gasolina/ar), e ocorrem pressões momentâneas
de mais de 80 bar (fig. 5).
O ponto de transformação de explosão em detonação depende, além de outros fatores, da
relação entre comprimento e diâmetro da tubulação. O poder de destruição da detonação é
devastador.
Dentre os processos de combustão, a detonação é o mais violento, seguido da explosão
interna e explosão externa. Normas aceitas internacionalmente definem como detonação as
propagações de chamas com velocidades acima da velocidade do som, ou seja, acima de 340 m/seg.
Fig. 5 - Detonação
O efeito dos corta-chamas em geral baseia-se no princípio físico segundo o qual existem
medidas limites abaixo das quais não mais é possível a propagação de chamas, além do fato de que
todo processo de combustão de uma mistura de vapor de fluido/ar, requer uma temperatura mínima
para a evolução das chamas.
6
Fig. 7
Se o diâmetro for suficientemente grande, estes processos periféricos (troca de calor com as
paredes do tubo) têm apenas limitada influência, de modo que as chamas podem continuar a avançar
sem impedimento, ou até com velocidade crescente.
Entretanto, em diâmetros menores, a perda de energia ocasionada pela troca de calor é tanta
que, depois de percorrer um trecho inicial, a chama se extingue.
Partindo deste princípio, o PTB (Instituto Técnico Federal - Alemanha), padronizou um
“medidor de espaçamento limite” (fig. 8), que pode ser utilizado para várias misturas de gases/ar.
Neste medidor, uma mistura de ar/vapor inflamável é hermeticamente isolada de modo que esta
mistura ocupe a câmara externa B, a interna A e o canal C de ligação entre as duas câmaras. Neste
momento, uma centelha é lançada na câmara A (mais interna). Cria-se um processo de combustão
que pode atingir a câmara B, dependendo do espaçamento regulado em C. Repetindo-se estes testes
por várias vezes, determina-se em C um espaçamento, para a mistura em questão, a partir do qual
não há mais passagem de chamas. Este espaçamento é conhecido como MESG - Maximum
Experimental Safe Gap.
Fig. 8
Fig. 9
O MESG determinado neste aparelho não tem relação direta com o espaçamento da colméia
indicado na figura 6. A classificação feita no aparelho permite apenas garantir que um protetor, que foi
testado e aprovado em bancada de teste para operar em determinada condição com um determinado
fluido, pode ser utilizado com segurança em qualquer outro fluido de MESG maior que o primeiro.
8
cotas em mm
Todo conjunto abafador tem, entre suas colméias, os espaçadores (ver fig.6), que permitem a
circulação da mistura gasosa entre as colméias e diminuem a condução térmica de uma para a outra,
minimizando a transferência do calor.
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Os fluidos são agrupados de acordo com seu grau de periculosidade. As normas DIN e a
NEC (National Eletric Code - USA), apresentam quatro grupos distintos de classificação. As normas
DIN apresentam os grupos IIA, IIA/B, IIB e IIC em ordem crescente de periculosidade. A NEC
apresenta os grupos D, C, B e A, respectivamente. Entretanto, um fluido classificado como IIC na
norma alemã, não terá rigorosamente que corresponder a uma classificação A pela NEC (ambas as
classes de maior periculosidade). Isto porque os métodos de classificação são diferentes. Então, não
há uma relação rigorosa entre os grupos, como por exemplo o hidrogênio e o acetileno, que
apresentam mesma classificação DIN, porém diferentes pela NEC.
De acordo com a classificação alemã, os fluidos são agrupados de acordo com seu MESG como
mostrado do quadro seguinte:
Cada país tem geralmente o seu próprio conjunto de normas e/ou padrões de segurança.
Dessa diversidade resultam diferenças acentuadas na especificação dos equipamentos de proteção
contra irrupção de chamas.
A tecnologia européia é, basicamente, constituída pelas normas DIN e vários regulamentos e
diretrizes como, os Regulamentos Técnicos para Líquidos Inflamáveis (TRbF) da Alemanha,
Diretrizes Técnicas para Tanques e Contêineres (TRT/TRTC) e outros. Este conjunto, conhecido por
tecnologia DIN, abrange todas as formas de perigo, levando em consideração a classe de
periculosidade de cada fluido.
A IMO (Internacional Maritme Organization), através da SOLAS (Safety of Life at Sea), prevê
proteção de fluidos inflamáveis para o transporte marítimo levando em consideração, as diversas
formas de risco porém não fazendo distinção quanto à periculosidade do fluido a ser transportado.
A ANSI/UL-525 constitui-se num padrão para testes, abordando explosão externa e
combustão contínua, sendo apenas para a mistura gasolina/ar.
