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APROVADA POR:
___________________________
RONAY DE ANDRADE PEREIRA
(ORIENTADOR)
____________________________
RICARDO VITOY
(EXAMINADOR INTERNO)
____________________________
VINICIUS CARVALHAES
(EXAMINADOR INTERNO)
DATA: GOIÂNIA, 02 de FEVEREIRO de 2022
ii
iii
RESUMO
A economia de energia elétrica se mostra cada vez mais necessário com todas as
adversidades que o tempo vem trazendo. Isso ocorre em qualquer ramo e não seria
diferente nos Shoppings Centers. Grandes centros comerciais possuem muitos aparelhos
elétricos e um deles o ar condicionado, sendo que este possui um gasto com energia
elétrica significativo, e que impacta diretamente na economia financeira da administradora.
Com base nisso, objetivou-se através desse trabalho realizar uma simulação, levando-se
em consideração o sistema de exaustão nas lojas de alimentação de um Shopping Center,
e o quanto de economia o mesmo proporciona quando está com um funcionamento
adequado e eficiente, em relação ao consumo de energia elétrica do ar condicionado da
praça de alimentação do shopping. Para tanto simula-se a carga térmica de acordo com
os sistemas de exaustão das cozinhas profissionais, e a economia gerada para o ar
condicionado em termos monetários de energia elétrica. Observa-se com um resultado de
até 117 mil reais ao ano de economia, a importância do uso correto do sistema de exaustão
e renovação de ar para a eficiência energética do sistema averiguado.
iv
ABSTRACT
Saving electricity is increasingly necessary with all the adversities that time has
brought. This occurs in any branch and it would be no different in Shopping Centers. Large
shopping centers have many electrical appliances and one of them is air conditioning, which
has a significant expense with electricity, which directly impacts the financial economy of
the administrator. Based on this, the objective of this work was to carry out a simulation,
taking into account the exhaust system in the food stores of a Shopping Center, and how
much savings it provides when it is operating properly and efficiently, in in relation to the
electricity consumption of the air conditioning in the mall's food court. For that, the thermal
load is simulated according to the exhaust systems of professional kitchens, and the
savings generated for the air conditioning in monetary terms of electric energy. It is
observed with a result of up to 117 thousand reais per year of savings, the importance of
the correct use of the exhaust system and air renewal for the energy efficiency of the
investigated system.
v
LISTA DE FIGURAS
vi
LISTA DE TABELAS
vii
LISTA DE GRÁFICOS
viii
LISTA DE SÍMBOLOS, NOMENCLATURAS E ABREVIAÇÕES
Q: vazão volumétrica;
A: área da seção transversal do duto;
v: a velocidade média do escoamento;
qv: vazão de ar;
h: altura;
L: comprimento;
ρ: massa específica;
c: calor específico a pressão constante;
te: temperatura externa;
ti: temperatura interna;
qs: carga térmica sensível;
Csra: carga térmica sensível;
qL: carga térmica latente;
UE2: umidade específica;
UE1: umidade específica;
Clra: carga térmica latente;
V: consumo de ar
qT: carga térmica total
P: potência elétrica
COP: coeficiente de performance de refrigeração
ix
ÍNDICE
1 – INTRODUÇÃO 1
1.1 – VISÃO GERAL 1
1.2 – DEFINIÇÃO DO PROBLEMA E OBJETIVO 1
1.2.1 – Definição do problema 1
1.2.2 – Objetivo geral 2
1.2.3 – Objetivos específicos 2
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3
2.1 – REFRIGERADORES DE AR 3
2.1.1 – Splits 3
2.1.2 – Splitão 4
2.1.3 – Chiller 5
2.2 – SISTEMAS DE EXAUSTÃO 5
2.2.1 – Dutos 7
2.3 – CONFORTO TÉRMICO 7
2.4 – NBR 14518: SISTEMAS DE VENTILAÇÃO PARA COZINHAS PROFISSIONAIS 9
2.4.1 – Sistema de compensação do ar exaurido 10
2.5 – PSICROMETRIA 11
2.5.1 – Diagrama psicrométrico 11
2.6 – ANÁLISE TÉRMICA 13
3 – METODOLOGIA E SIMULAÇÃO EXPERIMENTAL 15
3.1 – DEFINIÇÃO DOS CENÁRIOS 15
3.1.1 – Cenário 1 – A 16
3.1.2 – Cenário 1 – B 16
3.1.3 – Cenário 2 – A 17
3.1.4 – Cenário 2 – B 18
3.1.5 – Cenário 3 – A 18
3.1.6 – Cenário 3 – B 19
3.1.7 – Cenário 4 – A 20
3.1.8 – Cenário 4 – B 20
3.2 – CÁLCULOS DA CARGA TÉRMICA 26
3.2.1 – Carga térmica sensível 26
3.2.2 – Carga térmica latente e carga térmica total 27
3.2.3 – Potência elétrica e economia por hora 28
4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES 29
x
5 – CONCLUSÕES 42
5.1 – Sugestões de Trabalhos Futuros 42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 43
ANEXO 45
xi
1. INTRODUÇÃO
1
maiores do que deveria, podendo acarretar em diversos fatores prejudiciais e em alguns
casos perigosos. A falta da limpeza pode gerar acúmulo de gordura no exaustor, o que
seria altamente perigoso em caso de incêndio. Quando se trata de refrigeração e
climatização do ambiente, a falta da renovação de ar ou até mesmo a renovação
insuficiente pode gerar custos significativos para o Shopping. Uma vez que o sistema de
exaustão e renovação de ar não funciona corretamente, obrigatoriamente o ar
condicionado da praça terá que trabalhar mais para repor esse ar que está sendo exaurido,
porém não renovado nas cozinhas.
