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CENTRO UNIVERSITÁRIO RITTER DOS REIS


ÂNIMA EDUCAÇÃO
DENER GUIMARÃES DE OLIVEIRA

CÂMARA FRIA PARA CONSERVAÇÃO DE ROSAS –


ESTUDO DE VIABILIDADE RETROFIT AR-
CONDICIONADO E VISA COOLER

Porto Alegre
2023
DENER GUIMARÃES DE OLIVEIRA

CÂMARA FRIA PARA CONSERVAÇÃO DE ROSAS – ESTUDO DE


VIABILIDADE RETROFIT AR-CONDICIONADO E VISA COOLER

Trabalho de conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Graduação em
Engenharia Mecânica do Centro
Universitário Uniritter, como requisito
parcial para obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Mecânica.

Orientador: Prof. Dr. Sergio Luiz Telles Bartex

Porto Alegre
2023
DENER GUIMARÃES DE OLIVEIRA

CÂMARA FRIA PARA CONSERVAÇÃO DE ROSAS –


ESTUDO DE VIABILIDADE RETROFIT AR-
CONDICIONADO E VISA COOLER

Este Trabalho de Conclusão de Curso


foi julgado adequado à obtenção do
título de Bacharel em Engenharia
Mecânica e aprovado em sua forma final
pelo Curso de Engenharia Mecânica do
Centro Universitário Ritter dos Reis.

Porto Alegre, RS, 16 de junho de 2023.

Professor e Orientador Dr. Sergio Luiz Telles Bartex


Centro Universitário Ritter dos Reis
Dedico estre trabalho a senhora Silvana
Guimarães e ao senhor Carlos Ayrton
pelo seu exímio esforço na minha
criação, seu oneroso esforço em
educar-me, e construir o alicerce para a
formação da pessoa que sou hoje.
Agradeço a Deus por essa conquista, e
por ter permitido que estas pessoas tão
importantes estivessem ao meu lado.
RESUMO

O comercio de flores ornamentais é um dos setores que vem crescendo, e


fomentando a economia. Através dele muitas famílias provem o seu sustento,
investindo no varejo de flores. Uma das principais ferramentas para a atividade,
é possuir um equipamento que armazene e refrigere as flores. Os equipamentos
usuais possuem um valor de investimento inicial alto. Assim, esse trabalho visa
desenvolver um protótipo de câmara fria de baixo custo, para aumentar a vida
útil das flores, diminuindo perdas e auxiliando aos comerciantes em fase inicial.
Para atingir o esse objetivo propôs-se realizar o retrofitting de equipamentos
encontrados em centros de reciclagem. Para desenvolver o trabalho utilizou-se
um software para calcular a carga térmica e dimensionar o equipamento. Foi
realizado um projeto assistido por computador para modelar o protótipo.
Desenvolveu-se também a parte elétrica do equipamento realizando a
substituição dos controladores originais por um sistema capaz de ser
programado conforme a necessidade. Para avaliar a bancada utilizou-se dois
testes: um com o equipamento vazio para ver a temperatura que o protótipo
conseguiria atingir, e outro avaliando a efetividade do equipamento em manter
as propriedades das flores. Em ambos os testes ele mostrou um excelente
desempenho, ao atingir a temperatura de 0°C, e conservar as qualidades das
rosas por sete dias. Durante os testes foram feitas comparações entre amostras
que estavam refrigeradas e outras expostas as condições ambientes. Neste teste
o equipamento mostrou um retardo significativo da senescência das flores. O
trabalho mostra que é possível construir o equipamento, e suprir as
necessidades de pequenos comerciantes, com um investimento relativamente
baixo.

Palavras-chave: Refrigeração de rosas; Reaproveitamento; Retrofitting; Carga


térmica; Ar-condicionado; Controlador digital.
ABSTRACT

The trade in ornamental flowers is one of the sectors that has been growing and
boosting the economy. Through it, many families provide their livelihood,
investing in flower retail, this niche requires, in addition to technical and artistic
knowledge, an initial contribution. One of the main tools for the activity is to have
equipment that stores and cools the flowers. The usual equipment has a high
initial investment value. Thus, this work aims to develop a prototype of a low-cost
cold room, to increase the useful life of flowers, reducing losses and helping
traders in the initial phase. To achieve our objective, we propose retrofitting
equipment found in recycling centers, where they are found in the form of
obsolete equipment, or incapable of carrying out storage with high sanitary
requirements. To develop the work, we used software to calculate the thermal
load and dimension the equipment, with the help of a computer-assisted design
system to model the prototype. We also developed the electrical part of the
equipment by replacing the original controllers with a system capable of being
programmed as needed. To evaluate the bench, two tests were used, one with
the equipment empty to see the temperature that the prototype could reach, and
another evaluating the effectiveness of the equipment in maintaining the
properties of the flowers. In both tests it showed excellent performance, reaching
a temperature of 0°C and preserving the qualities of roses for seven days. During
the tests, comparisons were made between samples that were refrigerated and
others exposed to ambient conditions. In this test, the equipment showed a
significant delay in flower senescence. The work shows that it is possible to build
the equipment, and meet the needs of small traders, with a relatively low
investment.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Posição taxonômica da família Rosaceae, principais gêneros. 16


Figura 2 – Fluxograma. 34
Figura 3 - Dados cálculos carga térmica. 37
Figura 4 – Layout. 39
Figura 5 - Principais componentes. 40
Figura 6 - Furação do gabinete. 41
Figura 7 - Evaporadora com a placa. 42
Figura 8 - Placa controladora. 42
Figura 9 - Adaptação da evaporadora. 43
Figura 10 - Capacitor ventilador evaporadora. 43
Figura 11 – Controlador digital. 44
Figura 12- Posição controlador. 44
Figura 13 – Corte dos tubos posição da tubulação. 45
Figura 14 – Processo de Vácuo. 46
Figura 15 – Disjuntor. 46
Figura 16 – Controlador digital. 47
Figura 17 – Esquema controlador. 48
Figura 18 – Esquema elétrico geral. 49
Figura 19- Estimativa da carga térmica bancada experimental. 51
Figura 20 – Desenho 3D. 52
Figura 21 – Carcaça. 53
Figura 22- Bancada finalizada. 54
Figura 23 - Temperatura ambiente teste 1. 55
Figura 24 – Temperatura mínima atingida. 56
Figura 25 – Dia 1 / Imagem 1. 57
Figura 26- Dia 1 / imagem 2. 58
Figura 27- Dia 1 / imagem 3. 59
Figura 28 - Dia 2 / imagem 1. 60
Figura 29 – Dia 2 / imagem 2. 61
Figura 30 – Dia 2 / imagem 3. 62
Figura 31 – Dia 3 / imagem 1. 63
Figura 32 – Dia 3 / Imagem 2. 64
Figura 33 – Dia 4 / imagem 1. 65
Figura 34 – Dia 4 / Imagem 2. 66
Figura 35 – Dia 5 / imagem 1. 67
Figura 36- Dia 5 / imagem 2. 68
Figura 37 Dia 6 / imagem 1. 69
Figura 38 – Dia 6 / Imagem 2. 70
Figura 39 – Dia 7 / imagem 1. 71
Figura 40 – Dia 7 / Imagem 2. 72
LISTA DE TABELAS

Quadro 1 - Principais tipos de rosas 17


Quadro 2 - Principais equipamentos existentes no mercado (continua) 22
Quadro 3 - Materiais usados. 38
Quadro 4 -Ficha de avaliação das rosas. 73
Quadro 5 - Preços equipamentos comerciais. 75
SUMÁRIO

LISTA DE ILUSTRAÇÕES 7

1 INTRODUÇÃO 12

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA 12

1.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA 12

1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA 13

1.3.1 Objetivo geral 13

1.3.2 Objetivos específicos 13

1.4 JUSTIFICATIVA 14

2 REVISÃO DE LITERATURA 15

2.1 CULTIVO E COMERCIALIZAÇÃO 18

2.1.2 Armazenagem e Conservação 19

2.2 RETROFIT 25

2.3 CÂMARA FRIA 26

2.4 CICLO DE REFRIGERAÇÃO 27

2.5 CONTROLE DE TEMPERATURA 28

2.6 3R’S (REPENSAR, REUTILIZAR, RECICLAR) 29

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 33

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 33

3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS 35

3.3 CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA 36

3.4 LISTA DE MATERIAIS 37

3.5 MONTAGEM DO PROTÓTIPO 38

3.6 ESQUEMA DE LIGAÇÃO DO CONTROLE ELÉTRICO 47

3.7 AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DO APARELHO 49

4 RESULTADOS 51
4.1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS 51

4.2 MONTAGEM DA BANCADA 52

4.3 TESTE DE FUNCIONAMENTO 55

4.4 ESTIMATIVA DE CUSTOS DO PROJETO 74

5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS 77

5.1 CONCLUSÕES DO PRESENTE TRABALHO 77

5.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS 78

REFERÊNCIAS 80
12

1 INTRODUÇÃO

Ser um pequeno empresário certamente envolve inúmeros problemas,


limitações, visando contribuir com uma solução para quem decide empreender
no ramo das flores de corte, e possui um capital inicial limitado, este trabalho
visa modelar uma solução para o armazenamento de pequenas quantidades de
flores, dando ênfase para rosas.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Segundo Stoecker e Jabardo (2018) os equipamentos de climatização e


refrigeração industrial compartilham o primórdio de seu funcionamento, que
estão ligados as principais leis da termodinâmica e componentes básicos como:
compressores, ventiladores, tubos e trocadores de calor, são componentes
presentes em ambos os equipamentos.

Conforme explica Costa (2000), o frio tem uma aplicabilidade


diversificada, que vai da construção civil até a conservação de materiais
orgânicos, como frutas, verduras, carnes entre outros, inclusive a conservação
de flores.

Baseando-se nestes conceitos e buscando reduzir os custos envolvidos


na construção de um equipamento para conservar rosas, o presente Trabalho
busca estudar a viabilidade de reaproveitar equipamentos que seriam
descartados,

reaproveitando-os na construção de um equipamento capas de refrigerar


rosas, mantendo as suas qualidades comerciais, por período semelhante aos
equipamentos destinados a este fim.

1.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

Este Trabalho tem como objetivo avaliar a possibilidade de reaproveitar


materiais para construir uma câmara fria, para conservação de rosas, o trabalho
se limitara em modelar o cálculo da carga térmica para refrigerar 120 botões de
13

rosas a 5°C, levando em conta o clima apresentado na cidade de Porto Alegre-


RS, considerando as médias históricas das temperaturas mais altas dos meses
de janeiro, fevereiro e março.

Após o cálculo da carga térmica será avaliada a capacidade de


refrigeração de um ar-condicionado de 12000 BTUs /h, reaproveitado.
Comparando o necessário com o disponível do equipamento, será construído
um protótipo para avaliar a possibilidade de reaproveitar estes equipamentos
para o armazenamento de flores.