A API-2000 (do American Petroleum Institute) é voltada para a proteção de fluidos derivados
de petróleo, para armazenagem em tanques. Esta norma não prevê proteção contra combustão
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contínua, apenas contra explosão externa. Apesar disto, é a norma mais difundida no Brasil, seguida
da norma DIN que vem sendo cada vez mais reconhecida.
7- Protetores
Existem três tipos básicos de protetores para as formas de perigo com fogo acima citadas:
São conhecidos por protetores finais, pois são sempre instalados na saída de misturas de
gases inflamáveis para a atmosfera.
O protetor de respiro de tanques de superfície LC (fig. 11) é um exemplo típico. Seus
componentes conhecidos por corta-chamas ou colméias, impedem a passagem da chama para o
interior do tanque. Ao iniciar o processo de combustão contínua, seu elemento fusível é derretido pelo
fogo, permitindo que a tampa articulada, por efeito de mola ou lastro se abra, proporcionando plena
dissipação do calor para a atmosfera.
Este equipamento permite a combustão durante horas, sem risco para o tanque, de modo que
há bastante tempo para que se possa providenciar as medidas corretivas necessárias.
12
Já em tubulações com extensões acima de 20 vezes o seu diâmetro nominal, entre o protetor
e uma possível fonte de inflamação (distância mínima de 2 m), deve-se admitir a possibilidade de
produzir detonação e, neste caso, a instalação de protetores contra detonação é indispensável.
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A formação da detonação, no entanto, não depende apenas da extensão reta das tubulações
e dos seus diâmetros, mas também da pressão e temperatura iniciais, da espécie de gases e sua
proporção, etc. Pode ainda, ocorrer fora dos valores empíricos anteriormente mencionados.
O poder de destruição já foi descrito anteriormente e para resistir a essa força de impacto, os
abafadores de chamas, teoricamente, deveriam compor-se de 8 a 10 colméias. Entretanto, este
dispêndio e, sobretudo, a conseqüente perda de carga, quando em operação normal, seriam
inadmissíveis. Por isso, criou-se um sistema de proteção que consiste em instalar a montante do
abafador de chamas, um “amortecedor de detonação” (fig.15). Trata-se de um “labirinto” que, em
operação normal não opõe a menor resistência ao fluxo, mas que absorve o impacto da detonação,
antes que esta atinja o abafador de chamas propriamente dito. O labirinto desacelera a velocidade de
propagação e reverte a detonação em explosão, e esta é extinguida nas colméias.
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8- Modelo LA
O modelo LA é uma válvula de alívio de pressão e vácuo com corta-chamas tipo combinada.
Na verdade é a junção de uma válvula LO com um protetor LE. Portanto, possui as mesmas
características e limitações das LO.
Estas válvulas são indicadas para proteger respiros de tanques de armazenagem de produtos
inflamáveis, contra explosão externa apenas. Além disso, reduzem as perdas do produto por
evaporação.
9- Modelo LV
O modelo LV é uma válvula de alívio de pressão e vácuo com abafador de chamas à prova
de explosão externa e combustão contínua.
São indicados para instalação nos tubos de ventilação dos tanques de armazenamento de
gases e líquidos inflamáveis, para controle de pressão e vácuo e redução das perdas do produto por
evaporação. Esses equipamentos evitam a irrupção de chamas para o interior dos reservatórios, em
caso de incêndio, e a propagação de chamas em caso de explosão externa seguida de combustão
contínua.
Este equipamento contém dois obturadores: um de pressão e outro de vácuo, que atuam por
gravidade e são calibrados através de lastro. Além de duas colméias que, dependendo do modelo e
tamanho da LV, pode ser anular ou não.
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10- Manutenção
O principal elemento de manutenção é a colméia, que deve ser limpa de acordo com as
características de operação do seu sistema, ou seja, se o fluido gera vapores muito sujos, a tendência
é que a colméia fique suja mais rapidamente, tendo assim seus canais obstruídos e necessitando de
limpeza mais freqüente. Como ponto de partida, deve ser feita uma primeira inspeção/limpeza com
seis meses de uso do equipamento. Se for constatado que ele está limpo, poderá ser feita a próxima
inspeção/limpeza num prazo mais longo. Se for constatado que há muita sujeira, deverá ser
programada a próxima inspeção/limpeza para um prazo mais curto.
Nestas inspeções programadas deve também ser verificado o perfeito funcionamento das
válvulas de pressão e de vácuo. Observar se não há sujeira ou detritos entre a sede e o obturador, se
o vedante está ainda intacto, se não houve deformações que dificultem a perfeita vedação.
Não deve ser utilizada graxa ou outro lubrificante.