2
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. REFRIGERADORES DE AR
2.1.1 SPLITS
São equipamentos que possuem gás refrigerante em seu sistema, mais precisamente
dentro de tubulações. É composto por: uma evaporadora que fica dentro do ambiente a ser
refrigerado e troca calor do ar ambiente com o gás que corre dentro de sua tubulação; e
um condensador que fica fora do ambiente e tem como função de trocar calor com o meio,
3
a fim de reduzira temperatura do gás. Além de compressores e válvulas de expansão que
também tem papel fundamental.
Essa categoria de equipamentos possuem uma divisão de subcategorias, que são
definidas de acordo com sua potência e forma geométrica, tendo basicamente as mesmas
características. São elas: ACJ (Ar Condicionado de Janela); Split Hi-Wall; Mult-Split; Piso-
Teto Cassete; Sistemas VRF (Fluxo de Refrigerante Variável).
Como exemplo a figura 2.1 mostra os tipos de splits.
2.1.2 Splitão
São equipamentos bem parecidos com os explicados anteriormente, porém tem uma
capacidade de refrigeração muito maior que a dos exemplos anteriores. Por mais que
tenham a mesma estrutura (condensador mais evaporador), geralmente são dutados e
conseguem atender vários ambientes diferentes.
Segue abaixo a figura 2.2 como exemplo de splitão.
4
FIGURA 2.2 – Splitão
2.1.3 Chiller
Diferentemente dos exemplos anteriores, chillers utilizam água com fluido trocador de
temperatura dos ambientes. São equipamentos com capacidades de refrigeração ainda
maiores e que contam com um sistema de refrigeração de água. Contam com Fan Coils,
que tem como função transferir a baixa temperatura das águas da serpentina para o ar do
ambiente.
A figura 2.3 abaixo refere-se a um chiller mais fan coil.
5
cozinha e indo para o espaço em que se encontram os clientes e também por expelir a
gordura e os cheiros provenientes da elaboração dos pratos.
A sucção da ventilação local exaustora é a realizada por meio de um equipamento
captor de ar junto à fonte poluidora. É um tipo de ventilação indicada para situações em
que as fontes de poluição sejam perfeitamente identificadas e localizadas no interior do
ambiente.
Os principais componentes de um sistema de exaustão são: captores; coifas;
tubulações ou dutos; exaustores; filtros de ar; serpentinas; dampers e abafadores de
ruídos. A Figura 2.4 a seguir ilustra esses componentes distribuídos em sistema de
exaustão:
6
2.2.1 Dutos
A NBR 12401-1 (2008) diz que os dutos são responsáveis pela distribuição de ar do
ambiente, tanto o ar refrigerado, quanto o ar que é renovado, sendo que quanto menos
curvas e mudanças de secção mais eficiente.
As principais exigências para os dutos são:
-Que conduzam vazões especificadas de ar a locais apropriados.
-Que sejam econômicos em termos de custo inicial, custo de operação do ventilador e
custo do espaço do edifício por eles ocupado.
- Que não transmitam nem gerem ruído exagerado.
Além disso, o ventilador acoplado ao duto deve ser especificado para satisfazer as
exigências de perda de carga máxima no sistema.