1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA

Os objetivos do presente trabalho foram divididos em objetivo geral e


objetivos específicos, os quais são apresentados a seguir.

1.3.1 Objetivo geral

Este trabalho se propõe a estudar a viabilidade de reutilizar um ar-


condicionado de 12000 BTUs/h e um visa cooler, para construir uma câmara fria
para conservação de rosas, visando manter as qualidades para a sua venda no
comercio varejista.

1.3.2 Objetivos específicos

Revisão bibliográfica dos componentes mínimos para construção de uma


câmara fria

Revisão sobre retrofitting de equipamentos de refrigeração

Parametrizar as condições de trabalho que o aparelho será exporto

Levantar as condições de temperatura para conservação das rosas


14

Calcular a carga térmica necessária para refrigerar 120 botões de rosas


em um ambiente com1,5m³

Modelar as adaptações necessárias dos equipamentos

Montar um protótipo para validar o modelo teórico calculado.

Comparar o custo do protótipo com máquinas comerciais semelhantes

1.4 JUSTIFICATIVA

A degradação natural das propriedades estéticas das rosas, após sua


colheita, certamente é um processo que não é desejado, já que culmina na perda
do valor comercial dos produtos.
Uma das principais tecnologias empregadas na conservação das flores
de corte é a refrigeração. Este método consiste em baixar a temperatura dos
produtos e controlar o índice de humidade do ambiente refrigerado, diminuindo
a atividade dos microrganismos e das reações químicas que compõem o
processo de senescência.
As rosas quando submetidas a condições adequadas de armazenamento,
prolongam suas propriedades após sua colheita, mantendo suas qualidades, que
são valorizadas na confecção de arranjos e buquês.
Comercialmente existem diversos dispositivos de refrigeração que
atenderiam as necessidades frigorificas para realizar a conservação, contudo as
necessidades de pequenos comerciantes se diferem das grandes lojas,
principalmente em volume de material armazenado. Geralmente os lojistas de
maior porte contam com câmaras frias comerciais que possuem custos de
manutenção e aquisição elevados.
Visando diminuir esses fatores, o Trabalho propõe o estudo da viabilidade
de reaproveitar equipamento que seriam descartados, buscando os materiais em
centros de coleta de recicláveis, a proposta do estudo é reciclar um visa cooler
e um condicionador de ar residencial, adaptando seus componentes para
construir um ambiente refrigerado para conservar rosas.
15

2 REVISÃO DE LITERATURA

Este capítulo objetiva realizar uma revisão teórica, buscando pontuar as


principais variáveis, exemplificando e situando os principais componentes
envolvidos no projeto, trazendo um embasamento teórico para a evolução do
projeto.

2.1 Caracterização das rosas

As roseiras são arbustos lenhosos, que se apresentam em formas eretas,


reptantes ou trepadeiras conforme Barbosa (2003). A disposição das folhas é
alternada e composta de três a cinco folíolos com bordas serrilhadas. Denomina-
se de rosa de corte, plantas que foram desenvolvidas especialmente para a
colheita de botões florais (rosa em faze de botão).
As espécies desenvolvidas com a finalidade de comercialização de
botões surgiram através do cruzamento genético e das mutações espontâneas,
as matrizes utilizadas para a realização da hibridização, em sua maioria
possuem origens na Ásia e Europa (ROUT et al., 1999). As variantes modernas
possuem ancestrais com mais de 40 milhões de anos, demonstrando a robustez
da carga genética da planta, conforme Barash (1991).
Curiosamente não foram encontradas rosas silvestres ao sul do equador,
assim todas as espécies que foram avistadas, abaixo da linha, são exóticas e
introduzidas pelo homem (HARKNESS, 2003).
A classificação do gênero Rosaceae é complexa e possui divergência
entre os principais autores, segundo Joly (1998) podemos classificar cerca de
100 gêneros e estimar 3 mil espécies difundidas. As rosídeas primitivas segundo
Hoog (2001) podem ser classificadas em 10 principais seções das quais 5 foram
amplamente usadas para a criação das espécies hibridas.
16

As principais classificações são feitas por Hoog (2001), e está simplificada


na figura 1.

Figura 1- Posição taxonômica da família Rosaceae, principais gêneros.

Fonte: Hoog (2001)

O desenvolvimento genético apresentou notáveis resultados no início do


século 20, quando trabalhos desenvolvidos em casas de vegetação obtiveram
novas formas e cores para a floração. Neste momento observou-se o grande
esforço de empresas privadas, investindo fortemente na pesquisa e
desenvolvimento dos novos indivíduos, visto que as rosas de corte trouxeram
um retorno através dos royalties de forma significativa conforme apresentado por
Barbieri e Stumpf (2008).
As rosas são flores mundialmente apreciadas pela sua beleza e perfume.
Com uma ampla variedade de espécies e tipos, as rosas podem apresentar
diferentes formas, cores e tamanhos. Existem cerca de 100 a 150 espécies
selvagens de rosas, que são originárias principalmente da Ásia, Europa e
América do Norte. No entanto, as variedades cultivadas de rosas são inúmeras,
com novas variedades sendo desenvolvidas continuamente por meio de
hibridização e seleção artificial. Algumas das principais categorias de rosas
incluem as Rosas Antigas, Rosas Floribundas, Rosas Grandifloras, Rosas
Trepadeiras, Rosas Miniaturas e Rosas Híbridas de Chá. Cada categoria de
17

rosas tem suas próprias características distintas, como tamanho, forma e cor das
flores, época de floração e resistência a doenças e pragas. A diversidade de
espécies e tipos de rosas é impressionante e oferece muitas opções para os
amantes de jardinagem e paisagismo, bem como para a produção comercial de
flores (WOLLMANN, 2014).
Cada variedade de rosa possui suas próprias características distintas,
incluindo a forma e cor das flores, o tamanho e forma da planta, a época de
floração, entre outras. Alguns dos principais grupos de variedades de rosas
incluem as Rosas Antigas, Rosas Floribundas, Rosas Grandifloras, Rosas
Trepadeiras, Rosas Miniaturas e Rosas Híbridas de Chá (Quadro 1).

Quadro 1 - Principais tipos de rosas

Nome
Tipo de rosa Características
científico

Flores grandes, perfumadas e brancas, com uma única


Rosa Alba Rosa Alba
camada de pétalas.

Rosa Flores grandes, dobradas e em forma de taça, em tons


Rosa Bourbon
Bourboniana de rosa, vermelho ou branco.

Flores grandes, com muitas pétalas em forma de rosa,


Rosa Chá Rosa Sinensis
em tons de rosa claro a vermelho intenso.

Flores pequenas, agrupadas em cachos, com muitas


Rosa Floribunda Rosa Floribunda
cores e formas de pétalas.

Flores grandes, em formato de taça, em tons de rosa,


Rosa Grandiflora Rosa Grandiflora
vermelho ou branco.

Rosa Híbrida de Flores grandes, com muitas pétalas em forma de rosa,


Rosa x hybrid
Chá em tons de rosa claro a vermelho intenso.

Rosa x Flores grandes e perfumadas, em forma de taça, em


Rosa Inglesa
Englishensis tons pastel de rosa, amarelo ou branco.

Rosa Chinensis Flores pequenas, agrupadas em cachos, em muitas


Rosa Miniatura
Mínima cores e formas de pétalas.

Flores pequenas e agrupadas em cachos, que crescem


Rosa Trepadeira Rosa x Multiflora
em videiras e têm uma ampla gama de cores.

Flores grandes, em forma de rosa, em tons de rosa claro


Rosa Rugosa Rosa Rugosa
a roxo, com folhas rígidas e texturizadas.

Fonte: Autor (2023)


18

2.1 CULTIVO E COMERCIALIZAÇÃO

O cultivo e a comercialização de rosas é uma atividade agrícola de grande


importância econômica em todo o mundo. As rosas são cultivadas em larga
escala em países como Colômbia, Equador, Quênia e Holanda, que são os
maiores produtores e exportadores de flores do mundo. O cultivo de rosas pode
ser realizado tanto em campo aberto quanto em estufas, sendo que as estufas
oferecem maior controle sobre as condições ambientais e maior produtividade
(OLIVEIRA, 2007).
Para o cultivo de rosas, é necessário atentar-se para diversos fatores,
como escolha do terreno, preparação do solo, escolha das variedades a serem
cultivadas, irrigação, adubação e controle de pragas e doenças. Além disso, as
rosas são plantas que requerem cuidados especiais, como podas regulares,
proteção contra geadas e o controle da umidade do solo (CAVACHE; LALAMA,
2010).
A comercialização de rosas é feita em todo o mundo, tanto em mercados
locais quanto em mercados internacionais. As rosas são uma das principais
flores vendidas em datas comemorativas, como Dia dos Namorados, Dia das
Mães e Dia dos Pais. Além disso, são utilizadas em arranjos florais, buquês,
decoração de eventos, entre outros usos (OLIVEIRA, 1995).
O mercado de rosas é bastante competitivo e exige dos produtores e
comerciantes uma constante busca por qualidade, inovação e diferenciação.
Alguns dos principais fatores que influenciam a comercialização de rosas são a
qualidade das flores, a variedade de cores e tipos, a durabilidade e a resistência
a doenças e pragas. Além disso, o comercio de rosas envolve também questões
logísticas, como transporte e armazenamento adequados, bem como a adoção
de boas práticas ambientais e sociais, que são cada vez mais valorizadas pelos
consumidores (LANDGRAF; PAIVA, 2009).
19