A falta de cuidados com o equipamento acarretará numa colméia muito suja, o que poderá
aumentar consideravelmente a perda de carga gerada pelo equipamento, correndo-se o risco de até
haver possíveis “estufamento” ou “murchamento” do tanque. Além disso, caso o espaçamento da
colméia tenha sido desfigurado por pancada ou falta de cuidados, corre-se um risco maior ainda pois,
na presença de chama externa, esta pode passar pela falha da colmeia para o interior do tanque,
ocasionando uma explosão interna, danificando definitivamente bens materiais e podendo causar
mortes.
A limpeza deve ser feita com ar comprimido, vapor ou solventes (com o auxílio de um pincel),
tendo o cuidado de não desmontar o conjunto abafador, o que pode ocasionar o desmanche da
colméia. Se isto ocorrer, a colméia danificada não terá recuperação, terá que ser, obrigatoriamente,
substituída por uma nova.
O elemento fusível, caso esteja ressecado, pode ser substituído, de forma preventiva.
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Para LD e LE
3
1 Vazão (m /h).
2 Perda de carga admissível e pressão de trabalho (mbar)
3 Tipo de fluido e estado físico.
4 Diâmetro nominal.
5 Distância entre o protetor e a fonte de risco (m).
12- Dimensionamento
13- Conclusão
17
18
Note que as soldas verticais nunca seguem a mesma linha, pois o tipo de configuração
mostrado confere maior resistência ao tanque.
O teto fixo é soldado ao costado, que também é fixo, e por isso não se move, Independente
do tanque estar vazio ou cheio de produto. O teto estará sempre na mesma posição. A solda entre o
costado e o teto do tanque pode ser do tipo frágil ou não. A solda do tipo frágil permite que, ocorrendo
a explosão do tanque o teto se solte, evitando o rompimento do costado e o vazamento do conteúdo.
Assim, evita-se que o acidente destrua um tanque vizinho.
De acordo com a API 650, a norma de fabricação de tanques dos EUA, os tanques são
considerados atmosféricos quando trabalham com a pressão interna máxima de até 175 mbar.
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respiro
teto
costado
fundo
3
100 m /h de
ar
5 mbar
N2
N1
3
100 m /h de
gasolina
Fig. 22 - Detalhe do enchimento
de evaporação do líquido armazenado. Esta vazão adicional é conhecida como vazão térmica de
3
pressão, exemplificada na fig.23 com o valor de 125 m /h de ar.
3 3
100 m /h de ar + 125 m /h
ar 5mbar
Fig.23 - Detalhe da Vazão Térmica de Pressão
N2
N1 3
100 m /h de
gasolina
Nos exemplos, estamos mencionando sempre a vazão de ar que passa através do respiro.
Na prática, esta é a vazão do ar somada à dos vapores do produto estocado, e devemos levar isto em
consideração para o cálculo do peso específico da mistura gasosa.
Vamos imaginar agora nosso mesmo tanque do exemplo acima em processo de descarga, a
3
uma taxa de 100 m /h. O nível descerá de N2 para N1 e o tanque passará a admitir o ar na mesma
3
taxa de 100 m /h. O manômetro passará a indicar o vácuo no interior do tanque, por exemplo de -5
mbar. É bom lembrar que esta pressão é manométrica, e significa 5 mbar abaixo da pressão
atmosférica (1013,25 - 5 = 1008,25 mbar absoluto).
3
100 m /h de ar
- 5mbar
N2
N1
3
100 m /h de
gasolina
21
3
100 m /h de ar + 137
3
- 5mbar
Fig.25 - Detalhe da vazão térmica de vácuo
N2
3
N1 100 m /h de
Os gases no interior do tanque, quando resfriados, sofrem uma queda de pressão, devida à
contração da massa gasosa acarretando também a condensação dos vapores do produto no interior
do tanque.
A vazão térmica de vácuo foi exemplificada como 137 m3/h, sendo maior do que a vazão
térmica de pressão, 125 m3/h. O resultado destes cálculos depende principalmente do método de
cálculo. Existem duas normas utilizadas para este fim: DIN TRbF 120 (Alemã) e API-2000
(Americana).
15- Dimensionamento
22
Estes fatores serão multiplicados diretamente pelas vazões de enchimento e, então, este
resultado será somado à vazão referente à evaporação (vazão térmica), que foi encontrada na norma
utilizando-se o volume do tanque.
No caso de vácuo, os valores de vazão encontrados na norma são somados diretamente à
vazão da bomba de descarga do tanque, sem utilizar nenhum fator.
* O ponto de fulgor de um líquido combustível é definido como a menor temperatura deste líquido,
na qual são gerados, imediatamente acima da sua superfície, vapores em uma quantidade
suficiente para formar uma mistura inflamável vapor-ar.