O cálculo de vazão do mesmo reduz à solução da relação básica, dada pela equação
2.1:
Q = v.A (2.1)
Onde:
Q: a vazão volumétrica em (m³ /min);
A: área da seção transversal do duto em (m²);
v: a velocidade média do escoamento em (m/min)
Essa velocidade do ar é produzida através dos ventiladores que fazem parte do
conjunto, sendo ele de exaustão ou ventilação.
7
relacionado com a resistência a troca de calor e o segundo relacionado a taxa de
metabolismo.
A norma NBR 16401-2 estipula parâmetros ambientais suscetíveis de produzir
sensação aceitável de conforto térmico em 80% ou mais das pessoas, baseados na escala
ASHRAE, como mostrado na Tabela 2.1.
8
2.4 NBR 14518: SISTEMAS DE VENTILAÇÃO PARA COZINHAS PROFISSIONAIS
Para que seja possível fazer a análise da gestão energética em ambientes de praças
de alimentação, fez-se necessária o embasamento teórico na norma que regulamenta os
sistemas de ventilação de exaustão de cozinhas profissionais.
A norma NBR 14528 define que nas cozinhas profissionais, os equipamentos que são
fontes de emissão de calor, vapores com ou sem gordura e/ou materiais particulados,
devem ser captados localmente, de forma contínua, enquanto perdurar a sua geração.
Para atender essas necessidades, deve haver equipamentos captores, redes de dutos e
acessórios, ventiladores, dispositivos e equipamentos para tratamento do ar, elementos de
prevenção e proteção contra incêndio e compensação do ar exaurido.
Os sistemas de exaustão de cozinhas devem ser independentes de qualquer outro tipo
de sistema de ventilação, tendo seu próprio conjunto de exaustão de ar. O mesmo, que
transfere o fluxo de ar, deve ser feito de material metálico, alvenaria, concreto ou
fibrocimento com superfície lisa, tendo a necessidade de assegurar resistência ao fogo por
até uma hora. Já seus elementos em contato externo devem ser classificados como não
combustíveis.
O cálculo da vazão de ar de exaustão nos captores estabelece os padrões mínimos de
velocidade de face pela área aberta do captor, de maneira a garantir a captação adequada
de poluentes. É regida, no geral, pela Equação 2.2:
qv = v.h.L (2.2)
Onde:
qv = Vazão de ar, em metros cúbicos por segundo;
v = Velocidade da face, em metros por segundo;
h = Altura, em metros;
L = Comprimento, em metros;
9
FIGURA 2.5 - Coifa
10
É fundamental reafirmar que as pressões no interior de cozinhas devem ser mantidas
negativas em relação aos ambientes adjacentes, de forma a evitar propagação de odores.
2.5 PSICROMETRIA
11
FIGURA 2.7 - Linhas de propriedades da carta psicrométrica
12
2.6 ANÁLISE TÉRMICA
Onde:
m = ρ.Q (2.4)
Portanto:
Sendo:
ρ: massa específica do ar em (Kg/m³);
Q: vazão de ar em (m³/h);
c: calor específico a pressão constante do ar em (Kcal/Kg.°C);
te: temperatura externa em (°C);
ti: temperatura interna em (°C);
qs: carga térmica sensível em (Kcal/h).
Utiliza-se nesse trabalho a nomenclatura de Csra para a carga térmica sensível.
Ainda segundo Creder (2004) a carga de calor latente é dada pela equação 2.6:
qL = 583.C (2.6)
Onde:
Sendo:
qL: carga térmica latente em (Kcal/h);
13
UE2: umidade específica do ar em (Kg/Kg);
UE1: umidade específica do ar em (Kg/Kg);
ρ: massa específica do ar em (Kg/m³);
Q: vazão de ar em (m³/h).
Utiliza-se nesse trabalho a nomenclatura de Clra para carga térmica latente.
14
3. METODOLOGIA E SIMULAÇÃO EXPERIMENTAL
Foram criados quatro cenários, cada um deles composto por “A” e “B”. Na nomenclatura
“A” e “B” foi alterado a quantidade de lojas com sistema de exaustão e ventilação
funcionando de forma eficiente e precisa. Na nomenclatura numérica (1 – 4) foi alterado a
quantidade de renovação de ar em cada loja.
15
3.1.1 Cenário 1 – A
No cenário 1A, foi considerado que 50% das lojas possuem sistema de exaustão
funcionando de forma precisa e eficiente, com 20% de renovação de ar, como mostra a
Tabela 3.1.