2.1.2 ARMAZENAGEM E CONSERVAÇÃO

As rosas são flores delicadas que precisam de cuidados especiais para


garantir sua durabilidade e qualidade durante o transporte e armazenagem. Um
dos principais cuidados é manter a temperatura adequada, que geralmente varia
entre 1 e 4 graus Celsius. As rosas também são sensíveis à umidade, por isso é
importante armazená-las em ambientes com boa ventilação e evitar contato
direto do botão com a água. É recomendado manter as flores em caixas com
papel absorvente para evitar danos causados pela umidade.
Almeida et al., (2009) analisou diferentes condições de armazenamento e
conservantes comerciais para prolongar a vida útil das rosas, e os resultados
indicaram que o uso de conservantes comerciais, especialmente o Floral Life
Clear 300 e o composto feito de sacarose e ácido cítrico, pode reduzir
significativamente a taxa de murcha das flores. Além disso, a refrigeração das
flores a 5°C também foi eficaz na redução da murcha das rosas.
Os autores também destacaram a importância de manter a qualidade da
água utilizada para a conservação das rosas, uma vez que a presença de micro-
organismos e a má qualidade da água podem acelerar a perda das qualidades
comerciais das flores. O estudo conclui que o uso de conservantes comerciais,
a refrigeração das flores a 5°C e a manutenção da qualidade da água são
importantes estratégias para reduzir a taxa de senescência das rosas na pós-
colheita (ALMEIDA et al., 2009).
A forma como as rosas são embaladas também é importante para garantir
a conservação da qualidade das flores. Geralmente, as flores são embaladas em
papel celofane e colocadas em caixas com furos para permitir a ventilação e
evitar o acúmulo de umidade e a formação de mofo (OLIVEIRA,2008).
Cordeiro et al. (2011) avaliaram a sensibilidade da rosa ao etileno, gás
produzido naturalmente pelas plantas após a colheita, e que pode afetar a
qualidade das flores durante o transporte e armazenamento e comercialização.
Os resultados do trabalho mostraram que as rosas são altamente sensíveis ao
etileno, que pode acelerar a maturação das flores, abscisão das folhas, pétalas
e sépalas (FINGER et al., 1999).
Os autores também destacaram que o controle rigoroso do etileno durante
o armazenamento e transporte das rosas é importante, visto que armazenadas
20

de forma correta os botões florais duram até 14 dias, mantendo as qualidades


das flores no pós-colheita.
Estratégias como o uso de filtros de carvão ativado e a aplicação de
inibidores de etileno podem ser eficazes para minimizar os efeitos do gás na
qualidade das flores. O estudo conclui que as rosas são altamente sensíveis ao
etileno, e que o controle do gás durante a pós-colheita é importante para manter
a qualidade das flores e evitar a degradação dos botões (CORDEIRO et al.,
2011).
A qualidade da água utilizada na hidratação também é importante para
garantir a longevidade das flores. É recomendado utilizar água limpa e fresca,
que deve ser trocada diariamente para evitar o acúmulo de bactérias. As rosas
podem ser armazenadas em câmaras frias, que são ambientes controlados de
temperatura e umidade que ajudam a preservar a qualidade das flores. As
câmaras frias são comumente utilizadas em floriculturas, empresas de logística
e armazenagem de flores (HENZ et al., 2009).
O período de armazenagem das rosas pode variar dependendo das
condições de conservação e do tipo de rosa. Geralmente, as rosas podem ser
armazenadas por até 10 dias, mas alguns tipos de rosas podem durar mais
tempo. Para garantir a qualidade das rosas durante o armazenamento, é
recomendado manusear as flores com cuidado, evitando danos mecânicos que
possam comprometer a integridade das pétalas e a durabilidade das flores
(SILVA et al., 2006).
A conservação das rosas também envolve a proteção contra pragas e
doenças. É importante manter as flores limpas e higienizadas, evitando o contato
com outros materiais contaminados e utilizando produtos químicos adequados
para prevenir infestações de pragas e doenças. Para garantir a qualidade das
rosas durante o transporte, é importante escolher fornecedores confiáveis e
utilizar embalagens adequadas que protejam as flores durante o trajeto. É
recomendado evitar exposição excessiva ao sol e calor, que podem danificar as
flores (BETTIOL; RAQUEL, 2003).
A conservação adequada das rosas é fundamental para garantir a
satisfação dos clientes e a lucratividade das empresas que trabalham com a
produção e comercialização de flores. Por isso, é importante adotar boas práticas
de armazenagem e conservação, que envolvem desde o cultivo até o transporte
21

e comercialização. Existem diversas técnicas para a conservação pós-colheita


de rosas, incluindo o uso de soluções conservantes, tratamentos térmicos,
refrigeração e atmosfera controlada. Os autores destacam que o uso de soluções
conservantes é uma das técnicas mais comuns, e que soluções que contenham
sacarose, ácido cítrico e ácido benzoico são eficazes para prolongar a vida útil
das rosas (CASSIA FERREIRA; PASSINI, 2014).
Os tratamentos térmicos também podem ser utilizados, sendo que a
imersão das hastes em água quente por alguns segundos é uma técnica que
pode prolongar a vida útil das rosas em até 9 dias. Já a refrigeração é uma
técnica amplamente utilizada na indústria floral, e consiste em armazenar as
rosas em uma temperatura entre 1°C e 3°C, dependendo da espécie. A
refrigeração prolonga a vida útil das rosas de 14 a 20 dias. Por fim, os autores
mencionam que a atmosfera controlada é uma técnica promissora para a
conservação pós-colheita de rosas, embora ainda pouco explorada. A atmosfera
controlada consiste em modificar a concentração de gases na embalagem das
rosas para prolongar a sua vida útil (CASSIA FERREIRA; PASSINI, 2014).
Por sua vez, Almeida et al. (2009), investigaram a eficácia de diferentes
conservantes comerciais na conservação pós-colheita de rosas e a influência
das condições de armazenamento sobre a qualidade das flores. Os autores
observaram que o uso de conservantes comerciais aumentou significativamente
a vida útil das rosas, em comparação com o armazenamento em água destilada.
O conservante Floral Life Clear 300 e o composto feito de sacarose e ácido
cítrico foram os mais eficazes, prolongando a vida útil das rosas em até 12 dias.
Os resultados também indicaram que a refrigeração das rosas a 5°C
aumentou a vida útil das flores em relação ao armazenamento em temperatura
ambiente. No entanto, a refrigeração a 1°C ou 3°C não apresentou diferença
significativa em relação à conservação das rosas. Em geral, o estudo conclui que
o uso de conservantes comerciais, especialmente o Floral Life Clear 300 e o
composto de sacarose e ácido cítrico, pode prolongar significativamente a vida
útil das rosas na pós-colheita. Além disso, a refrigeração a 5°C também é uma
técnica eficaz para conservar a qualidade das flores (ALMEIDA et al., 2009).
Silva (2006) investigou os efeitos de diferentes tratamentos pós-colheita
na qualidade das flores de boca de leão produzidas sob cultivo orgânico. Entre
os resultados obtidos no estudo, foi constatado que a aplicação de solução
22

conservante à base de ácido salicílico foi eficaz para aumentar a vida útil das
flores e reduzir a incidência de murcha das pétalas. Além disso, o tratamento
com a solução conservante também foi capaz de manter a qualidade da cor e do
aspecto das flores por um período maior. Portanto, o estudo conclui que a
aplicação de solução conservante à base de ácido salicílico é uma estratégia
eficaz para aumentar a vida útil das flores de boca de leão produzidas sob cultivo
orgânico e reduzir a incidência de murcha das pétalas.
Fava e Camili, (2014) indicam que condições climáticas favoráveis ao
cultivo influenciam na durabilidade, uma vez que o clima adequado propicia o
desenvolvimento das plantas, e consequentemente o aumento de reservas de
nutrientes que serão utilizados pela haste e botões. Além disso, as cultivares
avaliadas apresentaram diferenças significativas em relação ao número de
folhas, número de inflorescências e massa fresca total.
O estudo também destaca a importância de práticas adequadas de
manejo para garantir a produtividade e qualidade das flores, como o controle de
pragas e doenças, a adubação e a irrigação adequada. Portanto, o estudo
conclui que a região de Acorizal é favorável para o cultivo de Anthurium
andraeanum e que a escolha adequada de cultivares e práticas de manejo são
essenciais para garantir a produtividade e qualidade das flores (FAVA; CAMILI,
2014).
Os principais equipamentos utilizados e disponíveis no mercado para a
armazenagem e comercialização de rosas são apresentados no quadro 2 a
seguir:

Quadro 2 - Principais equipamentos existentes no mercado (continua)

Tipo de Equipamento Função Fonte da Informação

Armazenamento seguro de grandes


Revista Green
Câmaras frias quantidades de flores com temperatura e
Business
umidade controladas

Manter a temperatura ideal para o


Sistemas de
armazenamento de flores em ambientes sem Agrofit
resfriamento
câmaras frias
23

Quadro2 - principais equipamentos existentes no mercado (conclusão)

Tipo de Equipamento Função Fonte da Informação

Controladores de Controlar a umidade do ambiente para


Revista Cultivar
umidade prevenir a proliferação de fungos e bactérias

Gerar ozônio para desinfetar o ambiente e


Geradores de ozônio prevenir o desenvolvimento de fungos e FloraWeb
bactérias

Proteger as flores durante o transporte e


Embalagens especiais Mundo das Flores
armazenamento

Retirar a umidade do ambiente e prevenir


Desumidificadores Agrofit
danos nas pétalas das flores

Seladoras de Vedação adequada das embalagens para


Revista Cultivar
embalagens evitar entrada de ar e umidade

Equipamentos de Limpeza e higienização das flores para Revista Green


higienização eliminar agentes patogênicos Business

Monitoramento das condições de


Medidores de
armazenamento para garantir a qualidade das FloraWeb
temperatura e umidade
flores

Transportadoras Transporte de flores em condições adequadas


Agrofit
refrigeradas de temperatura e umidade

Fonte (Autor, 2023)

O preço médio de uma câmara fria para conservação de rosas pode variar
bastante dependendo do tamanho, capacidade e recursos oferecidos. No
entanto, uma câmara fria básica com capacidade para armazenar cerca de 500
caixas de rosas pode custar em média entre R$ 30.000 a R$ 50.000, enquanto
uma câmara fria de grande porte com capacidade para armazenar mais de 1000
caixas pode custar em média entre R$ 70.000 a R$ 100.000 ou mais. Vale
lembrar que esses valores podem variar de acordo com o fornecedor, região e
outros fatores (ZANELLA, 2006).
As câmaras frias para conservação de rosas são equipamentos
projetados para manter as flores em um ambiente com temperatura e umidade
24

controladas, garantindo a sua durabilidade e qualidade. Algumas características


das câmaras frias incluem:
Controle de temperatura, elas mantêm a temperatura em níveis que
variam entre 0°C e 10°C, dependendo do tipo de flor a ser armazenada. É
importante que a temperatura seja controlada de forma precisa e constante, para
garantir a preservação das flores.
Quanto ao controle de umidade, as câmaras frias também permitem o
controle da umidade do ar, evitando que as flores percam água excessivamente
e que a umidade favoreça a proliferação de fungos e bactérias. Iluminação
adequada: as câmaras frias geralmente possuem uma iluminação especial, que
não emite calor e não danifica as flores (CARDOSO, 2018).
A Ventilação adequada é importante para garantir a circulação do ar
dentro da câmara fria, mantendo a temperatura e a umidade uniformes em todo
o espaço.
As câmaras frias têm diferentes tamanhos e capacidades de
armazenamento, sendo importante escolher o tamanho adequado para a
quantidade de flores a serem armazenadas. Para o funcionamento adequado
das câmaras frias, é necessário contar com equipamentos como compressores,
evaporadores, condensadores e sistemas de controle de temperatura e
umidade. Além disso, é fundamental realizar a manutenção preventiva e
corretiva regularmente, garantindo que os equipamentos estejam funcionando
adequadamente e evitando prejuízos com a perda de flores devido a falhas no
sistema (MENDES, 2014).
As câmaras frias para conservação de rosas são equipamentos que
consomem uma quantidade significativa de energia elétrica devido à
necessidade de manter a temperatura e umidade controladas dentro do
ambiente. Por isso, é importante que esses equipamentos sejam projetados para
serem eficientes em termos energéticos, visando reduzir os custos de consumo
de energia e minimizar o impacto ambiental de seu funcionamento.
Algumas das características de consumo energético e ambientais das
câmaras frias são segundo Rodrigues et al. (2021):
Isolamento térmico: as câmaras frias devem ter um isolamento térmico
eficiente, para evitar a troca de calor entre o ambiente interno e externo. Isso
25