Tampa
Obturador de Pressão
Corpo
Obturador
de Vácuo
Conexão / Flang
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Gases expelidos
para atmosfera
através da sede
de pressão
Enchimento
Descarga
Quando ocorre vácuo por resfriamento do tanque e/ou descarga do fluido do processo, a
pressão atmosférica abre o obturador de vácuo, permitindo a entrada de ar no tanque, quebrando
assim o vácuo gerado.
é muito baixo, em torno de 10 mbar por exemplo (geralmente, quanto maior o tanque, menores as
pressões/vácuos admissíveis), o que passa a limitar a redução das perdas. Para um tanque que
suporta 10 mbar de pressão máxima, por exemplo, o valor da pressão de abertura deverá ficar abaixo
de 10 mbar. Deverá ser de 6 mbar. Isto se explica porque, entre a pressão em que a válvula abre e a
pressão final em que ela atinge sua plena vazão, existe uma sobre-pressão de 40 %. O mesmo
ocorre no vácuo.
* A diminuição das perdas por evaporação são conseguidas devido à capacidade do ar em reter
vapores. Quanto maior a pressão (e menor a temperatura) do ar, menor a capacidade de reter estes
vapores. Por este motivo, quanto maior for a pressão no interior do tanque, menor será a quantidade
do produto (em forma de vapor) perdida quando da abertura da válvula de pressão.
17.1 - Modelo LO
O modelo mais simplificado de VPV, também chamado de modelo API por ser muito utilizado
pelos norte-americanos, é o nosso modelo LO. São fabricados nas bitolas de 2” a 12”, nos modelos
LO16, LO16F, LO19 e LO25.
25
LO16F
L = Produto do Programa 12 da Asca.
O = Válvula de alívio de Pressão e Vácuo.
1 = Classe de pressão ANSI 125 lbs.
6 = Ferro Fundido Nodular (material original)
F = Indica que a válvula é em ferro fundido cinzento, ao invés de ferro fundido nodular.
Nota: O modelo em ferro fundido cinzento, LO16F, é normalmente fabricado com conexão
classe ANSI 125 Lbs. Contudo, os flanges ANSI 125 e ANSI 150 Lbs são intercambiáveis, ou seja, se
um tanque possui no teto uma conexão flange DN 6” ANSI 150 Lbs, podemos instalar uma válvula
com flange DN 6” ANSI 125 Lbs, pois a furação é a mesma. A diferença construtiva entre eles é que o
ANSI A 150 lbs possui ressalto e o A 125 lbs possui face plana.
17.2 - Modelo LT
Estas são válvulas de alívio de pressão e vácuo utilizadas em tubulações. Em três modelos
diferentes, com duas ou três vias, um ou dois obturadores. São fabricadas nas bitolas DN 1. ½”, 2”,
3”, 4”, 6” e 8”, em ferro fundido nodular, alumínio ou aço inox.
Servem para atender todas as situações de pressão e vácuo em tubulações de tanques. São
predominantemente utilizadas em Sistemas de Inertização ou instalações de ar seco. As válvulas
modelo LT são adequadas para manter a pressão e/ou o vácuo no interior de tubulações ou outros
equipamentos, conforme a calibração determinada. A calibração é feita através de lastro.
O modelo LT E possui atuador pneumático com grande área, o que torna a válvula
praticamente imune às variações da contra pressão.
17.3- Modelo LR
As válvulas de alívio de pressão LR (também chamados respiros de emergência) foram
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O respiro é necessário quando há uma repentina demanda de altas vazões de pressão (que
pode ser causada, por exemplo, por um incêndio próximo ao tanque), o que, conseqüentemente,
torna insuficiente a capacidade de desaeração das válvulas normais de alívio de pressão, existentes
no tanque. O respiro de emergência abre e, por ter uma área de passagem maior, consegue aliviar
essas vazões, preservando a integridade estrutural do tanque.
Observação: Esta situação é discutível pois, submetido ao fogo, o tanque irá abrir uma
passagem que não possui corta-chamas! As normas Européias não fazem referência a esta
válvula de emergência, elas prevêem, para uma situação de incêndio, um sistema de
resfriamento do tanque por “sprinklers”.
18-Manutenção
O objetivo principal da manutenção deste tipo de válvulas deve ser manter pleno
funcionamento sem alterar suas características. Com o passar do tempo, sujeiras, empenamento e
esmagamento dos discos de vedação ou danos à lapidação (no caso de vedação metálica), acabam
prejudicando o desempenho da válvula. Então, é importante que sejam vistoriadas periodicamente as
vedações. Quando for vedação elástica, recomenda-se encaminhar as válvulas para a Assistência
Técnica da Asca, que irá repor os discos de vedação. Porém, quando a vedação for metálica, o
obturador deve ser lapidado juntamente com a sede.
O crivo e todo o corpo da válvula podem acumular sujeira, que também deve ser removida
periodicamente, evitando-se assim problemas maiores.
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