Cenário 1
Sistema de Exaustão c/ Área
A Renovação de Ar (20%) (m²)
50%
Loja 1 Sim 77,66 7%
Loja 2 Sim 33,39 7%
Loja 3 Sim 51,37 7%
Loja 4 Sim 23,58 7%
Loja 5 Sim 36,4 7%
Loja 6 Sim 58,2 7%
Loja 7 Sim 29,1 7%
Loja 8 Não 29,1 0%
Loja 9 Não 29,1 0%
Loja 10 Não 38,07 0%
Loja 11 Não 129,21 0%
Loja 12 Não 50,02 0%
Loja 13 Não 32,03 0%
Loja 14 Não 55,36 0%
3.1.2 Cenário 1 – B
No cenário 1B, foi considerado que 100% das lojas possuem sistema de exaustão
funcionando de forma precisa e eficiente, com 20% de renovação de ar, como mostra a
Tabela 3.2.
TABELA 3.2 – Proposta inicial – Cenário 1B.
16
Cenário 1
Sistema de Exaustão c/ Área
B Renovação de Ar (20%) (m²)
100%
Loja 1 Sim 77,66 7%
Loja 2 Sim 33,39 7%
Loja 3 Sim 51,37 7%
Loja 4 Sim 23,58 7%
Loja 5 Sim 36,4 7%
Loja 6 Sim 58,2 7%
Loja 7 Sim 29,1 7%
Loja 8 Sim 29,1 7%
Loja 9 Sim 29,1 7%
Loja 10 Sim 38,07 7%
Loja 11 Sim 129,21 7%
Loja 12 Sim 50,02 7%
Loja 13 Sim 32,03 7%
Loja 14 Sim 55,36 7%
3.1.3 Cenário 2 – A
No cenário 2A, foi considerado que 50% das lojas possuem sistema de exaustão
funcionando de forma precisa e eficiente, com 40% de renovação de ar, como mostra a
Tabela 3.3.
Cenário 2
Sistema de Exaustão c/ Área
A Renovação de Ar (40%) (m²)
50%
Loja 1 Sim 77,66 7%
Loja 2 Sim 33,39 7%
Loja 3 Sim 51,37 7%
Loja 4 Sim 23,58 7%
Loja 5 Sim 36,4 7%
Loja 6 Sim 58,2 7%
Loja 7 Sim 29,1 7%
Loja 8 Não 29,1 0%
Loja 9 Não 29,1 0%
Loja 10 Não 38,07 0%
Loja 11 Não 129,21 0%
Loja 12 Não 50,02 0%
Loja 13 Não 32,03 0%
Loja 14 Não 55,36 0%
17
3.1.4 Cenário 2 – B
No cenário 2B, foi considerado que 100% das lojas possuem sistema de exaustão
funcionando de forma precisa e eficiente, com 40% de renovação de ar, como mostra a
Tabela 3.4.
TABELA 3.4 – Proposta inicial – Cenário 2B.
Cenário 2
Sistema de Exaustão c/ Área
B Renovação de Ar (40%) (m²)
100%
Loja 1 Sim 77,66 7%
Loja 2 Sim 33,39 7%
Loja 3 Sim 51,37 7%
Loja 4 Sim 23,58 7%
Loja 5 Sim 36,4 7%
Loja 6 Sim 58,2 7%
Loja 7 Sim 29,1 7%
Loja 8 Sim 29,1 7%
Loja 9 Sim 29,1 7%
Loja 10 Sim 38,07 7%
Loja 11 Sim 129,21 7%
Loja 12 Sim 50,02 7%
Loja 13 Sim 32,03 7%
Loja 14 Sim 55,36 7%
3.1.5 Cenário 3 – A
No cenário 3A, foi considerado que 50% das lojas possuem sistema de exaustão
funcionando de forma precisa e eficiente, com 60% de renovação de ar, como mostra a
Tabela 3.5.
18
Cenário 3
Sistema de Exaustão c/ Área
A Renovação de Ar (60%) (m²)
50%
Loja 1 Sim 77,66 7%
Loja 2 Sim 33,39 7%
Loja 3 Sim 51,37 7%
Loja 4 Sim 23,58 7%
Loja 5 Sim 36,4 7%
Loja 6 Sim 58,2 7%
Loja 7 Sim 29,1 7%
Loja 8 Não 29,1 0%
Loja 9 Não 29,1 0%
Loja 10 Não 38,07 0%
Loja 11 Não 129,21 0%
Loja 12 Não 50,02 0%
Loja 13 Não 32,03 0%
Loja 14 Não 55,36 0%
3.1.6 Cenário 3 – B
No cenário 3B, foi considerado que 100% das lojas possuem sistema de exaustão
funcionando de forma precisa e eficiente, com 60% de renovação de ar, como mostra a
Tabela 3.6.