ajuda a reduzir o consumo de energia elétrica, já que o equipamento não


precisará trabalhar tão intensamente para manter a temperatura interna.
Os compressores são os componentes responsáveis por movimentar o
gás refrigerante no sistema e consequentemente refrigerar o ambiente interno
da câmara fria. É importante que esses compressores sejam eficientes em
termos energéticos, para que o consumo de energia elétrica seja reduzido
(MENDES, 2014).
A iluminação dentro da câmara fria deve ser projetada para ser eficiente
em termos energéticos, já que as lâmpadas ficarão acesas por um longo período.
Uma opção é utilizar iluminação LED, que consome menos energia do que outras
opções de lâmpadas (MENDES, 2014).
As câmaras frias podem ser equipadas com sistemas de controle
automático, que ajudam a otimizar o consumo de energia elétrica. Esses
sistemas podem ajustar a temperatura e umidade de forma automática,
dependendo das condições externas e internas do ambiente (MENDES, 2014).
Uso de refrigerantes ecológicos: alguns modelos de câmaras frias podem
utilizar refrigerantes que não agridem o meio ambiente, como os chamados
"refrigerantes ecológicos". Esses refrigerantes são menos prejudiciais ao meio
ambiente do que outros tipos de refrigerantes, como o CFC e o HCFC (TEIXEIRA
et al., 2014).

2.2 RETROFIT

No contexto de máquinas eletrodomésticas ou câmeras, o termo "retrofit"


pode se referir a um processo de atualização ou modernização de equipamentos
mais antigos ou obsoletos. O retrofit pode envolver a substituição ou atualização
de componentes, a incorporação de tecnologias mais recentes, ou a adaptação
do equipamento para novas funcionalidades ou usos (ARDENTE et al., 2011).
Por exemplo, um retrofit de uma máquina de lavar roupa antiga poderia
envolver a instalação de novos controles eletrônicos para melhorar a eficiência
energética, ou a substituição do motor antigo por um mais moderno e silencioso.
Já um retrofit de uma câmera fotográfica antiga poderia envolver a adição de
recursos de conectividade sem fio ou a substituição do obturador antigo por um
26

mais rápido e preciso. Em resumo, o termo "retrofit" pode ter diferentes


aplicações dependendo do contexto em que é utilizado (ARDENTE et al., 2011).

2.3 CÂMARA FRIA

As câmaras frias para conservação de rosas são equipamentos


importantes para a indústria de floricultura, pois permitem manter as flores
frescas por mais tempo, o que é essencial para a comercialização delas. A
seguir, apresento algumas informações sobre as classificações, modelos e
cuidados de projeto isolamento térmico de câmaras frias para conservação de
rosas (SONEGO; BRACKMANN, 1995).
As câmaras frias podem ser classificadas de acordo com a temperatura
de operação, sendo divididas em câmaras de refrigeração e câmaras de
congelamento. As câmaras de refrigeração são utilizadas para manter as rosas
em temperaturas mais baixas do que a temperatura ambiente, geralmente entre
0°C e 10°C. Já as câmaras de congelamento são utilizadas para manter em
temperaturas abaixo de 0°C (SONEGO; BRACKMANN, 1995).
Os modelos de câmaras frias para conservação de rosas variam de
acordo com a capacidade de armazenamento e com as necessidades
específicas de cada empresa. As câmaras podem ser fabricadas sob medida
para atender às necessidades do cliente, ou podem ser adquiridas prontas, com
capacidades que variam de algumas centenas a milhares de unidades de rosa
(ALMEIDA et al., 2007).
Ao projetar uma câmara fria, é importante considerar vários fatores para
garantir sua eficiência e eficácia. Isolamento térmico adequado é crucial para
garantir que a temperatura interna seja mantida de maneira consistente e evitar
perdas de energia. O material isolante mais comum é o poliuretano, que é
resistente à umidade e oferece alta eficiência térmica. Além disso, é importante
considerar a capacidade de ventilação, a localização da câmara, o sistema de
refrigeração e a monitorização da temperatura, que deve ser feita continuamente
para garantir que as rosas estejam sempre armazenadas na temperatura ideal
(ALMEIDA et al., 2007).
27

Estes equipamentos para conservação de rosas são equipamentos


importantes para a indústria de floricultura, pois permitem manter as flores
frescas por mais tempo. As classificações, modelos e cuidados de projeto e
isolamento térmico variam de acordo com as necessidades de cada empresa,
mas é importante considerar a eficiência térmica, capacidade de ventilação,
localização, sistema de refrigeração e monitorização da temperatura para
garantir a eficácia da câmara (LANGE, 2010).

2.4 CICLO DE REFRIGERAÇÃO

O ciclo de refrigeração é o processo termodinâmico pelo qual um sistema


de refrigeração remove o calor de um espaço fechado, mantendo-o em uma
temperatura mais baixa do que a temperatura ambiente. Segundo Nascimento
(2022), os principais componentes do ciclo de refrigeração incluem:
Compressor:
O compressor é responsável por comprimir o refrigerante gasoso em alta
pressão, aumentando a sua temperatura.
Condensador:
O condensador é responsável por remover o calor do refrigerante
pressurizado, fazendo-o passar por um conjunto de tubos e dissipando o calor
para o ambiente externo.
Válvula de expansão:
A válvula de expansão é responsável por reduzir a pressão do refrigerante
líquido, fazendo com que ele evapore e absorva o calor do espaço refrigerado.
Evaporador:
O evaporador é responsável por absorver o calor do espaço refrigerado,
fazendo com que o refrigerante líquido se evapore novamente.
Refrigerante:
O refrigerante é uma substância utilizada para remover e transferir o calor
de um ambiente refrigerado. Os refrigerantes mais comuns usados em sistemas
de refrigeração incluem o R-22, o R-134a e o R-410A.
Durante o ciclo de refrigeração, o refrigerante passa por esses
componentes em um circuito fechado, sendo comprimido, condensado,
expandido e evaporado sucessivamente, transferindo o calor do ambiente
28

refrigerado para o ambiente externo. O ciclo é contínuo, mantendo o ambiente


refrigerado a uma temperatura mais baixa do que a temperatura ambiente
enquanto o sistema estiver ligado e em funcionamento (POGLIA, 2013).

2.5 CONTROLE DE TEMPERATURA

O controle de temperatura em câmaras frias para rosas é essencial para


garantir que as flores sejam armazenadas na temperatura ideal e, assim,
prolongar a sua vida útil. Existem várias tecnologias disponíveis para controlar a
temperatura em câmaras frias, como termopares, relés, CLPs (controle lógico
programável) e atuadores (OLIVEIRA; SANTOS, 2015).
Os termopares são sensores que medem a temperatura no interior da
câmara e enviam essa informação para um controlador. Os controladores, por
sua vez, podem usar essa informação para ativar ou desativar o sistema de
refrigeração, ajustando a temperatura da câmara para a faixa de temperatura
desejada (CUNHA, 2018).
Os relés são dispositivos elétricos que permitem que o controlador ligue
ou desligue o sistema de refrigeração. Eles são utilizados para controlar o
funcionamento do compressor e do ventilador, por exemplo, que são os
principais componentes responsáveis por manter a temperatura da câmara
(CUNHA, 2018).
Os atuadores, por sua vez, são dispositivos mecânicos que podem ser
utilizados para abrir ou fechar as portas da câmara ou ajustar as comportas de
ventilação, permitindo que o ar frio circule adequadamente e mantendo a
temperatura da câmara mais uniforme (CALDIRA et al., 2018).
Os CLPs (Controladores Lógicos Programáveis) são dispositivos
eletrônicos que permitem a automação e o controle mais preciso da câmara fria.
Eles são programáveis e podem ser configurados para controlar vários aspectos
da câmara, como temperatura, umidade, iluminação e tempo de operação do
compressor. Além desses componentes, é importante garantir que a câmara fria
esteja adequadamente isolada termicamente para evitar perdas de energia e
variações de temperatura. O isolamento pode ser feito com materiais como
poliuretano ou lã de vidro, por exemplo (CALDEIRA et al., 2018).
29

Nas câmaras frias para rosas é essencial para garantir que as flores sejam
armazenadas na temperatura ideal e prolongar sua vida útil. Os termopares,
relés, atuadores e CLPs são algumas das tecnologias disponíveis para esse
controle, e é importante garantir que a câmara esteja adequadamente isolada
para minimizar perdas de energia e variações de temperatura (FERREIRA,
2013).

2.6 3R’s (Repensar, Reutilizar, Reciclar)

