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Química Geral e Inorgânica Experimental

Prática 7 –Cristais

Objetivo:
Obtenção de cristais de sais inorgânicos.
Introdução
Solução: é uma mistura homogênea constituída por duas ou mais substâncias numa só fase. As soluções são
formadas por um solvente (geralmente o componente em maior quantidade) e um ou mais solutos (geralmente
componente em menor quantidade).
Solubilidade: é a quantidade máxima de um soluto que pode ser dissolvida em um determinado volume de
solvente, a uma dada temperatura, formando um sistema estável.
Solução saturada: solução que contém uma quantidade máxima de soluto, a uma dada temperatura, ou seja,
quando o solvente já dissolveu toda a quantidade possível de soluto àquela temperatura e qualquer adição a mais
irá precipitar.
Solução supersaturada: solução que contém uma quantidade de soluto superior à solubilidade a uma dada
temperatura. Isto só acontece quando o solvente e soluto estão em uma temperatura em que seu coeficiente de
solubilidade é maior, e depois a solução é resfriada de modo a reduzir o coeficiente de solubilidade. Quando isso é
feito de modo cuidadoso, o soluto permanece dissolvido, mas a solução se torna extremamente instável. Qualquer
vibração faz precipitar a quantidade de soluto dissolvido que está em excesso.
Cristal: é formado quando sua cristalização ocorre em situações ideais e devido a isto se observa a formação de
faces regulares, ou seja, apresenta uma forma geométrica definida. Quando o cristal é formado naturalmente
dizemos que ele é um cristal natural. No nosso caso produziremos cristais artificiais.
Estalactites e Estalagmites: Formações minerais que ocorrem em cavernas, constituídas basicamente de
calcita (CaCO3). Elas são formadas ao longo de milhares de anos devido a um processo de gotejamento de
soluções de minerais em água que ocorrem nas cavernas. Com o tempo e com o gotejamento contínuo, cristais se
formam dando origem as estalactites (do teto) e as estalagmites (do chão). Elas podem se encontrar com o
decorrer do tempo formando belas colunas.

Materiais e reagentes:
Cloreto de sódio, sulfato de cobre pentahidratado, ferrocianeto de potássio, sulfato de níquel e água destilada.
Béquer de 50mL e 100mL, Bastão de vidro, agitador magnético, suporte para tubo de ensaio e barbante

Experimento 1
Método de evaporação de solvente
Prepare 20mL de uma solução saturada (10% em peso em excesso do soluto) com os sais disponíveis (ver Tabela
1), em um béquer de 50mL (usar pote de manteiga limpo), e deixe evaporar o solvente, durante aproximadamente
duas semanas. Tampar sem vedar. Homogeneíze a solução por agitação para que se tenha certeza dos
respectivos pontos de saturação. Deixe em repouso em lugar isento de vibrações. Procure observar e anotar
semanalmente o que está ocorrendo.
Fazer um experimento paralelo com a mistura das soluções de três sais na proporção 1:1:1.

Tabela 1: Sais utilizados nos experimentos de cristalização e sua solubilidade a 20 oC


Sal Solubilidade Toxicidade
(g/100 mL)
Cloreto de sódio, sal grosso, NaCl 35,9 g atóxico
Sulfato de cobre pentahidratado, CuSO4.5H2O 32,0g baixa
Ferrocianeto de potássio trihidratado, 28,2 g baixa
K4[Fe(CN)6].3H2O
Sulfato de níquel hexahidratado, NiSO4.6H2O 44,4 g média-alta
Sulfato de alumínio e potássio dodecahidratado, 12,0 atóxico
KAl(SO4)2.12H2O
Fosfato monobásico de amônia, NH4H2PO4 37,4 atóxico

Experimento 2
Formação de Estalactites e estalagmites
Adicione 30g de sulfato de magnésio em 100 mL água morna e misture bem até que a solução se torne saturada,
se possível utilize um agitador magnético. Divida a solução em béqueres. Corte aproximadamente 43 cm de um
barbante e umedeça-o bem na solução. Coloque os béqueres sobre dois suportes para tubos de ensaio de mesma
altura e o papelão abaixo do barbante. Regule o barbante para que fique pendurado cerca de 2 a 3 cm de altura do
papelão. Observe a montagem mostrada na Figura 1, abaixo.

Figura 1 – Esquema de montagem para obtenção de estalagmite e estalagtite


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