Cenário 3
Sistema de Exaustão c/ Área
B Renovação de Ar (60%) (m²)
100%
Loja 1 Sim 77,66 7%
Loja 2 Sim 33,39 7%
Loja 3 Sim 51,37 7%
Loja 4 Sim 23,58 7%
Loja 5 Sim 36,4 7%
Loja 6 Sim 58,2 7%
Loja 7 Sim 29,1 7%
Loja 8 Sim 29,1 7%
Loja 9 Sim 29,1 7%
Loja 10 Sim 38,07 7%
Loja 11 Sim 129,21 7%
Loja 12 Sim 50,02 7%
Loja 13 Sim 32,03 7%
Loja 14 Sim 55,36 7%
19
3.1.7 Cenário 4 – A
No cenário 4A, foi considerado que 50% das lojas possuem sistema de exaustão
funcionando de forma precisa e eficiente, com 80% de renovação de ar, como mostra a
Tabela 3.7.
TABELA 3.7 – Proposta inicial – Cenário 4A.
Cenário 4
Sistema de Exaustão c/ Área
A Renovação de Ar (80%) (m²)
50%
Loja 1 Sim 77,66 7%
Loja 2 Sim 33,39 7%
Loja 3 Sim 51,37 7%
Loja 4 Sim 23,58 7%
Loja 5 Sim 36,4 7%
Loja 6 Sim 58,2 7%
Loja 7 Sim 29,1 7%
Loja 8 Não 29,1 0%
Loja 9 Não 29,1 0%
Loja 10 Não 38,07 0%
Loja 11 Não 129,21 0%
Loja 12 Não 50,02 0%
Loja 13 Não 32,03 0%
Loja 14 Não 55,36 0%
3.1.8 Cenário 4 – B
No cenário 4B, foi considerado que 100% das lojas possuem sistema de exaustão
funcionando de forma precisa e eficiente, com 80% de renovação de ar, como mostra a
Tabela 3.8. Esse seria o cenário ideal dentro do esperado pela norma NBR-14528, já que
a mesma exige 80% de renovação de ar da vazão volumétrica exaurida pelo sistema de
exaustão.
20
Cenário 4
Sistema de Exaustão c/ Área
B Renovação de Ar (80%) (m²)
100%
Loja 1 Sim 77,66 7%
Loja 2 Sim 33,39 7%
Loja 3 Sim 51,37 7%
Loja 4 Sim 23,58 7%
Loja 5 Sim 36,4 7%
Loja 6 Sim 58,2 7%
Loja 7 Sim 29,1 7%
Loja 8 Sim 29,1 7%
Loja 9 Sim 29,1 7%
Loja 10 Sim 38,07 7%
Loja 11 Sim 129,21 7%
Loja 12 Sim 50,02 7%
Loja 13 Sim 32,03 7%
Loja 14 Sim 55,36 7%
21
Cenário 1
Sistema de Exaustão c/ Área
A Renovação de Ar (20%) (m²)
46%
Loja 1 Sim 77,66 12%
Loja 2 Sim 33,39 5%
Loja 3 Sim 51,37 8%
Loja 4 Sim 23,58 4%
Loja 5 Sim 36,4 5%
Loja 6 Sim 58,2 9%
Loja 7 Sim 29,1 4%
Loja 8 Não 29,1 0%
Loja 9 Não 29,1 0%
Loja 10 Não 38,07 0%
Loja 11 Não 129,21 0%
Loja 12 Não 50,02 0%
Loja 13 Não 32,03 0%
Loja 14 Não 55,36 0%
Cenário 1
Sistema de Exaustão c/ Área
B Renovação de Ar (20%) (m²)
100%
Loja 1 Sim 77,66 12%
Loja 2 Sim 33,39 5%
Loja 3 Sim 51,37 8%
Loja 4 Sim 23,58 4%
Loja 5 Sim 36,4 5%
Loja 6 Sim 58,2 9%
Loja 7 Sim 29,1 4%
Loja 8 Sim 29,1 4%
Loja 9 Sim 29,1 4%
Loja 10 Sim 38,07 6%
Loja 11 Sim 129,21 19%
Loja 12 Sim 50,02 7%
Loja 13 Sim 32,03 5%
Loja 14 Sim 55,36 8%
22
TABELA 3.11 – Proposta real – Cenário 2A.