Os 3R's (Repensar, Reutilizar, Reciclar) são uma abordagem para reduzir


o impacto ambiental causado pelos resíduos gerados pela sociedade. O conceito
enfatiza a importância de adotar práticas sustentáveis em relação ao
gerenciamento de resíduos, visando a redução da quantidade de lixo produzido
e o reaproveitamento de materiais.
Richter (2014) modela os significados dos 3R’s como; Primeiro R,
repensar, significa repensar nossos hábitos de consumo e produção, para que
possamos evitar a geração de resíduos desnecessários. Isso envolve a
conscientização sobre os impactos ambientais e sociais do consumo excessivo
e o incentivo à mudança de comportamento.
O segundo R, reutilizar, envolve a busca de alternativas para reutilizar
materiais que seriam descartados como lixo. Por exemplo, podemos reutilizar
sacolas plásticas em vez de descartá-las após o primeiro uso, ou podemos doar
roupas usadas para instituições de caridade, em vez de jogá-las fora.
O terceiro R, reciclar, é a prática de transformar materiais que seriam
descartados em novos produtos. A reciclagem ajuda a reduzir a quantidade de
resíduos enviados para aterros sanitários e a poupar recursos naturais, pois o
processo de reciclagem geralmente usa menos energia e recursos do que a
produção de novos materiais.
Os 3R's são uma abordagem simples e eficaz para promover práticas
sustentáveis de gerenciamento de resíduos. Ao incorporar esses princípios em
nossas vidas cotidianas, podemos contribuir para um futuro mais sustentável e
saudável para o planeta e para nós mesmos (CÂNDIDO, 2008).
Cândido (2008) demonstra que, além de serem importantes para a
preservação ambiental, as práticas sustentáveis também trazem benefícios
30

econômicos e sociais. A reutilização e a reciclagem de materiais, por exemplo,


podem gerar empregos e renda para a população, além de contribuir para a
redução dos custos de produção. É importante destacar que a aplicação do
ecodesign pode ser uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento de produtos
sustentáveis, que levem em consideração o ciclo de vida do material desde sua
produção até o descarte. A partir dessa perspectiva, podemos repensar a forma
como consumimos e nos relacionamos com os materiais, buscando minimizar os
impactos negativos que geramos sobre o meio ambiente e contribuindo para um
futuro mais sustentável.
O termo Eco Friendly vem do inglês e significa "amigável ao meio
ambiente”. É um termo utilizado para descrever produtos, serviços e práticas que
são projetados para minimizar o impacto negativo no meio ambiente. Ser eco-
friendly é uma atitude importante nos dias de hoje, já que a preocupação com o
meio ambiente tem se tornado cada vez mais evidente. O objetivo é criar um
equilíbrio entre as necessidades humanas e a preservação do meio ambiente,
promovendo a sustentabilidade (RODRIGUES, 2022).
Para ser considerado eco-friendly, um produto ou serviço precisa ter sido
criado com uma abordagem de sustentabilidade ambiental, ou seja, deve ser
feito com materiais reciclados, biodegradáveis ou com uso mínimo de recursos
naturais. Além disso, é importante que o processo de produção seja realizado de
forma sustentável, com o mínimo de desperdício e de impacto ambiental
(RODRIGUES, 2022).
O uso de produtos eco-friendly pode ajudar a reduzir a pegada de
carbono, ou seja, a quantidade de dióxido de carbono emitida na atmosfera.
Além disso, o uso de produtos eco-friendly também pode ajudar a economizar
recursos naturais, como água e energia, e reduzir a quantidade de resíduos
produzidos (MARTINS, 2009).
O conceito de eco-friendly tem uma forte relação com os 3Rs - repensar,
reutilizar e reciclar - pois se baseia na ideia de adotar práticas que visam reduzir
o impacto ambiental e promover a sustentabilidade. A ideia é buscar soluções
mais conscientes e responsáveis para o consumo de recursos naturais e para o
descarte de resíduos, levando em consideração o ciclo de vida dos produtos
(MARTINS, 2009).
31

Ao repensar, questionamos a nossa forma de consumir e buscamos


alternativas mais sustentáveis. Isso pode envolver a escolha de produtos
ecologicamente corretos e a adoção de práticas que visam reduzir o consumo
de recursos naturais. A reutilização também é um ponto importante, pois permite
dar uma segunda vida aos produtos e materiais, evitando o descarte
desnecessário. É possível reutilizar desde objetos simples, como embalagens,
até móveis e equipamentos eletrônicos (SANTOS, 2019).
A reciclagem, por sua vez, é uma forma de transformar resíduos em novos
produtos, evitando o acúmulo de lixo e a degradação ambiental. É importante
lembrar que a reciclagem é apenas um dos passos, e que o ideal é que a
produção de lixo seja reduzida ao máximo possível. Ao adotarmos práticas eco-
friendly e os 3Rs, estamos contribuindo para a preservação do meio ambiente,
a redução do desperdício e para um futuro mais sustentável (SANTOS, 2019).
Em síntese, o eco-friendly é um conceito que está diretamente
relacionado aos 3Rs, pois ambos buscam soluções mais sustentáveis e
responsáveis para o consumo de recursos naturais e para o descarte de
resíduos. Ao adotarmos práticas eco-friendly e os 3Rs, estamos contribuindo
para a preservação do meio ambiente, a redução do desperdício e para um futuro
mais sustentável. É importante que a sociedade como um todo adote essas
práticas e se conscientize sobre a importância da sustentabilidade para as
gerações futuras (GEHRKE, 2019).
Ceccato (2021) sobre a sustentabilidade empresarial na indústria de
eletrodomésticos, podemos concluir que a busca por práticas mais sustentáveis
nesse setor está cada vez mais presente. O mapeamento de patentes realizado
na pesquisa mostra que há diversas inovações tecnológicas em andamento, com
o objetivo de minimizar o impacto ambiental dos produtos fabricados. A análise
dos dados coletados também permitiu concluir que as empresas do setor estão
cada vez mais preocupadas em oferecer produtos que sejam mais eficientes do
ponto de vista energético e com menor impacto ambiental em todo o seu ciclo
de vida. Além disso, a pesquisa destaca que a sustentabilidade empresarial pode
trazer benefícios tanto para o meio ambiente como para a própria empresa, que
pode reduzir custos e aumentar sua competitividade ao adotar práticas mais
sustentáveis.
32

A pesquisa de Ceccato (2021) nos mostra que o tema da sustentabilidade


empresarial é extremamente relevante e está em constante evolução. É
importante que as empresas continuem investindo em tecnologias e práticas
sustentáveis, contribuindo para a construção de um futuro mais justo e
equilibrado para as próximas gerações.
33

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Neste capítulo são descritas as metodologias utilizadas para a coleta de


dados deste trabalho de conclusão de curso, incluindo a caracterização da
pesquisa, bem como sua delimitação. Também serão abordadas as técnicas
para coletar os dados e os instrumentos que serão utilizados para medi-los.
Encerra-se o capítulo elencando as variáveis que serão observadas para a
execução do Trabalho.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

O Trabalho foi realizado na cidade de Porto Alegre-RS, durante os meses


de maio e junho de 2023, com a finalidade de testar a possibilidade de construir
um equipamento de baixo custo, utilizado no armazenamento e refrigeração de
rosas.
O desenvolvimento se dá através de uma pesquisa exploratória de
campo, que avalia a possibilidade de reutilizar equipamentos, que seriam
substituídos. A pesquisa consiste em avaliar o desempenho de um protótipo,
construído com elementos comprados de segunda mão, usados, comparando o
custo-benefício com equipamentos comerciais usuais.

O principal objetivo é a construção de um modelo de baixo custo, que


atenda às necessidades de refrigeração para botões de rosas, o modelo
proposto foi idealizado a partir de uma carcaça de expositor refrigerado,
encontrada em um centro de reciclagem.

Partindo desse equipamento construiu-se uma linha de raciocínio, que


levou em conta o custo do equipamento, seu potencial de reutilização, como
volume útil, durabilidade, custo de adaptação e custo de manutenção.
Para construir o modelo inutilizou-se uma carcaça de expositor
refrigerado, com aproximadamente 1736 litros de volume útil (dimensões
internas 0,8x1,73x1,25m), construída de chapas galvanizadas com material
isolante entre elas, possuindo duas portas de vidro duplo com isolamento
térmico, um condicionador de ambientes York convencional, modelo YJJA12FS-
34

ADK, 220 volts quente e frio, com evaporador do tipo Hi-wall, um controlador
digital Full Gauge, que suporta cargas de até 2hp, modelo Mt512e, Bivolt.
O raciocínio que levou a criação dessa solução foi exemplificado conforme
a Figura 2, fluxograma.

Figura 2 – Fluxograma.

Fonte: Autor (2023)

O teste de funcionalidade do equipamento utilizará 20 botões de rosas


hibridas, nome comercial Vega, de coloração vermelha, utilizada na confecção
de arranjos. O teste de funcionalidade será validado com a comparação entre 10
botões de rosa submetidos ao equipamento e 10 sofrendo as variações de do
ambiente.
Avaliando após o teste os principais sintomas de senescência das rosas,
como: descoloração, murchamento, firmeza das pétalas e deformação do
pedúnculo.
35

3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS.

Os dados do experimento serão coletados através da montagem de um


protótipo, possuindo um controlador digital capaz de calcular a temperatura
atingida pelo equipamento.
A temperatura é calculada pela variação da resistência do termopar,
localizado na área de armazenamento, após coletar as informações do termopar,
o controlador compila as informações e exibe a temperatura no mostrador digital.
A comparação das rosas será feria através de uma inspeção visual do
estado das flores, levando em conta os seguintes aspectos: coloração,
murchamento das pétalas e deformação do pedúnculo.
Cada vetor receberá uma nota de 0 a 10 onde: 0 se refere um estado ruim
da variável, 5 mediano, 10 ótimo. Ao final sendo realizada um somatório geral
das notas, seguido da média aritmética dos valores para comparar os benefícios.
Os dados utilizados na comparação de preços, foram obtidos através de
um levantamento feito utilizando a internet, onde levantou-se dados de
equipamentos com características semelhantes às do protótipo, levando em
conta principalmente o volume útil de armazenamento.
Finalizando o trabalho será feita a comparação do custo de construção do
projeto, que reutilizou componentes, com equipamentos equivalentes no
mercado, e a comparação das duas amostras de rosas.
A experiencia conta com a avaliação de 20 botões de rosas Vega,
vermelhas, de caule curto, adquiridas de um distribuidor local, que serão tratadas
com água do sistema de distribuição domiciliar do DEMAE (departamento
municipal de água e esgotos de Porto Alegre-RS), as rosas estarão
acondicionadas em um recipiente plástico, com orifícios para a circulação de ar,
contendo 2 litros de água, que será substituída a cada 2 dias.
A qualidade das rosas se dará através da comparação de cor das pétalas,
firmeza em relação ao caule e posição do botão em relação a haste. Quanto
mais firme, mais vivida a cor melhor estado estará.
36

3.3 CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA

O equipamento de refrigeração será configurado para atingir a


temperatura mínima de 5°C e máxima de 9°C, no compartimento de
armazenamento, também se levou em conta a temperatura de 40 graus celsius
onde estará localizada a câmara e o condensador, esta variável estima uma
condição severa de trabalho.
Esta condição foi escolhida visto que,” Nos últimos 100 anos, Porto Alegre
ficou mais quente” (METSUL, 2023, online), essa condição de aumento de
temperatura foi levada em conta para modelar um equipamento robusto que não
sofra com temperaturas elevadas.
A maior temperatura máxima em Porto Alegre ocorreu no primeiro dia
do ano de 1943 em meio a uma forte seca e em um janeiro que foi
escaldante no Rio Grande do Sul com recordes que somente seriam
superados em 2022. Fez 40,7ºC em 1º/1/1943 (recorde absoluto e de
janeiro); 40,6ºC em 6/2/2014 (recorde de fevereiro); 40,4ºC em
17/2/1929; 40,3ºC em 14/2/1958, 31/12/2019 e 16/1/2022; 40,0ºC em
2/1/1949; 39,9ºC em 5/2/2014, e 39,8ºC em 25/12/2012 (recorde de
dezembro) e em 7/2/2014. (METSUL, 2023, online).