Cenário 2
Sistema de Exaustão c/ Área
A Renovação de Ar (40%) (m²)
46%
Loja 1 Sim 77,66 12%
Loja 2 Sim 33,39 5%
Loja 3 Sim 51,37 8%
Loja 4 Sim 23,58 4%
Loja 5 Sim 36,4 5%
Loja 6 Sim 58,2 9%
Loja 7 Sim 29,1 4%
Loja 8 Não 29,1 0%
Loja 9 Não 29,1 0%
Loja 10 Não 38,07 0%
Loja 11 Não 129,21 0%
Loja 12 Não 50,02 0%
Loja 13 Não 32,03 0%
Loja 14 Não 55,36 0%
Cenário 2
Sistema de Exaustão c/ Área
B Renovação de Ar (40%) (m²)
100%
Loja 1 Sim 77,66 12%
Loja 2 Sim 33,39 5%
Loja 3 Sim 51,37 8%
Loja 4 Sim 23,58 4%
Loja 5 Sim 36,4 5%
Loja 6 Sim 58,2 9%
Loja 7 Sim 29,1 4%
Loja 8 Sim 29,1 4%
Loja 9 Sim 29,1 4%
Loja 10 Sim 38,07 6%
Loja 11 Sim 129,21 19%
Loja 12 Sim 50,02 7%
Loja 13 Sim 32,03 5%
Loja 14 Sim 55,36 8%
23
TABELA 3.13 – Proposta real – Cenário 3A.
Cenário 3
Sistema de Exaustão c/ Área
A Renovação de Ar (60%) (m²)
46%
Loja 1 Sim 77,66 12%
Loja 2 Sim 33,39 5%
Loja 3 Sim 51,37 8%
Loja 4 Sim 23,58 4%
Loja 5 Sim 36,4 5%
Loja 6 Sim 58,2 9%
Loja 7 Sim 29,1 4%
Loja 8 Não 29,1 0%
Loja 9 Não 29,1 0%
Loja 10 Não 38,07 0%
Loja 11 Não 129,21 0%
Loja 12 Não 50,02 0%
Loja 13 Não 32,03 0%
Loja 14 Não 55,36 0%
Cenário 3
Sistema de Exaustão c/ Área
B Renovação de Ar (60%) (m²)
100%
Loja 1 Sim 77,66 12%
Loja 2 Sim 33,39 5%
Loja 3 Sim 51,37 8%
Loja 4 Sim 23,58 4%
Loja 5 Sim 36,4 5%
Loja 6 Sim 58,2 9%
Loja 7 Sim 29,1 4%
Loja 8 Sim 29,1 4%
Loja 9 Sim 29,1 4%
Loja 10 Sim 38,07 6%
Loja 11 Sim 129,21 19%
Loja 12 Sim 50,02 7%
Loja 13 Sim 32,03 5%
Loja 14 Sim 55,36 8%
24
TABELA 3.15 – Proposta real – Cenário 4A.
Cenário 4
Sistema de Exaustão c/ Área
A Renovação de Ar (80%) (m²)
46%
Loja 1 Sim 77,66 12%
Loja 2 Sim 33,39 5%
Loja 3 Sim 51,37 8%
Loja 4 Sim 23,58 4%
Loja 5 Sim 36,4 5%
Loja 6 Sim 58,2 9%
Loja 7 Sim 29,1 4%
Loja 8 Não 29,1 0%
Loja 9 Não 29,1 0%
Loja 10 Não 38,07 0%
Loja 11 Não 129,21 0%
Loja 12 Não 50,02 0%
Loja 13 Não 32,03 0%
Loja 14 Não 55,36 0%
Cenário 4
Sistema de Exaustão c/ Área
B Renovação de Ar (80%) (m²)
100%
Loja 1 Sim 77,66 12%
Loja 2 Sim 33,39 5%
Loja 3 Sim 51,37 8%
Loja 4 Sim 23,58 4%
Loja 5 Sim 36,4 5%
Loja 6 Sim 58,2 9%
Loja 7 Sim 29,1 4%
Loja 8 Sim 29,1 4%
Loja 9 Sim 29,1 4%
Loja 10 Sim 38,07 6%
Loja 11 Sim 129,21 19%
Loja 12 Sim 50,02 7%
Loja 13 Sim 32,03 5%
Loja 14 Sim 55,36 8%
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Com a base de dados encontrada, o próximo passo foi encontrar os valores de vazão
volumétrica (m³/h) de ar retirados da praça de cada loja. Foi feito uma pesquisa para ter
embasamento e chegar em números reais e praticados nas cozinhas. Os valores foram
embasados através de uma visita feita ao shopping utilizado como referência. Foi feito um
levantamento através dos lojistas para chegar nos valores considerados em questão. Cada
cozinha tem sua peculiaridade e seu sistema de exaustão, logo a vazão volumétrica (m³/h)
de ar exaurido varia de loja para loja. Assim sendo, a tabela utilizada no experimento
também sofreu alterações em cada loja, buscando um resultado assertivo e mais próximo
possível do que de fato acontece nos shoppings. A tabela 3.17 ilustra o que foi dito.