O cálculo leva em conta variáveis como troca de calor das paredes, calor
gerado pela iluminação, pelos equipamentos internos a câmara, entre outros
fatores que possam interferir no desempenho do sistema.
O cálculo de carga térmica foi realizado através do software Coolselector
2, disponibilizado gratuitamente pela empresa Danfoss. A funcionalidade do
software é realizar o cálculo da carga térmica, e trazer um pré-dimensionamento
dos principais componentes, baseado na gama de produtos da empresa. No
Trabalho só utilizamos a parte que calcula a potência mínima para refrigerar
determinado volume. A Figura 3 demonstra as variáveis usadas.
Depois de compilados os dados o software, obteve-se uma estimativa de
potência, para refrigerar o volume sob as condições estipuladas do
compartimento refrigerado.
37

As variáveis utilizadas para realizar a estimativa de carga térmica estão


expostas na figura 3.

Figura 3 - Dados cálculos carga térmica.

Fonte: Autor (2023)

3.4 LISTA DE MATERIAIS

A idealização do modelo começou com a aquisição da carcaça do


equipamento de refrigeração, após foi montado um modelo em 3 dimensões,
através de um software CAD (programa de desenho auxiliados por computador),
onde se desenvolveu o layout do modelo, e levantou-se os principais materiais
a serem usados, como cabos, tubulações, posições dos equipamentos. Através
desse modelo construímos o Quadro 3, lista de Materiais usados.
38

Quadro 3 - Materiais usados.

Materiais usados Quantidade Valor

Visa cooler / Expositor de alimentos refrigerados 1 unidade R$ 400,00

Ar-condicionado split York convencional modelo YJJA12FS-ADK 1 unidade R$ 350,00

Controlador digital Full Gauge MT-512e / com termopar 1 unidade R$ 140,00

Suporte universal para evaporadora 1 unidade R$ 70,00

Tubulação de cobre 3/4 in parede 1/32 in 1,5 m R$ 92,50

Tubulação de cobre 1/4 in parede 1/32 in 1,5 m R$ 27,90

Tubo isolante 3/4 in 1,5 m R$ 6,85

Tubo isolante 1/4 in 1,5 m R$ 6,85

Cabo PP 4 vias 1,5mm 3m R$ 23,90

Fita isolante 1 un R$ 8,90

Parafusos 6mm auto atarraxante 8 unidades R$ 2,00

Botija gás refrigerante R22 1 unidade R$ 105,85

Disjuntor bipolar 16a 1 unidade R$ 22,90

Caixa proteção disjuntor bipolar 1 unidade R$ 14,90

total R$ 1272,55

Fonte: Autor (2023)

3.5 MONTAGEM DO PROTÓTIPO

O desenvolvimento do modelo partiu da aquisição de uma carcaça de visa


cooler, após ser avaliada a integridade estrutural do equipamento, modelou-se
as possíveis adaptações, visto que o equipamento não contava com os
elementos mecânicos de refrigeração.
Como o projeto visa construir um modelo de baixo custo, utilizou-se um
software CAD (sistema de desenho assistido por computador) para construir um
modelo em 3D (3 dimensões), ajudando na visualização do layout do
equipamento.
39

Tal artificio possibilitou otimizar a posição e componentes que seriam


adaptados ao modelo, como comprimento de tubulação de cobre, disposição dos
cabos elétricos, posição do condensador e evaporador, ajudando assim a reduzir
custos, o modelo de layout desenvolvido pode ser observado na figura 4 - Layout.

Figura 4 – Layout.

Fonte: Autor (2023).


40

Considerados como principais componente foram as duas unidades que


compõem o ar-condicionado, condensadora e evaporadora, e a carcaça do visa
cooler, foram eles que regeram as adaptações, a figura 5 mostra os principais
componentes.
Figura 5 - Principais componentes.

Fonte: Autor (2023)

Finalizado a fase de pré-montagem iniciou-se as adaptações, como


furação do gabinete refrigerado para transfixação dos tubos e cabos elétricos,
este procedimento utilizou uma furadeira elétrica com uma broca 8mm Hss
(broca para furar metais), para realizar 10 furos sobre uma circunferência base,
e formar um orifício maior.
41

O processo teve um nível de dificuldade baixo, visto que as chapas que


formam a carcaça não possuem uma grande espessura, tal procedimento fica
exposto na figura 6 – Furação do gabinete.

Figura 6 - Furação do gabinete.

Fonte: Autor (2023)

O terceiro passo na construção foi a avaliação dos componentes


essenciais para o funcionamento do protótipo, os sistemas eletrônicos originais
42

do ar-condicionado foram retirados, visto que não possibilitavam o controle de


temperatura até o ponto desejado, 5 graus.
A placa que comanda o equipamento fica localizada na unidade
evaporadora, que foi desmontada para que pudesse ser feita a retirada do
componente. O procedimento fica exemplificado nas figuras 7, 8 e 9.

Figura 7 - Evaporadora com a placa.

Fonte: Autor (2023)

Figura 8 - Placa controladora.

Fonte: Autor (2023)


43

Para a fixar o motor do ventilador da evaporadora, manteve-se o suporte


da placa de comandos, deixando expostos os cabos de alimentação do motor,
para a posterior ligação com o controlador digital.
A parte interna evaporadora ficou conforme a figura 9, onde restou a
serpentina, ventilador e a carcaça plástica.

Figura 9 - Adaptação da evaporadora.

Fonte :Autor (2023)

Outra modificação que precisou ser feita foi a retirada do capacitor


responsável por dar partida no motor do ventilador da evaporadora, este
componente estava soldado na placa de comandos ele foi removido e soldado
no cabo do motor, conforme o esquema de ligação original do motor.

Figura 10 - Capacitor ventilador evaporadora.

Fonte: autor (2023)


44

O controlador digital já possuía um slot, local para ser colocado, no visa


cooler, ele ficou posicionado na parte superior esquerda, local que contribui para
a acessibilidade e visualização do equipamento, o controlador fica exposto na
figura 11 e seu posicionamento na figura 12.

Figura 11 – Controlador digital.

Fonte: Autor (2023)

Figura 12- Posição controlador.

Fonte: Autor (2023)


Para adaptar a unidade condensadora foi necessário apenas desligar a
válvula de reversão, componente responsável por fazer o ciclo quente ou frio,
45

como o equipamento visa refrigerar desligamos o componente, que ficará


somente no ciclo frio.
A ligação dos outros componentes, como compressor ventilador da
condensadora e circuitos de proteção do compressor ficaram conforme o modelo
original.
Definidas as posições e adaptações dos componentes, realizou-se a
fixação de todos os elementos do projeto, onde a evaporadora e condensadora
foram fixadas com parafusos auto atarraxante de 6mm, nas fixações originais do
ar-condicionado, e o controlador alocado no slot.
Começamos a modelar as tubulações, realizar os flanges, aplicar os tubos
isolantes nos tubos de cobre e conectar as unidades.
As unidades são conectadas por tubulações de cobre que conduzem o
gás refrigerante de uma unidade para outra. O processo de montagem das
tubulações está registrado na figura 13.

Figura 13 – Corte dos tubos posição da tubulação.

Fonte: Autor (2023)

Com a finalização do processo de conexão damos início a produção de


vácuo nas tubulações, este processo garante a longevidade do equipamento,
visto que realiza a retirada de ar e humidade interna da tubulação, que contamina
o fluido refrigerante e o óleo lubrificante do motor, isso acarreta a perda das
propriedades originais dos fluidos. Eliminando a humidade contribuímos para o
funcionamento correto do equipamento.
46

O processo de vácuo utiliza uma bomba de vácuo e um manifold, para


bloquear o retorno do ar a tubulação, após a bomba retirá-lo, o processo foi
relativamente rápido, devido as tubulações serem pequenas. A figura 14 mostra
o processo.

Figura 14 – Processo de Vácuo.

Fonte: Autor (2023)

Para concluir a fase de montagem foram realizadas as ligações elétricas,


onde foi instalado um disjuntor bipolar de 16a, visto que o equipamento utiliza a
rede de 220v, para proteção dos equipamentos. O disjuntor ficou localizado na
lateral esquerda. A saída do disjuntor alimenta o controlador, que por sua vez
realiza o acionamento dos componentes elétricos do equipamento. A figura 15
mostra o componente instalado.

Figura 15 – Disjuntor.

Fonte: Autor (2023)


47

3.6 ESQUEMA DE LIGAÇÃO DO CONTROLE ELÉTRICO

Como citado anteriormente o controle do equipamento será feito por um


controlador digital. O modelo escolhido foi o MT-512E da Full Gauge, este
componente permite controlar equipamentos com carga de até 2Hp, ou
aproximadamente 1470 watts.
A sua capacidade de controlar uma potência razoável, facilidade de
acompanhar a temperatura, seu diagrama de ligação simples, junto com o custo
relativamente baixo o tronou a opção ideal para o projeto. A figura 16 ilustra o
equipamento, que já vem com o sensor de temperatura NTC.

Figura 16 – Controlador digital.

Fonte: Autor (2023)

As conexões do protótipo seguiram o diagrama elétrico do controlador, o


equipamento controla a temperatura por parada do compressor, ou seja, toda
vez que a temperatura desejada é atingida o compressor desliga, e quando a
temperatura atinge certo ponto ele liga novamente.
Para economizar energia o ventilador da evaporadora foi ligado junto com
o sistema de controle de temperatura, ele só será ativado quando o compressor
estiver funcionando.
48

A figura 17 demonstra o esquema elétrico do controlador, que possui


conexões numeradas para facilitar a ligação.

Figura 17 – Esquema controlador.

Fonte: Full Gauge, 2023

As entradas 1 e 2 servem para alimentar e receber informações do sensor


de temperatura, que fica dentro do ambiente refrigerado. Os terminais 9 e 11
energizam o controlador com 220 volts. Já os terminais 15 e 16 fazem o serviço
de chave de acionamento, através de um relé interno ao controlador.
O desenvolvimento do esquema elétrico partiu da funcionalidade do
controlador, que ditou as ligações possíveis. O esquema energiza o controlador,
e as duas unidades, que posteriormente partilham o cabo da saída 15, que faz o
acionamento das unidades.
49

O esquema utilizado para interligar os componentes está descrito na


figura 18 – Esquema elétrico geral.

Figura 18 – Esquema elétrico geral.

Fonte: Autor (2023)

3.7 AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DO APARELHO

Visando mensurar o desempenho do equipamento, programamos a


temperatura de 0°C no controlador para testar o desempenho do modelo. Esta
temperatura é inferior a temperatura desejada, assim sendo atingida
demonstraria que o sistema funciona com perfeição, e que ele irá suprir as
diretrizes do projeto.
Elaborou-se um teste com botões de rosas para avaliar os benefícios da
utilização do equipamento, comparando com botões expostos as condições
ambientes, o teste visa quantificar a durabilidade das qualidades das rosas.
As qualidades serão avaliadas da seguinte forma através de inspeção
visual dos botões, com o preenchimento do quadro 4, Ficha de avaliação das
rosas, onde será atribuído um valor de zero a dez, onde 0 significa que foi perdida
a qualidade original e 10 manteve a qualidade original.
50

Para poder mesurar e comparar as duas amostras utilizamos um modelo


de inspeção visual que visa comparar as amostras durante 7 dias, a avaliação
seguirá o preenchimento do quadro 4.

Quadro 4 – Ficha de avaliação das rosas.

Dia Condição Coloração Deformação Firmeza Murchamento Somatória das


pedúnculo notas do dia
Refrigerado
1
Ambiente

Refrigerado
2
Ambiente

Refrigerado
3
Ambiente

Refrigerado
4
Ambiente

Refrigerado
5
Ambiente

Refrigerado
6
Ambiente

Refrigerado
7
Ambiente
Fonte: (Autor, 2023)
51

4 RESULTADOS

Este capítulo condensa todas as informações e resultados do


experimento. Visando mostrar a efetividade do projeto, apresentando os dados
construídos durante a pesquisa.

4.1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Após a utilização do software da Danfoss, como citado no capítulo 3.3,


utilizando os dados expostos na figura 3, foi calculada a carga térmica necessária
para refrigerar a bancada experimental.
Como resultados o software apresentou os dados apresentados na figura
19, Estimativa da carga térmica bancada experimental.

Figura 19- Estimativa da carga térmica bancada experimental.

Fonte: Autor (2023)


52

Pode-se notar na Figura 19 que a carga térmica foi de 2652 BTU/h.


Analisando esse resultado, fica evidente que o ar-condicionado selecionado
atende ao mínimo exigido pela bancada, pois um aparelho de 12.000 BTU/h está
acima do mínimo necessário, assim construímos um equipamento com potência
suficiente para o projeto, e com uma excelente sobra de máquina.

4.2 MONTAGEM DA BANCADA

Após o estudo dos conceitos fundamentais de equipamentos para a


refrigeração, surgiu a ideia de montar um equipamento relativamente barato,
elencando os elementos primordiais para o funcionamento da bancada, apartir
deste estudo foi feita a proposta de reaproveitar elementos comuns.
A montagem da bancada segui o projeto de layout, praticamente não ouve
imprevistos durante a execução. As imagens do antes e depois do projeto
finalizado estão explícitas nas figurar a seguir.
Como citado anteriormente o primeiro passo foi o desenho no software
CAD, que resultou na figura 20, que mostra uma vista frontal do projeto,
mostrando a idealização do projeto, utilizando a perspectiva do CAD.

Figura 20 – Desenho 3D.

Fonte: Autor (2023)


53

As condições iniciais da carcaça estão exemplificadas na figura 21, que


demonstra a partida do projeto, aquisição da carcaça, embora a carcaça
demonstrasse alguns sinais de oxidação na parte interna, a deterioração era
superficial, e pode ser reparada aplicando uma camada de convertedor de
ferrugem. Após a aplicação e cura do produto aplicou-se uma camada de tinta
branca para dar acabamento.

Figura 21 – Carcaça.

Fonte: Autor (2023)


54

Na figura 22, conseguimos visualizar o projeto concluído, em


funcionamento, realizando a fase de teste de efetividade, onde foi submetido a
refrigerar uma amostra de 10 botões de rosas.

Figura 22- Bancada finalizada.

Fonte: Autor (2023)


55

A montagem do equipamento foi relativamente fácil, não ouve grande


discrepância com o que havia sido projetado, tornando o processo bem definido
e organizado. Com isso percebemos que a parte de montagem é um processo
relativamente simples, desde que bem-organizado, e poderia ser aplicado sem
grandes complicações em uma linha produtiva.

4.3 TESTE DE FUNCIONAMENTO

O teste de funcionamentos foi dividido em duas etapas uma que buscava


avaliar a funcionalidade do equipamento, como a temperatura mínima que ele
consegue atingir, e outro avaliando a efetividade em armazenar rosas.
A primeira etapa consistiu em colocar o equipamento em funcionamento
e setar uma temperatura inferior a temperatura desejada, de 5 °C, inicialmente
colocamos como objetivo a temperatura de 4°C que foi atingida sem esforço com
o equipamento vazio, a fim de elevar o teste, a temperatura foi reduzia a 0°C, o
equipamento levou cerca de 8 minutos para baixar a temperatura do
compartimento refrigerado de 21,2°C para 0°C, com o compartimento vazio, as
temperaturas foram registradas pelo controlador do equipamento, conforme
figura 23 e 24.
Figura 23 - Temperatura ambiente teste 1.

Fonte: Autor (2023)


56

O equipamento atingindo a temperatura de 0°C torna possível


congelamento das rosas, sendo inferior a temperatura de armazenamento
conclui-se que o equipamento tem condições para armazenamento.
A temperatura foi atingida com êxito, e relativamente rápido, acreditamos
que é possível atingir temperaturas negativas com a bancada, mas como o
propósito é refrigerar e não congelar paramos nesse ponto, como exemplifica a
figura 24.

Figura 24 – Temperatura mínima atingida.

Fonte: Autor (2023)

A segunda faze de testes busca comparara rosas armazenadas no


equipamento com outra amostra exposta as condições ambientes. Para realizar
o teste submetemos 10 botões ao protótipo e 10 em condições ambientes,
durante 7 dias de avaliação, sendo preenchida uma ficha de avaliação, a ficha
busca comparar alguns parâmetros visuais das plantas.
57

As condições do primeiro dia de avaliação as rosas apresentavam o


máximo de suas qualidades, a temperatura do local era de 22,8°C e a humidade
relativa de aproximadamente 75% e o dia estava ensolarado. Estes dados foram
registrados através de um termo-higrômetro digital. As figuras 25 e 26
apresentam o primeiro dia de avaliação.

Figura 25 – Dia 1 / Imagem 1.

Fonte: Autor (2023)


58

A figura 26 ilustra o local e recipientes onde estão acomodadas as rosas.

Figura 26- Dia 1 / imagem 2.

Fonte: Autor (2023)

Também foi registrada a imagem de um elemento de cada recipiente para


ter um parâmetro inicial de comparação, o registro da figura 27 mostra a
esquerda o refrigerado e a direita o que está em condição ambiente.
59

A figura 27 demonstra uma cobaia de cada ambiente conforme explicado


anteriormente.

Figura 27- Dia 1 / imagem 3.

Fonte: Autor (2023)


60

Ao avaliar as amostras no segundo dia não foi constatado nenhuma


diferença visível, ambas as amostras estavam vigorosas, os caules estavam
firmes e não apresentavam perda da rigidez do pedúnculo, murchamento ou
perda de coloração. A temperatura do ambiente estava em 22,9°C , fazia sol e a
humidade relativa em 72%. Condições parecidas com o dia anterior. Para ilustrar
o segundo dia estão dispostas as figuras 28, 29 e 30.

Figura 28 - Dia 2 / imagem 1.

Fonte: Autor (2023)


61

A figura 29 na parte superior registra as rosas submetidas a refrigeração,


na parte inferior estão as submetidas as condições ambientes.

Figura 29 – Dia 2 / imagem 2.

Fonte: Autor (2023).

Ambas as amostras, tanto o exposto ao ambiente refrigerado, quanto ao


exposto as condições ambientes permaneceram com as qualidades originais,
visualmente não puderam ser observadas diferenças significativas.
62

Para averiguar as amostras, selecionamos um elemento aleatório de cada


condição para avaliar, não foi possível constatar nenhuma diferença. A figura 30
demonstra os elementos observados.

Figura 30 – Dia 2 / imagem 3.

Fonte: Autor (2023)


63

O terceiro dia de avaliação, estava chovendo e com temperaturas mais


baixas a temperatura registrada no momento da avaliação foi de 16,3°C, e a
umidade relativa de 84%, condições que contribuíram para a conservação dos
elementos que estão expostas as condições ambientes. A diferença entre as
duas amostras foi pequena, mas os elementos refrigerados apresentam
melhores condições, na questão da firmeza do pedúnculo. A figura 31 mosta as
condições do dia.

Figura 31 – Dia 3 / imagem 1.

Fonte: Autor (2023)


64

A figura 32 mostra a pequena diferença entre as duas amostras, sendo o


da esquerda o que foi submetido à temperatura ambiente e o da direita o
refrigerado, os elementos foram escolhidos de forma aleatória.

Figura 32 – Dia 3 / Imagem 2.

Fonte: Autor (2023)


65

No quarto dia de avaliação, o dia estava chuvoso novamente, com


temperaturas baixas, sendo que a temperatura registrada foi de 16,6°C e
umidade relativa de 99%. Os elementos refrigerados permanecem com as
qualidades inalteradas visualmente. A exposição as condições ambientes
surtiram pouco efeito nos botões, eles possuem condições de comercialização,
mas a firmeza do pedúnculo em alguns elementos está se perdendo. A figura 33
registra as condições na hora da avaliação.

Figura 33 – Dia 4 / imagem 1.

Fonte: Autor (2023)


66

As condições dos elementos de cada condição são expostas na figura 34,


a parte superior mostra os elementos em condição ambiente e na parte de baixo
os refrigerados.

Figura 34 – Dia 4 / Imagem 2.

Fonte: Autor (2023)


67

No quinto dia de avaliação o dia estava nublado, com temperaturas


amenas, quando foram feitas as avaliações do dia registrava 18,9°C e umidade
relativa de 78%. As rosas expostas a temperatura ambiente começaram a
mostrar sinais de senescência, como redução na firmeza do pedúnculo e das
pétalas. A figura 35 mostra as condições no momento da avaliação.

Figura 35 – Dia 5 / imagem 1.

Fonte: Autor (2023)


68

Na figura 36 é possível ver a diferença de firmeza do botão em relação a


haste da flor, na esquerda está um indivíduo submetido a refrigeração e a direita
a condições ambientes, notou-se também que além da deformação a fixação das
pétalas diminuiu.

Figura 36- Dia 5 / imagem 2.

Fonte: Autor (2023)


69

Sexto dia de avaliação, temperatura no início da tarde encontra-se em


18,1°C, umidade relativa em 87%, tempo está nublado. Ao avaliar as rosas
notamos uma diferença entre as que estão refrigerada e as que não estão. As
refrigeradas praticamente se mantem intactas, a amostra que estão expostas ao
ambiente possui indivíduos que já estão expondo sinais de senescência, como
murchamento e perda de coloração. A figura 37 mostra as condições do dia.

Figura 37 Dia 6 / imagem 1.