Consumo de Ar
Descrição Área (m²) (m³/h)
Loja 1 77,66 2000
Loja 2 33,39 1000
Loja 3 51,37 1200
Loja 4 23,58 800
Loja 5 36,4 1000
Loja 6 58,2 1500
Loja 7 29,1 800
Loja 8 29,1 800
Loja 9 29,1 800
Loja 10 38,07 1000
Loja 11 129,21 3000
Loja 12 50,02 1200
Loja 13 32,03 1000
Loja 14 55,36 1300
26
ti = 24 °C, segundo consta na norma NBR 16401-2 como aceitável para o conforto
térmico.
E ainda, variando as vazões de acordo com o estipulado na Tabela 3.17. E
multiplicando tais vazões com a porcentagem de renovação de ar no referido estudo de
caso. Conforme segue a Equação 3.1.
Para cálculo da carga térmica latente de cada loja considera-se a equação 2.6, onde
segundo Equação 2.7: C = (UE2 – UE1). ρ.Q.
Utilizando então os seguintes valores:
ρ = 1,2 Kg/m³; para o ar
UE2 = 0,015 Kg/Kg; extraído da carta psicométrica para temperatura de bulbo seco
igual a 35 °C e temperatura de bulbo úmido igual a 24,5 °C, segundo consta nas condições
climáticas.
UE1 = 0,012 Kg/Kg; extraído da carta psicométrica para temperatura de bulbo seco
igual 24 °C e umidade relativa de 65%, segundo consta na norma de conforto térmico NBR
16401-2.
E ainda, variando as vazões de acordo com o estipulado na tabela 3.9. E multiplicando
tais vazões com a porcentagem de renovação de ar no referido estudo de caso. Conforme
segue a equação 3.1
Acha-se a carga térmica latente (qL) em Kcal/h e transforma-se para Btu/h
multiplicando por 3,96 o valor encontrado. A partir daí tem-se a carga térmica latente
relativo à exaustão de cada loja.
Sendo a carga térmica total (qT)a somatória da carga térmicas sensível (qs) e carga
térmica latente (qL) segundo equação 3.2.
qT = qs + qL (3.2)
27
3.2.3 Potência elétrica e economia por hora
Nesse tópico aborda-se os cálculos relativo à potência elétrica e economia por hora.
A partir da carga térmica total encontra-se a potência elétrica utilizada através da
equação 3.3:
P = qT.0,293/COP (3.3)
Sendo:
COP: coeficiente de performance de refrigeração é o fator de eficiência relativo a cada
equipamento e a carga térmica em Btu/h.
P: potência sendo dada em Wh.
qT: segundo equação 3.2 em Btu/h
P = qT.0,1 (3.4)
Através da potência elétrica encontra-se o preço relativo à economia por hora nos
dados cenários e estudos de casos multiplicando pelo preço do kWh, seguindo-se as
devidas unidades em questão.
Utilizou-se para o preço da energia elétrica o seguinte valor: 0,93636 R$/KWh; extraído
de uma conta elétrica comercial situada no estado de Goiás, na data relativo a dezembro
de 2021, da empresa Enel.
28
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
29
GRÁFICO 4.1 – Cenário 1A
30
GRÁFICO 4.2 – Cenário 1B
31
GRÁFICO 4.3 – Cenário 2A
32
GRÁFICO 4.4 – Cenário 2B
33
GRÁFICO 4.5 – Cenário 3A
34
GRÁFICO 4.6 – Cenário 3B
35
GRÁFICO 4.7 – Cenário 4A
36
GRÁFICO 4.8 – Cenário 4B
37
consequentemente aumenta a potência elétrica economizada pelo sistema de refrigeração
da praça de alimentação, resultando em uma maior economia. Também vale destacar que
a variação de “A” para “B” mostrou maior impacto no gasto de energia do que a variação
de “1” para “2” nos cenários. Em resumo, quando 100% das lojas possuem renovação de
ar é mais benéfico do que quando 50% das lojas apenas possuem, mesmo sendo a
segunda citação com uma maior porcentagem de renovação.