Fonte: Autor (2023)


70

Como podemos ver na figura 38, o lado da esquerda está a rosa que foi
refrigerada e a direita a que não foi, a rosa refrigerada pelo equipamento
manteve suas qualidades originais, a que foi mantida em condições ambiente
apresenta perda da coloração, fixação do botão e pétalas indicando que o
processo de senescência aconteceu mais rápido. Não foram todas as amostras
expostas ao ambiente que apesentaram esta condição, mas a maioria já
começou a apresentar sinais de degradação.

Figura 38 – Dia 6 / Imagem 2.

Fonte: Autor (2023)


71

Concluindo o teste de efetividade do equipamento, o sétimo dia estava


nublado. A temperatura registrada na hora da avaliação foi de 15,4°Ce umidade
relativa de 69%. A amostra refrigerada manteve as qualidades originais, as que
não estava na condição controlada apresentaram senescência. A degradação
não foi uniforme, alguns indivíduos estavam em melhores condições que os
outro, mas todos apresentavam alguma perda das propriedades iniciais.
A figura 39 registra as condições no momento da avaliação dos botões de
rosa.
Figura 39 – Dia 7 / imagem 1.

Fonte: autor (2023)


72

As condições das amostras no sétimo dia mostravam os benefícios de


manter as rosas refrigeradas. A temperatura controlada manteve as qualidades
das plantas retardando o processo de senescência, ao atingir e manter a
temperatura próxima de 5°C confirmamos o parâmetro levantado na revisão
bibliográfica que propunha como temperatura ideal de armazenamento.
Nem todos os elementos, expostos as condições ambientes, expressaram
o mesmo nível de degradação, escolhemos os elementos que apresentaram as
piores condições para mostrar o contraste entre as duas amostras, conforme a
figura 40 que demonstra a efetividade do equipamento. Na parte superior estão
as rosas que foram refrigeradas, na parte inferior da imagem estão as que
ficaram em condições ambientes.

Figura 40 – Dia 7 / Imagem 2.

Fonte: Autor (2023)

Durante o teste foi preenchido o Quadro 4 como forma de parametrizar a


avaliação, nele conseguimos observar que ambas as amostras partem com a
mesma nota, mas com o passar dos dias a amostra que está em condições
ambientes perde suas qualidades, e os elementos submetidos a bancada
permanecem em condições de venda.
73

O quadro 4 mostra a avaliação realizada durante os 7 dias de teste da


bancada.
Quadro 4 -Ficha de avaliação das rosas.

Dia Condição Coloração Deformação Firmeza Murchamento Somatória das


pedúnculo notas do dia
Refrigerado
1 10 10 10 10 40
Ambiente
10 10 10 10 40

Refrigerado 10 10 10 10 40
2
Ambiente 10 10 10 10 40

Refrigerado 10 10 10 10 40
3
Ambiente 10 9 9 10 38

Refrigerado 10 10 10 10 40
4
Ambiente 9 9 9 9 36

Refrigerado 10 10 10 10 40
5
Ambiente 9 8 8 9 34

Refrigerado 10 10 10 10 40
6
Ambiente 9 7 7 7 30

Refrigerado 10 10 10 10 40
7
Ambiente 8 5 5 5 23
Fonte: Autor (2023)

Com a refrigeração o processo de perda de líquidos e nutrientes das


plantas acaba se reduzindo. A planta após ter sido colhida não produz mais
energia para manter a floração, assim ela se mante somente com a reserva que
ela ficou no momento da colheita, o processo de refrigeração mostrou que
consegue manter essa reserva por mais tempo e preservar a beleza das rosas.
74

4.4 ESTIMATIVA DE CUSTOS DO PROJETO

O custo total do equipamento leva em conta o valor do frete,


componentes, mão de obra e materiais periféricos, gerando o valor investido
para que o equipamento seja montado e instalado.
Para realizar este cálculo utilizamos o quadro 5, onde estão
descriminados os valores investidos durante o projeto.

Quadro 5 – Investimento total.

Descrição Quantidade Valor

Visa cooler / Expositor de alimentos refrigerados 1 unidade R$ 400,00

Ar-condicionado split York convencional modelo YJJA12FS-ADK 1 unidade R$ 350,00

Controlador digital Full Gauge MT-512e / com termopar 1 unidade R$ 140,00

Suporte universal para evaporadora 1 unidade R$ 70,00

Tubulação de cobre 3/4 in parede 1/32 in 1,5 m R$ 92,50

Tubulação de cobre 1/4 in parede 1/32 in 1,5 m R$ 27,90

Tubo isolante 3/4 in 1,5 m R$ 6,85

Tubo isolante 1/4 in 1,5 m R$ 6,85

Cabo PP 4 vias 1,5mm 3m R$ 23,90

Fita isolante 1 unidade R$ 8,90

Parafusos 6mm auto atarraxante 8 unidades R$ 2,00

Botija gás refrigerante R22 1 unidade R$ 105,85

Disjuntor bipolar 16a 1 unidade R$ 22,90

Caixa proteção disjuntor bipolar 1 unidade R$ 14,90

Convertedor de ferrugem 1 unidade R$ 12,90

Custo do frete da carcaça - R$ 50,00

Tinta Branca 200 ml R$ 25,00

Mão de obra - R$ 100,00

total R$ 1460,20

Fonte: Autor (2023)


75

Com o valor do projeto calculado no quadro 4 podemos comparar com o


valor de investimento dos equipamentos comerciais equivalentes, levantados a
seguir no quadro 5, onde foi feita uma pesquisa dos valores para a aquisição.
A tabela 5 consideras como valor, o custo de aquisição do produto sem
desconto, somado com o frete para Porto Alegre-RS, pesquisa feita 10 de junho
de 2023.

Quadro 5 - Preços equipamentos comerciais.

Equipamento Valor Encontrado em

Autosserviço Conservex Modelo AS-3/L- 220V


capacidade 1500 litros / Novo / Temperatura de R$ 12.188,49 Site Ultrafeu
operação de 0°C a 7°C

Expositor Refrigerado Classic Conveniência 2M


Polofrio 220V / Capacidade 1362 litros / Novo / R$ 12.498,00 Site Magazine Luiza
Temperatura de operação de -2°C a 12°C

Expositor Refrigerado Gelopar GEAS-4 PR-220v /


Site varejão das
Capacidade 1580 litros / Novo / R$ 17.310,85
máquinas
Temperatura de operação de -2°C a 10°C

Expositor Refrigerado Fortsul EAS 103 RT black /


Capacidade 1000 litros / Novo / R$ 11.105,90 Site Casas Bahia
temperatura de operação 3°C a 10°C

Modelos diversos usados com capacidades próximas R$ 7.820,00


Site Olx
do modelo À R$ 9.500,00

Fonte: Autor (2023)


76

Com os dados do quadro 5 consegue-se concluir que, o investimento no


protótipo são consideravelmente menores que a compra de um produto
semelhante. O protótipo chega a custar 20% do valor de um equipamento usado,
e 12% considerando um produto novo com a capacidade de armazenamento
próxima.
O custo não é o único vetor que determina a compra de um produto, mas
a economia ao realizar o retrofitting foi considerável, e para pequenos negócios
certamente é uma economia que viabiliza o projeto, tornando ele uma alternativa
para a problemática de armazenar de flores.
77

5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Este capitulo resume as principais observaçoes e conclusoes do trabalha


desenvonvido anteriormente, elencando pontos chave para o aperfeiçoamento
do projeto.

5.1 CONCLUSÕES DO PRESENTE TRABALHO

Esse trabalho propôs um retrofit em um visa cooler transformando-o em


uma câmara fria para conservação de rosas. Os resultados mostraram que é
possível construir tal equipamento, utilizando componentes de segunda mão,
reduzindo significativamente o custo de aquisição, e mantendo as flores em uma
temperatura ideal de armazenamento.
Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre os tipos de rosa e os
resultados mostraram que para a variedade híbrida cv. Vega a temperatura ideal
de conservação é de 5°C.
A revisão sobre retrofitting mostrou que a modernizações e adequações
de equipamentos pode trazer inúmeros benefícios, dos quais na elaboração do
projeto destacou-se o financeiro. O retrofitting pode alcanças inúmeros objetivos,
durante a idealização de um equipamento, e ajudar a conservar o meio ambiente,
dando nova vida a equipamentos que seriam descartados.

Os parâmetros que o aparelho foi setado para funcionar foram de 5°C de


temperatura mínima e 9°C de temperatura máxima, este delta de temperatura é
necessário para que o motor diminua sua quantidade de partidas, a temperatura
sobe até 9°C o sistema desce até 5°C e completa o ciclo, mantendo o ambiente
refrigerado.

O cálculo de carga térmica mostrou que seria necessária uma potência


menor que a disponível no equipamento, mostrando que o sistema estaria
superdimensionado para as condições previstas, esta potência extra deu ao
aparelho um desempenho muito bom, visto que o sistema consegue refrigerar o
78

ambiente rapidamente, também colabora para absorver qualquer vetor que não
tenha sido avaliado durante o projeto de retrofitting.

Algumas adaptações foram necessárias para o funcionamento do


equipamento como, furação da carcaça, substituição da parte eletrônica do ar-
condicionado e o remodelamento do esquema elétrico, as adaptações foram
relativamente fáceis não exigindo muito tempo, a pré-montagem do equipamento
demorou cerca de 4 horas, chegando a concluir 90% das adaptações. Os outros
10% foram gastos na execução da tubulação, produção de vácuo, e recarga do
gás refrigerante.

A montagem do protótipo foi realizada e os testes de campo mostraram


que, a estimativa de carga térmica estava correta. A montagem tem uma
excelente sobra de potência, capaz de refrigerar rapidamente o compartimento
refrigerado e absorver variações não consideradas nas variáveis de projeto.

Nos testes o equipamento mostrou um ótimo desempenho, sendo capas


de atingir temperaturas inferiores a desejada, demostrando a sua robustez.
Quando submetido a refrigerar as amostras obteve êxito em preservar as
qualidades dos botões, manteve a temperatura interna dentro do desejado e com
pouco tempo de acionamento do compressor.

Por fim, o trabalho mostrou que o custo do retrofitting saiu 80% menor que
o valor de um equipamento novo, mostrando a viabilidade do processo.

5.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

O estudo da aplicabilidade de motores inverter na construção da bancada


pode ser algo positivo, para aprimorar o equipamento, visando a economia de
energia elétrica e modernização do protótipo. Essa tecnologia já é empregada
em uma diversificada gama de equipamentos que podem ser reutilizados.
Levantar a aplicabilidade de filtros para controlar o etileno.

A aplicação de componentes para controlar a umidade, visando aumentar


o período de armazenamento das flores seria um tópico a ser avaliado, bem
79

como um sistema para acompanhar a qualidade da água, ou até mesmo um


sistema de reaproveitamento do condensado da evaporadora.

O desenvolvimento aprimorado de layout para o equipamento pode ser


outo pondo a se desenvolver, com um melhor aproveitamento do volume de
armazenamento.
80

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