Para analisar economia em valor monetário, foi feito a multiplicação da potência elétrica
consumida pelo valor do kWh de energia elétrica atual aplicado pela fornecedora de
energia do Estado de Goiás. Fizemos o comparativo diário, mensal e anual. Os Gráficos
4.9 – 12 e Tabela 4.10 a seguir, demonstram os resultados.
38
Nota-se no gráfico 4.9 que no cenário ideal, dentro da norma, com 80% de renovação
do ar exaurido, a economia chega a quase R$ 30,00 /hora, chegando a quase R$
35,00/hora no cenário com 100% de renovação.
Analisando o gráfico 4.10 observa-se o quão relevante se torna a economia por hora
analisando o dia. Se R$ 30,00 parece pouco, os quase R$ 350,00 economizados por dia
já possuem uma relevância maior e começam a chamar atenção.
39
Chegando no gráfico 4.11, a relevância se torna ainda maior. Quando se olha a
economia mensal que um bom e eficiente sistema de exaustão pode gerar, o alerta se
torna ainda maior. Com toda certeza que os quase R$ 10.000,00 de economia por mês são
de suma importância para uma boa administração do shopping.
40
Nota-se que os R$ 30,00 no gráfico 4.9 se tornam extremamente significativos quando
se olha para o ano completo no gráfico 4.12. Chega a quase R$ 120.000,00 de economia
no cenário ideal – Estudo de caso 4B. Com esse valor seria capaz de contratar vistorias
rotineiras evitando qualquer tipo de gasto excedente com energia elétrica na praça de
alimentação. Essa economia também pode ser usada com possíveis projetos de melhoria
no shopping.
Como dito anteriormente, o estudo de caso 1B gerou uma economia maior que o estudo
de caso 2A, da mesma forma que o estudo de caso 2B gerou mais economia que o estudo
de caso 3A. Isso comprova a importância da integralidade na renovação de ar por parte
das lojas. Uma vez que uma ou outra loja não faz a renovação de ar corretamente, o
sistema de ar condicionado sofre e acaba gerando maior custo de energia elétrica para o
shopping.
Em geral, pode notar que o gasto com energia elétrica caso a renovação de ar não
ocorra é significativamente relevante, podendo chegar a aproximadamente R$ 150.000,00
por ano de gastos sobressalentes de energia elétrica caso as lojas não possuam renovação
de ar. No cenário ideal, esse mesmo valor seria de economia.
Como a norma NBR-14518 exige 80% de renovação de ar, no cenário mais realista, os
shoppings economizariam aproximadamente R$ 120.000,00 por ano, sendo que esta
economia se refere apenas a consumo de energia elétrica. Outros fatores elevariam essa
economia, como manutenção nos equipamentos de ar condicionado e até mesmo
capacidade térmica do equipamento.
No Brasil, existem algumas empresas especialistas em vistoria de sistemas de exaustão
e ventilação de lojas de alimentação em shoppings e galerias. Muitos consideram o custo
para contratação desses serviços alto, porém, o presente trabalho mostra que a
contratação desse tipo de serviço pode gerar economias significativas para o shopping.
Além dos inúmeros fatores de segurança, também se torna presente o ganho econômico
que se pode ter com vistorias constantes.
41
5. CONCLUSÕES
Diante do presente trabalho, notou-se que ainda há muito o que ser explorado e
evoluído no estudo em questão. Para ficar ainda mais assertivo, pode-se fazer um
experimento em algum shopping utilizado como referência, medindo a real vazão
volumétrica (m³/h) de cada loja da praça de alimentação. Outro ponto a ser explorado seria
o dimensionamento do ar condicionado, fazendo esse estudo poderia propor uma possível
diminuição da potência do mesmo. Por fim, foi utilizado no estudo em questão a modalidade
tarifária comum em residências, conhecida como tarifa “B”. Nos grandes centros
comerciais, como shoppings, outlets, entre outros, é mais comum a compra de energia
42
direta no mercado livre. Ou, em último caso, a utilização da modalidade tarifária “A”, na
qual se contrata uma demanda específica e paga por ela, e não pelo que foi consumido
como acontece na tarifa “B”. Fazer um estudo aprofundado sobre e utilizando tarifas atuais
do mercado livre ou da modalidade tarifária “A” resultaria em resultados mais assertivos e
próximos da realidade dos shoppings.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CREDER, Hélio. Instalações de ar condicionado. 6. ed. Rio de Janeiro: Ltc editora, 2004.
COSTA, Ennio Cruz da. Ventilação. São Paulo: Edgar Blucher, 2005.
STOECKER, Wilbert F.; JONES, Jerold W.. Refrigeração e ar condicionado. São Paulo:
Afiliada, 1985.
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ANEXO
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